Prova Prática Word

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Curso de Hardware

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1. PREFÁCIO

A informática é um verdadeiro leque de opções onde o interessado deve escolher o


caminho a percorrer. Seja ela no mundo dos hardwares (máquinas) ou softwares (programas).
Os hardwares são tudo aquilo que está relacionando na parte mecânica e automatizada da
informática; pode ser um simples relógio ou até um super microcomputador.
Os softwares são todos os programas e sistemas que trabalham em conjunto com as
máquinas, realizando as funções lógicas para serem executadas no hardware. Exemplo prático e
o relógio digital onde a parte física é composta de chips e transistor e a parte lógica composta de
um programa com funções matemáticas armazenadas no chip que executa e mostra as horas,
datas e demais funções.
Um técnico em informática, além de possuir o conhecimento dos princípios dos hardwares,
também deve possuir conhecimento de softwares, pois as duas áreas sempre trabalharam em
conjuntos, pois uma sempre precisará da outra para subsistir.
É importância um técnico estar sempre atualizado, procurando fontes em revistas, jornais
ou participar de fórum na internet. Procuram sempre informações que mostrem as novidades
tecnológicas do mundo da informática em hardwares e softwares, pois ambas sempre estarão
renovando o mercado mundial.
Acompanhe abaixo os princípios que um técnico em informática deverá ter como base:
- Possuir força de vontade e espírito de organização;
- Procurar conhecer a história da informática;
- Procurar conhecer os comandos do Sistema Operacional DOS e Linux;
- Ter conhecimento no Sistema Operacional Windows, independente da versão.
- Procurar conhecer a lógica de programação, pois ajudará a compreender os problemas
causados pelos hardwares e softwares.
- Procurar conhecer as antigas e as novas tecnológicas da informática.
- Saber manusear um navegador de internet e ter acesso a internet para poder realizar
download de driver dos dispositivos instalados no computador e pesquisas relacionados a suas
dúvidas.
São muitas as infinitas informações sobre a informática, mais a prática é que leva a
perfeição e ao conhecimento.
Á dez anos atrás, havia um dito na informática que dizia que no futuro haveriam de ter dois
tipos de analfabetismos; aqueles que não saberiam ler e escrever e aqueles que não saberiam
informática. Hoje isso já é uma realidade.
Então, sejamos sempre senhores absolutos sobre as maquinas para não sermos
dominados por elas.

O autor.

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2. A EVOLUÇÃO DA INFORMÁTICA

Definitivamente, a informática firmou seu papel na sociedade contemporânea. Nessa


sociedade em que a tecnologia evolui a cada instante, tornando cada vez mais acirrada a disputa
por uma vaga no mercado de trabalho, cada vez mais há necessidade de se interagir com os
recursos da informática. Desde que foram concebidos, os computadores têm se projetado de tal
maneira em nossa sociedade, que fica difícil encontrar algo que não tenha uma ligação direta ou
indireta com estas máquinas; Na indústria, nas seções governamentais, nos negócios, nas artes,
nas diversões, na educação, em todos os lugares há a presença lógica dos computadores. Neste
aspecto saber manusear um computador já é um pré-requisito básico para todos que pretendem
estar inseridos, pelo menos no processo produtivo, da sociedade "informatizada".

3. O CPU (UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO)

3.1 - UNIDADES FUNCIONAIS DE UM PC

Existem computadores dos mais diferentes tipos e tamanhos, mas todos podem ser
enfocados como um conjunto de dispositivos interligados, trabalhando em harmonia, para realizar
atividades de processamento de dados.
Estes dispositivos que compõem o computador são geralmente reunidos, para fins
didáticos, conforme suas funções, em:

- Unidade de entrada
- Unidade aritmética e lógica
- Unidade de Controle
- Unidade Central de Processamento (CPU)
- Unidade de saída

3.2 - UNIDADE DE ENTRADA

- O nome genérico unidade de entrada se refere a qualquer dispositivo que possa captar
dados do meio externo ao computador e transferi-los à memória do mesmo.

3.2.1 - Tipos de Unidades de Entrada:

Com emprego dos computadores nas mais diferentes áreas de atividade humana têm sido
desenvolvidas inúmeros tipos de unidades de entrada, compatíveis com as características
desejadas nas respectivas áreas de emprego.
Citam-se como mais conhecidas, em micros:

Teclado:
- O teclado é atualmente a unidade básica de entrada de dados em computadores,
substituindo com muitas vantagens os antigos cartões perfurados. Geralmente vem associado a
um vídeo, formando o assim chamado "terminal de vídeo".

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Unidade leitora de caracteres óticos:


- Dispositivo de entrada de dados, geralmente empregado em automação bancária e
comercial, onde um feixe de luz (laser) varre caracteres especiais gravados nas mercadorias,
obtendo assim seu preço, código, fornecedor, etc.

Mesa digitalizadora:
- Mesa especial com circuitos eletrônicos que permitem entrada de gráficos.

Mouse (ratinho):
- Instrumento acoplado ao computador, através do qual se podem escolher opções, em um
"menu" fornecido na tela.

Sensores especiais:
- Com a aplicação de computadores em hospitais, fábricas, hidrelétricas, etc., têm sido
desenvolvidos instrumentos engenhosos que permitem captar dados do mundo externo e enviá-
los ao computador. Cada um destes instrumentos é uma unidade de entrada. Um termômetro
especial que consiga captar a temperatura do corpo humano e enviá-la, de forma codificada, ao
computador, é uma unidade de entrada. O mesmo se pode dizer de um sensor de pressão arterial,
de batimentos cardíacos, do nível de uma represa, etc. Estas unidades de entrada especiais
substituem o trabalho do médico ou da enfermeira de captá-los no pacientes com instrumentos
medidores usuais e depois "digitá-los manualmente" no computador.

3.3 - UNIDADE ARITMÉTICA E LÓGICA

Os computadores realizam geralmente as 04 operações aritméticas básicas (soma,


subtração, multiplicação e divisão), além da potenciação. Realizam também operações lógicas
que são comparações de grandeza (maior, menor, igual) entre dados armazenados na memória.
Estes dados são levados à Unidade Aritmética e Lógica, onde é executados a operação desejada
e seu resultado volta à memória para análise ou armazenamento. Assim como a memória, a
Unidade Aritmética e Lógica é constituída unicamente de circuitos eletrônicos.

3.4 - UNIDADE DE CONTROLE

A Unidade de Controle tem a tarefa de acompanhar cada passo do programa a ser


executado e acionar as unidades que executarão aquele passo. Por exemplo, em uma operação
de soma deve acionar a Unidade de Memória para que entregue à unidade aritmética e lógica as
parcelas a somar, para que seja feita a soma e por fim seja devolvido à unidade de memória o
resultado. Em uma operação de impressão deve acionar a unidade de memória para que entregue
à impressora a informação a ser impressa.

Características:
- A unidade aritmética e lógica e a unidade de controle estão, nos microcomputadores,
construídas em um mesmo circuito integrado que recebe o nome de Microprocessador. É a peça
eletrônica mais importante dos microcomputadores que, inclusive, derivam dela seu nome. Nos
mini e grandes computadores tradicionais as funções aritméticas e lógicas e as funções de

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controle geralmente não são concentradas em um único circuito integrado, mas esta dividida por
diversos "chips".

3.5 - UNIDADE CENTRAL DE PROCESSAMENTO (UCP)

Normalmente as unidades de memória, aritmética e lógica e de controle estão


acondicionadas em um único móvel que pode tomar o formato de uma pequena caixa nos
microcomputadores, de um arquivo de aço nos minicomputadores ou de um balcão nos grandes
computadores. Ao conjunto destas três unidades se chama no jargão computacional, Unidade
Central de Processamento - UCP (ou CPU - "central processing unity"). Geralmente é o
equipamento mais caro de um computador e define o tamanho da máquina.

3.6 - UNIDADE DE SAÍDA

Inversamente à unidade de entrada, o nome genérico unidade de saída é qualquer


dispositivo que transfere dados gravados na memória para um meio externo ao computador.
As unidades de saída têm aparecido com os mais diferentes tipos de emprego, resultando
como conseqüência do alargamento do espectro de utilização do computador.
Normalmente para cada tipo de unidade de entrada existe uma unidade de saída
correspondente, e algumas vezes o mesmo dispositivo faz as duas funções, como no caso das
unidades de disco, que funcionam como unidade de saída quando se transfere dados da memória
do computador para o disco e como unidade de entrada quando nelas se lêm dados pré-gravados.

3.6.1 - Tipos de unidades de saída mais comum:

Monitor Vídeo:
- Unidade de saída mais comumente usada em micros. Existem dos mais diversos tipos,
como monocromáticos, coloridos de baixa resolução, de alta resolução, de diferentes tamanhos,
etc... Geralmente o vídeo é associado a um teclado, formando o conjunto conhecido como
"terminal de vídeo".

Impressoras:
- Uma das unidades de saída mais comuns e importantes. Existem muitos tipos de
impressoras como as de agulhas, "laser", jato de tinta, de tambor, etc.

Traçador de gráficos ("plotter"):


- Extrai as informações gravadas no computador, apresentando-as em forma de gráficos.
São utilizados sobre tudo em escritórios de projetos, laboratórios, etc.

Alto-falante:
- Sons gravados em forma digital, nos computadores, são reproduzidos por meio de alto-
falantes. Geralmente todo microcomputador possui um pequeno alto-falante que emite sons de
qualidade razoável

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Unidades de saídas especiais:


- As mesmas observações relativas aos sensores especiais podem ser agora apresentadas
para as unidades de saídas especiais. Suponha que um computador recebe sinais de um medidor
de nível de água (unidade de entrada) de um reservatório de hidrelétrica. Se o nível da represa
ultrapassa determinado valor pré-programado, o computador aciona um motor que abre algumas
comportas, permitindo que a represa sangre até atingir um determinado nível pré-fixado. Este
motor pode ser visto como uma unidade de saída do tipo aqui chamado "especial".

4. ANATOMIA DO PC (COMPUTADOR PESSOAL)

De um modo geral a estrutura interna de um computador, seguirá sempre uma


característica padrão, podendo variar somente em itens ou tecnologias adicionais de dispositivos
internos de um modelo para o outro.
No interior de um gabinete, sempre haverá uma placa-mãe (Motherboard ou MB), onde
são colocados e conectados os dispositivos funcionais do CPU (Unidade Central de
Processamento), como por exemplo, processadores, memórias, placas de vídeos, placas de fax
modem, discos rígidos (HD ou Winchester), cd-rom, driver de disquete, placas de rede (LAN),
etc...
Observe abaixo com detalhe, os itens principais que formam uma MB padrão, independente
do modelo e marca. Esquema que até nos dias atuais, nunca saíram fora, pois estes itens são
primordiais para o seu funcionamento.

Modelo padrão de um Motherboard ou MB (placa-mãe)

A partir deste modelo, estudaremos cada item que compõem uma placa-mãe até estarmos
habilitados a realizar uma montagem ou manutenção no computador. Serão relatadas as
principais características e funções de cada item, sem entrar muito em detalhes, pois isso só será

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possível com estudos específicos de cada uma delas. Então é de suma importância a atenção e a
memorização de cada item, pois na falta de umas delas o CPU não funcionara corretamente.

5. OS MICROPROCESSADORES

Veremos como é o funcionamento de um microprocessador que também é conhecido como


processador ou CPU (Central Processing Unit), ou, em português, UCP (Unidade Central de
Processamento).
É necessário tomar cuidado com o termo CPU, pois também é utilizado, entre os usuários
de microcomputadores, para designar o PC propriamente dito, ou seja, é utilizados para se referir
ao conjunto de periféricos, motherboard, processador e memórias, que está contido no gabinete
do PC. Portanto, entre os usuários de PCs, utiliza-se o termo processador para designar
microprocessadores e CPU para designar o PC. Isso não é uma regra, e sim uma maneira para
evitar “confusões” com usuários.

5.1 - MAS PARA QUE SERVE UM PROCESSADOR?

Podemos dizer que o processador é o cérebro de um microcomputador, ou seja, ele é o


componente principal dos PCs, sendo o responsável pelo processamento de dados, tais como:
vídeo, áudio, comunicações, funções matemáticas e funções lógicas.
O endereçamento máximo disponível pelo sistema e o controle, direto ou indireto, de todos
os periféricos conectados ao PC também são de responsabilidade do processador.

5.2 - MAS COMO O PROCESSADOR FUNCIONA?

Para entendermos o funcionamento de um processador, vamos utilizar primeiramente o


modelo de uma “caixa preta”.

CAIXA PRETA

Figura 1.1. Processador representado por uma “Caixa Preta”.

Observe na figura 1.1, que o processador está sendo representado por uma “caixa preta”. A
função da caixa preta é receber os dados aplicados à sua entrada, processá-los da maneira
apropriada e apresentar resultados bem-definidos em sua saída.

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O processamento dos dados é feito de uma maneira seqüencial, ou seja, passo a passo,
pois primeiramente o dado é recebido na entrada da caixa, então é processado internamente e em
seguida é apresentado em sua saída. Este procedimento será o mesmo para qualquer
processamento de dados.
Um detalhe importante que deve ser observado, nesse processo, é que existe uma
seqüência de passos a ser seguida, entretanto não há a ocorrência de um passo simultâneo a
outro, ou seja, não há execução de dois passos simultâneos. Portanto, quanto mais rápido for
executado um passo, menos tempo de espera haverá para o próximo passo e assim
sucessivamente.
Provavelmente, você já deve ter percebido que a velocidade de execução dos passos, ou
seja, processamento dos dados está intimamente ligado à velocidade na qual a caixa preta está
operando. Logo, quanto maior for à velocidade de operação, mais rápida os dados processados
chegarão à saída.

Figura 1.2. “Caixa Preta” com Circuito de Clock Externo.

O circuito externo de relógio (clock) é responsável por enviar pulsos quadrados


periódicos para a caixa preta. É por meio desses pulsos periódicos que a caixa preta realiza o
processamento ordenado, ou seja, a sincronização dos passos que serão executados
internamente.
Atente para o detalhe de os pulsos serem quadrados e periódicos. Os pulsos são
quadrados, porque estão operando em um sistema digital, o que exige a utilização de apenas dois
valores predefinidos de tensão para os pulsos, pois desta forma esses valores podem ser
representados pelo sistema de numeração binária, ou seja, 0 e 1.
Já os pulsos devem ser periódicos, pois desta maneira o tempo de execução para cada
passo será rigorosamente igual aos outros passos, e também porque facilita o projeto dos circuitos
utilizados em conjunto com a caixa preta.

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Figura 1.3. Pulsos Quadrados Periódicos.

Na figura 1.3, está representada uma onda quadrada com três ciclos (pulsos) periódicos,
chamados de T1, T2 e T3.
Se considerarmos que essa onda quadrada foi gerada pelo circuito de clock, utilizado na
figura 1.3, podemos então enumerar os eventos da seguinte maneira:

Em T1, um dado é recebido pela entrada da caixa preta;


Em T2, o dado é processado inteiramente pela caixa preta;
Em T3, o dado processado é apresentado na saída da caixa preta.

Observe que foi executado somente um passo a cada ciclo (ou pulso) de relógio (clock),
sendo que o próximo passo só será executado quando o passo anterior já estiver finalizado.
Entretanto, é importante observar que muitas vezes para obter um dado processado (resultado) na
saída da caixa preta, é necessário mais ciclo de relógio.
Por exemplo, podemos citar o caso da soma de dois números inteiros. Para o
processamento dessa operação serão necessários pelo menos quatro ciclos para a obtenção do
resultado na saída da caixa preta. Temos em seguida a descrição do evento:

Em T1, entrada do primeiro número na caixa preta;


Em T2, entrada do segundo número;
Em T3, os dados são processados internamente na caixa preta;
Em T4, o dado processado é apresentado na saída.

O exemplo da soma de dois números também fornece uma nova informação, pois é fácil
notar que, além de serem fornecidos os dados na entrada, ou seja, os números que serão
utilizados na soma, também são necessários fornecer a instrução que a caixa preta deverá
realizar, neste caso é a operação de soma. Portanto, é indispensável o fornecimento de instruções
para a caixa preta, pois sem elas nenhum dado será processado.
A caixa preta está preparada para executar uma infinidade de operações, tais como: soma,
subtração, divisão, multiplicação, complemento de 2, rotação à esquerda e à direita, funções
lógicas, comparação entre registradores, entre outras. Portanto, para a utilização dessas
operações ou funções, basta fornecer à caixa preta, dados, instruções e pulsos de clock, para que
seja possível o processamento de dados internamente, e o resultado dessas operações possa ser
exibido na saída da caixa.

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A figura 1.4 ilustra o fornecimento de instruções para a caixa preta.

Figura 1.4. “Caixa Preta” Recebendo Dados, Pulsos e Instruções.

Quando queremos que a caixa preta realize determinada tarefa, fornecemos a ela uma
seqüência de instruções. A essa seqüência de instruções damos o nome de software ou
programa. Portanto, qualquer programa é simplesmente uma seqüência de instruções que pode
ser reconhecida por uma caixa preta.
Nem sempre um programa desenvolvido para uma caixa preta A funcionará em uma caixa
preta B. Como exemplo, os softwares desenvolvidos para PC (x86) não rodam em MAC, e vice-
versa. Isto ocorre devido às diferenças entre os sets de instruções, ou seja, o conjunto de
instruções específicas dos processadores utilizadas por essas plataformas.
A figura 1.5 ilustra a caixa preta recebendo instruções por meio de um software.

Figura 1.5. “Caixa Preta” Recebendo Dados, Pulsos e Software.

NOTA: Para que uma caixa preta possa processar dados, é necessário:

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- Dados de entrada.
- Instruções de operação.
- Clock com pulsos periódicos.

Como o termo caixa preta foi utilizado somente para facilitar o nosso estudo, vale lembrar
que o termo para o exemplo citado é o processador.
Veremos agora como é a arquitetura externa do processador.

5.3 - ARQUITERURA EXTERNA DO PROCESSADOR

A arquitetura externa básica de um processador, interligada com a memória do sistema e


com os dispositivos de entrada e saída – E/S (em inglês Input/Output – I/O), por meio de
barramentos.
Entre o processador, a memória e os dispositivos de entrada e saída ocorrerá a
transferência de sinais elétricos, ou seja, a transmissão de informações entre eles. Os meios
pelos quais as informações trafegam são chamados de barramentos (bus, em inglês). As
informações que trafegam por meio dos barramentos são classificadas da seguinte maneira:

- Dados.
- Endereços.
- Sinais de Controle.

Para cada tipo de informações haverá um barramento dedicado para o tráfego de


informações entre o processador e os dispositivos de sistema.
Os barramentos que interligam o processador com os demais dispositivos do sistema estão
representados na figura 1.6 e citados em seguida:

Figura 1.6. Arquitetura Externa de um Processador interligada com a memória e com I/O.

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- Barramento de Dados – Data Bus.


- Barramento de Endereços – Address Bus.
- Barramento de Sinais de Controle – Control Bus.

Observe a figura 1.6 e verifique que os barramentos de dados e controles possuem setas
nos dois sentidos, e o barramento de endereços possuí setas em um único sentido.
Esta nomenclatura utilizada quer dizer que:

- Setas nos dois sentidos representam um barramento bidirecional, ou seja, as


informações que trafegam nesse barramento podem tanto entrar ou sair do processador
e/ou dispositivos de sistema, portanto as informações trafegam em dois sentidos.
- Setas em um único sentido representam um barramento unidire-cional, ou seja,
as informações que trafegam somente podem sair do processador e entrar nos dispositivos
de sistema, portanto as informações trafegam somente em um sentido.

5.4 - BARRAMENTO DE DADOS – DATA BUS

Todos os dados, tais como instruções e dados, que serão manipulados internamente pelo
processador, utilizam o barramento de dados para serem transferidos dos periféricos do sistema
para o processador. Quando as informações já foram processadas e os resultados estão
disponíveis, eles retornam para os periféricos do sistema, utilizando-se do mesmo barramento de
dados que foi utilizado para a entrada de informações.
Apesar de as vias de entrada (dados e instruções) e as vias de saídas (resultados) estarem
representadas independentemente na figura 1.5, na verdade, essas vias são um único barramento
de dados, que em um determinado instante opera como barramento de entrada e outro instante
como saída de dados e assim sucessivamente.
Fisicamente, esse barramento é formado por vias, ou seja, um conjunto de vias forma o
barramento de dados. Cada via transmite um bit, portanto um barramento de 16 vias possui 16
bits de largura.

5.5 - BITS INTERNOS DOS PROCESSADORES

O número de bits é uma das principais características dos processadores e tem grande
influência no desempenho. Os processadores mais comuns (Pentium II, III e IV, Athlon XP, Duron,
etc) operam a 32 bits, enquanto chips antigos, como o 286, operavam com 16 bits. Repare que
estes valores correspondem ao trabalho dos circuitos do processador, por isso são chamados de
bits internos. Já existem no mercado, processadores que trabalham a 64 bits por vez, como o
Athlon 64, da AMD.
Quanto mais bits internos o processador trabalhar, mais rapidamente ele poderá fazer
cálculos e processar dados em geral (conseqüentemente, ele será mais caro). Só para dar uma
noção, um processador de 32 bits pode manipular números de valor até 4.294.967.296.
Processadores de 16 bits não conseguem trabalhar com este valor, de forma que é necessário
dividir em valores menores e possíveis de serem manipulados com 16 bits. Assim, a tarefa leva
várias etapas. Com 32 bits, a tarefa pode ser realizada numa etapa só.

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5.6 - BITS EXTERNOS DOS PROCESSADORES

Acima, você viu que bits internos medem a capacidade do processador trabalhar
internamente, ou seja, sozinho, "dentro dele mesmo". O processador sozinho não é nada e precisa
se comunicar com os dispositivos periféricos. Como as instruções que o processador executa
ficam armazenadas na memória RAM e é preciso que ela seja acessada de forma rápida e
precisa. Essa velocidade depende da quantidade de bits que o barramento de dados consegue
manipular simultaneamente. Tais bits são chamados de bits externos. Esse valor aumenta com o
avanço da tecnologia. Na época do auge do processador Pentium, por exemplo, esse barramento
poderia ser encontrado em 32 e 64 bits.

5.7 - BARRAMENTO DE ENDEREÇOS – ADDRESS BUS

O Barramento de endereços é utilizado pelo processador para fazer o endereçamento de


todos os periféricos do sistema, tais como: memórias RAM, controladores de vídeo, disco, rede,
entre outros. Esse barramento é do tipo unidirecional, pois o processador utiliza-o para apontar
um determinado endereço em um determinado instante. No próximo instante, esse barramento
será utilizado, novamente, para apontar um outro endereço e assim sucessivamente. Portanto, o
tráfego de bits no barramento de endereços será sempre do processador para os periféricos do
sistema, ou seja, unidirecional.
Todos os dados e instruções que entram ou saem do processador utilizam o barramento de
dados. Porém, é por meio do barramento de endereços que o processador fornece os
endereços, em que os dados e instruções, que serão utilizados para o processamento, estão
armazenados. Este procedimento é conhecido como leitura, ou seja, o processador determina por
meio do barramento de endereços quais endereços devem ser lidos para que os dados e as
instruções possam ser transferidos para o processador, por meio do barramento de dados.
Após o processamento das informações, o resultado deverá ser armazenado em alguma
posição de memória (conhecido como célula), ou transferido para algum dispositivo de I/O,
portanto o processador fornece, por meio do barramento de endereços, o endereço da memória
ou dispositivo de I/O, em que o resultado será armazenado. Este procedimento é conhecido como
escrita.

5.8 - ENDEREÇAMENTO DO PROCESSADOR

O endereçamento consiste na capacidade que o processador tem de acessar um número


máximo de células da memória. Para acessar uma célula, o processador precisa saber o endereço
dela. Cada célula armazena um byte. Assim, um processador com o barramento de dados com 16
bits, pode acessar duas células por vez. Isso porque um byte equivale a 8 bits e 16 divididos por 8
é igual a 2, portanto, duas células. Um processador com 32 bits pode acessar até 4 células. Para
descobrir o valor máximo de células de memória que o processador consegue acessar
simultaneamente, basta fazer um cálculo: elevar a 2 o número de bits do barramento de
endereços. Por exemplo:

2 32 bytes = 4.294.967.296 bytes => 4 GB


A maioria dos processadores usa esse valor atualmente.

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5.9 - BARRAMENTO DE CONTROLE – CONTROL BUS

É por meio do barramento de controle que o processador recebe ou envia sinais de controle
para todos os dispositivos do sistema. Como nesse barramento trafegam sinais de controle nos
dois sentidos, ele é do tipo bidirecional. Entretanto, existem vias desses barramento que só
enviam sinais, como, por exemplo, a via de R/W (Read / Write – Leitura / Escrita), e outras vias
que só recebem, como, por exemplo, a via CLK (Clock – Relógio). Mas como o conceito se refere
ao conjunto de vias, ou seja, ao barramento, este é considerado bidirecional.
Se você observar a figura 1.5 novamente vai notar que o bloco que representa o clock gera
um sinal elétrico em forma de onda quadrada periódica, que está sendo transmitida ao
processador por uma linha. Essa linha representa uma das vias do barramento de controle, e é
chamada de CLK. Ele é responsável por transmitir os pulsos periódicos gerados pelo circuito de
clock para o processador.
O que ocorre quando o processador endereçar uma posição d memória RAM pelo
barramento de endereços?
Neste caso, podem ocorrer dois eventos:

1. Os dados que estão armazenados nessa posição da memória RAM serão transferidos da
memória para o barramento de dados.
2. Os dados que estão no barramento de dados serão armazenados na posição de
memória (célula), indicada pelo barramento de dados.

É por meio da R/W do barramento de controle que o processador definirá qual evento
ocorrerá. Como sabemos, essa via pode assumir dois estados distintos: os estados 0 ou 1. Então,
a título de exemplo, será definido que o estado 0 representará R (Read – Leitura) e o estado1
representará W (Write – Escrita).
Se for sinalizado, por meio da via, o estado 0, irá ocorrer o primeiro evento, já que se trata
de uma evento de leitura do conteúdo da memória RAM. Mas se for sinalizado 1, então ocorrerá o
evento de escrita, ou seja, de armazenamento de dados na memória RAM.

5.10 - PIPELINE

É uma técnica que permite ao processador iniciar a execução de uma nova instrução antes
que a instrução corrente esteja terminada, ou seja, permite que o processador leia uma nova
instrução a partir da memória, antes que a instrução corrente seja finalizada.
Nos processadores fabricados atualmente, vários instruções podem ser manipuladas
simultaneamente. Isso é possível devido à qualidade de estágios de pipeline, que também é
conhecido por profundidade do pipelining. Por exemplo, o processador i486 possui quatro estágios
de pipelining, e isto significa que até quatro instruções podem ser manipuladas durante um ciclo
de clock. A utilização da técnica de pipeline economiza tempo na carga de instruções, garantido
que o processador não fique em estado de espera (Wait State) pela nova instrução a se
executada.
Entretanto, os processadores que possuem pipeline continuam finalizando apenas uma
instrução por ciclo clock.

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5.11 - SOQUETES OU SLOT DOS PROCESSADORES

O soquete ou slot 1 é o encaixe do processador que fica na parte superior da placa-mãe,


variando de tamanho e no número de conectores (pinos) que o processador possui. Segue abaixo
uma tabela demonstrativa de modelos de soquete e slot:

CONECTORES

Conector com 273 pinos ZIF (Zero Insertion Force)


Socket 4
Socket 5 Conector com 320 pinos ZIF

Socket 7 Conector com 321 pinos ZIF

Socket Super 7 Conector com 321 pinos ZIF, BUS System 100MHz

Socket 8 Conector com 387 pinos ZIF

Slot 1 (SC242) Conector com 242 pinos

Slot 2 Conector com 330 pinos

Slot A (SC242) Conector com 242 pinos

Socket 370 (PGA370) Conector com 370 pinos ZIF

Socket 423 Conector com 423 pinos ZIF

Socket 478 Conector com 478 pinos ZIF

Socket A (PGA462) Conector com 453 pinos ZIF

O primeiro passo é conhecer o tipo de soquete disponível em sua placa, ou seja, o local
onde é conectado o processador. Com o freqüente avanço da informática, cada nova geração de
processadores dispõe de um soquete totalmente diferente.
Para fazer esta identificação, é altamente recomendável que você consulte o manual da
placa-mãe. Caso você não tenha, procure o pessoal da assistência técnica de onde você comprou
sua máquina, ou procure-o pela internet no site da fabricante da placa. Se não for possível, nem
tente fazer esta atualização.
Existem diversos modelos de soquetes disponíveis, cada um compatível com um tipo
diferente de processador.

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5.12 - SOQUETES MAIS UTILIZADOS

Confira a relação dos soquetes mais utilizados atualmente e quais são as características de
cada um. Alguns deles não estão mais sendo fabricados, mas, ainda assim, é possível encontrá-
los em diversos computadores.

Socket 5:

- Este é um soquete mais utilizado pelos processadores Pentium. Fornece alimentação de


3,3 Volts e permitem conectar processadores Pentium 75-133 MHz, Pentium Overdrive 125-166 e
Pentium com MMX Overdrive 125-166.

Socket 7:

- Esta segunda geração de soquetes apareceu com a popularização do MMX. A


alimentação pode variar entre 2,5 e 3,3 V, suportando, assim, Pentium 75-200 MHz, Pentium com
MMX, Pentium com MMX Overdrive, 6x86, K5, K6 e 6x86MX.

Super 7:

- Este soquete é a evolução do Socket 7, porém voltado apenas a alguns modelos de


processadores da AMD. Fornece tensão de 2,5 a 3,3 V e foi desenhado especialmente para os
processadores K6-II e K6-III, permitindo uma freqüência interna de 100 MHz.

Socket 8:

- O Socket 8 é certamente o soquete mais exclusivo de todos. Foi desenhado para


funcionar apenas com o processador Pentium Pro. Portanto, não irá funcionar com outros chips.

Soquete 370:

- Este tipo de encaixe tem a mesma pinagem do Slot1 e a mesma aparência do antigo
soquete 7, é usado pelos processadores Intel Celeron e Pentium III. Algumas placas mãe com
este tipo de soquete são incompatíveis com os Pentium III devido a não suprirem a alimentação
elétrica destes.

Soquete 423 e Soquete 478:

- Estes são os dois encaixes utilizados pelo Pentium 4. O soquete 423 é o encaixe antigo,
utilizado pelos processadores Pentium 4 com core Willamette, enquanto o soquete 478 é utilizado
pelo novos modelos, baseados no core Northwood. Não é difícil diferenciar os dois encaixes, pois
apesar de possuir mais pinos, o soquete 478 é bem menor, quase do tamanho dos encaixes para
processadores 386. O soquete 423 por sua vez é um pouco maior do que um soquete 370.

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Soquete 423 Soquete 478

Slot 1:

- Este tipo de soquete recebeu mudanças bem significativas. Ao invés de acoplar os


processadores na horizontal, correndo o risco de danificar os conectores, o chip passou a ser
encaixado na vertical. Foi criado para suportar o Pentium II e o Pentium III.

Slot A:

- Embora não seja tão comum, o Slot A é o tipo de soquete que precisa maior atenção.
Apesar de ser semelhante ao Slot 1, ambos são totalmente incompatíveis. Ele foi criado
exclusivamente para trabalhar com o processador AMD K7. Para identificá-lo, consulte o manual
da placa-mãe.

Após descobrir o tipo de processador que você possui, você deve, com a ajuda do manual
da placa, encontrar o local de configuração de algumas opções do hardware:
- Ajuste de voltagem de alimentação do núcleo do processador;
- Ajuste de freqüência do barramento;
- Ajuste dos fatores multiplicativos da placa (úteis para modificar a velocidade do Chip).
Em 90% dos casos, estas configurações são alteradas através de jumpers na própria placa-
mãe. Porém, em algumas placas mais modernas, esta alteração poderá ser feita através de uma
simples alteração na BIOS. Sendo assim, mais uma vez, consulte o manual da placa-mãe para
saber qual dos dois métodos seu equipamento trabalha.
A seguir vai uma tabela com os processadores lançados em cada formato:

Pentium e Pentium MMX, Cyrix 6x86, 6x86MX, 6x86MII,


IDT C6K6, K6-2 e K6-3.

Soquete 7

Pentium II (todos), Celeron de 266 à 433 MHz, Pentium III


450, 500, 550 e 600.

Slot 1

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Pentium III 500E, 550E, 600E e de 650 Mhz em diante


Celeron 366 em diante (os 366, 400 e 433 são fabricados
nos dois formatos, slot 1 e soquete 370)

Soquete 370

Athlons antigos (com cache L2 externo), de 500 MHz a 1


GHz

Slot A

Athlon Thunderbird (com cache L2 embutido) de 700 MHz


a 1.2 GHz Duron (todos)

Soquete A

5.13 - CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DOS PROCESSADORES MODERNOS

Existem no mercado vários modelos de processadores, que apresentam preços e


desempenho bem diferente. Este tópico inicial destina-se a estabelecer os diferenciais básicos
que determinam a performance de um processador, a parte teórica que vai lhe ajudar a
compreender a diferença entre os processadores que vamos examinar com detalhes mais adiante.
Quando vamos comprar um processador, a primeira coisa que perguntamos é qual sua
freqüência de operação, medida em Megahertz (MHz) ou milhões de ciclos por segundo,
freqüência também chamada de clock. Acontece, que nem sempre um processador com uma
velocidade de operação mais alta é mais rápido do que outro que opera a uma freqüência um
pouco mais baixa. A freqüência de operação de um processador indica apenas quantos ciclos de
processamentos são realizados por segundo; o que cada processador é capaz de fazer em cada
ciclo já é outra história.
Imagine um processador 486 de 100 MHz, ao lado de um Pentium também de 100 MHz.
Apesar de a freqüência de operação ser a mesma, o 486 perderia feio em desempenho. Na
prática, o Pentium seria pelo menos duas vezes mais rápido. Isto acontece devido às diferenças
na arquitetura dos processadores e também no co-processador aritmético e cache.

5.14 - OS PROCESSADORES DA FAMÍLIA INTEL CELERON

O Celeron surgiu inicialmente como uma alternativa de baixo custo aos Pentium II, os quais,
na época de seu lançamento, eram muito mais caros do que o Pentium MMX, o modelo anterior e
ainda em voga no mercado. Estes Celerons originais foram fabricados sem memória cache para
baratear o custo, o que fez com que seu desempenho fosse sofrível em quase todas as
aplicações, e fosse criticado tanto por usuários quanto pela imprensa.

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Tentando contornar o erro, a lntel resolveu equipar as novas versões do Celeron com 128
KB de cache L2, que ao contrário do ache encontrado no Pentium II, funciona na mesma
freqüência do processador. Todos os Celerons à venda atualmente possuem cache, isto inclui
todas as versões a partir do Celeron de 333 MHz e a maioria dos de 300 MHz. Uma dica na hora
de comprar: para não haver confusão, a versão de 300 MHz com cache é chamada de 300A.
Outro ponto a favor é seu co-processador aritmético, que, sendo idêntico ao do Pentium II, é muito
mais rápido que o do MMX ou do K6, o que lhe garante um bom desempenho em aplicações
gráficas.

5.15 - SOQUETE 370 X SLOT 1

Inicialmente, a lntel lançou o Celeron no mesmo formato do Pentium II, ou seja, na forma de
uma placa de circuito que utiliza o slot 1, a fim de manter a compatibilidade com todas as placas-
mãe já existentes e facilitar as vendas do novo processador.
Porém, logo depois foi lançado um novo formato de encapsulamento e um novo encaixe
para o Celeron, chamado de soquete 370. O formato é muito parecido com o de um Pentium
MMX; a diferença é que o Celeron possui alguns pinos a mais. O Celeron para soquete 370
também é chamado de PPGA, abreviação de “Plastic Pin Grid Array”. Vale lembrar que, apesar de
os encaixes serem parecidos, o Celeron PPGA não é compatível com as placas-mãe soquete 7
usadas em conjunto como o MMX e o K6.
Os Celerons soquete 370 podem ser utilizados tanto em placas-mãe para Pentium II ou
Pentium III utilizando-se o adaptador quanto em placas mãe soquete 370. Os dois
encapsulamentos são eletricamente compatíveis, o que muda é apenas o formato.

5.16 - MEMÓRIA CACHE

Na época dos 386 a velocidade das memórias já era um fator limitante – enquanto os
processadores se tornaram l0 mil vezes mais rápidos, as memórias quase não evoluíram em
performance. Para solucionar este problema, começou a ser usada a memória cache, um tipo
ultra-rápido de memória que serve para armazenar os dados mais freqüentemente usados pelo
processador, evitando na maioria das vezes que ele tenha que recorrer à lenta memória RAM.
Sem ela, o desempenho do sistema ficará limitado à velocidade da memória, podendo cair em até
95%. São usados dois tipos de cache, chamados de ache primário, ou cache L1 (leveI 1), e cache
secundário, ou cache L2 (leveI 2).
O cache primário é embutido no próprio processador e é rápido o bastante para
acompanhá-lo em velocidade. Sempre que um novo processador é desenvolvido, é preciso
desenvolver também um tipo mais rápido de memória cache para acompanhá-lo. Como este tipo
de memória é extremamente caro (chega a ser alguma centena de vez mais cara que a memória
RAM convencional), usamos apenas uma pequena quantidade dela. O 486 traz apenas 8 KB, o
Pentium traz 16 KB, o Pentium II e o Pentium III trazem 32 KB, enquanto o Athlon e o Duron, da
AMD, trazem 128 KB.
Para complementar, usamos também um tipo um pouco mais lento de memória cache na
forma do cache secundário, que por ser muito mais barato, permite que seja usada uma
quantidade muito maior. Nos micros 486 o mais comum é o uso de 128 ou 256 KB de ache L2,
enquanto nos micros mais modernos o mais comum é o uso de 512 KB. Dependendo do

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processador usado, o cache L1 pode vir embutido no próprio processador ou fazer parte da placa-
mãe.
Sempre que o processador precisar ler dados, os procurará primeiro no ache L1. Caso o
dado seja encontrado, o processador não perderá tempo, já que o cache primário funciona na
mesma freqüência que ele. Caso o dado não esteja no cache L1, então o próximo a ser indagado
será o cache L2. Encontrando o que procura no cache secundário, o processador já perderá
algum tempo, mas não tanto quanto perderia caso precisasse acessar diretamente a memória
RAM.
Por outro lado, caso os dados não estejam em nenhum dos dois caches, não restará outra
saída senão perder vários ciclos de processamento esperando que eles sejam entregues pela
lenta memória RAM. Para exemplifica’; imagine que você estivesse escrevendo um e-mail e de
repente precisasse de uma informação que havia anotado em um papel. Se o papel estivesse
sobre sua mesa, você poderia lê-lo sem perder tempo. Se estivesse dentro de uma gaveta da sua
mesa, já seria necessário algum tempo para encontrá-lo, enquanto se ele estivesse perdido em
algum lugar de um enorme fichário do outro lado da sala, seria preciso um tempo enorme.
Antigamente, era comum as placa-mãe vir com soquetes apropriados, que permitiam ao
usuário adicionar mais memória cache caso quisesse. Os módulos adicionais, chamados de
módulos COAST (cache on a stick) eram relativamente acessíveis, levando muita gente a fazer o
upgrade. Entretanto, atualmente esta possibilidade não existe mais, pois a grande maioria dos
processadores já traz o cache L2 integrado, não permitindo qualquer modificação, já que não dá
para abrir o processador e soldar mais cache. Mesmo no caso de processadores que ainda usam
ache embutido na placa-mãe, como o K6-2, não existe mais o encaixe para adicionar mais cache.
Ou seja, atualmente a quantidade de cache que você deseja no processador ou placa-mãe
deve ser decidida antes da compra, baseada nas opções disponíveis. Uma vez adquiridos o
processador e a placa-mãe, não será possível fazer qualquer alteração.

5.17 - CO-PROCESSADOR ARITMÉTICO

Todos os processadores da família x86, usada em micros PC, são basicamente


processadores de números inteiros. Muitos aplicativos, porém, precisam utilizar valores de maior
precisão, assim como funções matemáticas complexas, como Seno, Coseno, Tangente, entre
outros, para realizar suas tarefas. Este é o caso dos programas de CAD, planilhas, jogos com
gráficos tridimensionais e de processamento de imagens em geral.
A função do co-processador aritmético é justamente auxiliar o processador principal no
cálculo dessas funções complexas, cada vez mais utilizadas, principalmente em jogos. E como um
matemático profissional que ajuda o processador a resolver os problemas mais complexos, que
ele demoraria muito para resolver sozinho. Até o 386, o co-processador era apenas um acessório
que podia ser comprado à parte e instalado num encaixe apropriado da placa-mãe, sendo que
cada modelo de processador possuía um modelo equivalente de co-processador.
Atualmente, o desempenho do co-processador determina o desempenho do micro em jogos
e aplicativos gráficos em geral, justamente as aplicações em que os processadores atuais são
mais exigidos. Infelizmente, o desempenho do co-processador é uma característica que varia
muito entre os processadores atuais.

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5.18 - PROCESSADORES DE ARQUITETURA INTEL

A lntel foi praticamente a mãe da arquitetura de processadores para computadores


domésticos, sendo antecedida somente pela Texas lnstruments, inventora oficial do processador,
mas com enfoque ao mercado dos grandes computadores corporativos. Mas, apesar de a lntel ter
marcado época com a criação de processadores que, inclusive, foram utilizados para estudos de
linguagem Assembly até os dias de hoje, devido à sua arquitetura revolucionária – caso dos
processadores 8088 e 8086 –, uma revolução real na informática doméstica só ocorreria com a
entrada no mercado do primeiro processador que trabalhava tanto internamente quanto
externamente com palavras de 32 bits, além de acessar a memória com um barramento de 32
bits: o famoso 386.

5.19 - PENTIUM II

A mudança mais visível no Pentium II em relação ao Pentium MMX foi o encapsulamento


SEPP (Singled Edge Processor Package). Em vez de um pequeno encapsulamento de cerâmica,
temos agora uma placa de circuito, que traz o processador e o cache L2 integrados. Protegendo
essa placa, temos uma capa plástica, formando um cartucho muito parecido com um cartucho de
videogame. Com essa mudança, é claro que foi alterado o encaixe usado pelo processador. O
Pentium II não é compatível nem com as placas soquete 7, nem com as placas para Pentium Pro,
exigindo uma placa-mãe com o encaixe slot 1.
A maioria dos usuários não gostou muito da idéia, já que por utilizar um novo encaixe, o
Pentium II era incompatível com as placas-mãe soquete 7 disponíveis até então, o que obrigava
os usuários a trocarem também a placa-mãe no caso de um upgrade. O uso do slot 1 não deixa
de ser uma política predatória da lntel, pois tendo sido criado e patenteado por ela, outros
fabricantes não podem fazer uso dessa tecnologia em seus processadores. A utilização do slot 1
pela lntel foi o primeiro passo para a salada de padrões e tecnologias proprietárias que te mos
atualmente no ramo dos processadores.
Porém, do ponto de vista da lntel, a mudança foi necessária, pois a presença do cache L2
na placa-mãe limitava sua freqüência de operação aos 66 ou 100 MHz da placa-mãe, formando
um gargalo.

5.20 - VARIAÇÕES DE ARQUITETURA

O Pentium II foi produzido em duas arquiteturas diferentes. As versões de até 300 MHz
utilizam a arquitetura Klamath, que consiste numa técnica de fabricação de 0.35 mícron, muito
parecida com a utilizada nos processadores Pentium MMX. Nas versões a partir de 333 MHz já é
utilizada a arquitetura Deschutes de 0.25 mícron, que garante uma dissipação de calor muito
menor, o que possibilitou o desenvolvimento de processadores mais rápidos.
Vale lembrar também que no Pentium II não é preciso se preocupar em configurar
corretamente a tensão do processador, pois isso é feito automaticamente pela placa-mãe. Só para
matar sua curiosidade, os processadores baseados na arquitetura Klamath utilizam 2.8 volts,
enquanto os baseados na arquitetura Deschutes utilizam 2.0 volts.
Uma última consideração a respeito dos processadores Pentium II é sobre a freqüência de
barramento utilizada pelo processador. As versões do Pentium II de até 333 MHz usam bus de 66

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MHz, enquanto que as versões a partir de 350 MHz usam bus de 100 MHz, o que acelera a troca
de dados entre o processador e a memória RAM.

5.21 - OS PROCESSADORES AMD

A AMD lançou processadores próprios com seu K5, um fiasco tanto em vendas quanto em
desempenho, e depois com a tentativa de lançar um processador com tecnologia de ponta – o K6-
2.
O co-processador aritmético do K6 é um projeto bastante simples e elegante. Apenas uma
unidade de execução faz todo o trabalho. Isso permitiu eliminar todos os componentes de controle
que equipam o co-processador aritmético de processadores, como o Pentium III e o Athlon que
possuem respectivamente duas e três unidades de execução no co-processador aritmético.
Desenvolver um projeto de co-processador aritmético demora anos. Por isso, a AMD
novamente optou por uma solução elegante para tentar corrigir este problema no K6-2, seguiu o
exemplo da lntel e incorporou novas instruções ao seu processador, o conjunto 3D-Now!. Formado
por 27 novas instruções que têm o objetivo de agilizar o processamento de placa aceleradora 3D.
Como acontece com as instruções MMX, é necessário que o software usado faça uso do 3D-Now!.
Caso contrário não existe ganho algum.
A diferença básica entre o MMX e o 3D-Now!, é que enquanto o MMX permite apenas
melhorar sutilmente o desempenho do processador no cálculo de números inteiros, no qual tanto o
Pentium, quanto o K6 e o 6x86 da Cyrix são fortes, o 3D-Now! é capaz de melhorar o
desempenho do K6-2 onde ele mais precisa, no cálculo de números de ponto flutuante.
Basicamente, temos uma extensão do co-processador aritmético, que permite a ele desempenhar
suas funções de maneira mais rápida, através de instruções mais eficientes.
O 3D-Now! continua presente no Athlon e no Duron, os processadores AMD atuais. Apesar
de ambos possuírem um co-processador muito poderoso, capaz de executar três instruções por
ciclo, o 3D-Now! ainda presta bons serviços.

5.22 - AMD K6-3

Desde o final da era 486, a AMD utiliza tecnologia própria. Mesmo assim sempre conseguiu
lançar bons processadores, que muitas vezes introduziam novas tecnologias que viriam a ser
utilizadas apenas nas próximas gerações de processadores lntel, chegando muitas vezes até a
superar os processadores lntel em performance, quase sempre custando menos. O problema é
que sempre que a AMD conseguia lançar um processador novo, a lntel já estava dois ou três
passos à frente, restando à AMD competir com chips obsoletos da lntel no mercado de PCs de
baixo custo. Foi assim com o K5, com o K6, e até certo ponto com o K6-2. Vender chips de baixo
custo pode ser uma boa maneira de aumentar a participação no mercado, mas definitivamente
não é a melhor maneira de conseguir obter lucro.
Lançado em novembro de 98, o Sharptooth, ou simplesmente K6-3 foi a primeira tentativa
da AMD em competir diretamente com os processadores top de linha da lntel, que na época eram
os Pentium II de 500e 550 MHz. Como o K6-3 possui uma arquitetura bem diferente do Pentium li,
não é tão fácil fazer uma comparação direta, já que cada processador acaba se saindo melhor em
um tipo de aplicação.

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5.23 - PENTIUM III

O Pentium III foi o carro-chefe da lntel durante um bom tempo, até que começou a ser
definitivamente substituído pelo Pentium 4.
Em toda a história da informática, o Pentium III é provavelmente o processador com mais
variações. Existem versões que utilizam barramento de 100 MHz, versões que utilizam barramento
de 133 MHz, versões com 512 KB de cache half-speed (à metade da freqüência do processador,
como no Pentium II), com 256 KB de cache full-speed (na mesma freqüência do processador,
como no Pentium Pro), versões que utilizam o formato SEPF, versões que utilizam um novo
formato, chamado de FC-PGA, versões que utilizam o core Katmai, versões que utilizam o core
Coppermine (mais avançado), que operam a 2.0V que operam a 1.65V que operam a 1.6V e por
aí vai.
Dependendo da versão do processador, será preciso utilizar uma placa-mãe diferente e em
alguns casos, módulos de memória RAM diferentes. Nunca a simples escolha de qual
processador comprar foi tão confusa.

5.24 - VARIAÇÕES DE ARQUITETURA

As primeiras versões do Pentium III, de 450, 500, 550 e 600 MHz, foram construídas
usando a mesma técnica de fabricação do Pentium II, ou seja, utilizando o mesmo encaixe slot 1,
a mesma tensão de 2.0V, os mesmos SI 2 KB de cache L2 à metade da freqüência do
processador e o mesmo cache L1 de 32 KB e barramento de 100 MHz. A arquitetura (ou core)
utilizada nesses processadores recebe o nome código de Katmai.
A exceção é a versão de 600 MHz, que devido à maior freqüência de operação utiliza 2.05V
Vale lembrar que o aumento da voltagem do processador é um dos procedimentos utilizados para
fazer overclock. Esse processador possui exatamente a mesma arquitetura, e aquece bem mais
do que as versões mais lentas (outro sintoma de overclock), o que me leva a concluir que o
Pentium III Katmai de 600 MHz nada mais é do que um Pentium III de 550 MHz que vem
overclocado de fábrica.
As próximas versões do Pentium III foram as 533B e 600B. Assim como as anteriores, estas
versões utilizam o core Katmai. A diferença é que enquanto as versões anteriores utilizavam
placas-mãe com barramento de 100 MHz, as novas versões utilizam placas-mãe com barramento
de 133 MHz. A versão 533A opera a 4x 133 MHz, enquanto a 600A opera a 4.5x 133 MHz. Todas
as versões seguintes do Pentium III, o que inclui as versões de 650, 667, 700, 733, 750, 800, 850
e 900 MHz; 500E, 550E, 600E, 533EB, 600EB, 800EB além, claro, da versão de 1 GHz, utilizam
uma arquitetura mais avançada, chamada de Coppermine. Esta nova arquitetura traz vários
avanços sobre a Katmai, utilizada nos processadores anteriores.
Para começar, temos transistores bem menores, medindo apenas 0.18 mícron (contra 0.25
do core Katmai). Transistores menores geram menos calor, o que permite lançar processadores
mais rápidos. Utilizando o core Katmai, o limite de hardware (com overclock e tudo) foi o Pentium
III de 600 MHz, já usando o core Coppermine foram lançados processadores de até 1.0 GHz.
Transistores menores também ocupam menos espaço, o que permite incluir mais
componentes no núcleo do processador; chegamos então ao segundo avanço. Enquanto no
Pentium II e no Pentium III core Katmai o cache L2 é soldado na placa de circuito, composto por

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dois chips separados, operando à metade da freqüência do processador, no core Coppermine ele
foi movido para dentro do núcleo do processador, como no Celeron.
Isto permite que o cache L2 opere na mesma freqüência do processador, em vez de
apenas metade, o que melhora bastante o desempenho.
Levando-se em conta o alto custo de um processador P4, e a necessidade de comprar
tanto uma placa-mãe quanto uma fonte de alimentação nova para utilizar o computador (na época
do lançamento do P4 era necessário comprar um cooler extra também, devido ao calor que o
processador emanava, o que fazia com que o Pentium 4 simplesmente “congelasse” enquanto o
computador era utilizado e não voltasse mais ao normal) o P III é hoje a melhor solução para ter
uma máquina com bom poder de processamento a um preço razoável, só perdendo nesse quesito
para o processador que foi o retorno da AMD ao mercado de processadores de baixo custo: o
Athlon.

5.25 - DE NOVO A AMD

O Duron é o atual processador de baixo custo da AMD, o substituto dos processadores K6-
2 e concorrente direto do Celeron.
Em se tratando de cache, o Duron traz mais uma vantagem em relação ao Celeron. No
Duron, o cache L2 é exclusivo, isto significa que os dados depositados no cache L1 e no cache L2
serão diferentes. Temos então realmente 192 KB de dados depositados em ambos os caches. No
Celeron, o cache é inclusivo, isto significa que os 32 KB do cache LI serão sempre cópias de
dados armazenados no cache L2. Na prática, temos apenas 128 KB de dados armazenados em
ambos os caches.
Todos os Durons utilizam o soquete A, pois a AMD começou a produção depois que já havia
feito a migração e dominado a tecnologia de incluir cache L2 no próprio núcleo do processador.
O Duron vem surpreendendo em termos de desempenho, ganhando por uma grande
margem de um Celeron da mesma freqüência. O melhor de tudo é que apesar do desempenho
mais do que convincente, o Duron custa menos que o Celeron da mesma freqüência, e
naturalmente, muito menos que um Pentium III ou Athlon.

5.26 - O PENTIUM 4

O lançamento do Pentium 4 foi adiado mais de uma vez, até que finalmente o processador
foi lançado em Novembro de 2000, inicialmente em versões de 1 .4 e 1 .5 0Hz.
Atualmente já existem versões bem mais rápidas e inclusive uma nova arquitetura mais
avançada que o core Willametteu usado nessas versões iniciais.
Um ponto interessante sobre as primeiras versões do Pentium 4 é que o único chipset
disponível durante quase um ano, o i850 da própria lntel suporta apenas memórias Rambus, o que
obrigava qualquer um interessado em adquirir um Pentium 4 a adquirir também módulos de
memória Rambus. Este tipo de memória era absurdamente caro no início, tanto que a lntel passou
a subsidiar parte do custo das memórias, dando um desconto nos processadores vendidos a
integradores e dando “de brinde” dois pentes de memórias Rambus de 64 MB cada nos
processadores in-a-box destinados ao consumidor final. Vale a pena perguntar - e investigar –
antes de comprar um processador Pentium 4 vendido muito barato...

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Com o tempo, o preço das memórias Rambus foi caindo, mas este tipo de memória ainda é
muito mais cara do que as memórias SDRAM ou DDR. Por sorte, já existem atualmente placas
mãe para Pentium 4 com suporte tanto a memórias DDR quanto a memórias SDRAM comuns.
Atualmente, você só precisa gastar mais com memórias Rambus se quiser.

5.27 - CONCLUSÃO

A compra de um processador, como tudo na informática, depende de fatores como a


máquina que você quer montar e quanto quer gastar, porque bons HDs, memória e placas off
board contribuem muito para o bom desempenho de um computador, as vezes mais do que um
processador A questão “para que?” também é crucial – comprar um novíssimo Pentium 4 de 3.0
GHz para utilizar somente o Word XP diariamente e acessar seu e-mail parece um gasto mais do
que desnecessário. Por último, e não menos importante, o “quanto você quer gastar” é
determinante para a compra do processador: afinal de contas, ainda existem muitos
processadores - como os Celeron - que podem ser comprados a um baixo custo e facilmente
overclocados, o que garante performance e dinheiro sobrando para fazer um upgrade em outros
periféricos. Mas isso é outra história...

5.28 - TEMPERATURA MÁXIMA DE OPERAÇÃO DOS PROCESSADORES

Todos nós já sabemos que o processador é o cérebro do computador e que é ele que
comanda toda operação lógica e aritmética do CPU. Por isso é de suma importância sabermos
qual a tolerância de temperatura que cada modelo de processador suporta para podermos
também escolher o modelo certo de cooler para dissipar a alta temperatura gerada. Abaixo temos
duas tabelas mostrando a temperatura máxima de operação dos processadores e alguns modelos
de cooler para processadores.

Freqüência de Temperatura
CPU
operação (ºC)
K6, K6-2 e K6-III Todas 70
Athlon Slot A Todas 70
Athlon Socket A Até 1Ghz 90
Athlon Socket A Acima de 1 Ghz 95
Athlon MP Todas 95
Athlon XP Todas 90
Duron Até 1Ghz 90
Duron Acima de 1 Ghz 95
Celeron 266 - 433 Mhz 85
Celeron 466 - 533 Mhz 70
Celeron 566 - 600 Mhz 90
Celeron 633 - 666 Mhz 82
Celeron Acima de 700 Mhz 80
Pentium II 350 - 400 Mhz 75
Pentium II 450 Mhz 70
Pentium II Deschutes Até 333 Mhz 65

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Pentium II Katmai Todas 75


Pentium III Até 866 Mhz 85
Pentium III 933 Mhz 75
Pentium III 1 Ghz 60
Pentium III 1,13 Ghz 62
Pentium 4 Willamete 1,3 Ghz 69
Pentium 4 Willamete 1,4 Ghz 70
Pentium 4 Willamete 1,5 Ghz 73
Pentium 4 Willamete 1,6 Ghz 75
Pentium 4 Willamete 1,7 Ghz 76
Pentium 4 NorthWood 1,6 Ghz 66
Pentium 4 NorthWood 1,8 Ghz 67
Pentium 4 NorthWood 2 Ghz 68
Pentium 4 NorthWood 2,2 Ghz 69

5.29 - MODELOS DE COOLER PARA PROCESSADORES

Sempre que compramos um processador para o CPU, devemos verificar o modelo do


socket da placa-mãe e a velocidade do processador. Estes dados são importantes, pois com elas
podemos escolher o tipo de cooler certo para refrigerar o processador sem o risco de queimá-lo.
Segue abaixo alguns modelos com as descrições técnica, para termos idéias de como
devemos analisar o modelo certo para o processador.

Cooler FC-07S615 para Socket 370 e Socket 7

Ideal para Processadores Pentium III Coppermine, Celeron


PPGA e AMD K6 I,II e III

Cooler para AMD Duron e Atlhon Socket A

Ótima performance em refrigeração para processadores AMD


Duron e Atlhon até 1.1Ghz.

Cooler S462-20B715-TC para Intel e AMD

Cooler para Processadores Linha Intel Pentium III


(Coppermine e Tualatin) e Celeron até 2.2GHz e Linha AMD
Atlhon, Atlhon XP e Duron até 2.0 GHz.

Cooler P370-03B-620 para Duron, Atlhon e PIII

Cooler P370-03B-620 para Processadores AMD Duron até 1.7


GHz, Atlhon até 1.4GHz, Atlhon XP até 1.7GHz, Intel PIII
Coppermine e Celeron até 1.13GHz e PIII Tualatin até 2.2GHz

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6. PLACA-MÃE

6.1 - PLACA ONBOARD

Onboard é uma expressão que significa “na placa”.


Este modelo de placa é constituído de dispositivos
internos, Chips embutidos na placa-mãe, como vídeo,
Sound (Audio, Microfone, Auxiliar e Porta de GAME), rede
(LAN), fax-modem e portas USB, mouse (PS/2),
impressora (LPT1), teclado (PS/2) e porta de
comunicação (COM1).
A vantagem da onboard é que ocupa menos espaço
no gabinete e reduz bastante o preço do computador.
A desvantagem vem na redução de desempenho da
CPU, já que os chips dos dispositivos internos vêm embutidos na placa-mãe, dando mais trabalho
para o processador e utilizando boa parte da memória RAM. É o caso do vídeo embutido que
utiliza a memória RAM. O fax-modem embutido utiliza grande parte do processamento do CPU;
fácil de queimar e na maioria das vezes a sua conexão é muito abaixo do normal.
A outra desvantagem da onboard é o número reduzido de slot para dispositivos externos,
tendo no máximo dois slot PCI e um slot AGP para placa de vídeo externo. Caso necessite
substituir um dispositivo queimado como fax-modem ou adicionar um extra, já não sobrará slot.
A onboard da fabricante ELITEGROUP é a mais vendida no mercado. Os seus modelos de
placa-mãe são para os processadores da fabricante AMD (Duron e Athlon).
Acompanhe a figura abaixo que mostra as portas e dispositivos contidos na placa onboard
e que fica na parte de trás do gabinete:

LEGENGA:

A – Entrada para mouse - Porta PS/2 (cor verde)


B – Entrada para teclado - Porta PS/2 (cor violeta)
C – Entrada para rede (LAN conector RJ-45) dispositivo Interno
D – Portas USB
E – Porta de comunicação LPT1 para impressora
F – Porta de comunicação COM1 para mouse serial ou impressora fiscal
G – Saída de vídeo onboard (dispositivo interno)
H – Porta para joystick (GAME)

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I – Saída de áudio – OUT (cor rosa)


J – Entrada auxiliar de áudio – IN (cor azul)
K – Entrada para microfone – IN (cor rosa)

6.2 - PLACA OFFBOARD

Ao contrario da onboard, a verdadeira placa offboard é aquela que é isento de qualquer


dispositivo embutido, tendo somente o soquete do processador, encaixes dos módulos de
memórias RAM e as saídas para teclado, mouse e impressora. O resto é encaixado nos slot.
Há marcas e modelos de placa-mãe que é considerado offboard, mas que na verdade são
onboard, pois vem com alguns dispositivos primordiais do computador embutidos, como saída de
vídeo, porta USB, rede (LAN) e Sound (Audio, Microfone, Auxiliar e Porta de GAME).

Uma verdadeira offboard não possui


dispositivos embutidos, como vídeo e
muitos outros, pois todos são
encaixados nos slots livres da placa.

Offboard 386 (Fora de linha)

A fabricante ASUS é a mais vendida no


mercado com os seus modelos de
placa-mãe para os processadores da
fabricante AMD (Duron e Athlon) e Intel
(Pentium e Celeron). Nela possui um
numero maior de slots para encaixe de
dispositivos externos.

Placa Asus CUV4X-C


(Soquete PGA370)

6.3 - IDENTIFICANDO O MODELO E A FABRICANTE DA PLACA-MÃE

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Há várias maneiras visíveis de identificar o modelo da placa e a sua fabricante. Basta


olharmos na parte interna do gabinete onde é colocada a placa-mãe, entre os slots ou encima do
chipset.

MB Asus A7V266-MX para MB Xcel 2000 para processadores


processadores AMD Duron ou Athlon Intel Pentium II

As fabricantes mais conhecidas e recentes colocam de maneira clara o modelo e a marca


da placa-mãe para que o técnico possa sem muitos problemas poder consultar no site oficial da
fabricante as novas versões dos driver dos dispositivos internos ou novos programas de correção
da BIOS Setup.
Nas placas mais antigas, algumas não vêm de modo visível o modelo da placa-mãe, sendo
então necessário observar no monitor o modelo da BIOS Setup que corresponde o modelo da
placa-mãe.
Observe a figura abaixo:

Tela inicial apresentado pelo computador.

Esta é a tela de inicialização do CPU quando ligamos o computador. Quando o computador


é ligado é necessário que uma série de informações seja passadas à placa-mãe, para que esteja

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preparado para o inicialização do sistema operacional. Assim antes de começar esse trabalho a
BIOS faz um auto-exame denominado POST (PowerOn Self Test ou Auto Teste ao Ligar),
verificando os vários dispositivos que o computador usa tais como memória, disco rígidos, placas
adaptadoras, etc.
Nesta tela, encontramos as seguintes descrições: a fabricante da BIOS; o processador em
uso e a freqüência; memória de vídeo onboard em uso e o teste na memória RAM. Logo abaixo da
tela, aparece uma série de números e letras na qual é descrição técnica do modelo da placa-mãe,
a data da sua atualização da e o modelo da placa-mãe. No exemplo acima, o modelo da placa-
mãe é MB M571-H com a data 15/07/95 (071595).
Dependendo do fabricante da placa-mãe, o modelo já aparece no topo da tela junto com a
descrição do processador.

6.4 - O CHIPSET

Este circuito desempenha um papel muito importante no funcionamento de uma placa de


CPU, ele pertence à escala VLSI (Very Large Scale of Integration), ou seja, no seu interior existem
centenas de milhares de transistores.
O Chipset é um dos principais fatores para o bom desempenho de um PC, ficando atrás do
processador e das memórias. Por isso sempre há a necessidade de escolher placas de CPU com
o chipset adequado. Há vários fabricantes no mercado como Intel, Via, Ali, Sis, OPTI, UMC, etc.
As diferenças entre um fabricante e outro se referem a qualidade e tecnologia empregada no chip.
A maioria dos Chipsets é formada por dois chips principais (veja a figura abaixo),
conhecidos como North Bridge (Ponte Norte) e South Bridge (Ponte Sul).

Mas, afinal para que serve o Chipset?

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Bem, seus diversos circuitos servem para realizar uma série de funções em nível de
hardware, como:

- Controle do barramento PCI;


- Controle do barramento AGP;
- Controle do barramento ISA (pc's mais antigos);
- Controle e acesso a memória, incluindo a cache L2;
- Controle dos sinais de interrupção IRQ, e DMA;
- Timer;
- Controle da Interface IDE;
- Controle da Interface USB.

O Chipset está também relacionado com o clock externo do processador e das memórias.
Por exemplo, se o seu processador possui um clock externo de 133MHz, mas a tecnologia do seu
Chipset foi baseada em um barramento externo de 100MHz, então você não conseguirá tirar
proveito do barramento de 133MHz.
Muitos Chipsets também possuem integrados nele circuitos como de som e vídeo... São as
famosas placas de CPU de baixo custo com som e vídeo onboard (dispositivos internos).

6.5 - PONTE NORTE E PONTE SUL

O North Bridge (Ponte Norte) é ligado diretamente ao processador e a partir dele é feito o
acesso às memórias e ao barramento AGP, ele faz a geração dos sinais e o controle do
barramento PCI.

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O South Bridge (Ponte Sul) controla as interfaces IDE, USB, ISA e ele se comunica com o
North Bridge através de um barramento PCI, ou seja, ele também é um dispositivo PCI, mas
interno à placa de CPU e, portanto controlado pelo North Bridge. No South Bridge também está
conectado o BIOS e um chip chamado de Super I/O, no qual estão as interfaces de mouse e
teclado interfaces seriais, paralelas, e interface para drive de disquete.

6.6 - OS ENCAIXES DA PLACA-MÃE

Simplesmente os encaixes são os conectores de ligação para os dispositivos externos


como, por exemplo, os cabos IDE para ligar os HD´s e os CD-ROM. Também na placa-mãe que é
conectado o cabo da fonte ATX do gabinete para funcionar todos os dispositivos nela encaixado.

6.7 - OS SLOTS DA PLACA-MÃE

A motherboard tem uma imensa variedade de slots e portas para todo tipo de dispositivos.
Os slots mais comuns são, o AGP, PCI e ISA (geralmente citados como slots de expansão para
conexão de dispositivos externos). Esses slots são usados para dar upgrade ou adicionar novos
hardwares em seu computador. O slot ISA e PCI são na maioria das vezes para som, vídeos (sem
uma boa aceleração 3D), rede e etc. Já o slot AGP seria para uma boa aceleração gráfica 3D de
vídeo.

6.8 - SLOT AGP

AGP (Accelerated Graphics Port): utilizado


exclusivamente por interface de vídeos 3D (32 bits,
altíssima velocidade), é o tipo de slot mais rápido da
placa-mãe.
O slot AGP foi criado para otimizar a performance
da placa de vídeo onboard e PCI. Existe diferentes
velocidade que uma placa AGP pode alcançar, tudo dependendo qual a velocidade que a entrada

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AGP tem; existem três velocidades, 2X, 4X e 8X. Quando for comprar uma motherboard veja se
ela consegue acompanhar a velocidade da placa de vídeo que você tem.

6.9 - SLOT PCI

PCI (Peripheral Component Interconnect): utilizado


por periféri-cos que demandem velocidade, como a
interfase de vídeo (32 bits, alta velocidade).
São geralmente para expan-são para dispositivos externos
(fax-modem, rede, etc.). Esses slots são os mais usados e uma
placa-mãe sempre tem mais de cinco encaixes para PCI, algumas
placas que são vendidas mais baratas geralmente aquelas
conhecidas também como Kit com processador e motherboard
embutidas tem menos entradas PCI e às vezes nenhuma AGP, então antes de comprar uma boa
placa-mãe é sempre bom ver esse tipo de informação.

6.10 - SLOT ISA

ISA (Industry Standard Architecture): utilizando por periféricos lentos, como a


placa de som e a placa fax-modem (16 bits, baixa velocidade), muito encontrado
em micros antigos como 486 e Pentium MMX. Este tipo de slot deixou de ser
fabricado. Os slots ISA são os que vieram antes dos slots PCI.

6.11 - SLOT AMR E SLOT CNR

AMR (Audio and Modem Riser): utilizado em placas onboard, este


disposi-tivo é o fax-modem de 56 Kbps que interage com Sound (som)
onboard. Fácil de queimar e com baixa conexão.
CNR (Communication and Network Riser): vem como peça de
expansão ou embutido em placas onboard e localiza-se na parte de trás do
gabinete com a entrada RJ-45. Este dispositivo é a LAN (Rede) onboard de
10/100 Mbps.
Esses são dois tipos de slots de expansão que foram introduzidos há alguns anos. A grande
vantagem desses slots, como pode ver na foto é o seu tamanho, que é muito pequeno se
comparado com qualquer tipo de slot.
A performance deles é um pouco insatisfatória e com isso eles não tiveram grande
vendagem e nem se tornaram populares. A única vantagem seria o preço que é um pouco abaixo
de um modem normal. Hoje em dia é difícil que fabricantes de motherboards façam suas placas
com esse tipo de slot.

6.12 - SLOT PCI Express

O PCI Express mantém compatibili-dade em software com o


atual barramento PCI, porém são tecnicamente diferentes. A
principal diferença do barramento PCI Express sobre o PCI
tradicional está no tipo de comunicação. No barramento PCI tradicional, a comunicação é paralela,

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feita a 32 bits por vez usando um clock fixo de 33 MHz. Já no barramento PCI Express, a
comunicação é serial, feita a um número de bits combinado entre o transmissor e o receptor. As
transmissões podem ser feitas a 1, 2, 4, 8, 12, 16 ou 32 bits.
A primeira versão do PCI Express atingirá uma taxa de transferência de 2,5 Gbps, mas sua
taxa efetiva é de 2 Gbps, o que equivale a 256 MB/s. O barramento PCI atualmente utilizado tem
uma taxa máxima de 132 MB/s. Essa diferença entre a taxa máxima e a taxa efetiva se dá porque
em cada pacote de dados que é transmitido, são transmitidas também outras informações
(cabeçalho). Com isso, para um cálculo correto, temos de remover da conta essas informações de
controle, que não são efetivamente dados que o transmissor está enviando para o receptor. O
barramento PCI Express será um conjunto de novos slots para a placa-mãe, com variados
tamanhos físicos e taxas de transmissão. Os slots PCI Express mais simples, chamados x1,
permitirão uma taxa de transferência de 256 MB/s, o dobro da taxa de transmissão do atual slot
PCI usado no PC. O slot de maior desempenho será o x16, destinado a placa de vídeo, que terá
uma taxa de transmissão 4 GB/s, o dobro da taxa de transmissão do slot AGP 8x.

6.13 - PORTAS DE COMUNICAÇÕES

As comunicações entre os dispositivos externos com o CPU são feitas através das portas
de comunicações de diferentes tipos e modelos. Cada modelo de porta tem as suas
características e são representadas por vias de barramentos de entras e saídas de comunicação
utilizada pelos dispositivos como, por exemplo, mouse, teclado, fax-modem, rede local LAN, porta
paralela LPT1, porta serial COM1, porta USB e muitos outros.
Aqui abordaremos as portas mais comuns com seus respectivos conectores visíveis na
parte externa do gabinete e suas características e funções.

6.14 - PORTA SERIAL COM1

A porta serial COM1 é muito usada para conectar um mouse


serial ou impressoras fiscais que utilizam esta porta. A
nomenclatura desta é DB9 por possuir 9 pinos.

6.15 - PORTA PARALELA LPT1

A porta paralela permite que dados saiam do


computador para um dispositivo externo, byte a byte. No
entanto, a interface paralela tradicional é unidirecional,
permitindo que somente dados sejam enviados do
computador ao periférico – uma impressora, na maioria das vezes.
Atualmente, no entanto, a porta paralela pode trabalhar em outros modos de operação,
especialmente o modo bidirecional, permitindo que periféricos de entrada de dados – como o Zip
drive e scanners de porta paralela – sejam a ela conectados.

6.15.1 - Modos de operação:

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Como a porta paralela hoje em dia está integrada na própria placa-mãe, alteramos o seu
modo de operação através do setup do micro.
Existem basicamente três modos de operação – SPP, EPP e ECP, com taxas de
transferência distintas (SPP em torno de 500KB/s, EPP em torno de 1000KB/s e ECP daí para
cima)

Modo SPP (Standard Parallel Port)

Este é o modo de operação padrão, unidirecional e com uma taxa de transferência máxima
de 150 KB/s. As portas paralelas das interfaces Multi-I/O (IDE plus) antigas só conseguem
trabalhar nesse modo de operação. Atualmente só devemos utilizar esse modo de operação
quando encontramos problemas de compatibilidade com o periférico que está conectado à porta
paralela (o que é bastante raro de acontecer).
Há como fazer a porta paralela padrão (SPP) trabalhar em um modo bidirecional, chamado
modo nibble. Nesse caso, a comunicação será efetuada a apenas 4 bits por vez (mas o normal é
8). Isso é possível graças a algumas linhas de entrada, normalmente usadas para controle,
presentes na porta paralela – por exemplo, a linha que indica falta de papel (paper empty). O
controle de modo nibble será executado por um driver instalado no sistema operacional e permite
que periféricos bidirecionais ou de entrada de dados – como o Zip drive e scanners de porta
paralela –seja utilizados mesmo em micros mais antigos. Portanto, esse modo de operação atinge
uma taxa de transferência de, no máximo, 75 KB/s.

Modo EPP (Enhaced Parallel Port):

Este modo, existente em todos os computadores atuais, traz duas novas características à
porta paralelo padrão: modo bidirecional e aumento da taxa de transferência.
Na porta paralela padrão a comunicação do processador com a porta é feita a 8 bits por
vez. Já no modo EPP a comunicação do processador com a porta é feita a 32 bits por vez. A
própria porta paralela trata de “quebrar” os 32 bits recebidos do processador em quatro dados de
8 bits a serem enviados ao dispositivo externo (na maioria das vezes, uma impressora). Só isso já
faz com que a comunicação do processador com a porta paralela fique quatro vezes mais rápida.
A taxa de transferência máxima teórica do modo EPP é de 2 MB/s, porém, na prática, essa
taxa gira em torno de 0,8 MB/s.
Como trabalha com uma taxa de transferência muito mais alta do que o modo padrão é
necessária a utilização de um cabo especial quando a porta paralela opera nesse modo ou no
modo ECP, a fim de diminuir o nível de ruído. Esse cabo tem uma blindagem especial que permite
atingir taxas de transferência mais elevadas. Muito embora esse tipo de cabo seja conhecido no
mercado como “cabo bidirecional”, sua característica não é ser bidirecional (todo fio é bidirecional;
a direção da informação depende do sentido da corrente elétrica), mas sim ter uma blindagem
especial. É claro que você só deve se preocupar com o cabo na conexão da impressora, já que
Zip drives e scanners de porta paralela (e todos os demais periféricos que possam ser conectados
a porta paralela) já vêm com cabo apropriadamente blindado. Este cabo tem a denominação
técnico Cabo IEEE-1284.

Modo ECP (Extended Capabilities Port):

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Esse modo de operação é um avanço sobre o modo EPP, aumentando significativamente a


taxa de transferência da porta paralela. Isso é conseguido através de várias técnicas.
Se o periférico conectado à porta paralela permitir o modo ECP, a porta entrará em acordo
com ele sobre qual taxa de transferência será utilizada. No caso de o periférico não permitir o
modo ECP, a porta paralela trabalhará automaticamente em modo EPP, se, no setup do micro, o
modo da porta paralela estiver configurado em “ECP + EPP”.
A porta paralela em modo ECP compacta dados automaticamente (utilizando o algoritmo
RLE – Run Length Encoded, comprimento de percurso codificado), aumentando o desempenho:
comparando com os outros modos de operação, mais dados poderão ser enviados em um mesmo
período de tempo. O esquema de compressão utilizado pela porta ECP é capaz de reduzir os
dados a serem transmitidos em até 64 vezes o seu tamanho.
Outra técnica utilizada pelo modo ECP para aumentar o desempenho é a utilização de DMA
para a transferência de dados. Isso faz com que as transferências sejam executadas sem o
conhecimento do processador, que poderá ficar ocupado com outra tarefa em vez de ter de se
preocupar com uma transferência de dados.

Observações: Quando habilitar o modo ECP no setup, deve-se configurar o canal de DMA
que será utilizado pela porta paralela. Utiliza-se, preferencialmente, o canal DMA3 para evitar
conflitos, sobretudo com a placa de som que utiliza o DMA1, e a configuração default da porta
ECP é utilizar também o canal DMA1.
Apesar de ter uma taxa de transferência máxima igual à do modo EPP, a porta ECP tem a
grande vantagem de não sobrecarregar o processador, fazendo com que esse modo de operação
seja, na pratica, muito mais rápido que o EPP.
Da mesma forma que o EPP, o modo ECP necessita de cabo de impressora com blindagem
especial para que consiga atingir altas taxas de transferência. Mais uma vez lembrando, só deve
nos preocupar com o cabo no caso da conexão de uma impressora, já que todos os demais
dispositivos de porta paralela (Zip drive, câmeras de vídeo e scanners) já vêm com um cabo
próprio devidamente blindado.

6.16 - PORTA PS/2

A cor verde indica entrada para Porta PS/2 veio substituir as antigas entradas de
mouse. portas para mouse serial (COM1) e teclado DIM.
Atualmente as portas PS/2 vêm em padrão em
todas as placas-mãe.

A cor violeta indica entrada para


teclado.

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6.17 - PORTA USB

As portas USB são as primeiras portas de comunicação realmente plug-and-


play para PCs. Foram desenvolvidas com o objetivo de permitir que qualquer
usuário, independente de seu conhecimento, consiga instalar periféricos de todo
tipo em um computador. Não há por que se preocupar com IRQs ou endereços de
1/O. Quando um novo dispositivo é conectado a uma porta USB, o sistema
operacional o reconhece e o configura automaticamente. Outra vantagem é a
velocidade, que varia de 1,5 a 12 Mbit/s, dependendo do tipo de dispositivo conectado — a nova
versão do protocolo USB, chamado de USB 2.0, chega até impressionantes 480 Mbit/s.
Pode-se conectar, a uma única porta USE, 127 dispositivos; sendo que todos eles dividirão
o barramento. Para conectar um dispositivo USB em um computador compatível, é necessário
apenas o próprio dispositivo e um sistema operacional que suporte essa tecnologia, além da porta
USB no equipamento. A partir da segunda versão do Windows 95, já foi possível conectar
equipamentos USB em computadores. Apenas o Windows XP com o Service Pack 1 aplicado
possui suporte ao novíssimo USB 2.0.
Com a popularização da utilização das portas USB começaram as pesquisas para o
desenvolvimento da ampliação na utilização desse tipo de porta de comunicação, e em meados
de 2000 um grupo de empresas formado pela Compaq, Hewlett Packard, Intel, Lucent, Microsoft,
NEC e Philips, anunciou o lançamento da USE 2.0. Essa extensão do padrão USE 1.1 utiliza a
mesma configuração física da versão anterior e o mesmo tipo de cabo, mas com a vantagem de
permitir a conexão de periféricos de alta velocidade. Câmeras de videoconferência, scanners de
alta velocidade, impressoras e dispositivos de backup, que utilizam grande capacidade de
transmissão de dados, foram beneficiados. Toda a gama de produtos USE 1.1 já existente no
mercado também pode ser usada, pois a versão 2.0 é totalmente compatível com a anterior.
As transmissões de dados no padrão USE 2.0 podem chegar até 480 Mbit/s. E quando
conectamos um dispositivo USB convencional, as portas USB 2 são configuradas
automaticamente para que funcionem como uma porta convencional, reduzindo sua velocidade de
transmissão de dados para 12 Mbit/s ou até para 1,5 Mbit/s, dependendo do tipo de dispositivo
conectado. Hoje em dia a grande maioria das placas-mãe já traz essa nova porta de comunicação,
mas caso seu equipamento não seja compatível com a versão 2.0, é possível instalar uma placa
extra compatível, que lhe habilitará mais duas ou até quatro portas USE nesse padrão.

7. MEMÓRIA

7.1 - MEMÓRIA ROM

Memórias somente de leitura (read-only memory), como o próprio nome diz, é uma
memória que podemos ler, mas não podemos escrever. Os conteúdos são fixos e inalterados,
tendo o seu conteúdo sido gravado, normalmente, pelo fabricante da memória.
Assim como a memória RAM, a memória ROM é uma memória de acesso aleatório. Por
isso, é inconsistente usar a denominação memória de acesso aleatório (RAM) referindo-se
somente à memória de leitura-escrita, pois nesse caso, memórias do tipo read-only também são

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memórias RAM. Entretanto, há muitos anos atrás houve essa denominação e a terminologia
persistiu e esta se mantém até os dias de hoje.
Apesar das memórias ROM serem consideradas apenas de leitura, existe, no entanto,
circuitos de ROM que permitem que o usuário estabeleça o conjunto de informações a serem
armazenadas, ao invés do fabricante. Estas memórias são chamadas de memórias de leituras
Programáveis (PROM). Existem ainda, memórias de leituras cujos conteúdos podem ser
apagáveis. Tais memórias são chamadas de memórias de leituras programáveis apagáveis
(EPROM). Estas memórias são, entretanto, chamadas de memórias apenas de leitura, pois as
operações de apagamento e reescrita não podem ser executadas enquanto a memória estiver
operando em um sistema digital. A memória deve ser removida do sistema e a modificação pode
levar horas.
Em uma ROM os bits armazenados em qualquer posição não precisam ser alterados.
Nesse caso, os bits não precisam ser armazenados em flip-flops. A ROM pode ser construída
inteiramente com circuitos combinacionais. Uma ROM nada mais é que um conversor de código, e
como tal, consiste em um decodificador e em um codificador.

Existem três tipos básicos de memória ROM: PROM, EPROM e EAROM:

PROM: Significa Programmable Read Only Memory. São memórias programadas


eletricamente, a gravação é feita internamente, mediante o rompimento de "fusíveis", que são
queimados de forma a produzir a gravação dos sinais digitais. Os dados gravados na memória
PROM não podem ser apagados ou alterados.

EPROM: Significa Electrically Programmable Read Only Memory. São memórias que
podem ser gravadas, regravadas e apagadas. Para apagar seus dados, existem duas formas:
Apagam-se as EPROMs por meio de luz ultravioleta, que incidirá numa janela
especialmente construída em cima do chip;
Apaga-se também por meio de pulsos elétricos, que provocam o apagamento colocando
todos os dados do interior da memória em nível lógico zero.

EAROM: Significa Electrically Alterable Read Only Memory. São memórias similares a
EPROM. Porém, ao invés do uso de luz ultravioleta, seu conteúdo pode ser apagado aplicando-se
certo tipo valor de voltagem aos pinos de programação.

7.2 - MEMÓRIA RAM

Existem diferentes tipos de memória disponível no mercado, cada uma atendendo


diferentes requerimentos de sistema. A performance do sistema como um todo é determinado pela
eficiência ou ineficiência de mover dados entre o dispositivo de armazenamento, memória e
Central de Processamento (CPU). Tipicamente, aumento na performance do sistema pode ser
conseguido através do aumento da velocidade do processador e do aumento do cache. O
problema é que aumentando a performance desta forma, os requerimentos de dados para
processamento também aumentam e daí a performance do sistema se torna um gargalo que
prejudica o sistema como um todo.

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Quando uma aplicação é chamada do disco rígido, o programa é armazenado e executado


a partir da memória RAM. A velocidade com que o sistema armazena e executa a aplicação é
determinada pela quantidade de memória utilizada. Quanto mais memória RAM, menos o
processador tem que acessar funções no disco rígido. Acessos mais rápidos são conseguidos
através do armazenamento de códigos ou dados na memória, que possui um tempo de acesso na
ordem de nanosegundos, enquanto o disco rígido possui tempos de acesso na ordem de
milisegundos. De fato, configurações de sistema com mais memória RAM terão uma performance
melhor do que sistemas com processadores mais rápidos, mas com pouca memória.
É importante ressaltar que o aumento de memória não significa um aumento proporcional
na performance do seu sistema, ou seja, dobrando a quantidade de memória não significa que
você irá conseguir o dobro da performance. Existem vários fatores e componentes envolvidos.
Vamos dar uma olhada em alguns destes tipos de memória, mais utilizados.

7.3 - MEMÓRIA DRAM

DRAM ou Memória de acesso randômico dinâmico (Dynamic Random Acess Memory), é


usualmente referida como simplesmente RAM, e é usada primeiramente para a memória do
sistema. O sistema usa esta memória para temporariamente guardar programas, dados e
processar informações que são movimentadas do e para o processador (CPU), placa de vídeo,
disco rígido e/ou outros periféricos. Existem basicamente 3 tipos principais de tecnologia DRAM:
Synchronous DRAM (SDRAM), Extended Data Out (EDO) e Fast Page Mode (FPM). A RAM pode
ainda ser fixada com paridade (Parity) ou sem paridade (Non-Parity), checagem de erro e
correção (Error Checking and Correcting - ECC) ou ECC em SIMM (ECC On SIMM - EOS).
Para facilitar, segue uma tabela com as possibilidades de tipos de memória:

FPM: Memória tipo Fast Page Mode é um tipo de memória DRAM que permite replicação
de acesso à memória com um mínimo de espera pela próxima instrução. Geralmente utilizada por
servidores.

EDO: Extended Data Out (EDO) é a tecnologia de memória que provê aproximadamente 5
a 30% de aumento de performance no subsistema se memória versus a tecnologia FPM. Também
conhecida como Hyper-page mode DRAM, a memória tipo EDO provê o aumento de performance
através da saída de dados ao mesmo tempo em que está procurando por novas informações. A
memória tipo Fast Page, tem um tempo de espera entre estas duas operações. A memória EDO
reduz o gargalo em transferência de dados entre processadores de alta velocidade que precisam
de dados rapidamente. Um fator importante, é que o sistema tem que ser desenhado para se
aproveitar do modo de operação da memória tipo EDO para conseguir estes benefícios.

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SDRAM: SDRAM ou Synchronous DRAM (DRAM síncrona), é uma memória rápida, de


banda-larga, desenhada para trabalhar melhor com sistemas que utilizam Chipsets e
processadores de alta performance. Esta tecnologia sincroniza a si mesmo com o relógio de
sistema (system clock) que controla a CPU, eliminando atrasos de tempo e aumentando a
eficiência do processador. Oferecem bandas mais de 2 vezes a da memória EDO, daí a maioria
dos sistemas estarem migrando para este tipo de memória. Já se tornou o padrão de tipo de
memória RAM, nos dias atuais.

7.4 - PARIDADE E NÃO-PARIDADE

O benefício de incorporar memória com paridade em um sistema é a habilidade de detectar


erros tipo "single-bit" e enviar uma mensagem de erro antes de ocorrer uma paralisação do
sistema. Com muitos sistemas utilizados em negócios e indústrias, dependendo da precisão dos
dados a serem processados, a utilização de memória com paridade é uma consideração
importante. Memória com paridade são um pouco mais caras do que sem paridade.

- Detecção e Correção de Erro (Error Checking and Correcting - ECC):

Memórias do tipo ECC vão um pouco mais além do que memórias com paridade, pois
automaticamente checa e corrige erros tipo "single-bit" (que correspondem a grande maioria de
erros), sem travar o sistema. Memórias tipo ECC requerem maiores recursos do que a memória
com paridade para armazenar dados e causam uma degradação de performance de
aproximadamente 3% no subsistema de memória, porém o resultado em detecção e correção de
erros conseguida, principalmente em sistemas críticos, é um benefício que vale a troca.
Normalmente este tipo de memória é utilizado em Servidores, Estações de alto desempenho,
controles industriais, e sistemas envolvidos na área de negócios críticos.
Para ilustrar a utilização de memórias ECC, segue um quadro comparando falhas de
sistemas utilizando ou não memórias do tipo ECC.

Falhas de Sistema usando paridade Falhas de Sistema usando ECC


Quantidade de Memória
(em 5 anos) (em 5 anos)
16 MB 0.32 0.00016
64 MB 1.26 0.00064
128 MB 2.52 0.00128

O EOS é um tipo especial de memória ECC que realiza a checagem de erro e sua correção
no próprio empacotamento SIMM da memória. A performance não é impactada, pois oferece a
função de ECC para sistema sem o controlador de memória ECC.

- Empacotamento:

Os módulos de memória atualmente utilizados usam os seguintes tipos de


"empacotamento":

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DIMMs (Dual In-line Memory Modules), que fornecem 64 bits de dados;


SO-DIMMs (Small Outline Dual In-line Memory Modules), muito usados em notebooks;
SIMMs (Single In-line Memory Modules), fornecendo 32 bits de dados.

7.5 - MEMÓRIA DDR

As memórias DDR (Double Data Rating) estão cada vez mais presentes nos computadores
e são consideradas as substitutas naturais das populares memórias SDRAM. Isso se deve a
vários fatores, entre eles, a rapidez deste novo tipo de memória. Este artigo mostrará o
funcionamento da memória DDR e o porquê de seu crescente uso. Espera-se para tanto, que o
leitor tenha noções básicas do funcionamento de um computador para que possa ter um
entendimento completo do que será explicado aqui.

7.6 - COMO SURGIU A MEMÓRIA DDR

Na época em que o Pentium III, da Intel, era o processador mais


usado, a velocidade padrão do FSB (Front Side Bus - velocidade externa do
processador, ou seja, a velocidade na qual o processador se comunica com a
memória e componentes da placa-mãe) era de 133 MHz, equivalente a 1.064
MB por segundo. No entanto, sabe-se que no geral, o chipset da placa-mãe
não usa a freqüência de FSB para se comunicar com a memória, mas sim a
velocidade desta. Nessa época, o padrão para velocidade das memórias era
133 MHz (as conhecidas memórias SDRAM PC133), que também fornecia
uma taxa de velocidade de 1.064 MB por segundo.
Com isso, é possível notar que havia um equilíbrio na velocidade
de comunicação entre os componentes do computador.
No entanto, com o lançamento da linha Pentium 4, da Intel,
Duron e Athlon da AMD, esse "equilíbrio" deixou de existir, pois o FSB
dos processadores passou a ter mais velocidade enquanto que as
memórias continuavam no padrão PC133, mantendo a velocidade em
133 MHz. Isso significa que o computador não conseguia aproveitar
todos os recursos de processamento. Para usuários do Pentium 4 até
havia uma alternativa: utilizar as memórias do tipo Rambus (ou
RDRAM). Esse tipo era mais rápido que as PC133, mas tinha algumas
desvantagens: só funcionava com processadores da Intel, tinha preço muito elevado e as placas-
mãe que suportavam as memórias Rambus também era muito caras.
Neste mesmo período, as memórias DDR já haviam sido lançadas, mas a Intel tentava de
todas as maneiras popularizarem as memórias Rambus, ofuscando a existência do padrão DDR. A
AMD, que até então tinha que se contentar com os limites da memória SDRAM, precisava de uma
alternativa eficiente de memória que pudesse trabalhar integralmente com seus processadores. A
companhia acabou apostando nas memórias DDR e a partir daí, o uso das mesmas foi
considerado extremamente viável.

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O simples lançamento das memórias DDR não foi uma solução imediata para os problemas
de velocidade das memórias e do FSB. Somente com o lançamento das memórias Dual DDR é
que a solução se tornou comprovadamente eficaz.

7.7 - FUNCIONAMENTO DAS MEMÓRIAS DDR

As memórias DDR funcionam de maneira parecida às memórias SDRAM. Seus pentes (ou
módulos) possuem 184 pinos, 16 há mais que as memórias tradicionais, que possuem 168.
Fisicamente, há apenas uma divisão no encaixe do pente, enquanto que na memória SDRAM há
dois. Um detalhe interessante é que a voltagem das DDR é 2.5v, contra 3.3v das SDRAM. Isso
diminui o consumo de energia e gera menos calor. Para um PC normal isso pode até não fazer
muita diferença, mas faz em um notebook, por exemplo. Além disso, a redução da voltagem deixa
a memória mais propícia aos overclocks.
Mas, o grande diferencial das memórias DDR está no fato de que elas podem realizar o
dobro de operações por ciclo de clock (em poucas palavras, a velocidade em que o processador
solicita). Assim, uma memória DDR de 266 MHz trabalha, na verdade, com 133 MHz. Como ela
realiza duas operações por vez, é como se trabalhasse a 266 MHz.
Como já dito antes, as memórias DDR são muito parecidas com as memórias SDRAM. Veja
o porquê: os pentes de memórias SDRAM e DDR são divididos logicamente em bancos, onde
cada um contém uma determinada quantidade de endereços de memória disponíveis. Cada
banco, por sua vez, se divide em combinações de linhas e colunas. Acessando uma linha e coluna
de um banco é que se acessa um endereço de memória. Dentro de cada banco, somente uma
linha pode estar sendo usada por vez, mas é possível que haja mais de um acesso simultâneo,
desde que seja a endereços diferentes. É isso que a memória DDR faz: basicamente acessa duas
linhas, em vez de uma não sendo preciso mudar a estrutura da memória. Bastam fazer alguns
ajuste em circuitos e claro, criar chipsets que possuam controladores de memória que consigam
fazer acessos desse tipo.
Um fato importante a citar é que é possível acessar mais de 2 endereços de memória, mas
isso gera custos bem maiores. Além disso, quanto maior a quantidade de dados transferidos,
maior o nível de ruído eletromagnético.
Algo que também é importante frisar é que as memórias SDRAM indicavam seu tipo
informando a velocidade de seu funcionamento. Há uma nomenclatura nas memórias DDR em
que isso não ocorre. Observe o exemplo: numa memória SDRAM PC133, o número "133" significa
que a memória trabalha a 133 MHz. Quando você encontra uma memória DDR PC1600 não
significa que ela trabalha a 1600 MHz. Esse valor indica a taxa de transferência de MB por
segundo. A tabela abaixo mostra mais detalhes sobre isso:

Memória Velocidade
SDRAM PC100 800 MB/s
SDRAM PC133 1.064 MB/s
DDR200 ou PC1600 1.600 MB/s
DDR266 ou PC2100 2.100 MB/s
DDR333 ou PC2700 2.700 MB/s

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DDR400 ou PC3200 3.200 MB/s


Dual DDR226 4.200 MB/s
Dual DDR333 5.400 MB/s
Dual DDR400 6.400 MB/s

7.8 - DUAL DDR

As memórias do tipo Dual DDR funcionam baseadas na seguinte idéia: em vez de utilizar
uma única controladora para acessar todos os slots de memória da placa-mãe, por que não usar
duas controladoras ao mesmo tempo? Essa é a principal diferença do esquema Dual DDR. As
memórias atuais seguem o padrão de 64 bits e são alocadas em bancos. Usando duas
controladoras simultaneamente, o acesso passa a ser de 128 bits. Para isso é necessário usar
dois pentes de memória idênticos no computador. Essa igualdade deve ocorrer, inclusive com a
marca, para evitar instabilidades.
Para entender melhor, imagine que você use dois pentes de 256 MB de memória RAM
DDR333 em seu computador. O computador trabalhará com elas como sendo um conjunto de 512
MB com barramento de 64 bits (ou seja, 2.700 MB por segundo). Essa configuração funcionando
no esquema Dual DDR fará com que o barramento passe a ser de 128 bits, aumentando a
velocidade para 5.400 MB por segundo!
Para trabalhar com Dual DDR não basta colocar dois pentes de memória idênticos no
computador. É necessário que sua placa-mãe tenha esse recurso. Além disso, o esquema Dual
DDR só se torna realmente eficiente se utilizado com processadores Pentium IV, Athlon XP ou
superiores.
Mesmo que sua placa-mãe suporte esse recurso, uma dica interessante é comprar um kit
para Dual DDR. Esse kit contém dois pentes de memória DDR exatamente iguais, próprios para
funcionar como Dual. Se você comprar dois pentes de memória DDR iguais, mas que venham
separadas, o funcionamento pode ser normal, mas as chances de instabilidade aumentam. Isso
ocorre principalmente com o padrão DDR400. É claro que os kits são mais caros, principalmente
no Brasil.

7.9 - MEMÓRIAS CACHE

Os processadores, evidentemente, sofreram grandes aperfeiçoamentos ao longo dos anos.


No entanto, chegou-se a um ponto em que estes evoluíram de forma tão rápida que o acesso à
memória do computador ficou comprometida, pois apesar de também ter sofrido boas mudanças,
a memória é mais lenta para ser acessada, fazendo com que o processador não conseguisse
trabalhar com toda sua velocidade, devido a sua dependência da velocidade de acesso aos dados
da memória. Esse problema ficou notável a partir do ano de 1990, quando os processadores
passaram a trabalhar acima de 25 MHz.
Uma solução para este problema seria usar memórias rápidas, como a SRAM, mas estas
eram muito caras e inviabilizariam a compra de computadores. Além disso, tais memórias eram
complexas e grandes, o que exigiria mais espaço interno no gabinete da máquina. Mesmo assim,
a idéia não foi totalmente descartada, pois serviu de base para uma solução eficiente: a memória
cache.

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A memória cache consiste numa pequena quantidade de memória SRAM, incluída no chip
do processador. Quando este precisa ler dados na memória RAM, um circuito especial, chamado
de controlador de Cache, transfere os dados mais requisitados da RAM para a memória cache.
Assim, no próximo acesso do processador, este consultará a memória cache, que é bem mais
rápida, permitindo o processamento de dados de maneira mais eficiente. Enquanto o processador
lê os dados na cache, o controlador acessa mais informações na RAM, transferindo-as para a
memória cache. De grosso modo, pode-se dizer que a cache fica entre o processador e a
memória RAM. PROCESSADOR > Memória CACHE > Memória RAM.
Com o uso da memória cache, na maior parte do tempo, o processador encontra nela os
dados que precisa. Prova disso, é que se a cache de um processador atual for desabilitado, o
computador pode ter queda de desempenho de mais de 30%.

7.10 - TIPOS DE MEMÓRIA CACHE

Atualmente, existem 3 tipos de memória cache, que serão mostrados a seguir:

- Cache L1 (Leve 1 - Nível 1 ou cache interno):

Trata-se de um tipo de cache em uso desde o processador 486. É chamado de cache


interno porque se localiza dentro do processador. O cache L1 é tão importante para o
processador, que este, mesmo tendo clock inferior, pode ser mais rápido que um processador de
clock superior, mas sem cache. O tamanho deste cache pode ir de 16 KB (como o Pentium) a 512
KB (como o Pentium 4). Os processadores 486 tinham cache de 8 KB.

- Cache L2 (Level 2 - Nível 2 ou cache externo):

O cache L1 não era totalmente perfeito, pois tinha tamanho pequeno e apresentava alguns
erros, que obrigavam o processador a ir buscar os dados na memória RAM. Uma solução foi a
implantação de uma memória cache fora do processador. Eis a cache L2, que para ser usada,
necessita de um controlador, que geralmente é embutido no chipset da placa-mãe. É este chip que
também determina o tamanho máximo do cache L2. Os tamanhos mais comuns são os de 256 KB
e 512 KB, mas é perfeitamente possível a existência de caches maiores. Um fato importante a ser
citado, é que diversos processadores trazem o cache L2 embutido dentro de si, fazendo com que
as terminologias Internas e Externas perderam o sentido.

- Cache L3 (Level 3 - Nível 3):

Trata-se de um tipo incomum, usado pelo processador AMD K6-III. Este possui o cache L2
embutido em si, de forma que o cache L2 existente na placa-mãe pudesse ser usado como uma
terceira cache. Daí o nome L3. Tal fato fez do K6-III um processador muito rápido em sua época.

7.11 - MEMÓRIA AUXILIAR OU MEMÓRIA DE MASSA:

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São meios de armazenamento não voláteis, ilimitados, têm velocidade de acesso bem
menor que as da memória residente. A memória de massa também faz papel de dispositivo de
entrada e saída. Eles podem ser:

7.11.1 - DISQUETES

Também conhecidos como floppy disk ou disco flexível, serve para transferir a informação
de um computador para outro, costuma-se utilizar discos magnéticos de pequeno porte que são
colocados e retirados do computador. Eles são utilizados também para fazer cópias de segurança
que são guardados fora do computador. Ele é dividido em trilhas e setores.

7.11.2 - DISCOS ÓPTICOS

Também é possível armazenar informações em um CD - Compact Disk ou Disco Compacto,


para isso se emprega um raio laser que pode ser direcionado com grande precisão para um
determinado ponto do disco. Devido à avançada tecnologia que incorporam, os CDs têm maior
capacidade de armazenamento e são mais resistentes que os discos magnéticos.

7.11.3 - DISCOS RÍGIDOS

O “Hard Disk”, “HD”, “Winchester”, ou simplesmente “Disco Rígido”, é um sistema de


armazenamento de alta capacidade que, ao contrário da memória RAM, não perde seus dados
quando desligamos o micro, sendo por isso destinado ao armazenamento de arquivos e
programas.
Apesar de também ser uma mídia magnética, um HD é muito diferente de um disquete
comum, sendo composto por vários discos empilhados que ficam dentro de uma caixa lacrada,
pois, como os discos giram a uma velocidade muito alta, qualquer partícula de poeira entre os
discos e a cabeça de leitura causaria uma colisão que poderia danificar gravemente o
equipamento.

7.12 - COMO FUNCIONA UM DISCO RÍGIDO

Dentro do disco rígido, os dados são


gravados em discos magnéticos, chamados
em Inglês de “Platters”. Estes discos
internos são compostos de duas camadas.
A primeira é chamada de substrato, e
nada mais é do que um disco metálico,
geralmente feito de ligas de alumínio. A fim
de permitir o armazenamento de dados,
este disco é recoberto por uma segunda

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camada, agora de material magnético. Os discos são montados em um eixo que por sua vez gira
graças a um motor especial.
Para ler e gravar os dados no disco rígido, usamos as cabeças de leitura eletromagnéticas
(heads em Inglês) que são presas a um braço móvel (arm), o que permite o seu acesso a todo o
disco. Um dispositivo especial, chamado de atuador, ou “actuator” em Inglês, coordena o
movimento das cabeças de leitura.

8. BIOS

O BIOS (Basic Input/Output System) é, como o nome diz, o


sistema básico de entrada e saída. Ele nada mais é do que um
software que controla todas as funções de uma placa-mãe. É por
meio desse pequeno software – normalmente é armazenado em
uma memória do tipo EPROM (ou, atualmente, em uma memória
Flash) – que o computador “sabe” como deve desempenhar suas
diversas funções e como controlar os diversos periféricos e
subsistemas da placa-mãe.

Os BIOS de PCs comuns oferecem ao usuário, por meio de um tipo de menu, uma maneira
de “dizer” ao computador como deve ser executada cada uma das funções do sistema. Esse
menu é normalmente chamado de BIOS Setup (em português, Configurador do BIOS).
Podemos, por exemplo, dizer à placa de que maneira o sistema operacional deve ser carregado
ao ser ligado: a partir do disco rígido, do CD-ROM, ou do disquete. Cada fabricante possui seu
próprio BIOS e cada modelo de motherboard de um mesmo fabricante possuem um BIOS
ligeiramente diferente – o que parece óbvio, pois cada modelo de placa possui um tipo de
configuração. Entre as configurações possíveis, estão a detecção dos componentes do
computador e a configuração dos endereços de IRQ e DMA solicitados pelos periféricos.

O IRQ (Interrupt Request), ou pedido


de interrupção, é um recurso utilizado pelo
PC para permitir que vários dispositivos do
micro façam solicitações ao processador.
Quando solicitado, o processador pára tudo
o que estiver fazendo para dar atenção ao
periférico que está chamando, voltando à
atividade anterior após atendê-lo. Dois
dispositivos não podem compartilhar a
mesma interrupção. Se isso acontecer,
haverá um conflito de hardware, já que o
processador não saberá qual dos dois
dispositivos está enviando uma requisição,
e conseqüentemente, não poderá definir a
quem responder.
As interrupções são de procedimento
de extrema importância para dispositivos de

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entrada, como teclados, evitando assim perda de dados: para que o computador saiba que você
está apertando uma tecla ele faz uma leitura do teclado. Mas e se o processador já estivesse
executando outra tarefa e não existe uma interrupção para avisar que o teclado está lendo dados?
Esses dados que estariam entrando pelo teclado estariam sendo perdidos. O mesmo ocorre com
o mouse.
Fica então evidente a necessidade de haver um meio de o sistema operacional poder retomar o
controle da máquina, em situações de exceção e evitar a perda de dados.

O CMOS (Complementary Metal-Oxide Semicondutor), é


uma tecnologia de circuitos integrados de baixíssimo consumo de
energia, onde ficam armazenadas as informações do sistema
(Setup) e são modificados pelos programas da BIOS acessados
no momento do BOOT. (Estes dados são necessários somente
na montagem do computador refletindo a sua configuração como
o tipo de winchester, números e tipo de drives, data e hora,
configurações de velocidade do clock e da memória, etc)
permanecendo armazenados na CMOS e mantidos através da
bateria interna de 3 volts, conhecida como CR2032.
Muitos desses itens estão diretamente relacionados com o processador e seu chipset e,
portanto é recomendável usar o default (configuração) sugerido pelo fabricante da BIOS.
Mudanças nesses parâmetros podem ocasionar o travamento da máquina, intermitência na
operação, má funcionamento dos drives e até perda de dados do HD, conhecido também com
Winchester ou disco rígido.
Qualquer modificação deve ser feita somente se o usuário conhecer realmente o significado
dos termos ou então por um técnico especializado.
Quando a placa-mãe começa a perder a configuração freqüentemente, devemos trocar a
bateria (CR2032) interna que se encontra na placa-mãe.

Além da configuração, o BIOS é o primeiro


programa executado quando se liga a máquina. Nesse
momento, o primeiro sistema que vemos na tela é
justamente a rotina de boot do BIOS. Somente depois
dos testes iniciais (POST – Power On Self Test) e a
apresentação do quadro do BIOS – a no qual podemos
verificar praticamente toda a configuração do
equipamento – é que o “comando” do computador passa
para o sistema operacional – comando esse que também
é entregue pelo BIOS.
A correta configuração dos parâmetros do BIOS
tem impacto no desempenho geral do equipamento.
Certas configurações podem, inclusive, causar problemas. Se, por exemplo, a porta serial em que
está conectado o mouse for desabilitado, o sistema operacional não reconhecerá esse dispositivo.
Para acessar o BIOS de um computador, normalmente pressiona-se a tecle Del durante a
inicialização do equipamento. Mas, em alguns casos, os fabricantes alteram esse atalho; portanto,
verifique sempre o manual da placa-má que você estiver utilizando. Aliás, o manual é um

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documento muito importante, que poderá auxiliá-lo na resolução de problemas bem chatos;
portanto mantenha-o guardado em local seguro.

9. CONHECENDO O PROGRAMA SETUP DA BIOS

Setup BIOS em modo texto.


Setup BIOS em modo gráfico.
As mudanças são feitas somente por teclado.
As mudanças são feitas com auxilio do mouse.

9.1 - BIOS em modo texto e BIOS em modo gráfico

As motherboards trazem de fábrica as configurações padrão, que são definidas pelo próprio
fabricante, e normalmente possibilitam o reconhecimento automático de todos os componentes já
instalados no computador e da maioria das expansões efetuadas pelo usuário (por exemplo, uma
placa de captura de vídeo adicionada depois). Entretanto, é uma boa prática efetuar algumas
modificações para conseguir um melhor desempenho do equipamento, já que as configurações
default das empresas de hardware apontam para a segurança (maior estabilidade do
equipamento) e não para a otimização do uso dos recursos.

Como dissemos, cada um dos diversos modelos de placas possui um BIOS diferente. Mas,
apesar de, em alguns casos eles serem muito diferentes, ainda mantêm pontos em comum. Em
geral, o BIOS apresenta 5 menus principais:

• Main (Standard CMOS Setup ou Standard Setup)


- Neste menu é possível efetuar alterações nas configurações básicas do sistema, como
data, hora, quantidade de memória e mídias presentes no sistema (disquetes, discos rígidos, CD-
ROMs etc).

• Advanced (BIOS Features Setup ou Advanced CMOS Setup)


- Habilita e configura as opções avançadas do BIOS, como gerenciamento de memória e
velocidades dos barramentos e do processador.

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• Power (Power Management Setup)


- Aqui estão as opções referentes às configurações de energia, como desligamento de
ventoinhas, discos rígidos, monitores e mesmo do todo o sistema, em caso de inatividade. BIOS
mais antigos e sem suporte a configurações de energia obviamente não possuem este menu.

• Boot

- Este menu é utilizado para definir qual será o dispositivo utilizado para carregar e
armazenar o sistema operacional. Os BIOS modernos permitem definir uma lista ordenada de
dispositivos a serem utilizados – se um falhar, o próximo entra em ação.

• Exit
- Escolhemos esta opção quando terminamos de efetuar todas as alterações no BIOS, para
salvá-las e sair do Setup (ou para sair sem salvar as alterações, conforme o caso).

A navegação dentro do BIOS normalmente usa as mesmas combinações de teclas, mas


elas podem variar de acordo com o modelo da placa. De qualquer forma, em geral, segue-se este
padrão:

TECLA
FUNCIONALIDADE
Apresenta a tela de ajuda do BIOS. Na maioria das implementações, traz
F1 ou Alt + H uma referência rápida sobre o parâmetro específico que está sendo
editado.
Pressionado esta tecla, você pode sair do menu em que está e retornar ao
Esc
anterior.
Setas para direita e esquerda Seleciona os menus à direita ou à esquerda.
Movimenta o cursor para cima ou para baixo, de acordo com a opção
Setas para cima e para baixo
desejada.
- (sinal de menos) Apresenta a opção anterior para os valores a serem alterados.

+ (sinal de mais) Mostra a opção seguinte para os valores a serem alterados.


Enter Confirma a seleção escolhida no BIOS.
Home ou PgUp (Page Up) Movimenta o cursor para a primeira opção disponível.

End ou PgDn (Page Down) Movimenta o cursor para a última opção disponível.

F5 Restaura ao padrão (“reseta”) a opção sobre a qual está o cursor.


F10 Salva qualquer alteração que você tenha feito no BIOS.

Vamos, agora, fazer uma apresentação detalhada das opções de configuração disponíveis
em cada um dos menus do Setup do BIOS. Alguns BIOS (como os AMI e alguns Phoenix)

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comportam-se de maneira diferente do padrão, mas a idéia geral é parecida. Tomaremos como
base, para a descrição a seguir, o BIOS Setup dos computadores Deli Optiplex. Mas tenha em
mente que as definições e descrições valem para qualquer BIOS. Algumas opções e menus
podem estar em posições diferentes, ou possuir outro nome, mas todos os BIOS devem ser
capazes de configurar os itens apresentados a seguir:

9.2 - Main Menu


- Nesta opção, é possível alterar as configurações básicas do Setup.

9.3 - System Time


- Configuração do relógio da placa-mãe, incluindo hora, minutos e segundos. O sistema
operacional baseia-se nessa informação (armazenada em um componente chamado Real Time
Clock ou RTC) para ajustar a hora mostrada no “relóginho” da tela.

9.4 - System Date


- Configuração da data da placa-mãe. Da mesma forma que na configuração anterior, o
sistema operacional baseia-se nessa informação (também armazenada no Real Time Clock) para
ajustar a data mostrada normalmente.

9.5 - Legacy Diskette A, Legacy Diskette B (Em alguns BIOS, chamadas de Floppy A e
Floppy B)
- Definição do tipo de acionador de disquete instalado no computador. Os mais antigos
ainda podem possuir os velhos drives de 1.2 MB. Mas como padrão, até mesmo as placas mais
novas trazem opções completas, como, por exemplo, 720K, 2.88MB, e até o velho e fiel 360K –
modelos esses que não são mais fabricados –, além do usual 1.44 MB.

9.6 - Supervisor Password / User Password


- Esta opção habilita ou desabilita a senha do BIOS.O uso dessa senha pode ser muito útil
para aquelas pessoas que querem proteger seu equipamento antes mesmo de ser carregado o
sistema operacional. É possível configurar a senha para que ela seja habilitada somente para o
acesso ao BIOS, ou apresentada logo na inicialização do equipamento. Alguém que não conheça
a senha e tente ligar o computador não conseguirá nem mesmo ter acesso ao disco rígido. A
senha pode ser constituída de caracteres alfanuméricos, mas alguns símbolos, como o “@” não
são reconhecidos.

9.7 - HaIt On
- Especifica quais os possíveis erros que a placa deverá detectar para alertar o usuário
durante o boot. Se um erro for detectado é exibido, o boot será interrompido e uma ação do
usuário será solicitada. Você pode fazer as seguintes configurações para ação mediante erros:

• All Errors: o boot é interrompido e uma mensagem é apresentada mediante


qualquer erro que seja detectado.
• All But Keyboard: a placa reconhecerá todos os erros, exceto se o problema for
com o teclado. Útil quando se quer manter servidores sem teclado conectado – o que é
uma boa prática de segurança.

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• All But Disk: neste caso, a placa apresentará a mensagem em caso de erro, exceto
se o problema estiver no drive de disquete.
• All But Disk/Keyboard: reúne as duas opções anteriores.
• No Errors: não apresenta nenhum tipo de mensagem de erro. Pode parecer
estranho, mas este tipo de configuração é útil no caso de sabermos que uma máquina está
com um problema qualquer e precisarmos, mesmo assim, ter acesso aos seus dados.

9.8 - Installed Memory


- Apresenta automaticamente a quantidade de memória que está instalada no computador.
Essa informação será apresentada na inicialização.

9.9 - Primary and Secondary Master/Slave


- Esta opção permite a configuração manual ou o reconhecimento automático dos discos
rígidos, drives de CD-ROM, drives do tipo LS-120 e até mesmo dos drives de Zip instalados. Hoje
em dia, quase não se usa a configuração manual, pois os dispositivos atuais já permitem seu
reconhecimento automático. Mesmo assim, se o HD estiver com algum tipo de problema, por
exemplo, é possível configurar seus parâmetros no BIOS para que ele seja reconhecido pelo
sistema com um tamanho menor do que o real.

9.10 - Keyboard Features


- Configura os principais parâmetros para o funcionamento correto do teclado:

• Boot Up NumLock Status: o sistema deixará o teclado numérico ligado durante e


depois do boot.
• Keyboard Auto-Repeat Rate: controla a velocidade de repetição das teclas, que
pode variar entre 6 e 30 caracteres por segundo.
• Keyboard Auto-Repeat Delay: configura o tempo entre o primeiro caractere exibido
e o início da repetição, quando se segura uma tecla. Varia de ¼ de segundo até 1 segundo.

9.11 - Advanced Menu


- Neste menu, ajustamos as configurações “avançadas” da máquina. Quando um usuário
entra nessas configurações, supõe-se que ele saiba o que está fazendo, pois neste menu
verificam as configurações sobre processadores, memórias, barramentos e discos rígidos.

9.12 - CPU Speed


- Permite a configuração da freqüência interna do processador. Por padrão, ela vem
configurada como automática. Entretanto, você pode selecionar a opção manual o efetuar as
devidas alterações. Nunido de conhecimento e uma boa dose de persistência, você pode “afinar” o
PC para que ele ganhe um desempenho superior. Há histórias (da época dos 386) de
equipamentos 386DX33 que, bem ajustados, tinham desempenho superior ao de um 486SX33
com as configurações de fábrica. De qualquer forma, com a opção CPU Speed em modo manual,
é possível ajustar os seguintes parâmetros:

• CPU Frequency Multiple: altera a freqüência interna do multiplicador do


processador.

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• CPU External Frequency (MHz): indica ao gerador de clock em que freqüência o


processador irá trabalhar.
• Memory Frequency: determina a freqüência em que a memória vai operar. Esta
opção deve seguir o padrão de cada tipo de memória, que varia entre 200 e 300 MHz.
• CPU VCore: quando optamos pela configuração manual, podemos alterar a tensão
(também conhecida, equivocadamente, como “voltagem”) com a qual o processador será
alimentado pela placa-mãe. Na opção Auto, esse tipo de decisão é tomada pela própria
placa.
• AGP Voltage: esta opção é apresentada somente em alguns modelos de placa.
Possibilita a alteração da tensão do slot AGP da placa, fazendo com que a placa de vídeo
sofra um overclock – e, portanto, tenha um desempenho um pouco melhor.
• System Performance: em alguns modelos de placa, esta opção é apresentada em
um local separado dos demais. Ela basicamente ajusta a placa para o melhor desempenho
que os respectivos dispositivos consigam alcançar.
• CPU Level 1 Cache, CPU Level 2 Cache: habilita ou desabilita o cacho interno do
processador.

9.13 - OS/2 Mouse Function Control


- Como padrão, esta opção vem habilitada de fábrica, de modo que, quando reiniciamos a
máquina, o mouse adota o IRQ 12. Entretanto, dependendo do tipo das placas de expansão
instaladas no computador, podemos precisar desse endereço. Nesses casos, pode-se desabilitar
esta opção para que a placa libere o IRQ 12, sendo o mouse alocado em outra interrupção,
quando o sistema for iniciado.

9.14 - USB Legacy Suport


- As placas que suportam dispositivos USB trazem, por padrão, esta opção já habilitada.
Assim, quando o sistema é iniciado, qualquer dispositivo USB que esteja conectado ao
equipamento é automaticamente reconhecido.

9.15 - OS/2 Onboard Memory


- Se o sistema operacional da máquina for o OS/2, deve-se habilitar esta opção para que o
kernel reconheça corretamente a quantidade de memória da placa.

9.16 - SDRAM Configuration


- Esta opção escolhe os melhores parâmetros para o tipo de memória instalada no
equipamento como, por exemplo, os relativos a tensão de alimentação e velocidade. A opção vem
configurada, de fábrica, como “By SPD”; assim, todas as configurações serão alteradas
diretamente pela placa. Entretanto, é possível efetuar qualquer tipo de alteração nessas
configurações, bastando, para isso, escolher a opção User Defined. Os parâmetros a ser
ajustados são:

• SDRAM CAS Latency: controla a latência da memória SDRAM.


• SDRAM RAS to CAS Delay: controla a latência da memória DDR SDRAM e os
comandos de leitura/escrita.

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• SDRAM RAS Precharge Delay: controla o clock que será utilizado pela memória
DDR SDRAM.
• Graphics Aperture Size: define a quantidade de memória que será mapeada para
os gráficos AGP, podendo variar de 4 a 512 MB.

9.17 - AGP Capability


- Alguns modelos de motherboard podem ser compatíveis com o padrão AGP 4X, que
proporciona uma velocidade de transferência de dados, entre a placa mãe e a placa de vídeo, de
até 2,12 GBit/s. Esta opção no BIOS permite a seleção dos vários tipos de AGP, de acordo com a
compatibilidade entre a placa-mãe e a placa de vídeo.

9.18 - Onboard PCI IDE


- Habilita ou desabilita os canais IDE primário ou secundário, ou, até mesmo, os dois ao
mesmo tempo. Como todos os tipos de dispositivo utilizados em um computador precisam de um
endereço de IRQ, em alguns casos pode ser interessante escolher a opção de desabilitar o canal
IDE secundário, disponibilizando assim mais um endereço de IRQ. Essa opção também é útil
quando a controladora IDE da placa-mãe “queima” ou apresenta algum tipo de defeito, obrigando-
nos a instalar uma placa externa.

9.19 - I/O Device Configuration


- Permite a configuração dos principais dispositivos de entrada e saída em um computador,
como as portas seriais e paralelas. As opções normalmente encontradas são:

• Onboard FDC Swap A&B: permite que, mesmo utilizando somente um drive de
disquete, este seja reconhecido como drive B, e, não, como drive A.
• Floppy Disk Access Control: define se o usuário terá acesso apenas à leitura ou
também poderá alterar dados dos disquetes inseridos no drive.
• Onboard Serial Port: permite configurar as portas seriais em diversos endereços, ou
até mesmo desabilitá-las, se necessário.
• Onboard Parallel Port: de modo análogo ao da opção anterior, possibilita configurar
as portas paralelas em diversos endereços, e, também, desabilitá-las.
• Parallel Port Mode: neste item, podemos escolher o tipo de interface mais
apropriado à porta paralela, uma vez que diferentes dispositivos trocam dados com o
computador de diferentes formas. Na opção Normal, a velocidade da porta será a normal, e
as informações trafegam em apenas uma direção (half-duplex). No modo EPP, a interface
entra em operação bidirecional (full duplex de 5 bits, simplex de 8 bits). A opção ECP
habilita a operação bidirecional em modo DMA. Por fim, a opção ECP+EPP permite que a
porta paralela trabalhe em modo bidirecional com a velocidade normal.
• OnBoard Audio Controller: alguns modelos de placa trazem uma placa de som
onboard, e esta opção nos permite habilitá-la.
• USB Function: permite que você defina quantos controladores de USB 1.1 você
deseja habilitar. Em algumas placas-mãe, essa função interage apenas com as
controladoras USB onboard; em outras, com todas as instaladas mesmo as externas.

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Placas-mãe mais novas já possuem ajustes para interfaces USB 2.0 e IEEE 1394
(FireWire).
• Primary VGA BIOS: Permite definir qual tipo de placa gráfica será selecionado
primeiro. Pode variar entre PCI VGA Card ou AGP VGA Card.

9.20 - Power Menu


- Este menu permite ao usuário efetuar inúmeras configurações para reduzir o consumo de
energia, como, por exemplo, desabilitar a placa gráfica ou mesmo desligar os discos rígidos.

9.21 - Power Management


- Esta opção habilita ou desabilita as configurações automáticas de economia de energia
feita pelo computador:

• HDD Power Down: desliga os discos rígidos se o equipamento ficar inativo por um
determinado intervalo de tempo.
• Suspend Mode: o BlOS detecta a inatividade do usuário e inicia uma espera após a
qual os periféricos são desligados. Também é possível configurar um tempo de inatividade
adicional para que o PC entre em modo suspenso, desabilitando, assim, diversas partes do
computador inclusive a CPU. Esses períodos podem variar de um minuto à uma hora.
Normalmente, escolhe-se uma configuração que vai desligando os discos rígidos, o monitor,
os ventiladores e, por último, faz o micro entrar em modo Suspend.
• PWR Button: para os modelos de placas ATX, é possível “forçar” o desligamento da
máquina pressionando-se o botão de ligar por vários segundos. Isso é útil quando o sistema
operacional trava e não é possível desligar a máquina por software – nem com um toque
breve no botão. Esta opção permite definir o tempo de acionamento do botão de power até
que o equipamento seja desligado.
• Over (heating) Shut Down Setting: Esta opção, encontrada em alguns modelos de
placa-mãe mais novos, permite que, caso a temperatura do processador se eleve muito, o
equipamento seja automaticamente desligado. Assim, evita-se que o processador –
literalmente – se queime.

9.22 - Hardware Monitor


- As opções apresentadas a seguir aparecem somente em alguns modelos de
motherboards mais atuais. Elas permitem que o usuário tenha total controle sobre o
funcionamento dos coolers (ventoinhas) e também sobre a tensão elétrica dos dispositivos
onboard:

• MB Temperature/CPU Temperature: a placa reconhece a própria temperatura


e a da CPU, e as apresenta na tela. É um indicador do funcionamento correto dos coolers.
• CPU Fan Speed/Chassis Fan Speed: o controlador da placa detecta e
mostra a velocidade do cooler (medida em RPM), tanto do processador quanto de um
segundo cooler que porventura esteja instalado no gabinete.
• VCORE Voltage: os sensores apresentam as tensões detectadas em todos
os dispositivos onboard. Desta forma, é possível saber se a placa está alimentada com a
tensão correta ou se ela apresenta algum problema nos reguladores.

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9.23 - Boot Menu


- Neste menu, podemos configurar qual será a seqüência de boot para que o equipamento
encontre o sistema operacional no drive correto. Caso o equipamento não tenha um drive de
disquetes, por exemplo, devemos “setar” o disco rígido ou o drive de CD-ROM como o primeiro
local de busca de sistema operacional.

9.24 - Boot Virus Detection


- Esta opção habilita a verificação de presença de vírus pela própria placa-mãe, no setor de
boot do disco rígido.

9.25 - Quick Power On SeIf Test


- Por padrão, o computador checa várias vezes todo o sistema e conta a memória quatro
vezes antes de liberar a rotina de boot. Com esta opção habilitada, o equipamento não executará
toda essa parafernália, deixando o boot um pouco mais rápido.

9.26 - Boot Up Floppy Disk Seek


- Com esta opção habilitada, o BIOS executa o procedimento de teste e detecção do drive
de disquete. Com isso, é possível determinar se o mesmo está corretamente instalado e qual é o
seu modelo – embora o boot fique um ou dois segundos mais lento.

9.27 - Exit Menu ou a tecla Esc


- Este menu permite sair do Setup sem salvar.

9.28 - Exit & Saving Changes


- Esta opção permite salvar todas as alterações na RAM CMOS – que as armazena
enquanto a bateria da placa lhe estiver fornecendo energia – e sair do Setup. Selecionando-se
esta opção, é apresentada uma caixa de diálogo de confirmação.

9.29 - Load Setup Defaults


- Esta opção resgata as opções padrão definidas pelo fabricante, deixando a placa
exatamente como estava quando “saiu da caixa”.

9.30 - Discard Changes


- Descarta qualquer tipo de configuração que se tenha feito anteriormente.

9.31 - Save Changes


- Esta opção salva todas as alterações sem que se tenha de sair do Setup. Dessa forma, o
usuário poderá voltar aos outros menus e efetuar alterações.

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Quando escolhemos a opção save changes


ou simplesmente pressionamos a tecla F10, o
programa Setup exibe pergunta se deseja
salvar as alterações feitas na BIOS.

10. GABINETE PARA PLACA-MÃE

O gabinete é projetado para proteger as placas e todos os componentes eletrônicos do


aquecimento excessivo, na frente dos gabinetes existem entradas de ar que tem a função de
possibilitar a circulação do ar quente gerado pelas placas do sistema que é retirado de dentro do
gabinete para fora pelo Cooler (Ventilador) da fonte. Ele tem medidas padronizadas que devem
ser obedecidas para o correto encaixe das placas, fonte, conectores, etc.
Existem vários tipos de gabinetes que se diferenciam pela posição Vertical/Horizontal e pelo
tamanho: Baby, Mini torre (vertical), Torre, Slim, ou pelas dimensões que são padronizadas
internacionalmente: Baby AT e ATX.
Não use capas no gabinete ou monitor quando o microcomputador estiver ligado, também
não obstrua a circulação de ar da entrada dianteira do gabinete para o exaustor da fonte (Cooler).
Esta circulação de ar permite a troca do calor gerado pelos componentes internos (processador,
integrados, motores, etc.) com o ar mais frio do lado de fora do gabinete.

10.1 - GABINETE BABY AT - Vertical

O gabinete padrão Baby AT é um pouco antigo, as dimensões deste gabinete são


padronizadas para serem usadas com placas motherboard Baby AT que tem as disposições dos
slots, processadores e memórias predefinidos internacionalmente, ele é mais usado em sistemas
286, 386, 486 e Pentium até 233 MHz.

Veja abaixo as características do gabinete Baby AT:

- Dimensões predefinidas internacionalmente.


- Aceita placas motherboard com dimensões padrão Baby AT.
- O gabinete possui uma fonte de alimentação.
- Sua fonte não permite acionamento ou desligamento eletrônico.

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- A tomada que alimenta a motherboard tem 12 pinos.


- Apresenta um display de segmento configurado por jumper.
- Tem chave Key Lock que permite habilita ou desabilita o teclado.
- Possui chave Reset e Turbo usada em XT, 286, 386 e 486.
- Possui chave liga/desliga com acionamento mecânico.
- Possui Led HDD (vermelho), Power (verde) e Turbo (amarelo).

10.2 - GABINETE ATX

O gabinete Padrão ATX é muito usado nos sistemas Pentium II é compatíveis (K6-2, K6-3,
MII, etc), nele as dimensões são predefinidas internacionalmente para permitir uma melhor
circulação do calor gerado dentro dele pelos componentes
internos, além de permitir melhor facilidade no manuseio
(encaixe) do processador, memórias e placas nos slots ISA,
PCI e AGP. A fonte ATX permite o acionamento e
desligamento da alimentação por toque ou software
compatível com a função Control off (Ex: Botão desligar do
Windows 95/98).

Veja abaixo as características do gabinete ATX:

- Dimensões predefinidas internacionalmente.


- Aceita placas motherboard com dimensões padrão ATX.
- A tomada que alimenta a motherboard tem 20 pinos.
- Foi projetado para dissipar calor melhor que o gabinete Baby AT.
- Possui saída para os conectores (impressora, teclado, mouse, seriais, USB, etc.) fixados
na própria placa motherboard ATX.
- Possui chave Reset e chave Liga/Desliga que suporta acionamento e desligamento digital
por toque ou software (função suspend/Shut down).
- Verifique se o gabinete possui Led HDD (vermelho), Power (verde) e Turbo (amarelo).

10.3 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Principais características que devem ser observadas na hora da compra de um gabinete:

- Verifique se as dimensões do gabinete são Baby AT ou ATX, pois é ele quem vai
determinar as dimensões "não confundir com características" da placa Motherboard.

Motherboard Baby AT Motherboard ATX

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Observe as disposições dos slots de memória e


expansão, além do soquete do processador.

- Potência da fonte de alimentação, que deve ser de 300 Watts ou mais.


- Verifique a existência das chaves: Reset e Turbo (o turbo não é utilizado nos
microcomputadores Pentium).
- O display geralmente é usado no gabinete Baby AT, verifique o tipo do Display que mostra
o clock do processador, ele tem apenas uma função estética e pode ser configurado qualquer
valor por meio de jumpers, Ex: um microcomputador Pentium 100 pode ter um display mostrando
233 MHz, muitos gabinetes novos não tem mais o display.

Cuidado com os gabinetes que parecem uma faca, ou seja, as bordas do gabinete são
cortantes. Verifique o tipo do metal usado na construção do gabinete, existem gabinetes que são
de ferro ou alumínio (recomendados para cidades próximas do mar).
Compre só com garantia e antes de ligar na tomada veja qual é sua tensão 220 ou 110
VAC.
Verifique se o gabinete possui Led HDD (vermelho), Led Power (verde) e Led Turbo
(amarelo), no caso gabinete Baby AT.

10.4 - CONECTORES DO PAINEL DO GABINETE

O gabinete possui na sua parte frontal 3 Leds que tem a função de indica o funcionamento
da fonte, turbo e disco rígido, Também apresenta 3 chaves: reset, turbo e chave Liga/desliga.
A ligação dos cabos do painel pode ser feita com facilidade usando-se o manual ou a
própria descrição (Silk Screen) na placa motherboard, você apenas tem que ver de onde saem os
fios do painel para ligar na placa motherboard, veja na figura abaixo as ligações das chaves e leds
do painel do display em seus respectivos conectores na Motherboard.

10.4.1 - KEY LOCK

Conector do Power Led* ou Led de força (Cor verde).


O conector de Key lock (pinos 1 e 3 ) é usado para ligar o Led Power, o pino 1 é o ânodo (+)
o pino 3 é o cátodo (-) do led.
Se o conector de Key lock (pinos 4 e 5) da motherboard for curto circuitado pela chave key
lock do painel o teclado será desabilitado.

10.4.2 - SPK (Speaker)

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O conector SPK é usado para ligar o alto falante do microcomputador na motherboard,


sendo que o pino 1 é usado para o sinal de saída de áudio e o pino 4 para a tensão +5 VDC.

10.4.3 - RST (Reset)

Se o conector de reset da motherboard for curto circuitado pela chave reset do painel ele
colocará todos os circuitos integrados, processador e memórias em reset, ou seja, zera todo o seu
conteúdo.

10.4.4 - TB-LED* (Turbo Led)

O led de turbo indica a condição de funcionamento da CPU, ou seja, se ele estiver em turbo
on o led fica amarelo, se a CPU estiver em Turbo off o led fica apagado.

10.4.5 - TB-SW (Turbo Switch)

Se o conector da chave turbo da motherboard for curto circuitado pela chave turbo do painel
a CPU é colocada em velocidade reduzida (Turbo off), este sistema de redução da velocidade foi
usado em microcomputadores XT, 286, 386 e 486.

10.4.6 - HDD-LED* (Hard Disk Driver Led)

O conector do HDD Led (cor vermelha) é usado para indicar que o disco rígido está sendo
acessado para leitura ou gravação de dados.

11. OUTRA DISPOSIÇÃO USADA EM MOTHERBOARD MAIS MODERNAS (AT/ATX OU ATX)

11.1 - PS_ON (Power Supply On)

A maior novidade neste tipo de disposição é um conector disponível em motherboard


AT/ATX ou ATX que quando esta fechada permite que a fonte ATX forneça todas as cinco
principais tensões DC de saída (3.3VDC, 5VDC, -5VDC, 12VDC e -12VDC) ou quando aberto
deixa a motherboard em stand-by.
O sinal PS_ON não tem nenhum efeito na tensão +5VSB que é habilitada sempre que a
tensão VAC (110/220) está presente, isto permite que os circuitos Soft Power control, Wake-on-
LAN, Wake-on-modem, etc. liguem a motherboard remotamente.

OBS: Para desligar realmente a fonte ATX, gabinete ATX e motherboard ATX é necessário
desligar a chave mecânica que fica normalmente atrás da fonte ATX.

*Observação: O Led é um componente eletrônico que emite luz quando é submetido a uma
tensão em torno de 1,2 a 1,8 VDC, ele apresenta uma polaridade sendo que o terminal positivo (+)
e chamado de ânodo e o terminal negativo (-) cátodo, caso ele não acenda inverta o conector
ligado na placa motherboard ou veja se ele está ligado no local correto.

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12. FONTE DE ALIMENTAÇÃO

A fonte de alimentação do computador é projetada para


transformar as tensões comuns da rede elétrica em níveis compatíveis
da CPU, além de filtrar ruídos e estabilizar.
As fontes utilizadas nos computadores modernos são do tipo
chaveado, sendo mais eficiente e em geral, mais barata por dois
motivos: a regulagem chaveada é mais eficaz porque gera menos
calor; em vez de dissipar energia, o regulador comutado desliga todo o
fluxo de corrente. Além disso, as altas freqüências permitem o uso de
transformadores e circuitos de filtragem menores e mais baratos.
As tensões “geradas” pela fonte são quatro:
- A tensão de 05 VOLTS de corrente contínua alimentam principalmente os processadores,
memórias e alguns outros circuitos digitais.
- A tensão de 12 VOLTS de corrente contínua alimentam os motores dos acionadores de
discos flexíveis, discos rígidos e outro motores.
- As tensões de 12 e -12 VOLTS de corrente contínua alimentam os circuitos das portas
serias.
- A tensão de -5 VOLTS são utilizados por alguns componentes periféricos ligados a CPU.

12.1 - O SINAL POWER GOOD

Além das tensões que o computador precisa para funcionar, as fontes de alimentação da
IBM fornecem outro sinal, denominado Power Good. Sua finalidade é apenas informar ao
computador que a fonte de alimentação está funcionando bem, e que o computador pode operar
sem problemas. Se o sinal Power Good não estiver presente, o computador será desligado. O
sinal Power Good impede que o computador tente funcionar com voltagens descontroladas (como
as provocadas por uma queda súbita de energia) e acabe sendo danificado.

12.2 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS: TENSÃO, CORRENTE E POTÊNCIA.

A potência utilizada pelo computador é em função de quanto de energia ele utiliza ou


dissipa, dado pela equação P = V x I onde P potência, V tensão e I corrente.
As tensões da rede no Brasil são de 110 V e 220 V. Grande parte dos computadores possui
uma chave comutadora atrás do gabinete possibilitando a transição das tensões.
Para se saber quanto de potência o computador consome é necessário somar todas as
potências dos componentes conectados à CPU e a sua própria potência. A potência, então,
depende dos componentes conectados à CPU.
Exemplificando a CPU precisa de 15 a 30 WATTS; uma unidade de disco flexível utiliza 15
a 20 WATTS; um disco rígido, entre 10 a 20 WATTS e etc.
As potências padrões do mercado são de 200 WATTS, 220 WATTS, 250 WATTS, 300
WATTS e etc. Potência abaixo de 200 WATTS não é recomendada utilizar, mesmo sabendo que
um computador com configuração básica utilizada 63,5 WATTS.

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12.3 - SUBSTITUIÇÃO DA FONTE DE ALIMENTAÇÃO

É Necessária a Substituição da Fonte de Alimentação:

- Quando for anexado um componente à CPU que requeira uma quantidade excessiva de
energia.
- Quando esporadicamente a Winchester não inicializa.
- Quando a fonte possui problemas de ventilação.
- Quando o computador não inicializa.

Para a substituição da fonte não basta selecionar uma com a quantidade de Watts
requerida. Os requisitos de qualidade, compatibilidade e o próprio aspecto físico para instalação
do gabinete têm que ser considerada.
A retirada e instalação da fonte dependerão do tipo de gabinete.
A fonte é identificada por uma caixa blindada e um ventilador voltado para fora. Na retirada,
tomar alguns cuidados: desligar o computador, desligar o cabo da alimentação, eliminar a
eletricidade estática, retirar primeiramente os conectores da CPU e depois os restantes.
As fontes de alimentação de todos os PCs, XTs, e ATs têm dois tipos de conectores; dois
deles vão para a placa do sistema; os outros se encaixam em unidades de disco ou fita.
Os conectores das unidades de disco ou de fita fornecem os 05 e 12 VOLTS de que essas
unidades necessitam.
Os dois conectores da placa do sistema não são idênticos. Cada um possui as tensões
específicas e só encaixam.

12.4 - PRINCIPAIS DEFEITOS

Para o usuário, a fonte de alimentação é um componente de difícil manutenção pela necessidade


de um conhecimento eletrônico razoável. Os defeitos mais comuns são o fusível e o ventilador que
por vezes gera ruídos ou não gira corretamente.

12.5 - REQUISITOS PARA UM BOM FUNCIONAMENTO DO COMPUTADOR

A tensão da rede elétrica costuma variar bastante dos 115 V necessários para o
funcionamento normal, qualquer variação muito brusca desse valor pode causar problemas
graves.
Os problemas com a eletricidade da rede podem ser classificados em três categorias
básicas: tensão excessiva, tensão insuficiente e ruído.

- Excesso de Tensão:

A pior forma de poluição da rede elétrica é o excesso de voltagem, que são picos de alta
potência semelhantes a raios que invadem o PC e podem danificar os circuitos de silício. Em
geral, os danos são invisíveis exceto pelo fato - visível - de não haver imagem no monitor de
vídeo. Outras vezes, o excesso de voltagem pode deixar alguns componentes chamuscados
dentro do computador.

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Em um grande de intervalo de tempo, se a tensão variar 10% do seu valor nominal, pode se
dizer que as condições de funcionamento aproximam-se do ideal. Nessas condições os
equipamentos que fazem à estabilização atuam eficientemente.
As características mais importantes dos dispositivos de proteção contra o excesso de
voltagem são a rapidez e a quantidade de energia que dissipam.
Geralmente, quanto mais rápido o tempo de resposta ou a velocidade de sujeição, melhor.
Os tempos de resposta podem chegar a picossegundos (trilhonésimos de segundo). Quanto maior
a capacidade de absorção de energia de um dispositivo de proteção, melhor. A capacidade de
absorção de energia é medida em WATTS por segundo, ou joules. Há nos mercados vários
dispositivos capazes de absorver milhões de WATTS (ESTABILIZADORES).

- Tensão Insuficiente:

Tensão insuficiente, como o próprio nome indica, é uma tensão inferior à necessária. Elas
podem variar de quedas, que são perdas de alguns volts, até a falta completa, ou black-out.
As quedas momentâneas e mesmo o black-out, não chegam a ser problemáticos. Contanto
que durem menos que algumas dezenas de milissegundos.
A maioria dos PCs é projetado de modo a suportar quedas de voltagem prolongadas de até
20% sem desligar. Quedas maiores ou black-outs farão com que eles sejam desligados.(NO-
BREAK e SHORT BREAK).

- Ruídos:

O ruído é um problema renitente nas fontes de alimentação da maioria dos equipamentos


eletrônicos. Ruído é o termo que usamos para identificar todos os sinais espúrios que os fios
captam ao percorrerem campos eletromagnéticos. Em muitos casos esses sinais podem
atravessar os circuitos de filtragem da fonte de alimentação e interferir com os sinais normais do
equipamento.
Os filtros existentes nas fontes de alimentação são suficientemente eficazes para sanar
esse tipo de problema não sendo necessário a aquisição do filtro de linha.

12.6 - INSTALAÇÃO ELÉTRICA

A instalação elétrica vai refletir em um duradouro e confiável funcionamento do


equipamento, evitando principalmente problemas esporádicos ou intermitentes, muitas vezes
difíceis de descobrir sua fonte.
As posições dos sinais terra, neutro e fase devem
obedecer aos padrões internacionais como mostra a figura:

O aterramento é de extrema necessidade para evitar


todos os problemas citados, e precaver alguns outros, que a
falta ou o mau aterramento pode causar.
Num ideal aterramento a diferença de potencial entre o terra e o
neutro não pode variar mais de 05 VOLTS AC.

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12.7 - CONECTOR PARA A FONTE DE ALIMENTAÇÃO

As placas de CPU possuem uns conectores, normalmente localizados na parte superiores


direita, próprios para a conexão com a fonte de alimentação. Tradicionalmente as placas utilizam
um conector de 12 vias, padrão AT. Placas de CPU mais modernas passaram a utilizar o padrão
ATX, e possuem um conector para fonte deste tipo. Existem ainda as placas universais, que
possuem dois conectores de fonte, sendo um do tipo AT e outro ATX.

Conectores de fonte padrão AT e ATX

Nas fontes de alimentação AT tem dois conectores a serem ligados na placa-mãe, que
deverão ser ligados lado a lado.

Repare que os fios pretos ficam Nas fontes de alimentação ATX, é


posicionados ao centro do conector. usado um único conector de 20 vias.

13. CUIDADO COM A ELETRICIDADE ESTÁTICA

Nós não podemos vê-la, mas ela existe e danifica os componentes eletrônicos. Por isso os
fabricantes alertam em seus produtos, etiquetas que advertem sobre os cuidados a serem
tomados.

CUIDADO: O conteúdo é sujeito a danificação por eletricidade estática. NÃO ABRA, exceto
em estação de trabalho antiestática aprovada.

CUIDADO: Dispositivos eletrônicos sensíveis. Não transporte ou armazene perto de fortes


campos eletrostáticos, eletromagnéticos, magnéticos ou radioativos.

A conhecida embalagem de caixa plástica usada para armazenar memórias e placas traz as
seguintes inscrições:

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ATENÇÃO: Dispositivos sensíveis à eletrostática. Abra apenas em estação de trabalho


antiestática aprovada.

O corpo humano acumula eletricidade estática na medida em que a pessoa anda, senta em
uma cadeira, retira um casaco, abre uma porta, ou mesmo quando toca em um outro material já
carregado com eletricidade estática. Ao tocar em um componente eletrônico, as cargas estáticas
são transferidas rapidamente para este componente, uma espécie de "choque" de baixíssima
corrente, mas o suficiente para danificar parcialmente ou totalmente os circuitos internos
existentes dentro dos chips. Esses chips podem danificar-se imediatamente, ou ficarem
parcialmente danificados, passando a exibir erros intermitentes, ficando sensíveis à temperatura, e
podendo até mesmo queimar sozinho depois de algum tempo.

13.1 - ELETRICIDADE ESTÁTICA É COISA SÉRIA

Para evitar o dano aos componentes eletrônicos, o mínimo que devemos fazer é segurá-los
de tal forma que seja evitado o contato direto com nossas mãos.

Certo Errado

Certo Errado

Certo Errado

Oriente e mostre aos clientes os cuidados básicos com componentes e dispositivos


eletrônicos

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MONTAGEM DO CPU

Toda montagem necessita de espaço no balcão para que não haja problemas de confundir
ou danificar quaisquer dispositivos e driver. É aconselhável deixar tudo separado para na hora
poder montar com tranqüilidade e sem pressa, pois qualquer procedimento errado é fatal danificar
os dispositivos. Sempre que for comprar um kit sem o gabinete, é aconselhável testar na loja. É
sempre comum algum dispositivo apresentar problemas depois de um determinado tempo, pois o
teste final é quando o CPU está com Sistema Operacional com todos os seus driver dos
dispositivos instalados.
Acompanhe passo-a-passo, alguns procedimentos de montagem.

Organização: Tenham em mãos as ferramentas certas para manipular as peças e


parafusos, pois há diversos tipos de parafusos que são utilizados no CPU.

1° Passo: Separem em ordem as peças e tudo que for necessário para montar o CPU.
Confira se tem tudo em mãos para ter uma tranqüila montagem.

2° Passo: Certifique que o Kit (Processador, cooler, placa-mãe e memórias) estejam de


acordo com as exigências do manual da placa-mãe para um bom funcionamento. Verificar
também se na compra do Kit, veio acompanhado junto a chapinha que ficará na parte de trás do
gabinete.

3° Passo: Primeiramente coloque a chapinha no gabinete e com cuidado coloque o Kit da


plataforma interna do gabinete, verificando os pinos de encaixe e os parafusos certos.

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4° Passo: Depois de fixado o Kit, coloque com cuidado os dispositivos externos, driver e o disco
rígido em uma posição que não comprometa os cabos de forças e os flats.

5° Passo: Depois de fixo com parafusos os dispositivos externos, driver e o disco rígido,
conecte os cabos de forças nos dispositivos, prestando atenção na posição correta, pois a
inversão destas posições compromete o funcionamento da placa-mãe, ou até mesmo a queima
dos dispositivos, inclusive memórias e processador.

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6° Passo: Coloque os flats no disco rígido, cd-rom e drive de disquete, de acordo com os
indicadores e os padrões dos dispositivos, conforme desejado. Exemplo: se além do disco rígido
que sempre será primário master; verifique se o CD-ROM está como primário slave para que não
haja confusão na hora de configurar os dispositivos no SETUP da Bios.

7° Passo: Verifique com calma se tudo está fixado e conectado corretamente antes mesmo
de ligar o cabo de força da fonte do CPU no estabilizador.

Depois de todos estes procedimentos, ligue o computador e em seguida entre na Setup da


Bios, pressionando a tecla F1 ou DEL (Delete). Tenha em mãos o manual da placa-mãe para
verificar a freqüência e os dispositivos instalados.

COMO MONTAR E CONECTAR CABOS DE REDE

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A montagem de uma rede domestica é muito mais fácil do que se imagina, pois não há
necessidade de muito planejamento e plano administrativo. Ao contrário de uma rede de grande
proporção que exige do técnico conhecimento de administração e um complexo planejamento.
Exemplo disso é que para ligar dois computadores com acesso à internet, não exige domínio,
Hub, cadastro do usuário e senha de acesso a um servidor, já que neste caso não precisa de
servidor para uma rede domestica.
Logo abaixo, tem uma pequena instrução com as explicações passo-a-passo de como
montar uma pequena rede, independente do sistema operacional que esteja utilizando. É de suma
importância à instalação de um bom antivírus para evitar que os dois computadores ou mais, não
venham serem contaminados por vírus de internet e evitar possíveis ataque de hacker.

MATERIAL NECESSÁRIO:

Os RJ-45 são conectores que serão utilizados nas duas pontas do cabo
de rede. Uma ponta no computador e o outro no Hub, caso seja uma rede
com mais de dois computadores. Portanto, você necessita ter um par por
cabo. Poderá comprá-los em lojas de informática e até mesmo em lojas de
material elétrico.
Conector RJ-45

O cabo de rede par trançado poderá ser comprado no mesmo lugar


onde comprar os conectores RJ-45, por metros. Mas antes mesmo de
comprá-lo, é necessário saber quantos metros serão necessário,
lembrando que o mínimo é de 1 metro e o máximo de 100 metros. Este
cabo possui 4 pares de fios, ou seja, 8 condutores coloridos.
Cabo par trançado
24AWG x 4P

O alicate de crimp de RJ-45 poderá ser comprado na loja


onde comprou o material anterior ou em loja de ferramentas,
hoje em dia é muito fácil encontrá-los.
Dica: Não tente montar o cabo sem ele, pois você vai ficar
louco; perderá horas e a qualidade do cabo ficará
comprometida.
Alicate para Crimp de RJ-45

DETERMINANDO A PINAGEM DO CABO:

Determinar a pinagem do cabo é bastante simples, no nosso caso só utilizaremos duas


configurações: norma 568A e 568B, que são utilizadas para montagem de cabos de rede padrão
ethernet. Veja a pinagem nas figuras abaixo:

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As figuras mostram a seqüência em que os condutores (fios)


devem ser colocados no conector RJ-45. Você utilizará uma seqüência
ou outra dependendo da aplicação (não se preocupe pois na figura a
seguir mostra em qual situação deverá usar as seqüência). Note que são
4 pares, ou seja 8 fios condutores coloridos.

Dependendo de onde você vai ligar o cabo, as pinagens podem variar. Na figura acima é
ilustrado como o cabo deve ser montado. Se vão ligar um computador a uma Hub, que é a
situação mais comum, os dois lados do cabo, ou seja, os dois conectores devem ser dispostos de
acordo com a norma 568A. Se você pretende ligar apenas dois computadores sem o uso de uma
Hub, um dos lados deve ter a pinagem da norma 568A e o outro de acordo com a norma 568B,
também chamado de cabo Cross.
Os novos modelos de Hub oferecem uma nova tecnologia na qual
não há mais a necessidade de utilizar um o cabo Cross para ligar um Hub
no outro, pois ambos os Hubs já possuem o sistema de reconhecimento

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automatizo conhecido também como Hub Switch. Então quando for comprar um Hub de 8 Portas
10/100 Mbps, utilize a tecnologia Switch para que no futuro, caso haja necessidade de ampliar a
rede, colocar mais um hub e assim conectar mais computadores na rede.

COLOCANDO O CONECTOR PASSO-A-PASSO:

O alicate é a única ferramenta necessária para a colocação do conector no cabo, ele


cumpre as tarefas de cortar, medir e desencapar o cabo, e crimpar o conector. Siga o roteiro
abaixo com as fotos ilustrativas.

1. Corte o cabo usando a guilhotina inferior do alicate.

2. Insira o cabo na guilhotina superior até a guia, como mostra a


figura. Esta posição já é o comprimento necessário para o
encaixe no conector. Execute o corte sem forçar muito, para
evitar que os fios internos sejam seccionados.

3. Após corte e retire a capa do cabo, veremos os condutores


internos como mostra a foto.

4. Alinhe os condutores de acordo com a norma (568A ou 568B)


que pretende utilizar (veja Determinando a pinagem do cabo).
Note que existem 4 pares, ou seja, 8 fios condutores, sendo 4
cores cheias (verde, azul, laranja e marrom) e as mesmas 4 cores
mistas com branco.

5. Insira os condutores no conector de modo a alcançarem o


fundo do conector e tomando cuidado para que a ordem não seja
trocada.

72
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6. Encaixe o conector no alicate, de acordo com a foto. Verifique


se está na posição correta, pressionando-o até o final do encaixe.

7. Pressione o alicate firmemente, para que os contactos


metálicos do conector perfurem os condutores e a trava plástica
prenda o encapamento azul.

CONFIGURANDO OS DOIS COMPUTADORES PELO Windows 98

Consideraremos que a placa de rede esta instalada e configurada corretamente, o próximo


passo é configurar o sistema operacional para usá-la. Para isso, vá para o painel de controle.
No Painel de controle clique em redes, o Windows já instala automaticamente o cliente para
redes Microsoft e o protocolo TCP/IP, vejam figura abaixo:

O protocolo do Windows é o NetBEUI, que não necessita de qualquer tipo de configuração


adicional. Entretanto, como possivelmente você pensará em instalar e configurar um
compartilhamento para acesso a Internet nas maquinas, você precisara apenas configurar o

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protocolo TCP/IP. Para isso, selecione o protocolo TCP/IP e clique na caixa Propriedades. Na guia
Endereço IP você devera selecionar Especificar um Endereço IP e configurar manualmente o
endereço IP que será usado na máquina que você esta configurando.
Acontece que não pode sair simplesmente usando qualquer endereço IP em sua rede, deve
usar endereços que não existam na Internet para não gerar
qualquer tipo de conflito quando sua rede estiver conectada
a Internet. Caso contrário, sua rede não funcionara quando
ela estiver conectada a Internet.
Na ocasião existem alguns endereços chamados
“mágicos”, isto é, que você pode usar sem problemas, pois
os roteadores da Internet não propagam pacotes que tenha
esses endereços como destinos, evitando o conflito. Entre
esses endereços esta a serie 192.168.0.0, que é o
recomendável.
Dessa forma, a primeira máquina da rede devera ser
configurada, por exemplo, com o endereço 192.168.0.1, a
segunda máquina com o endereço 192.168.0.2. Lembrando
que o endereço 192.168.0.0 não pode ser usado (ele define
a rede) nem o endereço 192.168.0.255 (que é usado para
broadcast). A mascara de sub-rede deve ser configurada como 255.255.255.0.

Deve ter percebido como deve ser chato configurar uma rede TCP/IP grande, não é
mesmo! A solução é o uso de um servidor DHCP, responsável por definir um endereço IP
automaticamente para cada nova estação que é conectada à rede. Nesse caso, cada máquina é
configurada em “Obter um endereço IP automaticamente”, o que facilita bastante o trabalho do
Administrador da rede.

Caso queira que o outro micro da rede tenha acesso a arquivos existentes em seu micro
(em qualquer unidade de disco, como no disco rígido, CD-ROM, Zip Driver, etc.) ou tenha acesso
à impressora que porventura esteja instalada em no micro, então devera instalar o serviço de
compartilhamento de arquivos e impressora.

Outra forma seria apenas selecionar a opção “compartilhamento de arquivos e impressoras”


abaixo da barra de rolagem “Logon primário da rede”, marque as opções conforme mostra a figura
abaixo:

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Depois de termos configurado protocolo TCP/IP e os serviços deve-se configurar a


identificação da maquina, isto é, como ela será conhecida pelos demais micros da rede. Para isso
selecione a guia Identificação.
O Nome do Computador – Será o nome pelo quais todos os demais micros da rede
conhecerão a máquina que você esta configurando. Configure com um nome simples e que faça
sentido.
Grupo de Trabalho – Este campo permite agrupar maquinas por grupos. Todos os micros
de uma mesma sessão deverão fazer parte do mesmo grupo de trabalho, isto facilitará o acesso
aos recursos, pois fará com que todos apareçam na mesma janela, quando você localizar um
micro na rede, e dentro na mesma pasta, quando abrir o ícone “ambiente de redes”.
Descrição do Computador – Serve para você configurar uma pequena descrição da
função do micro, de forma que os demais micros da rede possam ter acesso a essa informação e
poderem saber facilmente a finalidade da maquina.
Após esses passos será necessário reiniciar a máquina. Após reiniciar, ela devera esta
sendo vista pela rede corretamente. Se configurar os dois micros na rede, então poderá testar se
a rede esta funcionando através do ícone Ambiente de Rede presente na área de trabalho.
Através desse ícone devera “enxergar” as demais maquinas da rede.
Consulte o site http://www.babooforum.com.br/idealbb/view.asp?topicID=219678 e descubra
como compartilhar pastas, impressoras e unidades de discos.

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