Parodia em Travisan
Parodia em Travisan
Parodia em Travisan
Resumo
Este artigo visa apresentar um estudo da paródia nos contos de Dalton Trevisan,
realizado com alunos do Ensino Médio, professores e participantes do GTR (Grupo de
Trabalho em Rede) da Rede Pública do Estado do Paraná. Situa o conto no gênero
narrativo, na literatura contemporânea, conceitua e contextualiza historicamente a
paródia, já que a mesma é uma das principais características da obra de Dalton Trevisan.
Em seguida é feita uma análise do conto “Penélope”, do referido autor, sob a óptica da
paródia. A complementação é realizada com os resultados obtidos com a implementação
feita na Escola e colaboração dos participantes do GTR.
Abstract
This article aims to present a study of parody in stories by Dalton Trevisan, performed
with the high school students, teachers and members of the TNG (the Working Network)
Network Service of the State of Parana. Located in the tale genre narrative in
contemporary literature, conceptual and historical background to parody, since it is one
of the main features of the work of Dalton Trevisan. Then an analysis is made of the tale
"Penelope" of the same author, in terms of parody. Supplementation is performed with
the results of the implementation done in school and collaboration of the participants of
GTR.
Ainda com o mesmo autor (op. cit, p. 34), podemos dizer que:
O conto é uma narrativa mais curta, mas isso não quer dizer que
seja mais simples do que os outros tipos. Tem como característica central
condensar conflito, tempo, espaço e reduzir o número de personagens.
Trata-se de um gênero muito apreciado por autores e leitores, ainda que
tenha adquirido características diferentes, como, por exemplo, deixar de
lado a intenção moralizante e adotar o fantástico ou o psicológico para
elaborar o enredo. Pode abordar qualquer tipo de tema na construção de
um mundo particular.
“É muito provável que o conto oscile ainda por muito tempo entre
o retrato fosco da brutalidade corrente e a sondagem mítica do
mundo, da consciência ou da pura palavra. Essas faces do mesmo
rosto talvez componham a máscara estética possível para os
nossos dias; e a literatura, enquanto literatura-para-a-literatura,
não tem meios de superá-la. Poderá representá-la, exprimi-la,
significá-la. E vivê-la e sofrê-la, até desafiá-la. Arrancá-la, não.
Para tanto, seria necessário que acontecesse quase o impossível.
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converte em palco de luta entre duas vozes” (1970) e, como num espelho
de diversas faces, apresenta a imagem invertida, ampliada ou reduzida.
A esposa parece ser um pouco mais feliz, mas tem sua voz
limitada e seus pensamentos silenciados, como se a influencia de Eros
fosse perdendo forças, ao longo do tempo, devido ao comportamento do
marido, possessivo, apresentando características patriarcais, que contribui
para o enfraquecimento das forças de Eros na vida do casal, a tal ponto
que ela decide pôr fim ao fio da vida e terminar com seu suplício ao invés
de ter que conviver com a desconfiança do marido.
(...) “os alunos comentaram que não gostavam de ler, mas esse
escritor interessou, por sua linguagem simples, sugestiva e
insinuante. Ele é direto, ágil e determinado como uma verruma,
pois ler este contista é participar, sofrer, inquietar-se, ruir.”
(PANCIER, GTR 2007).
Referências Bibliográficas