Normas Técnicas para Levantamento de Topografia PDF
Normas Técnicas para Levantamento de Topografia PDF
Normas Técnicas para Levantamento de Topografia PDF
Julho 2001
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 2
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Sumário
Título Página
Sumário 02
Apresentação 05
Objetivos 06
Considerações Gerais 07
O Sistema Cartográfico Nacional 07
2
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 3
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Anexos
3
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 4
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Lista de tabelas
4
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 5
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Apresentação
5
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 6
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Objetivos
6
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 7
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Considerações Gerais
7
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 8
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
8
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 9
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Considerações
Por técnicas convencionais entende-se, para fins da presente Norma, aquelas que se
utilizam de medições angulares, lineares e de desníveis através de, respectivamente,
teodolitos, medidores eletrônicos de distâncias e níveis em suas diversas combinações e
cálculos decorrentes.
Ainda que as técnicas convencionais sejam denominadas genericamente de
topográficas, esta classificação não deve ensejar ambiguidade com respeito à finalidade. No
âmbito desta Norma, levantamentos topográficos serão entendidos como os que se
destinam ao levantamento da superfície topográfica, seus acidentes naturais, culturais e a
configuração do terreno. Não se justifica portanto a contraposição entre levantamento
topográfico e geodésico, visto terem estes finalidades distintas. Nestes, cálculos adicionais
são efetuadas sobre as observações e objetivam fornecer o arcabouço de pontos com
coordenadas e altitudes destinadas à utilização em outros levantamentos de ordem inferior.
É usual ainda referir-se a levantamento topográfico àqueles que são efetuados
tomando como referência um plano topográfico local em contraposição aos levantamentos
geodésicos.
Com o advento e a popularização dos levantamentos com o uso de satélites artificiais
esta distinção perde sentido. Uma vez que os resultados obtidos por essa tecnologia estarão
situados no domínio da geodésia, isto significa que, implicitamente, as coordenadas assim
obtidas já foram submetidas às reduções ao elipsóide, sejam expressas em coordenadas
cartesianas, geográficas ou de alguma projeção cartográfica.
A utilização do plano topográfico local como referência é utilizada nos casos de áreas
pequenas e projetos específicos onde não se justifiquem as reduções ao elipsóide.
Deve se ter vista ainda o fato de que a realidade dos levantamentos cadastrais usa-se
na descrição dos elementos descritores de glebas ou imóveis individuais definições que, em
razão da natureza esferoidal da superfície física terrestre, podem causar desconforto
àqueles familiarizados com os meandros dos levantamentos de grandes áreas. Nestes casos
expressões como “linha reta com azimute verdadeiro constante” devem ser consideradas
sob o ponto de vista geodésico com as devidas precauções.
9
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 10
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
10
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 11
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Considerações
Para efeito desta Norma, a acurácia de um levantamento é entendida como o “Grau
de aproximação de uma grandeza de seu valor verdadeiro”. O conceito portanto envolve,
implicitamente, a interferência de erros grosseiros e sistemáticos no processo de redução e
processamento dos levantamentos. O conceito está ainda associado à idéia de aferição de
um instrumento ou sistema, de modo a eliminar possíveis efeitos sistemáticos nas medidas.
Ainda que por vezes empregado indistintamente para quantificar o grau de
confiabilidade de uma grandeza, o conceito de acurácia não deve ser confundido com o de
precisão. A precisão de uma dada grandeza retrata o “nível de aderência entre os valores
observados, sua repetibilidade ou grau de dispersão”.
O resultado do processamento e ajustamento dos levantamentos deverão satisfazer
aos requisitos mínimos de cada classe e serão classificados a partir dos indicadores
estatísticos de sua confiabilidade tais como elipses de erro, desvio padrão, variância,
2DRMS, CEP etc. Tanto quanto possível, todo e qualquer levantamento deverá ser
submetido a um ajustamento por mínimos quadrados de modo a possibilitar a avaliação de
sua consistência interna e nível de acurácia.
As Tabelas 1 e 2 (pag 11 e 12) fornecem valores limites de classes (P1 – P6 e A1 –
A3) de acordo com níveis de acurácia. Pretende-se que os levantamentos possam ser
classificados de acordo com os respectivos níveis de consistência interna.
1 2 3 4 5
Classe fp C Acurácia Finalidade
(1σ) (mm) (95%)
P1 2 10 +/- 45 mm Controle Ap, Engenharia, altimetria
P2 10 20 +/- 200 mm Controle Bp,
P3 20 20 +/- 500 mm⊗ Cadastrais Ap Topografia
P4 40 20 +/- 1000 mm⊗ Cadastrais Bp, Hidrografia
P5 100 - +/- 5 m Navegação diferencial
P6 - - +/- 22 m Navegação e posicionamento isolado
11
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 12
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
1 2 3 4
Classe Dif./D Acurácia após Finalidade
(mm/km) ajustamento (95%)
A1 5 +/- 12mm D Controle Ap, Engenharia
A2 10 +/- 18mm D Controle Bp,
A3 20 +/- 0,2 m/estação Cadastraisp Topografia
Os valores de fp (coluna 2, Tabela 11 pag 31) poderão ser utilizados nos casos de
fechamento de poligonais entre pontos de ordem superior para verificação de discrepância
bidimensional (2D). A comparação deverá ser procedida como se segue:
dp = +/- dE 2 + dN 2 em mm
n
cd = ∑ l onde li são os comprimentos dos lados do polígono levantado,
i =1
i
de = ( fp × cd + C ) em mm.
onde:
12
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 13
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
13
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 14
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Considerações:
Os levantamentos de controle com técnicas convencionais são definidos, para fins
destas Normas, como aqueles que se utilizam de medições angulares, lineares e de
desníveis através de, respectivamente, teodolitos, medidores eletrônicos de distâncias e
níveis em suas diversas combinações e cálculos decorrentes e destinam-se a fornecer
arcabouço de pontos diversos com coordenadas e altitudes para a utilização em outros
levantamentos de ordem inferior.
A classificação dos equipamentos convencionais de acordo com suas precisões é
apresentada a seguir:
TEODOLITOS
Os teodolitos são classificados de acordo com o desvio padrão de uma
direção observada em duas posições da luneta (CE/CD). O valor da precisão interna de cada
modelo é normalmente definido pelo fabricante. Não havendo indicação deste, a precisão
angular poderá ser aferida por entidade oficial habilitada a partir de testes efetuados em
campo de prova ou laboratório de aferição.
Tabela 3 - Classificação dos teodolios de acordo com sua precisão angular (ABNT-NBR-
13.133/DIN 18.723).
Classe de teodolitos Desvio-padrão
(precisão angular)
1 – precisão baixa ≤ ± 30”
2 – precisão média ≤ ± 07”
3 – precisão alta ≤ ± 02”
NÍVEIS
Os níveis são classificados de acordo o desvio padrão correspondente a 1 km
de duplo nivelamento e tem sua precisão indicada pelo fabricante. Devem ser aferidos
periodicamente para correção de erros sistemáticos.
14
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 15
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Onde:
D = Distância medida em km ppm = parte por milhão
ESTAÇÕES TOTAIS
As estações totais são medidores eletrônicos de ângulos e distâncias, tem sua
classificação definida de acordo com a Tabela 6.
Tabela 6 - Classificação das estações totais de acordo com a precisão interna (ABNT-NBR-
13.133).
Classes de Desvio Desvio padrão
Estações Totais padrão
(precisão linear)
(precisão
angular)
1 – precisão baixa ≤ ± 30” ± ( 5 mm + 10 ppm x D)
2 – precisão média ≤ ± 07” ± ( 5 mm + 5 ppm x D)
3 – precisão alta ≤ ± 02” ± ( 3 mm + 3 ppm x D)
15
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 16
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
16
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 17
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
17
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 18
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
18
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 19
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
19
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 20
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
4.3
5 Medição angular vertical
5.1 Número de séries 1 1
5.2 Valor máximo da diferença entre leituras
verticais 20” 20”
5.3 Número máximo de lados entre pontos de
altitudes conhecidas 25 15
5.4 Valor máximo do erro de fechamento
altimétrico 20 mm/km 20 mm/km
6 Fechamentos:
6.1 Angular 1’ N onde N é o 1’ N onde N é o número
número de lados de lados
O comprimento dos lados das poligonais deverá ser o mais constante possível
evitando-se o estabelecimento de lados muito curtos e muito longos.
Para lances menores que 50 m deverão ser utilizadas trenas de boa qualidade com
aferição prévia, evitando-se distâncias menores que 10 m.
No caso de utilização de medidores eletrônico de distância, este deverá possuir
acurácia melhor que ± 10mm.
20
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 21
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Considerações.
Os levantamentos com finalidade de implantar ou estender o controle altimétrico
através de técnicas convencionais dividem-se basicamente em:
21
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 22
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
22
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 23
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
5. Cada seção, segmento de linha entre duas referências de nível (RNs), deverá ser
nivelada em ida e volta e terá um comprimento máximo de 3 km;
6. O comprimento máximo do circuito deverá ser de 25 km;
7. Deverão ser utilizadas miras dobráveis ou telescópicas com graduação centimétrica
calibrada;
8. As leituras estadimétricas deverão ser efetuadas a uma distância mínima de 50 cm do
solo para evitar o efeito da reverberação;
9. Utilizar sapatas para posicionar a mira, nunca colocando-a diretamente sobre o solo;
10. As referências de nível (RNs) serão caracterizadas por marcos de concreto, idênticos aos
utilizados na materialização de estações poligonais geodésicas, com placa identificadora
com inscrições próprias;
11. Diferença máxima aceitável entre nivelamento e contra-nivelamento de uma sessão para
as classes A1 e A2 respectivamente 8mm D e 12mm D , onde D é a distância
percorrida na sessão;
Considerações.
A grandeza correspondente à altitude ortométrica e que é obtida diretamente pelo
GPS é a altura elipsoidal ou separação entre a superfície terrestre e uma superfície elipsoidal
de revolução. Esta tem caráter puramente geométrico e é decorrente de uma transformação
matemática entre coordenadas cartesianas [X, Y, Z] e geodésicas [ϕ, λ, h]. Ao contrário, a
altitude ortométrica tem ligação intrínseca com o campo de gravidade e tem portanto uma
comportamento não definido matematicamente. A combinação entre a altura elipsoidal, a
separação geóide-elipsóide e a altitude ortométrica fornece, o meio correto para transporte
em questão como demonstra a expressão 02:
∆H = ∆ h− ∆ N (02)
23
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 24
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Considerações.
A entidade responsável pela concepção, implantação, manutenção e gerência do GPS
é o governo dos Estados Unidos da América, através da NIMA - National Imagery and
Mapping Agency. O sistema de referência para os satélites do GPS é o WGS84 -World
Geodetic System 1984, com as modificações implantadas em 1994 – WGS84(G730) e 1997
– WGS84(G873). Assim sendo, tanto as efemérides transmitidas quanto as pós-computadas
tem seus parâmetros referidos ao centro de massa terrestre. Trata-se portanto de um
sistema geocêntrico, e cujos parâmetros são apresentados no ANEXO II (pag 53) –
Descrição dos Sistemas de Referência.
O sistema de referência oficial no Brasil é o South American Datum 1969 – SAD-69,
que não tem origem geocêntrica e cujos parâmetros definidores do elipsóide de referência
diferem do WGS84. Trata-se portanto de superfícies de referência distintas tanto na forma
quanto na origem. É necessário portanto que as coordenadas obtidas a partir do
rastreamento de satélites do GPS sejam convertidas para o SAD-69 para manter
compatibilidade com o sistema oficial.
24
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 25
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Considerações
O princípio do posicionamento relativo diferencial com o GPS baseia-se no fato de
que a correlação espacial entre os pontos de referência e a determinar, permite a
eliminação ou redução substancial da maior parte dos erros de posicionamento. Tanto
utilizando-se da correlação entre códigos, como da fase de batimento das ondas portadoras,
25
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 26
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Considerações
A determinação da fase de batimento das portadoras é um recurso utilizado por
rastreadores no tratamento do sinal recebido. A distância satélite/receptor passa a não
depender diretamente da correlação entre os códigos, mas de uma medida de fase do
batimento gerado pela superposição de duas ondas. Tem como vantagem um aumento na
precisão com que são implicitamente estimadas as distâncias entre os receptores e os
satélites, tendo como desvantagem a necessidade de estimar-se um parâmetro adicional, a
ambiguidade. A obtenção da fase da portadora é procedida eletronicamente nos
equipamentos. No instante de lock-on este valor (em fração de ciclo) é determinado, sendo
a partir de então registrados o número inteiro de comprimentos de onda recebidos. Este
procedimento é individualizado para cada satélite rastreado, sendo o dado correspondente
armazenado pelo usuário.
As especificações aqui apresentadas são destinadas ao sistema de posicionamento
utilizando o GPS, no modo diferencial estático. O usuário deverá estar familiarizado com as
opções de configuração recomendadas pelo fabricante do equipamento. Na existência de
conflito entre estas recomendações e o recomendado pelo fabricante, as orientações deste
último deverão ser seguidas. Tais conflitos deverão ser encaminhados com detalhes ao
INCRA para solução e esclarecimento. Para se atingir os níveis de acurácia previstos na
Tabela 2, deve-se observar os seguintes requisitos:
26
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 27
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
2. O tempo de ocupação mínimo para o modo estático deverá ser de 30m , desde que.a
distância entre os pontos de referência e a determinar não ultrapasse 20 km. Nos casos
de distâncias superiores, deverá ser observada a Tabela 10;
Tabela 10 – Relação entre tempo de ocupação e distância entre estações para levantamentos de
controle.
Distância entre estações Ocupação mínima Observáveis Tipo de Solução
Em minutos Esperada
Até 20 km 30 ϕ L1 ou ϕ L1/L2 DD Fix
20 – 50 km 120 ϕ L1/L2 DD Fix
Acima de 100 km 240 ϕ L1/L2 DD Float
3. A geometria da configuração deverá ser tal que assegure valores de Geometric Dilution
of Precision – GDOP inferiores a 8 durante o período de rastreamento. Recomendações
diferentes expressas pelo fabricante do equipamento deverão ser obedecidas, uma vez
que esta variável é utilizada nos algoritmos de solução de ambiguidades no software de
pós-processamento;
4. A geometria dos satélites deverá variar significativamente durante o período das
observações;
5. O número mínimo de satélites rastreados simultaneamente durante o período é 4
(quatro), sendo desejáveis cinco ou mais;
6. O horizonte de rastreamento mínimo deverá ser de 15°, podendo ser de 10° nos
equipamentos operando nas estações de referência;
7. O intervalo de gravação das observáveis deverá ser de 15S. Quando associados a
estações de referência cujo intervalo difere de 15S, estes valores podem ser modificados
de modo a coincidir os instantes de observação. É aceita a utilização de receptores de
fabricantes diferentes em um mesmo levantamento. Neste caso os dados devem ser
reduzidos ao formato de intercâmbio conhecido como Receiver Independent Exchange
Format, versão 2 – RINEX2. Para processamento desses dados é necessário que os
programas de pós-processamento sejam capazes de decodificar dados do Formato
RINEX2 para o formato de processsamento proprietário e vice-versa.
8. Por tratar-se de um posicionamento tridimensional, os equipamentos auxiliares deverão
estar em perfeitas condições de operação dada a importância da centralização e
nivelamento das antenas sobre marcos de referência e dos que se pretende determinar
coordenadas e altitudes. O pessoal encarregado da montagem deve ter capacitação
técnica adequada tendo em vista a importante influência da posição da antena sobre o
marco, tanto horizontal quanto verticalmente.
9. A análise dos resultados do processamento, sendo uma função do software utilizado,
deverá seguir as recomendações do fabricante do sistema, observadas as especificações
anteriores;
27
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 28
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
• Desvio padrão de cada uma das componentes da base dX, dY, dZ ou dN, dE, dh;
• Variância de referência após o ajustamento
• Resultado do teste de hipótese de igualdade entre variâncias de referência a priori e a
posteriori (teste chi quadrado).
• Matriz variância-covariância ou matriz de correlação dos parâmetros após o
ajustamento;
• RMS dos resíduos da fase da portadora.
28
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 29
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
29
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 30
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
30
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA 31
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Fiscalização Cadastral/Vistoria(B)
Levantamento de Perímetro (B-1) ♦ ♦ NA ♦♦♦ ♦♦♦ ♦♦
Quantificação de área de uso (B-2) ♦ ♦ ♦ ♦♦♦ ♦♦♦ ♦♦
Hidrografia (B-3) ♦ ♦ NA ♦♦♦ ♦♦ ♦
Identificação de Benfeitoria (B-4) ♦ ♦ ♦♦♦ ♦♦ ♦♦ ♦
Avaliação (C)
Levantamento de Perímetro (C-1) ♦ ♦ NA ♦♦♦ ♦♦♦ ♦♦
Quantificação de área de uso (C-2) ♦ ♦ NA ♦♦♦ ♦♦♦ ♦♦
Hidrografia (C-3) ♦ ♦ NA ♦♦♦ ♦♦♦ ♦
Identificação de Benfeitoria (C-4) ♦ ♦ ♦♦♦ ♦♦ ♦♦ ♦
31
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
• ATIVIDADES
• AÇÕES
A – Georeferenciamento
B – Fiscalização Cadastral/Vistoria 1 – Levantamento de perímetro
C – Avaliação 2 – Quantificação de áreas de uso
D – Elaboração de Projetos 3 – Hidrografia
E – Parcelamento de Imóveis 4 – Altimetria
F – Regularização Fundiária 5 – Identificação de benfeitorias
6 – Delimitação de manchas de
solo
7 – Locação e demarcação de
parcelas
8 – Levantamento e medição de
ocupação
32
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
4. As leituras estadimétricas nos fios reticulares deverão ser efetuadas com o fio inferior a
uma distância mínima de 0,5 m da base da mira com vistas à eliminação do efeito de
reverberação.
33
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
m) Elementos calculados (coordenadas e altitudes) após a compensação.
n) Classe de acordo com Tabela 1:P4 (pag 11)
o) Aplicações de acordo com a Tabela 11: E-2 (pag 31)
1. Sistema UTM, Universal Transverso de Mercator como sistema de projeção nos cálculos
e determinações de coordenadas.
2. Teodolitos pertencentes a qualquer das Classes da Tabela 3 (pag 14)- Classificação dos
teodolitos de acordo com sua precisão angular.
3. Distanciômetros pertencentes a qualquer das Classes da Tabela 5 (pag 15) -
Classificação dos medidores eletrônicos de distância
4. Estações totais que pertençam a quaisquer das Classes da Tabela 6 (pag 15)-
Classificação das estações totais de acordo com a precisão interna
5. Cada ponto irradiado, para efeito de confirmação, deverá ser visado de pelo menos dois
pontos distintas, a uma distância máxima de 150 m. cada, através de 01 (uma) série de
2 CE e 2 CD.
6. Os bastões de suporte dos prismas deverão ser dotados de nível de bolha para
verticalização.
7. Os cálculos serão, sempre, efetuados a partir de dados constantes das cadernetas de
campo, convencionais ou eletrônicas, podendo ser transcritos em formulários próprios e
desenvolvidos de forma convencional, diretamente, em calculadoras eletrônicas
programáveis, ou microcomputadores com saídas em impressora ou plotter. Nestes
casos, deverão ser apresentados em relatório no mínimo os seguintes elementos:
a) Número de estações que compõe a poligonal.
b) Número de pontos irradiados a partir da poligonal.
c) Perímetro do desenvolvimento da poligonal.
d) Erro Angular: Erro angular resultante na poligonal.
e) Erro Linear no eixo ESTE: (erro linear resultante nas projeções ESTE)
f) Erro Linear no eixo NORTE: ( erro linear resultante nas projeções NORTE)
34
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
g) Erro Linear Total: (diferença entre as coordenadas de chegada esperadas e as
coordenadas calculadas baseadas nas medidas de campo).
h) Erro de Nivelamento: diferença entre a altitude conhecida e a transportada.
i) Erro relativo no formato 1:D.
j) Dados de entrada.
k) Pontos utilizados como referência.
l) Reduções efetuadas.
m) Elementos calculados (coordenadas e altitudes) após a compensação.
n) Classe de acordo com Tabela 1: P3
o) Aplicações de acordo com a Tabela 11: E-1, E-2, F1 e F-2.
35
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
36
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
3. GDOP máximo: 8
4. Razão Sinal/Ruído: > 7
2.4.1.5 GPS3 – Solução baseada nos códigos C-A e/ou Y e/ou fase da
portadora obtida em pós-processamento com utilização de técnicas baseadas
em suavização do código através da portadora.
2
Por latência entende-se a soma do tempo necessário para o cálculo das correções na estação de referência, com
a modulação do link de comunicação, do tempo que o sinal gasta para chegar até o usuário e a decodificação
pelo receptor do usuário.
37
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
38
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
c) Classe de acordo com Tabela 1: P1, P2, P3.
d) Classe de acordo com Tabela 2: A1, A2.
e) Aplicações de acordo com a Tabela 11: D-2, E-1, E-2 e F-1 e F-2
f) Observável básica: Códigos C/A e/ou Y e fase da portadora2.
g) Combinação entre observáveis: Duplas diferenças de fase da portadora com utilização
dos códigos para aceleração da busca de ambigüidades.
h) Para solução em tempo real é necessário utilizar link de comunicação de alta velocidade
entre a unidade de referência e a(s) unidade(s) móvel(is).
39
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
9. Receptores com um mínimo de 8 canais independentes nas unidades de referência e
móvel respectivamente, sendo recomendável a disposição do equipamento de referência
em local de plena visibilidade de horizonte;
10. A utilização de link para transmissão de correções em tempo real através de rádios UHF
implica em necessidade de “visibilidade” entre a unidade de referência e móvel(is). Na
impossibilidade de visibilidade deverão ser utilizadas unidades repetidoras;
40
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
2.4.2 Monumentação dos Pontos Levantados
Considerações.
Quando os serviços de demarcação forem realizados por processos topográficos
convencionais ou utilizando o GPS, os cantos de parcelas e/ou pontos de deflexão nas linhas
de limite, serão normalmente, estações poligonais ou pontos determinados diretamente por
rastreamento. Em situações que, por imposição do terreno, as ocupações se tornarem muito
difíceis, as determinações poderão ser efetuadas por irradiações, de alguma forma
controladas, a partir de estações poligonais ou pontos GPS próximos.
A monumentação dos pontos, vértices poligonais e cantos parcelas deverá ser
efetuada como segue:
a) Os marcos que materializam estações poligonais ou pontos irradiados, quando canto de
parcelas e/ou ponto de deflexão de limite, deverão ser de concreto, traço 1:3:4, alma de
ferro ∅ 4.2 mm, forma tronco piramidal e dimensões 8 x 12 x 60 cm;
Inciso Único - deverão aflorar cerca de 10 cm do solo natural;
b) A todo marco de limite corresponderá um marco de orientação, com afastamento de, no
mínimo, 30 m;
Inciso único - quando os marcos de limites forem intervisíveis, os de orientação serão
dispensáveis.
c) Os marcos de orientação deverão ser de concreto, traço 1:3:4, alma de ferro ∅ 4.2mm,
forma tronco piramidal e dimensão 8 x 10 x 50 cm;
Inciso único - deverão aflorar cerca de 10 cm do solo natural;
d) As estações da POLIGONAL DE DEMARCAÇÃO, pontos irradiados ou determinados
através do GPS, quando não constituírem canto de parcela e/ou ponto de deflexão de limite,
serão materializados por piquetes de madeira de lei, orientados por estacas testemunhas e
com a respectiva identificação ;
e) A monumentação de parcelas ocupadas, a qualquer título, deverá ser efetuada, segundo
os limites de respeito, e anteriormente à medição.
41
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
As Superintendências Regionais ou órgãos contratantes responsáveis pela qualidade
dos serviços, poderão, observados os aspectos específicos do desenvolvimento dos
trabalhos nas regiões de suas atuações, adotar, na caracterização dos marcos, outros
materiais (exceto madeira) , dimensões, e mesmo formas de identificação, desde que sejam
mantidas as condições de estabilidade e segurança indispensáveis à preservação da
monumentação de caráter fundiário.
A fim de garantir uma orientação adequada aos desenvolvimentos poligonais longos,
deverão ser efetuados controles azimutais, nas seguintes condições previstas nas
respectivas especificações ((Tabelas 7, 8 e 9 (pag.60, 61 e 62)).
42
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Considerações.
A caracterização topográfica do imóvel rural e suas feições constitui-se no objetivo
principal da cartografia fundiária. As plantas de gleba, as plantas individuais e os memoriais
descritivos dos limites dos lotes são os produtos cartográficos finais que caracterizam
topograficamente uma parcela rural. No campo, os trabalhos topográficos objetivam o
levantamento das linhas de divisa dos lotes rurais, visando sua criteriosa materialização pela
colocação de marcos. Em serviços executados por processos aerofotogramétricos, a
determinação das coordenadas dos pontos caracterizadores das linhas de divisa dos lotes é
feita, em gabinete, através de equipamentos fotogramétricos de precisão, quando,
inequivocamente, identificados nos fotogramas, em campo.
Alínea única - quando os pontos caracterizadores de divisas não puderem ser identificados,
nas fotografias, em campo, com a requerida segurança, deverão ser determinados por
processos topográficos convencionais.
Na caracterização topográfica do imóvel rural, há, sempre, que considerar:
a) Nas parcelas rurais atravessadas por estradas públicas, a demarcação de seus
limites deverá estar de acordo com a faixa de domínio fixada em lei;
b) Os cursos de água, Terão que seguir rigorosamente o código florestal em vigor ,
destacando em detalhe, na planta individual do imóvel a área de preservação permanente
de acordo com o anexo ( IX) (pag 63).
43
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Tabela 13 - Distribuição de peças técnicas por atividade
Peças Técnicas
Atividade PC1 PC2 PC3 PC4 PC5 PC6 PC7
A
B
C
D
E
F
Definições:
44
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
1. Formato A1/ABNT;
2. Representação mínima de segmentos em 5mm na escala da planta;
3. Número de folhas com articulação de modo a representar todo o parcelamento, sem
entretanto secionar nenhuma das parcelas
4. Escala ditada pelas condições acima, com ocupação ótima da área útil da folha.
5. Sistema de projeção UTM;
6. Indicação do Meridiano Central (MC), para o ponto central da planta;
7. Malha de coordenadas plano-retangulares UTM espaçadas na escala do mapa em
intervalos de 10 cm;
8. Indicação de confrontantes do imóvel;
9. Numeração das parcelas inscrita às mesmas em círculos de raio conveniente;
10. Indicação de distâncias e azimutes correspondentes aos lados representados na
planta, sejam estes de parcelas individuais, sejam de áreas de uso comunitário;
11. Indicação de marcos definidores das parcelas com respectivo código identificador;
12. Indicação de estradas internas ao imóvel;
13. Quadro contendo o número total de parcelas e respectivas áreas.
PT3 – Planta Individual - A Planta Individual objetiva proporcionar uma visão detalhada
da parcela rural, através de seus limites, forma e confrontações. Destina-se a, juntamente
com o Memorial Descritivo, possibilitar a emissão do título de propriedade e seu registro
público. A escala da Planta Individual será compatível e proporcionalmente adequada ao
formato da folha padrão. A apresentação gráfica da Planta Individual, conforme modelo
padrão (ANEXO IX) obedecerá às seguintes especificações:
1 Formato A4/ABNT;
2 Número ou código, identificando a parcela e seus respectivos confrontantes;
3 Azimutes dos lados, em graus, minutos e segundos-arco;
4 Comprimento dos lados e perímetro expressos em metros com duas casas decimais;
5 Área expressa ao centiare;
6 Modelo do selo determinado pelo INCRA (ou de acordo com o padrão do ANEXO X);
7 Representação de acidentes planimétricos, julgados importantes e levantados quando
dos desenvolvimentos poligonais, segundo convenções adequadas à escala da planta;
45
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
14. Transcrição dos dados relativos ao perímetro, confrontações e área, em escrita corrente,
sem rasuras, preenchidos os espaços em branco da descrição, guardando absoluta
identidade, com aqueles lançados na Planta Individual;
15. Desenvolvimento da descrição do perímetro e confrontações no sentido direto, a partir
do ponto situado na posição mais ao norte da área descrita, indicando as respectivas
coordenadas UTM referenciada ao Meridiano Central (MC) e geográficas com referencial
planimétrico o SAD69;
16. Os lados do perímetro e as confrontações são caracterizados pelos seus comprimentos
reduzidos ao plano UTM e seus respectivos azimutes planos;
1. Formato A4/ABNT
2 Escala adequada ao enquadramento da área no formato A4/ABNT;
3. Malha de coordenadas
4. Sistema de projeção UTM;
5. Legenda correspondente ás feições representadas;
6. Informações outras referentes às feições representadas na área útil do mapa
46
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
PT7 – Planta Geral da Gleba – Destinada a representar a gleba sob intervenção, sendo
cada esta uma subdivisão de um imóvel único. A Planta Geral da Gleba é idêntica à Planta
Geral do Imóvel nos casos de inexistência de subdivisão deste. Em caso de subdivisão do
imóvel em glebas, deverá ser elaborada a planta geral da Gleba de modo idêntico Planta
Geral do Imóvel, inclusive com articulação entre as folhas, conforme modelo padrão (ANEXO
XII).
Deverá ser confeccionada com rigor cartográfico compatível com a escala de impressão e
obedecer às seguintes especificações:
1. Formato A1/ABNT;
2. Representação mínima de segmentos em 5mm na escala da planta;
3. Número de folhas com articulação de modo a representar todo o parcelamento, sem
entretanto secionar nenhuma das parcelas
4. Escala ditada pelas condições acima, com ocupação ótima da área útil da folha.
5. Sistema de projeção UTM;
6. Indicação do Meridiano Central (MC) e convergência meridiana para o ponto central da
planta;
7. Malha de coordenadas plano-retangulares UTM espaçadas na escala do mapa em
intervalos de 10 cm;
8. Indicação de confrontantes do imóvel
9. Numeração das parcelas inscrita às mesmas em círculos de raio conveniente;
10. Indicação de distâncias e azimutes correspondentes aos lados representados na planta,
sejam estes de parcelas individuais, sejam de áreas de uso comunitário;
11. Indicação de marcos definidores das parcelas com respectivo código identificador;
12. Indicação de estradas internas ao imóvel;
13. Quadro contendo o número de parcelas e suas respectivas áreas
Além dos originais impressos dos produtos finais em material indeformável, deverão ser
produzidos os arquivos digitais correspondentes, nos formatos:
• Microstation DGN ou Autocad DXF para as primitivas gráficas (plantas individuais, gerais
e de gleba);
• Microsoft WORD (.DOC) versão 6.0 ou superior para os memoriais descritivos em
concordância com o ANEXO VIII;
• Formato ASCII para os elementos observados, reduzidos (ângulos, distâncias, leituras
estadimétricas etc.) bem como dos respectivos relatórios de compensação, ajustamento
e processamento off-line quando tratar-se de rastreamento com o GPS.
Nos casos de processamento com GPS os resultados deverão ser apresentados em WGS84 e
SAD69.
47
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Considerações
A representação plana de áreas da superfície terrestre vem de encontro à
simplificação dos cálculos de distâncias, áreas e azimutes realizados com coordenadas
cartesianas. As projeções cartográficas entretanto , defrontam-se inapelavelmente com o
questão básica da cartografia, ou seja, a de representar sobre um plano uma superfície
esferoidal. O compromisso de obter-se dos mapas, “com a maior fidelidade possível”
elementos definidores de extensões da superfície leva à adoção de sistemas de projeção
que possam satisfazer esta ou aquela exigência. Conhecida desde o século XVI, a projeção
de MERCATOR3 foi modificada de sua forma original, pela rotação da superfície de projeção
cilíndrica em 90°, de modo a que seu eixo se colocasse perpendicularmente ao eixo de
rotação terrestre.
Modificação apresentada por Gauss em 1822 passou a considerar a forma da Terra
para fins de projeção como um elipsóide de revolução, substituindo a até então utilizada
forma esférica. Esta tornava impraticável cartograficamente a representação coerente da
Terra em escalas maiores que 1:100.000. Com a modificação proposta por Gauss, e os
estudos realizados por Leonhard Krüger nos anos 20, a projeção assim modificada ficou
conhecida por Gauss-Krüger.
Aprimoramento efetuado sobre a projeção de Gauss-Krüger em 1947 pelas forças
armadas dos EUA deram origem ao sistema UTM, à maneira como é definido atualmente e
dando-lhe característica universal. Desde então sua utilização popularizou-se em todo o
mundo, não apenas para fins militares como também para usos civis.
Características da projeção
• Projeção conforme4, definida entre as latitudes de 84° N e 80° S.
• Divide a Terra em 60 elementos denominados zonas, espaçadas em 6°,
numeradas de 1 a 60.
• À zona 1 corresponde à região interna aos meridianos de longitudes 174° W e
180° W, sendo o sentido crescente da numeração para leste. Para o Brasil as
zonas utilizadas são as de 19 a 25
• Cada zona subdivide-se em intervalos de latitude correspondentes a 8°, iniciando
com a letra C correspondendo ao intervalo entre 72° N e 64°N, até a letra X
correspondendo ao intervalo entre 72°S e 80°S. Excetuam-se desta seqüência as
letras I e O para evitar equívocos. No Brasil, as letras correspondentes á variação
de latitudes são L para a região acima do equador M, N, P, Q e R
respectivamente para os intervalos 0° a 8°S, 8° a 16°S, 16° a 24°S, 24° a 32°S e
32° a 40°S, conforme Tabela A1.
4
Note que se está referindo à guisa de ilustração à projeção de MERCATOR e não à projeção UTM, objetivo do
presente ANEXO.
5
Conforme – Propriedade que mantém inalterada a forma da área representada no mapa, modificando entretanto
características quantitativas tais como comprimento ou área correspondente.
48
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Tabela 14 – Divisão das zonas em intervalos
Letra Intervalo Observação
L 08°N e 0° Hemisfério norte
M 0° e 08°S Hemisfério sul
N 08°S e 16°S “
P 16°S e 24°S “
Q 24°S e 32°S “
R 32°S e 40°S “
49
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
d1−2 = ( E2 − E1 ) + ( N 2 − N1 ) (I-2).
50
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Mer. Cen. 78 75 72 72 69 66 66 63 60 60 57 54 54 51 48 48 45 42 42 39 36 36 33 30
SR-14/AC AC 75 AC 69
SR-22/AL AL 39 AL 33
SR-15/AM AM 75 AM 69 AM 63 AM 57
SR-21/AP AP 57 AP 51
SR-05/BA BA 45 BA 39
SR-02/CE CE 39
SR-28/DF DF 51 DF 45
SR-20/ES ES 39
SR-04/GO GO 51 GO 45
SR-12/MA MA 45
SR-27/MB MB 51
SR-06/MG MG 51 MG 45 MG 39
SR-16/MS MS 57 MS 51
SR-13/MT MT 63 MT 57 MT 51
SR-01/PA PA 57 PA 51 PA 45
SR-18/PB PB 39 PB 33
SR-03/PE PE 39 PE 33
SR-24/PI PI 45 PI 39
SR-09/PR PR 57 PR 51
SR-07/RJ RJ 45 RJ 39
SR-19/RN RN 39 RN 33
SR-17/RO RO 69 RO 63
SR-25/RR RR 63 RR 57
SR-11/RS RS 57 RS 51
SR-10/SC SC 51
SR-23/SE SE 39
SR-08/SP SP 51 SP 45
SR-26/TO TO 51 TO 45
SR-28/SF SF 39
Fuso/Zona 18 19 20 21 22 23 24 25
51
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Figura A1 – Zona UTM 24, abrangendo a região entre as longitudes 36° W e 42° W.
MC=39°W 84°N
Zona 24
K=0,9996
42°W 36°W
K=1
N=0 m crescendo
para norte.
0° 00°
N=10.000.000 m
K>1 reduzindo p/ sul. K>1
E= 500.000 m
E~ 320.000 m E~ 680.000 m
80°S
52
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
Em virtude da diferença entre os dois sistemas (SAD69 e WGS84) tanto em origem como
em termos de forma da superfície de referencia, torna-se necessária compatibilização das
6
A NIMA aperfeiçoou o WGS84 original através do recalculo das coordenadas das
estações monitoras do segmento de controle em termos do ITRF91 para o instante 1994. 0
(Swift, 1994 & Malys and Slater, 1994). Neste aperfeiçoamento foi modificada a constante
GM pelo valor recomendado pelo International Earth Rotation Service – IERS (1992). Este
refinamento foi designado por WGS84(G730) em referência à semana GPS 730 e
implementado nas órbitas das efemérides precisas a partir de 2 de janeiro de 1994. As
coordenadas das estações de controle foram modificadas a partir de 29 de junho de 1994.
Em setembro de 1996 as coordenadas das estações de controle foram recalculadas com
base no sistema de referência WGS84(G873) e implementadas a partir de 29 de janeiro de
1997 (Malys and Slater, 1997). As modificações, transparentes para os usuários de
levantamentos e navegação, tornaram o WGS84 consistente com o ITRF no nível de alguns
centímetros (ibid).
53
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
coordenadas com o datum desejado. A não consideração dessa transformação tem
implicações substanciais nos resultados obtidos, implicando erros que podem atingir
dezenas de metros, tanto em planimetria (E e N) quanto na altimetria (h).
A transformação entre sistemas de referência é um processo matemático simples.
Vários procedimentos estão disponíveis para a conversão, sendo agrupados normalmente
em três categorias:
• Translação bi-dimensional
• Transformação de similaridade
• Transformação projetiva
X2=T+(1+m).R.X1,
54
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
55
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
E= N= MC = Lat. = Long. =
ESBOÇO
OBSERVAÇÕES
VISTO
DATA
56
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
57
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
58
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
DESCRIÇÃO DO ITINERÁRIO E DA RN
ESBOÇO
OBSERVAÇÕES
VISTO
DATA
59
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
60
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
MEMORIAL DESCRITIVO
61
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
=========================================================================================
Estação Vante Coord. Norte Coord.Este Azimute Distância Fator Escala Latitude Longitude
=======================================================================================================================
M-0123 E-3050 7338491.614 573464.906 131°37'21" 37.52 0.99966629 24°03'50.33545" S 50°16'38.52344" W
E-3050 E-3051 7338466.690 573492.957 138°08'16" 32.78 0.99966634 24°03'51.14112" S 50°16'37.52566" W
E-3051 E-3051 7338442.274 573514.835 163°33'16" 6.78 0.99966638 24°03'51.93130" S 50°16'36.74653" W
E-3051 E-3053 7338435.771 573516.754 177°52'00" 22.47 0.99966638 24°03'52.14242" S 50°16'36.67738" W
E-3053 E-3054 7338413.313 573517.591 193°52'11" 34.07 0.99966638 24°03'52.87244" S 50°16'36.64366" W
E-3054 E-3055 7338380.238 573509.424 204°07'58" 78.73 0.99966637 24°03'53.94918" S 50°16'36.92681" W
E-3055 M-0068 7338308.391 573477.236 168°01'13" 20.80 0.99966631 24°03'56.29057" S 50°16'38.05348" W
M-0068 M-0050 7338288.040 573481.554 190°56'50" 184.12 0.99966632 24°03'56.95152" S 50°16'37.89687" W
M-0050 S-4202 7338107.269 573446.588 248°24'31" 46.33 0.99966625 24°04'02.83482" S 50°16'39.10208" W
S-4202 S-4201 7338090.221 573403.511 225°03'15" 29.19 0.99966618 24°04'03.39630" S 50°16'40.62433" W
S-4201 S-4200 7338069.597 573382.848 220°57'17" 50.01 0.99966614 24°04'04.07031" S 50°16'41.35226" W
S-4200 M-0051 7338031.831 573350.071 232°01'13" 64.31 0.99966608 24°04'05.30368" S 50°16'42.50602" W
M-0051 M-0052 7337992.255 573299.379 263°18'59" 248.51 0.99966599 24°04'06.59888" S 50°16'44.29384" W
M-0052 M-0067 7337963.332 573052.561 346°09'06" 316.82 0.99966555 24°04'07.58038" S 50°16'53.02848" W
M-0067 D-3165 7338270.946 572976.728 115°47'18" 51.17 0.99966541 24°03'57.59145" S 50°16'55.76940" W
D-3165 D-3166 7338248.684 573022.804 96°26'34" 29.96 0.99966549 24°03'58.30762" S 50°16'54.13385" W
D-3166 D-3167 7338245.322 573052.572 71°30'18" 27.25 0.99966555 24°03'58.41196" S 50°16'53.07916" W
D-3167 D-3168 7338253.968 573078.419 66°53'19" 164.14 0.99966559 24°03'58.12657" S 50°16'52.16551" W
D-3168 D-3169 7338318.397 573229.389 66°02'05" 224.21 0.99966586 24°03'56.00662" S 50°16'46.83140" W
D-3169 D-3170 7338409.469 573434.273 54°46'17" 27.91 0.99966623 24°03'53.01138" S 50°16'39.59318" W
D-3170 D-3171 7338425.566 573457.068 15°41'51" 16.08 0.99966627 24°03'52.48419" S 50°16'38.78895" W
D-3171 M-123 7338441.046 573461.419 3°56'42" 50.69 0.99966628 24°03'51.98017" S 50°16'38.63772" W
=======================================================================================================================
Perímetro : 1763,85 m
Área Total: 149629,58 m² 14,96296 ha
Área Deduzida: 4654,00 m² 0,46540 ha dedução: Estrada Municipal
Área Remanescente: 144975,58 m² 14,49756 ha
=======================================================================================================================
62
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
63
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
64
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
65
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
66
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
67
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
68
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
69
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA
Normas Técnicas para Levantamentos Topográficos
70