Massa Fluido
Massa Fluido
Massa Fluido
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA MECÂNICA
Belo Horizonte
2010
Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica
Av. Antônio Carlos, 6627 – Pampulha – 31.270-901 – Belo Horizonte – MG
Tel.: =+55 34095145 – Fax.: +55 31 34433783
www.demec.ufmg.br - - e-mail: cpgmec@demec.ufmg.br
Dissertação defendida e aprovada em 18 de Janeiro, de 2010, pela Banca Examinadora designada pelo
Colegiado de Programa de Pós Graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Minas Gerais,
como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de “Mestre em Engenharia Mecânica”, na área de
concentração de Calor e Fluidos.
Prof. Dr.Ricardo Nicolau Nassar Koury – Universidade Federal de Minas Gerais – Co-orientador
Prof. Dr. Antonio Augusto Torres Maia – Universidade Federal de Minas Gerais – Examinador
Agradeço ao Governo Federal que, por meio da Universidade Federal de Minas Gerais, cria
oportunidades para realização de trabalhos científicos, e ao corpo de funcionários e docentes que
fazem com que estes sejam bem orientados.
NOMENCLATURA................................................................................................................... 9
LISTA DE TABELAS.............................................................................................................. 15
RESUMO................................................................................................................................. 17
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 18
4.3 CONDENSADOR.........................................................................................................50
5.2.5 Discussão..................................................................................................................... 77
6. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 78
ABSTRACT............................................................................................................................. 79
Letras Latinas
Letras Gregas
FIGURA 4.17 – Apresentação do resumo dos resultados da somatória das massas. ..................61
FIGURA 4.18 – Arquivamento dos dados de entrada a partir da ferramenta “Salvar”. ..............62
Tecnológico
RESUMO
Com o advento dos motores elétricos em 1873, a utilização de máquinas de refrigeração por
compressão de vapor tornou-se mais viável, assim como o desenvolvimento tecnológico dos
compressores. A utilização da energia elétrica, a partir do século XX, conjugada ao emprego de fluidos
frigoríficos, em especial o uso de CFC’s, fez com que a máquina de refrigeração por compressão de vapor
fosse amplamente utilizada em sistemas frigoríficos industriais e domésticos.
2.1 Introdução
2.2.1 Evaporadores
Evaporadores de expansão seca (ou direta) são aqueles em que a quantidade de fluido
refrigerante é limitada para que este se torne vapor superaquecido em seu interior, de modo que o
compressor tenha contato, somente, com a fase vapor do refrigerante.
Evaporadores de inundação
Evaporadores de sobrealimentação
2.2.2 Condensadores
Condensadores a ar
A temperatura de condensação deve estar entre 11ºC e 15ºC superior a temperatura de bulbo
seco do ar que entra no condensador. A temperatura do ar que deixa o condensador deve estar entre 3,5ºC e
5,5ºC inferior a temperatura de condensação. Deve-se evitar que a temperatura de condensação supere 55ºC,
sendo recomendado 48ºC para temperatura de evaporação de 0ºC e 43 ºC para temperaturas de evaporação
inferiores a 0ºC.
Condensadores a água
Este tipo de condensador emprega a água como fluido secundário. Dentre os mais utilizados,
destaca-se o condensador duplo tubo, condensador carcaça e serpentina, condensador carcaça e tubos e o
condensador de placas. O condensador duplo tubo é composto de tubos coaxiais, onde a água circula no
tubo interior e o refrigerante no tubo envelope em contracorrente. O condensador carcaça e serpentina é
constituído de tubos enrolados em forma de serpentina mntados em uma carcaça fechada. A água circula por
dentro dos tubos enquanto o fluido refrigerante se condensa na carcaça.
Condensadores evaporativos
Este tipo de condensador emprega a água e o ar com o fluido secundário. A montagem deste
condensador é semelhante ao de uma torre de resfriamento, existindo, em seu interior, uma série de tubos
por onde circula o fluido frigorífico.
24
Estes condensadores são dotados de bicos injetores que pulverizam a água que, por sua vez,
escoa em contracorrente com o ar. O fluxo da água e do ar ocasiona a condensação do fluido refrigerante no
interior da tubulação.
A água escoa, em decorrência de seu peso, para a parte inferior do condensador, onde é
depositada em um recipiente, sendo ali bombeada para novamente ser pulverizada.
G×d
Re = 2.1
µ
k
h = Nu × 2.2
d
Assim, para realização do cálculo do coeficiente convectivo, falta apenas determinar o número
de Nusselt (Nu). A obtenção do número de Nusselt para o escoamento laminar e turbulento serão abordadas
a seguir.
25
Escoamento Laminar
O Escoamento laminar ocorre para valores de Reynolds inferiores a 2300. Para um tubo
circular, caracterizado por fluxo térmico superficial uniforme, o número de Nusselt tem valor igual a 4,36.
Considerando a temperatura superficial constante, obtém-se o valor de 3,66 para o número de Nusselt.
Sempre se optará pelo coeficiente que irá gerar a menor massa frigorífica no sistema, de forma a privilegiar
a minimização de carga aderida ao mesmo.
O mesmo raciocínio se aplica ao trecho com líquido comprimido, que ocorre somente no
condensador. Será escolhido o maior número de Nusselt (Nu = 4,36), para que este estado perdure o menor
trecho possível. Assim, o trecho bifásico, com menor massa específica, irá possuir a maior importância.
Escoamento turbulento
Considera-se que o escoamento turbulento tem início com o valor de Reynolds de 2300, apesar
de serem necessários valores superiores a 10000 para se obter um escoamento totalmente turbulento. A
equação 2.3 apresenta a expressão para obtenção do número de Nusselt para escoamentos turbulentos.
tubos aletados, de tubos coaxiais e de superfícies de placas. No caso de evaporadores de tubos coaxiais,
deve utilizar o método discutido na seção 2.3.1. No caso de evaporadores de tubos aletados e de superfícies
de placas utiliza-se metodologia conforme descrito em Incropera (1998).
Para realizar o cálculo do coeficiente de transferência de calor por convecção do lado externo a
tubulação utiliza-se a equação 2.5 (Incropera, 1998).
Onde, C2 é um fator dependente do número de fileiras de tubos calculado pela equação 2.5
(Incropera, 1998), C1 é obtido pelas equações 2.6 e 2.8, m é obtido pelas equações 2.7 e 2.9, ReD,máx é obtido
pela equação 2.10, kar é a condutividade térmica e dext o diâmetro externo da tubulação.
27
C =1 NL > 10
2
2.5
NL < 10
C 2 = A × NL4 + B × L3 C × NL2 + D × NL + E
A = 0,000107808857809033 A = -0,000457459207458211
B = -0,00184472934472169 B = 0,0109252784252529
C = 0,00408993783990397 C = -0,0944764957263269
D = 0,0777091427091641 D = 0,369140766640362
E = 0,597777777776571 E = 0,356111111110204
A equação 2.6 (Incropera, 1998) apresenta as expressões para o cálculo do coeficiente C1 para
tubos alinhados.
28
2
S S 2.6
C1 = A × T + B × T + C
d ext d ext
3 ≥ ST ≥ 1,25
3 ≥ SL ≥ 1,25
2 2 2
S S S S S S
A = α × L + β × L + χ B = α × L + β × L + χ C = α × L + β × L + χ
d ext d ext d ext d ext d ext d ext
A equação 2.7 apresenta as expressões para o cálculo do coeficiente m para tubos alinhados
(Incropera, 1998).
29
2
ST ST 2.7
m = A× + B× +C
d ext d ext
3 ≥ ST ≥ 1,25
3 ≥ SL ≥ 1,25
2 2 2
SL SL SL SL SL SL
A = α× + β× +χ B = α× + β× +χ C = α× + β× +χ
d ext d ext d ext d ext d ext d ext
2
SL SL SL
C1 = A× ∆STL + B × ∆STL2 + C × ∆STL × + D × ∆STL2 × + E × ∆STL × + F × ∆STL2 3 ≥ ST ≥ 1,25
dext dext dext
2.8
∆STL =
ST SL 3 ≥ SL ≥ 1,25
d ext d ext
A equação 2.9 apresenta as expressões para o cálculo do coeficiente m para tubos desalinhados.
30
2
S S S
m = A× ∆STL+ B× ∆STL2 + C × ∆STL× L + D× ∆STL2 × L + E × ∆STL× L + F × ∆STL2 ×
dext dext dext d 3 ≥ ST ≥ 1,25 2.9
ST SL 3 ≥ SL ≥ 1,25
∆S TL =
dext dext
ρ × Vmáx × d ext
Re D ,máx = 40000 ≥ ReD,máx ≥ 2000 2.10
µ
Onde, ρ é a massa específica do ar, Vmáx é a velocidade máxima do ar, dext o diâmetro externo
da tubulação e µ a viscosidade do ar.
Considerando uma tubulação de diâmetro externo igual a 10mm, com a massa específica do ar
igual a 1,22kg/m³ e viscosidade de 18.10-6 Pa.s, observa-se que a equação 2.10 é valida para uma faixa de
velocidades entre 0,3m/s a 6m/s.
N u = a .Ra n 2.11
31
g .β .( Tsup T∞ ).L3
Ra = 2.12
να
Os fatores a e n da equação 2.11 são apresentados conforme seu estado ser laminar ou
turbulento e conforme a superfície for de placa horizontal ou vertical, conforme TABELA 2.1.
π0 = ( h hr ) / hr
π1 = Aw /( At + Aw )
π3 = ( pw d w ) / d ext
π4 = ( Tsup T∞ ) / Tavg
1 L
∆PF = × f × t × υ × G2 2.15
2 d
Para o escoamento laminar, o coeficiente de perda de carga pode ser obtido pela equação 2.16.
33
64
f = Re ≤ 2 ,3 × 10 3 2.16
Re
Para o escoamento em regime de transição, o coeficiente de perda de carga pode ser obtido pela
equação 2.16.
0 ,316
f = 2,3 × 103 ≤ Re ≤ 2 × 10 4 2.17
Re0 ,25
Para o escoamento em regime turbulento, o coeficiente de perda de carga pode ser obtido pela
equação 2.18.
M EM = ρ EM × V EM 2.19
Onde, ρEM é a massa específica do fluido e VEM é o volume ocupado por este. A carga de
refrigerante está ligada ao desempenho do sistema. Revellin (2009) afirma que existe um valor máximo do
coeficiente de performance para um certo valor de massa de fluido refrigerante.
Revellin (2009) discute a respeito das consequências de se ter falta ou excesso de massa
refrigerante no comportamento do sistema. Pouca carga causa drenagem de fluido do condensador para o
evaporador que inicialmente tem como conseqüência uma redução do grau de subresfriamento e uma
34
Ebulição
Addoms (1956) apresentou um estudo referente aos mecanismos de transferência de calor por
ebulição em tubos verticais, indicando que o coeficiente de transferência poderia ser calculado pela equação
2.20. A equação de Addoms faz uso do parâmetro do Martinelli, determinado pela equação 2.21
0 ,5 0 ,125
1 x 0 ,875 ρυ µl
χ= 2.21
x ρl µυ
0,001 ≤ χ ≤ 1
α dp = F × α c + S × α eb 2.22
1,4 × 10 4 ≤ Re dp ≤ 3,4 × 10 5
35
G ×(1 x )× d
Rel = 2.23
µl
F =1 1
< 0,1
χ
1
0 ,736 2.25
F = 2 ,35 × + 0 ,213
χ 1
≥ 0 ,1
χ
1
S=
(
1 + 2 ,53 × 10 6 × Rel × F 1,25
1,12
) 2.26
Hsieh e Wen (1995) realizaram estudos com R114 em tubos horizontais e propuseram
expressões para obtenção dos fatores F e S.
0 ,8
1
F = 1 + 1,81 ×
χ
2.27
1
S=
1 + 1,2 × 10 5 × Redp1,02
Condensação
Chato (1962) propôs uma correlação para cálculo do coeficiente médio de transferência de
calor por condensação de um fluido no interior de um tubo.
0 ,8
kl G×d 3 ,8 × x 0 ,76 × (1 x )0 ,04
hcond = 0 ,023 × × × Prl 0 ,4 × (1 x )0 ,8 + 0 ,38
2.29
d µl Psat
Pcrit
37
O modelo de fases separadas de Lockhart e Martinelli (1949) indica que a perda de pressão
pode ser calculada por alguma das expressões abaixo:
∆P flo × υl × G2 × ( 1 x2 ) × φlo2
=
∆z 2×d
2.30
2 2
∆P flv × υv ×G × x × φvo2
=
∆z 2× d
C 1
φlo 2 = 1 + + 2
χ χ
2.31
φlo 2 = 1 + C × χ + χ 2
Laminar Laminar 5
38
dP 2 × G 2 × f × x 2
= 2.32
dz D × ρv × αvazio2
Esta equação considera que o escoamento, quando bifásico, tem comportamento anular.
Moreno Quibén e Thome (2007) descrevem vários tipos de escoamento bifásico e o seu equacionamento
para perda de pressão, porém, a descrição destes desvia-se do objetivo deste trabalho. A letra α faz menção
a fração de vazio do escoamento, que será discutida na seção 2.4.3. O fator f é obtido pela equação 2.33.
L
d2
× [ρ × αvazio + ρl × (1 αvazio )]× dz
4 0∫ v
M = π× 2.34
Hermes (2001) avaliou diversas correlações para cálculo da fração de vazio, classificando-as
entre:
• Modelos baseados no fluxo de massa (Tandon et al. 1985, Premoli et al. 1971,
Hughmark 1962);
A correlação de Hughmark para a determinação da fração de vazio foi descrita por Machado
(1998) como sendo:
KH ( z )
αvazio = = K H ( z ).α hom
1 x ρv
1+ .
x ρl
2.35
1/ 6 2 1/ 8
d int G 1 G .x
z= . .
µl + α .( µv µl ) g .d int ρv .α hom .( 1 α hom )
A correlação de Zivi também foi utilizada neste trabalho, para a determinação da fração de
vazio. Esta pode ser calculada conforme Equação2.36:
40
1
αvazio = 3
1 x ρ ρ 2.36
1+ . v. l
x ρl ρv
Hermes (2001) conclui que apesar da maioria dos trabalhos utilizarem a correlação de Zivi para
a simulação de refrigeradores, a correlação de Hughmark é a mais indicada para determinação do inventário
e o modelo homogêneo para perda de carga.
1
α=
1 x ρv 2.37
1+ .
x ρl
41
Neste capítulo será apresentado, em linhas gerais, a metodologia de cálculo realizada. Este
é composto de diversos algorítimos, que, em conjunto, podem ser usados para determinar a massa em
todos os componentes de um sistema de refrigeração por compressão de vapor.
Qmon .
Lmon . = 3.1
U mon . .∆Tml .π .d ext
A massa dos trocadores de calor é obtida a partir dos comprimentos de tubo determinados,
com o auxílio da correlação de Hughmark (para cálculo da fração de vazio) e das propriedades
termodinâmicas anteriormente determinadas.
Determinação das
Linha líquido de Comprimento da
propriedades
alta pressão Região bifásica
Termodinâmicas e do
Propriedades
ciclo termodinâmico
Mecanismo de geométricas
expansão Correlação de
Hughmark
Linha de líquido de
baixa pressão
Evaporador Massa
Linha de vapor de
4. APRESENTAÇÃO DO SOFTWARE
O software desenvolvido apresenta layout inicial conforme FIGURA 5.2. Observa-se que
este possui as seguintes abas “Elementos do sistema”, “Dados de entrada”, “Ciclo Termodinâmico” e
“Propriedades termodinâmicas”. Os “Dados de entrada” permitem que sejam atribuídos os dados de
entrada iniciais, considerando o sistema em regime permanente.
Através da FIGURA 4.3 observa-se que para os pontos nomeados de “Ponto 1” a “Ponto
8”, encontram-se as propriedades Temperatura, Pressão, Entalpia, Entropia, Condutividade térmica,
Viscosidade, Prandtl e Massa específica. A Entalpia e a entropia são iguais a zero para líquido saturado
a -40ºC, conforme a ASHRAE.
47
A partir da FIGURA 4.4 nota-se que, para cada componente do ciclo termodinâmico –
esquematizado na forma de um croqui e mumerados de 1 a 8 - existe um botão correspondente
(localizado na região superior ao croqui) que irá atribuir os dados geométricos de cada componente, e
que irá determinar sua massa.
48
O compressor tem sua massa calculada a partir do fornecimento de sua cilindrada, somado
a isto, as propriedades termodinâmicas prescritas pelos dados de entrada. A FIGURA 4.5 apresenta o
layout utilizado na determinação da massa no compressor.`
49
O segundo passo é calcular a massa da linha de vapor de alta pressão, adicionando a este o
valor do volume deste trecho e clicando em calcular.
50
4.3 Condensador
• Condensador ar-ar, conforme fundamentos descritos por Incropera (1998) – ver FIGURA 4.7.
• Condensador de tubos coaxiais, conforme fundamentos descritos por Incropera (1998) – ver
FIGURA 4.8.
• Condensador do tipo tubos e arames, conforme correlação desenvolvida por Hermes (2009) –
ver FIGURA 4.9.
51
Para determinação da massa na linha de líquido de alta pressão utiliza-se das propriedades
termodinâmicas pré-determinadas e do volume desta região. Esta pode ser muito representativa, uma
vez que é composta de líquido comprimido. A FIGURA 4.10 apresenta que o fornecimento do volume
desta região é suficiente para determinação da massa, quando utilizado o software.
54
• Evaporador ar-ar, conforme fundamentos descritos por Incropera (1998) – ver FIGURA 4.13.
• Evaporador de tubos coaxiais, conforme fundamentos descritos por Incropera (1998) – ver
FIGURA 4.14.
• Evaporador do tipo tubos e arames, conforme correlação desenvolvida por Laguerre (2004) –
ver FIGURA 4.15.
57
O GRÁFICO 5.1 apresenta uma curva das temperaturas medidas versus a hora em que a
medição foi realizada. Como se trata de uma análise em regime permanente utilizou-se os valores da
temperatura após a estabilização das medições.
66
50
40 40
37.8
Evaporador
Temperatura medida [ºC]
Condensador
30
Líquido Comprimido
Vapor superaquecido
20
10
0
0 20 40 60 80 100 120
-8
-10 -11.7
-20
Minutos
A temperatura de saída do evaporador foi observada como sendo, em média, 3,7ºC superior à
temperatura de evaporação. A temperatura de entrada do filtro secador foi, em média, de 2,2ºC inferior à
temperatura de condensação. A temperatura de evaporação foi de -11,7ºC e a temperatura de condensação
de 40ºC. A vazão de R134a foi obtida a partir de um balanço de energia no evaporador.
Tubo
Fluido refrigerante em
estado líquido
1
em <
rn 5.1
n s = rn × 25
Testes de sensibilidade aos dados de entrada foram realizados, de forma a verificar em que
grau de importância as variáveis afetam o resultado final.
Isto indica que o teste de refinamento de malha é importante para validação da massa no
evaporador.
GRÁFICO 5.3 – Fração de vazio versus título no evaporador, considerando 5 e 180 unidades.
O GRÁFICO 5.3 indica que a curva Hughmark – Média para o número de refinamento igual
a 5 tem valor igual a 0,873 e para 180 unidades do número de refinamento tem valor igual a 0,862,
indicando que o aumento da massa calculada é diretamente relacionada a estes resultados. Este valor
jusitfica a diferença existente entre as massas no evaporador para pequenas e grandes unidades do número
de refinamento.
(a) Massa Evaporador x Grau de subresfriamento (b) Massa Evaporador x Grau de superaquecimento
(c) Massa Evaporador x Temperatura de condensação (d) Massa Evaporador x Temperatura de evaporação
(e) Massa Evaporador x Temperatura ambiente (f) Massa Evaporador x Variação global das temperaturas
trecho superaquecido – uma vez que o produto Umon e ∆Tml são proporcionais a diferença da temperatura
do ambiente refrigerado e a temperatura de evpaoração e inversamente proporcionais ao comprimento da
região monofásica, aumentando a massa no evaporador da mesma forma. O aumento da temperatura de
evaporação diminui linearmente a diferença de temperatura média logarítmica e o coeficiente de
transferência de calor global na região monofásica, originando aumento quadrático do comprimento do
trecho superaquecido, diminuindo a massa no evaporador igualmente.
A variação global das temperaturas foi o segundo parâmetro com maior importância
(2,8g/ºC). Esta variação é inferior a do grau de superaquecimento devido as inclinações dos gráficos
oscilarem valores positivos e negativos. A temperatura ambiente e a temperatura de evaporação também
demonstraram variação relevante (média de 1,41g/ºC e 1,07g/ºC respectivamente).
O GRÁFICO 5.5 indica que é necessário um número mínimo de 180 unidades do número de
refinamento para a convergência dos valores de massa no condensador. Observa-se, também, que o valor
de massa calculada varia pouco com o número de refinamento, sendo igual a 46,7g para 5 unidades e
47,0g para 180 unidades (variação de 0,6%). Isto indica que o condensador não exige o mesmo nível de
refinamento que o evaporador, no que se refere ao cálculo da massa.
O GRÁFICO 5.6 apresenta dois gráficos da fração de vazio em função do título, para o
condensador, considerando 5 e 180 unidades do número de refinamento.
Em comparação aos resultados obtidos no evaporador, observa-se pelo GRÁFICO 5.6 que os
resultados para o condensador gerado pelo modelo homogêneo e de Hughmark apresentam um menor
desvio. Esse comportamento é esperado, pois existe uma menor diferença entre o volume específico do
líquido e do vapor saturado do refrigerante para as pressões mais elevadas que ocorrem no condensador.
Dessa forma, o fenômeno de deslizamento que existe entre as velocidades das fases líquida e vapor fica
atenuado, e as frações de vazio fornecidas por todas as correlações aproximam-se do modelo homogêneo.
(a) Massa Condensador x Grau de subresfriamento (b) Massa Condensador x Grau de superaquecimento
(c) Massa Condensador x Temperatura de condensação (d) Massa Condensador x Temperatura de evaporação
(e) Massa Condensador x Temperatura ambiente (f) Massa Condensador x Variação global das temperaturas
Líquido comprimido
Vapor superaquecido
A variação global das temperaturas foi o segundo parâmetro com maior importância
(4,7g/ºC). Esta variação é inferior a do grau de subresfriamento devido as inclinações dos gráficos
oscilarem valores positivos e negativos. A temperatura ambiente, temperatura de evaporação, grau de
superaquecimento e temperatura de condensação apresentaram variação média igual ou inferior a 1,0g/ºC.
Foi realizada uma comparação do modelo de fração de vazio do programa (Hughmark) com
um modelo da literatura. Para isto, foi traçado um gráfico de sobreposição de valores do modelo de
76
Hughmark, implementado neste trabalho, e o modelo implementado por Hermes (2001), conforme
indicado no GRÁFICO 5.8.
Evaporador
Condensador
A soma das massas no compressor, mecanismo de expansão, linha de líquido de alta pressão
(incluindo filtro secador), linha de vapor de baixa pressão é igual a 23,5g, calculado pelo software – ver
FIGURA 3.1. Assim, somando este valor a massa no condensador (47g) e a massa no evaporador (31g) a
massa total determinada pelo software é igual a 101,5g e a massa indicada pelo fabricante é igual a 100g.
Isto indica que o erro percentual é de 1,5%.
77
5.2.5 Discussão
O modelo de fração de vazio utilizado no programa foi comparado com o modelo utilizado
por Hermes (2001). Ambos apresentaram comportamento muito semelhante e em grande parte do tempo
obtiveram aproximadamente mesmo valor. A diferença máxima obtida no evaporador foi de 7,4% e no
condensador 2,4%.
CONCLUSÃO
78
6. CONCLUSÃO
O modelo indicou que a massa calculada para o evaporador é muito mais sensível ao número
de refinamento, que a massa no condensador. Isto se deve a diferença entre os resultados utilizando a
correlação de Hughmark para as pressões relativamente baixas do evaporador onde o fenômeno do
deslizamento é atenuado. Além disto, observou-se que para a convergência dos resultados é necessário
um número de refinamento superior a 180.
2. Introdução no modelo de cálculos referentes à troca de calor na região bifásica para trocadores de calor
cujo coeficiente de transferência de calor do fluido secundário seja de difícil estimativa.
ABSTRACT
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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two component flow in pipes. Chem. Eng. Proceedings, 1949, 39–48.
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