Institutio Oratoria - Resumo Livro 10 (Sobre A Imitatio)
Institutio Oratoria - Resumo Livro 10 (Sobre A Imitatio)
Institutio Oratoria - Resumo Livro 10 (Sobre A Imitatio)
Depois de propor uma série de questões que são respondidas pelo próprio autor,
Quintiliano considera que seria vergonhoso se contentar apenas com a imitação, pois se
não tivesse havido pessoas que ultrapassavam a arte de imitar, entre os poetas haveria
apenas Lívio Andrônico e entre os poemas, apenas histórias dos Anais dos pontífices. O
orador prossegue com o argumento de que não há nada que aumente apenas com a
imitação e mesmo aqueles que não aspirariam a mais alta perfeição, deveriam procurar
exceder o que se imita. Contudo, em relação à semelhança, Quintiliano adverte que esta
possui tão grande dificuldade que nem a própria natureza era capaz de fazer com que as
coisas semelhantes não possuíssem diferenças aparentes. Todavia, para o orador, “tudo
o que se parece à outra coisa, é necessário que seja inferior ao que se assemelha”,
Quintiliano, então, elenca alguns exemplos para justificar sua afirmação: a sombra em
relação ao corpo; a reviravolta em relação ao seu original; e o gesto dos comediantes
sobre os verdadeiros afetos. O mesmo aconteceria em relação às orações . O autor
considera que toda a imitação é sobreposta e acomoda a tentativa de outro e isto
resultaria em declamações com menos energia e vigor que as orações, já que nestas o
assunto seria verdadeiro e nas declamações fingido. Quintiliano afirma, então, que os
oradores possuem engenhosidade, invenção, energia e facilidade, tudo o que a arte não
ensina e não se pode imitar.