Decreto 3048-99
Decreto 3048-99
Decreto 3048-99
DECRETA:
LIVRO I
DA FINALIDADE E DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS
TÍTULO I
DA SEGURIDADE SOCIAL
TÍTULO II
DA SAÚDE
TÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
TÍTULO IV
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
LIVRO II
DOS BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
TÍTULO I
DOS REGIMES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
TÍTULO II
DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
CAPÍTULO I
DOS BENEFICIÁRIOS
Art. 11. É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar
ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 199, desde
que não esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório
da previdência social.
§ 1º Podem filiar-se facultativamente, entre outros:
I - a dona-de-casa;
II - o síndico de condomínio, quando não remunerado;
III - o estudante;
IV - o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;
V - aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social;
VI - o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13
de julho de 1990, quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
VII - o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa de acordo com a
Lei nº 6.494, de 1977;
VIII - o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de
especialização, pós graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que
nõ esteja vinculado a qualquer regime de previdência social;
IX - o presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a
qualquer regime de previdência social; (Inciso com redação dada pelo Decreto nº 7.054, de
28/12/2009)
X - o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime
previdenciário de país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional; e (Inciso com
redação dada pelo Decreto nº 7.054, de 28/12/2009)
XI - o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que,
nesta condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas,
com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim, ou que exerce
atividade artesanal por conta própria. (Inciso acrescido pelo Decreto nº 7.054, de
28/12/2009)
§ 2º É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade
de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência social,
salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta
condição, contribuição ao respectivo regime próprio.
§ 3º A filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato volitivo,
gerando efeito somente a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo
retroagir e não permitindo o pagamento de contribuições relativas a competências
anteriores à data da inscrição, ressalvado o § 3º do art. 28.
§ 4º Após a inscrição, o segurado facultativo somente poderá recolher
contribuições em atraso quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado,
conforme o disposto no inciso VI do art. 13.
Subseção única
Da Manutenção e da Perda da Qualidade de Segurado
Seção II
Dos Dependentes
Seção III
Das Inscrições
Subseção I
Do Segurado
Art. 19-A. Para fins de benefícios de que trata este Regulamento, os períodos de
vínculos que corresponderem a serviços prestados na condição de servidor estatutário
somente serão considerados mediante apresentação de Certidão de Tempo de Contribuição
fornecida pelo órgão público competente, salvo se o órgão de vinculação do servidor não
tiver instituído regime próprio de previdência social. (Artigo acrescido pelo Decreto nº
6.722, de 30/12/2008)
Art. 20. Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem
para a previdência social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações.
§ 1º A filiação à previdência social decorre automaticamente do exercício de
atividade remunerada para os segurados obrigatórios, observado o disposto no § 2º, e da
inscrição formalizada com o pagamento da primeira contribuição para o segurado
facultativo. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 6.722, de 30/12/2008)
§ 2º A filiação do trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física
por prazo de até dois meses dentro do período de um ano, para o exercício de atividades de
natureza temporária, decorre automaticamente de sua inclusão na GFIP, mediante
identificação específica. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 6.722, de 30/12/2008)
Art. 21. Para fins do disposto nesta Seção, a anotação de dado pessoal deve ser
feita na Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdência Social à vista do
documento comprobatório do fato.
Subseção II
Do Dependente
CAPÍTULO II
DAS PRESTAÇÕES EM GERAL
Seção I
Das Espécies de Prestação
Seção II
Da Carência
Seção III
Do Salário-de-benefício
f = Tc x a x [1 + (Id + Tc x a )]
Es 100
onde:
f = fator previdenciário;
Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;
Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;
Id = idade no momento da aposentadoria; e
a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31.
Seção IV
Da Renda Mensal do Benefício
Art. 35. A renda mensal do benefício de prestação continuada que substituir o
salário-de-contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado não terá valor inferior ao
salário mínimo nem superior ao limite máximo do salário-de contribuição, exceto no caso
previsto no art. 45.
§ 1º A renda mensal dos benefícios por totalização, concedidos com base em
acordos internacionais de previdência social, pode ter valor inferior ao do salário mínimo.
§ 2º A renda mensal inicial, apurada na forma do § 9º do art. 32, será reajustada
pelos índices de reajustamento aplicados aos benefícios, até a data da entrada do
requerimento, não sendo devido qualquer pagamento relativamente a período anterior a esta
data.
§ 3º No hipótese de a média apurada na forma do art. 32 resultar superior ao
limite máximo do salário-de-contribuição vigente no mês de início do benefício, a diferença
percentual entre esta média e o referido limite será incorporada ao valor do benefício
juntamente com o primeiro reajuste do mesmo após a concessão, observado que nenhum
benefício assim reajustado poderá superar o limite máximo do salário-de-contribuição
vigente na competência em que ocorrer o reajuste.
Art. 37. A renda mensal inicial, recalculada de acordo com o disposto nos §§ 2º
e 3º do art. 36, deve ser reajustada como a dos benefícios correspondentes com igual data
de início e substituirá, a partir da data do requerimento de revisão do valor do benefício, a
renda mensal que prevalecia até então.
Parágrafo único. Para fins da substituição de que trata o caput, o requerimento
de revisão deve ser aceito pelo Instituto Nacional do Seguro Social a partir da concessão do
benefício em valor provisório e processado quando da apresentação de prova dos salários-
de-contribuição ou de recolhimento das contribuições.
Art. 38. Para o cálculo da renda mensal do benefício referido no inciso III do
caput do art. 39, deverá ser considerado o tempo de contribuição de que trata o art. 60.
Seção V
Do Reajustamento do Valor do Benefício
Seção VI
Dos Benefícios
Subseção I
Da Aposentadoria por Invalidez
Art. 43. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida a carência exigida,
quando for o caso, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença,
for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nessa
condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da
condição de incapacidade, mediante exame médico-pericial a cargo da previdência social,
podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime
Geral de Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo
quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença
ou lesão.
Art. 44. A aposentadoria por invalidez consiste numa renda mensal calculada na
forma do inciso II do caput do art. 39 e será devida a contar do dia imediato ao da cessação
do auxílio-doença, ressalvado o disposto no § 1º.
§ 1º Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e
definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida:
I - ao segurado empregado a contar do décimo sexto dia do afastamento da
atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada
do requerimento decorrerem mais de trinta dias; e (Inciso com redação dada pelo Decreto
nº 3.265, de 29/11/1999)
II - ao segurado empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador
avulso, especial ou facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da
entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias. (Inciso com
redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/1999)
§ 2º Durante os primeiros quinze dias de afastamento consecutivos da atividade
por motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário.
(Parágrafo com redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/1999)
§ 3º A concessão de aposentadoria por invalidez, inclusive mediante
transformação de auxílio-doença concedido na forma do art. 73, está condicionada ao
afastamento de todas as atividades.
Art. 46. O segurado aposentado por invalidez está obrigado, a qualquer tempo,
sem prejuízo do disposto no parágrafo único e independentemente de sua idade e sob pena
de suspensão do benefício a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social,
processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado
gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.
Parágrafo único. Observado o disposto no caput, o aposentado por invalidez
fica obrigado sob pena de sustação do pagamento do benefício, a submeter-se a exames
médico-periciais, a realizarem-se bienalmente.
Art. 47. O aposentado por invalidez que se julgar apto a retornar à atividade
deverá solicitar a realização de nova avaliação médico-pericial.
Parágrafo único. Se a perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social
concluir pela recuperação da capacidade laborativa, a aposentadoria será cancelada,
observado o disposto no art. 49.
Art. 50. O segurado que retomar à atividade poderá requerer, a qualquer tempo,
novo benefício, tendo este processamento normal.
Parágrafo único. Se o segurado requerer qualquer benefício durante o período
citado no artigo anterior, a aposentadoria por invalidez somente será cessada, para a
concessão do novo benefício, após o cumprimento do período de que tratam as alíneas b do
inciso I e a do inciso II do art. 49.
Subseção II
Da Aposentadoria por Idade
Art. 51. A aposentadoria por idade, uma vez cumprida a carência exigida, será
devida ao segurado que completar sessenta e cinco anos de idade, se homem, ou sessenta,
se mulher, reduzidos esses limites para sessenta e cinquenta e cinco anos de idade para os
trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea a do inciso I,
na alínea j do inciso V e nos incisos VI e VII do caput do art. 9º, bem como para os
segurados garimpeiros que trabalhem, comprovadamente, em regime de economia familiar,
conforme definido no § 5º do art. 9º. (“Caput” do artigo com redação dada pelo Decreto
nº 3.265, de 29/11/1999)
§ 1º Para os efeitos do disposto no caput , o trabalhador rural deve comprovar o
efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período
imediatamente anterior ao requerimento do benefício ou, conforme o caso, ao mês em que
cumpriu o requisito etário, por tempo igual ao número de meses de contribuição
correspondente à carência do benefício pretendido, computado o período a que se referem
os incisos III a VIII do § 8º do art. 9º . (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 6.722, de
30/12/2008)
§ 2º Os trabalhadores rurais de que trata o caput que não atendam ao disposto
no § 1º , mas que satisfaçam essa condição, se forem considerados períodos de contribuição
sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício ao completarem sessenta e cinco
anos de idade, se homem, e sessenta anos, se mulher. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº
6.722, de 30/12/2008)
§ 3º Para efeito do § 2º , o cálculo da renda mensal do benefício será apurado na
forma do disposto no inciso II do caput do art. 32, considerando-se como salário-de-
contribuição mensal do período como segurado especial o limite mínimo do salário-de-
contribuição da previdência social. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 6.722, de
30/12/2008)
§ 4º Aplica-se o disposto nos §§ 2º e 3º ainda que na oportunidade do
requerimento da aposentadoria o segurado não se enquadre como trabalhador rural.
(Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 6.722, de 30/12/2008)
Art. 53. A aposentadoria por idade consiste numa renda mensal calculada na
forma de inciso III do caput do art. 39.
Art. 54. A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa, desde que o
segurado tenha cumprido a carência, quando este completar setenta anos de idade, se do
sexo masculino, ou sessenta e cinco, se do sexo feminino, sendo compulsória, caso em que
será garantida ao empregado a indenização prevista na legislação trabalhista, considerada
como data da rescisão do contrato de trabalho a imediatamente anterior à do início da
aposentadoria.
Subseção III
Da Aposentadoria por Tempo de Contribuição
Art. 57. A aposentadoria por tempo de contribuição consiste numa renda mensal
calculada na forma do inciso IV do caput do art. 39.
Art. 58. A data do início de aposentadoria por tempo de contribuição será fixada
conforme o disposto nos incisos I e II do art. 52.
Art. 60. Até que lei específica discipline a matéria, são contados como tempo de
contribuição, entre outros:
I - o período de exercício de atividade remunerada abrangida pela previdência
social urbana e rural, ainda que anterior à sua instituição, respeitado o disposto no inciso
XVII;
II - O período de contribuição efetuada por segurado depois de ter deixado de
exercer atividade remunerada que o enquadrava como segurado obrigatório de previdência
social;
III - o período em que o segurado esteve recebendo auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez, entre períodos de atividade;
IV - o tempo de serviço militar, salvo se já contado para inatividade remunerada
nas Forças Armadas ou auxiliares, ou para aposentadoria no serviço público federal,
estadual, do Distrito Federal ou municipal, ainda que anterior à filiação ao Regime Geral de
Previdência Social, nas seguintes condições:
a) obrigatório ou voluntário; e
b) alternativo, assim considerado o atribuído pelas Forças Armadas àqueles que,
após alistamento, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente
de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de
caráter militar,
V - o período em que a segurada esteve recebendo salário-maternidade;
VI - o período de contribuição efetuada como segurado facultativo;
VII - o período de afastamento da atividade do segurado anistiado que, em
virtude de motivação exclusivamente política, foi atingido por atos de exceção,
institucional ou complementar, ou abrangido pelo Decreto Legislativo nº 18, de 15 de
dezembro de 1961, pelo Decreto-Lei nº 864, de 12 de setembro de 1969, ou que, em virtude
de pressões ostensivas ou expedientes oficiais sigilosos, tenha sido demitido ou compelido
ao afastamento de atividade remunerada no período de 18 de setembro de 1946 a 5 de
outubro de 1988;
VIII - o tempo de serviço público federal, estadual, do Distrito Federal ou
municipal, inclusive o prestado a autarquia ou a sociedade de economia mista ou fundação
instituída pelo Poder Público, regularmente certificado na forma da Lei nº 3.841, de 15 de
dezembro de 1960, desde que a respectiva certidão tenha sido requerida na entidade para a
qual o serviço foi prestado até 30 de setembro de 1975, véspera do início da vigência da Lei
nº 6.226, de 14 de junho de 1975;
IX - o período em que o segurado esteve recebendo benefício por incapacidade
por acidente do trabalho, intercalado ou não;
X - o tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior à competência
novembro de 1991;
XI - o tempo de exercício de mandato classista junto a órgão deliberação
coletiva em que, nessa qualidade, tenha havido contribuição para a previdência social;
XII - o tempo de serviço público prestado à administração federal direta e
autarquias federais, bem como às estaduais, do Distrito Federal e municipais, quando
aplicada a legislação que autorizou a contagem recíproca de tempo de contribuição;
XIII - o período de licença remunerada, desde que tenha havido desconto de
contribuições;
XIV - o período em que o segurado tenha sido colocado pela empresa em
disponibilidade remunerada, desde que tenha havido desconto de contribuições;
XV - o tempo de serviço prestado à Justiça dos Estados, às serventias
extrajudiciais e às escrivanias judiciais, desde que não tenha havido remuneração pelos
cofres públicos e que a atividade não estivesse à época vinculada a regime próprio de
previdência social;
XVI - o tempo de atividade patronal ou autônoma, exercida anteriormente à
vigência da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, desde que indenizado conforme o
disposto no art. 122,
XVII - o período de atividade na condição de empregador rural, desde que
comprovado o recolhimento de contribuições na forma da Lei nº 6.260, de 6 de novembro
de 1975, com indenização do período anterior, conforme o disposto no art. 122;
XVIII - o período de atividade dos auxiliares locais de nacionalidade brasileira
no exterior, amparados pela Lei nº 8.745, de 1993, anteriormente a 1º de janeiro de 1994,
desde que sua situação previdenciária esteja regularizada junto ao Instituto Nacional do
Seguro Social;
XIX - o tempo de exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou
municipal, desde que tenha havido contribuição em época própria e não tenha sido contado
para efeito de aposentadoria por outro regime de previdência social;
XX - o tempo de trabalho em que o segurado esteve exposto a agentes nocivos
químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade
física, observado o disposto nos arts. 64 a 70; e
XXI - o tempo de contribuição efetuado pelo servidor público de que tratam as
alíneas i, j e l do inciso I do caput do art. 9º e o § 2º do art. 26, com base nos arts. 8º e 9º da
Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de 1991, e no art. 2º da Lei nº 8.688, de 21 de julho de 1993.
XXII - o tempo exercido na condição de aluno-aprendiz referente ao período de
aprendizado profissional realizado em escola técnica, desde que comprovada a
remuneração, mesmo que indireta, à conta do orçamento público e o vínculo empregatício.
(Inciso acrescido pelo Decreto nº 6.722, de 30/12/2008)
§ 1º Não será computado como tempo de contribuição o já considerado para
concessão de qualquer aposentadoria prevista neste Regulamento ou por outro regime de
previdência social.
§ 2º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/1999)
§ 3º O tempo de contribuição de que trata este artigo será considerado para
cálculo do valor da renda mensal de qualquer benefício.
§ 4º O segurado especial que contribui na forma do § 2º do art. 200 somente
fará jus à aposentadoria por idade, tempo de contribuição e especial após o cumprimento da
carência exigida para estes benefícios, não sendo considerado como período de carência o
tempo de atividade rural não contributivo.
§ 5º Não se aplica o disposto no inciso VII ao segurado demitido ou exonerado
em razão de processos administrativos ou de aplicação de política de pessoal do governo,
da empresa ou da entidade a que estavam vinculados, assim como ao segurado ex-dirigente
ou ex-representante sindical que não comprove prévia existência do vínculo empregatício
mantido com a empresa ou sindicato e o conseqüente afastamento da atividade remunerada
em razão dos atos mencionados no referido inciso.
§ 6º Caberá a cada interessado alcançado pelas disposições do inciso VII
comprovar a condição de segurado obrigatório da previdência social, mediante
apresentação dos documentos contemporâneos dos fatos ensejadores da demissão ou
afastamento da atividade remunerada, assim como apresentar o ato declaratório da anistia,
expedido pela autoridade competente, e a conseqüente comprovação da sua publicação
oficial.
§ 7º Para o cômputo do período a que se refere o inciso VII, o Instituto
Nacional do Seguro Social deverá observar se no ato declaratório da anistia consta o
fundamento legal no qual se fundou e o nome do órgão, da empresa ou da entidade a que
estava vinculado o segurado à época dos atos que ensejaram a demissão ou o afastamento
da atividade remunerada.
§ 8º É indispensável para o cômputo do período a que se refere o inciso VII a
prova da relação de causa entre a demissão ou afastamento da atividade remunerada e a
motivação referida no citado inciso.
Art. 61. Observado o disposto no art. 19, são contados como tempo de
contribuição, para efeito do disposto nos §§ 1º e 2º do art. 56: (“Caput” do artigo com
redação dada pelo Decreto nº 4.079, de 9/1/2002)
I - o de serviço público federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal;
II - o de recebimento de benefício por incapacidade, entre períodos de
atividade; e
III - o de benefício por incapacidade decorrente de acidente do trabalho,
intercalado ou não.
§ 1º A comprovação da condição de professor far-se-á mediante a apresentação:
I - do respectivo diploma registrado nos órgãos competentes federais e
estaduais, ou de qualquer outro documento que comprove a habilitação para o exercício do
magistério, na forma de lei específica; e
II - dos registros em Carteira Profissional e/ou Carteira de Trabalho e
Previdência Social complementados, quando for o caso, por declaração do estabelecimento
de ensino onde foi exercida a atividade, sempre que necessária essa informação, para efeito
e caracterização do efetivo exercício da função de magistério, nos termos do § 2º do art. 56.
§ 2º É vedada a conversão de tempo de serviço de magistério, exercido em
qualquer época, em tempo de serviço comum.
Art. 63. Não será admitida prova exclusivamente testemunhal para efeito de
comprovação de tempo de serviço ou de contribuição, salvo na ocorrência de motivo de
força maior ou caso fortuito, observado o disposto no § 2º do art. 143.
Subseção IV
Da Aposentadoria Especial
Art. 64. A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será
devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente
quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado
durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais
que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (“Caput” do artigo com redação dada
pelo Decreto nº 4.729, de 9/6/2003)
§ 1º A concessão da aposentadoria especial prevista neste artigo dependerá da
comprovação, durante o período mínimo fixado no caput: (“Caput” do parágrafo com
redação dada pelo Decreto nº 8.123, de 16/10/2013)
I - do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente; e (Inciso
acrescido pelo Decreto nº 8.123, de 16/10/2013)
II - da exposição do segurado aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos
ou a associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física. (Inciso acrescido
pelo Decreto nº 8.123, de 16/10/2013)
§ 2º Consideram-se condições especiais que prejudiquem a saúde e a
integridade física aquelas nas quais a exposição ao agente nocivo ou associação de agentes
presentes no ambiente de trabalho esteja acima dos limites de tolerância estabelecidos
segundo critérios quantitativos ou esteja caracterizada segundo os critérios da avaliação
qualitativa dispostos no § 2º do art. 68. (Parágrafo com redação dada pelo Decreto nº
8.123, de 16/10/2013)
Art. 66. Para o segurado que houver exercido duas ou mais atividades sujeitas a
condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer
delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos de
exercício serão somados após conversão, devendo ser considerada a atividade
preponderante para efeito de enquadramento. (“Caput” do artigo com redação dada pelo
Decreto nº 8.123, de 16/10/2013)
§ 1º Para fins do disposto no caput, não serão considerados os períodos em que
a atividade exercida não estava sujeita a condições especiais, observado, nesse caso, o
disposto no art. 70. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 8.123, de 16/10/2013)
§ 2º A conversão de que trata o caput será feita segundo a tabela abaixo:
(Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 8.123, de 16/10/2013)
TEMPO A
MULTIPLICADORES
CONVERTER
PARA 15 PARA 20 PARA 25
DE 15 ANOS - 1,33 1,67
DE 20 ANOS 0,75 - 1,25
DE 25 ANOS 0,60 0,80 -
Art. 67. A renda mensal inicial da aposentadoria especial será equivalente a cem
por cento do salário de benefício, observado, quanto à data de início do benefício, o
disposto na legislação previdenciária. (Artigo com redação dada pelo Decreto nº 8.123, de
16/10/2013)
TEMPO A MULTIPLICADORES
CONVERTER MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35)
DE 15 ANOS 2,00 2,33
DE 20 ANOS 1,50 1,75
DE 25 ANOS 1,20 1,40
Art. 70-E. Para o segurado que, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com
deficiência, ou tiver seu grau alterado, os parâmetros mencionados nos incisos I, II e III
do caput do art. 70-B serão proporcionalmente ajustados e os respectivos períodos serão
somados após conversão, conforme as tabelas abaixo, considerando o grau de deficiência
preponderante, observado o disposto no art. 70-A:
MULHER
MULTIPLICADORES
MULTIPLICADORES
TEMPO A CONVERTER
Para 25 Para 29 Para 33 Para 35
MULTIPLICADORES
Para
TEMPO A CONVERTER 15 Para 20 Para 24 Para 25 Para 28
HOMEM
MULTIPLICADORES
TEMPO A CONVERTER
Para
Para 20 Para 25 Para 29 Para 33
15
Art. 70-I. Aplicam-se à pessoa com deficiência as demais normas relativas aos
benefícios do RGPS. (Artigo acrescido pelo Decreto nº 8.145, de 3/12/2013)
Subseção V
Do Auxílio-doença
Art. 71. O auxílio-doença será devido ao segurado que, após cumprida, quando
for o caso, a carência exigida, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade
habitual por mais de quinze dias consecutivos.
§ 1º Não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral
de Previdência Social já portador de doença ou lesão invocada como causa para a
concessão do benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão
ou agravamento dessa doença ou lesão.
§ 2º Será devido auxílio-doença, independentemente de carência, aos segurados
obrigatório e facultativo, quando sofrerem acidente de qualquer natureza.
Art. 74. Quando o segurado que exercer mais de uma atividade se incapacitar
definitivamente para uma delas, deverá o auxílio-doença ser mantido indefinidamente, não
cabendo sua transformação em aposentadoria por invalidez, enquanto essa incapacidade
não se estender às demais atividades.
Parágrafo único. Na situação prevista no caput, o segurado somente poderá
transferir-se das demais atividades que exerce após o conhecimento da reavaliação médico-
pericial.
Art. 75. Durante os primeiros quinze dias consecutivos de afastamento da
atividade por motivo de doença, incumbe à empresa pagar ao segurado empregado o seu
salário. (“Caput” do artigo com redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/1999)
§ 1º Cabe à empresa que dispuser de serviço médico próprio ou em convênio o
exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros quinze dias de
afastamento.
§ 2º Quando a incapacidade ultrapassar quinze dias consecutivos, o segurado
será encaminhado à perícia médica do INSS, que o submeterá à avaliação pericial por
profissional médico integrante de seus quadros ou, na hipótese do art. 75-B, de órgãos e
entidades públicos que integrem o Sistema Único de Saúde - SUS, ressalvados os casos em
que for admitido o reconhecimento da incapacidade pela recepção da documentação médica
do segurado, conforme previsto no art. 75-A. (Parágrafo com redação dada pelo Decreto
nº 8.691, de 14/3/2016)
§ 3º Se concedido novo benefício decorrente da mesma doença dentro de
sessenta dias contados da cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do
pagamento relativo aos quinze primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o benefício
anterior e descontando-se os dias trabalhados, se for o caso.
§ 4º Se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar-se do trabalho
durante quinze dias, retornando à atividade no décimo sexto dia, e se dela voltar a se afastar
dentro de sessenta dias desse retorno, em decorrência da mesma doença, fará jus ao auxílio-
doença a partir da data do novo afastamento. (Parágrafo com redação dada pelo Decreto
nº 5.545, de 22/9/2005)
§ 5º Na hipótese do § 4º, se o retorno à atividade tiver ocorrido antes de quinze
dias do afastamento, o segurado fará jus ao auxílio-doença a partir do dia seguinte ao que
completar aquele período. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 4.729, de 9/6/2003)
§ 6º A impossibilidade de atendimento pela Previdência Social ao segurado
antes do término do período de recuperação indicado pelo médico assistente na
documentação autoriza o retorno do empregado ao trabalho no dia seguinte à data indicada
pelo médico assistente. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 8.691, de 14/3/2016)
Art. 76. A previdência social deve processar de ofício o benefício, quando tiver
ciência da incapacidade do segurado sem que este tenha requerido auxílio-doença.
Subseção VI
Do Salário-família
Art. 87. Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em
caso de abandono legalmente caracterizado ou perda do pátrio-poder, o salário-família
passará a ser pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor, ou a outra
pessoa, se houver determinação judicial nesse sentido.
Art. 91. O empregado deve dar quitação à empresa, sindicato ou órgão gestor de
mão-de-obra de cada recebimento mensal do salário-família, na própria folha de pagamento
ou por outra forma admitida, de modo que a quitação fique plena e claramente
caracterizada.
Subseção VII
Do Salário-maternidade
Art. 101. O salário-maternidade, observado o disposto nos arts. 35, 198, 199 ou
199-A, pago diretamente pela previdência social, consistirá: (“Caput” do artigo com
redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 30/12/2008)
I - em valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição, para a
segurada empregada doméstica; (Inciso com redação dada pelo Decreto nº 3.265, de
29/11/1999)
II - em um salário mínimo, para a segurada especial; (Inciso com redação dada
pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/1999)
III - em um doze avos da soma dos doze últimos salários-decontribuição,
apurados em período não superior a quinze meses, para as seguradas contribuinte
individual, facultativa e para as que mantenham a qualidade de segurada na forma do art.
13. (Inciso com redação dada pelo Decreto nº 6.122, de 13/6/2007)
§ 1º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/1999)
§ 2º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/1999)
§ 3º O documento comprobatório para requerimento do salário-maternidade da
segurada que mantenha esta qualidade é a certidão de nascimento do filho, exceto nos casos
de aborto espontâneo, quando deverá ser apresentado atestado médico, e no de adoção ou
guarda para fins de adoção, casos em que serão observadas as regras do art. 93-A, devendo
o evento gerador do benefício ocorrer, em qualquer hipótese, dentro do período previsto no
art. 13. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 6.122, de 13/6/2007)
Art. 102. O salário-maternidade não pode ser acumulado com benefício por
incapacidade.
Parágrafo único. Quando ocorrer incapacidade em concomitância com o
período de pagamento do salário-maternidade, o benefício por incapacidade, conforme o
caso, deverá ser suspenso enquanto perdurar o referido pagamento, ou terá sua data de
início adiada para o primeiro dia seguinte ao término do período de cento e vinte dias.
Art. 103. A segurada aposentada que retornar à atividade fará jus ao pagamento
do salário-maternidade, de acordo com o disposto no art. 93.
Subseção VIII
Do Auxílio-acidente
Subseção IX
Da Pensão por Morte
Art. 105. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do
segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data:
I - do óbito, quando requerido até trinta dias depois deste; (“Caput” do inciso
com redação dada pelo Decreto nº 5.545, de 22/9/2005)
a) pelo dependente maior de dezesseis anos de idade, até trinta dias depois; e
(Alínea acrescida pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)
b) pelo dependente menor até dezesseis anos de idade, até trinta dias após
completar essa idade; (Alínea acrescida pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso I; ou
III - da decisão judicial, no caso de morte presumida.
§ 1º No caso do disposto no inciso II, a data de início do benefício será a data
do óbito, aplicados os devidos reajustamentos até a data de início do pagamento, não sendo
devida qualquer importância relativa ao período anterior à data de entrada do requerimento.
(Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001 e com nova redação dada pelo
Decreto nº 5.545, de 22/9/2005)
§ 2º (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001 e revogado
pelo Decreto nº 5.545, de 22/9/2005)
Art. 106. A pensão por morte consiste numa renda mensal calculada na forma
do § 3º do art. 39.
Parágrafo único. O valor da pensão por morte devida aos dependentes do
segurado recluso que, nessa condição, exercia atividade remunerada será obtido mediante a
realização de cálculo com base no novo tempo de contribuição e salários-de-contribuição
correspondentes, neles incluídas as contribuições recolhidas enquanto recluso, facultada a
opção pela pensão com valor correspondente ao do auxílio-reclusão, na forma do disposto
no § 3º do art. 39. (Parágrafo único acrescido pelo Decreto nº 4.729, de 9/6/2003)
Art. 107. A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de
habilitação de outro possível dependente, e qualquer habilitação posterior que importe em
exclusão ou inclusão de dependente somente produzirá efeito a contar da data da
habilitação.
Art. 108. A pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja
invalidez tenha ocorrido antes da emancipação ou de completar a idade de vinte e um anos,
desde que reconhecida ou comprovada, pela perícia médica do INSS, a continuidade da
invalidez até a data do óbito do segurado. (Artigo com redação dada pelo Decreto nº 6.939,
de 18/8/2009)
Art. 110. O cônjuge ausente somente fará jus ao benefício a partir da data de
sua habilitação e mediante prova de dependência econômica, não excluindo do direito a
companheira ou o companheiro.
Art. 112. A pensão poderá ser concedida, em caráter provisório, por morte
presumida:
I - mediante sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade
judiciária, a contar da data de sua emissão; ou
II - em caso de desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente
ou desastre, a contar da data da ocorrência, mediante prova hábil.
Parágrafo único. Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da
pensão cessa imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores
recebidos, salvo má-fé.
Art. 113. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada
entre todos, em partes iguais.
Parágrafo único. Reverterá em favor dos demais dependentes a parte daquele
cujo direito à pensão cessar.
Subseção X
Do Auxílio-reclusão
Art. 116. O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por
morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão que não receber remuneração da
empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência
em serviço, desde que o seu último salário-de-contribuição seja inferior ou igual a
R$360,00 (trezentos e sessenta reais).
§ 1º É devido auxílio-reclusão aos dependentes do segurado quando não houver
salário-de-contribuição na data do seu efetivo recolhimento à prisão, desde que mantida a
qualidade de segurado.
§ 2º O pedido de auxílio-reclusão deve ser instruído com certidão do efetivo
recolhimento do segurado à prisão, firmada pela autoridade competente.
§ 3º Aplicam-se ao auxílio-reclusão as normas referentes à pensão por morte,
sendo necessária, no caso de qualificação de dependentes após a reclusão ou detenção do
segurado, a preexistência da dependência econômica.
§ 4º A data de início do benefício será fixada na data do efetivo recolhimento do
segurado à prisão, se requerido até trinta dias depois desta, ou na data do requerimento, se
posterior, observado, no que couber, o disposto no inciso I do art. 105. (Parágrafo com
redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 9/6/2003)
§ 5º O auxílio-reclusão é devido, apenas, durante o período em que o segurado
estiver recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto. (Parágrafo acrescido pelo
Decreto nº 4.729, de 9/6/2003)
§ 6º O exercício de atividade remunerada pelo segurado recluso em
cumprimento de pena em regime fechado ou semi-aberto que contribuir na condição de
segurado de que trata a alínea o do inciso V do art. 9º ou do inciso IX do § 1º do art. 11 não
acarreta perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão pelos seus dependentes.
(Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 4.729, de 9/6/2003)
Subseção XI
Do Abono Anual
Art. 120. Será devido abono anual ao segurado e ao dependente que, durante o
ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-maternidade, pensão
por morte ou auxílio-reclusão. (“Caput” do artigo com redação dada pelo Decreto nº
4.032, de 26/11/2001)
§ 1º O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a
gratificação natalina dos trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício
do mês de dezembro de cada ano. (Parágrafo único transformado em § 1º pelo Decreto nº
4.032, de 26/11/2001)
§ 2º O valor do abono anual correspondente ao período de duração do salário-
maternidade será pago, em cada exercício, juntamente com a última parcela do benefício
nele devida. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)
CAPÍTULO III
DO RECONHECIMENTO DA FILIAÇÃO
Seção única
Do Reconhecimento do Tempo de Filiação
Subseção I
Da Indenização
Art. 123. Para fins de concessão dos benefícios deste Regulamento, o tempo de
serviço prestado pelo trabalhador rural anteriormente à competência novembro de 1991
será reconhecido, desde que devidamente comprovado.
Parágrafo único. Para fins de contagem recíproca, o tempo de serviço a que se
refere o caput somente será reconhecido mediante a indenização de que trata o § 13 do art.
216, observado o disposto no § 8º do 239.
Subseção II
Da Retroação da Data do Início das Contribuições
CAPÍTULO IV
DA CONTAGEM RECÍPROCA DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Art. 126. O segurado terá direito de computar, para fins de concessão dos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social, o tempo de contribuição na
administração pública federal direta, autárquica e fundacional. (“Caput” do artigo com
redação dada pelo Decreto nº 3.112, de 6/7/1999)
Parágrafo único. Poderá ser contado o tempo de contribuição na administração
pública direta, autárquica e fundacional dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
desde que estes assegurem aos seus servidores, mediante legislação própria, a contagem de
tempo de contribuição em atividade vinculada ao Regime Geral de Previdência Social.
Art. 127. O tempo de contribuição de que trata este Capítulo será contado de
acordo com a legislação pertinente, observadas as seguintes normas:
I - não será admitida a contagem em dobro ou em outras condições especiais;
II - é vedada a contagem de tempo de contribuição no serviço público com o de
contribuição na atividade privada, quando concomitantes;
III - não será contado por um regime o tempo de contribuição utilizado para
concessão de aposentadoria por outro regime;
IV - o tempo de contribuição anterior ou posterior à obrigatoriedade de filiação
à previdência social somente será contado mediante observância, quanto ao período
respectivo, do disposto nos arts. 122 e 124; e
V - o tempo de contribuição do segurado trabalhador rural anterior à
competência novembro de 1991 será computado, desde que observado o disposto no
parágrafo único do art. 123, no § 13 do art. 216 e no § 8º do art. 239.
CAPÍTULO V
DA HABILITAÇÃO E DA REABILITAÇÃO PROFISSIONAL
Art. 141. A empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de
dois por cento a cinco por cento de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas
portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I - até duzentos empregados, dois por cento;
II - de duzentos e um a quinhentos empregados, três por cento;
III - de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; ou
IV - mais de mil empregados, cinco por cento.
§ 1º A dispensa de empregado na condição estabelecida neste artigo, quando se
tratar de contrato por tempo superior a noventa dias e a imotivada, no contrato por prazo
indeterminado, somente poderá ocorrer após a contratação de substituto em condições
semelhantes.
§ 2º (Revogado pelo Decreto nº 3.298, de 20/12/1999)
CAPÍTULO VI
DA JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA
Art. 142. A justificação administrativa constitui recurso utilizado para suprir a
falta ou insuficiência de documento ou produzir prova de fato ou circunstância de interesse
dos beneficiários, perante a previdência social.
§ 1º Não será admitida a justificação administrativa quando o fato a comprovar
exigir registro público de casamento, de idade ou de óbito, ou de qualquer ato jurídico para
o qual a lei prescreva forma especial.
§ 2º O processo de justificação administrativa é parte de processo antecedente,
vedada sua tramitação na condição de processo autônomo.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS RELATIVAS ÀS PRESTAÇÕES DO REGIME GERAL
DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 152. Nenhum benefício ou serviço da previdência social poderá ser criado,
majorado ou estendido, sem a correspondente fonte de custeio total.
Art. 153. O benefício concedido a segurado ou dependente não pode ser objeto
de penhora, arresto ou seqüestro, sendo nula de pleno direito a sua venda ou cessão, ou a
constituição de qualquer ônus sobre ele, bem como a outorga de poderes irrevogáveis ou
em causa própria para seu recebimento, ressalvado o disposto no art. 154.
Art. 159. Somente será aceita a constituição de procurador com mais de uma
procuração, ou procurações coletivas, nos casos de representantes credenciados de
leprosários, sanatórios, asilos e outros estabelecimentos congêneres, nos casos de parentes
de primeiro grau, ou, em outros casos, a critério do Instituto Nacional do Seguro Social.
Art. 165. O valor não recebido em vida pelo segurado somente será pago aos
seus dependentes habilitados à pensão por morte ou, na falta deles, aos seus sucessores na
forma da lei civil, independentemente de inventário ou arrolamento.
Art. 166. Os benefícios poderão ser pagos mediante depósito em conta corrente
bancária em nome do beneficiário. (“Caput” do artigo com redação dada pelo Decreto nº
4.729, de 9/6/2003)
§ 1º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/1999)
§ 2º (Revogado pelo Decreto nº 4.729, de 9/6/2003)
§ 3º Na hipótese da falta de movimentação relativo a saque em conta corrente
cujos depósitos sejam decorrentes exclusivamente de pagamento de benefícios, por prazo
superior a sessenta dias, os valores dos benefícios remanescentes serão estornados e
creditados à Conta Única do Tesouro Nacional, com a identificação de sua origem.
(Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 4.729, de 9/6/2003)
Art. 168. Salvo nos casos de aposentadoria por invalidez ou especial, observado
quanto a esta o disposto no parágrafo único do art. 69, o retorno do aposentado à atividade
não prejudica o recebimento de sua aposentadoria, que será mantida no seu valor integral.
(Artigo com redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 9/6/2003)
Art. 170. Compete privativamente aos servidores de que trata o art. 2º da Lei nº
10.876, de 2 de junho de 2004, a realização de exames médico-periciais para concessão e
manutenção de benefícios e outras atividades médico-periciais inerentes ao regime de que
trata este Regulamento, sem prejuízo do disposto no mencionado artigo. ("Caput" do artigo
com redação dada pelo Decreto nº 6.939, de 18/8/2009)
Parágrafo único. Os servidores de que trata o caput poderão solicitar ao médico
assistente do beneficiário que forneça informações sobre antecedentes médicos a este
relativas, na forma a ser disciplinada pelo INSS, para fins do disposto nos § 2º do art. 43 e §
1º do art. 71 ou para subsidiar emissão de laudo médico pericial conclusivo. (Parágrafo
único acrescido pelo Decreto nº 6.939, de 18/8/2009)
Art. 174. O primeiro pagamento do benefício será efetuado até quarenta e cinco
dias após a data da apresentação, pelo segurado, da documentação necessária à sua
concessão. (“Caput” do artigo com redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 30/12/2008)
Parágrafo único. O prazo fixado no caput fica prejudicado nos casos de
justificação administrativa ou outras providências a cargo do segurado, que demandem a
sua dilatação, iniciando-se essa contagem a partir da data da conclusão das mesmas.
Art. 181-A. Fica garantido ao segurado com direito à aposentadoria por idade a
opção pela não aplicação do fator previdenciário, devendo o Instituto Nacional do Seguro
Social, quando da concessão do benefício, proceder ao cálculo da renda mensal inicial com
e sem o fator previdenciário. (Artigo acrescido pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/1999)
CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS RELATIVAS ÀS PRESTAÇÕES DO REGIME
GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
Parágrafo único. Não se aplica a tabela de que trata o caput para os benefícios
de aposentadoria por tempo de contribuição e por idade garantida aos segurados com
deficiência, de que tratam os arts. 70-B e 70-C. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº
8.145, de 3/12/2013)
Art. 183. O trabalhador rural enquadrado como segurado obrigatório do RGPS,
na forma da alínea a do inciso I ou da alínea j do inciso V do caput do art. 9º, pode requerer
a aposentadoria por idade, no valor de um salário mínimo, até 31 de dezembro de 2010,
desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no
período imediatamente anterior ao requerimento do benefício ou, conforme o caso, ao mês
em que cumpriu o requisito etário, em número de meses idêntico à carência do referido
benefício. (Artigo com redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 30/12/2008)
Art. 188-B. Fica garantido ao segurado que, até o dia 28 de novembro de 1999,
tenha cumprido os requisitos para a concessão de benefício, o cálculo do valor inicial
segundo as regras até então vigentes, considerando-se como período básico de cálculo os
trinta e seis meses imediatamente anteriores àquela data, observado o § 2º do art. 35, e
assegurada a opção pelo cálculo na forma do art. 188-A, se mais vantajoso. (Artigo
acrescido pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/1999)
LIVRO III
DO CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL
TÍTULO I
DO FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
Art. 194. A seguridade social é financiada por toda a sociedade, de forma direta
e indireta, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios e de contribuições sociais.
CAPÍTULO II
DA CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO
CAPÍTULO III
DA CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO
Seção I
Da Contribuição do Segurado Empregado, Empregado Doméstico
e Trabalhador Avulso
SALÁRIOS-DE-CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTAS
Até R$ 360,00 8,0%
de R$ 360,01 até R$ 600,00 9,0%
de R$ 600,01 até R$ 1.200,00 11,0%
(Vide Portaria MF/MPS nº 501, de 28/12/2007)
Seção II
Da Contribuição dos Segurados Contribuinte Individual e Facultativo
(Seção com redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/1999)
Seção III
Da Contribuição do Produtor Rural Pessoa Física e do Segurado Especial
Art. 200-B. As contribuições de que tratam o inciso I do art. 201 e o art. 202,
bem como a devida ao Serviço Nacional Rural, são substituídas, em relação à remuneração
paga, devida ou creditada ao trabalhador rural contratado pelo consórcio simplificado de
produtores rurais de que trata o art. 200-A, pela contribuição dos respectivos produtores
rurais. (Artigo acrescido pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)
CAPÍTULO IV
DAS CONTRIBUIÇÕES DA EMPRESA E DO EMPREGADOR DOMÉSTICO
Seção I
Das Contribuições da Empresa
Art. 202-A. As alíquotas constantes nos incisos I a III do art. 202 serão
reduzidas em até cinquenta por cento ou aumentadas em até cem por cento, em razão do
desempenho da empresa em relação à sua respectiva atividade, aferido pelo Fator
Acidentário de Prevenção - FAP. ("Caput" do artigo acrescido pelo Decreto nº 6.042, de
12/2/2007)
§ 1º O FAP consiste num multiplicador variável num intervalo contínuo de
cinco décimos (0,5000) a dois inteiros (2,0000), aplicado com quatro casas decimais,
considerado o critério de arredondamento na quarta casa decimal, a ser aplicado à
respectiva alíquota. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 6.042, de 12/2/2007 e com nova
redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 9/9/2009)
§ 2º Para fins da redução ou majoração a que se refere o caput, proceder-se-á à
discriminação do desempenho da empresa, dentro da respectiva atividade econômica, a
partir da criação de um índice composto pelos índices de gravidade, de frequência e de
custo que pondera os respectivos percentis com pesos de cinquenta por cento, de trinta
cinco por cento e de quinze por cento, respectivamente. (Parágrafo acrescido pelo Decreto
nº 6.042, de 12/2/2007 e com nova redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 9/9/2009)
§ 3º (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 6.042, de 12/2/2007 e revogado pelo
Decreto nº 6.957, de 9/9/2009)
§ 4º Os índices de freqüência, gravidade e custo serão calculados segundo
metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social, levando-se em conta:
("Caput" do parágrafo acrescido pelo Decreto nº 6.042, de 12/2/2007)
I - para o índice de freqüência, os registros de acidentes e doenças do trabalho
informados ao INSS por meio de Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT e de
benefícios acidentários estabelecidos por nexos técnicos pela perícia médica do INSS, ainda
que sem CAT a eles vinculados; (Inciso acrescido pelo Decreto nº 6.042, de 12/2/2007 e
com nova redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 9/9/2009)
II - para o índice de gravidade, todos os casos de auxílio-doença, auxílio-
acidente, aposentadoria por invalidez e pensão por morte, todos de natureza acidentária, aos
quais são atribuídos pesos diferentes em razão da gravidade da ocorrência, como segue:
("Caput" do inciso acrescido pelo Decreto nº 6.042, de 12/2/2007 e com nova redação
dada pelo Decreto nº 6.957, de 9/9/2009)
a) pensão por morte: peso de cinquenta por cento; (Alínea acrescida pelo
Decreto nº 6.957, de 9/9/2009)
b) aposentadoria por invalidez: peso de trinta por cento; e (Alínea acrescida
pelo Decreto nº 6.957, de 9/9/2009)
c) auxílio-doença e auxílio-acidente: peso de dez por cento para cada um; e
(Alínea acrescida pelo Decreto nº 6.957, de 9/9/2009)
III - para o índice de custo, os valores dos benefícios de natureza acidentária
pagos ou devidos pela Previdência Social, apurados da seguinte forma: ("Caput" do inciso
acrescido pelo Decreto nº 6.042, de 12/2/2007 e com nova redação dada pelo Decreto nº
6.957, de 9/9/2009)
a) nos casos de auxílio-doença, com base no tempo de afastamento do
trabalhador, em meses e fração de mês; e (Alínea acrescida pelo Decreto nº 6.957, de
9/9/2009)
b) nos casos de morte ou de invalidez, parcial ou total, mediante projeção da
expectativa de sobrevida do segurado, na data de início do benefício, a partir da tábua de
mortalidade construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
para toda a população brasileira, considerando-se a média nacional única para ambos os
sexos. (Alínea acrescida pelo Decreto nº 6.957, de 9/9/2009)
§ 5º O Ministério da Previdência Social publicará anualmente, sempre no
mesmo mês, no Diário Oficial da União, os róis dos percentis de frequência, gravidade e
custo por Subclasse da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE e
divulgará na rede mundial de computadores o FAP de cada empresa, com as respectivas
ordens de freqüência, gravidade, custo e demais elementos que possibilitem a esta verificar
o respectivo desempenho dentro da sua CNAE-Subclasse. (Parágrafo acrescido pelo
Decreto nº 6.042, de 12/2/2007 e com nova redação dada pelo Decreto nº 6.957, de
9/9/2009)
§ 6º O FAP produzirá efeitos tributários a partir do primeiro dia do quarto mês
subseqüente ao de sua divulgação. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 6.042, de
12/2/2007)
§ 7º Para o cálculo anual do FAP, serão utilizados os dados de janeiro a
dezembro de cada ano, até completar o período de dois anos, a partir do qual os dados do
ano inicial serão substituídos pelos novos dados anuais incorporados. (Parágrafo acrescido
pelo Decreto nº 6.042, de 12/2/2007 e com nova redação dada pelo Decreto nº 6.957, de
9/9/2009)
§ 8º Para a empresa constituída após janeiro de 2007, o FAP será calculado a
partir de 1º de janeiro do ano ano seguinte ao que completar dois anos de constituição.
(Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 6.042, de 12/2/2007 e com nova redação dada pelo
Decreto nº 6.957, de 9/9/2009)
§ 9º Excepcionalmente, no primeiro processamento do FAP serão utilizados os
dados de abril de 2007 a dezembro de 2008. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 6.042,
de 12/2/2007 e com nova redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 9/9/2009)
§ 10. A metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social
indicará a sistemática de cálculo e a forma de aplicação de índices e critérios acessórios à
composição do índice composto do FAP. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 6.957, de
9/9/2009)
Seção II
Da Isenção de Contribuições
Seção III
Da Contribuição do Empregador Doméstico
CAPÍTULO V
DA CONTRIBUIÇÃO SOBRE A RECEITA DE CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS
Art. 212. Constitui receita da seguridade social a renda líquida dos concursos de
prognósticos, excetuando-se os valores destinados ao Programa de Crédito Educativo.
§ 1º Consideram-se concurso de prognósticos todo e qualquer concurso de
sorteio de números ou quaisquer outros símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza no
âmbito federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovidos por órgãos do Poder
Público ou por sociedades comerciais ou civis.
§ 2º A contribuição de que trata este artigo constitui-se de:
I - renda líquida dos concursos de prognósticos realizados pelos órgãos do
Poder Público destinada à seguridade social de sua esfera de governo;
II - cinco por cento sobre o movimento global de apostas em prado de corridas;
e
III - cinco por cento sobre o movimento global de sorteio de números ou de
quaisquer modalidades de símbolos.
§ 3º Para o efeito do disposto no parágrafo anterior, entende-se como:
I - renda líquida - o total da arrecadação, deduzidos os valores destinados ao
pagamento de prêmios, de impostos e de despesas com administração;
II - movimento global das apostas - total das importâncias relativas às várias
modalidades de jogos, inclusive o de acumulada, apregoadas para o público no prado de
corrida, subsede ou outra dependência da entidade; e
III - movimento global de sorteio de números - o total da receita bruta, apurada
com a venda de cartelas, cartões ou quaisquer outras modalidades, para sorteio realizado
em qualquer condição.
CAPÍTULO VI
DAS OUTRAS RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL
CAPÍTULO VII
DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO
CAPÍTULO VIII
DA ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES
Seção I
Das Normas Gerais de Arrecadação
Seção II
Da Retenção e de Responsabilidade Solidária
Art. 224-A. O disposto nesta Seção não se aplica à contratação de serviços por
intermédio de cooperativa de trabalho. (Artigo acrescido pelo Decreto nº 3.265, de
29/11/1999)
Seção III
Das Obrigações Acessórias
Art. 228. O titular de cartório de registro civil e pessoas naturais fica obrigado a
comunicar, até o dia dez de cada mês, na forma estabelecida pelo instituto Nacional do
Seguro Social, o registro dos óbitos ocorridos no mês imediatamente anterior, devendo da
comunicação constar o nome, a filiação, a data e local de nascimento da pessoa falecida.
Parágrafo único. No caso de não haver sido registrado nenhum óbito, deverá o
titular do cartório comunicar esse falo ao Instituto Nacional do Seguro Social, no prazo
estipulado no caput.
Seção IV
Da Competência para Arrecadar, Fiscalizar e Cobrar
Seção V
Do Exame da Contabilidade
Art. 234. Na falta de prova regular e formalizada, o montante dos salários pagos
pela execução de obra de construção civil pode ser obtido mediante cálculo da mão-de-obra
empregada, proporcional à área construída e ao padrão de execução da obra, de acordo com
critérios estabelecidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social, cabendo ao proprietário,
dona da obra, incorporador, condômino da unidade imobiliária ou empresa co-responsável
o ônus da prova em contrário.
Art. 236. Deverá ser dado tratamento especial ao exame da documentação que
envolva operações ou assuntos de caráter sigiloso, ficando o fiscal responsável obrigado à
guarda da informação e à sua utilização exclusivamente nos documentos elaborados em
decorrência do exercício de suas atividades.
Seção VI
Das Contribuições e Outras Importâncias não Recolhidas até o Vencimento
Seção VII
Da Restituição e da Compensação de Contribuições e Outras Importâncias
Seção VIII
Do Reembolso de Pagamento
CAPÍTULO IX
DA MATRÍCULA DA EMPRESA, DO PRODUTOR RURALPESSOA FÍSICA E DO
SEGURADO ESPECIAL
(Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 30/12/2008)
CAPÍTULO X
DA PROVA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO
TÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS RELATIVAS AO CUSTEIO DA
SEGURIDADE SOCIAL
Art. 272. As alíquotas a que se referem o inciso II do art. 200 e os incisos I, II,
III e § 8º do art. 202 são reduzidas em cinquenta por cento de seu valor, a partir de 22 de
janeiro de 1998, por sessenta meses, nos contratos de trabalho por prazo determinado, nos
termos da Lei nº 9.601, de 21 de janeiro de 1998. (Artigo com redação dada pelo Decreto
nº 4.032, de 26/11/2001)
Art. 276. Nas ações trabalhistas de que resultar o pagamento de direitos sujeitos
à incidência de contribuição previdenciária, o recolhimento das importâncias devidas à
seguridade social será feito no dia dois do mês seguinte ao da liquidação da sentença.
§ 1º No caso do pagamento parcelado, as contribuições devidas à seguridade
social serão recolhidas na mesma data e proporcionalmente ao valor de cada parcela.
§ 2º Nos acordos homologados em que não figurarem, discriminadamente, as
parcelas legais de incidência da contribuição previdenciária, esta incidirá sobre o valor total
do acordo homologado.
§ 3º Não se considera como discriminação de parcelas legais de incidência de
contribuição previdenciária a fixação de percentual de verbas remuneratórias e
indenizatórias constantes dos acordos homologados, aplicando-se, nesta hipótese, o
disposto no parágrafo anterior.
§ 4º A contribuição do empregado no caso de ações trabalhistas será calculada,
mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo do
salário-de-contribuição.
§ 5º Na sentença ou acordo homologado, cujo valor da contribuição
previdenciária devida for inferior ao limite mínimo permitido para recolhimento na Guia da
Previdência Social, é autorizado o recolhimento dos valores devidos cumulativamente com
as contribuições normais de mesma competência. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº
4.032, de 26/11/2001)
§ 6º O recolhimento das contribuições do empregado reclamante deverá ser
feito na mesma inscrição em que são recolhidas as contribuições devidas pela empresa.
(Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)
§ 7º Se da decisão resultar reconhecimento de vínculo empregatício, deverão
ser exigidas as contribuições, tanto do empregador como do reclamante, para todo o
período reconhecido, ainda que o pagamento das remunerações a ele correspondentes não
tenham sido reclamadas na ação, tomando-se por base de incidência, na ordem, o valor da
remuneração paga, quando conhecida, da remuneração paga a outro empregado de
categoria ou função equivalente ou semelhante, do salário normativo da categoria ou do
salário mínimo mensal, permitida a compensação das contribuições patronais
eventualmente recolhidas. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)
§ 8º Havendo reconhecimento de vínculo empregatício para empregado
doméstico, tanto as contribuições do segurado empregado como as do empregador deverão
ser recolhidas na inscrição do trabalhador. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 4.032, de
26/11/2001)
§ 9º É exigido o recolhimento da contribuição previdenciária de que trata o
inciso II do art. 201, incidente sobre o valor resultante da decisão que reconhecer a
ocorrência de prestação de serviço à empresa, mas não o vínculo empregatício, sobre o
valor total da condenação ou do acordo homologado, independentemente da natureza da
parcela e forma de pagamento. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)
Art. 277. A autoridade judiciária deverá velar pelo fiel cumprimento do disposto
no artigo anterior, executando, de ofício, quando for o caso, as contribuições devidas,
fazendo expedir notificação ao Instituto Nacional do Seguro Social, para dar-lhe ciência
dos termos da sentença, do acordo celebrado ou de execução.
Parágrafo único. O Instituto Nacional do Seguro Social fornecerá, quando
solicitados, as orientações e dados necessários ao cumprimento do que dispõe este artigo.
TÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS RELATIVAS AO CUSTEIO DA
SEGURIDADE SOCIAL
(Título acrescido pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/1999)
LIVRO IV
DAS PENALIDADES EM GERAL
TÍTULO I
DAS RESTRIÇÕES
Art. 280. A empresa em débito para com a seguridade social não pode:
I - distribuir bonificação ou dividendo a acionista; e
II - dar ou atribuir cota ou participação nos lucros a sócio cotista, diretor ou
outro membro de órgão dirigente, fiscal ou consultivo, ainda que a titulo de adiantamento.
TÍTULO II
DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES
CAPÍTULO I
DOS CRIMES
CAPÍTULO II
DA APREENSÃO DE DOCUMENTOS
Art. 282. A seguridade social, por meio de seus órgãos competentes, promoverá
a apreensão de comprovantes de arrecadação e de pagamento de benefícios, bem como de
quaisquer documentos pertinentes, inclusive contábeis, mediante lavratura do competente
termo, com a finalidade de apurar administrativamente a ocorrência dos crimes previstos
em lei.
Parágrafo único. O Instituto Nacional do Seguro Social e a Secretaria da
Receita Federal estabelecerão normas específicas para:
I - apreensão de comprovantes e demais documentos;
II - apuração administrativa da ocorrência de crimes;
III - devolução de comprovantes e demais documentos;
IV - instrução do processo administrativo de apuração;
V - encaminhamento do resultado da apuração referida no inciso IV à
autoridade competente; e
VI - acompanhamento de processo judicial.
CAPÍTULO III
DAS INFRAÇÕES
Art. 283. Por infração a qualquer dispositivo das Leis nºs 8.212 e 8.213, ambas
de 1991, e 10.666, de 8 de maio de 2003, para a qual não haja penalidade expressamente
cominada neste Regulamento, fica o responsável sujeito a multa variável de R$ 636,17
(seiscentos e trinta e seis reais e dezessete centavos) a R$ 63.617,35 (sessenta e três mil,
seiscentos e dezessete reais e trinta e cinco centavos), conforme a gravidade da infração,
aplicando-se-lhe o disposto nos arts. 290 a 292, e de acordo com os seguintes valores:
(“Caput” do artigo com redação dada pelo Decreto nº 4.862, de 21/10/2003)
I - a partir de R$636,17 (seiscentos e trinta e seis reais e dezessete centavos) nas
seguintes infrações:
a) deixar a empresa de preparar folha de pagamento das remunerações pagas,
devidas ou creditadas a todos os segurados a seu serviço, de acordo com este Regulamento
e com os demais padrões e normas estabelecidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social;
b) deixar a empresa de se matricular no Instituto Nacional do Seguro Social,
dentro de trinta dias contados da data do início de suas atividades, quando não sujeita a
inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica;
c) deixar a empresa de descontar da remuneração paga aos segurados a seu
serviço importância proveniente de dívida ou responsabilidade por eles contraída junto à
seguridade social, relativa a benefícios pagos indevidamente;
d) deixar a empresa de matricular no Instituto Nacional do Seguro Social obra
de construção civil de sua propriedade ou executada sob sua responsabilidade no prazo de
trinta dias do início das respectivas atividades;
e) deixar o Titular de Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais de
comunicar ao Instituto Nacional do Seguro Social, até o dia dez de cada mês, a ocorrência
ou a não-ocorrência de óbitos, no mês imediatamente anterior, bem como enviar
informações inexatas, conforme o disposto no art. 228;
f) deixar o dirigente dos órgãos municipais competentes de prestar ao Instituto
Nacional do Seguro Social as informações concernentes aos alvarás, habite-se ou
documento equivalente, relativos a construção civil, na forma do art. 226; e
g) deixar a empresa de efetuar os descontos das contribuições devidas pelos
segurados a seu serviço; (Alínea com redação dada pelo Decreto nº 4.862, de 21/10/2003)
h) deixar a empresa de elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico
abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e de fornecer a este, quando da
rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica deste documento; e (Alínea acrescida pelo
Decreto nº 4.862, de 21/10/2003)
II - a partir de R$6.361,73 (seis mil trezentos e sessenta e um reais e setenta e
três centavos) nas seguintes infrações: (Vide Decreto nº 4.709, de 29/5/2003)
a) deixar a empresa de lançar mensalmente, em títulos próprios de sua
contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o
montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos;
b) deixar a empresa de apresentar ao Instituto Nacional do Seguro Social e à
Secretaria da Receita Federal os documentos que contenham as informações cadastrais,
financeiras e contábeis de interesse dos mesmos, na forma por eles estabelecida, ou os
esclarecimentos necessários à fiscalização;
c) deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia
extrajudicial de exigir documento comprobatório de inexistência de débito, quando da
contratação com o poder público ou no recebimento de benefício ou de incentivo fiscal ou
creditício;
d) deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia
extrajudicial de exigir o documento comprobatório de inexistência de débito, quando da
alienação ou oneração, a qualquer título de bem imóvel ou direito a ele relativo;
e) deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia
extrajudicial de exigir a apresentação do documento comprobatório de inexistência de
débito na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem móvel incorporado ao ativo
permanente da empresa, de valor superior a R$15.904,18 (quinze mil novecentos e quatro
reais e dezoito centavos);
f) deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia
extrajudicial de exigir documento comprobatório de inexistência de débito no registro ou
arquivamento, no órgão próprio, de ato relativo a baixa ou redução de capital de firma
individual, redução de capital social, cisão total ou parcial, transformação ou extinção de
entidade ou sociedade comercial ou civil e transferência de controle de cotas de sociedades
de responsabilidade limitada;
g) deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia
extrajudicial de exigir documento comprobatório de inexistência de débito do proprietário,
pessoa física ou jurídica, de obra de construção civil, quando da averbação de obra no
Registro de Imóveis;
h) deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia
extrajudicial de exigir documento comprobatório de inexistência de débito do incorporador,
quando da averbação de obra no Registro de Imóveis, independentemente do documento
apresentado por ocasião da inscrição do memorial de incorporação;
i) deixar o dirigente da entidade da administração pública direta ou indireta de
consignar as dotações necessárias ao pagamento das contribuições devidas à seguridade
social, de modo a assegurar a sua regular liquidação dentro do exercício;
j) deixar a empresa, o servidor de órgão público da administração direta e
indireta, o segurado da previdência social, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia
extrajudicial, o síndico ou seu representante, o comissário ou o liquidante de empresa em
Iiquidação judicial ou extrajudicial, de exibir os documentos e livros relacionados com as
contribuições previstas neste Regulamento ou apresentá-los sem atender às formalidades
legais exigidas ou contendo informação diversa da realidade ou, ainda, com omissão de
informação verdadeira;
l) deixar a entidade promotora do espetáculo desportivo de efetuar o desconto
da contribuição prevista no § 1º do art. 205;
m) deixar a empresa ou entidade de reter e recolher a contribuição prevista no §
3º do art. 205;
n) deixar a empresa de manter laudo técnico atualizado com referência aos
agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou emitir
documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo; e
(Alínea com redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 30/12/2008)
o) (Revogada pelo Decreto nº 4.882, de 18/11/2003)
§ 1º Considera-se dirigente, para os fins do disposto neste Capítulo, aquele que
tem a competência funcional para decidir a prática ou não do ato que constitua infração à
legislação da seguridade social.
§ 2º A falta de inscrição do segurado sujeita o responsável à multa de R$
1.254,89 (mil, duzentos e cinquenta e quatro reais e oitenta e nove centavos), por segurado
não inscrito. (Parágrafo com redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 30/12/2008)
§ 3º As demais infrações a dispositivos da legislação, para as quais não haja
penalidade expressamente cominada, sujeitam o infrator à multa de R$636,17 (seiscentos e
trinta e seis reais e dezessete centavos).
CAPÍTULO IV
DAS CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES DA PENALIDADE
Art. 290. Constituem circunstâncias agravantes da infração, das quais
dependerá a gradação da multa, ter o infrator:
I - tentado subornar servidor dos órgãos competentes;
II - agido com dolo, fraude ou má-fé;
III - desacatado, no ato da ação fiscal, o agente da fiscalização;
IV - obstado a ação da fiscalização; ou
V - incorrido em reincidência.
Parágrafo único. Caracteriza reincidência a prática de nova infração a
dispositivo da legislação por uma mesma pessoa ou por seu sucessor, dentro de cinco anos
da data em que se tornar irrecorrível administrativamente a decisão condenatória, da data
do pagamento ou da data em que se configurou a revelia, referentes à autuação anterior.
(Parágrafo único com redação dada pelo Decreto nº 6.032, de 1/2/2007)
CAPÍTULO V
DAS CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES DA PENALIDADE
CAPÍTULO VI
DA GRADAÇÃO DAS MULTAS
LIVRO V
DA ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL
TÍTULO I
DO SISTEMA NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL
Art. 294. As ações nas áreas de saúde, previdência social e assistência social,
conforme o disposto no Capítulo II do Título VIII da Constituição Federal, serão
organizadas em Sistema Nacional de Seguridade Social.
Parágrafo único. As áreas de que trata este artigo organizar-se-ão em conselhos
setoriais, com representantes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e
da sociedade civil.
CAPÍTULO ÚNICO
DOS ORGÃOS COLEGIADOS
Seção I
Do Conselho Nacional de Previdência Social
Seção II
Do Conselho de Recursos da Previdência Social
Subseção I
Da Composição
Subseção II
Dos Recursos
Art. 305. Das decisões do INSS nos processos de interesse dos beneficiários
caberá recurso para o CRPS, conforme o disposto neste Regulamento e no regimento
interno do CRPS. (“Caput” do artigo com redação dada pelo Decreto nº 7.126, de
3/3/2010)
§ 1º É de trinta dias o prazo para interposição de recursos e para o oferecimento
de contra-razões, contados da ciência da decisão e da interposição do recurso,
respectivamente. (Parágrafo com redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 9/6/2003)
§ 2º (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/1999)
§ 3º O Instituto Nacional do Seguro Social e a Secretaria da Receita
Previdenciária podem reformar suas decisões, deixando, no caso de reforma favorável ao
interessado, de encaminhar o recurso à instância competente. (Parágrafo com redação
dada pelo Decreto nº 6.032, de 1/2/2007)
§ 4º Se o reconhecimento do direito do interessado ocorrer na fase de instrução
do recurso por ele interposto contra decisão de Junta de Recursos, ainda que de alçada, ou
de Câmara de Julgamento, o processo, acompanhado das razões do novo entendimento,
será encaminhado:
I - à Junta de Recursos, no caso de decisão dela emanada, para fins de reexame
da questão; ou
II - à Câmara de Julgamento, se por ela proferida a decisão, para revisão do
acórdão, na forma que dispuser o seu Regimento Interno.
§ 5º É facultativo o oferecimento de contra-razões pela Secretaria da Receita
Previdenciária. (Parágrafo acrescido pelo Decreto nº 6.032, de 1/2/2007)
Art. 307. A propositura pelo beneficiário de ação judicial que tenha por objeto
idêntico pedido sobre o qual versa o processo administrativo importa renúncia ao direito de
recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso interposto. (Artigo com redação
dada pelo Decreto nº 6.722, de 30/12/2008)
TÍTULO II
DOS CONVÊNIOS, CONTRATOS, CREDENCIAMENTOS E ACORDOS
TÍTULO III
DA DIVULGAÇÃO DOS ATOS E DECISÕES DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 320. O conhecimento das decisões e demais atos dos órgãos do Ministério
da Previdência e Assistência Social deve ser dado mediante publicação no Diário Oficial
da União, boletim de serviço ou outro órgão de divulgação oficialmente reconhecido, ou na
forma do art. 319.
Art. 323. Os atos de que trata este Título serão publicados também no Diário
Oficial da União, quando houver obrigação legal nesse sentido.
Art. 325. Os atos e decisões normativas sobre benefícios dos órgãos e entidades
da previdência social devem ser publicados na íntegra em boletim de serviço da entidade
interessada, só tendo validade depois dessa publicação.
Parágrafo único. Os pareceres somente serão publicados quando aprovados
pelas autoridades competentes e por determinação destas.
TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS RELATIVAS À ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE
SOCIAL
LIVRO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 343. Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de
cumprir as normas de segurança e saúde do trabalho.
Art. 344. Os litígios e medidas cautelares relativos aos acidentes de que trata o
art. 336 serão apreciados:
I - na esfera administrativa, pelos órgãos da previdência social, segundo as
regras e prazos aplicáveis às demais prestações, com prioridade para conclusão; e
II - na via judicial, pela Justiça dos Estados e do Distrito Federal, segundo o rito
sumaríssimo, inclusive durante as férias forenses, mediante petição instruída pela prova de
efetiva notificação do evento à previdência social, através da Comunicação de Acidente de
Trabalho.
Parágrafo único. O procedimento judicial de que trata o inciso II é isento do
pagamento de quaisquer custas e de verbas relativas à sucumbência.
Art. 346. O segurado que sofreu o acidente a que se refere o art. 336 tem
garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na
empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente da percepção
de auxílio-acidente.
Art. 354. O Instituto Nacional do Seguro Social, nas causas em que seja
interessado na condição de autor, réu, assistente ou oponente, gozará das mesmas
prerrogativas e privilégios assegurados à Fazenda Pública, inclusive quanto à
inalienabilidade e impenhorabilidade de seus bens.
§ 1º O Instituto Nacional do Seguro Social é isento do pagamento de custas,
traslados, preparos, certidões, registros, averbações e quaisquer outros emolumentos, nas
causas em que seja interessado na condição de autor, réu, assistente ou oponente, inclusive
nas ações de natureza trabalhista, acidentária e de benefício.
§ 2º O Instituto Nacional do Seguro Social antecipará os honorários periciais
nas ações de acidentes do trabalho.
Art. 356. Nos casos de indenização na forma do art. 122 e da retroação da data
do início das contribuições, conforme o disposto no art. 124, após a homologação do
processo pelo setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social, este deverá ser
encaminhado ao setor de arrecadação e fiscalização, para levantamento e cobrança do
débito.
Art. 361. O Instituto Nacional do Seguro Social poderá concordar com valores
divergentes, para pagamento da dívida objeto de execução fiscal, quando a diferença entre
os cálculos de atualização da dívida por ele elaborados ou levados a efeito pela contadoria
do Juízo e os cálculos apresentados pelo executado for igual ou inferior a cinco por cento.
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se somente a dívidas cuja petição inicial da
execução tenha sido protocolada em Juízo até 31 de março de 1997.
§ 2º A extinção de processos de execução, em decorrência da aplicação do
disposto neste artigo, não implicará condenação em honorários, custas e quaisquer outros
ônus de sucumbência contra o exeqüente, oferecidos ou não embargos à execução, e
acarretará a desistência de eventual recurso que tenha por razão a divergência de valores de
atualização nos limites do percentual referido.
Art. 363. A arrecadação das receitas prevista nos incisos I, II, III, IV e V do
parágrafo único do art. 195, bem como as contribuições incidentes a título de substituição, e
o pagamento dos benefícios da seguridade social serão realizados pela rede bancária ou por
outras formas, nos termos e condições aprovados pelo Conselho Nacional de Previdência
Social. (Artigo com redação dada pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)
Art. 370. O valor dos depósitos recebidos será creditado pela Caixa Econômica
Federal à Subconta da Previdência Social da Conta Única do Tesouro Nacional junto ao
Banco Central do Brasil, no mesmo prazo fixado para recolhimento das contribuições
arrecadadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social.
Art. 372. Pelo recebimento dos depósitos e pela prestação dos demais serviços
previstos nos arts. 369 a 371, a Caixa Econômica Federal será remunerada pela tarifa fixada
pelo Ministro de Estado da Fazenda, na forma do disposto no Decreto nº 2.850, de 27 de
novembro de 1998.
Art. 375. Ficam anistiados, por força do art. 3º da Lei nº 9.476, de 23 de julho
de 1997, os agentes políticos e os dirigentes de órgãos públicos estaduais, do Distrito
Federal ou municipais, a quem foram impostas penalidades pecuniárias pessoais até 24 de
julho de 1997, em decorrência do disposto no art. 289.
Art. 376. A multa de que trata a alínea e do inciso I do art. 283 retroagirá a 16
de abril de 1994, na que for mais favorável.
Art. 380. Fica cancelada, a partir de 1º de abril de 1999, toda e qualquer isenção
de contribuição para a seguridade social concedida, em caráter geral ou especial, em
desacordo com os arts. 206 ou 207.
AN EX OI
RELAÇÃO DAS SITUAÇÕES EM QUE O APOSENTADO POR INVALIDEZ
TERÁ DIREITO À MAJORAÇÃO DE VINTE E CINCO POR CENTO
PREVISTA NO ART. 45 DESTE REGULAMENTO.
1 - Cegueira total.
2 - Perda de nove dedos das mãos ou superior a esta.
3 - Paralisia dos dois membros superiores ou inferiores.
4 - Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível.
5 - Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível.
6 - Perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível.
7 - Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social.
8 - Doença que exija permanência contínua no leito.
9 - Incapacidade permanente para as atividades da vida diária.
A N E X O II
AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO
TRABALHO, CONFORME PREVISTO NO ART. 20 DA LEI Nº 8.213, DE 1991
XX - ALCATRÃO, BREU, BETUME,Processos e operações industriais ou não, em que sejam utilizados alcatrão,
HULHA MINERAL, PARAFINA Ebreu, betume, hulha mineral, parafina e produtos ou resíduos dessas
PRODUTOS OU RESÍDUOS DESSASsubstâncias.
SUBSTÂNCIAS, CAUSADORES DE
EPITELIOMAS PRIMITIVOS DA PELE
FÍSICOS
XXI - RUÍDO E AFECÇÃO AUDITIVA Mineração, construção de túneis, exploração de pedreiras (detonação,
perfuração); engenharia pesada (fundição de ferro, prensa de forja);
trabalho com máquinas que funcionam com potentes motores a combustão;
utilização de máquinas têxteis; testes de reatores de aviões.
XXII - VIBRAÇÕES Indústria metalúrgica, construção naval e automobilística; mineração;
(Afecções dos músculos, tendões, ossos, agricultura (motosserras); instrumentos pneumáticos; ferramentas
articulações, vasos sangüíneos periféricos vibratórias, elétricas e manuais; condução de caminhões e ônibus.
ou dos nervos periféricos)
XXV - MICROORGANISMOS EAgricultura; pecuária; silvicultura; caça (inclusive a caça com armadilhas);
PARASITAS INFECCIOSOS VIVOS Eveterinária; curtume.
SEUS PRODUTOS TÓXICOS Construção; escavação de terra; esgoto; canal de irrigação; mineração.
1. Mycobacterium; vírus hospedadosManipulação e embalagem de carne e pescado.
por artrópodes; cocciclióides; Manipulação de aves confinadas e pássaros.
fungos; histoplasma; leptospira; Trabalho com pêlo, pele ou lã.
ricketsia; bacilo (carbúnculo, Veterinária.
tétano);ancilóstomo; Hospital; laboratórios e outros ambientes envolvidos no tratamento de
tripanossoma; pasteurella. doenças transmissíveis.
2. Ancilóstomo; histoplasma; Trabalhos em condições de temperatura elevada e umidade (cozinhas;
cocciclióides; leptospira; bacilo; ginásios; piscinas; etc.).
sepse.
3. Mycobacterium; brucellas;
estreptococo (erisipela); fungo;
ricketsia; pasteurella.
4. Fungos; bactérias; mixovírus
(doença de Newcastle).
5. Bacilo (carbúnculo) e pasteurella.
6. Bactérias; mycobacteria; brucella;
fungos; leptospira; vírus;
mixovírus; ricketsia; pasteurella.
7. Mycobacteria, vírus; outros
organismos responsáveis por
doenças transmissíveis.
8. Fungos (micose cutânea).
POEIRAS ORGÂNICAS
XXVI - ALGODÃO, LINHO,Trabalhadores nas diversas operações com poeiras provenientes desses
CÂNHAMO, SISAL produtos.
XXVII - AGENTES FÍSICOS,Trabalhadores mais expostos: agrícolas; da construção civil em geral; da
QUÍMICOS OU BIOLÓGICOS, QUEindústria química; de eletrogalvanoplastia; de tinturaria; da indústria de
AFETAM A PELE, NÃOplásticos reforçados com fibra de vidro; da pintura; dos serviços de
CONSIDERADOS EM OUTRASengenharia (óleo de corte ou lubrificante); dos serviços de saúde
RUBRICAS. (medicamentos, anestésicos locais, desinfetantes); do tratamento de gado;
dos açougues.
LISTA A
AGENTES OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL RELACIONADOS
COM A ETIOLOGIA DE DOENÇAS PROFISSIONAIS E DE OUTRAS DOENÇAS
RELACIONADAS COM O TRABALHO
LISTA B
(Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 9/9/2009)
Nota:
1. As doenças e respectivos agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional listados são
exemplificativos e complementares.
LISTA C
(Lista acrescida pelo Decreto nº 6.957, de 9/9/2009)
Nota:
1 - São indicados intervalos de CID-10 em que se reconhece Nexo Técnico Epidemiológico, na forma do § 3o
do art. 337, entre a entidade mórbida e as classes de CNAE indicadas, nelas incluídas todas as subclasses
cujos quatro dígitos iniciais sejam comuns.
ANEXO III
RELAÇÃO DAS SITUAÇÕES QUE DÃO DIREITO AO AUXÍLIO-ACIDENTE
QUADRO Nº 1
Aparelho visual
Situações:
a) acuidade visual, após correção, igual ou inferior a 0,2 no olho acidentado;
b) acuidade visual, após correção, igual ou inferior a 0,5 em ambos os olhos, quando ambos tiverem sido
acidentados;
c) acuidade visual, após correção, igual ou inferior a 0,5 no olho acidentado, quando a do outro olho for igual
a 0,5 ou menos, após correção;
d) lesão da musculatura extrínseca do olho, acarretando paresia ou paralisia;
e) lesão bilateral das vias lacrimais, com ou sem fístulas, ou unilateral com fístula.
NOTA 1 - A acuidade visual restante é avaliada pela escala de Wecker, em décimos, e após a
correção por lentes.
NOTA 2 - A nubécula e o leucoma são analisados em função da redução da acuidade ou do
prejuízo estético que acarretam, de acordo com os quadros respectivos.
QUADRO Nº 2
Aparelho auditivo
TRAUMA ACÚSTICO
a) perda da audição no ouvido acidentado;
b) redução da audição em grau médio ou superior em ambos os ouvidos, quando os dois tiverem sido
acidentados;
c) redução da audição, em grau médio ou superior, no ouvido acidentado, quando a audição do outro estiver
também reduzida em grau médio ou superior.
NOTA 1 - A capacidade auditiva em cada ouvido é avaliada mediante audiometria apenas aérea,
nas freqüências de 500, 1.000, 2.000 e 3.000 Hertz.
NOTA 2 - A redução da audição, em cada ouvido, é avaliada pela média aritmética dos valores, em
decibéis, encontrados nas freqüências de 500, 1.000, 2.000 e 3.000 Hertz, segundo adaptação da classsificação
de Davis & Silvermann, 1970.
Audição normal - até vinte e cinco decibéis.
Redução em grau mínimo - vinte e seis a quarenta decibéis;
Redução em grau médio - quarenta e um a setenta decibéis;
Redução em grau máximo - setenta e um a noventa decibéis;
Perda de audição - mais de noventa decibéis.
QUADRO Nº 3
Aparelho da fonação
Situação:
Perturbação da palavra em grau médio ou máximo, desde que comprovada por métodos clínicos objetivos.
QUADRO Nº 4
Prejuízo estético
Situações:
Prejuízo estético, em grau médio ou máximo, quando atingidos crânios, e/ou face, e/ou pescoço ou perda de
dentes quando há também deformação da arcada dentária que impede o uso de prótese.
NOTA 1 - Só é considerada como prejuízo estético a lesão que determina apreciável modificação
estética do segmento corpóreo atingido, acarretando aspecto desagradável, tendo-se
em conta sexo, idade e profissão do acidentado.
NOTA 2 - A perda anatômica de membro, a redução de movimentos articulares ou a alteração
da capacidade funcional de membro não são considerados como prejuízo estético,
podendo, porém, ser enquadradas, se for o caso, nos quadros respectivos.
QUADRO Nº 5
Perdas de segmentos de membros
Situações:
a) perda de segmento ao nível ou acima do carpo;
b) perda de segmento do primeiro quirodáctilo, desde que atingida a falange proximal; (Alínea com redação
dada pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)
c) perda de segmentos de dois quirodáctilos, desde que atingida a falange proximal em pelo menos um deles;
(Alínea com redação dada pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)
d) perda de segmento do segundo quirodáctilo, desde que atingida a falange proximal; (Alínea com redação
dada pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)
e) perda de segmento de três ou mais falanges, de três ou mais quirodáctilos;
f) perda de segmento ao nível ou acima do tarso;
g) perda de segmento do primeiro pododáctilo, desde que atingida a falange proximal; (Alínea com redação
dada pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)
h) perda de segmento de dois pododáctilos, desde que atingida a falange proximal em ambos; (Alínea com
redação dada pelo Decreto nº 4.032, de 26/11/2001)
i) perda de segmento de três ou mais falanges, de três ou mais pododáctilos.
NOTA: Para efeito de enquadramento, a perda parcial de parte óssea de um segmento equivale
à perda do segmento. A perda parcial de partes moles sem perda de parte óssea do
segmento não é considerada para efeito de enquadramento.
QUADRO Nº 6
Alterações articulares
Situações:
a) redução em grau médio ou superior dos movimentos da mandíbula;
b) redução em grau máximo dos movimentos do segmento cervical da coluna vertebral;
c) redução em grau máximo dos movimentos do segmento lombo-sacro da coluna vertebral;
d) redução em grau médio ou superior dos movimentos das articulações do ombro ou do cotovelo;
e) redução em grau médio ou superior dos movimentos de pronação e/ou de supinação do antebraço;
f) redução em grau máximo dos movimentos do primeiro e/ou do segundo quirodáctilo, desde que atingidas as
articulações metacarpo-falangeana e falange-falangeana;
g) redução em grau médio ou superior dos movimentos das articulações coxo-femural e/ou joelho, e/ou tíbio-
társica.
NOTA 1 - Os graus de redução de movimentos articulares referidos neste quadro são avaliados de acordo com
os seguintes critérios:
Grau máximo: redução acima de dois terços da amplitude normal do movimento da articulação;
Grau médio: redução de mais de um terço e até dois terços da amplitude normal do movimento da articulação;
Grau mínimo: redução de até um terço da amplitude normal do movimento da articulação.
NOTA 2 - A redução de movimentos do cotovelo, de pronação e supinação do antebraço, punho, joelho e
tíbio-társica, secundária a uma fratura de osso longo do membro, consolidada em posição viciosa e com
desvio de eixo, também é enquadrada dentro dos limites estabelecidos.
QUADRO Nº 7
Encurtamento de membro inferior
Situação:
Encurtamento de mais de 4 cm (quatro centímetros).
NOTA: A preexistência de lesão de bacia deve ser considerada quando da avaliação do encurtamento.
QUADRO Nº 8
Redução da força e/ou da capacidade funcional dos membros
Situações:
a) redução da força e/ou da capacidade funcional da mão, do punho, do antebraço ou de todo o membro
superior em grau sofrível ou inferior da classificação de desempenho muscular;
b) redução da força e/ou da capacidade funcional do primeiro quirodáctilo em grau sofrível ou inferior;
c) redução da força e/ou da capacidade funcional do pé, da perna ou de todo o membro inferior em grau
sofrível ou inferior.
NOTA 1 - Esta classificação se aplica a situações decorrentes de comprometimento muscular ou neurológico.
Não se aplica a alterações decorrentes de lesões articulares ou de perdas anatômicas constantes dos quadros
próprios.
NOTA 2 - Na avaliação de redução da força ou da capacidade funcional é utilizada a classificação da carta de
desempenho muscular da The National Foundation for Infantile Paralysis, adotada pelas Sociedades
Internacionais de Ortopedia e Traumatologia, e a seguir transcrita:
Desempenho muscular
Grau 5 - Normal - cem por cento - Amplitude completa de movimento contra a gravidade e contra grande
resistência.
Grau 4 - Bom - setenta e cinco por cento - Amplitude completa de movimento contra a gravidade e contra
alguma resistência.
Grau 3 - Sofrível - cinquenta por cento - Amplitude completa de movimento contra a gravidade sem opor
resistência.
Grau 2 - Pobre - vinte e cinco por cento - Amplitude completa de movimento quando eliminada a gravidade.
Grau 1 - Traços - dez por cento - Evidência de leve contração. Nenhum movimento articular.
Grau 0 (zero) - zero por cento - Nenhuma evidência de contração.
Grau E ou EG - zero por cento - Espasmo ou espasmo grave.
Grau C ou CG - Contratura ou contratura grave.
NOTA - O enquadramento dos casos de grau sofrível ou inferior abrange, na prática, os casos
de redução em que há impossibilidade de movimento contra alguma força de resistência
além da força de gravidade.
QUADRO Nº 9
Outros aparelhos e sistemas
Situações:
a) segmentectomia pulmonar que acarrete redução em grau médio ou superior da capacidade funcional
respiratória; devidamente correlacionada à sua atividade laborativa.
b) perda do segmento do aparelho digestivo cuja localização ou extensão traz repercussões sobre a nutrição e
o estado geral.
ANEXO IV
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES NOCIVOS
TEMPO DE
CÓDIGO AGENTE NOCIVO
EXPOSIÇÃO
AGENTES QUÍMICOS
O que determina o direito ao benefício é a exposição do trabalhador ao agente
nocivo presente no ambiente de trabalho e no processo produtivo, em nível de
concentração superior aos limites de tolerância estabelecidos. (Redação dada pelo
1.0.0 Decreto, nº 3.265, de 29/11/1999)
O rol de agentes nocivos é exaustivo, enquanto que as atividades listadas, nas quais
pode haver a exposição, é exemplificativa. (Redação dada pelo Decreto, nº 3.265,
de 29/11/1999)
ASBESTOS
a) extração, processamento e manipulação de rochas amiantíferas;
b) fabricação de guarnições para freios, embreagens e materiais isolantes contendo
asbestos;
1.0.2 20 ANOS
c) fabricação de produtos de fibrocimento;
d) mistura, cardagem, fiação e tecelagem de fibras de asbestos.
BENZENO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS
a) produção e processamento de benzeno;
b) utilização de benzeno como matéria-prima em sínteses orgânicas e na produção
de derivados;
c) utilização de benzeno como insumo na extração de óleos vegetais e álcoois;
1.0.3 d) utilização de produtos que contenham benzeno, como colas, tintas, vernizes, 25 ANOS
produtos gráficos e solventes;
e) produção e utilização de clorobenzenos e derivados;
f) fabricação e vulcanização de artefatos de borracha;
g) fabricação e recauchutagem de pneumáticos.
DISSULFETO DE CARBONO
a) fabricação e utilização de dissulfeto de carbono;
b) fabricação de viscose e seda artificial (raiom) ;
1.0.11 c) fabricação e emprego de solventes, inseticidas e herbicidas contendo dissulfeto de 25 ANOS
carbono;
d) fabricação de vernizes, resinas, sais de amoníaco, de tetracloreto de carbono, de
vidros óticos e produtos têxteis com uso de dissulfeto de carbono.
IODO
1.0.13 25 ANOS
a) fabricação e emprego industrial do iodo.
MANGANÊS E SEUS COMPOSTOS
a) extração e beneficiamento de minérios de manganês;
b) fabricação de ligas e compostos de manganês;
c) fabricação de pilhas secas e acumuladores;
1.0.14 d) preparação de permanganato de potássio e de corantes; 25 ANOS
e) fabricação de vidros especiais e cerâmicas;
f) utilização de eletrodos contendo manganês;
g) fabricação de tintas e fertilizantes.
MERCÚRIO E SEUS COMPOSTOS
a) extração e utilização de mercúrio e fabricação de seus compostos;
b) fabricação de espoletas com fulminato de mercúrio;
c) fabricação de tintas com pigmento contendo mercúrio;
d) fabricação e manutenção de aparelhos de medição e de laboratório;
e) fabricação de lâmpadas, válvulas eletrônicas e ampolas de raio X;
f) fabricação de minuterias, acumuladores e retificadores de corrente;
1.0.15 g) utilização como agente catalítico e de eletrólise; 25 ANOS
h) douração, prateamento, bronzeamento e estanhagem de espelhos e metais;
i) curtimento e feltragem do couro e conservação da madeira;
j) recuperação do mercúrio;
l) amalgamação do zinco.
m) tratamento a quente de amálgamas de metais;
n) fabricação e aplicação de fungicidas.
SÍLICA LIVRE
a) extração de minérios a céu aberto;
b) beneficiamento e tratamento de produtos minerais geradores de poeiras contendo
sílica livre cristalizada;
c) tratamento, decapagem e limpeza de metais e fosqueamento de vidros com jatos
de areia;
1.0.18 25 ANOS
d) fabricação, processamento, aplicação e recuperação de materiais refratários;
e) fabricação de mós, rebolos e de pós e pastas para polimento;
f) fabricação de vidros e cerâmicas;
g) construção de túneis;
h) desbaste e corte a seco de materiais contendo sílica.
OUTRAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
GRUPO I - ESTIRENO; BUTADIENO-ESTIRENO; ACRILONITRILA; 1-3
BUTADIENO; CLOROPRENO; MERCAPTANOS, n-HEXANO, DIISOCIANATO
DE TOLUENO (TDI); AMINAS AROMÁTICAS
a) fabricação e vulcanização de artefatos de borracha;
b) fabricação e recauchutagem de pneus.
GRUPO II - AMINAS AROMÁTICAS, AMINOBIFENILA, AURAMINA,
AZATIOPRINA, BIS (CLORO METIL) ÉTER, 1-4 BUTANODIOL,
DIMETANOSULFONATO (MILERAN), CICLOFOSFAMIDA,
CLOROAMBUCIL, DIETILESTIL-BESTROL, ACRONITRILA,
NITRONAFTILAMINA 4-DIMETIL-AMINOAZOBENZENO, BENZOPIRENO,
BETA-PROPIOLACTONA, BISCLOROETILETER, BISCLOROMETIL,
CLOROMETILETER, DIANIZIDINA, DICLOROBENZIDINA,
DIETILSULFATO, DIMETILSULFATO, ETILENOAMINA, ETILENOTIUREIA,
FENACETINA, IODETO DE METILA, ETILNITROSURÉIAS, METILENO-
1.0.19 25 ANOS
ORTOCLOROANILINA (MOCA), NITROSAMINA, ORTOTOLUIDINA,
OXIME-TALONA, PROCARBAZINA, PROPANOSULTONA, 1-3-BUTADIENO,
ÓXIDO DE ETILENO, ESTILBENZENO, DIISOCIANATO DE TOLUENO (TDI),
CREOSOTO, 4-AMINODIFENIL, BENZIDINA, BETANAFTILAMINA,
ESTIRENO, 1-CLORO-2, 4 - NITRODIFENIL, 3-POXIPRO-PANO
a) manufatura de magenta (anilina e ortotoluidina);
b) fabricação de fibras sintéticas;
c) sínteses químicas;
d) fabricação da borracha e espumas;
e) fabricação de plásticos;
f ) produção de medicamentos;
g) operações de preservação da madeira com creosoto;
h) esterilização de materiais cirúrgicos.
AGENTES FÍSICOS
2.0.0
Exposição acima dos limites de tolerância especificados ou às atividades descritas.
RUÍDO
a) exposição a Níveis de Exposição Normalizados (NEN) superiores a 85 dB(A).
2.0.1 (Alínea com redação dada pelo Decreto nº 4.882, de 18/11/2003) 25 ANOS
VIBRAÇÕES
2.0.2 25 ANOS
a) trabalhos com perfuratrizes e marteletes pneumáticos.
RADIAÇÕES IONIZANTES
a) extração e beneficiamento de minerais radioativos;
b) atividades em minerações com exposição ao radônio;
c) realização de manutenção e supervisão em unidades de extração, tratamento e
beneficiamento de minerais radioativos com exposição às radiações ionizantes;
2.0.3 d) operações com reatores nucleares ou com fontes radioativas; 25 ANOS
e) trabalhos realizados com exposição aos raios Alfa, Beta, Gama e X, aos nêutrons
e às substâncias radioativas para fins industriais, terapêuticos e diagnósticos;
f) fabricação e manipulação de produtos radioativos;
g) pesquisas e estudos com radiações ionizantes em laboratórios.
TEMPERATURAS ANORMAIS
2.0.4 a) trabalhos com exposição ao calor acima dos limites de tolerância estabelecidos na 25 ANOS
NR-15, da Portaria no 3.214/78.
BIOLÓGICOS
3.0.0
Exposição aos agentes citados unicamente nas atividades relacionadas.
MICROORGANISMOS E PARASITAS INFECTO-CONTAGIOSOS VIVOS E
SUAS TOXINAS (Redação dada pelo Decreto nº 4.882, de 18/11/2003)
a) trabalhos em estabelecimentos de saúde em contato com pacientes portadores de
doenças infecto-contagiosas ou com manuseio de materiais contaminados;
b) trabalhos com animais infectados para tratamento ou para o preparo de soro,
vacinas e outros produtos;
3.0.1 25 ANOS
c) trabalhos em laboratórios de autópsia, de anatomia e anátomo-histologia;
d) trabalho de exumação de corpos e manipulação de resíduos de animais
deteriorados;
e) trabalhos em galerias, fossas e tanques de esgoto;
f) esvaziamento de biodigestores;
g) coleta e industrialização do lixo.
ASSOCIAÇÃO DE AGENTES (Redação dada pelo Decreto nº 4.882, de
18/11/2003)
4.0.0 Nas associações de agentes que estejam acima do nível de tolerância, será
considerado o enquadramento relativo ao que exigir menor tempo de exposição
(Redação dada pelo Decreto nº 4.882, de 18/11/2003)
FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS
4.0.1 a) mineração subterrânea cujas atividades sejam exercidas afastadas das frentes de 20 ANOS
produção.
FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS
4.0.2 a) trabalhos em atividades permanentes no subsolo de minerações subterrâneas em 15 ANOS
frente de produção.
ANEXO V
(Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 2009)
RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO
(CONFORME A CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS)