Conclusao de Modulo Fundaçoes

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TCM – FUNDAÇÕES E SOLOS

LUCAS RODRIGUES GHERARDI- 509242018

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE MÓDULO

...............................................................................................................................
Belo Horizonte
2018
ENIAC ENSINO BÁSICO E SUPERIOR

LUCAS RODRIGUES GHERARDI - 509242018

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE MÓDULO

Trabalho de Conclusão de Módulo Engenharia


Civil da Faculdade ENIAC, apresentado à
disciplina de FUNDAÇÕES E SOLOS

Prof. (Profa.)

Belo Horizonte

2018
Dedico este trabalho de
Conclusão de Módulo primeiramente a
Deus que me permitiu estar aqui,
depois à família por tanto incentivo e
apoio.
Agradeço a todos aqueles que
constantemente vêm me incentivando e
motivando ao desenvolvimento,
primeiramente a Deus por me capacitar
e permitir estar aqui, a minha querida
Mãe que sempre me proporcionou bons
ensinamentos, a minha amada esposa
por estar ao meu lado em todos os
momentos e aos meus queridos filhos.
Porque, assim como a terra faz brotar a
planta e o jardim faz germinar a
semente, assim o Soberano, o
SENHOR, fará nascer a justiça e o
louvor diante de todas as nações.
(Isaías 61.11)
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................. 8,9


2 MAPA CONCEITUAL..........................................................................10
3 PROBLEMATIZAÇÃO................................................................... 11,12
4 OBJETIVO GERAL ........................................................ 13,14,15,16,17
5 OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................... 18
5.1 GEOLOGIA .......................................... 18,19,20,21,22,23,24,25,26,27,28
5.2 TOPOGRAFIA ......................................................28,29,30,31,32,33,34,35
5.3 MECÂNICA DOS SOLOS ......................................................................... 36
5.4 FUNDAÇÕES ............................................................................... 36,37,38
5.5 OBRAS DE TERRA ............................................................................ 38,39
6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES .................................................... 40
7 CONCLUSÃO FINAL ......................................................................... 41
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 42
8

1 INTRODUÇÃO
O projeto estrutural se refere ao dimensionamento das estruturas ( lajes,
vigas, pilares e fundação) que sustentarão a edificação. Com o objetivo de,
basicamente, garantir três fatores fundamentais na construção: Segurança,
economia e durabilidade.
Esse estudo garante uma economia do material utilizado, já que só será
utilizado na obra estritamente o necessário, otimizando os custos além de
maior segurança e durabilidade dos elementos que sustentam a edificação,
evitando trincas, empenamento de portas ou janelas ou mesmo o
desmoronamento do imóvel. O cálculo estrutural facilita futuras manutenções e
reformas.
O Radier é um tipo de fundação rasa, são lajes de concreto armado em
contato direto com o terreno que recebe as cargas oriundas dos pilares e
paredes da superestrutura e descarregam sobre uma grande área do solo.
O solo deve estar rigorosamente nivelado para começar a preparação da
base do Radier. Por isso, a equipe de topografia faz a verificação in loco, e, se
necessário podem apontar ajustes a serem feitos no terreno.
É bastante utilizado para obras de pequeno porte como casas térreas,
sobrados, edificações com baixa carga. Apresenta um baixo custo em relação
as sapatas corridas, por exemplo, o tempo de execução é reduzido, redução na
mão de obra e é indicado para terrenos argilosos.
É uma técnica prática para ser executada que proporciona ao restante
da construção uma plataforma estável. É uma solução aplicável à maioria de
solos pois há distribuição uniforme de carga, o radier admite um solo com
menor resistência do que aquela necessária para fundação em estaca, por
exemplo.
Dependendo das características e da escala do projeto, os radiers
podem ser executados em concreto armado, em concreto reforçado com fibras
ou em concreto protendido.
Na aplicação deste tipo de fundação é mais comum o uso de concreto
protendido. Radiers de concreto armado ou reforçado com fibras, geralmente
são utilizados para construção de casas ou edifícios baixos, com no Maximo
9

quatro ou cinco pavimentos.


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2 MAPA CONCEITUAL

Fundações

Profundas Superficial

Estacas Direta

Pré Moldadas Moldadas In Loco Radier

Aço Concreto
Broca
Tubulões
Estação
Madeira

Strauss Franki

Escavada
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3 PROBLEMATIZAÇÃO

FUNDAÇÃO DIRETA RADIER

Radier é uma fundação Rasa recomendada para solos com baixa


resistência. Para saber qual é a resistência do solo de um terreno é necessário
contratar uma empresa especializada para fazer a análise do solo. A
metodologia de análise de solo mais utilizada é a SPT.
O radier é uma “laje” de concreto armado ou protendido que fica abaixo
da casa e em contato direto com o solo. Neste tipo de fundação o peso (carga)
é distribuído de forma uniforme para o solo. Antes da concretagem, devem ser
feitas as instalações elétricas e hidráulicas que passa por baixo da casa.
Geralmente são as tubulações de esgoto, águas pluviais, entradas de energia e
comunicação (telefone e interfone).
Os arranques, colunas de aço que ficarão com parte das barras de aço
expostas quando o radier ficar pronto, também devem ser posicionados e
fixados ao radier antes da concretagem. Estas barras de aço irão servir
futuramente para fixação das colunas ou pilares da construção.
Recomenda-se a utilização de radier para estruturas com largura,
comprimento e altura semelhante, pois assim, a descarga das cargas de
edificação no solo é mais uniforme, este tipo de fundação é indicado para
edificações de baixas cargas estruturais.
12
13

4 OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem como objetivo principal apresentar como é feita a utilização
da fundação em radier.

RADIER COM CONCRETO ARMADO

No radier com concreto armado a estrutura é composta por telas ou malhas de


aço cobertas com concreto. Esta é a técnica mais utilizada e muito comum em
construções pequenas.

RADIER COM CONCRETO PROTENDIDO

O radier com concreto protendido é muito utilizado em áreas grandes, como


salões de festas e estacionamentos. Esta técnica utiliza uma tela com cabos de
aço coberta com concreto. Depois de aplicado o concreto e antes da secagem
14

completa (cura), os cabos de aço são esticados (tensionados) com um macaco


hidráulico.

Após a secagem completa do concreto, o macaco hidráulico é retirado e


a resistência do concreto é aumentada devido ao tensionamento dos cabos de
aço.

ESCAVAÇÃO

O radier geralmente tem a área meio metro maior que a área da casa, assim a
primeira coisa que você deve observar na sua obra é se a posição onde foi
feita a escavação esta com as medidas iguais ao projeto estrutural
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MANTA IMPERMEABILIZANTE

A manta impermeabilizante, plástica ou asfáltica, deve ser alocada sobre


o solo compactado. Ela é responsável por impedir que as armaduras entrem
em contato com o solo e que a umidade do solo suba pelo concreto
prejudicando a fundação.

Outro ponto importante é verificar se o fundo foi devidamente compactado e se


foram colocadas as tábuas de madeira (caixarias) para delimitação da área.

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E ELÉTRICAS

Verifique se as instalações hidráulicas e elétricas foram feitas conforme


especificados no projeto. Conferir se as tubulações foram fechadas para
impedir a entrada do concreto e outros materiais indesejados.
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POSICIONAMENTO ARMAÇÃO DE AÇO

Tanto as telas de aço, quanto a armadura protendida devem ser posicionadas


após a implantação da manta impermeabilizante.
Após dispor as armaduras ou as telas de aço, são fixadas as colunas de aço do
arranque. Certifique-se que as colunas dos arranques estão perpendiculares
(aprumadas) e no centro da coluna. Novamente as barras de aço não podem
ter contato direto com o solo.
17

CONCRETAGEM

Após posicionar as armações de aço e as caixarias, é colocado o concreto.


Este pode ser comprado pronto ou pode ser feito na obra, durante a aplicação
observe se o concreto está pastoso e homogêneo.
Após a secagem, em cerca de 7 dias, o concreto deverá ter uma cor
homogênea e não possuir furos que permitam ver as estruturas de aço.
No radier protendido, depois de 3 dias, realiza-se a protensão da
armadura. Através de macacos hidráulicos estica-se toda a malha de cabos de
aço da armadura ativa. Depois de 7 dias, os macacos são retirados e a
resistência do radier aumentada com o tensionamento.
18

5 OBJETIVO ESPECÍFICO

5.1 Geologia

Na escolha do melhor tipo de fundação é necessário analisar


primeiramente as questões geotécnicas, geológicas e estruturais, para que
assim seja possível aplicar a melhor técnica de dimensionamento e de
execução.
A capacidade de um solo em receber as cargas transmitidas por uma
fundação ao solo irá depender das tensões admissíveis do mesmo, sendo que
a determinação destas tensões é feita em função de um fator de segurança
global à ruptura ou fatores de segurança frente à deformabilidade excessiva.
Porém, o solo deve apresentar sempre uma tensão admissível maior do que a
tensão aplicada. Segundo a NBR 6122 (ABNT2010) a tensão admissível ou
tensão resistente de projeto deve ser fixada a partir da utilização e
interpretação de um ou mais dos seguintes procedimentos: método
analítico(therzaghi), semi-empírico(SPT) e prova de carga.
O conhecimento geotécnico é importante, pois dependendo dos esforços
recebidos da estrutura, será imprescindível o reforço das camadas de solo e
dods elementos de fundação.
É possível identificar, portanto, um número potencialmente elevado de
variáveis que influenciam o problema de solo-estrutura. Estas variáveis podem
ser os parâmetros de comportamento geotécnico do solo e das condições de
drenagem, bem como as dimensões, rigidez e sistemas de carregamento do
elemento de fundação.
Uma das formas de avaliar a sensibilidade dos modelos de calculo
usualmente empregados nas análises de interação solo-estrutura, é por maio
da realização de análises paramétricas. Nestas análises, o comportamento
tensão-deformação na interação entre solo e placa é interpretado à luz da
variação dos parâmetros de comportamento e propriedades geométricas do
problema.
O objetivo desse trabalho é avaliar a sensibilidade de modelos de
cálculo empregados na análise de interação solo-estrutura às variações das
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propriedades de comportamento do solo e das características dos


carregamentos e das placas de fundação, através de análises paramétricas.

MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DO SOLO

MÉTODOS INDIRETOS

São aqueles em que as determinações das propriedades das camadas do


subsolo são extraídas indiretamente pela medida, seja da sua resistividade
elétrica ou da velocidade de propagação de ondas elásticas. Os índices
medidos mantêm correlações com a natureza geológica dos diversos
horizontes, podendo-se ainda conhecer as suas respectivas profundidades e
espessuras. Incluem-se nessa categoria os métodos geofísicos.

Estes consistem em ensaios de campo que não alteram as propriedades


físicas do material pesquisado, onde se utilizam as feições topográficas,
morfológicas e físicas do terreno. Nesse método o solo é analisado visualmente
através de imagens por sensoriamento remoto e fotos aéreas

OS PRINCIPAIS MÉTODOS SÃO:

Métodos geoelétricos (eletroresistividade, sondagem elétrica vertical,


potencial espontâneo e polarização induzida, radar de penetração no subsolo –
GPR) Métodos sísmicos (sísmica de refração e sísmica de reflexão);

Métodos potenciais (magnetometria e gravimetria).

MÉTODOS GEOELÉTRICOS

Estes métodos envolvem a detecção, na superfície dos terrenos, dos efeitos


produzidos pelo fluxo de corrente elétrica em subsuperfície.

Estes são empregados em:


Determinação da posição e geometria do topo rochoso; Caracterização dos
estratos sedimentares;
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Identificação de zonas de falhas, zonas alteradas, contatos litológicos, entre


outros.

Dentre as principais propriedades elétricas utilizadas na investigação


destaca-se a eletrorresistividade, que diz respeito à dificuldade encontrada pela
corrente elétrica para se propagar num meio qualquer.

Os dados podem ser apresentados de várias formas, como perfis,


seções e plantas de isovalores de resistividade aparente.

A figura abaixo mostra um exemplo de apresentação do resultado


através de mapa onde se identifica através da baixa resistividade uma região
de zona de falhas.

Este método consiste em medir, na superfície terrestre, o parâmetro


resistividade elétrica com o emprego de um arranjo (simétrico ou assimétrico)
de eletrodos de emissão (AB) e de recepção (MN).

A Sondagem Elétrica Vertical é uma técnica utilizada principalmente no


estudo de interfaces horizontais, onde todo o arranjo de eletrodos é expandido
ao redor de um ponto fixo central. Mede a variação vertical da resistividade
elétrica em sub-superfície. Quanto maior o espaçamento dos eletrodos, maior a
profundidade de investigação.

Possui ampla aplicação em estudos geotécnicos e em hidrogeologia.


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Este método pode ser empregado em: construções de grandes obras


civis (barragens, túneis e portos), áreas contaminadas e para construção de
aterros sanitários.

Estudam a investigação da polarização, que pode ser natural


(espontânea) ou induzida. Este último chamado de polarização induzida e útil
para prospecção de cobre, chumbo e zinco.

Este método está relacionado as diferenças de potencial provocadas


pela circulação de correntes elétricas naturais no subsolo. O mesmo é
empregado na determinação das direção e sentido do fluxo dos fluidos
subterrâneos.

O princípio e a geometria do arranjo dos sensores estão na figura


abaixo.

O GPR é um método geofísico de imageamento da subsuperfície que


utiliza pulsos elétricos para gerar ondas eletromagnéticas, na faixa de
VHF/UHF, que são irradiadas por uma antena emissora transportada na
superfície.

As ondas refletidas e difratadas são recebidas por uma antena receptora


localizada na superfície do terreno.

Esta técnica possui amplas aplicações, como localizações de canais


enterrados, estudos arqueológicos e forenses, entre outros, podendo ser
aplicado também em zonas urbanas.
As informações são processadas por meio de softwares especializados, e os
resultados apresentados na forma de um radargrama, muito similar a um
sismograma.
22

Os métodos sísmicos têm por objetivo estudar a distribuição em


profundidade do parâmetro velocidade de propagação das ondas acústicas,
que está relacionado com características físicas do meio geológico, tais como:
densidade, porosidade, química mineralogia e constantes elásticas.

O modo de apresentação dos resultados se dá através das seções


sísmicas. No contexto dos métodos sísmicos, as ondas elásticas (ou sísmicas)
são produzidas artificialmente, por meio da geração de uma frente de onda a
partir de um ponto predeterminado (fonte).

A propagação das ondas é induzida por meio da “injeção” brusca de


alguma forma de energia (mecânica, principalmente) em subsuperfície.

Dois métodos sísmicos são conhecidos: reflexão e refração. Nesses as


informações são processadas por meio de softwares especializados, e os
resultados, apresentados sob a forma de sismogramas ou seções sísmicas.

Baseia-se na captação das ondas que incidem sobre um refletor em


subsuperfície com inclinação menor que o ângulo crítico. Tais ondas são
chamadas de reflexões subcríticas.

Nesta técnica, obtêm-se os tempos de percurso medidos, resultando em


estimativas de profundidade das interfaces das camadas.
23

Exemplo do método de sísmica de reflexão

Baseia-se no registro das ondas sísmicas refratadas nas superfícies de


contato litológico ou outras superfícies. As ondas captadas viajam com
velocidade V2 ao longo da interface dos meios.

Normalmente utilizado para localizar superfícies refratoras, que separam


camadas terrestres de diferentes impedâncias acústicas (velocidades sísmicas
x densidades).

MÉTODOS POTENCIAIS

A Magnetometria é um método que mede a intensidade do campo


magnético terrestre, que sofre influência das rochas em profundidade,
aumentando ou diminuindo o campo, conforme a composição destas rochas e
os contrastes de susceptibilidade magnética existente entre as mesmas.

Em geral, reflete a quantidade de magnetita presente nas rochas.


24

Considera-se um dos métodos geofísicos mais utilizados para


prospecção mineral, devido, principalmente, a rapidez do levantamento. Assim
como na Gravimetria, os resultados da

Magnetometria são apresentados sob a forma de mapas e perfis.

A Gravimetria é um método voltado para o estudo das pequenas


variações locais do campo gravitacional terrestre, gerado pela presença de
rochas com diferentes densidades.

Os levantamentos gravimétricos são realizados em diferentes escalas,


dependendo do objetivo do trabalho e da área de estudo.

Os dados são corrigidos, filtrados e o resultado é apresentado sob a


forma de mapas ou perfis, que são utilizados em mapeamento geológico e em
prospecção mineral.
25

MÉTODOS DIRETOS

Esse método permite a observação direta do subsolo, sua identificação,


classificação e a resistência das suas diversas camadas, através da retirada de
amostras do solo, ao longo de uma perfuração ou medição direta de
propriedades in situ. Compreendem as escavações realizadas com o intuito de
prospectar os maciços, as sondagens mecânicas e os ensaios, com as
sondagens dos materiais ao longo da linha de perfuração descrevem-se
testemunhos, estruturas geológicas e as características geotécnicas dos
materiais.

Podem ser feitas por:

Sondagem SPT também conhecido como sondagem à percussão ou


sondagem de simples reconhecimento, é um processo de exploração e
reconhecimento do subsolo, largamente utilizado na engenharia civil para se
obter subsídios que irão definir o tipo e o dimensionamento das fundações que
servirão de base para uma edificação. A sigla SPT tem origem no inglês
(standard penetration test) e significa ensaio de penetração padrão.

As principais informações obtidas com esse tipo de ensaio são:


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A identificação das diferentes camadas de solo que compõem o subsolo;


A classificação dos solos de cada camada;

O nível do Lençol freático;

A capacidade de carga do solo em várias profundidades.

O ensaio consiste na cravação vertical no solo, de um cilindro


amostrador padrão – Barrilete, através de golpes de um martelo com massa
padronizada de 65 kg, solto em queda livre de uma altura de 75 cm. São
anotados os números de golpes necessários à cravação do amostrador em três
trechos consecutivos de 15 cm sendo que o valor da resistência à penetração
(NSPT) consiste no número de golpes aplicados na cravação dos 30 cm finais.
Após a realização de cada ensaio, o amostrador é retirado do furo e a amostra
é coletada, para posterior classificação que geralmente é feita pelo método
Tátil-visual onde se determina a cor, a textura, a plasticidade e a consistência
ou compacidade do solo.
Ilustração do equipamento

Nesse método simples, rápido e econômico a perfuração utiliza como


instrumento o trado, um tipo de amostrador de solo constituído por lâminas
cortantes, que podem ser compostas por duas peças, de forma convexa (trado
concha) ou única, de forma helicoidal. A sondagem deve ser iniciada com o
trado concha e seu avanço feito até:
27

Atingir a profundidade especificada na programação dos serviços;


Ocorrerem desmoronamentos sucessivos da parte do furo;

O avanço do trado for inferior a 5 cm em 10 min. de operação contínua


de perfuração;

Emprega equipamentos e processos que se mostram capazes de


perfurar materiais impenetráveis para as sondagens à percussão, tais como
rochas, pedras (matacões) ou outros obstáculos encontrados no subsolo,
inclusive concreto. É um método de investigação que consiste no uso de um
conjunto moto mecanizado projetado para a obtenção de amostras de materiais
rochosos, contínuas e com formato cilíndrico, através de ação perfurante dada
basicamente por forças de penetração e rotação que, conjugadas, atuam com
poder cortante. A amostra de rocha obtida é chamada de testemunho, e pode
ser de diversos diâmetros, a ser definido em função da utilização (tipo da obra).

A obtenção de amostras de testemunhos de sondagens rotativas visa não


apenas a identificação da litologia e estruturas geológicas, mas também a
identificação das características geotécnicas dos materiais e das
descontinuidades.

As principais vantagens deste tipo de sondagem são:

Permite perfurações com ângulo de inclinação; Pode atingir grandes


profundidades;

Permite execução de Ensaios de Perda d’Água (EPA) no maciço rochoso;


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São escavações manuais ou feitas por meio de escavadeiras com objetivo de


expor e permitir a direta observação visual do subsolo, com possibilidade de
coleta de amostras indeformadas, além da visualização de estruturas presentes
no solo ou na rocha bem como os horizontes de alteração do dolo e a
profundidade do nível d’água, que também vem a ser o fator limitante para o
avanço da escavação.

Possui um baixo custo, por isso é um método bem vantajoso, além de se


utilizar de ferramentas simples e proporcionar acesso ao local a pé. O poço de
inspeção ou trincheira de inspeção é uma escavação vertical, de seção circular
ou quadrada, com dimensões mínimas suficientes para permitir o acesso de
um observador, objetivando a inspeção visual das paredes e fundo, bem como
a retirada de amostras representativas, deformadas e indeformadas.

Poço de inspeção é a escavação manual de grande diâmetro, geralmente de


rasa profundidade. Seu principal objetivo é a análise das paredes da
escavação em estado natural. Permite também a coleta de amostras com
finalidade de ensaios laboratoriais.

5.2 Topografia

O que é topografia? É a ciência que tem como objetivo representar, no


papel, a configuração de uma porção de terreno com as benfeitorias que estão
em sua superfície. Permite a representação em planta de uma propriedade,
dos detalhes que estão no seu interior (cercas, construções, córregos, vales,
etc).
A topografia divide-se em Altimetria e Planimetria, sendo a Altimetria a técnica
para medir distâncias e ângulos verticais ou diferenças de níveis, que na planta
não podem ser representados, utilizando assim a vista laretal, corte e elevação
para sua representação. Já a Planimetria é a técnica utilizada para medir
ângulos e distâncias horizontais, sendo representada por meio de vistas.
29

Geométrico: É o mais exato dos nivelamentos realizado através de visadas


horizontais com um instrumento chamado nível.
Trigonométrico: Realizado através de teodolitos com visadas com qualquer
inclinação. Mais rápido que o geométrico, porém, menos preciso.
Barométrico: Baseia-se na relação existente entre a pressão atmosférica e a
altitude. Tem pouca precisão, dispensa visibilidade entre os pontos a nivelar,
Utilizam-se aneróides para a determinação da pressão atmosférica no campo.

NIVELAMENTO GEOMÉTRICO

Segundo o IBGE, é o método utilizado nos levantamentos altimétricos de


alta precisão que se desenvolvem ao longo de rodovias e ferrovias. Utilizados
para fins topográficos e geodésicos, a diferença entre estas duas finalidades de
nivelamento geométrico está na precisão (maior no caso do nivelamento para
fins geodésicos) e no instrumento utilizado.

1 - Definição

Nesse tipo de nivelamento os dados são colhidos através de visadas


horizontais. Consiste, portanto, em criar um plano horizontal e determinar as
interseções deste plano com uma série de verticais levantadas nos pontos a
nivelar e em seguida obter a distância vertical destes pontos ao plano de
referência.

2 - Instrumentos Utilizados

a) Nível: Instrumento utilizado para a determinação de níveis horizontais.


30

b) Tripé: Suporte, geralmente de alumínio, onde se apoia o nível.

c) Mira: São réguas graduadas, de madeira ou alumínio, que são


colocadas verticalmente nos pontos a nivelar e nas quais se mede a
intersecção do plano horizontal traçado pelo nível. Sua menor célula gráfica é o
centímetro.

d) Trena: Instrumento utilizado para medir a distância horizontal de um


ponto a outro.
31

Visada: Leitura sobre a mira;


Lance: É a medida direta do desnível entre duas miras verticais;

Seção: É a medida do desnível entre duas referências de nível (RN) e é


obtida pela soma algébrica dos desníveis dos lances.

Linha de nivelamento: É o conjunto de seções entre duas RN chamadas


de principais.

3 - Tipos de Nivelamento

a) Simples: O desnível entre os pontos de interesse é determinado com


apenas uma única instalação do equipamento, ou seja, um único lance.

b) Composto: O desnível entre os pontos será determinado a partir de


vários lances, sendo o desnível final calculado pela somatória dos desníveis de
32

cada lance.

Observação: O nível estacionado em um ponto pode realizar a leitura de


mais de uma mira, tanto em ré quanto em vante.

Por ter sido o tipo de nivelamento utilizado na aula prática de sexta é


que resolvi falar um pouco mais desse tipo de nivelamento. A sala foi dividida
em cinco grupos e cada grupo ficou responsável por um espaço de 80 a 100
metros. Cada grupo fez um nivelamento geométrico simples e depois serão
agrupados todos os resultados formando um nivelamento geométrico
composto. Segue abaixo algumas fotos:
33

Nível e mira

Trena

Conferindo a distância horizontal.


34

O Levantamento Planialtimétrico deve ser feito atendendo as condições


solicitadas num programa de necessidades. Através do LP pode-se determinar
o perfil topográfico do terreno que influi no projeto da obra, podendo-se definir a
futura implantação do corpo da edificação em um só nível,em 2 níveis com
diferença de ½ pé direito, 1 pé direito ou com aproveitamento do subsolo.

LIMPEZA DO TERRENO:

O terreno deve ser limpo previamente. A limpeza consiste em roçar, capinar,


destonar e remover entulhos. Este trabalho pode ser manual ou mecânico.

TIPOS DE LEVANTAMENTOS PLANIALTIMÉTRICOS

Podemos considerar os levantamentos Planialtimétricos em duas situações


distintas: Para obras de médio e grande porte, onde se tem um projeto, feito
por topógrafo com aparelhos (teodolito ou planímetro) e obras de pequeno
porte, onde o levantamento deve ser feito pelo mestre de obra, com mangueira
de nível e assistência do engenheiro responsável. Feito o LP, pode-se traçar o
perfil topográfico do terreno, determinar a cota de implantação adequada e
fazer o projeto da terraplenagem.

IDENTIFICAÇÃO DO LOTE:

Obras de grande porte: topógrafo


Obras de pequeno porte: mestre de obra e engenheiro responsável.
Confrontar as medidas legais com as medidas de fato
. Ex.: 10 x 30m e 9,80 x 29m.
Tomar como referência os piquetes do alinhamento do terreno e a posição do
lote a partir do alinhamento da rua vizinha. Uma situação que costuma dar
controvérsia é identificar um lote no meio de outros dois vazios, fazendo divisa
com obras vizinhas. Por exemplo 3 lotes de 10 m de frente, quando se tem
entre as edificações vizinhas 29 m. Quem ficará com 1 m a menos? Nestes
35

casos é necessário a intervenção de um topógrafo para identificar


perfeitamente o lote, a partir da planta do loteamento aprovada. O
esquadrejamento do terreno se faz a partir de triângulos retângulos (3-4-5 ou 6-
8-10m). Para que a construção seja efetivada como no projeto, este deve ser
feito a partir de medidas tomadas no local (de fato e não legais), inclusive
transportando-se ângulos quando o terreno for irregular.

LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO PARA PEQUENAS OBRAS :

Divide-se o terreno em lotes menores de 10 x 10 m ou 5 x 5 m, dependendo do


terreno ser muito ou pouco acidentado. Com uma mangueira de nível,
considerando-se a RN = 00 na guia do passeio, pode-se cotar um único plano
de corte longitudinal à meia largura do terreno ou cotar também as laterais.
Quantos mais planos de cortes se tiver, maior será a precisão do corte/aterro.
Determinar as cotas cheias a partir dos valores obtidos. Costuma-se fazer
valores múltiplos de 50 cm (ou + depende da precisão desejada), tanto nas
linhas verticais, quanto nas horizontais. Através dos pontos (múltiplos de 50cm)
traça-se as curvas de nível. OBS.: Este levantamento deverá compor o projeto
para aprovação na Prefeitura.
Tomando-se por base o perfil longitudinal passando pela ½ largura, e com a
linha de Implantação, tem-se as áreas de corte e aterro.

5.3 Mecânica dos Solos

A capacidade de carga, ou melhor, a tensão admissível do terreno para


fundações diretas pode ser determinada por vários processos (item 6.1 da
norma); para os casos simples, em que não há dúvida a respeito das
características do solo, a norma apresenta uma tabela com valores indicativos.
Por outro lado, a experiência regional, especialmente a de construções
vizinhas, deve ser sempre um elemento balizador.

A escolha entre sapata corrida ("alicerce") e brocas de fundação, para


pequenas edificações, como residências térreas, dependerá das características
da camada superficial de solo: se mais resistente (compacta/consistente),
utiliza-se a sapata; se menos resistente (fofa/mole), é possível utilizar as
36

brocas, quando o nível de água for profundo e ocorrer solo mais resistente em
profundidade compatível (2 a 5 metros).

5.4 Fundações

Uma definição mais atual, própria para nossos dias, define Radier como
uma laje sobre solo cuja principal finalidade é suportar as cargas aplicadas
através da tensão admissível de suporte do solo(capacidade do solo)
As lajes Radiers ou simplesmente Radiers são lajes de concreto armado em
contato direto com o solo que captam as cargas dos pilares e paredes e
descarregam sobre uma grande área do solo, possui aproximadamente 10 cm
de espessura(poderá ser maior) e é utilizada em obras de pequeno porte, se
limitando a casas térreas, uma vez que para fazer um Radier para uma casa
assobradada este seria inviabilizado pelo aumento da espessura, uma vez que
uma grande vantagem da fundação rasa (direta ou superficial) utilizando o
método construtivo do radier é o baixo custo e a rápida execução

O Radier apresenta vantagens como baixo custo e rapidez na execução,


além de redução de mão de obra comparada a outros tipos de fundação
superficiais ou rasas.

O Brasil não possui uma normativa específica para Radier e que com
esta restrição se dificulta a utilização desse sistema de fundação.

Como se faz uma fundação em Radier

É necessária uma limpeza prévia da superfície do terreno assim como o


nivelamento e compactação. Logo após, coloca-se um lastro de brita para
proteger a ferragem do Radier. Em torno da fundação em Radier coloca-se as
formas de madeira, com largura de 10 a 15 cm aproximadamente, na lateral
fazendo o fechamento da área a ser concretada de acordo com as dimensões
previstas no projeto estrutural ou de fundações.
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Qualquer tubulação hidrossanitária ou elétrica deve ser assentada no


solo sob o Radier com saída através da laje, evitando que sejam feitos futuros
cortes na laje já executada, evitando assim o retrabalho e aumento do custo da
fundação.

Fundação em radier

Economia de fundação em Radier

Custo: redução de custos que chegam à 30%, em comparação aos outros


sistemas de fundação;

Agilidade: Maior velocidade na execução;

Praticidade: redução na mão de obra;

Satisfação: posicionamento das paredes a critério do cliente;

Menos serviço: elimina parte da escavação;elimina baldrame;pode eliminar


praticamente o contrapiso.

Baixo custo em relação a sapatas corridas;

Tempo total da execução de fundações é bem reduzido;

Satisfação: Posicionamento das paredes a critério do cliente, pois após a


construção da laje, as paredes de alvenaria ou não podem ser erguidas em
qualquer lugar sobre a laje, se elimina assim escavações, contra piso e etc.
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Desvantagens da fundação em Radier

O uso desta fundação implica a execução rápida das instalações de todas as


estruturas enterradas como por exemplo as instalações hidro sanitárias

Se for necessário aumentar a resistência do Radier devido as cargas


atuantes na laje, é preciso aumentar o volume de concreto, o que acaba
tornando esse tipo de fundação mais cara, ocasionando maior dificuldade na
execução.

Pode ocorrer várias fissuras já que se trata de uma estrutura de concreto


armado.Planejamento de obra com maior tempo

VÍDEOS DA EXECUÇÃO DO RADIER

https://youtu.be/CMxb6d0RsmM

https://youtu.be/gRdeq_a9Gl0

5.5 Obras de Terra

Existem várias maneiras de se calcular o radier, o mais comum é o


método de Yopanan, onde o radier é considerado uma laje de cabeça para
baixo, essa laje é apoiada nos pilares recebendo como carga a reação do solo
(tensão aplicada ao solo). O cálculo é feito como se fosse uma simples laje,
usando, por exemplo, o método laje, viga e pilar.
Há alguns autores que abordam sobre o caso, porém todos de forma
bastante complexa. Yopanan foi o que mais simplificou essa execução fazendo
com que o radier seja utilizado como uma laje normal- laje, viga, pilar- e assim
realizando seu dimensionamento
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6 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

DESCRIÇÃO Agos. Set. Out. Nov. Dez.

1 – Descrição da Atividade 1

2 – Descrição da Atividade 2

3 – Descrição da Atividade 3

4 – Descrição da Atividade 4
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7 CONCLUSÃO FINAL

Através do presente trabalho posso concluir que a projessão de uma


fundação tipo radier não possui nada de simples, apesar do método
construtivo ser fácil e rápido de ser executado. É uma fundação que
possui diversas vantagens quando uma edificação possui diversas
sapatas, e se há necessidade de distribuir as cargas uniformemente no
solo.

Porém quando analisamos percebemos que é um tipo de fundação que


não suporta grandes cargas que traz ao projetista dúvidas e avaliações
que devem ser feitas para garantir que o projeto tenha uma vida útil
longa.

Apesar de ser ideal para solos moles e argilosos e necessário analisar a


composição geral deste solo, para que os recalques desta fundação no
solo evite trazer problemas a edificação.

Faz-se necessário a avaliação prévia de possíveis agentes patológicos,


pois a melhor forma para que se evite um possível desgaste da
edificação é prevenir a mesma de possíveis agentes já presentes ao
redor da edificação. Por esse motivo é importante a análise correta do
solo.

Após a realização desse trabalho pode-se concluir que as fundações em


geral, são a parte mais importante de uma edificação sendo
acompanhada pela estrutura. O solo, a fundação e a estrutura devem
estar muito bem encaixados e projetados pois qualquer erro pode
comprometer gravemente a edificação.
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REFERÊNCIAS

Livro: Fundações– Dirceu de Alencar Velloso/ Francisco de Resende


Lopes Volume 2-2011

Livro: Fundações e estruturas de contenção- Muni Budhu 2013

NBR 6122 / 2010- Projeto e execução de fundações

Sitehttp://WWW.clubedoconcreto.com.br/2013/07/radier-passo-
passo.html/m=1
NBR-6484- solo sondagens de simples reconhecimento com SPT-
método de ensaio
NBR- 8036- Programação de sondagens simples
Biblioteca online Centro Universitário Eniac, matéria mecânica dos solos,
obras da terra, topografia e fundações.
NBR 6118/2014 projeto de estruturas de concretos.

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