Helices de Aeronaves Vol2
Helices de Aeronaves Vol2
Helices de Aeronaves Vol2
HÉLICES DE AERONAVES
VOLUME I
BMA
CFS
2011
IMPRESSO NA SUBSEÇÃO GRÁFICA DA EEAR
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
HÉLICES DE AERONAVES
Apos
Aposti
tila
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disci
cipl
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inaa Héli
Hélice
cess de Aero
Aerona
nave
vess I,
I, da
Especialidade BMA, do Curso de Formação de Sargentos.
Elabora
Elaborador:
dor: Amandio
Amandio José Melo
Melo de
de Souza
Souza - SO BMA
BMA
GUARATINGUETÁ,
GUARATINGUETÁ, SP
2011
2011 – Escola de Especialistas de Aeronáutica
INTRODUÇÃO
EEAR SSDM
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1.1 CONCEITO
A hélice é um aparelho usado em navios ou aviões para converter potência desenvolvida pelo
motor em uma força útil, chamada empuxo, a qual atua movendo um corpo através de um meio
fluido, tal como a água ou ar. Assim como o aerofólio, a hélice tem a sua teoria aerodinâmica
também baseada na terceira lei de NEWTON e no princípio de BERNOULLI, devido ao seu
perfil e construção semelhante ao aerofólio.
Figura 01
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Figura 02
EEAR SSDM
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Figura 03
2 - HÉLICES DE AVIAÇÃO
2.1 CONCEITO
É um componente mecânico usado para propiciar tração a aeronave, constituída de duas ou mais
pás, que são pequenos aerofólios irregulares, e tem o objetivo de transformar o movimento de
rotação do motor em translação (deslocamento) da aeronave através da massa de ar.
Através dos estudos da aerodinâmica, obteve-se uma hélice que fosse eficiente para os diversos
tipos de aeronaves existentes. As hélices possuem vários tamanhos de acordo com o tipo de
aeronave projetada com diferentes tipos de materiais compostos para obter melhor rendimento.
EEAR SSDM
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Figura 04
Comparando a hélice a um parafuso que possui seus fios de roscas determinados por construção
e avançam igualmente a cada volta em um meio sólido (madeira), a hélice girando na massa de
ar deveria avançar paralela ao eixo do motor, em cada volta completa a mesma distância, sem
recuo (360°).
É à distância que a hélice avança realmente, paralela ao eixo do motor em cada volta completa,
levando consigo o avião. Devida à massa de ar possuir diferentes densidades e poder ser
comprimidas, faz com que a cada giro a hélice tenha uma perda na distância percorrida.
É à distância que equivale a diferença entre o passo teórico e o passo efetivo da hélice
respectivamente. As hélices mais eficientes são aquelas que possuem o mínimo de recuo. Se o
passo efetivo for de 80% do passo geométrico, a eficiência será de 80%.
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Figura 05
A hélice em seu deslocamento tendo como base o ponto de maior deslocamento de uma das pás,
animados pelos movimentos de rotação (em torno de seu eixo) e o de translação (paralelo e ao
longo de seu eixo), descreve através de sua trajetória helicoidal a figura de um cilindro.
Observando-se o cilindro retificado e planificado, podemos notar que o movimento de rotação do
ponto de maior trajetória da pá está representado pela hipotenusa de um dos triângulos e
denomina-se TRAJETÓRIA da hélice. O movimento de translação está representado por uma
linha reta paralela ao eixo do cilindro e chama-se PASSO da hélice, ou seja, à distância que a
hélice avançou em uma volta completa.
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Figura 06
EEAR SSDM
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Figura 07
A hélice geométrica de passo constante nada mais é do que a representação da hélice realizando
um passo, e é demonstrada com o exemplo de dois cilindros concêntricos com raios diferentes.
Quando retificamos e planificamos esses dois cilindros, notamos que, independente do
comprimento dos dois raios, representando dois pontos distintos de uma das pás, cada ponto
descreve a sua trajetória diferente, porém o passo dado será o mesmo.
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Figura 08
3 - NOMENCLATURA BÁSICA
3.1 DEFINIÇÕES
3.1.1 PERFIL DA PÁ
Figura 09
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Figura 10
Figura 11
3.1.4 CORDA DA PÁ
É a linha imaginária que une o bordo de ataque ao bordo de fuga, do aerofólio da pá, em sua
maior extensão.
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Figura 12
É a parte mais curva do aerofólio da pá, onde os filetes de ar se deslocam com maior velocidade.
É a parte mais plana do aerofólio da pá, onde os filetes de ar se deslocam com menor velocidade.
Figura 13
3.1.7 HASTE
HASTE DA PÁ
3.1.8
3.1.8 BASE
BASE DA PÁ
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Figura 13
É uma linha imaginária que passa pelo eixo do motor (centro do cubo da hélice).Esta linha serve
de referência para determinarmos as estações da pá, que definiremos abaixo.
Figura 14
E E AR SSDM
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3.1.11 ESTAÇÕES
ESTAÇÕES DA PÁ
São linhas paralelas sucessivas traçadas a partir da linha básica de referência, com intervalos de
6” (seis polegadas) até a extremidade da pá. Para traça -las, utilizaremos um esquadro móvel em
bancada especial que deve ser específico para cada tipo de hélice.
Figura 15
É uma linha imaginária que parte do centro da face da base da pá no sentido longitudinal, em
toda sua extensão. Ela serve como eixo de rotação nas mudanças angulares e na realização de
medições dimensionais da pá.
Figura 16
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3.1.13 COMPRIMENTO DA PÁ
Figura 17
Figura 18
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16
É o ângulo formado entre a linha da corda da pá, nas várias estações, e a linha vento relativo da
hélice. O vento relativo da hélice é paralelo à trajetória da mesma, que é helicoidal. O ângulo de
ataque considerado como o mais eficiente é o de 2º, aproximadamente.
Figura 19
É o ângulo formado entre a linha da corda da pá, nas várias estações, e a linha do plano de
rotação da hélice (perpendicular ao eixo do motor). O ângulo de incidência é também chamado
de ângulo passo.
Figura 20
EEAR SSDM
17
É a força que ocorre quando a hélice está girando. Está presente tentando arrancar as pás do cubo
ou unidade central.
Figura 21
É a força que tende a inclinar as pontas das pás para frente devido ao empuxo produzido pelas
pás. Esta força se torna presente porque a hélice girando tende a se mover para frente no mesmo
sentido de voo. As pontas das pás, por serem mais finas, mais leves e estarem mais distantes do
conjunto central, inclina-se para frente. A ação dessa força pode ser vista se alguém se colocar
em linha com o plano de rotação da hélice no solo.
Figura 22
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18
É a força que atua em sentido oposto a torção ou força provida pelo motor. Quando as pás
começam a girar, elas imediatamente encontram uma resistência que resulta uma torção no eixo
da hélice em sentido contrário à rotação (torque).
Figura 23
É a força que tende a girar as pás no cubo, fazendo com que o ângulo seja aumentado. O ponto
na corda do aerofólio em que essa força é exercida mais fortemente é conhecido como centro de
pressão. Sob condições normais, este centro está o mais próximo possível do bordo de ataque da
hélice, tentando girar as pás para um ângulo mais alto.
Figura 24
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19
É a força que age tentando girar as pás no cubo, para diminuir seus ângulos. Agindo também no
centro de pressão, sob condições normais, este centro está o mais próximo possível do bordo de
fuga da hélice, tentando girar as pás para um ângulo mais baixo. Em virtude da largura da pá ser
maior que a espessura, a pá tende a alinhar com o plano de rotação.
Figura 25
5 - TIPOS DE HÉLICES
É a hélice de fabricação simples e conjunto inteiriço, geralmente de madeira dura, fibra de vidro
ou alumínio, sem variação angular das pás. A hélice de “ângulo fixo” constitui um sério
problema para a vida útil do motor, na qual depende da massa de ar para o seu melhor
rendimento. Esta massa de ar varia constantemente devido a alguns fatores, como por exemplo:
altitude, temperatura e pressão. Alguns aviões de pequeno porte ainda utilizam este tipo de
hélice.
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Figura 26
É a hélice de fabricação mais complexa com diversas peças móveis que integram o seu conjunto,
geralmente em liga de alumínio, são fabricadas com duas ou mais pás. A hélice de “ângulo
variável”, por ter variação angular das pás, permite um melhor aproveitamento da potência útil
do motor, mantendo a velocidade constante. A maioria dos aviões de pequeno e grande porte
utiliza este tipo de hélice.
Figura 27
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Figura 28
6 – ÂNGULOS DE OPERAÇÃO
6.1 ÂNGULO MÍNIMO
Figura 29
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Figura 30
Figura 31
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É o ângulo utilizado como freio aerodinâmico da aeronave no solo.O piloto aplica o ângulo
reverso nas hélices após a aterrissagem da aeronave ao solo.Antes da aplicação do reverso e não
sendo necessária uma arremetida, as pás que já se encontram em ângulo mínimo, passa em
seguida pelo ângulo zero (nulo) e, continuando, movimenta as pás até o reverso.
Nessa posição de ângulo negativo, a hélice passa a produzir tração negativa, fazendo com que a
massa de ar produzida pela hélice seja deslocada no mesmo sentido do deslocamento da
aeronave. O reverso também pode ser usado para fazer manobras nas pistas e áreas de
estacionamento, e nesta situação, com o avião parado, a massa de ar terá sentido oposto ao
deslocamento.
Figura 32
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24
O ângulo bandeira é uma posição em que as pás ficam aproximadamente 90° com o plano de
rotação da hélice. A hélice em ângulo bandeira, do motor em pane, causará menor esforço e
menor resistência ao avanço (arrasto) da aeronave. A hélice poderá ter pequena rotação que varia
de acordo com o tipo de aeronave e pela distribuição de forças aerodinâmicas nas pás e esta
rotação é denominada RPM de molinagem.
O ângulo bandeira pode ser executado através de comando mecânico, elétrico ou automático,
sendo utilizado em instrução, voo de experiência e em emergência, quando ocorrer pane em um
dos motores (avião bimotor ou quadrimotor) o voo não é comprometido, pois tal situação está
prevista no manual de operação da aeronave, na qual os procedimentos são adotados até a
aterrissagem da aeronave com segurança.
Figura 33
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1.1 - LIGA
É o material metálico constituído por dois ou mais metais, obtido pela fusão de seus
constituintes, e cujas propriedades são satisfatórias para determinados fins.
Figura 01
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Figura 02
OBSERVAÇÃO
Uma mesma hélice não pode possuir pás de ligas diferentes instaladas no seu conjunto. Mas no
mesmo avião, podemos instalar uma hélice equipada com pás de liga dura" e a outra hélice
“
com pás de liga "Standard".Esta observação é válida somente para hélices Hartzell.
Seja por dano ou determinação do fabricante, são feitos cortes nas pás das hélices, mantendo a
sua forma aerodinâmica, prolongando sua vida útil sem causar prejuízo no rendimento da
aeronave durante sua utilização. Dois tipos de cortes são efetuados que veremos a seguir:
O corte reto é aquele em que se modifica somente a seção da pá em que ocorreu dano ou reparo.
Na execução de um corte reto, deveremos usar um gabarito que nos proporcionará um corte
idêntico em todas as pás, porém poderemos utilizar um compasso ajustável no lugar do gabarito,
desde que o trabalho seja feito igualmente em todas as pás.
Veja na figura abaixo, um exemplo de corte reto com a utilização de um gabarito. Note que
devemos escolher uma estação de referência para ajustarmos ao gabarito e veja também o
acabamento da nova ponta. No corte reto apenas é reduzida da hélice o que se necessita cortar,
em relação à pá básica.
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Figura 03
Figura 04
É o corte em que o conjunto das pás de uma hélice sofre quando as pontas das pás devem ser
menos largas que as do corte reto, e os bordos de ataque e de fuga são geralmente em linha reta.
No corte telescópico a redução é feita desde o corte até a estação mais larga, em relação à pá
básica.
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Figura 05
OBSERVAÇÃO
Para a execução deste tipo de corte, além do gabarito para o novo bordo de ataque, também é
utilizado um outro gabarito para conferir o corte e a forma das pontas das pás que devem ficar
dentro das tolerâncias previstas em TO específica. Após a realização dos cortes, as pás devem
receber polimento, pintura e ser balanceadas individualmente e no conjunto da hélice.
As pás estão sujeitas a reparos, devido aos danos causados pelo impacto de partículas em
função do empuxo exercido pela hélice, causando mossas nos bordos das pás.
A corrosão também determina reparo nas pás.
Quaisquer tipos de danos situados nas pontas das pás são extremamente críticos e devem ser
eliminados, por ser esta área a de maior esforço da pá. Concluímos que o reparo se faz
necessário, porque evitaremos fadiga e um possível cisalhamento da pá, aumentando sua vida
útil.
O micrômetro de profundidade ou deflectômetro é utilizado na determinação da profundidade
dos danos nos bordos e faces da hélice.
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Figura 06
É a técnica utilizada para remover os danos deixados em uma pá de liga de alumínio, como:
mossas, cortes, arranhões e etc., e também poderemos utilizar máquina de esmerilhamento
portátil no acabamento da nova ponta da pá após a execução dos cortes reto ou telescópico.
Feita a medida da profundidade do dano (mossa) com o deflectômetro devemos seguir o método
de reparo nos bordos de ataque e fuga das pás. Para a execução desse reparo, utilizaremos limas
e lixas d'água.
Figura 07
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O reparo executado nos bordos da pá sendo (10) dez vezes maior que a profundidade do dano,
reduz a largura da pá na estação do reparo, por isso é necessário que se faça uma medição da pá
para verificar os limites mínimos previstos na TO.
As tolerâncias permissíveis variam de acordo com o tipo de hélice no que diz respeito a material,
tamanho e o emprego utilizado.
As consequências já vista como corrosão e mossas são as principais causas que determinam estes
tipos de reparo
Figura 08
Figura 09
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31
Dando continuidade ao estudo de reparo de pás, veremos agora o método de medição e reparo
nas faces das pás, método este semelhante ao estudado anteriormente, distinguindo-se apenas no
valor de "A", que deve ser 20 vezes a profundidade do dano. Além das ferramentas utilizadas no
item anterior, podemos usar uma lima redonda adaptável a uma furadeira portátil, facilitando o
serviço.
Os reparos nas faces são pouco comuns em Bases, sendo mais empregados em Parques.
Figura 10
Figura 11
OBSERVAÇÃO
Reparos formando uma linha contínua nas faces das pás não são aceitáveis, devendo ser
recolhida e condenada.
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32
É a inspeção realizada no final de cada reparo de pá, quando verificamos se o trabalho executado
está dentro dos limites mínimos permissíveis. Para isso verificaremos as seguintes dimensões:
alinhamento de bordo; alinhamento de face; largura e espessura. Todas estas dimensões estão
especificadas em TO.
É a distância que vai da linha central da pá à face ventral . Esta dimensão é medida após reparos
na face ventral da pá, com o auxílio da carta heliográfica, TO ou publicações técnicas fornecidas
pelo fabricante.
Figura 12
EEAR SSDM
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FERRAMENTAS UTILIZADAS:
É à distância que vai da linha central da pá ao ponto mais extenso do bordo de ataque, na estação
em estudo. Devemos verificar sempre esta dimensão, depois de reparado o bordo de ataque.
Figura 13
FERRAMENTAS UTILIZADAS:
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3.2.3 LARGURA DA PÁ
Distância que vai do bordo de ataque ao bordo de fuga na sua maior extensão. Pode ser
verificada após um corte telescópico ou após a execução de reparos nos bordos.
Figura 14
OBSERVAÇÃO
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3.2.4 ESPESSURA DA PÁ
É à distância que vai da face dorsal à face ventral da pá. Esta dimensão deve ser verificada após
a execução de reparos nas faces.
Figura 15
OBSERVAÇÕES
Todas as inspeções devem ser realizadas com o maior rigor possível, pois a pá, sendo
aprovada após estas inspeções, estará disponível para o uso.
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No serviço de manutenção são feitas inspeções para prevenção do conjunto da hélice quanto a:
desgastes excessivos, mossas e rachaduras, evitando assim possíveis acidentes durante a sua
utilização. Essas inspeções são realizadas de forma programada ou na ocorrência de pane.
Nesta inspeção as peças de material magnetizável da hélice são submetidas a um rigoroso exame
em busca de possíveis rachaduras, principalmente nas áreas críticas, ou seja, nas áreas que
sofrem maior esforço. Após esta inspeção as peças deverão ser desmagnetizadas, evitando
interferências no funcionamento da bússola magnética.
Realizada para determinação de possíveis rachaduras e ou desfolhamentos que por ventura não
foram percebidos a olho nu, podendo ser usado o kit de penetrantes visíveis com luz natural ou o
visível com lâmpada ultravioleta (ZYGLO). Esta inspeção é realizada nos componentes da hélice
de propriedades amagnéticas (principalmente nas pás).
Tem como objetivo eliminar possíveis vibrações que possam vir a existir no conjunto da hélice
após a execução de reparos e demais serviços. Este processo é realizado através da comparação
de uma só pá mestra, que é a mais pesada do conjunto, em relação às demais pás, que receberão
chumbo no orifício cônico até que se igualem ao peso da mestra, no qual chamamos de
balanceamento estático da hélice realizado nos parques. O balanceamento dinâmico é feito com a
hélice na aeronave, variando os procedimentos conforme o tipo de hélice.
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1 – GENERALIDADES
1.1 CONCEITO
Figura 01
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Figura 02
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1.3 DIVISÃO
Para fins de estudo, o governador é dividido em três partes: cabeça, corpo e base.
1.3.1 CABEÇA
Figura 03
1.3.2 CORPO
Figura 04
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1.3.3 BASE
A base acopla o governador ao motor e tem os orifícios de entrada, saída e dreno de óleo.
Figura 05
2.1 NOMENCLATURA
Figura 06
Serve para regular a RPM máxima e também de batente do braço de comando. Cada volta no
parafuso altera-se + 25 RPM.
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Figura 07
Serve para manter o braço de comando na posição de RPM máxima, em caso de rompimento do
cabo de comando da manete de hélice.
Figura 08
Serve para transmitir o movimento angular do braço de comando para a válvula piloto.
Figura 09
2.1.1.5 TAMPA
Figura 10
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Atua como força centrípeta para agir contra a centrífuga dos contrapesos.
Figura 11
Figura 12
Figura 13
EEAR SSDM
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Serve para evitar que a válvula piloto gire junto com o eixo de comando da bomba.
Figura 14
Figura 15
Serve para aliviar a pressão de óleo em excesso (controla a pressão máxima) dentro do
governador.
Figura 16
EEAR SSDM
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Figura 17
Figura 18
2.2 FUNCIONAMENTO
A força centrífuga que atua nos contrapesos do governador é igual à tensão da mola da
velocidade. Nesta circunstância, a válvula piloto veda a entrada de óleo para a hélice, como
também o dreno de óleo para o motor. A pressão de óleo produzida pela bomba de engrenagens
faz um círculo vicioso através da válvula de alívio. Em conseqüência, os ângulos das pás não
mudam e a rotação da hélice permanece constante.
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Figura 19
A força centrífuga que atua nos contrapesos do governador, é maior que a tensão da mola de
velocidade (em virtude de um aumento de rotação), os contrapesos abrem-se, levantando a
válvula piloto. Em conseqüência o dreno de óleo da hélice para o motor é aberto e, ao mesmo
tempo, é fechado o caminho de óleo da bomba de engrenagens para a hélice, fazendo com que os
ângulos das pás aumentem e a rotação da hélice diminua, voltando assim à condição normal.
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Figura 20
A força centrífuga atuando nos contrapesos do governador é menor que a tensão da mola de
velocidade (em virtude de uma queda de rotação), os contrapesos fecham-se, a válvula piloto
desce abrindo o caminho de óleo da bomba de engrenagens para a hélice, ao mesmo tempo fecha
o dreno de óleo da hélice para o motor, em conseqüência, os ângulos das pás diminuem, fazendo
com que a rotação da hélice aumente, voltando assim à rotação normal.
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47
Figura 21
2.3 INSPEÇÕES
2.3.1 VISUAL
Todas as peças devem ser cuidadosamente examinadas para ver se há rachaduras ou danos, em
geral, tais como: rosca danificada, mossas, corrosão e etc.
2.3.2 MAGNÉTICA
Todas as peças destinadas ao teste por partículas magnéticas (magnaflux) devem ser testadas
quando houver suspeita de rachaduras e deve ser desmagnetizada em seguida.
Estes líquidos são utilizados para detectar possíveis rachaduras não visíveis a olho nu.
EEAR SSDM
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1 - GENERALIDADES
1.1 CARACTERÍSTICAS
É uma hélice Hartzell de duas pás metálicas, de ângulo variável e velocidade constante e utiliza
óleo do motor para o seu funcionamento.
Figura 01
O cubo da hélice tem partes de liga de alumínio forjado, sendo sua carcaça em duas seções
unidas por parafusos. O cubo contém o mecanismo de mudança de ângulo e a raiz das pás. O
cilindro hidráulico de mudança de ângulo situa-se à frente do cubo.
EEAR SSDM
49
Na tabela abaixo temos o P/N da hélice discriminado por partes através de letras e números:
O óleo sob pressão, proveniente do governador, atua de modo a levar as pás para o ângulo
máximo (RPM mínima). A distensão da mola mais o Momento de Torção Centrífuga das pás
atuam de modo a levá-las para ângulo mínimo (RPM máxima).
Um batente de ângulo mínimo limita mecanicamente o curso do êmbolo e deve ser ajustado para
as condições de projeto.
O batente de ângulo máximo não é ajustável em aeronave.
Figura 03
EEAR SSDM
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Figura 04
Figura 05
Figura 06
EEAR SSDM
51
Figura 07
O ângulo das pás deve ser verificado em bancada própria e na seção de 30 polegadas.
Para o ângulo mínimo 13º.
Para o ângulo máximo 29º ± 2º.
Figura 07
O ângulo mínimo é de 13º, ajustado através do parafuso localizado na parte superior do cilindro.
A tolerância para o ângulo mínimo é de 0º e a folga entre as pás é de 0,2º. Rosqueando o
parafuso, aumentaremos o ângulo mínimo e desrosqueando o diminuiremos.
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O ângulo máximo é de 29º, ajustado através do tubo piloto. Rosqueando o tubo, diminuiremos o
ângulo máximo e desrosqueando, aumentaremos. A tolerância para o ângulo máximo é de ±2º e
a folga entre pás é de 0,2º.
BATENTE DO ÂNGULO MÁXIMO
Figura 08
O batente do ângulo mínimo (parafuso) da hélice deve ser ajustado (em bancada) para o ângulo
previsto. Em casos excepcionais, se for requerido ajuste, o mesmo poderá ser feito afrouxando o
parafuso de meia volta a fim de obter um aumento de 100 RPM. O ajuste deve ser feito para
obter-se 2650 RPM (50 RPM abaixo da decolagem), com o avião nos calços (durante o ensaio do
motor no solo).
Este batente é normalmente regulado pelo fabricante de acordo com cada aplicação da hélice. Na
eventualidade de ser necessário um reajuste na regulagem poderá ser conseguido através do
parafuso existente no nariz do cilindro. Desrosqueando o parafuso de meia volta, obtém-se em
aumento de cerca de 100 RPM, e rosqueando diminuiremos a RPM.
Figura 09
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A hélice deve estar totalmente engraxada, pintada e montada. O balanceamento estático é feito
colocando-se chapas de aço na parte externa do cubo. Para o equilíbrio horizontal, colocam-se
chapas de aço nas duas metades do cubo, do lado da pá mais leve, de acordo com a T.O. O
balanceamento é feito em oficina especializada, geralmente nos Parques, seguindo normas
específicas para cada tipo de hélice.
Figura 10
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1 - GENERALIDADES
1.1 CARACTERÍSTICAS
É uma hélice HARTZELL para uso em aeronaves acrobáticas, de duas pás metálicas, ângulo
variável e velocidade constante, acionada hidraulicamente (utiliza óleo do motor), com um
sistema de contrapesos.
Figura 01
Possui uma carenagem confeccionada de DURAL CLAD (liga de alumínio), que protege o cubo
contra poeira. O cubo da hélice é feito tão compacto quanto possível. É utilizada para a maioria
das peças liga de alumínio forjado, sendo sua carcaça, em duas seções unidas por parafusos.
O cubo contém internamente o mecanismo de mudanças de ângulo e a raiz das pás. O cilindro
hidráulico que provê a força para a mudança do ângulo está montado na frente do cubo.
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Figura 03
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Figura 04
Figura 05
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2 – VERIFICAÇÃO DE ÂNGULOS
2 .1 AJUSTAGEM DOS ÂNGULOS NA BANCADA
Figura 06
O batente do ângulo mínimo deve ser ajustado para se obter as RPM`s de decolagem (2700
RPM) ou aproximadamente 50 RPM abaixo, durante o funcionamento do motor no solo. Esse
batente é normalmente ajustado pelo fabricante da hélice para cada aplicação. Se houver
necessidade de um reajuste, poderá ser conseguido através do parafuso batente existente no nariz
do cilindro.
Afrouxando o parafuso em meia volta, obtém-se um aumento de 100 RPM e, apertando o
parafuso em meia volta, obtém-se uma diminuição de 100 RPM.
PARAFUSO BATENTE DE ÂNGULO MÍNIMO
Figura 07
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A hélice deve estar totalmente engraxada, pintada e montada. O balanceamento estático é feito
colocando-se chapas de aço na parte externa do cubo. Para o equilíbrio horizontal, colocam-se
chapas de aço nas duas metades do cubo, do lado da pá mais leve, de acordo com a TO. O
balanceamento é feito em oficina especializada, geralmente nos Parques, seguindo normas
específicas para cada tipo de hélice.
Figura 08
ENGRAXADEIRAS
Figura 09
EEAR SSDM
59
ATENÇÃO
A “cremalheira” deve ser instalada na posição acima descrita, a fim de assegurar a indicação
correta das referências para a calagem dos magnetos.
A instalação dos parafusos de fixação da hélice ao flange do motor deve ser feita manualmente
até o encosto total, a fim de evitar danos na gaxeta de vedação da hélice.Após a instalação da
hélice, devemos fazer os testes funcionais no solo, em todos os regimes e inspecionar quanto a
indícios de vazamento de óleo e graxa.Evitar a operação do motor em locais onde, cascalhos ou
pedras possam danificar a pás da hélice.
Figura 09
EEAR SSDM
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CONCLUSÃO
Durante o estudo desta apostila, você aprendeu os princípios básicos de hélice e seus
componentes que lhe será útil na aplicação prática de manutenção.
Dentro destes conhecimentos adquiridos você poderá atingir degraus ainda mais altos na busca
de seus objetivos.
O conhecimento não é perdido mesmo que por algum motivo não utilize de imediato, as
experiências adquiridas são acumuladas e levadas para a vida toda.
Boa sorte na sua nova caminhada.
EEAR SSDM
61
REFERÊNCIAS
EEAR SSDM
62
ANEXO A
AUTO – AVALIAÇÃO
( ) certo ( ) errado
( ) certo ( ) errado
( ) certo ( ) errado
( ) certo ( ) errado
....................................................................................................................................
....................................................................................................................................
....................................................................................................................................
....................................................................................................................................
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
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63
( ) certo ( ) errado
12) A mola de segurança do governador é uma das peças que compõe a cabeça.
( ) certo ( ) errado
13) A pressão do óleo do governador atua de modo a levar as pás para o ângulo mínimo.
( ) certo ( ) errado
( ) certo ( ) errado
( ) certo ( ) errado
18) A hélice HARTZELL, modelo HCC2YK4F / FC8475A24, foi projetada para uso em
aeronaves acrobáticas.
( ) certo ( ) errado
19) A cremalheira deve ser instalada corretamente, a fim de assegurar a indicação correta das
referências para a calagem dos magnetos.
( ) certo ( ) errado
EEAR SSDM