Exp9 Analise Organica Qualitativa Parte I LQO
Exp9 Analise Organica Qualitativa Parte I LQO
Exp9 Analise Organica Qualitativa Parte I LQO
LEITURA RECOMENDADA
Análise sistemática clássica; reatividade de grupos funcionais; reações orgânicas clássicas e seus
mecanismos.
INTRODUÇÃO
A metodologia clássica usada na identificação de amostras orgânicas foi desenvolvida muito depois
da sistemática analítica inorgânica. O primeiro e bem sucedido programa de análise orgânica qualitativa foi
apresentado pelo professor Oliver Kamm, em seu livro texto de 1922.
Embora a química orgânica experimental tenha sofrido uma grande revolução nas últimas décadas
com o desenvolvimento de métodos instrumentais de separação e análise (particularmente cromatografia e
técnicas espectrométricas), o interesse na análise qualitativa clássica permanece, pois constitui método eficaz
para o ensino da disciplina.
Na análise orgânica qualitativa clássica recomenda-se a execução sequencial dos seguintes
procedimentos experimentais:
I. EXAME PRELIMINAR - O exame preliminar pode fornecer muitas informações se levado a cabo
inteligentemente.
Cor - A cor da amostra é muito informativa. Substâncias orgânicas com grupos funcionais conjugados são
coloridas, a intensidade da cor depende da extensão da conjugação. Por exemplo, compostos aromáticos
nitro e nitroso e -dicetonas são amarelos, quinonas e azo-compostos são de cor amarela, laranja ou
vermelha; cetonas e alcenos extensamente conjugados possuem cores que vão do amarelo ao púrpuro.
Substâncias saturadas ou com baixo grau de insaturação são brancas ou pouco coloridas. A cor marrom é
geralmente causada por pequenas impurezas; por exemplo, aminas e fenóis (incolores) tornam-se
rapidamente marrom ou púrpura pela formação de produtos de oxidação.
Chama - O teste de ignição é também bastante informativo. Uma pequena quantidade da amostra (cerca de
50 mg, se sólido, ou uma gota de líquido em espátula ou cadinho) deve ser brandamente aquecida numa
chama. Se sólido, observe a temperatura aproximada de fusão e se há decomposição. A temperatura de
fusão de uma substância é dependente de sua polaridade. Observe a inflamabilidade e a natureza da chama.
A presença de halogênio dificulta ou impede a inflamabilidade. O inconfundível cheiro de dióxido de enxofre
indica a presença de enxofre no composto. Uma chama amarela fuliginosa indica alta insaturação ou elevado
número de carbonos na molécula, mas uma chama amarela não fuliginosa é característica de
hidrocarbonetos alifáticos. Se uma grande quantidade permanece inalterada após a ignição, a amostra
desconhecida é provavelmente um sal metálico.
Pureza - Um ponto de ebulição constante ou um faixa de fusão estreita são indicadores de pureza da
amostra. A cromatografia em camada delgada pode fornecer mais informação sobre a pureza. Purifique a
amostra se necessário (destilação, recristalização ou cromatografia em coluna).
ponto de ebulição. Outras constantes físicas usadas para líquidos, suficientemente características,
particularmente no caso de hidrocarbonetos, éteres e outras classes funcionais pouco reativas, são o índice
de refração e a densidade. A densidade pode servir como critério de pureza de uma amostra, porém, exceto
para substâncias muito inertes, é raramente utilizada nas etapas iniciais de identificação estrutural. O índice
de refração, facilmente medido em amostras líquidas, constitui bom critério de pureza, servindo, às vezes, de
suporte na identificação. O fator de retenção (Rf) e a rotação óptica, quando aplicáveis, devem ser também
considerados.
III. ANÁLISE ELEMENTAR (FUSÃO COM SÓDIO) - A determinação da presença de outros elementos, além
de carbono e hidrogênio, em uma amostra orgânica desconhecida é de enorme significado no processo de
identificação. Heteroátomos como nitrogênio, enxofre e/ou halogênio podem ser detectados pelo teste de
Lassaigne.
O teste consiste na fusão da amostra desconhecida com excesso de sódio metálico, quando átomos
de nitrogênio, enxofre ou halogênios são mineralizados, convertem-se, respectivamente, em cianeto, sulfeto
ou halogeneto de sódio, os quais são detectados mediante ensaios específicos.
IV. TESTE DE SOLUBILIDADE - Muitas informações sobre a natureza da amostra podem ser obtidas
mediante simples testes de solubilidade. A solubilidade dos compostos orgânicos pode ser dividida em duas
categorias principais: a solubilidade decorrente de simples miscibilidade e a solubilidade resultante de uma
reação química, ácido-base, por exemplo.
Na prática, determina-se a solubilidade de uma amostra desconhecida nos solventes que podem
fornecer informações úteis tais como, água, ácido clorídrico diluído, hidróxido de sódio diluído, solução de
bicarbonato de sódio e ácido sulfúrico concentrado e frio. Recomenda-se também a realização de ensaios de
solubilidade em solventes orgânicos, em geral, éter.
Embora úteis na identificação eventual de uma amostra, deve-se ter em mente que os testes de
solubilidade não são infalíveis, posto que muitos casos limítrofes de solubilidade são conhecidos.
VI. PREPARAÇÃO DE DERIVADOS - Após os exames preliminares de identificação, o químico chega a uma
lista de possibilidades estruturais. A etapa seguinte é a confirmação de uma das possibilidades. Na
abordagem clássica, frequentemente, a amostra desconhecida convertida em derivados sólidos, com pontos
de fusão definidos. Os pontos de fusão de dois derivados diferentes, juntamente com o ponto de fusão (ou de
ebulição) e das características organolépticas da amostra desconhecida, muitas vezes são suficientes para
identificá-la completamente. Os livros textos de química orgânica experimental geralmente apresentam
tabelas de pontos de fusão de derivados das substâncias mais comuns.
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Cada grupo funcional apresenta certas reações características, que podem ser usadas para fins de
identificação. Testes qualitativos, de fácil execução, permitem caracterizar determinada funcionalidade
observando-se mudanças físicas provocadas por uma reação química. Algumas mudanças não são
facilmente observáveis, mas ainda úteis em certas circunstâncias. A partir da evidência experimental
acumulada, deduz-se a presença do(s) grupo(s) funcional(ais) na amostra desconhecida. Realizam-se, então,
ensaios por meio de reagentes adequados a uma caracterização mais precisa.
Abaixo enumeramos os mais importantes testes de análise, usados na caracterização dos grupos
funcionais mais comuns. Sugere-se, além disso, a leitura de obras especializadas nas quais são detalhadas
as limitações de cada teste.
ALQUENOS E ALQUINOS
Devido à pronta disponibilidade dos elétrons , as ligações C=C e C≡C sofrem uma série de reações
químicas incomuns em outras classes de substâncias orgânicas. Os testes mais utilizados para a detecção de
ligação C-C múltipla (alquenos e alquinos) em amostras orgânicas são adição de bromo e oxidação com
permanganato (teste de Bayer).
R R'' H2O HO OH
+ MnO4 + MnO2
R R''
R' R''' R' R'''
(solução (precipitado
violeta) marron)
Procedimento: Testar uma pequena porção da amostra (algumas gotas) a ser analisada, sob agitação, com
uma solução aquosa de permanganato de potássio, observando se há descoramento imediato. Uma vez que
o permanganato não é miscível com compostos orgânicos poderá ser adicionado 0,5 mL de éter (dioxano,
THF ou 1,2-dimetoxietano) ou uma pequena quantidade de um catalisador de transferência de fase.
Importante: O íon permanganato é extremamente agressivo, sendo capaz de oxidar quase qualquer
substância orgânica se tempo e temperatura forem adequados. Portanto, o teste só é considerado positivo
para alquenos e alquinos se a reação for instantânea!
T2 » Teste com bromo (Br2/CCl4) - Ligações múltiplas de alquenos e alquinos descoram rapidamente a
solução (avermelhada) de bromo em tetracloreto de carbono, devido à formação de produtos de adição
incolores.
Br R''
R
R R'' R'''
R' Br
R' R'''
Br2 / CCl4
ou
ou (avermelhado)
Br Br
R R'
R R'
Br Br
(incolores)
Procedimento: Adicionar algumas gotas da solução de bromo em tetracloreto de carbono a uma solução da
amostra (algumas gotas) no mesmo solvente (ou diclorometano). O teste é positivo se a descoloração for
imediata.
Importante: Ligações múltiplas eletronicamente deficientes (conjugadas com carbonilas, nitrilas, sulfonas, etc.)
geralmente não reagem, ou o fazem lentamente, nas condições de realização do teste.
HALOGENETOS DE ALQUILA
T3 » Teste com nitrato de prata em etanol - Halogenetos de alquila precipitam halogenetos de prata quanto
tratados com solução de nitrato de prata em etanol. O cátion prata favorece reação por mecanismo SN1,
assim, a reatividade dos halogenetos cresce na ordem: primários secundários terciários.
AgNO3
R X AgX + R ONO 2
A velocidade da reação depende do halogênio envolvido na reação: brometos e iodetos de alquila são
mais reativos do que cloretos, os quais, às vezes, exigem aquecimento para reagir mais rapidamente. Os
halogenetos de arila, vinila e alquinila geralmente não reagem. Os halogenetos de alila (C=C-C-X) e de
benzila apresentam reatividade similar à de halogenetos terciários.
O teste pode ser também usado na especificação do halogênio, já que os halogenetos de prata
possuem colorações diferentes: o cloreto de prata é branco, o brometo é amarelo-pálido, o iodeto é amarelo.
Procedimento: Adicionar uma pequena porção da amostra a ser analisada a 2 mL de nitrato de prata a 2%
em etanol. Se, à temperatura ambiente, não houver precipitação em 5 minutos, aqueça a mistura
cuidadosamente em banho-maria. Observar formação de precipitado e sua coloração. Adicionar ao
precipitado algumas gotas de ácido nítrico a 5% e observar possíveis mudanças.
Importante: Os halogenetos de prata são insolúveis em ácido nítrico a 5%, por outro lado, os carboxilatos (e
alguns outros derivados orgânicos) de prata se solubilizam facilmente.
T4 » Teste do iodeto de sódio em acetona - A solução de iodeto de sódio em acetona pode ser usada para
distinguir halogenetos primários, secundários e terciários. Esse teste complementa o anterior, baseando-se no
fato de que o cloreto e brometo de sódio são praticamente insolúveis em acetona, sendo o iodeto
orgânico formado totalmente solúvel.
NaI / acetona
R X R I + NaX
(X = Cl ou Br) (insolúvel
em acetona)
A reação se dá por mecanismo SN2, assim a reatividade dos halogenetos segue a ordem: primário
secundário terciário.
O ensaio é limitado a cloretos e brometos de alquila. À temperatura ambiente, brometos primários
precipitam o brometo de sódio após cerca de 3 minutos. Brometos secundários e terciários reagem quando
aquecidos alguns minutos a 50ºC. Os cloretos primários e secundários só reagem quando aquecidos a 50ºC.
Os cloretos terciários não reagem.
Procedimento: Colocar em um tubo de ensaio, 1 mL da solução de iodeto de sódio e 2 gotas da amostra (no
caso de sólidos, dissolver cerca de 50 mg em um pequeno volume de acetona). Agitar e deixar em repouso à
temperatura ambiente por 3 minutos. Se não houver formação de precipitado, aquecer a mistura em banho-
maria a 50ºC. Após 6 minutos de aquecimento, resfriar até atingir temperatura ambiente e observar a se
houve formação do precipitado.
Importante: É imprescindível que todo material usado na execução do teste esteja absolutamente seco.
Quando usado, o aquecimento não deve ser excessivo, pois a acetona pode evaporar e o NaI
reaparecer como um sólido.
Um ensaio genérico para verificar a presença de halogênios (alquila, arila ou acila) é o teste de
Beilstein. Aquece-se na chama pouco luminosa de um bico Bunsen, a extremidade de um fio de cobre,
moldada na forma de pequeno anel, até desaparecimento de qualquer coloração verde. O fio é então
arrefecido, um pouco da amostra recolhida na alça e novamente aquecida na borda da chama. Uma chama
verde, característica de sais de cobre, indica a presença de halogênio.
FENÓIS
Os fenóis têm características ácidas, com valores de pKa variando conforme a natureza dos
substituintes. Os principais testes para a caracterização de fenóis baseiam-se em mudanças de cor.
T5 » Teste com hidróxido de sódio - Os fenóis reagem com hidróxido de sódio aquoso, produzindo
soluções de fenóxidos, as quais sofrem fácil oxidação por ar, dando soluções coloridas (geralmente marrons).
Alguns fenóis não se dissolvem facilmente em hidróxido de sódio a 10%, mas o fazem em soluções mais
concentradas.
Procedimento: Adicionar uma pequena quantidade da amostra a ser testada a 1 mL de hidróxido de sódio a
10%. Agitar bem e observar se há desenvolvimento de cor. Caso isto não ocorra, deixar a solução em
repouso por 30 minutos. Se houver precipitação, diluir a solução com 20 mL de água e agitar.
Procedimento: Dissolver cerca uma pequena quantidade de amostra em 1 mL de água. Adicionar 5 gotas da
solução de cloreto férrico a 3% e observar o desenvolvimento de cor (caso a amostra seja insolúvel em água,
dissolver em etanol).
ÁLCOOIS
A identificação dos álcoois primários e secundários é feita com o teste de Jones e com o teste de
Lucas.
T7 » Teste de Jones - O teste de Jones baseia-se na oxidação de álcoois primários e secundários pelo ácido
crômico a ácidos carboxílicos e cetonas, respectivamente. Álcoois terciários não reagem. A oxidação é
acompanhada de formação de precipitado verde do sulfato crômico. O teste de Jones também dá resultado
positivo para aldeídos e/ou fenóis.
H CrO3 OH
H
R OH R O H2SO 4 R O
H CrO3
Procedimento: Dissolver uma pequena quantidade da amostra a ser testada em 10 gotas de acetona pura, e
adicionar com agitação, cerca de 5 gotas da solução de ácido crômico. O aparecimento imediato de um
precipitado verde confirma a presença de álcool primário ou secundário.
Importante: A acetona usada no teste deve ser realmente pura, livre de substâncias oxidáveis. Se
necessário, purificá-la por destilação de pequena quantidade de permanganato de potássio.
T8 » Teste de Lucas - O teste de Lucas consiste na formação de cloretos de alquila por reação de álcoois
com uma solução de cloreto de zinco em ácido clorídrico concentrado.
ZnCl2
ROH + HCl RCl + H 2O
Sob as condições extremamente ácidas do teste, os álcoois geram carbocátions intermediários que reagem
com o íon cloreto. Assim, a reatividade aumenta na ordem: álcool primário secundário terciário alílico
benzílico. O teste de Lucas é muito limitado e indicado somente para álcoois razoavelmente solúveis em
água.
Procedimento: Misturar, em um tubo de ensaio (seco), 2 mL do reagente de Lucas com algumas gotas da
amostra a ser analisada. Observar o tempo gasto para a turvação da solução ou o aparecimento de duas
fases imiscíveis. Os álcoois alílicos, benzílicos e terciários reagem imediatamente. Os álcoois secundários
demoram cerca de 5 minutos para reagir. Se não ocorrer reação em 5 minutos, aquecer cuidadosamente em
banho-maria por 3 minutos. Os álcoois primários não reagem.
ALDEÍDOS E CETONAS
H
H H(R)
(R)H N
+ NH 2 H N
O N R
R O 2N NO 2
O 2N NO 2
2,4-dinitrofenil-hidrazona
Procedimento: Dissolver 1 ou 2 gotas do líquido (ou cerca de 5 mg, se sólido) a ser analisado em cerca de
0,5 mL de etanol e adicionar 5 gotas da solução de 2,4-dinitrofenil-hidrazina. Agitar e deixar em repouso por
15 minutos. Caso não ocorra precipitação, aquecer a mistura ligeiramente e deixar em repouso por mais 15
minutos. Um precipitado amarelo-avermelhado é resultado positivo.
T10 » Teste de Tollens - O teste permite a distinção entre aldeídos e cetonas. Aldeídos reagem com
formação de prata elementar, a qual se deposita como um espelho nas paredes do tubo de ensaio. As
cetonas não reagem.
Procedimento: Dissolver 1 ou 2 gotas (ou cerca de 5 mg, se sólido) da amostra a ser analisada em algumas
gotas de água ou etanol. Adicionar ao reagente de Tollens como preparado abaixo. Caso a reação não ocorra
imediatamente, aquecer levemente o tubo de ensaio em banho-maria. A formação de um precipitado escuro
de prata e/ou a formação de espelho de prata são resultados indicativos da presença de aldeído.
Importante: Outros grupos redutores (hidrazinas, hidroxilaminas, -hidroxi-cetonas) também dão reação
positiva. Recomenda-se usar a quantidade recomendada de amostra; excesso tende a mascarar o
resultado!
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Reagente: O reagente deve ser recém-preparado. Para tanto, em um tubo de ensaio, juntar 1 gota de
hidróxido de sódio a 10% a 2 mL de solução aquosa de AgNO3 a 2%. Em sequência, adicionar, gota a gota,
uma solução diluída (1:1) de NH4OH até dissolução do precipitado de Ag2O (evitar excesso de NH4OH!).
Procedimento: Juntar 1 gota da amostra (ou cerca de 2 mg, se sólida) à uma solução de cerca de 0,01 g de
Purpald em 2 mL de NaOH 1M. Agitar para acelerar a oxidação pelo ar e observar se há desenvolvimento de
cor púrpura intensa.
T11 » Teste do iodofórmio - Substâncias contendo o grupamento CH3CO (grupo acetila) ou CH3CHOH
reagem com solução de iodo em meio fortemente básico, produzindo um precipitado característico de
iodofórmio e um íon carboxilato:
O
R
CH 3
I2 / HO O HO O
R R + CHI3
OH CI3 O
(precipitado
R H amarelo)
CH 3
Procedimento: Adicionar 2 gotas (ou cerca de 5 mg, se sólido) da amostra a ser examinada a 0,5 mL de
solução de NaOH a 10%. Em sequência, adicionar solução de iodo, gota a gota, agitando sempre, até um
ligeiro excesso, evidenciado pela coloração típica do iodo, persistente por 5 minutos. Observar aparecimento
de precipitado amarelo limão de iodofórmio (cheiro característico!). Se não houver reação imediata aquecer
brevemente (não mais que 2 minutos) o tubo de ensaio a 60ºC, adicionando eventualmente mais iodo, caso
ocorra descoloração.
T12 » Teste de Fehling ou Benedict - Os reagentes de Fehling e de Benedict são usados na caracterização
de grupos aldeídos, especialmente em carboidratos (açúcares redutores). Os reagentes contêm o íon cúprico
complexado (azul) em meio básico com o íon tartarato (Fehling) ou citrato (Benedict). Aldeídos reagem com o
cobre II complexado produzindo um carboxilato e precipitando o cobre, como Cu2O (cobre I), de cor marrom-
avermelhada. O reagente de Fehling é usado como um teste qualitativo para a detecção de glicose na urina,
uma indicação de diabetes ou disfunção renal.
O calor O
R + 2Cu 2+ + 5HO R + Cu2O + 3H2O
H O
(precipitado
marron-avermelhado)
Procedimento: Em tubo de ensaio misturar 1 mL de solução de sulfato de cobre (solução A) com 1 mL de
solução de tartarato de sódio e potássio (solução B para o teste de Fehling) ou de citrato de sódio (solução
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C para Benedict). Adicionar 2 a 3 gotas da amostra (ou cerca 0,05 g, se sólido) a ser examinada e aquecer a
mistura à ebulição. A formação de um precipitado vermelho de óxido cuproso indica um resultado positivo.
Reagentes:
Solução A. Sulfato de cobre (CuSO4.5H2O) a 1,7% (Benedict) ou a 7% (Fehling) em água.
Solução B. Tartarato de sódio e potássio (sal de Rochelle) a 34,6% em solução aquosa de NaOH a 10%.
Solução C. Citrato de sódio a 17,3% em solução aquosa de carbonato de sódio a 10%.
ÁCIDOS CARBOXÍLICOS
T13 » Teste de pH - Os ácidos carboxílicos de baixo massa molar são solúveis em água produzindo soluções
de pH < 7. A acidez decorre da ionização:
OH O
R + H2O R + H3O
O O
Procedimento para exame do pH: Se o ácido carboxílico for solúvel em água, testar a solução com papel
indicador de pH. Se insolúvel em água, dissolver uma pequena quantidade da amostra em 1 mL de etanol (ou
metanol) e lentamente adicionar água até a turvação da solução; tornar a solução novamente límpida por
adição de gotas de etanol (ou metanol) e testar o pH com papel indicador.
T13a » Teste com indicador universal de Yamada - Adicionar 5 gotas da solução de indicador de Yamada
a 2 tubos de ensaio, cada um contendo 1 mL de água destilada. A um dos tubos adicionar uma gota (ou
cerca de 2 mg, se sólido) da amostra. Comparar a mudança de cor entre os dois tubos. Coloração de rosa
alaranjado ao vermelho indica substância de caráter ácido.
Reagente: Solução indicador universal de Yamada (cf. J. Chem. Edu. 1937, 14, 274).
Ácidos carboxílicos reagem com formação de íons carboxilato quando tratados com uma base. A
reação com bicarbonato de sódio aquoso a 5% é facilmente evidenciada pelo desprendimento de CO2.
ÉSTERES
T14 » Teste do hidroxamato - Os ésteres de ácidos carboxílicos reagem com a hidroxilamina para formar
ácidos hidroxâmicos, os quais, quando tratados com solução de cloreto férrico, produzem complexos de
coloração violácea.
Cloretos de acila, anidridos e certas amidas podem, também, formar hidroxamatos nas condições usuais de
reação. O teste não é recomendado para compostos portando grupos fenol ou enol, posto que os mesmos
também formam complexos coloridos com cloreto férrico. Assim, é prudente testar a amostra em ensaio
preliminar, utilizando apenas o cloreto férrico.
Procedimento:
Formação do hidroxamato - Tratar cerca de 0,05 g da amostra com 1 mL de solução etanólica 0,5 M de
cloreto de hidroxilamônio e 0,2 mL de hidróxido de sódio a 20%. Aquecer a mistura por alguns minutos à
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ebulição, resfriar e adicionar 2 mL de ácido clorídrico 1M. Se houver turvação, adicionar cerca de 2 mL de
etanol e adicionar 1 a 2 gotas de solução aquosa de cloreto férrico a 5%. Comparar a coloração com a
obtida no teste preliminar! A cor vinho ou violeta indica a presença do grupo éster.
NITROCOMPOSTOS
T15 » Teste com hidróxido ferroso (para substâncias mononitradas) - As substâncias orgânicas que
possuem grupos oxidantes são capazes de oxidar hidróxido ferroso (azul) a hidróxido férrico (marrom). A
reação ocorre principalmente com compostos alifáticos ou aromáticos mononitrados, que são reduzidos a
aminas. Compostos nitrosos, hidroxilaminas, nitratos ou nitritos de alquila e quinonas também podem oxidar o
hidróxido ferroso.
Procedimento. Em tubo de ensaio, adicionar 1,5 mL de uma solução recém-preparada de sulfato ferroso
amoniacal a 5% a uma pequena quantidade da amostra. Adicionar 1 gota de ácido sulfúrico 3M e 1 mL de
solução metanólica de hidróxido de potássio 2M. Arrolhar o tubo (rolha de borracha limpa!), agitar bem e
observar a mudança de cor azul para o marrom. O oxigênio do ar também é capaz de interferir na análise.
Recomenda-se, portanto, o uso de um tubo de ensaio pequeno e a execução de teste em branco para
fins de comparação.
AMINAS
T16 » Teste de pH (cf. T13) - Aminas possuem caráter básico, dissolvendo-se em água com a formação de
íons hidróxido; a solução resultante normalmente apresenta pH > 7.
R3N + H 2O R3NH + HO
Procedimento. Dissolver pequena porção da amostra em água e testar a solução com papel indicador de pH.
No caso de aminas insolúveis em água, dissolvê-las em uma mistura etanol-água.
T16a » Teste com indicador universal de Yamada (cf. T13a) - Adicionar 5 gotas da solução de indicador de
Yamada a 2 tubos de ensaio, cada um contendo 1 mL de água destilada. A um dos tubos adicionar uma
gota (ou cerca de 2 mg, se sólido) da amostra. Comparar a mudança de cor entre os dois tubos. Coloração de
azul a violeta indica substância de caráter básico.
T17 » Teste com ácido nitroso - As aminas primárias alifáticas ou aromáticas reagem com ácido nitroso
para formar íons diazônio. Os sais de diazônio alifáticos são muito instáveis e rapidamente se decompõem
com produção de nitrogênio, álcoois, olefinas e outros produtos derivados de reações via carbocátion e de
acoplamento. Os sais de diazônio aromáticos são razoavelmente estáveis a baixas temperaturas (< 5ºC), mas
reagem com fenóxidos para formar azo-corantes.
Procedimento. Dissolver, em um tubo de ensaio, uma pequena porção da amostra a ser analisada em 2 mL
de ácido clorídrico 2M e esfriar a 0-5ºC em banho de gelo. Adicionar 5 gotas de solução de nitrito de sódio a
20% e observar os resultados.
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I. se houver liberação imediata de gás incolor (nitrogênio) a substância é possivelmente uma amina
alifática primária.
II. se não houver liberação imediata de nitrogênio adicionar ao tubo de ensaio algumas gotas de uma
solução de 0,05g de 2-naftol em 2 mL de hidróxido de sódio 2M. O aparecimento de cor vermelha ou
laranja do azo-corante sugere amina aromática primária.
III. se houver formação de óleo amarelo insolúvel, sem liberação de gás, a substância pode ser uma amina
secundária (alifática ou aromática). Cuidado: o óleo amarelo é uma N-nitrosamina (CANCERÌGENA!).
NaNO2 / HCl
R2NH R 2N NO + H 2O
(N-nitrosamina)
IV. se não houver evidência de reação, a substância pode ser uma amina terciária (alifática ou aromática)
que às vezes precipita da solução ácida como um sal insolúvel.
O aparecimento de coloração amarelada em meio ácido pode também ser indicativo de uma N,N-dialquil-
anilina, a qual reage com ácido nitroso formando o derivado p-nitroso esverdeado, mas que em meio ácido
forma um sal amarelo.
T18 » Teste com p-N,N-dimetilamino-benzaldeído - Este teste é específico para aminas aromáticas
primárias. Baseia-se na reação das mesmas com o p-N,N-dimetilamino-benzaldeído em meio ácido com
formação de iminas (bases de Schiff), as quais possuem coloração laranja avermelhada intensa.
CH3
CH 3
CH3CO2H N
N NH2 CH3
CH3
+ N
O
H
(base de Schiff)
Procedimento. Em placa ou cadinho de porcelana, adicionar uma pequena porção da amostra a ser
analisada e algumas gotas de solução saturada de p-N,N-dimetilaminobenzaldeído em ácido acético glacial.
Intensa coloração laranja avermelhada indica a presença de aminas primárias aromáticas.
AMINOÁCIDOS
T19 » Teste com nihidrina - Todos os aminoácidos que contêm o grupo -amino livre reagem com a
ninidrina, produzindo substâncias de coloração azul-violácea. A prolina e a hidroxiprolina, que possuem o
grupo -amino substituído, fornecem derivados de cor amarela característica.
NH2 O
O O H R _
+ R CO2H CO2
H CO2H _ NH2
O N
_ RCHO
H2O O
O O
O
O O O
+
N _ HO O
2
O O
(azul violáceo)
Procedimento. Adicionar 1 mL de solução aquosa de ninidrina a cerca de 2 mg da amostra a ser testada e
ferver a mistura por 30 segundos. O grupo -aminoácido é confirmado pelo aparecimento de cor azul-
violácea. Quaisquer outras cores (amarelo, laranja, vermelho) constituem resultado negativo.
Os testes acima descritos permitem estabelecer uma lista geral de possibilidades para a identificação
de uma amostra desconhecida. A total identificação por meio da análise orgânica sistemática clássica requer,
frequentemente, a conversão da substância desconhecida em um derivado com propriedades físicas bem
definidas. Se as propriedades físicas do derivado estiverem de acordo com as de um derivado autêntico
pode-se, então, presumir a identidade da amostra.
Caso a lista de possibilidades seja longa, deve-se considerar a preparação de dois ou mais derivados.
Entretanto, é importante também avaliar outras propriedades características da amostra, tais como
densidade, índice de refração, equivalentes de neutralização, peso molecular e rotação óptica (quando
aplicável).
o derivado deve ser facilmente obtido mediante reação que não seja ambígua, com bom rendimento, e
de fácil purificação. Na prática, significa que o derivado deve ser sólido, em virtude da maior facilidade na
manipulação, e do fato que pontos de fusão são mais exatos e mais facilmente determinados do que
pontos de ebulição. O ponto de fusão deve ser, de preferência, entre 50º e 250ºC.
o derivado deve ser preparado, de preferência, por reação geral que, sob as mesmas condições
experimentais, produza um derivado definido com outras possibilidades individuais. Deve-se evitar
reações passíveis de rearranjos ou transformações secundárias.
as propriedades (físico-químicas) dos derivados devem ser acentuadamente diferentes das da amostra
original.
o derivado selecionado, em qualquer exemplo particular, deve ser um que identifique claramente uma
substância entre todas as possibilidades e, assim permita uma escolha inequívoca. Os pontos de fusão
dos derivados a serem comparados devem diferir no mínimo de 5 a 10%.
DERIVADOS DE ÁLCOOIS
O O
O2N O2N
Cl OR
+ ROH
NO2 NO2
D5 » Feniluretanas - Misturar 0,5 mL do álcool (seco!) e 0,5 mL de isocianato de fenila (ou de -naftila) e
aquecer em um banho de água por 5 minutos. Resfriar, adicionar cerca de 6 mL de ligroína (éter de petróleo
de baixa massa molar) e aquecer até a total dissolução, filtrar a quente para remover alguma difeniluréia
eventualmente formada, e resfriar o filtrado em um banho de gelo, atritando o recipiente, para induzir a
cristalização.
H
N C O N OR
C
+ ROH O
DERIVADOS DE FENÓIS
H
O R H
+ N NH2
H2N N NH2
R H(R') (R')H N
O
O
D9 » Benzamidas - Adicionar cerca de 0,5 g de cloreto de benzoíla em pequenas porções, com vigorosa
agitação e resfriamento, a uma mistura de 0,5 mL da amina desconhecida e 1 mL de solução aquosa de
hidróxido de sódio 10%. Após cerca de 10 minutos de agitação, adicionar ácido clorídrico diluído,
cuidadosamente, até pH = 8 (papel de pH). Remover o produto por filtração, lavar exaustivamente com água e
recristalizar de etanol-água.
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D10 » Acetamidas - Refluxar cerca de 0,5 mL da amostra desconhecida com 0,4 mL de anidrido acético por
5 minutos. Resfriar e diluir a mistura reacional com 5 mL de água. Iniciar a cristalização por atrito, se
necessário. Remover os cristais por filtração e lavar, exaustivamente, com ácido clorídrico diluído para
remover alguma amina residual. Recristalizar o derivado de etanol-água. Aminas de baixa basicidade, e.g., p-
nitroanilina, devem ser refluxadas por 30 a 60 minutos em 2 mL de piridina como solvente. A piridina deve ser
removida por agitação da mistura reacional com 10 mL de solução de ácido sulfúrico 2% e o produto isolado
por filtração e recristalização.
D11 » Alquilação com iodeto de metila - Refluxar 0,3 mL da amina e 0,3 mL de iodeto de metila por 5
minutos em um banho-maria (Cuidado! O ponto de ebulição do CH3I é 42ºC. Execute a operação na
capela). Resfriar, atritar para induzir a cristalização e recristalizar o produto de etanol ou acetato de etila.
DERIVADOS DE NITROCOMPOSTOS
D13 » Anilidas e p-metil-anilidas - Em um balão acoplado a condensador, refluxar uma mistura do ácido
(0,5 g) e cloreto de tionila (2 mL). Resfriar a mistura reacional e adicionar 1 g de anilina ou p-toluidina em 30
mL de benzeno (Cuidado! Use a capela, o benzeno é um agente cancerígeno e o cloreto de tionila é
irritante). Aquecer a mistura em um banho-maria por 2 minutos, transferir a solução para um funil de
separação e lavar, sucessivamente, com porções de 5 mL de água, ácido clorídrico 5%, hidróxido de sódio
5% e água. Secar a fase orgânica com sulfato de sódio anidro e evaporar o benzeno. Recristalizar o resíduo
de água ou etanol-água.
D14 » Amidas - Refluxar uma mistura do ácido (0,5 g) e cloreto de tionila (2 mL) durante 30 minutos (Use a
capela, cloreto de tionila é irritante!). Após esse tempo, deixar a mistura reacional resfriar e, com pipeta
Pasteur, transferir o cloreto de acila para um frasco Erlenmeyer contendo 7 mL de amônia concentrada,
mantida em banho de gelo. Agitar até que a reação se complete, coletar o produto por filtração a vácuo, e
recristalizar de água ou etanol-água.
D15 » Ácidos - Refluxar 0,2 mL do cloreto de ácido ou anidrido com 5 mL de uma solução de carbonato de
sódio 5% por, pelo menos, 20 minutos. Extrair o material de partida que não reagiu com 5 mL de éter, se
necessário. Acidificar a mistura reacional com ácido sulfúrico diluído para liberar o ácido carboxílico.
D16 » Amidas - Misturar, com agitação, 0,5 g do composto desconhecido com 7 mL de amônia concentrada
(resfriada em banho de gelo). Quando a reação estiver terminada, recolher o produto por filtração e
recristalizar de água ou etanol-água.
D17 » Anilidas - Refluxar 0,2 g do cloreto de ácido ou anidrido com 0,5 g de anilina em 10 mL de benzeno
(Cuidado!) por 10 minutos. Transferir a solução para um funil de separação e lavar, sucessivamente, com
porções de 5 mL de água, ácido clorídrico 5%, hidróxido de sódio 5% e água. Secar a fase orgânica com
sulfato de sódio anidro e evaporar. Recristalizar a anilida de água ou etanol-água.
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PARTE EXPERIMENTAL
CARACTERIZAÇÃO DE COMPOSTOS ORGÂNICOS POR TESTES DE GRUPOS FUNCIONAIS
ATENÇÃO: Escolha de forma racional um grupo de amostras. Antes de submeter a(s) amostra(s) aos
testes recomendados, realize o Exame Preliminar. Use apenas as quantidades recomendadas de
reagentes e amostra, e evite ensaios desnecessários, reduzindo-se assim o gasto de material, a perda
de tempo e possibilidades de erro.
Os resíduos aquosos poderão ser descartados na pia com água corrente ou em frascos para resíduos
conforme indicado pelo instrutor.
Todas as misturas contendo solventes e reagentes orgânicos deverão ser acondicionadas em frascos de
deposição de resíduos próprios, conforme indicado pelo instrutor.
Reservar os sólidos obtidos após a purificação para utilização como insumo em futuros experimentos.
Discussão:
1. Tabelar os resultados dos testes e, em cada caso, interpretar a reatividade relativa dos vários membros da
série de amostras escolhidas (explicar os resultados sucintamente). Descrever a reação química
envolvida nos casos de teste positivo.
2. Os testes químicos de identificação de halogenetos de alquila tanto servem para evidenciar a presença de
halogênio (cloro, bromo ou iodo) como para decidir se o composto em questão é um halogeneto primário,
secundário, terciário ou de arila (vinila). Que argumentos suportam a afirmação de que o teste de iodeto
de sódio em acetona (T4) se processa por um mecanismo SN2, enquanto que o teste de nitrato de prata
(T3) ocorre por um mecanismo SN1?
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3. Colocar os compostos abaixo em ordem crescente de reatividade frente a um ataque nucleofílico. Justificar
a sua resposta.
O O O O O O
R Cl R OR R NR2 R O R Ar Cl
a)
I II III IV V
O O
O
b)
I II III
4. (Enade 2001) O grupo aldeído da glicose forma um hemiacetal através da reação intramolecular entre a
hidroxila ligada ao quinto carbono da cadeia linear e a carbonila. Desta forma, este carbono se torna um
novo centro de assimetria (carbono anomérico). Açúcares com átomos de carbono anomérico livre são
conhecidos como açúcares redutores, pois são capazes de reduzir alguns íons metálicos tais como Ag+ e
Cu+. Considere as representações estruturais da sacarose, da maltose e da celobiose.
5. (Enade 2002) Considere o esquema abaixo que apresenta duas propostas de rotas para a reação de
aldeídos com a semicarbazida.
O
Sítio I Sítio II
R
N N NH2 + H 2O
O
H H
O
H 2N N NH2 + Estrutura X
R H
H
Semicarbazida O
R
H 2N N N + H 2O
H H
Estrutura Y
A partir da análise da reatividade dos sítios I e II da semicarbazida é correto afirmar que o produto obtido
corresponde à estrutura:
(a) X, pois o sítio I é menos básico e mais nucleofílico.
(b) X, pois o sítio I é mais básico e mais nucleofílico.
(c) X, pois o sítio I é mais básico e menos nucleofílico.
(d) Y, pois o sítio II é mais básico e mais nucleofílico.
(e) Y, pois o sítio II é menos básico e menos nucleofílico.