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Cada vez há mais modelos de telemóveis. O facto de se ter um telemóvel deixou de ser um sinal de
importância social. Hoje em dia são as características, o formato e o peso, por exemplo, os factores
determinantes para a diferenciação social. O telemóvel deixou de ser usado apenas para conversas
telefónicas. Hoje em dia podemos enviar e-mails, tirar fotografias ou aceder à Internet a partir de um
telemóvel. Estes aparelhos estão cada vez mais associados aos computadores, o que se traduz numa
natural convergência das telecomunicações.
ACTIVIDADE 1
Encontre na seguinte sopa de letras 14 palavras relativas a funcionalidades presentes nos telemóveis
(pintando os respectivos quadrados – uma cor para cada palavra) e registe-as na coluna da direita.
I O P E O R S G L S O G O J FUNCIONALIDADES
N N Z F I B E N A V G H E Z
T O T G D R I L H O R S M C
R T S E A V L A O V N H M E
A A R L R A D S E G R A S R
G S E T A N I F E T I S G A
J J M R E I E O D G C O L R
L T J G A R I T O P B E S O
A R A R X E G O Z T H U Q D
C E T T U G R G T E I P E A
I I D E S P E R T A D O R L
S B M H M D U A M U N U I U
U N S P S V G F U J L F X C
M O A T F A E I G M M E B L
U V I D E O Q A R N L S N A
P L E A H R O S R E V N O C
ACTIVIDADE 2
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ESCOLA SECUNDÁRIA DE
CALDAS DAS TAIPAS
Deixem-se de conversa
Marcar um número e ligar a um amigo, enviar mensagens por SMS, tirar fotos e enviá-las são gestos
triviais do quotidiano. Mas a banalidade destas acções pode ser posta em causa com a recente pesquisa de
uma equipa de cientistas suecos liderada pelo neurocirurgião Leif Salford.
Este médico, que se tem dedicado a um estudo profundo dos telemóveis e dos seus efeitos no sistema
nervoso, chegou a uma conclusão alarmante. As radiações electromagnéticas produzidas por estes
aparelhos - que não são propriamente novidade, ao contrário das possíveis consequências sobre o cérebro
- podem matar os neurónios. O estudo será publicado em Abril nos EUA, no jornal National Institute of
Environmental Health Sciences, e promete dar brado.
A provar-se tal hipótese, muitos afirmam que os processos judiciais em torno dos telemóveis serão, num
futuro próximo, tão abundantes quanto as acções movidas devido
ao consumo, activo ou passivo, de tabaco.
A experiência de Salford - que estuda esta questão desde 1992 -
foi desenvolvida em ratos e centrou-se na chamada barreira
hemato-encefálica, situada no cérebro, cuja função consiste em
seleccionar e separar moléculas, proteínas e outros elementos
daquele órgão. Esta barreira funciona como filtro e a acção das
radiações dos telemóveis sobre ela pode, segundo Salford, ser
nefasta na medida em que a rompe, permitindo a entrada de
substâncias nocivas ao cérebro. Elementos como a albumina, a
partir do momento em que ultrapassem esta barreira, podem
danificar os neurónios.
Para José Maria Bravo Marques, director do serviço de
Neurologia do Instituto Português de Oncologia, poderemos estar
perante novos dados na pesquisa das radiações dos telemóveis, pois
até agora «não há nenhum estudo documentado que prove a
relação das radiações electromagnéticas», com problemas
oncológicos. Será necessário construir novos grupos de trabalho
para reproduzir e tentar confirmar a pesquisa de Leif Salford .
Os operadores, por seu lado, mantêm-se atentos a toda a
legislação nova sobre a matéria e remetem para os níveis mínimos sugeridos pelos padrões europeus. A
norma actual estipula um limite de exposição a campos electromagnéticos em 300 ghz e foi determinada
na sequência das polémicas sobre espaços mais adequados para a instalação de antenas de telemóveis.
Mas os problemas não acabam aqui. As recomendações da praxe - não estar muito tempo em contacto
com o aparelho, afastá-lo dos órgãos vitais como o coração e o cérebro, entre outras - também não
parecem dar certezas absolutas de segurança. No entanto, segundo Isabel Ramos, presidente da Sociedade
Portuguesa de Radiologia, a questão está em «medir a relação entre os benefícios e os malefícios das
radiações». Os especialistas é que devem determinar esse nível, tendo em conta que vale a pena utilizá-las
quando as vantagens superam os constrangimentos. Neste caso, o que se ganhou com os avanços nas
telecomunicações faz esquecer qualquer mal que daí advenha.
Contudo, devemos ter em conta um princípio: o uso dos telemóveis deve ser moderado, principalmente
entre os mais jovens, cujas células têm menos defesas contra as radiações.
São eles, acima de tudo, quem se deve deixar de conversa fiada.
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CALDAS DAS TAIPAS
4. No último parágrafo, o autor refere que “o uso dos telemóveis deve ser moderado, principalmente entre
os jovens”.
4.1.Está de acordo com esta opinião? Justifique.
ACTIVIDADE 2
:S estou a :-))))! vou @t! É como quem diz "Duhh, estou a rir às gargalhadas! Vou mandar-te um
mail!”. Para entender os adolescentes, é preciso um dicionário de ‘internetês’
Antes, quando não queríamos que os nossos pais entendessem aquilo que dizíamos aos nossos
irmãos ou amigos, falávamos na “língua dos pês”. Hoje, os adolescentes, mas também os utilizadores
habituais de chats, do Messenger, do e-mail ou dos SMS usam palavras e símbolos que só os seus usuários
conseguem decifrar. Pais e, sobretudo, professores de português, ficam com os cabelos em pé. “Muitas
vezes, na escola, nas composições ou nos testes, os alunos escrevem como se estivessem a conversar com
os amigos em suportes digitais. Ora isso é inconcebível”, indigna-se Conceição Araújo, professor de
Português da Escola Básica Integrada EB 2, 3, de Tondela.
Os miúdos defendem-se: “Não usamos esta linguagem apenas para conversarmos sem sermos
entendidos. Fazemo-lo, sobretudo, para encurtarmos as palavras. Usando símbolos ou abreviaturas
conversamos muito mais rapidamente. Além disso, no telemóvel conseguimos não gastar tanto dinheiro em
mensagens”, diz Sandra Faria, 16 anos, que além de gastar 50 euros por mês em telemóvel é utilizadora
permanente do Messenger.
O linguista José Pedro Machado relembra que “a base de qualquer língua é o seu uso”. E acrescenta
que “as abreviaturas são utilizadas há muito tempo, até para designar instituições”. E dá exemplos: “É
comum falarmos em UNESCO, ONU, UE, em vez de usarmos a sua designação completa.” Ora, o ‘internetês’
– neologismo para designar a linguagem utilizada no meio virtual, em que as palavras são abreviadas até ao
ponto de se transformarem numa única expressão – é muito semelhante. “Convém lembrar que na Idade
Média se usavam mais abreviaturas do que hoje”, refere o linguista.
Escrita banalizada
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Estudiosos como Eduardo Martins vêem com reservas o uso desta linguagem: “A aprendizagem da
escrita depende da memória visual. Muita gente escreve uma palavra quando quer lembrar a sua grafia. Se
bombardearmos as pessoas com diferentes grafias, sobretudo as crianças ou os jovens ainda em formação,
estamos a criar-lhes dúvidas – e, possivelmente, muitos até aprenderão a escrever de forma errada.” Apesar
de tudo, o investigador encontra neste tipo de comunicação uma vantagem: “Pessoas de diferentes países e
de diferentes culturas conseguem entender-se, transformando-se os códigos em linguagem universais.”
Este tipo de escrita está de tal forma banalizado pelas gerações mais novas que existe já um
“Dicionário da Linguagem da Internet e do Telemóvel”. Criado por Joviana Benedito, professora aposentada
do ensino secundário e autora de vários livros sobre a língua e a Internet, nele se esclarecem os significados
dos vários símbolos (veja alguns exemplos na coluna ao lado). A autora deste dicionário diz que “as
mensagens são cada vez mais curtas e ilustradas com carinhas (smileys e emoticons) para serem tão
expressivas quanto o sentimento e o desejo que as anima”.
Filipe Santos Ferreira, 21 anos, é fã desta linguagem simplificada. “Uso e abuso destes símbolos, troco
centenas de mensagens por dia, quer com amigos quer com colegas na minha vida profissional – e nunca
dei por mim, quando tenho que escrever uma carta ou fazer um currículo, a dar erros de ortografia ou a
transpor esses símbolos.” A trabalhar na área do marketing há ano e meio, Filipe diz que os seus colegas
trocam recados quase sempre assim. “Até a minha mãe já começou a enviar-me mensagens em código pelo
telemóvel ou através do Messenger. Só ainda não consegue escrever sem olhar para o teclado, como eu.”
in Expresso,31 de Dezembro de 2009
4. Axu incrvl cm extm poucx reflexoex sbr ixt! E 1a vrgnh vr akl k s paxa hj em dia...Ja alg leu 1a sms de
kk adulxcnt? Cnxguiram prcxbr alg? Ng prcxb nd! E impxvl prcxbr alg koixa....N xei x akl e 1 codigu pa k
n x percba, ms e 1a vrgnh... N xera 9da10 x kk dia rxpndrm aux txtx axm. Eu axo vrgnhs...Imagnm x eu
excrvxe axm ax prgntx dx trblhx??
ACTIVIDADE 3
FICHA INFORMATIVA
A G P Outras possibilidades de
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Carta:
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Notas à margem:
Receita de cozinha:
Acta:
ACTIVIDADE 3
EMOTICON
Palavra derivada do inglês "emotion" (emoção) e "icon" (ícone). Um emoticon é uma curta sequência de
carácteres (ou uma pequena imagem) que representam uma expressão facial. Os emoticons, que são um
exemplo de linguagem não-verbal, são utilizados em mensagens escritas e chats, e visam transmitir o
estado psicológico do seu emissor de uma forma rápida e eficaz.
:-) espantado
;-) feliz
:-( zangado
:-o confuso
:-/ gargalhada
%-/ abraço
:-x triste
>o segredo
:’-( aborrecido
() a chorar
ACTIVIDADE 4
O trabalho deverá responder aos requisitos seguintes apresentados em caixa. Inspire-se nos Cartoons, nas
conclusões retiradas do debate efectuado e aproveite informação dos textos trabalhados nas actividades
anteriores.
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RECONHECIMENTO DE COMPETÊNCIAS
Dimensão de Competência: I, II, III
Núcleo Gerador 5: Tecnologias da Informação e Comunicação
Domínio de Referência: 1
Cultural
I II III
Linguística
I II III
Cultural
I II III
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