Relatorio Fresa
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PADRONIZAÇÃO (formatação)
FUNDAMANTAÇÃO TEÓRICA, APRESENTAÇÃO DO
PROBLEMA
SOLUÇÃO DO TRABALHO PRÁTICO E ANÁLISE DOS
RESULTADOS
AVALIAÇÃO FINAL
RESUMO
Neste trabalho estão descritas as etapas realizadas no processo de fresamento de uma peça em SAE 1045 realizados em uma
fresadora ferramenteira, com o objetivo de familiarizar os alunos com o equipamento e expor na pratica os conceitos discutidos em
sala de aula, o trabalho decorreu de maneira que fossem realizadas diversas operações como por exemplo fresamento frontal,
fresamento de canto a 90° e fresamento de canais. Não foi possível a conclusão do trabalho no tempo hábil, porém os resultados
obtidos foram satisfatórios no sentido que a experiência obtida no processo é importante na pratica da engenharia.
Palavras Chave: Usinagem, fresadora, aço SAE 1045, fresamento frontal, fresamento de canais;
1 – INTRODUÇÃO
As fresadoras são de suma importância para os processos de usinagem modernos, esta que veio como uma
substituta para as plainas limadoras, por serem mais eficientes tomaram o mercado, fazendo as plainas caírem em
desuso ou pelo menos restringindo a sua aplicação a casos muito específicos, nesse relatório será explorado a
utilização dessa maquina na produção de uma peça em aço SAE 1045, colocando em pratica conceitos estudados
durante a disciplina e familiarizando os alunos com o seu funcionamento na pratica, além das operações que podem
ser realizadas e as suas aplicações, de modo que seja possível utilizar a experiencia obtida na pratica em aplicações
futuras, seja elas projetos, gestão de produção, otimização de custos entre outras áreas possíveis da atuação de um
engenheiro mecânico.
A peça didática produzida foi projetada visando a realização de diferentes operações para além da realização
da operação em si ser praticada também ser possível a visualização de uma sequencia nessas operações. Este
conhecimento é muito útil para projetistas pelo fato que as peças projetadas devem ter sua produção facilitada ao
máximo, o conhecimento do processo nesse caso é vital.
2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 – FRESAMENTO E TIPOS DE FRESAMENTO
Fresamento segundo Ferraresi(1969) [2] é um processo de usinagem para obtenção de uma superfície
qualquer com a utilização de ferramentas usualmente multicortantes, de modo que a ferramenta gira em torno do
seu próprio eixo, enquanto a peça ou a própria ferramenta executam um deslocamento qualquer.
Ainda segundo Ferraresi (1969) [2] existem dois tipos básicos de fresamento, são eles o fresamento
cilíndrico tangencial e fresamento frontal.
• Fresamento cilíndrico tangencial: Visa a obtenção de uma superfície plana paralela ao eixo de
rotação da ferramenta.
• Fresamento frontal: Visa a obtenção de uma superfície plana perpendicular ao eixo de rotação da
ferramenta.
Na figura 1 é possível visualizar a diferença entre os tipos de fresamento. Onde a rotação ‘n’ acontece de
forma perpendicular e paralela ao eixo respectivamente.
Já segundo a norma DIN 8589 (DIN, 2003 apud FRACARO, 2017, p. 181) os processos são classificados
conforme a superfície gerada, a forma da ferramenta e a cinemática. Os principais processos são:
• Fresamento plano;
• Fresamento circular;
• Fresamento de geração;
• Fresamento de forma;
• Fresamento de perfil.
Figura 1- Tipos de fresamento.
Fonte: Adaptado de König; Klocke, 1997, p.401 apud FRACARO, 2017, p.182
De acordo com o sentido de rotação da ferramenta e do avanço de corte é possível diferenciar o fresamento
em concordante e discordante, onde no primeiro o movimento de avanço e movimento de corte estão no mesmo
sentido, já no segundo eles apresentam sentidos contrários.
De acordo com Rebeyka (2016, p. 58)[3] no movimento concordante o cavaco inicia com espessura igual
ao avanço por dente e termina com espessura zero, produzindo um melhor acabamento superficial.
Fonte: Adaptado de König; Klocke, 1997, p.402 apud FRACARO, 2017, p.183
No sentido discordante gera mais atrito sobre a aresta de corte por iniciar o corte com espessura zero e ir
penetrando na peça com o movimento de corte, em maquinas convencionais é recomendado esse tipo de avanço
devido as folgas que são comuns nesse tipo de equipamento. (REBEYKA, 2016, p.58)
É possível também que o fresamento ocorra no sentido concordante e discordante simultaneamente como
mostra a Figura 2 onde podemos observar que no fresamento frontal quando o eixo da ferramenta se encontra
sobre a superfície da peça da entrada na superfície da peça até o centro acontece o fresamento discordante e do
eixo da ferramenta até a saída da superfície da peça acontece o fresamento concordante.
• Fresadora especial: Enquadram-se nesta classe as fresadoras que se destinam a trabalhos específicos. Por
exemplo: fresadora copiadora, cortadora de rodas dentadas, ferramenteira,
• Fresadora ferramenteira (Figura 3.d): A fresadora-ferramenteira destaca-se como a de maior importância
para a realização dos trabalhos de ferramentaria. Assemelha-se a fresadora vertical com alguns recursos de
movimento em seu cabeçote vertical girando no sentido do eixo x, eixo y e z. Em alguns momentos podemos
operá-la como fresadora horizontal. Para isso, monta-se nela um cabeçote especial que aciona o eixo horizontal e
a torna mais versátil. Pode-se montar em seu cabeçote: mandril porta-pinça, mandril universal ou de aperto rápido.
Esta máquina se destaca por sua versatilidade, precisão e rendimento com auxílio de régua e indicador
digital.
Figura 3 - Tipos de fresadoras.
utilização.
3 – METODOLOGIA EXPERIMENTAL
Para a produção da peça foi utilizado como material um bloco de aço SAE 1045 de medidas 76,2mm x
25,4mm x 75mm (3” x 1” x 75mm). Conforme o desenho disponível no Anexo I a primeira operação realizada foi
o faceamento da peça para a obtenção das dimensões externas, nessa operação foram utilizados calços retificados
como auxílio para a fixação da peça na morsa.
O faceamento foi realizado com uma fresa porta insertos de 85mm de diâmetro e ângulo de ataque de 45
graus, a profundidade de corte utilizada foi de 0,5 mm para desbaste e 0,25 para acabamento, devido ao avanço
automático do equipamento estar indisponível o avanço foi realizado manualmente, desse modo não foi possível
calcular várias grandezas relativas à operação como força de corte, potencia de corte, material retirado por minuto
e etc.. a única grandeza calculada foi a velocidade de rotação da fresa, mas esta não foi utilizada por recomendação
do técnico que orientou o processo. Foram utilizados cerca de 600 RPM para desbaste e cerca de 700 RPM para
acabamento.
A operação seguinte foi o fresamento de canto a 90° para a realização dos rebaixos nessa operação foram
utilizadas duas ferramentas distintas, uma fresa porta incerto de 50mm de diâmetro com ângulo de ataque de 90°
como demandava a operação para desbaste e para acabamento uma fresa topo de 8mm de diâmetros e 4 gumes de
corte. A penetração de trabalho utilizada foi de 0,5mm para desbaste e 0,25mm para acabamento, a rotação
utilizada foi de cerca de 750 RPM para ambas operações.
Como terceira operação foi realizado o rasgo superior da peça, o que permitiu o aproveitamento da
ferramenta que estava montada na maquina devido a operação anterior, este processo foi realizado com a utilização
do indicador de posição do equipamento para centralizar a ferramenta em relação a peça e a partir do centro com
profundidade de corte de 0,5mm foi realizado a abertura do canal, os parâmetros permaneceram inalterados em
relação a operação anterior.
Estavam previstas a execução de mais 3 processos que serão descritos de forma como estavam planejadas
para serem executadas, são elas a abertura de um rasgo na parte inferior na peça, conforme o desenho, esse rasgo
era necessário para a realização da próxima etapa, que era a abertura de um rasgo em T, o rasgo em T é realizado
através de uma ferramenta semelhante a da Figura 5, esta não possui arestas de corte no seu eixo sendo necessário
a pré-usinagem de um rasgo antes da utilização dessa ferramenta.
Figura 5 - Ferramenta para
rasgo em T.
Para finalizar seria utilizado a inclinação que o cabeçote da fresadora é capaz de executar para criar uma
face inclinada na peça, o processo seria parecido com um faceamento com a diferença do alinhamento da rotação
da ferramenta com a peça.
O passo a passo da execução integral do processo está ilustrado na Figura 6 sendo que foram realizados
apenas as três primeiras operações
4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES
Como produto final do processo realizado obtivemos uma peça conforme Anexo II, onde mesmo que não
tenha sido efetuado todas operações previstas foram possíveis observar diversos fatos na realização do processo.
Primeiramente, por ter sido utilizado o avanço manual durante as operações foi possível observar o impacto
da velocidade no acabamento da peça, sendo que a mesma apresentou diversas irregularidades no acabamento
devido a variação da velocidade de avanço durante a execução da usinagem.
Foi observado também que inicialmente devido o baixo avanço acabou-se criando atrito demasiado entre o
material e a ferramenta, gerando grande quantidade de calor e fazendo com que a superfície ficasse com um
acabamento superficial ruim e com grande quantidade de rebarbas.
5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] FRACARO, Janaína. Fabricação pelo processo de usinagem e meios de controle. [s. L.]: Editora
Intersaberes, 2017. 342 p.
[2] FERRARESI, Dino. Fundamentos da usinagem dos metais. São Carlos: Editora Edgard Blucher Ltda,
1970.
[3] REBEYKA, Claudimir José. Princípios dos processos de fabricação por usinagem. [s.l.]: Editora
Intersaberes, 2016. 292 p.
[4] SCHAPLA, Adriano et al. Fresadora. Erechim: 2010. Disponível em:
<https://www.ebah.com.br/content/ABAAABJ3MAK/fresadora-fresamento>. Acesso em: 10 nov. 2018.