Criação de Bovinos de Corte
Criação de Bovinos de Corte
Criação de Bovinos de Corte
Outro aspecto de extrema importância e que tem influência direta nos sistemas
produtivos é a preocupação com a sustentabilidade. Deve-se mencionar a
possibilidade de o Brasil, nos próximos anos, se fortalecer como fornecedor
mundial de carnes, com reflexos positivos na captação de divisas para o País,
além do potencial de incremento de consumo de carne bovina no mercado
interno. Quanto ao mercado externo, é importante ressaltar as exigências de
controle ambiental colocadas pelos países ricos, que se traduzem em imposição
de padrões de requerimentos semelhantes para as importações. Nesse contexto,
torna-se fundamental, entre outros fatores, que se atendam às exigências
sanitárias, envolvendo tanto a questão de saúde do rebanho como da saúde
pública.
Importância econômica A produção de carne bovina assume posição importante, com valor da produção
Aspectos agro e zooecológicos em 2001 de aproximadamente US$ 9 bilhões, representando cerca de 1,8% do
Raças PIB brasileiro (US$ 504,11 bilhões).
Instalações
Alimentação A média do consumo de carne bovina no Brasil foi de 36,5 kg de equivalente-
carcaça/pessoa/ano em 2000, sendo superado em nível mundial apenas pelo
Producao de carne em
Uruguai (75,3 kg), pela Argentina (69,0 kg), pelos EUA (45,3 kg), pelo Paraguai
pastagens adubadas (43,0 kg) e pela Nova Zelândia (42,4 kg). Contudo, há de se considerar com
Irrigacao de pastagens cautela os dados de consumo per capita no Brasil, em conseqüência da elevada
Invasoras em pastagens concentração de renda. Políticas que favoreçam a eqüidade na distribuição de
Reprodução renda poderão elevar o consumo per capita de carne bovina no Brasil.
Saúde
Mercados e comercialização A análise detalhada da Tabela 2.1 evidencia os movimentos do consumo per
capita de carnes e ovos em função da renda per capita. Pode-se observar que nos
Referências
anos com maior renda per capita, 1995, 1996, 1997 e 1998, o consumo de carne
Glossário bovina foi maior, havendo redução do consumo em 1999 e 2000, quando a renda
Anexos per capita foi menor, e elevação do consumo per capita de carnes de frango e
suína, comparativamente aos anos anteriores.
Expediente
Tabela 2.1. Consumo per capita de carnes e ovos no Brasil no período 1994 - 2001.
Anos Ovos Frangos (kg) Bovinos (kg) Suínos (kg) PIB per capita
(unidades) (US$)
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/BovinoCorte/BovinoCorteRegiaoSudeste/importancia.htm24/9/2010 00:10:12
Aspectos Agro e Zooecolológicos
varia de 4 a 9 mm no mês mais seco, com média diária entre 3,6 e 4,5 mm ao
longo do ano. A média anual da umidade relativa do ar está em torno de 75%.
Solos
A região, com relevo modelado sobre rochas sedimentares (Figura 3.7 - Vide
anexos), caracteriza-se por presença de colinas com topos aplainados, tabulares,
e declividade dominante entre 10 e 20%, predominando os Latossolos Vermelho-
Amarelo e Vermelho-Escuro de baixa fertilidade natural, distróficos ou álicos,
formados a partir de arenito sobre basalto assentado sobre arenito, o que lhe
confere fragilidade potencial para erosão hídrica de muito baixa a muito alta. O
teor de argila varia de 25% a 32%. Esses solos são representativos da região
Sudeste, embora metade da região esteja assentada sobre rochas do complexo
cristalino, onde o relevo é bastante movimentado com presença de montanhas.
Vegetação
Adubação
A capacidade de suporte de 0,5 UA (UA = 450 kg de peso vivo) por hectare não
permite produção sustentável de bovinos em regiões com custo elevado da terra.
Assim, o estímulo ao maior desenvolvimento vegetal com o fornecimento
especialmente de nitrogênio, na base de 50 a 70 kg/ha de N por período de
pastejo, logo após a retirada dos animais, permite elevar a capacidade de suporte
no período das águas para até 10 UA/ha, com até 1 UA/ha na seca.
Suplementação da dieta animal com volumoso no período seco, utilizando silagem
de capim ou cana picada + uréia, possibilita manter média de lotação anual de 6
UA/ha, evitando-se que os animais passem fome e percam peso, podendo-se
reduzir a idade de abate de 4 ou 6 anos para 2 anos. A adubação nitrogenada
pode ocorrer na forma mineral ou na forma de resíduos orgânicos.
Início Raças
Mas, quais raças exóticas são as mais adequadas para os diferentes sistemas
de produção? A resposta é dependente dos resultados observados com a
utilização de determinada raça exótica, seja como raça pura ou em
cruzamentos, nas diferentes regiões edafoclimáticas do Brasil, dos resultados
obtidos pelas instituições de Pesquisa e Desenvolvimento e, muitas vezes, dos
"modismos" criados por estratégias de "marketing" bem sucedidas.
Felizmente, há mais de mil raças de bovinos no mundo, das quais 250 têm
número de animais suficiente para atender a demanda, isto é, a escolha
estratégica da(s) raça(s) é possível, tanto para atender as necessidades do
mercado quanto para compatibilizar as exigências dos animais com as
condições ambientais.
Esse processo de substituição das raças locais (Caracu e Mocho Nacional) foi
devido, em grande parte, aos resultados obtidos na Estação Experimental de
Zootecnia de Sertãozinho, SP, no período de 1934 a 1942, no projeto de
cruzamentos de touros de raças taurinas (Aberdeen Angus, Charolesa, Devon,
Hereford, Limousin e Pardo-Suíço) e zebuínas (Gir, Guzerá e Nelore) com
vacas das raças Caracu e Mocho Nacional. A taxa de mortalidade do
nascimento aos três anos de idade foi muito maior nos animais cruzados de
raças taurinas (47,1%) do que nos de raças zebuínas (18,8%). As
recomendações técnicas foram a paralisação do projeto de cruzamentos e o
estabelecimento de projetos de avaliação e seleção do Zebu para produção de
carne. Essas recomendações tiveram grande impacto no processo de tomada
de decisões dos produtores.
Ainda quanto à composição genética dos animais, tem sido geralmente aceito
que a proporção ideal é 5/8 Bos taurus + 3/8 Bos indicus, mas isso não tem
suporte na teoria da heterose residual. Acredita-se que a definição dessa
proporção ideal tenha sido derivada de uma publicação em que se diz que a
raça Santa Gertrudis é composta de aproximadamente 5/8 Shorthorn + 3/8
Brahman; com a supressão do termo grifado, parece que a proporção foi
sendo difundida como a ideal. Evidentemente a proporção ideal varia de
Início Instalações
território, que pode ser de uso múltiplo, quando compreende toda a área de
moradia, de descanso que se restringe à área onde os animais acampam para
descansar, e assim por diante. Os bovinos não são animais essencialmente
territoriais, portanto não é comum a defesa de áreas de moradia, descanso ou
qualquer outra.
Figura 5.1. Esquema ilustrativo do espaço individual e da distância de fuga nos bovinos (as
diferenças apresentadas no desenho representam a existência de diferenças individuais).
Fonte: Paranhos da Costa, M.J.R. (2000).
Há diferenças entre raças nas relações sociais que determinam a hierarquia; por
exemplo, o estudo de Le Neindre (1989) mostrou que novilhas Salers foram mais
ativas socialmente e dominaram as Holandesas, e os resultados de Wagnon et al.
(1966) indicaram que vacas da raça Aberdeen-Angus foram dominantes em
relação às da raça Hereford. Assim, como já apontado por Paranhos da Costa e
Cromberg (1997), deve-se ter cautela na formação de lotes, sob pena de se
manter certos animais em constante estresse social.
Nessas condições os animais ficam mais sujeitos a lesões, que podem prejudicar
seu desenvolvimento e a qualidade da carne.
Respeitando-se certos limites, desde que os grupos não sejam alterados em sua
constituição, principalmente com a introdução de animais novos, a ordem de
dominância se manterá relativamente estável ao longo do tempo, estabelecendo-
se equilíbrio dinâmico nas relações sociais entre os animais.
Não é claro qual o tamanho máximo que um grupo de bovinos deva ter.
Rebanhos com 150 animais são comuns, mas, por conveniência no manejo,
talvez não devam ultrapassar 100 animais por grupo. O que se deve ter em
conta é que o tamanho ideal de um grupo, para a manutenção da ordem social,
é menor em condições de criação intensiva do que em extensiva. Em rebanhos
numerosos de gado de corte, não se sabe da ocorrência de formação de um
grupo dominante e outros subgrupos, com seus elementos interagindo apenas
entre si (Ewbank, 1969).
De qualquer forma, é importante enfatizar que é bom que o grupo seja estável
em sua composição. Qualquer alteração, principalmente com a entrada de outros
animais, vai alterar a hierarquia social previamente estabelecida, com influências
na produção e no bem-estar.
Algumas recomendações
Início Alimentação
Alimentação de bezerros na fase de cria
Importância econômica
Aspectos agro e zooecológicos Efeito da alimentação no desenvolvimento funcional do rúmen
Raças
Instalações Ao nascer, os bezerros são considerados pré-ruminantes, com o estômago
Alimentação apresentando características diferentes do ruminante adulto, não sendo capazes
Produção de carne em de utilizar alimentos sólidos. Nessa fase inicial da vida, o leite é um importante
pastagens adubadas alimento para os bezerros. As mudanças anatômicas, fisiológicas e metabólicas
que ocorrem no sistema digestivo dos bezerros são caracterizadas pela transição
Irrigação de pastagens
de digestão semelhante à de um monogástrico (essencialmente enzimático) para
Invasoras em pastagens digestão de ruminante. Isto ocorre geralmente no período entre o nascimento e o
Reprodução terceiro ou o quarto mês de idade. A extensão dessas modificações é função do
Saúde tipo de dieta ingerida. Assim, a diminuição da ingestão de leite (que passa
Mercados e comercialização diretamente para o abomaso, através da goteira esofágica) e o início da ingestão
Referências de forragem e/ou concentrado (que permanecem no rúmen-retículo) estimulam a
atividade celulolítica e, conseqüentemente, a absorção de ácidos graxos voláteis
Glossário
(AGV), principal fonte energética dos ruminantes.
Anexos
Efeito da produção de leite das vacas sobre o peso de bezerros à
desmama
Expediente
A produção de leite das vacas de corte é importante para a alimentação dos
bezerros na fase de cria, pois a maior parte dos nutrientes ingeridos pelos
bezerros nos primeiros meses de vida é suprida pelo leite materno. A desmama
tradicional realizada aos 6 a 8 meses de idade segue a curva de lactação da vaca
de corte. Vacas da raça Nelore atingem seu máximo de produção (4,7 litros/dia)
nos primeiros 30 dias de lactação, permanecendo a produção mais ou menos
estável até os 90 dias, quando declina rapidamente até atingir a média diária de
2,7 litros aos 5 meses. Vacas de origem européia e seus mestiços apresentam
maior produção de leite do que vacas nelores, conforme pode ser verificado na
Tabela 6.1. Além de raça ou grupo genético, a produção de leite de vacas em
pastejo é dependente tanto da quantidade e da qualidade da forragem disponível,
quanto da reserva de nutrientes que a vaca armazena antes do parto, e
influenciará no peso à desmama dos bezerros.
Tabela 6.1. Produção de leite das vacas e média de ganho diário dos bezerros.
Diária (kg/d)
½ CN = ½ Canchim + ½ Nelore
Tabela 6.2. Média de ganho diário de acordo com o peso à desmama aos 7 meses de idade.
Creep feeding
1 = Pacola et al. (1977); 2 = Cunha et al. (1983); 3 = Pacola et al. (1989); 4 = Martin et al.
(1981);5 = Tarr et al. (1994).
Creep grazing
O creep grazing pode ser empregado de duas formas. Uma opção é utilizar uma
área de pasto de acesso exclusivo dos bezerros. Outra alternativa é a utilização
de sistema rotacionado, em que os bezerros têm acesso ao pasto antes das
vacas. O objetivo é que os bezerros pastem as pontas tenras ou as partes mais
nutritivas das plantas, em vez dos colmos ou folhas velhas (senescentes), que
serão usadas pelas vacas no restante do pastejo.
Trabalho realizado nos Estados Unidos (Harvey & Burns, 1988) mostra aumento
significativo no ganho de peso vivo por hectare com a utilização do creep grazing
em milheto. Trabalhos com a utilização do creep grazing precisam ser realizados
no Brasil para verificar a viabilidade dessa técnica nas diferentes condições
edafoclimáticas.
produtiva ser vagaroso, a fase de recria nas regiões tropicais reúne o maior
contingente populacional. Ademais, a fase de recria retém os bovinos,
especialmente os zebuínos, por longo tempo, entre 12 e 36 meses. Essas duas
características combinadas, ou seja, grande contingente populacional e
prolongada duração da fase de recria, contribuem para reduzir a eficiência do
processo produtivo nos trópicos.
Face aos grandes investimentos (terra, instalações, animais, etc.) e aos altos
custos de manutenção (alimentação, trabalho, produtos veterinários, etc.) que
acompanham um rebanho de recria, torna-se desejável que os animais entrem
em produção o mais precocemente possível e haja melhora da eficiência
reprodutiva principalmente das fêmeas primíparas. Assim, torna-se necessário
encurtar o tempo de permanência dos animais na fase de recria e para que isso
seja possível é necessário o conhecimento das alternativas que propiciarão
melhor aproveitamento dos recursos produtivos visando a maximizar o retorno
econômico.
As novilhas devem manter-se crescendo durante todo o ano para que alta
porcentagem delas apresente ciclo estral e taxa de concepção normal. Períodos
de irregularidade na distribuição de alimentos ocasionam severos efeitos no
retardamento da concepção. Variações no consumo de alimento, com nível
restrito durante a seca, exercem influência negativa sobre a idade à puberdade e
a idade à primeira fecundação.
Embora a fase de recria seja menos complexa do que a fase de cria, ela requer
muita atenção do produtor, pois os requerimentos nutricionais do animal em
crescimento estão constantemente mudando, em função de alterações na
composição de seu corpo. À medida que a idade do animal vai avançando, reduz-
se a taxa de formação de ossos e proteína, com aumento acentuado na deposição
de gordura. Do início dessa fase até a puberdade, o monitoramento do ganho de
peso diário é fundamental, não devendo ultrapassar a média de 900 gramas por
dia. Este procedimento evita a má formação da glândula mamária (acúmulo de
gordura e menor quantidade de tecido secretor de leite) resultando em menor
produção de leite para o bezerro e, conseqüentemente, menor desempenho de
sua progênie.
Tabela 6.4. Teores de matéria seca (MS) de quatro variedades de cana-de-açúcar e média
diária de consumo de matéria seca (CDMS) de dietas com essas variedades.
Variedades
Parâmetros IAC86-2480 IAC87-3184 RB72-454 RB83-5486
Teor de MS (%) 28,13 31,36 30,69 31,01
CDMS (kg) 6,84 6,60 7,08 7,18
CDMS (% PV) 2,70 2,71 2,79 2,79
Tabela 6.5. Peso vivo inicial, média diária de ganho de peso vivo (GDPV) e conversão
alimentar (CA) de novilhas alimentadas com dietas contendo quatro variedades de cana-de-
açúcar.
Variedades
Parâmetros IAC86-2480 IAC87-3184 RB72-454 RB83-5486
Peso vivo inicial (kg) 215,5 216,3 221,8 222,8
GDPV (kg/animal/dia) 0,89a 0,65c 0,76b 0,82ab
CA (kg MS/kg de ganho) 7,64 10,18 9,32 8,70
a, b, c Médias na mesma linha seguidas de letras diferentes diferem entre si (P<0,05) pelo teste SNK.
A produção animal pode ser expressa como uma função de consumo e utilização
de alimentos, como se segue: produção animal = consumo de alimentos x teor de
nutrientes x digestibilidade dos nutrientes. Os nutrientes podem ser obtidos de
diferentes fontes alimentares, sendo que fatores econômicos locais e
momentâneos determinarão a decisão sobre as fontes recomendadas.
Tabela 6.6. Efeito do nível de energia digestível (ED) da dieta de vacas da raça Hereford em
gestação (últimos 30 dias) sobre o desempenho de seus bezerros.
O custo dos alimentos deve ser baixo, considerando-se que a atividade como um
todo deve ser lucrativa. A razão disso é o fato de que alta porcentagem dos
nutrientes necessários pelos animais é utilizada para satisfazer as exigências de
mantença da vaca (Rodrigues, 2002) e somente uma parte bem menor dos
nutrientes necessários na atividade de produção de bovinos de corte é
recuperada pela venda de animais para abate. Em condições normais de preço,
isto significa que a vaca deve ser mantida em pastagens durante o verão, e no
inverno ou na seca deve ser suplementada com outro tipo de forragem de baixo
custo ou mantida em pastagens reservadas especialmente para essa categoria,
podendo a dieta, caso seja necessário, ser corrigida com pequena quantidade
(por exemplo, 0,5 kg a 0,7 kg) de farelos protéicos, como, por exemplo, farelo de
algodão ou farelo de soja. Caso a opção utilizada seja cana-de-açúcar deve-se
também incluir uréia.
Os valores constantes das Tabelas 6.7 e 6.8 servem como guia, mas o leitor que
não está bem familiarizado com o assunto não deve concluir que os
requerimentos de nutrientes de vacas de corte em gestação são fixos conforme
indicado nas tabelas. Existe grande variedade de fatores que podem influenciar as
necessidades de um animal ou rebanho individualmente, como, por exemplo,
Tabela 6.7. Exigências nutricionais diárias de vacas de corte com 6 a 9 meses de gestação.
Deve ser lembrado que a habilidade dos microrganismos do rúmen para utilizar
forragem de baixa qualidade está relacionada a suprimento adequado de
nitrogênio e minerais. Entre os macroelementos necessários para os
microrganismos do rúmen, podem ser destacados o fósforo, o enxofre e o
magnésio.
Tem sido observado que vacas magras não têm boa taxa de gestação e levam
mais tempo para apresentar cio dentro da estação de monta. Vacas com condição
corporal moderada têm boa taxa de gestação, porém um pouco inferior àquela
das vacas em boa condição corporal. Assim, deve-se procurar fazer com que
todas as vacas tenham pelo menos condição corporal moderada ao parto. Para
isso, deve haver avaliação dos animais três a quatro meses antes do parto e
manejo diferenciado para os animais que apresentarem condição corporal abaixo
da desejada, para que possam chegar ao parto em condições corporais
adequadas.
1) no pasto;
4) em confinamento.
Tabela 6.10. Ganho diário de peso vivo (GDP), consumo de alimentos e eficiência de
conversão alimentar (ECA) em diversos períodos do confinamento1.
1 Adaptado de Cruz (2000). Média dos valores de 72 animais (32 Canchim; 16 Canchim x Nelore, 16 Gelbvieh x
1 Adaptado de Cruz (2000). Média dos valores de 3 baias, de cada grupo genético.
Tabela 6.12. Média estimada de ganho de peso vivo, consumo de matéria seca e eficiência
de conversão alimentar de machos de seis grupos genéticos não-castrados em
confinamento, de acordo com o peso de abate1.
1O peso previsto para abate dos animais da raça Nelore foi de 380, 410 e 440 kg.
2 Média de baias com 6 animais cada uma.
abc Médias seguidas de letras iguais na mesma linha não diferem (P>0,05) pelo teste SNK
Informações Relacionadas
Produção de Carne em Pastagens Adubadas
Irrigação de Pastagens
Todos os direitos reservados, conforme Lei No. 9.610
Expediente Essa situação tem contribuído para que a pecuária de corte apresente, há décadas,
índices zootécnicos muito baixos, com lotação das pastagens em torno de 0,5 UA/ha/
ano e produtividade na faixa de 100 kg de peso vivo/ha/ano (uma unidade animal,
UA, equivale a um animal de 450 kg de peso vivo). Há, portanto, necessidade de se
evitar a degradação das pastagens e também intensificar a sua produtividade, a fim
de tornar a pecuária de corte, principalmente nas terras mais valorizadas, mais
rentável e mais competitiva frente a outras alternativas de uso do solo.
Quanto ao desempenho animal, a média do ganho de peso vivo, nas águas, está na
faixa de 0,6 a 0,8 kg/animal/dia, podendo chegar a até 1,0 kg/animal por dia (Corsi,
1993).
Embora a média de ganho diário de peso vivo obtida normalmente nas pastagens
tropicais não alcance a proporcionada pelas forrageiras temperadas, a produtividade
animal pode ser alta, em razão do grande potencial de produção de matéria seca das
espécies tropicais durante o período das águas.
A decisão da escolha da área deve estar baseada em vários fatores, tais como:
● Tipo de gramínea;
● Estande;
● Topografia;
● Infra-estrutura;
● Custo de implantação de uma nova área; e
● Fertilidade original do solo.
Tipo de gramínea
As forrageiras mais comuns e que podem ser utilizadas sob manejo intensivo são:
capim-braquiária, capim-braquiarão, capim-colonião, capim-tanzânia, capim-tobiatã,
capim-mombaça, capim-coastcross, capim-estrela e capim-tifton.
Gênero Brachiaria
Teve papel extremamente importante no Brasil, pois viabilizou a pecuária de corte nos
solos ácidos e de baixa fertilidade, predominantes na região dos Cerrados, e constitui
ainda hoje a base das pastagens cultivadas brasileiras. Além disso, propiciou o
desenvolvimento de expressiva indústria de semente, colocando o Brasil como o maior
exportador desse insumo para o mundo tropical (Valle et al., 2000).
Gênero Panicum
Dessa forma, já foram lançados no Brasil, por diversas instituições de pesquisa, várias
outras cultivares de Panicum maximum, tais como: Tobiatã, Vencedor, Centenário,
Centauro, Aruana, Tanzânia, Mombaça e Massai.
Gênero Cynodon
Com relação aos novos híbridos lançados nos Estados Unidos, eles chegaram ao Brasil
recentemente e não foram ou ainda estão em fase de avaliação nos Centros de
Pesquisa (Vilela & Alvim, 1998).
Estande
Topografia
Infra-estrutura
Como forma de diminuir o custo de implantação, sempre que possível, devem ser
aproveitadas as áreas que já estejam cercadas e que disponham de água com
facilidade de acesso e distribuição.
A fertilidade do solo da área a ser escolhida é fator que deve ser considerado. Quanto
maior for a fertilidade, tanto menor será a quantidade de insumos (calcário e adubo)
necessária para a intensificação, com retorno mais rápido do capital investido.
Implantação da pastagem
Dessa forma, para boa formação do pasto, os seguintes itens devem ser observados:
escolha da espécie ou cultivar; escolha da área; preparo do solo; época de plantio;
calagem e adubação de formação; qualidade e quantidade de mudas ou sementes; e
método de plantio.
O preparo do solo deve ser feito de forma a criar condições ideais para a germinação
das sementes e para o crescimento da planta. Como as sementes de gramíneas
forrageiras são, de modo geral, muito pequenas, o preparo adequado do solo
(evitando o preparo excessivo e a degradação física) é muito importante a fim de
permitir maior contato da semente com as partículas de solo. Esse processo irá
facilitar, também, a colocação das sementes em profundidade adequada. Para a
maioria das espécies forrageiras, a profundidade de plantio recomendada é de 2 a 4
cm.
Tabela 7.3. Número de sementes por grama e recomendação para plantio de sementes puras
Para as gramíneas que não produzem sementes, como os cultivares dos gêneros
Cynodon, a formação é feita por via vegetativa. Nesse caso, devem-se utilizar mudas
maduras e sadias, colhidas de locais livres de pragas, doenças e plantas daninhas.
Mudas jovens, pequenas e tenras não devem ser utilizadas, pois desidratam
rapidamente no sulco. Para o plantio de espécies do gênero Cynodon, as mudas
devem ser colhidas com cerca de 110 dias e serão necessários 2,5 t/ha de mudas para
plantio no sulco, 3,0 t/ha de mudas para plantio em covas e 4,0 a 5,0 t/ha para
plantio a lanço (Rodrigues et al., 1998). O mais indicado é o plantio em sulcos, que
devem ser feitos com 50 a 100 cm de espaçamento, a 5 a 15 cm de profundidade.
Nesse caso, dois terços da muda devem ser enterrados, deixando-se o terço apical
sobre o solo.
Calagem
Segundo Lopes (1983), Corsi & Nussio (1993) e Vitti & Luz (1997), a calagem deve
ser a primeira prática de correção para inserir os solos de cerrado no processo
produtivo, reduzindo a acidez, fornecendo Ca e Mg, aumentando a eficiência das
adubações e a capacidade de troca catiônica (CTC). Trabalho de Lopes (1983) mostra
a necessidade de calagem para elevar o pH dos solos de cerrado a valores acima de
5,5, para, efetivamente, ativar a formação de cargas negativas da fração orgânica do
solo, aumentar a CTC e reduzir o potencial de perdas de cátions por lixiviação. Quanto
ao critério da calagem, no Estado de São Paulo é utilizado o método da saturação por
1997a; Corrêa et al., 1997b). As fontes mais eficientes são as solúveis, tais como o
superfosfato simples (20% de P O ), o superfosfato triplo (46% de P O ), o fosfato
2 5 2 5
A principal fonte de K é o cloreto de potássio (60% de K O), que deve ser aplicado
2
parceladamente junto com a adubação nitrogenada. A relação N:K O de 1:1 tem sido
2
indicada inicialmente nas adubações, quando os teores de K no solo são muito baixos.
Em sistemas intensivos de exploração de pastagem, com a maior reciclagem do K por
meio de partes mortas das plantas, perdas de pastejo, fezes e urina, esta relação
poderá ser alterada com o tempo.
O enxofre poderá ser fornecido juntamente com outros adubos, como o sulfato de
amônio (24% de S), superfosfato simples (12% de S) e fosfatos parcialmente
acidulados (6% de S). Outra fonte disponível é o gesso, que contém de 15% a 16% de
S, sendo recomendada a aplicação mínima de S de 30 a 40 kg/ha/ano, em pastagens
bem supridas com nitrogênio e fósforo (Monteiro, 1995).
As principais fontes de nitrogênio são: uréia (45% de N), que apresenta menor custo/
kg de N, mas maior perda de N por volatilização; sulfato de amônio (20% de N),
maior custo/kg de N, maior poder de acidificação, menores perdas de N, além de ser
fonte de S; nitrato de amônio (33% de N), maior custo/kg de N, higroscópico,
podem apresentar bom desempenho sob pastejo contínuo, pois esse sistema é mais
adequado para plantas de crescimento prostrado, estoloníferas e/ou rizomatosas, que
apresentam intenso perfilhamento e ritmo acelerado de produção de folhas.
Gomide et al. (1997), com base em estudos preliminares com lotação contínua em
Brachiaria decumbens, recomendaram manter a altura da pastagem entre 20 e 40 cm.
Outra forma de se ajustar o manejo é por meio da disponibilidade de forragem.
Euclides et al. (1993), em pastejo continuo, verificaram que em pastagens de
Brachiaria decumbens e Brachiaria brizantha o ponto de máximo ganho por animal foi
de 500 g/dia com disponibilidade de MVS (matéria verde seca) de 1000 kg/ha. Esse
valor foi estimado por esses autores como sendo o limite mínimo, abaixo do qual o
desempenho animal é limitado pela disponibilidade de forragem.
Assim, à medida que se intensificar a produção das pastagens com essas forrageiras,
o pastejo rotacionado também passa a ser indicado, por permitir controle do resíduo
pós-pastejo de forma mais adequada.
Pastejo rotacionado
Tabela 7.4. Período de descanso para algumas gramíneas forrageiras utilizadas sob pastejo
rotativo.
A altura do resíduo, embora não seja tão preciso, é um indicador prático para evitar o
subpastejo e o superpastejo. Na Tabela 7.5, é sugerida a altura de resíduo para
algumas forrageiras dos gêneros Panicum, Brachiaria e Cynodon. A altura varia com
as espécies forrageiras, de acordo com suas características morfofisiológicas. O
subpastejo significa perda de forragem e excesso de sombreamento na base das
plantas, o que pode comprometer o perfilhamento. Além disso, resíduo excessivo
compromete as características estruturais da pastagem, a qualidade da forragem e a
produtividade por hectare (Gomide & Gomide, 2001). O superpastejo, por outro lado,
influencia negativamente a produção animal e pode comprometer a rebrota das
plantas e a sua persistência.
Capim-braquiarão5 40 - 45 20 - 25
1 5
Panicum maximum cv. Tobiatã Brachiaria brizantha cv. Marandu
2 6 Digitaria
Panicum maximum cv. Colonião decumbens
3 7
Panicum maximum cv. Tanzânia Cynodon dactylon cv. Coastcross
4 8Brachiaria
Panicum maximum cv. Mombaça decumbens
As gramíneas não devem ser comparadas, pois existem variações quanto a solo, idade
da pastagem, nível de adubação, categoria animal, etc., mas os resultados
demonstram que diferentes gramíneas, desde que manejadas adequadamente, podem
apresentar bom desempenho, tanto em produção por animal quanto por área.
Tabela 7.6. Taxa de lotação e ganho de peso vivo (PV) de bovinos Canchim e cruzados Canchim
x Nelore em diferentes pastagens na Embrapa Pecuária Sudeste, São Carlos, SP, durante o
período das águas.
Lotação
N de Categoria Adubação Ganho de PV
Gramínea (ano) o Ganho de (média)
animais (kg N/ha) (kg/animal/dia*) PV (kg/ha) (UA/ha)**
Figura 7.1. Médias das taxas mensais de acúmulo de matéria seca (MS) em
pastagem de capim-tanzânia adubado, sem irrigação, em 1995 e 1996, na Embrapa
Pecuária Sudeste, em São Carlos, SP.
Fonte: Corrêa, 1995.
A lotação poderá ser reduzida com a venda de animais de descarte no final das águas
ou, principalmente, daqueles que apresentem peso adequado de abate. O preço de
venda desses animais no período de safra (quando o preço por arroba é mais baixo) é
compensado pelo seu menor custo. Também pode ser feito ajuste, no caso da fase de
cria, programando-se a parição para outubro (Corsi & Santos, 1995), combinando o
período de maior exigência nutricional dos animais com a época de maior produção de
forragem.
O confinamento pode ser uma alternativa interessante, que permite reduzir a lotação
das pastagens e manter a intensificação da produção com a possibilidade de venda de
animais na entressafra, combinando maior preço, maior giro de capital e maior
produtividade.
Importância econômica A distribuição de água de maneira artificial em pastagens por meio de irrigação é
Aspectos agro e zooecológicos a garantia para se produzir como planejado, sem que a falta de chuvas altere os
Raças índices de produtividade e de rentabilidade previamente estabelecidos. Entretanto,
a utilização dessa tecnologia para exploração de pastagens no Brasil ainda é
Instalações
bastante empírica, sendo às vezes até casual, como o surgimento de projetos na
Alimentação região Centro-Oeste, em decorrência do fracasso de outras explorações agrícolas,
Producao de carne em como soja, milho, feijão ou tomate. Nesses casos, a opção pela pecuária ocorreu
pastagens adubadas pela busca de alternativas de uso do equipamento de irrigação, normalmente pivô
Irrigacao de pastagens central (Rentero, 1998). Esse fato se deve, basicamente, aos trabalhos sobre
Invasoras em pastagens irrigação de pastagens desenvolvidos entre 1966 e 1978, que expressavam
aumentos de produção entre 20 e 70% ao se utilizar irrigação por 150 dias nas
Reprodução
estações de outono e inverno.
Saúde Quando comparadas com a produção total do ano, as produções da safra
Mercados e comercialização (primavera e verão) e da entressafra (outono e inverno) não se equilibravam, não
Referências solucionando um dos maiores problemas da bovinocultura no Brasil, que é a
Glossário estacionalidade de produção dos pastos. Porém, a partir da década de 80, os
Anexos trabalhos passaram a comparar as produções de entressafra com as da safra,
mudando os valores e os números quanto à técnica de irrigação em pastagens.
Em Minas Gerais (Coronel Pacheco), a irrigação de 11 espécies forrageiras
promoveu produção na entressafra de 30% da produção anual (5,6 e 18,3 t MS/
Expediente ha), mas de 44% quando relacionada com a da safra (5,6 e 12,7 t MS/ha) (Alvim
et al., 1986). No triângulo mineiro (Uberlândia), a irrigação do capim-tanzânia
evidenciou acúmulo de forragem na entressafra de 57% do acúmulo da safra
(Benedetti et al., 2000). Na região central do Estado de São Paulo (São Carlos), a
produção de forragem na entressafra correspondeu a 53 e 68% da produção da
safra, para o capim-tanzânia e o capim-elefante, respectivamente, com aplicação
de água de maneira complementar por irrigação, podendo-se diminuir a produção
de alimentos de entressafra para os animais, como silagem de milho e de capim,
fenos, cana-de-açúcar, aveia e outros (Rassini, 2002a).
Para evitar essa prática, foi desenvolvido o método EPS (Evaporação, Precipitação,
Solo) para se manejar a água de irrigação, em vista de sua praticabilidade e,
principalmente, facilidade de uso. Apesar de empírico, como os demais, envolve
apenas dois parâmetros climáticos, mas que respondem por mais de 90% da
demanda hídrica das plantas: evaporação e precipitação pluvial. Nesse manejo da
água de irrigação, quando a diferença entre a evaporação do tanque do tipo classe
A (ECA) e a precipitação pluvial (PRP), durante o desenvolvimento da pastagem,
atingir valor de 25 a 30 mm (ECA – PRP = 25 a 30 mm), deve-se aplicar água de
maneira complementar às plantas forrageiras, determinando-se a freqüência de
irrigação. Para Latossolos de textura média, a quantidade de água a ser aplicada
deve ser de 16 a 21 mm nos primeiros 20 cm de profundidade, que é a
capacidade de armazenamento de água desses solos, determinando-se a lâmina
de água. Deve-se ressaltar que os Latossolos de textura média compõem grande
parte dos solos brasileiros (Rassini, 2002 b).
No Brasil, o uso da água foi institucionalizado pela lei Federal 9984/00, criando-se
a Agência Nacional das Águas (ANA), cuja missão é implementar políticas, bem
como criar resoluções sobre o gerenciamento dos recursos hídricos. Dentre essas,
o aproveitamento da água para irrigação, quando essa atividade gerar
concorrência entre os usuários, ou mesmo cause impactos ambientais, torna-se
necessário a emissão de "outorga". A outorga, nada mais é do que o instrumento
necessário para assegurar ao usuário o efetivo direito de acesso à água, bem
como realizar os controles quantitativo e qualitativo dos recursos hídricos. A ANA
é a responsável pela análise dos pleitos e da emissão de outorgas de direito de
uso de recursos hídricos de domínio da União (rios ou lagos que banham mais de
uma unidade federada, ou que sirvam de fronteira entre essas unidades, ou de
fronteira entre o território do Brasil e o de um país vizinho). Em corpos hídricos de
domínio dos Estados e do Distrito Federal, a solicitação de outorga deve ser feita
às respectivas autoridades outorgantes estaduais. Atualmente, 20 unidades da
Federação possuem legislações sobre recursos hídricos.
Figura 8.1. Modelo esquemático de diversos sistemas de irrigação por aspersão utilizados no
Brasil.
Tabela 8.1. Irrigação de pastagens: planilha de viabilidade econômica para gado de corte.
I) Investimentos
a) Formação da pastagem Quantidade R$/unidade R$
Calcário 4 t/ha 35,00/t 14.000,00
Super simples 1000 kg/ha 345,00/t 34.500,00
Sementes 20 kg/ha 4,00/kg 8.000,00
Aração 2 h/ha
Gradagem 1 h/ha
Plantio 1 h/ha
hora trator 25,00/h
Despesa preparo e plantio 10.000,00
Subtotal 66.500,00
b) Valor da Terra
área total 100 ha 1200,00 /ha 120.000,00
Subtotal 120.000,00
c) Cercas
Piquetes 20
Arame (1000 m) = 14773,83 m 90,00/1000m 2.659,29
Postes cerca 590 6,00 3.545,72
Eletrificador 1 1100,00 1.100,00
mão-de-obra 2.200,00
Subtotal 9.505,01
d) Montagem pivô central
Abertura valeta 1.726,42
Construção casa de bomba 5.500,00
Construção base do pivô 1.900,00
Subtotal 9.126,42
Total do item 4.54131,43
Importância econômica Invasora é a planta que pode interferir no agroecossistema, nesse caso a
Aspectos agro e zooecológicos pastagem, de grande ocorrência geográfica nos trópicos e que não existia no
Raças ecossistema original. As principais invasoras de pastagens no Brasil estão
relacionadas em diversos trabalhos regionais e nacionais (Aranha et al., 1982;
Instalações
Bacchi et al., 1982; Bacchi et al., 1984; Lorenzi, 1991; Afonso e Pott, 2001).
Alimentação
Producao de carne em
A causa do aparecimento de plantas invasoras em pastagens se deve
pastagens adubadas principalmente às medidas inadequadas de manejo das plantas forrageiras, como
Irrigacao de pastagens pastejo ou roçadas impróprias, quanto ao número de cortes ou à época de
Invasoras em pastagens controle das invasoras, empobrecimento do solo tanto quimicamente (deficiência
Reprodução de N, P, K, Ca, Mg, S e outros) como fisicamente (compactação), deficiência ou
Saúde excesso de água disponível, e cultivo de plantas forrageiras não adaptadas às
condições ambientais. De maneira prática, pode-se caracterizar uma pastagem
Mercados e comercialização
degradada pela presença de plantas invasoras (plantas indicadoras), uma vez que,
Referências ao se instalarem em determinado local, encontram ali as condições que lhe
Glossário permitem crescer e multiplicar-se. É o caso do sapé (Imperata brasiliensis), que
Anexos indica acidez do solo, e da samambaia (Pteridium aquilinum), que indica altos
teores de alumínio tóxico no solo.
Início Reprodução
Deduz-se, portanto, que mais de 90% dos bezerros nascidos no Brasil provêm
de acasalamentos ocorridos em monta natural. Dessa forma, passa-se a
descrever alguns tópicos importantes diretamente relacionados aos sistemas de
produção de carne preponderantes no País.
Ciclos Estrais
1o 2o 3o 4o
Proporção touro: 1:40 1:16 1:6 1:2
vaca cíclica
No estros/dia do 1,90 0,76 0,28 0,1
ciclo
No de fêmeas 24 10 4 1
gestantes ao final
do ciclo
No fêmeas vazias 16 6 2 1
no próximo ciclo
Para estação de monta de 90 dias, taxa de ciclicidade de 50% (diária = 2,5%),
taxa de concepção/estro de 60% e proporção touro:vaca de 1:80, a expectativa
é a do próximo quadro:
Ciclos Estrais
1o 2o 3o 4o
Proporção touro: 1:40 1:28 1:20 1:14
vaca cíclica
No estros/dia do 1,90 1,33 0,93 0,67
ciclo
No de fêmeas 24 17 12 8
gestantes ao final
do ciclo
No fêmeas vazias 56 39 27 19
no próximo ciclo
Para sistemas intensivos, em que não está prevista escassez de forragem, esse
período de estação de monta na maioria das regiões do Brasil Central pecuário
deve ser estabelecido de modo a atender as melhores condições fisiológicas dos
animais, coincidindo com a melhor condição produtiva das forrageiras tropicais.
Portanto, esse período tem sido estabelecido durante os meses de verão,
quando ocorre alta pluviosidade e maior fotoperíodo, não necessitando ter prazo
superior a 90 dias.
ganho de peso da parição até o final da estação de monta. Bom nível nutricional
pré-parto acelera o aparecimento de cios, reduzindo o intervalo parto-concepção
e, conseqüentemente, proporcionando maior número de fêmeas gestantes no
início da estação de monta. Já o nível nutricional pós-parto influencia o índice de
prenhez, principalmente ao primeiro serviço, já que as necessidades nutricionais
nesse período são maiores para a retomada da ciclicidade ovariana.
Para a adoção de amamentação uma vez por dia, alguns requisitos devem ser
atendidos:
Considerações Finais
Início Saúde
Febre aftosa: É uma doença aguda que acomete os animais fissípedes (que têm
os cascos partidos), extremamente contagiosa e causada por um vírus. É
caracterizada por febre alta e feridas na boca e nos cascos. Essa doença é de
grande interesse para o Brasil, por ser um fator limitante na exportação de carne
para outros países onde ela já foi erradicada. Atualmente, a vacina é oleosa, que
dá imunidade mais duradoura. É uma vacina de caráter obrigatório e feita em
todo rebanho, independentemente de idade. O seu calendário é determinado pela
secretaria de agricultura de cada Estado.
Raiva bovina: É uma doença causada por um vírus e transmitida por morcegos
hematófagos. A vacinação contra essa doença só é feita em regiões onde existem
colônias permanentes de morcegos sugadores de sangue. A vacinação se torna
obrigatória quando aparecem focos esporádicos da doença em certas regiões. A
aplicação da vacina é anual e feita em todo o rebanho, independentemente de
idade.
Botulismo: É causada por uma toxina de uma espécie de Clostridium e que ataca
o sistema nervoso dos animais. Essa toxina pode estar presente na medula de
ossos de carcaças nas pastagens, em águas estagnadas e em cama de aves. A
vacinação contra essa doença é feita quando ocorrem surtos na região. É uma
vacina aplicada somente em animais acima de um ano de idade. De uma forma
geral, recomenda-se o uso de duas doses iniciais com 4 a 6 semanas de intervalo
e a seguir uma dose anual em todo o rebanho.
IBR, BVD, PI3 e BRSV: São viroses comumente associadas com doenças
respiratórias e perdas reprodutivas em bovinos. A prevenção contra essas
doenças é feita com vacinas polivalentes, ou seja, existem vacinas para todas elas
em conjunto. A vacinação é feita aos três meses de idade, com reforço 30 dias
após, com revacinação anual em dose única.
Raiva bovina: Vacinar todo rebanho, nas regiões endêmicas uma vez por ano, E
nas regiões livres, somente quando determinada pelas secretarias de agricultura.
Clostridioses:
- Pré-parto
- Nascimento
- Desmama
- Aos 12 meses
o
Salmonelose e pasteurelose: Vacas pré-parto (8 mês de gestação) e bezerros de
15 a 30 dias de vida.
IBR, BVD, PI3 e BRSV: Vacinar aos 3 meses de idade, com reforço 30 dias após.
Revacinação anual com dose única.
Everminação:
Importância econômica No Brasil, a pecuária bovina de corte possui longo ciclo de produção, variando
Aspectos agro e zooecológicos de 5 a 7 anos, de acordo com o nível da tecnologia adotado.
Raças
Instalações De acordo com a maturação do seu produto final, a produção de gado de corte
Alimentação é dividida em diversas fases, que podem ou não estar integradas dentro da
mesma propriedade rural. São as fases de cria, recria e engorda, todas elas
Producao de carne em pastagens
desenvolvidas predominantemente em pastagens. A fase de cria concentra-se
adubadas na produção de bezerros, mantidos ao pé da vaca até a desmama (7 a 9
Irrigacao de pastagens meses), sendo extremamente importante, nesta fase, o manejo da reprodução
Invasoras em pastagens e da alimentação. Esta fase representa o cerne da pecuária bovina e é a mais
Reprodução sensível à baixa produção de forragens, principalmente no inverno ou na seca,
sendo responsável, quase integralmente, pelos baixos índices de produtividade
Saúde
do rebanho nacional. A fase de recria vai da desmama até a época de
Mercados e comercialização acasalamento das fêmeas e engorda dos machos, variando de 2 a 4 anos,
Referências dependendo da tecnologia adotada. A fase de engorda tem duração de
Glossário aproximadamente 12 meses, sendo na sua quase totalidade realizada em
Anexos pastagens, embora nos últimos dez anos tenha aumentado significativamente o
número de animais confinados no País. De 1992 a 2001, o número de bovinos
confinados aumentou de 825.000 animais (cerca de 0,5% do rebanho efetivo
em 1992) para 1.868.000 animais (cerca de 1,1% do rebanho efetivo em
Expediente 2001), representando aumento de 126,42% no período (Anualpec, 2002). De
qualquer modo, em relação ao efetivo bovino brasileiro, o número de animais
confinados é muito pequeno, caracterizando-se a produção em pastagens.
Abate e comercialização
Tabela 2.2. Variação real (R$ e US$/@) dos preços do boi gordo de 1995 a 2001.
Principais Estados brasileiros na comercialização de bovinos. Preços reais deflacionados
(IGP-M e IPC-EUA).
A cadeia tem como primeiro elo o produtor, que ressente bastante a mudança
de paradigma da pecuária nacional, da pecuária extensiva, extrativista, apoiada
na fertilidade natural das pastagens e, conseqüentemente, de baixo custo, para
a pecuária que exige produtividade em decorrência da crescente utilização de
insumos, principalmente de fertilizantes, elevando os custos de produção e
reduzindo as margens de lucro. O segundo elo da cadeia é o do transporte, que
opera com dificuldades, em virtude do sucateamento das rodovias e das
ferrovias brasileiras, o que eleva os custos do frete. O terceiro elo é o de
processamento e industrialização da carne bovina, cujos frigoríficos têm
operado com capacidade ociosa. O quarto elo é o de transporte do frigorífico até
o comércio atacadista e varejista. Na ponta da cadeia estão os supermercados e
os açougues, fundamentais no processo de organização da cadeia, dada a
grande interface com o consumidor.
Início Referências
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Importância econômica Embrapa Informação Tecnológica; Campo Grande: Embrapa Gado de Corte, 51
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Raças
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pastagens adubadas
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desenvolvimento do bezerro em gado de corte. Rev. Soc. Bras. Zootec., v.25,
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Reprodução
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Início Glossário
AB C D E F G H I J K L MN O P Q R S T U V W X YZ
Importância econômica
Aspectos agro e zooecológicos
A
Raças
Instalações
Ação aditiva: o efeito de um alelo independentemente do efeito do outro alelo no
Alimentação mesmo loco.
Producao de carne em
pastagens adubadas Acúmulo de forragem: aumento na massa de forragem de uma área de
Irrigacao de pastagens pastagem durante determinado período de tempo.
Invasoras em pastagens
Reprodução Água residente: água da chuva que fica retida no ambiente de forma disponível,
Saúde não escoando rapidamente para fora da área de captação. Água que fica
Mercados e comercialização armazenada no solo, no lençol freático, na camada de resíduos vegetais sobre o
Referências solo e nas estruturas das plantas.
Glossário
Águas pluviais: água de chuva.
Anexos
Carcaça: parte comestível da carne bovina, ainda com osso, obtida após os
procedimentos de abate.
Déficit hídrico: falta de água disponível para a planta num determinado período,
considerando que ela explora até um metro de profundidade de solo com
capacidade de armazenamento de água disponível (CAD) de aproximadamente
100 mm. Em solos com menor CAD ou mais rasos o déficit ocorrerá mais cedo.
Distrófico: denominação dos solos que apresentam saturação por bases (V%)
menor do que 50%. Sinônimo de solo pobre, de baixa fertilidade.
Dominância: interação entre alelos de um mesmo loco de tal forma que nos
animais heterozigotos um alelo tem efeito maior do que o outro alelo.
(N2O).
G
H
J
K
L
Liderança: condição definida pelas relações sociais entre indivíduos que resulta
na situação em que um indivíduo segue outro (o líder).
M
N
Nova raça: raça formada por meio de cruzamento entre animais de duas ou mais
raças já existentes e reconhecida pelos órgãos oficiais do país de origem.
PIB (produto interno bruto): expressão do total dos bens e serviços finais
produzidos dentro do território econômico da nação, independentemente de quais
sejam os proprietários dos recursos empregados.
U
V
Vossorocas: escavação do solo em forma de "V", por ação da água que escoa
superficialmente em solo impermeável e desprotegido, arrastando partículas
sólidas dos pontos de maior fraqueza.
W
X
Y
Z
Início Anexos
Importância econômica
Aspectos agro e zooecológicos
Raças
Instalações
Alimentação
Producao de carne em
pastagens adubadas
Irrigacao de pastagens
Invasoras em pastagens
Reprodução
Saúde
Mercados e comercialização
Referências
Glossário
Anexos
Expediente
Início Expediente
República Federativa do Brasil
Importância econômica
Aspectos agro e zooecológicos Luiz Inácio Lula da Silva
Raças Presidente
Instalações
Alimentação Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Produção de carne em
pastagens adubadas Roberto Rodrigues
Irrigação de pastagens Ministro
Invasoras em pastagens
Reprodução Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Saúde
Mercados e comercialização
Referências Conselho de Administração Diretoria-Executiva da Embrapa
Glossário
Anexos José Amauri Dimárzio Clayton Campanhola
Presidente Diretor-Presidente