Apostila de Parasitologia e Doenças Parasitárias
Apostila de Parasitologia e Doenças Parasitárias
Apostila de Parasitologia e Doenças Parasitárias
DE
PARASITOLOGIA
E
DOENÇAS
PARASITÁRIAS
EM
MEDICINA VETERINÁRIA
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: tempo que transcorre desde o contágio até a aparição dos
primeiros sintomas da doença.
2
CADEIA EPIDEMIOLÓGICA
VE VT PE
FI S
FONTE DE INFECÇÃO
Organismo vertebrado onde o agente pode sobreviver e multiplicar-se, ten-
do acesso ao meio exterior.
Modalidades de fontes de infecção: - doentes
- portadores
- reservatórios
VIA DE ELIMINAÇÃO
É o meio ou veículo pelo qual o parasita é eliminado da fonte de infecção
(secreções, excreções, sangue, exsudatos/descargas purulentas, desca-
mações epiteliais, leite, placenta).
VIA DE TRANSMISSÃO
É o meio ou veículo pelo qual o parasita alcança o novo hospedeiro
(água, ar, poeiras, solo, fômites, alimentos, hospedeiros intermediários,
vetores).
PORTA DE ENTRADA
Via pela qual o parasita penetra no novo hospedeiro
(pele, mucosas, via oral, trato gênito-urinário).
SUSCETÍVEL
Hospedeiro passível de sofrer a infestação (ou infecção).
Constituintes do Ecossistema:
1) BIÓTOPO ou HABITAT ou ECÓTOPO → geossubstrato = características físicas,
químicas, edáficas, topográficas, geográficas e climáticas
2) BIOCENOSE ou BIOTA → conjunto de espécies de seres vivos que ocupam o
biótopo.
3
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS (RELACIONADAS OU PRÓXIMAS AO PARASITISMO):
ESCLAVAGISMO: uma espécie se aproveita de outra para fins de trabalho; ex.: formigas
que capturam pupas de outras espécies para aproveitá-las como ope-
rárias quando adultas;
PREDATISMO: uma espécie (predador) ataca a outra (presa) para fins de alimentação;
ex.: carnívoros e herbívoros.
PARASITA
Organismo que, com a finalidade de alimentar-se, reproduzir-se ou completar o seu
ciclo vital, se aloja em outro ser vivo, animal ou vegetal, de modo permanente ou temporário,
produzindo nele certas reações.
OBS.: aproximadamente 25% das espécies de seres vivos conhecidas vivem como parasitas
em alguma de suas fases vitais e cerca de 90% destas correspondem a parasitas internos.
4
Classificação dos parasitas:
5
- segundo o número de hospedeiros necessários para a realização do ciclo de vida:
- segundo o habitat:
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SISTEMÁTICA – MOLUSCOS e ARTRÓPODES (ÁCAROS)
Reino (Sub-Reino) Filo (Subfilo) Classe (Subclasse) Ordem (Subordem) (Superf) Família (Subf) Tribo Gênero(Subgênero) Espécie (Subespécie)
Animal
Metazoa
Mollusca
Gastropoda
Stylommatophora
Xanthonychidae Bradybaena
Basommatophora
Lymnaenidae Lymnaea CARAMUJOS
Planorbidae Biomphalaria
Arthropoda
Crustacea
Pentastomida
Arachnida
Acarina
Ixodides
Ixodidae
Ixodinae Ixodes
Amblyomma CARRAPATOS
Amblyomminae Haemaphysalis DUROS
Anocentor
Rhipicephalus
Rhipicephalinae Boophilus
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SISTEMÁTICA – ARTRÓPODES (INSETOS)
Reino (Sub-Reino) Filo (Subfilo) Classe (Subclasse) Ordem (Subordem) (Superf) Família (Subf) Tribo Gênero(Subgênero) Espécie (Subespécie)
Animal
Metazoa
Arthropoda
Insecta
Mallophaga
Amblycera
Menoponidae Menopon
Ischnocera
Trichodectidae Trichodectes
Damalinia PIOLHOS
Felicola
Anoplura
Haematopinidae Haematopinus
Linognathidae Linognathus
Pediculidae Pediculus
Phthrius
Siphonaptera
Tungidae Tunga
Pulicidae Pulex
Xenopsylla PULGAS
Ctenocephalides
Echidnophaga
Hemiptera
Reduviidae Triatoma
Panstrongylus BARBEIROS
Rhodnius
Diptera
Cyclorrapha
Muscidae Musca
Stomoxys
Haematobia
Calliphoridae Cochliomyia
Chrysomyia MOSCAS
Lucilia
Sarcophagidae Sarcophaga
Cuterebridae Dermatobia
Oestridae Oestrus
Gasterophilidae Gasterophilus
Hippoboscidae Melophagus
Brachycera
Tabanidae Tabanus
Chrysops
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Nematocera
Ceratopogonidae Culicoides
Simulidae Simulium
Psychodidae Phlebotomus
Lutzomyia MOSQUITOS
Culicidae Anopheles
Aedes
Culex
Haemagogus
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SISTEMÁTICA – HELMINTOS
Reino (Sub-Reino) Filo (Subfilo) Classe (Subclasse) Ordem (Subordem) (Superf) Família (Subf) Tribo Gênero(Subgênero) Espécie (Subespécie)
Animal
Metazoa
Nemathelminthes
Nematoda
Trichostrongyloidea
Strongyloidea
Ascaridoidea
Rhabditoidea
Spiruroidea VERMES REDONDOS
Oxyuroidea
Filarioidea
Dioctophymatoidea
Trichuroidea
Acantocephala
Giganthorhynchidae Macracanthorhynchus M.hirudinaceus
Platyhelminthes
Trematoda
Digenea
Fasciolidae Fasciola
Dicrocoeliidae Eurytrema
Schistosomatidae Schistosoma
Paramphistomatidae Paramphistomum
Cestoda
Cyclophylidea Taeniidae Taenia
Echinococus
Hymenolepididae Hymenolepis VERMES CHATOS
Davaideidae Davainea
Raillietina
Dilepididae Dipylidium
Anoplocephalidae Anoplocephala
Paranoplocephala
Moniezia
Thysanosoma
Pseudophyllidea Diphyllobothriidae Diphyllobothrium
Spirometra
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SISTEMÁTICA – PROTOZOÁRIOS
Reino (Sub-Reino) Filo (Subfilo) Classe (Subclasse) Ordem (Subordem) (Superf) Família (Subf) Tribo Gênero(Subgênero) Espécie (Subespécie)
Protista
Protozoa
Ciliophora
Ciliata
Balantidiidae Balantidium
Sporozoa (Apicomplexa)
Coccidia
Eimeriidae Eimeria
Cystoisospora
Cryptosporidium
Sarcocystidae Toxoplasma
Sarcocystis
Neospora
Besnoitia
Hammondia
Hepatozoon
Piroplasmidia
Babesiidae Babesia
Theileriidae Theileria
Sarcomastigophora
Sarcodina
Entamoeba
Mastigophora
Trypanosomatidae Trypanosoma
Leishmania
Trichomonadidae Tritrichomonas
Trichomonas
Monocercomonadidae Histomonas
Hexamitidae Giardia
Microspora
Encephalitozoon
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NOME VULGAR: denominação popular dada a uma espécie em uma região ou país
Subgênero: em latim, grifado ou em itálico, iniciado com letra maiúscula, entre o gênero
e a espécie, entre parênteses.
ex.: Leishmania (Viannia) chagasi
Obs.:
1) Quando uma espécie é mencionada, mas não denominada, utiliza-se o gênero + sp.
ex.: Toxocara sp.
quando se refere a mais de uma espécie, utiliza-se spp.
ex.: Toxocara spp.
2) Quando uma espécie é descrita por determinado autor, o nome do autor deve ser
escrito logo após o nome científico. Ex.: Trypanosoma cruzi Chagas, 1909.
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HOSPEDEIRO
- principal: oferece as condições ideais ao parasita, que pode tambem atacar ou-
tras espécies não tão eficientes como hospedeiras
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INTERAÇÕES HOSPEDEIRO-PARASITA:
- ações mecânicas
obstrutivas (Ascaris)
compressivas (cisto hidático)
traumáticas (Ancylostoma, mosquitos)
- ações tóxicas
exotoxinas (parasita excreta produtos do seu metabolismo)
endotoxinas (parasita libera ao morrer)
- ações espoliadoras
diretas (artrópodes hematófagos)
indiretas (Toxocara spp.)
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- ações inflamatórias (picadas de mosquitos)
Tipos de reprodução:
partenogênese (Strongyloides)
pedogênese
endogenia
esporogonia (coccídias)
- sexuada ou gâmica ou singâmica: origina novos indivíduos a partir das células sexuais
produzidas pelos pais
conjugação (ciliados)
- relacionados ao hospedeiro:
resistência
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Regiões do organismo do hospedeiro que são comumente invadidas pelos parasitas e os
seus respectivos mecanismos de defesa:
Esquematicamente:
ambiente nula
fisiológica
organismo resposta
patológica
agente
clínica
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PROTOZOOLOGIA
CONCEITOS BÁSICOS
HISTÓRICO:
CLASSIFICAÇÃO:
FILO Protozoa
(animais eucarióticos,unicelulares)
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brado (esquizogonia) e sexuada no vetor (sin-
gamia)
Plasmodium, Haemoproteus, Leucocytozoon
SUBFILO Ciliophora: locomoção por cílios; reprodução assexuada por divisão bi-
nária e sexuada por conjugação; a maioria de vida livre
Balantidium
MORFOLOGIA:
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REPRODUÇÃO:
Assexuada:
- divisão binária ou cissiparidade: o núcleo divide-se em 2 e em
seguida o citoplasma tambem se divide (um indivíduo origina dois iguais);
presente em flagelados,ciliados e amebas;
- brotamento ou gemiparidade: uma pequena porção do citoplasma
se separa junto à célula-mãe e cresce até adquirir o tamanho total
do organismo; é o que ocorre no gênero Babesia
- esquizogonia: quando o trofozoíto cresce e seu núcleo se divide
várias vezes formando o esquizonte; depois, cada núcleo adquire
uma porção do citoplasma, formando os merozoítos; por fim, o
esquizonte se rompe liberando os merozoítos;
ocorre nos gêneros Eimeria e Isospora
- esporogonia: processo em que a célula-mãe (oocisto) realiza meiose, originando os
esporozoítos; sucede a formação de um zigoto;
ocorre em Eimeria e Isospora
Sexuada:
- singamia: o gameta masculino (microgameta) e o feminino (ma-
crogameta) se unem para formar o zigoto; ocorre no gênero
Toxoplasma
isogamia: quando os 2 gametas são idênticos
anisogamia: quando há diferenças de tamanho (macro e
microgameta)
NUTRIÇÃO:
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EXCREÇÃO E OSMORREGULAÇÃO
Ocorre através de 2 processos:
RESPIRAÇÃO:
Podem ser:
LOCOMOÇÃO:
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GÊNEROS Trypanosoma e Leishmania
Posição Sistemática
Filo: Protozoa
Gêneros: Trypanosoma
Leishmania
Phytomonas (têm insetos como HI e plantas como HD)
Leptomonas
Crithidia
Herpetomonas parasitam insetos
Blastocrithidia
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GÊNERO Trypanosoma
Características:
- Possuem flagelo, núcleo e cinetoplasto
- encontrados no sangue e tecidos de vertebrados em todo o mundo
- são mais de 200 espécies, sendo somente algumas de importância em saúde pública e
animal
- possuem, a maioria, um vetor ou HI artrópode (são heteroxênicos)
- se acham principalmente nos trópicos, onde provocam várias doenças no homem e nos
mamíferos
- são aparentemente apatogênicos nas aves, répteis, anfíbios e peixes
Tipos morfológicos (que podem surgir nas diversas fases do ciclo evolutivo das espécies):
forma forma forma forma
amastigota promastigota epimastigota tripomastigota
TIPOS DE TRANSMISSÃO:
- transmissão acíclica: - possui vetor mecânico artrópode (moscas dos gêneros Tabanus
E Stomoxys)
T.evansi - África e Ásia - transmitido por moscas picadoras
América Central e do Sul - transmitido por moscas
e morcegos (que são reservatórios) ou por ingestão da
carcaça de animais mortos por causa de
tripanossomíase (cães, gatos e carnívoros selvagens).
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Transmissão cíclica:
SEÇÃO SALIVARIA
- espécies transmitidas por Glossina spp. (mosca tsé-tsé) na África
T.congolense,T.vivax e T.brucei
- o principal problema é para a criação de bovinos, pois causam a doença conhecida como
“Nagana”,frequentemente levando os animais a óbito
Morfologia:
- protozoários flagelados, fusiformes e alongados
- flagelo origina-se na parte posterior (junto ao corpo basal e bolsa flagelar) e segue para a
anterior, sendo unido no corpo do tripanossomo por uma película, formando assim a
membrana ondulante
- núcleo é central e há o cinetoplasto
Distribuiçaõ geográfica:
África (ao sul do deserto do Saara)
América do Sul – somente T.vivax
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Ciclo evolutivo:
Patogenia:
Em geral, as tripanossomoses causam:
- linfoadenopatia e esplenomegalia, com alta produção de IgM, embora leve à relativa
imunossupressão; com a cronificação do processo, os linfonodos e o baço diminuem de
tamanho;
- Anemia: proporcional à parasitemia, hemolítica (ocorre de truição de hemácias por
macrófagos); com a cronificação, a anemia diminui, mas pode persistir mesmo com o
tratamento;
- degeneração celular e infiltração inflamatória em vários tecidos, como SNC, musculatura e
miocárdio.
Sintomatologia clínica:
Epidemiologia:
24
Diagnóstico:
Tratamento:
Profilaxia e controle:
25
SEÇÃO STERCORARIA
T.melophagium - HD = ovinos
HI = moscas da espécie Melophagus ovinus
ocorrência = Europa ocidental
tamanho = entre 50 e 60m
T.rangeli - afeta o homem, sendo pouco importante (ocorre na Venezuela e Amazônia, mas de
forma pouco importante)
Ciclo evolutivo:
transformam-se em tripomastigotas e
multiplicam-se na corrente circulatória
Sintomatologia clínica:
Diagnóstico:
- incubação de sangue em meio de cultura para multiplicação dos tripanossomos.
26
Distribuição geográfica: Américas do Sul e Central e sul dos EUA.
- transfusão de sangue: ocorre nos centros urbanos; estima-se que ocorram ~100.000
casos por ano no Brasil somente devido à esta via
27
Ciclo evolutivo:
28
GÊNERO Trypanosoma
HOSPEDEIROS: MAMÍFEROS
FORMA: TRIPOMASTIGOTA
ESTRUTURAS:
CINETOPLASTO
NÚCLEO
HEMÁCIAS
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GÊNERO Leishmania
Características:
São parasitas intracelulares de macrófagos, nos quais possuem forma ovóide, com
cinetoplasto e flagelo rudimentar (forma amastigota)
- complexo mexicana
causa lesões ulcerativas ou nodulares com tendência à cura
espontânea; pode se disseminar por todo o tegumento subcu-
tâneo
reproduzem-se rapidamente na lesão
acometem a ½ anterior do intestino do flebotomíneo
Leishmania mexicana, L. amazonensis
- complexo donovani
causa a leishmaniose visceral ou calazar; ulcerações superfi-
ciais tendem a desaparecer; acomete o fígado, baço e medula
óssea; pode evoluir para o óbito
Leishmania donovani, L. infantum, L. chagasi
Distr.geográfica:
30
Patogenia:
Ciclo evolutivo:
picada
HD com macrófagos infectados no intestino do vetor transformam-se
em promastigotas
forma amastigota
núcleo multiplicação
macrófago (divisão binária)
picada
macrófagos novo HD migração para a probóscida
(retorno à forma
amastigota)
Sintomatologia clínica:
31
Epidemiologia:
Diagnóstico:
Tratamento:
Profilaxia:
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GÊNERO Leishmania
HOSPEDEIROS: MAMÍFEROS
FORMA: AMASTIGOTA
ESTRUTURAS:
NÚCLEO
CINETOPLASTO
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Gêneros Tritrichomonas, Histomonas, Giardia e
Balantidium
Gênero Tritrichomonas
Tritrichomonas foetus
Distribuição: Cosmopolita
Prevalência diminui muito onde se pratica a inseminação arti-
ficial.
Morfologia:
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Ciclo evolutivo:
cobertura
Touro infectado Vaca (parasita depositado na vagina)
cérvix
vagina útero
(2-3 dias antes do estro) (causa endometrite leve)
Patogenia:
Vaca - causa aborto entre 8 e 16 semanas de gestação e retenção de placenta, levando
à endometrite purulenta, corrimento uterino persistente e anestro prolongado; pode ocorrer
piometra (com a cérvix fechada e corpo lúteo persistente)
Feto - morre por inanição (T. foetus é atraido por carboidratos) ou por inflamação dos
cotilédones (o que destrói a placentação).
Sintomatologia clínica:
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creções uterinas)
fase crônica: índice de fertilidade quase normal
casos esporádicos de abortoirregularidades no período
estral.
Epidemiologia:
Diagnóstico:
Tanto em vacas como em touros a pesquisa dos parasitos deve ser repetida várias
vezes antes de qualquer conclusão (geralmente faz-se 3 exames com intervalo de 1
semana)
Tratamento:
- Vacas: tratamento sintomático e repouso sexual de 3 meses após o aborto (lembrar que a
infecção causa autocura e é portanto autolimitante na fêmea); em casos de piometra, deve-se
provocar a regressão do corpo lúteo e promover o esvaziamento uterino;
36
- Touros: tripaflavina
dimetridazol (EMTRIL) - 50-60 mg/kg sid por 5 dias,VO (p/machos e
fêmeas)
iodeto de sódio
água oxigenada; trat. de suporte - vitaminas A,E e C.
Controle:
Trichomonas gallinae
Hospedeiros: pombos
perús, galinhas (ocasionalmente)
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GÊNERO Trichomonas
HOSPEDEIROS: AVES e MAMÍFEROS
FORMA: TROFOZOÍTO
ESTRUTURAS:
NÚCLEO
FLAGELOS
AXÓSTILO
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Histomonas meleagridis
Distribuição: cosmopolita
Ciclo evolutivo:
circulação porta-hepática
Patogenia:
39
Sintomatologia clínica:
Epidemiologia:
Pode ocorrer infecção de perús em locais onde houve a criação de galinhas, já que o
organismo pode sobreviver em ovos de Heterakis larvados no solo ou em minhocas por mais de
2 anos.
40
Gênero Giardia
Posição sistemática:
Filo Protozoa
Subfilo Sarcomastigophora
Classe Mastigophora
Distribuição: cosmopolita
Morfologia:
apresenta 2 formas:
ingestão
Cisto Hospedeiro desencistamento inicia-se no
estômago e completa-se no
intestino delgado
novo hospedeiro
transforma-se em trofozoíto
cistos são eliminados com as fezes
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Patogenia: causa a “giardíase” no homem e nos animais, geralmente causando
diarréia crônica.
Controle:
Estudos não demonstram que os animais domésticos podem desempenhar papel de importância
para a infecção de seres humanos, mas não se pode chegar a conclusões definitivas. Portanto,
como a importância de cães e gatos como fontes de infecção humana ainda é controversa,
recomenda-se o tratamento de todas as infecções diagnosticadas em pequenos animais, mesmo
que não apresentem sintomatologia clínica.
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Balantidium coli
Distribuição: cosmopolita
Morfologia:
- trofozoíto: - forma ativa e móvel, deslocando-se através de fileiras de cílios
- mede até 300 m (~60 a 100 m de compr. e 50 a 80 m de larg.)
- perióstoma (depressão afunilada) que leva ao citóstoma ou boca; daí,
partículas de alimento são levadas para vacúolos no citoplasma e
digeridas
- possui 2 núcleos, o micronúcleo (que é diplóide e participa da reprodu-
ção) e o macronúcleo (muito maior, haplóide e atua sobre as
funções vegetativas do organismo)
- há 2 vacúolos contráteis que regulam a pressão osmótica
- pode apresentar o citopígio (orifício de expulsão de resíduos da
digestão)
reprodução por
B.coli no intestino de suínos ocorre reprodução por conjugação
(trofozoítos) divisão binária
transformam-se em
ingestão
novo hospedeiro eliminados com as fezes cistos
(são viáveis no ambiente por
~2 semanas à temp.ambiente)
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Patogenia:
Tratamento: tetraciclinas
metronidazol (FLAGYL)
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Gêneros Eimeria e Cystoisospora
Posição sistemática: Filo Protozoa
Subfilo Sporozoa (parasitas intracelulares, possuem
complexo apical em algum estágio
de desenvolvimento, trofozoítos
sem cílios ou flagelos, reprodução
assexuada por esquizogonia e sexuada
por gametogonia, após o que forma-se
o zigoto, que se divide e produz
esporos por esporogonia)
Classe Coccidia (causam a doença denominada
“coccidiose”)
Família Eimeriidae (parasitas intracelulares do epitélio
intestinal; esquizogonia e gametogonia
ocorrem no hospedeiro e a esporulação
no ambiente).
Gênero Eimeria
Distribuição: cosmopolita
Identificação: oocistos:
- encontrados nas fezes dos animais, variam de formato
(esférico, oval ou elipsóide) e tamanho (15 a 50 m)
- possuem camada de revestimento refrátil e algumas
espécies possuem o micrópilo (poro de uma das extremi-
dades coberto por um tampão)
- tempo de esporulação no ambiente variável com a espécie
45
Ciclo evolutivo: composto por 3 fases
1) esporogonia
O2 + umidade + T = ~27C
(2 a 4 dias)
ingestão
2) infecção e esquizogonia
hospedeiro
ação mecânica
CO2
(esquizogonia)
microgametas macrogameta esquizonte (merozoítos)
ruptura
liberação dos merozoítos
microgametócito macrogametócito
invasão de outras
células epiteliais
merozoítos
nova esquizogonia
(número de gerações depende da sp)
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Gênero Cystoisospora (= Isospora)
Distribuição: cosmopolita
Epidemiologia:
- camas mal manejadas favorecem condições adequadas à
persistência dos oocistos no ambiente
- superlotação aumenta as chances de ocorrência de surtos
- nos pastos, o tempo de esporulação é geralmente maior
- os oocistos são altamente resistentes, persistindo no ambiente
até por anos
- na coccidiose bovina, o ciclo pode ser interrompido no estágio
esquizogônico e retomado meses depois
- formas envolvidas na esquizogonia são altamente imunogênicas
- são altamente hospedeiro-específicos e a imunidade é sempre
espécie-específica.
Patogenia:
- lesões na mucosa intestinal dependem da densidade e localização
dos parasitas
- após a ruptura das células epiteliais, a recuperação tecidual é lenta
e, em certos casos, causa hemorragia, ulcerações e necrose da mucosa
intestinal
- ocorre, em algumas espécies, lesões superficiais do epitélio, destruindo
as vilosidades, causando diminuição da absorção de nutrientes
e consequente deficiência da conversão alimentar.
47
Coccidioses
Aves
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Patos e gansos - E.anseris causam coccidiose intestinal em gansos jovens
E.nocens
E.truncata - parasitam os rins dos gansos, causando nefrite
aguda
Bovinos
49
PPP = 18 dias
oocistos grandes, ovais, 28X20 m
- epidemiologia: doença ocorre com a ingestão de grande quantidade de
oocistos
a infecção é favorecida com:
superlotação em currais favorece a infecção
alimentos sem as devidas condições de higiene
pastos e piquetes encharcados e alta pressão de pastejo
- diagnóstico: histórico do manejo + sintomatologia clínica
pesquisa de oocistos nas fezes
- tratamento: sulfamezatina (via parenteral por 3 dias)
amprólio (na água de beber, por 5 dias)
- prevenção: bom manejo (comedouros e bebedouros limpos, separação
por idade, cama limpa e seca).
Ovinos
Caprinos
Suínos
50
oocistos elipsóides de 17X13 m
localizam-se no jejuno e íleo;outros órgãos-na forma
de cistos
sint.clínica: enterite catarral ou fibrinosa, ou mais
severamente, fibrinonecrótica, anorexia, diminuição
do peso, enfraquecimento, desidratação
diagnóstico: - histórico da criação + sint.clínica
- pesquisa de oocistos - repetir o exame
em casos de resultados negativos
- necrópsia
tratamento: amprólio (VO), na concentração de
9,6%
(1ml/dia,VO - 4-5dias)
sulfas - pouco efetivas
prevenção: administrar amprólio para as porcas no
período perinatal (1 semana antes e 3
semanas após o parto), na dosagem
de 10 mg/kg/dia.
Equinos e asininos
Coelhos
acometidos por:
E.stidae - PPP = 18 dias, oocistos elipsóides, 37X21 m
ocorre nos ductos biliares (epitélio) e fígado
sint.clínica: enfraquecimento, diarréia, ascite, poliúria, colangite,
hepatomegalia com nodulações
E.flavescens - oocistos ovais, 31X21 m, com micrópila
E.intestinalis - oocistos piriformes, 27X18 m
ocorre no intestino
patogenia: causam a destruição das criptas do ceco
sint.clínica: diarréia, emaciação
diagnóstico: - exame pós-morte
51
- pesquisa de oocistos nas fezes
tratamento: sulfamezatina
sulfaquinoxalina, na água de beber
prevenção: limpeza diária das gaiolas, coelheiras, cercados
higiene rigorosa dos comedouros
administração de coccidiostáticos na ração
Cães
acometidos por:
Cy.canis - oocisto maior(38X30 m)
Cy.ohioensis - oocisto de 25X20 m
PPP = menos de 10 dias
parasitas de ciclos monoxênicos e ocasionalmente heteroxênicos (os cães
podem infectar-se a partir de tecidos de roedores infectados com estágios
assexuados)
Gatos
acometidos por:
Cy.felis - oocistos de 40X30 m
Cy.rivolta - oocistos de 25X20 m
PPP = 7-8 dias
sintomatologia clínica: enterite catarral (com grande quantidade de muco
na luz do intestino), fezes pastosas ou diarreicas
(inicialmente amareladas ou acinzentadas), enterite
hemorrágica, diminuição do peso, apatia, desidrata-
ção (em quadros mais prolongados); normalmente
associada com outros processos e infecções secun-
dárias.
diagnóstico: - pesquisa de oocistos nas fezes
- exame pós-morte (atentar para a área afetada)
esfregaço da mucosa intestinal - p/ exame a fresco ou
corado (Giemsa), ou exame histopatológico
tratamento: sulfadimetoxina (25mg/kg/dia-2 sem)
+
amprólio (150mg/kg/dia-2 sem)
sulfaguanidina - 130mg/kg/dia-1 sem
nitrofurazona - 4 mg/kg/dia-1 sem
sulfamerazina - 130 mg/kg no 1dia e 45mg/kg 3X/dia-6dias
Primatas
52
Cy.cebi - isolada de Cebus albifrons
53
GÊNERO Cystoisospora
HOSPEDEIROS: CARNÍVOROS, CÃES, GATOS, HOMEM, PRIMATAS, SUÍNOS
ESTRUTURAS:
ZIGOTO
54
GÊNERO Cystoisospora
HOSPEDEIROS: CARNÍVOROS, CÃES, GATOS, HOMEM, PRIMATAS, SUÍNOS
ESTRUTURAS:
ESPOROCISTOS (2)
ESPOROZOITOS (8)
55
Gêneros
Cryptosporidium, Toxoplasma, Neospora,
Sarcocystis, Besnoitia e Hammondia
Posição sistemática:
Filo Protozoa
Subfilo Sporozoa (parasitas intracelulares, possuem
complexo apical em algum está-
gio de desenvolvimento, trofo-
zoítos sem cílios ou flagelos, re-
produção assexuada por esqui-
zogonia e sexuada por gameto-
gonia, após o que forma-se o zi-
goto, que se divide e produz es-
poros, por esporogonia)
Classe Coccidia
56
Gênero Cryptosporidium
Distribuição: cosmopolita
Identificação:
oocistos - encontrados nas fezes, muito pequenos (4 a 4,5 m)
cada um com 4 esporozoítos, esporulam dentro do
hospedeiro.
Ciclo evolutivo:
oocisto imaturo
liberação dos 4 esporozoítos
zigoto
Patogenia:
57
Sintomatologia clínica:
Epidemiologia:
- por possuir tamanho tão pequeno, os oocistos são facilmente veiculados pela água
e alimentos
- são eliminados do hospedeiro já na sua forma infectante, o que agiliza seu ciclo e
favorece a persistência na população hospedeira.
Diagnóstico:
Tratamento: - espiramicina
- inúmeros outros antibióticos e anti-parasitários têm resultados du-
vidosos.
58
GÊNERO Cryptosporidium
HOSPEDEIROS: PEIXES, ANFÍBIOS, RÉPTEIS, AVES e MAMÍFEROS
ESTRUTURAS:
ESPOROZOÍTOS (4)
59
Gênero Toxoplasma
Distribuição: cosmopolita.
Identificação:
60
Ciclo evolutivo:
HD
(GATO imunodeficiente ou jovem)
ingestão invasão de
células do
epitélio intestinal
oocisto merozoítos
(não-esporulado) (esquizonte
invasão de 1ªgeração)
HI células do
epitélio intestinal
(aves e mamíferos
zigoto GATO adulto) liberação dos
merozoítos
61
hospedeiros definitivos (felídeos, principalmente os jovens e imunodeprimidos)
- bradizoítos são encontrados no interior dos cistos, após a efetiva resposta imune do
hospedeiro = forma latente da infecção
o cisto pode romper-se se a imunidade decair e os bradizoítos readquirem as
características invasivas dos taquizoítos.
62
Epidemiologia:
Diagnóstico:
- testes sorológicos
teste do corante de Sabin-Feldman (1948)
teste padrão preconizado pela Organização Mundial da Saúde (1969)
por ser bastante sensível e específico
fixação de complemento
apresenta maior sensibilidade na fase aguda da doença
imunofluorescência indireta
ELISA (Enzyme-linked immunosorbent assay)
Tratamento:
Controle:
63
Toxoplasma gondii
HOSPEDEIROS: HDs = FELÍDEOS
HIs = AVES e MAMÍFEROS
LOCALIZAÇÃO: SNC
ESTRUTURAS:
CISTO c/ BRADIZOÍTOS
NÚCLEOS de NEURÔNIOS
64
Gênero Neospora
Hospedeiros:
HDs: cães
HIs: bovinos, ovinos, caprinos, eqüinos, cervídeos
Distribuição: Cosmopolita
Identificação:
Ciclo evolutivo:
Patogenia:
Taquizoítos:
- invadem neurônios, macrófagos, fibroblastos , células endoteliais, mió-
citos, células tubulares renais e hepatócitos causando degenera-
ção e necrose;
- infecção transplacentária dos cães leva à morte fetal precoce,
reabsorção, mumificação e nascimento de filhotes fracos;
- bovinos e ovinos apresentam abortamentos, com degeneração dos
cotilédones placentários, ou nascimento de bezerros fracos, sub-
65
desenvolvidos, que desenvolvem paralisia e hiperextensão de
posteriores em 3 a 5 dias
Cistos: - encontrados geralmente no SNC (cerebro e medula) e retina,
podendo causar lesões neuromotoras severas
Sintomatologia clínica:
Epidemiologia:
Diagnóstico:
Tratamento:
Controle:
66
Gênero Sarcocystis
Distribuição: cosmopolita
Espécies:
Identificação:
Ciclo evolutivo:
67
ingestão de esporocistos à presença de bradizoítos infectantes na musculatura do HI = 2 a 3
meses, até 12 meses.
Patogenia:
Sintomatologia clínica:
Epidemiologia:
- maiores prevalências associadas com a presença de cães e gatos junto aos HIs
- longevidade dos esporocistos é desconhecida.
Diagnóstico:
Tratamento:
Controle:
68
GÊNERO Sarcocystis
HOSPEDEIROS: HDs = CARNÍVOROS
HIs = HERBÍVOROS
ESTRUTURAS:
CISTO
BRADIZOITOS
FIBRAS MUSCULARES
69
Gênero Besnoitia
Besnoitia darlingi
HD - gambá
HI - herbívoros
Sintomatologia clínica:
HI - linfoadenopatia, edemas, tumefações subcutâneas dolorosas, espes-
samento da pele, perda de pêlos e necrose, podendo ocorrer óbito.
Tratamento: desconhecido
Gênero Hammondia
HD - gato
HI - roedores
Primeira descrição de oocistos em fezes de gatos no Brasil - São Paulo,
1985.
Ciclo evolutivo:
- o gato elimina oocistos não-esporulados nas fezes
- os roedores adquirem a infecção, ocorre multiplicação de taquizoítos na
lâmina própria da parede intestinal e formação de cistos contendo bradi-
zoítos na musculatura esquelética
70
Gêneros Babesia, Theileria, Anaplasma e Ehrlichia
Gêneros Babesia e Theileria
Identificação:
71
Ciclo evolutivo:
eritrócito do HD
hemólise
parasitas são liberados
PIROPLASMAS
reprodução assexuada
por brotamento
invasão de outras hemácias
vermículos (claviformes,móveis,alongados)
reprodução assexuada no HI
ovário do HI
72
Patogenia:
Sintomatologia clínica:
Epidemiologia:
73
- nível de “desafio” de carrapatos:
áreas endêmicas imunidade mantida por constantes infecções
(“desafios”)
diminuição da quantidade de carrapatos cai o estado imunitário
dos animais
- estresse:
diversas situações estressantes podem levar ao aparecimento ocasional de
babesiose, como o parto, outras doenças,...
Diagnóstico:
- histórico + anamnese
- sintomatologia clínica (anemia + febre + hemoglobinúria + icterícia + carrapato)
- exame clínico (medir T, palpar fígado,baço e linfonodos, auscultar coração)
- exame de esfregaços de sangue (coloração = Giemsa) - válido na fase aguda;
devem ser feitos de preferência da ponta da orelha ou da cauda
- necrópsia: até 8 horas após a morte é possível o diagnóstico pelo esfregaço de
sangue dos orgãos viscerais (do cerebro até 16 a 28 horas)
Controle:
74
Babesiose em bovinos
Europa:
75
Babesiose em suínos (sul da Europa, África e Ásia)
Espécies HI tamanho
Espécies ocorrência HD
B.divergens Europa indivíduos esplenectomizados
ou imunossuprimidos
B.microti EUA indivíduos normais sadios
76
GÊNERO Babesia
HOSPEDEIROS: BOVÍDEOS, EQÜÍDEOS e CANÍDEOS
LOCALIZAÇÃO: INTRAERITROCITÁRIA
FORMA: PIROPLASMA
ESTRUTURAS:
PIROPLASMAS
HEMÁCIAS
77
Gênero Anaplasma
Identificação:
Ciclo evolutivo:
Patogenia:
78
Sintomatologia clínica:
Epidemiologia:
Diagnóstico:
Tratamento:
- tetraciclina (TERRAMICINA)
- imidocarb (IMIZOL).
Controle:
79
Anaplasma marginale
HOSPEDEIROS: BOVÍDEOS
LOCALIZAÇÃO: INTRAERITROCITÁRIA
ESTRUTURAS:
CORPÚSCULO de INCLUSÃO
HEMÁCIAS
80
Gênero Ehrlichia
Ehrlichia canis
HD: cães
Tratamento: tetraciclinas
Imidocarb (IMIZOL).
81
Ehrlichia canis
HOSPEDEIROS: CANÍDEOS
LOCALIZAÇÃO: LEUCÓCITOS
ESTRUTURAS:
CORPÚSCULO de INCLUSÃO
NÚCLEO do LEUCÓCITO
HEMÁCIAS
82
INTRODUÇÃO À HELMINTOLOGIA
Filo Nemathelminthes
83
- quando o ciclo é indireto, as duas primeiras mudas ocorrem em um
HI e a infecção do HD ocorre por ingestão do HI ou por inoculação
das L3 quando o HI se alimenta; após a infecção, ocorrem outras
2 mudas, originando a L5; no caso de parasitas gastrintestinais, o
desenvolvimento pode ocorrer totalmente na luz intestinal, ou com
rápida invasão da mucosa; em muitas espécies, as larvas percor-
rem distâncias relativamente grandes, dando origem à via hepato-
traqueal (larvas no intestino sistema porta fígado v.cava
posterior coração direito a.pulmonar pulmões brônquios
traquéia esôfago).
84
Hipobiose: - interrupção temporária do desenvolvimento do nematóide em
algum momento da sua vida parasitária;
- estímulos para que se inicie - fatores ambientais atuando sobre
estádios de vida livre infectantes; geralmente, a maturação das
larvas hipobióticas coincide com a volta das condições ambientais
adequadas para o desenvolvimento dos estádios de vida livre;
pode ocorrer devido à imunidade adquirida e faixa etária do
hospedeiro;
85
Classe Cestoda
- não possui tubo digestivo, sendo a absorção feita pela cutícula externa
- corpo segmentado:
cabeça ou escólex (com órgãos de fixação = 4 ventosas, c/ ou sem gan-
chos,rostelo)
pescoço
cadeia de segmentos (estróbilo) e cada segmento é chamado proglote
- os proglotes se desenvolvem continuadamente, tornando-se sexualmente
maduras na região final do estróbilo
- cada proglote é hermafrodita e possui 1 ou 2 conjuntos de órgãos repro-
dutores masculinos e femininos
- poros genitais se abrem nas bordas lateraisdo segmento
- pode ocorrer autofertilização e fertilização cruzada entre proglotes
- o proglote maduro com ovos apresenta somente vestígios do útero ramifi-
cado
- os proglotes grávidos destacam-se do estróbilo e são eliminados com as fezes
- os ovos são formados por:
embrião hexacanto (6 ganchos) ou oncosfera
embrióforo (casca espessa, estriada e escura)
casca verdadeira, espessa e delicada (se per-
de ainda no útero).
86
NEMATODAS PULMONARES
Identificação:
adultos - finos e esbranquiçados, com até 8 cm de comprimento;
machos - possuem bolsa copuladora sem lobos e com raios digitiformes,
gubernáculo e espículos acastanhados, curtos e grossos;
fêmeas - são ovovivíparas (produzem ovos com larvas desenvolvidas);
larvas - L1 (encontradas nas fezes) têm movimentos lentos, com células
intestinais repletas de grânulos alimentares castanho-escuros (de
reserva nutricional), são altamente sensíveis a dessecação,
sendo mais viáveis em temperaturas ambientais amenas;
87
Dictyocaulus viviparus
Ciclo evolutivo:
coração Faringe
v.cava caudal
são deglutidas
canal torácico
88
Patogenia:
1) Fase de penetração (1ao 7dia) - larvas ainda não chegaram aos pulmões;
Sintomatologia clínica:
- a gravidade das manifestações clínicas depende de muitos fatores, entre eles a
idade sendo mais acometidos os bezerros de até 1 ano de idade;
- tosse (mais evidente após esforço físico)
- dispnéia, taquipnéia (maior do que 60 MR/minuto)
- postura de “falta de ar”(respirando pela boca com a cabeça eo pescoço distendidos)
- nos lobos pulmonares, principalmente os posteriores, pode-se auscultar crepitações
e estertores
- sialorréia, coriza (muco-purulenta), anorexia e, às vezes, discreta pirexia
- infecções maciças podem causar dispnéia grave repentina e até o óbito em 24 a 48h
89
- a recuperação ocorre lenta e gradativamente
- uma parcela (~25%) dos bezerros convalescentes podem desenvolver novamente
sinais respiratórios agudos e sobrevir a morte rapidamente
- a bronquite parasitária pode acometer animais adultos que não foram imunizados
por infecções anteriores e que foram colocados em áreas de pastejo altamente
contaminadas ou por qualquer outra situação debilitante em particular).
Epidemiologia:
- bezerros que iniciam o pastejo são os mais suscetíveis
- animais mais velhos adquirem forte imunidade especialmente em regiões endêmicas
- as L3 podem sobreviver no pasto durante um inverno rigoroso, utilizando-se de re-
cursos como enterrar-se no solo
- pequena quantidade de vermes adultos podem sobreviver em alguns animais até o
próximo período de pastejo
- larvas L4 podem persistir em estado de hipobiose no sistema linfático, particular-
mente nos linfonodos mesentéricos
- a dispersão das larvas a partir do bolo fecal durante a época de pastagem é bastan-
te efetivada pela atuação do fungo Pilobolus (quando o esporângio desse fungo
lança seus esporos, as larvas são tambem arremeçadas a uma distância de até 3
metros)
- nos países tropicais, a dictiocaulose ocorre de forma sasonal, e depende mais da
contaminação da pastagem por animais carreadores da parasitose do que da
sobrevivência prolongada das larvas infectantes
- no Brasil:
FURLONG; VILAS NOVAS (1982) - zona da mata de Minas Gerais - detectaram
um aumento da densidade larval nos meses de inverno em decorrência de menores
temperaturas e bom índice de orvalho
BRESSAN et alii - Vale do Paraíba Paulista - de 1987 a 1991 - resultados seme-
lhantes ao trabalho anterior
Diagnóstico:
- sintomatologia clínica + época do ano + história de pastejo
- encontro de larvas L1 (50 a 1000/g de fezes) em amostras fecais colhidas direta-
mente do reto
Prevenção e controle:
- manejo adequado do pastejo: diminuir a densidade de animais e controlar a expo-
sição dos animais suscetíveis às larvas (processo nem sempre satisfatórios)
- tratamento com anti-helmínticos
- vacinação - ainda não utilizada comercialmente no Brasil
DICTOL - vacina comercial amplamente utilizada especialmente no norte da
Europa em bovinos leiteiros, mais precisamente bezerros a partir de 8
semanas de idade ou mais (consiste em uma suspensão para uso oral
de cerca de 1000 larvas L3 irradiadas com raios gama)
90
Dictyocaulus arnfieldi
Ciclo evolutivo:
difere do ciclo de D.viviparus nos seguintes aspectos:
- eclosão dos ovos com L1 ocorre logo após a eliminação das fezes
- PPP = 2 a 4 meses
- infecções patentes mais comuns: asininos - de todas as idades
equinos - animais de ~1 ano
Patogenia:
Ocorrem lesões pulmonares caracterizadas por vermes rodeados de exsudato muco-
purulento e tecido pulmonar degenerado, e que medem de 3 a 5 cm
Sintomatologia clínica:
- raramente observada, mesmo em asininos (patogenia de leve a moderada)
- podem surgir hiperpnéia discreta e, ao exame clínico, a detecção de estertores pul-
monares
- tosse persistente e taquipnéia (animais idosos)
Epidemiologia:
- equinos podem adquirir a infecção de asininos que ocupam o mesmo pasto
- os fungos Pilobolus podem atuar na dispersão das larvas
Diagnóstico:
- as larvas L1 são mais facilmente observadas em fezes de asininos do que de
equinos
- a técnica utilizada é a de Baerman modificada
- detecção de eosinófilos no muco traqueal (meio auxiliar de diagnóstico)
- diagnóstico clínico é confirmado com uma resolução da sintomatologia após o
tratamento
Tratamento:
São empregadas várias drogas como dietilcarbamazina, levamisol, fenbendazol,
mebendazol, ivermectina (via oral)
Controle:
- separar equinos e asininos em áreas de pastejo diversas
- animais recem introduzidos devem ficar separados
- esquema estratégico de tratamento com anti-helmínticos
91
Dictyocaulus filaria
Ciclo evolutivo:
- semelhante ao do D.viviparus
- PPP = 5 semanas
Patogenia:
- as lesões são semelhantes àquelas causadas pelo D.viviparus
- casos graves são raros devido ao pequeno número de vermes normalmente encon-
trados, mas podem surgir edema e enfisema pulmonar, além de infecções secundá-
rias (o que pode ser evidenciado por áreas purulentas no parênquima pulmonar)
Sintomatologia clínica:
- tosse e caquexia progressiva (mais em animais jovens)
- dispnéia e corrimento nasal muco-purulento persistente (em casos mais graves)
Epidemiologia:
- larvas que resistiram ao inverno no ambiente e o papel dos animais adultos como
portadores são os fatores mais importantes
- larvas podem permanecer em hipobiose nos pulmões
- caprinos parecem ser mais suscetíveis do que os ovinos, o que tem maior importân-
cia quando são criados juntos
Diagnóstico:
- histórico + sintomatologia clínica
- exame de fezes de amostras significativas do rebanho
Tratamento e controle:
Ao tratar os animais infectados com anti-helmínticos, colocá-los em outro pasto que
não estava sendo utilizado.
92
Gênero Metastrongylus - Superfamília Metastrongyloidea
Espécies:
Metastrongylus apri (= elongatus)
M.pudendotectus
M.salmi
HDs: suínos
HIs: minhocas
Distribuição: cosmopolita
Identificação:
- vermes brancos e finos, de até 6cm de comprimento
- ovos larvados já na postura (muito resistentes no ambiente)
Ciclo evolutivo:
93
Patogenia:
- surgem áreas de hipertrofia muscular brônquica
- hiperplasia linfóide peribrônquica
- enfisema pulmonar
- hipersecreção brônquica (devido à aspiração de ovos para as vias aéreas menores)
- bronquite crônica, enfisema e formação de nódulos acinzentados na parte posterior
dos lobos diafragmáticos
- pode ocorrer infecção secundária estafilocóccica purulenta
Sintomatologia clínica:
- as infecções geralmente são leves e assintomáticas
- podem surgir tosse, dispnéia e corrimento nasal
- devido à infecção bacteriana secundária o quadro tende a se agravar
Epidemiologia:
- mais comum em animais de 4 a 6 meses de idade
- sistemas de criação modernos impedem a ocorrência do parasita
- supõe-se que o verme possa carrear e transmitir alguns vírus suínos
Diagnóstico:
- histórico (animais criados a campo) + exame clínico
- exame de fezes (técnicas de flutuação) - ovos pequenos de casca rija
Controle:
- criação a campo - controle muito difícil
- HI de alta longevidade (minhocas podem viver até 7 anos)
- quando detectada a infecção, os suínos devem ser tratados e confinados e o pasto
ocupado por outras espécies.
94
Gênero Muellerius - M.capillaris
Gênero Protostrongylus - várias espécies - Superfamília Metastrongyloidea
Distribuição: cosmopolita
Ciclo evolutivo:
ingestão ingestão
ovinos e caprinos HD Molusco HI
L1L2L3
(em 2 a 3 semanas)
Patogenia:
M.capillaris - causa pequenos nódulos próximos à superfície pulmonar, quando visí-
veis estão relacionados a vários vermes, ovos e larvas
Protostrongylus - causa obstruçaõ de pequenos brônquios, levando a lesões geral-
mente de fácil observação na superfície pulmonar
Sintomatologia clínica:
- raramente observados sinais evidentes da infecção
95
Epidemiologia:
- M.capillaris - muito comum nos EUA, Grã-Bretanha e Austrália
- Protostrongylus - prevalência mais baixa
- L1 sobrevivem meses no bolo fecal
- L3 persistem no HI durante toda a sua vida
- imunidade desenvolvida pelo HD não é eficaz (ovinos e caprinos adultos são bas-
tante acometidos)
Diagnóstico:
Através de exame de fezes (detecção de L1)
Controle:
- muito difícil devido ao grande número de espécies de moluscos que podem atuar
como HI e a longevidade das L3 no HI
- geralmente é baseado no tratamento com anti-helmínticos
Distribuição: cosmopolita
Ciclo evolutivo:
filhotes saliva
deglutição
ingestão
cão eliminadas com as fezes
96
Patogenia:
surgem nódulos acinzentados contendo os vermes junto ao epitélio respiratório traqueal,
aproximadamente 2 meses após a infecção
Sintomatologia clínica:
- as infecções são geralmente assintomáticas
- os nódulos são considerados achados de necrópsia
- podem surgir dificuldades respiratórias, tosse (principalmente após exercício)
- casos clínicos geralmente ocorrem em cães de 6 a 12 meses
Epidemiologia:
Fonte de infecção = cadela lactante
Diagnóstico:
- sinais clínicos (pouco observáveis)
- esfregaços de muco faríngeo
- exame de fezes técnicas de flutuação e método de Baerman (resultados pouco
eficazes)
- brocoscopia visualização dos nódulos e colheita de muco para exame
- exames radiográficos detecta nódulos grandes
Tratamento:
uso prolongado de benzimidazóis pode atenuar os sintomas clínicos (fenbendazol,
oxfendazol) e suspender a produção de larvas
Controle:
- identificação e tratamento das cadelas infectadas antes do parto e durante a lacta-
ção
- em casos extremos, separação dos filhotes das mães infectadas logo ao nascimento
e aleitamento artificial ou de cadelas não infectadas
HDs: gatos
HIs: moluscos
Distribuição: cosmopolita
Identificação:
vermes finos e delicados de ~1cm de comprimento, encontrados em grupos e junto a ovos
e larvas
97
Ciclo evolutivo:
L3L4L5
alvéolos
(corrente sanguínea e linfática) trato digestivo
trato digestivo (L3 são libertadas pela digestão)
L1L2L3
Patogenia:
- apresenta baixa patogenicidade - infecções são geralmente assintomáticas
- infecções graves são raras e apresentam nódulos pulmonares de até 1cm de diâme-
tro, com centros caseosos; podem fundir-se em áreas de consolidação
- podem surgir granulomas a partir de alvéolos bloqueados por massas de vermes,
ovos e larvas
- hipertrofia e hiperplasia da camada muscular das paredes dos bronquíolos, ductos
alveolares e artérias pulmonares
- a resolução do quadro é relativamente rápida (os pulmões têm a sua funcionalidade
restabelecida em cerca de 6 meses)
Sintomatologia clínica:
- sinais são inaparentes ou muito leves
- tosse discreta crônica e espirro (principalmente após exercício)
- dispnéia discreta
- produção de esputo mucóide
Epidemiologia:
- grande número de lesmas e caramujos podem servir como HI
- ampla variedade de HP
- prevalências encontradas são maiores que 5%
Diagnóstico:
- exames de fezes repetidos, por esfregaço, flutuação ou técnica de Baerman (para
pesquisa de L1)
- exames de esfregaços faríngeos
- exames radiográficos - revelam aumento da densidade vascular e parenquimatosa
focal
Tratamento: Fenbendazol
98
Syngamus trachea - Superfamília Strongyloidea
Hospedeiros: aves
Localização: traquéia
Distribuição: cosmopolita
Ciclo evolutivo:
vermes adultos na traquéia
ovos são deglutidos
pulmões (L3L4L5)
AMBIENTE
eclosão das larvas L3 desenvolvimento larval
no interior do ovo
minhoca (L1L2L3)
besouro HP
lesmas
Patogenia:
- mais importante em aves jovens
- migração pulmonar pneumonia
- vermes adultos traqueíte hemorrágica, aumento da produção de muco,
oclusão da vias aéreas, dispnéia
Sintomatologia clínica:
- pneumonia pré-patente dispnéia, depressão
- vermes adultos + muco na traquéia dispnéia grave, meneios da cabeça, tosse,
fraqueza, anemia, emaciação
99
Epidemiologia:
- perús são bastante suscetíveis (todas as idades, adultos = portadores)
- ovos resistentes no ambiente
- participação dos HPs aumentando a longevidade das larvas
- infecção comum em aves criadas extensivamente
Diagnóstico:
- sintomatologia clínica + exame das fezes
- necrópsia de casos selecionados (vermes fixos na mucosa da traquéia)
Tratamento:
- tiabendazol e fembendazol (na ração), nitroxinil e levamisol (na água de bebida)
Controle:
- aves jovens devem ser criadas separadamente das adultas
- evitar contato com aves silvestres (através de telas e cercados)
100
NEMATODAS GÁSTRICOS
Superfamília Trichostrongyloidea
Gênero Ostertagia
Hospedeiros: ruminantes
Localização: abomaso
Ciclo evolutivo:
L3 migram para
a pastagem
em ~18 dias ingestão
2ecdise (L5) 1ecdise (L4) L3 invadem as gls.gástricas do abomaso
101
Ostertagiose bovina (Ostertagia ostertagi)
102
Diagnóstico: - sintomatologia clínica (inapetência, perda de peso, diarréia)
- estação do ano e condições ambientais
- história do pastejo
- exames de fezes - contagem de ovos nas fezes (na doença,
geralmente há mais de 1.000 opg
- exame pós-morte (atentando para o aspecto da mucosa abomasal e de
seu conteúdo e o encontro dos vermes adultos)
- no caso de animais adultos, pode-se pesquisar a ocorrência de larvas
no pasto (número>que 1.000 larvas/kg de capim seco = suficiente
para causar doença)
Epidemiologia: - as ovelhas adultas eliminam maior número de ovos nas fezes durante
o período peripuerperal (2 semanas antes e até 6 semanas pós-
parto)
- as L3 podem sobreviver no bolo fecal em condições adversas
103
Tratamento: - benzimidazóis, pró-benzimidazóis, levamisol, ivermectina
104
Gênero Haemonchus
Hospedeiros: ruminantes
Localização: abomaso
Hemoncose ovina
Patogenia:
- cada verme suga ~0,05 ml de sangue/dia (ingestão + vazamento das lesões),
portanto um ovino com 5.000 vermes pode perder ~250 ml de sangue/dia
- na doença aguda, a anemia torna-se evidente ~2 semanas após a infecção
- após isto, o hematócrito se estabiliza num nível baixo
- eritropoiese aumenta 2 a 3 vezes
- ocorre perda contínua de ferro e proteínas
- a inapetência torna-se crescente
- num estágio tardio, a medula esgota-se e o hematócrito cai ainda mais
- quando a doença acomete ovelhas lactantes pode levar à morte dos cordeiros
- à necrópsia: lesões hemorrágicas na mucosa do abomaso, conteúdo é líquido e
marrom-escuro(presença de sangue alterado),carcaça torna-se pálida e
edematosa
- infecções maciças podem causar morte súbita por gastrite hemorrágica aguda
105
- infecções leves levam a um quadro clínico crônico, caracterizado por perda de
peso, fraqueza e inapetência
- em áreas em que a hemoncose é endêmica, observa-se o fenômeno da autocura
que ocorre após um período de chuvas intensas;verifica-se a expulsão da
maior parte da carga de vermes adultos presentes nos animais, após a
ingestão de certa quantidade de larvas infectantes; supõe-se que isso ocorra
devido a uma reação de hipersensibilidade imediata a antígenos derivados das
larvas em desenvolvimento.
Sintomatologia clínica:
- hemoncose aguda: anemia, edemas, letargia, fezes escurecidas, queda da lã
- pode ocorrer diarréia
- hemoncose crônica: perda de peso progressiva, fraqueza (não se observa anemia grave
ou edemas importantes).
Epidemiologia:
- desenvolvimento dos estágios larvais no ambiente é ótimo em temperaturas e
umidade relativamente altas
- ovinos não desenvolvem boa imunidade contra a infecção, de forma que ocorre
contínua contaminação do pasto
- ocorre hipobiose das L4 na estação seca
- as larvas são relativamente resistentes à dessecação e podem sobreviver
por 1 a 3 meses no pasto ou no bolo fecal
106
Hemoncose bovina
107
Haemonchus sp.
Localização: ABOMASO
Observar:
Tamanho = 2 a 3 cm
fêmea
FLAP VULVAR ou
APÊNDICE VULVAR
108
Haemonchus sp.
Localização: ABOMASO
Observar:
Tamanho = 2 a 3 cm
macho
BOLSA COPULADORA
2 ESPÍCULOS
109
Haemonchus sp.
Localização: ABOMASO
Observar: Tamanho = 2 a 3 cm
Macho ou fêmea
Extremidade anterior:
CÁPSULA BUCAL
MUITO PEQUENA
COM LANCETA
PERFURANTE
110
Gênero Trichostrongylus
Distribuição: cosmopolita
111
Sintomatologia clínica: - em infecções maciças = perda de peso e diarréia
- infecções mais leves = inapetência e diminuição do crescimento
e do ganho de peso e fezes pastosas
112
Trichostrongylus sp.
Localização: ESTÔMAGO (ABOMASO) e INT.DELGADO
Macho ou fêmea
PORO EXCRETOR
NA REGIÃO CERVICAL
113
Gênero Hyostrongylus
Hospedeiros: suínos
Localização: estômago
Distribuição: cosmopolita
114
Superfamília Spiruroidea
Gênero Spirocerca
Espécie: Spirocerca lupi
Ciclo evolutivo:
PPP = 6 meses
Patogenia: - as larvas migratórias causam lesões na parede da aorta, o que pode levar à
estenose ou ruptura
- granulomas parasitários têm até 4 cm de tamanho, podendo levar à disfagia e
vômitos
- posteriormente, pode se desenvolver um osteossarcoma esofágico, com
metástases; tambem espondilose das vértebras torácicas e
osteoartropatia pulmonar hipertrófica dos ossos longos, de etiologias
desconhecidas
115
Sintomatologia clínica: geralmente ausente, mesmo com a formação do granuloma e das
lesões da aorta
Controle: - não alimentar cães com vísceras mal cozidas de frangos criados soltos
ou de aves silvestres.
116
Gênero Habronema
Localização: estômago
Distribuição: cosmopolita
Ciclo evolutivo:
PPP =
117
Sintomatologia clínica: - geralmente ausente na habronemose gástrica
- a habronemose cutânea é mais comum em áreas do corpo mais
sujeitas a traumatismos e ocorre com maior frequência nos
meses mais quentes e chuvosos
- ocorre inicialmente um intenso prurido seguido de lesão granulo-
matosa que não cicatriza e se projeta acima do nível da
pele ao redor
Gênero Draschia
118
Gênero Physaloptera
Distribuição: cosmopolita
Identificação: - 4 a 6 cm de compr.
- adultos com lábios triangulares na extremidade ant.
- permanecem fixados na mucosa gástrica
- apresenta um prepúcio na extremidade post. em ambos os
sexos
- macho c/ 2 espículos, sendo o esquerdo mais longo que o
direito
Controle: difícil devido à amplitude de espécies que podem servir como HI.
119
NEMATODAS DO INTESTINO DELGADO
dos
RUMINANTES, EQUÍDEOS e SUÍDEOS
RUMINANTES
Espécies: Hospedeiros:
Cooperia oncophora bovinos
C.punctata bovinos
C.pectinata bovinos
C.surnabada (= C.memasteri) bovinos e ovinos
C.curticei ovinos e caprinos
Ciclo biológico:
120
Patogenia: - Cooperia oncophora e C.curticei:
patógenos moderados em bezerros e cordeiros, respectivamente
causadoras de inapetência e baixos níveis de ganhos de peso
- C.punctata, C.pectinata e, provavelmente, C.surnabada são mais patogênicas
penetram no epitélio intestinal e causam rupturas do tecido,
levando à atrofia das vilosidades intestinais e à redução na área viável para
a absorção; em infecções maciças pode ocorrer diarréia
- Paracooperia nodulosa gênero próximo à Cooperia,
causa uma grave enterite nodular em búfalos.
COOPERIOSE
Sintomatologia clínica:
- hipo/anorexia, diminuição do ganho de peso
- Cooperia punctata e C.pectinata são mais patogênicas e agressivas
causam diarréia, grave perda de peso edema submandibular.
Epidemiologia:
- hipobiose no estágio L4 ocorre no final do outono e inverno no hemisfério
norte e na primavera e verão no hemisfério sul (é característica durante
estações secas prolongadas)
- L3 é relativamente resistente ás condições áridas do ambiente.
Diagnóstico:
- Epidemiológico: histórico de pastagem
Informações sobre ocorrência na região e outras propriedades
- Clínico: sintomatologia clínica
+ monitoramento da evolução e do estado geral
- Parasitológico: exame coproparasitológico (Mc Master)
+ coprocultura e identificação das L3
exame necroscópico encontro dos adultos na mucosa do ID
Tratamento e controle:
- rotação de pastagens, de espécies animais e de faixas etárias
- anti-helmínticos: tratamentos curativos no isolamento, para os doentes
preventivos na quarentena, para os adquiridos e s/ histórico
estratégico para o rebanho
121
Cooperia sp.
Localização: INTESTINO DELGADO
Observar:
Tamanho = 0,5 a 0,7 cm
Macho ou fêmea
Extremidade anterior:
VESÍCULA CEFÁLICA
(EXPANSÃO CUTICULAR
ANTERIOR)
122
Trichostrongylus sp.
Localização: ESTÔMAGO (ABOMASO) e INT.DELGADO
Macho
Extremidade posterior:
BOLSA COPULADORA
2 ESPÍCULOS CURTOS E
GROSSOS
123
Gênero Nematodirus - Superfamília Trichostrongyloidea
Espécies: Hospedeiros:
Nematodirus battus ovinos, ocasionalmente bezerros
N.filicollis ovinos e caprinos
N.spathiger ovinos e caprinos, ocasionalmente bovinos
N.helvetianus bovinos
N.abnormalis e N.oiratianus ovinos e caprinos
Patogenia:
- a nematodirose tem os seus principais efeitos atribuidos aos estágios larvais
- após a ingestão de grandes quantidades de L3, há ruptura da mucosa intestinal
particularmente no íleo
- o desenvolvimento de L5 causa pode causar grave lesão das vilosidades e erosão
da mucosa, levando à atrofia das vilosidades
- ocorre distúrbios da absorção intestinal e consequente diarréia, causando rápida
desidratação, o que é mais frequente em animais jovens
- à necrópsia, pode ser observada a desidratação da carcaça e uma enterite no íleo
124
Epidemiologia:
Diagnóstico:
Tratamento:
- levamisol, ivermectina, benzimidazóis (fembendazol, oxfendazol, albendazol)
Controle:
125
Gênero Bunostomum - Superfamília Strongyloidea
Espécies: Hospedeiros:
Bunostomum trigonocephalum ovinos e caprinos
B.phlebotomum bovinos
Distribuição: cosmopolita
Ciclo evolutivo:
Adultos no intestino postura de ovos embrionados desenvolve-se a L1
eclosão
L1 livre no ambiente
migração pulmonar
L4 nos brônquios corrente 1ª ecdise (L2)
sanguínea
L5 no intestino delgado HD penetração cutânea 2ª ecdise (L3)
via oral
tubo digestivo
(L4 no epitélio intestinal)
PPP = 1 a 2 meses
Patogenia e sint.clínica:
- vermes adultos são hematófagos
- infecções de 100 a 200 vermes podem provocar anemia, hipoalbuminemia,
perda de peso e, ocasionalmente, diarréia, caracterizando o quadro de
bunostomose
- a penetração cutânea em bezerros pode causar prurido e o ato de bater os
pés
126
Diagnóstico:
- sintomatologia clínica não é específica, devendo-se portanto juntar outras
informações
- exame de fezes - contagem da OPG
- coprocultura
127
Bunostomum sp.
Localização: INTESTINO DELGADO
Extremidade anterior:
COM 2 DENTES
e CONE DORSAL
128
Gênero Strongyloides - Superfamília Rhabditoidea
Hospedeiros: ruminantes
Distribuição: cosmopolita
Fêmeas adultas no int.delgado produzem ovos larvados (com L1) por partenogênese
(fase parasitária)
eclosão das L1 no ambiente
migração pulmonar corrente
(L4 nos brônquios) sanguínea 1ª ecdise (L2)
penetração cutânea
L5 no intestino delgado HD 2ª ecdise (L3)
via oral
tubo digestivo 3ª ecdise (L4)
(L4 no epitélio intestinal)
machos e fêmeas adultos de vida livre (por várias gerações) 4ª ecdise (L5)
(fase de vida livre)
OBS.:
- cordeiros podem adquirir a infecção imediatamente após o nascimento devido à
mobilização de larvas (L3) inibidas nos tecidos da parede abdominal ventral da
mãe, que em seguida são excretadas no leite ou colostro
- ocorre infecção pré-natal em bovinos
- PPP = 8 a 14 dias.
129
Patogenia: - a penetração cutânea por larvas infectantes pode causar uma reação
eritematosa, que em ovinos pode permitir a entrada de Bacteroides
nodosus, o microorganismo causador da podridão dos cascos
- a migração pulmonar das larvas causa inúmeros focos hemorrágicos na
superfície dos pulmões
- as fêmeas adultas em infecções maciças causam inflamação, edema e
erosão do epitélio intestinal, resultando numa enterite catarral,
comprometendo a digestão de alimentos e a absorção de nutrientes
130
Gênero Toxocara - Superfamília Ascaridoidea
Ciclo evolutivo:
desenvolve-se a L1
desenvolve-se a L2
(ainda dentro do ovo)
eclosão da L2
no int.delgado
L2 penetram na
mucosa intestinal
fígado
retomada do desenvolvimento larval em fêmeas no final da prenhez
pulmões
131
Patogenia e sintomatologia clínica:
- vermes adultos no intestino de bezerros de até 6 meses de idade = forma mais pato-
gênica da infecção
- ocorre diminuição do ganho de peso, diarréia intermitente
- em bezerros búfalos parece ocorrer maior letalidade
132
Toxocara vitulorum
Localização: INTESTINO DELGADO
Hospedeiros: BOVINOS
Macho ou fêmea
Extremidade anterior:
ABERTURA ORAL
133
EQUINOS
Distribuição: cosmopolita
134
Epidemiologia: - fêmea adulta é altamente fecunda (eliminam grandes quantidades de
ovos nas fezes)
- ovo é altamente resistente no meio ambiente,podendo sobreviver por
anos
- equinos adultos podem abrigar alguns vermes adultos, mas os
responsáveis pela manutenção da contaminação das pastagens
são os potros desde o 1mês de vida até ~1 ano de idade
135
SUÍNOS
Hospedeiro: suíno
Distribuição: cosmopolita
Sintomatologia clínica:
- pneumonia transitória (em leitões de menos de 4 meses de idade)
- redução do ganho de peso (sinal mais comum)
Epidemiologia:
- o ovo é muito resistente e geralmente é viável por mais de 4 anos
- a infecção ocorre de forma sazonal, sendo mais incidente em regiões de
clima temperado durante os meses de verão
- formas larvares podem acometer bovinos e ovinos causando pneumonia e
vermes adultos podem acometer o homem
136
Tratamento:
- as formas intestinais são tratadas com benzimidazóis, diclorvos ou tetramizol
administrados na ração
- as formas larvares pulmonares com levamisol e ivermectina injetáveis
Controle:
- higiene dos alimentos oferecidos aos suínos
- higiene da cama e instalações
- em criações a pasto pode ser necessário interromper o uso dos piquetes, devido
à longevidade dos ovos e por causa dos HPs
- tratar porcas prenhes na entrada para a maternidade
- tratar os leitões com 5 a 6 semanas de idade e repetir após 4 semanas.
Distribuição: cosmopolita
137
NEMATODAS DO INTESTINO DELGADO
de
CÃES, GATOS e AVES
CÃES E GATOS
Ciclo evolutivo:
intestino delgado
tubo digestivo
HD ingestão
PPP= 14 a 21 dias
138
Ancylostoma caninum
Localização: INTESTINO DELGADO
Macho ou fêmea
Extremidade anterior:
3 PARES DE DENTES
139
Patogenia: - ancilostomose é mais frequente em cães com menos de 1 ano de idade
- perda de sangue inicia-se com ~8 dias de infecção (L5 desenvolve a cápsula
bucal com dentes)
- causa anemia aguda (cada verme suga aproximadamente 0,1ml por dia)
- A.braziliense não é hematófago, mas pode causar hipoalbuminemia (pelo ex-
travasamento intestinal de plasma); a L3 é o causador da larva migrans
cutânea no homem (caracterizada por traços eritematosos sinuosos na
derme e intenso prurido, que podem persistir por semanas); A.caninum
pode causar lesões semelhantes, embora breves e minúsculas.
- em cães adultos normalmente a perda de sangue tende a ser compensada
pela resposta medular; posteriormente, o animal pode tornar-se
deficiente em ferro e desenvolver uma anemia microcítica hipocrômica
- podem ocorrer ulcerações na pele nos locais de penetração das L3
- cães previamente sensibilizados podem desenvolver reações cutâneas, como
eczema úmido.
140
Tratamento: - mebendazol, fembendazol, diclorvos, nitroscanato (matam adultos e
estágios larvais em desenvolvimento no intestino)
- ferro (via parenteral) + dieta rica em proteínas - em casos mais graves
- animais jovens podem necessitar de transfusão de sangue
141
Gênero Toxocara - Superfamília Ascaridoidea
Toxocara canis
Hospedeiro: cão
Distribuição: cosmopolita
Ciclo evolutivo:
OBS.: cadelas no pós-parto podem desenvolver uma infecção patente por ingestão de L4
eliminadas pelos filhotes (são larvas em excesso que são eliminadas expontanea-
mente pelos filhotes); a cadela acaba por desenvolver a parasitose com migração
traqueal devido à baixa de resistência durante o período peripuerperal.
142
Patogenia:
Sintomatologia clínica:
Epidemiologia:
Diagnóstico:
143
Tratamento e controle:
- vermes adultos são facilmente removidos com o uso dos anti-helmínticos mais co-
muns (piperazina, mebendazol, fembendazol, nitroscanato)
- cães jovens devem ser tratados com 2 semanas de idade e deve-se repetir o trata-
mento 2 semanas após (elimina-se, assim, a infecção adquirida no período pré-
natal); é necessário o tratamento simultâneo da cadela
- outro tratamento deve ser feito aos 2 meses de idade, para eliminar qualquer infec-
ção adquirida através do leite materno
- cães adultos devem ser tratados a cada 6 meses
- fembendazol em doses altas diárias 3 semanas antes do parto e 3 semanas após o
parto elimina em grande parte a infecção pré-natal e transmamária em filhotes.
144
Toxocara cati
Distribuição: cosmopolita
145
Gênero Toxascaris - Superfamília Ascaridoidea
Toxascaris leonina
Distribuição: cosmopolita
Ciclo evolutivo:
desenvolve-se a L1
Tratamento e controle:
- incluem medidas semelhantes as de T.canis
- os principais reservatórios da infecção são larvas no HP e ovos no solo; portanto, o
controle é baseado no tratamento da infecção por vermes adultos nos hospedeiros
e em medidas de higiene.
146
AVES
Espécies: Hospedeiros:
Ascaridia galli aves domésticas e silvestres
A.dissimilis perús
A.columbae pombos
Distribuição: cosmopolita
Epidemiologia:
- aves adultas são portadoras assintomáticas e atuam como reservatórios da infecção
- HPs e o solo são importantes vias de transmissão.
Diagnóstico:
- exame de fezes (técnicas p/ pesquisa de ovos leves = flutuação)
- exame necroscópico - facilita a diferenciação de infecções por outros vermes; no
período pré-patente, as larvas são encontradas no conteúdo intestinal e em raspa-
dos da mucosa.
Tratamento e controle:
- aves jovens devem ser criadas separadamente das adultas, especialmente quando
em piso de terra e vegetação
- utilizar sistemas de alimentação e de fornecimento de água que minimizem a conta-
minação da ração e da água por fezes
- tratar com sais de piperazina ou levamisol (na água de beber).
147
Gênero Strongyloides - Superfamília Rhabditoidea
Controle:
- tratar as aves afetadas e isolá-las em local de piso impermeável com cama nova
- remoção de uma camada do solo do recinto ou transferência p/ outro local
- proceder o tratamento preventivo regular
- limpeza e tratamento com calor (vassoura de fogo) das superfícies impermeáveis.
148
NEMATODAS DO INTESTINO GROSSO
Superfamília Strongyloidea
Distribuição: mundial
Identificação:
adultos = facilmente observados na mucosa intestinal, coloração
vermelho-escura, com cápsula bucal bem desenvolvida;
machos - bolsa copuladora evidente
diferenciação das espécies:
tamanho: dentes na cápsula bucal:
S.vulgaris 1,5-2,5 cm 2 dentes c/ forma de orelha
S.edentatus 2,5-4,5 cm sem dentes
S.equinus 2,5-5,0 cm 3 dentes cônicos, sendo um dorsal
maior e bífido
Ciclo Biológico:
desenvolvimento
de L1dentro do ovo
(em ~2 semanas)
ingestão da L3 L3 L2 eclosão da L1
com o capim no ambiente
149
S.vulgaris :
S.edentatus :
S.equinus :
150
Patogenia:
- formação de trombos na a.mesentérica cranial e seus ramos por larvas de
S.vulgaris, devido às lesões endoteliais agravadas pela inflamação e espes-
samento da parede arterial
- podem surgir aneurismas, principalmente em animais que sofreram infecções
repetidas;
- potros podem apresentar febre, inapetência e apatia que podem anteceder a
síndrome cólica, devido à infecções maciças por S.vulgaris;
- à necrópsia pode-se verificar arterite e trombose de vasos intestinais,além de
infarto e necrose de segmentos intestinais;
- por outro lado, sabe-se que os potros normalmente toleram infecções larvais
maciças adquiridas em pequenas doses por longo período de tempo;
- as migrações larvais de S.edentatus raramente levam a alterações clinicamente
detectáveis, podendo causar focos hemorrágicos além das formações
nodulares típicas que são achados de necrópsia;
- as lesões causadas por S.equinus são pouco conhecidas.
- vermes adultos de Strongylus spp. úlceras e lesões hemorrágicas
(devido os hábitos alimentares: ingerem tampões de mucosa intestinal)
perda de sangue e líquidos tissulares definhamento/anemia.
151
Strongylus vulgaris
Localização: INTESTINO GROSSO (CÓLON)
Hospedeiros: EQÜINOS
Macho ou fêmea
Extremidade anterior:
CÁPSULA BUCAL
COM 2 DENTES
ARREDONDADOS
152
Gênero Triodontophorus (“grandes estrôngilos”)
Distribuição: mundial
Patogenia:
- causam ulcerações da mucosa do cólon e ceco
- vermes adultos de T.tenuicollis que se alimentam em grupos causam a
formação de úlceras grandes e profundas
Distribuição: mundial.
153
Ciclo evolutivo:
Patogenia:
- emergência das L4 produz intenso infiltrado inflamatório, principalmente de
eosinófilos
- infecções maciças naturais comumente levam a enterite catarral e hemorrágica,
com espessamento e edema da mucosa,principalmente em potros de 6 m a 1 a
- surgem ulcerações e enterites descamativas de grau variado dependendo da
quantidade e espécies parasitas presentes.
Sintomatologia clínica:
- definhamento, anemia, diarréia (às vezes) potros de até 2-3 anos
- desempenho prejudicado animais adultos
- síndrome aguda de diarréia grave e morte pôneis jovens na primavera em
- regiões temperadas (emergência em massa das L4 de Trichonema spp.)
- síndrome cólica principalmente por infecções por S.vulgaris.
Epidemiologia:
estrongilose surge mais comumente em potros criados com animais
adultos;
em animais adultos, surge em casos de superlotação e manejo deficiente;
ocorre aumento acentuado do número de larvas nas pastagens nos meses de
verão, devido à sobrevivência prolongada das larvas nas pastagens e o rápi-
do desenvolvimento dos ovos em L3;
larvas L3 de Trichonema spp. ingeridas durante o outono podem apresentar
hipobiose, permanecendo na mucosa do int.grosso até a primavera seguinte.
154
Diagnóstico:
- histórico pastejo + sinais clínicos (debilidade, anemia,...)
- ex.parasitológico de fezes (lembrar qua OPG baixa pode significar infecção
maciça).
Tratamento:
anti-helmínticos de amplo espectro benzimidazóis, pirantel, diclorvos,
ivermectina (produtos de uso oral).
Controle:
tratar animais a partir dos 2 meses de idade a cada 4-6 semanas;
ao introduzir um potro no plantel, vermifugar e isolar por 48-72 horas antes
de juntá-lo aos outros;
rotação de piquetes éguas e potros lactentes não devem pastar nas mes-
mas áreas em anos consecutivos;
animais confinados durante o inverno devem ser tratados durante este
período devido às larvas hipobióticas de Trichonema spp.
há evidências de resistência de algumas espécies de Trichonema à benzimi-
dazóis, o que indica a alternância de anti-helmínticos de diferentes
bases químicas no tratamento periódico dos animais (a cada 12 m).
155
Gênero Chabertia
Localização: cólon
Distribuição: mundial
Sintomatologia clínica:
diarréia, podendo conter sangue e vermes em infecções graves;
perda de peso e de produção.
156
Epidemiologia:
L3 pode sobreviver durante o inverno rigorosono ambiente;
L4 pode apresentar hipobiose na mucosa intestinal;
importante em áreas de inverno chuvoso da Austrália e África do
Sul;
ocorrem surtos em caprinos e ovinos na Europa.
Diagnóstico:
exame parasitológico - lembrar que a contagem pode ser nula durante
o PPP; os vermes podem ser expelidos com a diarréia e são
facilmente reconhecidos;
necrópsia - lesões características na mucosa do cólon.
Gênero Oesophagostomum
Espécies: Hospedeiros:
Oesophagostomum columbianum ovinos e caprinos
O.venulosum ovinos e caprinos
O.radiatum bovinos e bubalinos
O.dentatum suínos
O.quadrispinulatum suínos
Identificação:
vermes brancos, com 1 a 2 cm de comprimento, de extremidade anterior
afilada;
cápsula bucal pequena, podendo estar rodeada por coroas lamelares; há
uma estreita abertura na cápsula bucal;
vesícula cefálica ao redor da cápsula bucal;
vesícula cervical - logo em seguida à vesícula cefálica;
estruturas cuticulares - a disposição determina a identificação das espécies.
157
Ciclo evolutivo:
1ªecdise (L2)
PPP = 45 d
2ªecdise (L3)
Patogenia:
Sintomatologia clínica:
158
Epidemiologia:
Diagnóstico:
Tratamento e controle:
159
Oesophagostomum sp.
Localização: INTESTINO GROSSO
Macho ou fêmea
Extremidade anterior:
EXTREMIDADE
ANTERIOR:
ASA CEFÁLICA
ASA CERVICAL
160
Superfamília Ascaridoidea
Gênero Heterakis
Espécies: Heterakis gallinarum
H.isolonche
Localização: cecos
Distribuição: cosmopolita
Identificação:
vermes esbranquiçados de até 1,5 cm de comprimento, cauda pontiaguda e
alongada;
machos com espículos de tamanhos iguais em H.isolonche e diferentes em
H.gallinarum; possuem também uma ventosa pré-cloacal e asas
caudais;
ovo - ovóide, casca fina, muito semelhante ao ovo de Ascaridia sp.
Ciclo evolutivo:
vermes adultos nos cecos postura de ovos embrionados eliminados com as fezes
desenvolvem-se L1 e L2
PPP = ~ 4 sem dentro do ovo (ambiente)
liberação da L2
161
Epidemiologia:
Diagnóstico:
Controle:
necessário principalmente quando a histomonose afeta os perús;
separação dos perús de outras aves;
remoção e destinação adequada da cama utilizadas nas instalações;
tratamento intermitente na água e/ou ração e quimioprofilaxia contínua
para H.meleagridis;
casos de infecção endêmica por H.isolonche em faisões, recomenda-se a
criação dos filhotes em terreno nunca antes utilizado.
162
Superfamília Oxyuroidea
Gênero Oxyuris
Espécie: Oxyuris equi
Distribuição: cosmopolita
Identificação:
fêmeas adultas são vermes brancos de até 10 cm de comprimento, com cau-
das pontiagudas; vulva situada anteriormente;
machos adultos têm menos de 1 cm de comprimento, com asas caudais e
um único espículo;
L4 com 5 a 10 mm de comprimento, caudas afiladas, geralmente fixadas na
mucosa intestinal;
ovos - ovóides, amarelados, levemente achatados em um lado, com um
tampão mucóide em uma extremidade.
Ciclo evolutivo:
vermes adultos na luz do cólon fêmeas grávidas migram para o ânus depositam os
ovos embrionados
4ªecdise (L5) no conteúdo intestinal no períneo
4-5 dias
3ªecdise (L4) na mucosa PPP = 5 m
(em 10 dias) L1 L2 L3
(dentro do ovo)
L3 no ceco e cólon
163
Patogenia:
L4 alimentam-se da mucosa surgem ulcerações e processos inflama-
tórios;
irritação perineal devido à ação das fêmeas durante a ovoposição.
Sintomatologia clínica:
prurido intenso ao redor do ânus alopecia e inflamação na região dorsal
da cauda e períneo;
Epidemiologia:
grupos de ovos são espalhados no ambiente quando o animal se coça;
parece haver pouca imunidade à reinfecção.
Diagnóstico:
sintomatologia clínica (prurido anal) + achado de massas de ovos amarelo-
acinzentados sobre a pele do períneo;
vermes (fêmeas) são observados nas fezes (expelidas durante a postura dos
ovos);
ovos são raramente encontrados no exame parasitológico das fezes colhi-
das do reto; são mais facilmente encontrados em materiais colhidos do
períneo e de fezes colhidas do solo.
Tratamento e controle:
limpeza e higiene do períneo e cauda;
uso de anti-helmínticos de amplo espectro.
164
Oxyuris equi
Localização: INTESTINO GROSSO (CÓLON)
Hospedeiros: EQÜINOS
Observar: Tamanho = 5 a 10 cm
Macho ou fêmea
Extremidade anterior:
ABERTURA ORAL
165
Superfamília Trichuroidea
Gênero Trichuris
Espécies: Hospedeiros:
T.ovis ovinos e caprinos
T.globulosa bovinos
T.suis suínos
T.vulpis cães (gatos)
Distribuição: mundial
Ciclo evolutivo:
1a2m
L5
desenvolve-se a L1
dentro do ovo
L4
PPP = 6 a 12 sem
166
Patogenia:
- infecção geralmente leve e assintomática
- grande quantidade de vermes causa inflamação diftérica da mucosa cecal
- em suínos parece favorecer a invasão por espiroquetas patogênicas
Sintomatologia clínica:
ruminantes - praticamente inexistente, pois infecções graves são raras
cães e suínos - surge a diarréia aquosa ou mucosa, podendo conter sangue
Epidemiologia:
ovos de alta longevidade (3 a 4 anos)
Diagnóstico:
exame parasitológico de fezes
resposta favorável ao tratamento / necrópsia - diagnóstico durante o PPP
Tratamento:
ruminantes - pró-benzimidazóis, benzimidazóis, ivermectina, levamisol
suínos - “ “ “ “ “ “ “ “, diclorvos
cães - mebendazol, fenbendazol, diclorvos.
Controle:
limpeza e desinfecção (vassoura de fogo) das instalações dos suínos e cães.
Trichuris trichiura
167
NEMATODAS DO APARELHO URINÁRIO, CÁRDIO-
VASCULAR E TEGUMENTOS
Stephanurus dentatus Superfamília Strongyloidea
Família Syngamidae
Sub-família Stephanurinae
Hospedeiro: Suíno
Ciclo evolutivo:
Vermes adultos em cistos nos rins fêmeas fazem a postura ovos são eliminados
do HD (suíno) de ovos embrionados pela urina
desenvolvimento
migração para de L1 dentro do ovo
região perirrenal Fetos
eclosão de L1 no ambiente
cavidade peritoneal
L2
penetração cutânea
HP (minhocas)
PPP = 6 a 19 meses
168
Patogenia: - lesões hepáticas migração das L5 (que já possuem cápsula bucal)
- irritação do tegumento penetração cutânea das L3
- eosinofilia acentuada, abscessos, cirrose hepática, aderências
- paralisia – em consequência da invasão da medula espinhal
- geralmente ocorre cirrose em manchas – condenação do fígado na inspeção
- cistos podem conter pus
- ureteres podem apresentar espessamento de parede e estenose, levando à
hidronefrose
- pode causar lesões hepáticas em bezerros.
169
Dioctophyma renale Superfamília Dioctophymatoidea
HP: peixes
HI (anelídeo)
L1-L2-L3
cavidade peritoneal
ingestão
ingestão
PPP = ~2 anos
170
Sintomatologia clínica: - disúria, hematúria (mais no final da micção)
- dor lombar
- apatia, tristeza
- distúrbios neurológicos (raramente).
171
Dioctophyma renale
Localização: RIM
(ás vezes cavidade abdominal e outros locais)
Hospedeiros: CANÍDEOS
(ás vezes outros animais)
EXTREMIDADE POSTERIOR
DO MACHO:
BOLSA COPULADORA
172
Dirofilaria immitis Superfamília Filarioidea
Família Filariidae
HIs: mosquitos dos gêneros Aedes sp., Anopheles sp. e Culex sp.
Ctenocephalides canis (pulga do cão) suspeita
Localização: - adultos no ventrículo direito, artéria pulmonar, veia cava posterior, ocasio-
nalmente nos brônquios do HD
- larvas nos tubos de Malpighi dos HIs.
Ciclo evolutivo:
1ªecdise(L2)
circulação venosa
2ªecdise(L3)
PP = mais de 5 anos
173
Patogenia: - infecções leves não causam lesões importantes
- infecções maciças distúrbios circulatórios (obstrução do fluxo sangüíneo),
ICCD
- excreção dos parasitas endocardite nas válvulas, endarterite pulmonar pro-
liferativa
- embolia pulmonar restos de vermes mortos
- hipertensão pulmonar hipertrofia ventricular direita ICC edema
pulmonar, ascite, anasarca (edema generalizado)
- síndrome da veia cava: massa de vermes alojados na v.cava caudal que leva
à hemólise, hemoglobinúria, bilirrubinemia, icterícia, anorexia, colapso e
morte
- microfilárias podem obstruir capilares renais glomerulonefrite (deposi-
ção de imunecomplexos).
Epidemiologia:
Fatores relativos ao HD: - alto número de cães nas áreas onde ocorrem os vetores;
- longo período patente (microfilárias circulantes);
- falta de resposta imune efetiva;
Fatores relativos ao HI: - vários gêneros;
- rápido aumento populacional;
- rápido desenvolvimento de L1 L3.
174
Tratamento: - inicialmente avaliar todas as funções orgânicas
- controlar a ICCD
- Tiacetarsamida bid-3dias (remoção dos adultos)
podem surgir reações tóxicas e embolia
- restringir a atividade do cão por 2 a 6 semanas
- Ditiazanina, levamisol VO, por 10 a 14 semanas
- Ivermectina dose única (200 g/kg – podem surgir reações tóxicas
ocasionais)
- remoção cirúrgica dos vermes adultos
- após tratamento programa profilático.
175
MICROFILÁRIA (L1)
de Dirofilaria immitis
Localização: SANGUE
Hospedeiros: CANÍDEOS
(às vezes outros animais, inclusive o gato)
Observar:
MICROFILÁRIA
CAUDA RETA
(ao contrário da microfilária de
Dipetalonema reconditum que
É curva)
176
Dipetalonema reconditum Superfamília Filarioidea
Família Filariidae
Localização:
- adultos tecido conjuntivo subcutâneo e perirrenal;
- microfilárias circulação sangüínea;
- larvas hemocele dos HIs.
177
Gênero Onchocerca Superfamília Filarioidea
Família Filariidae
Patogenia:
Eqüinos: - O.reticulata acomete os ligamentos da nuca e às vezes os
ligg. suspensores e tendões flexores dos membros
- surge inicialmente uma tumefação difusa, indolor; depois a lesão sofre
calcificação e regride de tamanho, com a pele intacta
- fistulações podem ocorrer devido a Brucella abortus
Bovinos: - algumas espécies causam lesões nodulares fibróticas responsáveis por
depreciação dos tecidos musculares e couro
- O.armillata ocorre na parede da aorta e pode causar aneurismas em
25% das infecções (África, Oriente Médio).
Tratamento: Dietilcarbamazina
Ivermectina
178
FILOS ACANTOCEPHALA E PLATYHELMINTHES
(CLASSE TREMATODA)
Macracanthorhynchus hirudinaceus Filo Acantocephala
HDs: suinos
raramente carnívoros e o homem.
Ciclo evolutivo:
ingestão
cistacanto é liberado no HD (suino) desenvolvimento do
tubo digestivo do HD cistacanto (em ~3m)
179
Patogenia: - surgem reações inflamatórias no ponto de fixação dos parasitas adultos, que
podem dar origem a granulomas na parede do intestino delgado
- podem ocorrer infecções bacterianas secundárias nas lesões causadas pelos
parasitas
- infecções maciças causam perda de peso
- pode ocorrer a perfuração da parede intestinal, resultando numa peritonite.
180
Filo ACANTOCEPHALA
Localização: INTESTINO DELGADO
181
Fasciola hepatica Filo Platyhelminthes
Classe Trematoda
Sub-Classe Digenea
Família Fasciolidae
182
Ciclo evolutivo:
OBS.:
- podem-se desenvolver cerca de 600 metacercárias para cada miracídio que
penetrou no caramujo devido a multiplicação das formas larvares no caramujo
por um processo de pedogênese;
- longevidade da F.hepatica: ovinos - vários anos, bovinos - menos de 1 ano;
- o ciclo completo leva de 17 a 18 semanas.
183
Patogenia:
Fasciolose ovina:
- doença aguda causa hemorragia devido à migração dos parasitas jovens e
lesões no parênquima hepático;
hepatomegalia, exsudato fibrinoso na superfície do órgão,
hemorragias subcapsulares;
alguns animais podem vir a óbito, enquanto outros tornam-se
fracos, com as mucosas pálidas, dispnéicos, com
a hepatomegalia clinicamente detectável,dor abdominal e
ascite;
quadro pode se agravar com a infecção secundária por Clos-
tridium perfringens, resultando em enterotoxemia.
- doença subaguda as lesões hepáticas são evidentes, mas não tão severas
como nos casos agudos;
pode surgir uma anemia de origem hemorrágica,
hipoalbuminemia, podendo resultar em alta taxa de
mortalidade, precedida de sintomatologia clínica
por 1 a 2 semanas, consistindo em debilidade, mucosas
pálidas, hepatomegalia, edema submandibular, ascite.
Fasciolose bovina:
184
Diagnóstico:
- clínico pesquisa dos sintomas (edemas, anemia, hepatomegalia,...)
- epidemiológico ocorrência sazonal, ocorrência dos habitats dos caramujos,
identificação desses HIs;
- necroscópico encontro dos parasitas
- laboratorial:
métodos diretos exame de fezes
avaliação dos níveis plasmáticos de enzimas
hepáticas
métodos indiretos (pesquisa de anticorpos contra a F.hepatica)
ELISA
hemaglutinação passiva
Tratamento:
- dianfenetida, triclabendazol atuam sobre as formas jovens com mais de 1
semana de idade;
- rafoxanida, nitroxinil removem o parasitas com mais de 4 semanas.
Controle:
- redução das populações de caramujos drenagem das áreas de pastejo, uso de
molusquicidas (sulfato de cobre, N-tritil morfolina);
- cercar e isolar terrenos úmidos e encharcados, lagos, brejos;
- uso de anti-helmínticos esquema profilático,vizando reduzir a contaminação
do pasto pelos ovos e remover populações de F.hepatica.
185
Fasciola hepatica
Localização: DUCTOS HEPÁTICOS
Observar:
Ventosa oral
Ventosa ventral
Cecos - ramificações
186
Eurytrema pancreaticum Família Dicrocoeliidae
HDs: ruminantes
Ciclo evolutivo:
Adultos nos canais pancreáticos eliminação de ovos com miracídios nas fezes
Patogenia:
- causa fibrose e atrofia do pâncreas, levando à pancreatite crônica;
- ocorre inflamação dos canais pancreáticos parasitados e depois do tecido glan-
dular adjacente, que é substituido por tecido conjuntivo;
- podem ocorrer focos de necrose;
- as ilhotas de Langerhans raramente são destruidas.
187
Eurytrema pancreaticum
Localização: DUCTOS PANCREÁTICOS
Observar:
Ventosa oral
Ventosa ventral
Testículos
188
Platynosomum fastosum Família Dicrocoeliidae
Ciclo evolutivo:
Adultos nos ductos biliares do HD eliminação de ovos com miracídios nas fezes
ingestão
ingestão
caramujo 1HI
lagartixa 3HI
ingestão desenvolvem-se
formam-se as metacercárias 2 gerações de esporocistos
ingestão
crustáceo 2HI cercárias emergem do caramujo formam-se as cercárias
Patogenia: - dilatação dos canais biliares, espessamento das paredes dos ductos;
- hepatomegalia;
- cirrose hepática;
- icterícia;
- diarréia, vômito.
189
Gênero Paramphistomum Família Paramphistomatidae
HDs: ruminantes
190
Diagnóstico: - clínico sintomatologia em animais jovens + histórico de pastejo em
áreas encharcadas;
- exame de fezes pouco valor durante a fase dos sintomas, que sugem
durante o PPP;
- necroscópico confirmatório, podendo-se encontrar os pequenos
trematóides no duodeno.
191
Schistosoma mansoni Família Schistosomatidae
Ciclo evolutivo:
PPP = 6 a 7 semanas.
Patogenia:
- fase aguda lesões hemorrágicas na mucosa intestinal;
granulomas hepáticos devido a presença de ovos;
fibrose hepática;
em ovinos, surgem anemia e hipoalbuminemia, devido à
hemorragia da mucosa e interrupção da hematopoiese;
192
- fase crônica as lesões na mucosa intestinal tornam-se acinzentadas,
com edema e espessamento;
- a penetração percutânea das cercárias no hospedeiro provoca o surgimento
de petéquias hemorrágicas na pele e as secreções e excreções das
cercárias desencadeiam reações alérgicas e prurido;
- os esquistossômulos podem provocar lesões pulmonares e pneumonia;
- os parasitas adultos alimentam-se de sangue, subtraindo nutrientes do hospe-
deiro;
- os parasitas que morrem são arrastados pela corrente sangüínea para o
fígado onde formam êmbolos nos pequenos vasos, desencadeando
intensa reação inflamatória;
- enzimas proteolíticas do embrião em desenvolvimento no ovo causam graves
lesões focais na parede intestinal ou, se alcançarem localizações
erráticas, lesões granulomatosas e fibróticas (~ 33% dos ovos chegam
aos vasos hepáticos;
com a ruptura dos vasos, os ovos invadem os tecidos periportais, com
intenso processo inflamatório local); esta reação inflamatória periovular pode
alcançar até 100 vezes o volume do ovo e é o principal elemento
anatomopatológico da esquistossomose;
- podem surgir estenose das alças intestinais e formação de pólipos salientes
na luz do intestino.
193
CERCÁRIA
de
Schistosoma mansoni
Localização: Meio aquático
Emerge do caramujo Biomphalaria spp.
Observar: Tamanho = 2 a 3 mm
Cauda bifurcada
194
Schistosoma mansoni
Localização: VÊNULAS do MESENTÉRIO
Hospedeiro: HOMEM
FÊMEA
MACHO
Canal ginecóforo
Ventosa ventral
Ventosa oral
195
FILO PLATYHELMINTHES - CLASSE CESTODA
Características:
- conhecidos como solitárias ou tapeworms (em inglês);
- sem tubo digestivo, a nutrição ocorre por osmose através do tegumento cuticular;
- sistema nervoso -formado por um par de gânglios situados no escólex,de onde par-
tem vários cordões nervosos longitudinais,sendo 2 mais calibrosos que se
estendem externamente por todo o estróbilo, paralelos aos canais excretores;
dos nervos longitudinais partem filetes nervosos para os diversos órgãos;
196
- aparelho genital feminino - formado pelo ovário (bilobulado ou multilobulado), ovi-
duto (canal que parte do ovário), oótipo (dilatação do oviduto onde ocorre a
fecundação), glândulas de Mehlis (que envolvem o oótipo e secretam um
lubrificante para o ovo), glândulas vitelinas (que desembocam no oótipo e secretam
o vitelo e substâncias que formarão a casca do ovo), vagina (que parte do
oótipo), poro genital feminino (onde desemboca a vagina), útero (responsável
pelo armazenamento dos ovos), cápsulas ovígeras (ramificações laterais do útero
que podem se individualizar formando bolsas fechadas e repletas de ovos);
197
Sistemática:
Fazem parte da Classe Cestoda quatro ordens:
Cyclophyllidea cestódeos com 4 ventosas parasitas do homem e dos animais do-
mésticos; tem 5 famílias de interesse veterinário:
Taeniidae
Anoplocephalidae
Dilepididae
Davaineidae
Hymenolepididae
Pseudophyllidea cestódeos com 2 pseudobotrídias parasitos do homem e dos
animais domésticos; tem uma família de interesse veterinário:
Diphyllobothriidae
Tetraphyllidea cestódeos com 4 botrídias parasitos de peixes, anfíbios e répteis;
Trypanoryncha cestódeos com 4 botrídias e 4 tentáculos espiníferos parasitos
de peixes.
HD
adultos geram ovos dotados de 3 membranas ovos são eliminados para o exterior
que sofrem segmentação, gastrulação e onde contém um embrião hexacanto
embriogênese dentro do útero (possui 3 pares de acúleos)
ingestão
no HD o escólex é desenvaginado, ocorre HI
sua fixação e surgem as proglotes embrião é liberado no intestino
ingestão
198
Família Taeniidae (Ludwig,1886)
Características: - escólex armado com acúleos formando uma dupla coroa em torno do
rostro (com excessão de Taenia saginata);
- adultos encontrados em carnívoros domésticos e no homem;
- ventosas inermes;
- poros genitais simples e irregularmente alternados;
- proglotes jovens mais largas que longas e proglotes maduras mais
longas que largas;
- útero persistente em forma de tubo longitudinal mediano emitindo
numerosas ramificações;
- fase larval cisticerco, estrobilocerco, cenuro e hidátide.
HD: homem
Distribuição: mundial
199
Ciclo evolutivo:
segue o padrão dos cestóides, com as seguintes particularidades:
- as proglotes grávidas destacam-se do estróbilo individualmente e possuem movi-
mentos próprios de “mede-mede” o que permite deixar o intestino e chegar ao
ânus e ao exterior independentemente do ato de defecação;
- no início do desenvolvimento do cisticerco nos tecidos do HI, não é infectante para
o homem até 12 semanas após a infecção, quando atinge ~1 cm de diâmetro;
- longevidade dos cistos varia de semanas a anos;
- o homem se infecta ao ingerir a carne crua ou mal cozida que conteém estes cistos;
- o desenvolvimento até a patência (início da eliminação das proglotes) leva 2 a 3
meses.
Patogenia: - a espoliação e a ação traumática causada pelas ventosas das formas adultas
no homem é mínima; entretanto, os contínuos movimentos do rostro
podem provocar irritações nas terminações nervosas do plexo
simpático e, como consequência, surgem os reflexos (perturbações
digestivas, diarréias, vômitos,...);
- manifestações neurológicas (convulsões, ataques epileptiformes) e
alérgicas, acredita-se ser o resultado da absorção de produtos tóxicos da
tênia pelo HD;
- quando ocorre a morte dos cistos nos tecido do HI, geralmente são substitui-
dos por uma massa friável e caseosa, podendo tornar-se calcificada;
- experimentalmente sabe-se que bezerros com infecções maciças por ovos
de T.saginata desenvolvem miocardite grave e insuficiência cardíaca,
associadas aos cisticercos em desenvolvimento no coração.
200
por indivíduos infectados;
- ao contrário do que ocorre nos países em desenvolvimento, bovinos
de qualquer idade são suscetíveis à infecção, pois geralmente não
possuem imunidade adquirida;
- há evidências de que quando ocorre a primo-infecção de um bovino
adulto, a longevidade dos cisticercos é menor (em torno de 9 meses).
201
Taenia saginata
ESCÓLEX
Localização: INTESTINO DELGADO
Ausência de rostro ou
acúleos
202
Taenia saginata
PROGLOTES
Localização: INTESTINO DELGADO
Útero com 15 a 30
ramificações laterais
de cada lado
203
Taenia solium Lineu, 1758
HD: homem
Ciclo evolutivo:
segue o padrão dos cestóides, com as seguintes particularidades:
- o homem pode infectar-se com cisticercos através da ingestão acidental de ovos de
T.solium ou pela liberação de oncosferas após a digestão de um segmento
grávido que voltou para o estômago por retroperistaltismo (auto-infecção);
- as proglotes são expulsas junto com as fezes em número de 3 a 6 por vez;
- o cisticerco leva 3 meses para se formar a partir da infecção do suino;
- os ovos permanecem viáveis no ambiente por até 12 meses;
- dados estatísticos mostram os locais de maior predileção das larvas em suinos para-
sitados pelo Cysticercus cellulosae: 78,6% no coração, 77,5% nos músculos
mastigadores, 75% na língua.
- o cisticerco completamente desenvolvido é formado por vesícula, colo e escólex;
- a capacidade de infecção do cisticerco é de vários anos no HI;
- o cisticerco pode sofrer calcificação, o que ocorre em aproximadamente 8 meses;
- em ~3 meses o homem já começa a eliminar as proglotes grávidas nas fezes.
204
Patogenia e sintomatologia clínica:
- sinais clínicos são inaparentes em suínos infectados com cisticercose e em seres
humanos com tênias adultas;
- a infecção do homem por cisticercos pode causar diversos distúrbios dependendo
da localização dos mesmos: distúrbios mentais, epilepsia, hipertensão
intracraniana, olho, com consequente perda da visão; na América Latina, calcula-se
que quase 0,5 milhão de pessoas são acometidas por estas formas da cisticercose.
205
Cysticercus cellulosae
Localização: MUSCULATURA e SNC
Observar: Tamanho = 1 cm
Cisticerco desinvaginado
Escólex
e ventosas
206
Taenia solium
PROGLOTES
Localização: INTESTINO DELGADO
Papilas genitais
Útero com 7 a 12
ramificações laterais
de cada lado
207
Taenia multiceps (sin.Multiceps multiceps)
Ciclo evolutivo:
com as seguintes particularidades:
- o cenuro leva cerca de 8 meses para se desenvolver no SNC do HI;
- cada cenuro pode apresentar cerca de 500 escólices, em diversos níveis de evolu-
ção;
- o cão se infecta ao ingerir cenuros existentes no encéfalo dos herbívoros;
- o cenuro, no intestino do cão, originará tantas tênias quantos forem o número de
escólices existentes no cenuro ingerido;
- a eliminação de proglotes se dá 30 dias após a infecção do HD.
208
Taenia hydatigena Pallas, 1766
Ciclo evolutivo:
segue o padrão dos cestóides, com as seguintes particularidades:
- oncosferas migram pelo fígado por ~ 4 semanas antes de emergirem e se
fixarem no peritôneo;
- após a fixação, cada oncosfera se desenvolve em um cisticerco.
209
Taenia ovis
HIs: ovinos
Taenia pisiformis
Ciclo evolutivo:
segue o padrão dos cestóides, com as seguintes particularidades:
- o embrião hexacanto chega ao fígado, via circulação sangüínea, e atingem cerca de
1 mm aos 5 dias pi;
- em 25 dias as larvas chegam a 1 cm de comprimento;
- as larvas deixam o parênquima hepático e se estabelecem na cavidade peritoneal,
formando o cisticerco;
- o cão começa a eliminar proglotes 60 a 70 dias pi.
Patogenia / sintomatologia:
- no cão = T.hydatigena
- no coelho depende do número de cisticercos; podem apresentar-se como
um cacho de uva, o animal torna-se caquético e sobrevém a morte; a
larva no parênquima hepático causa lesões de graus va-
riados.
210
Diagnóstico: - clínico sintomas + proglotes nas fezes do cão
no coelho, anamnese + caquexia;
- laboratorial exame coproparasitológico pelo método de
sedimentação;
- necroscópico do coelho, para pesquisa de Cysticercus pisiformis
na cavidade peritoneal e no fígado.
Taenia serialis
HD: cães
HI: coelho
Taenia taeniaeformis
HD: gato e ocasionalmente o cão
211
Patogenia: - é a mais grave das teníases do gato pode provocar inflamação e
perfuração da mucosa intestinal;
- o Cysticercus fasciolaris desencadeia ao seu redor neoformações
edematosas.
212
Echinococcus granulosus Família Taeniidae
Identificação:
adulto tem ~ 6 mm de comprimento, sendo uma das menores espécies de
tenídeos conhecidas;
escólex típico de tenídeo com ~ 0,3 mm de largura, com rostro e dupla
coroa de acúleos;
colo curto;
estróbilo constituido por 3 ou 4 segmentos, sendo que o último é grávido
e ocupa cerca de metade do seu comprimento; cada segmento
possui uma única abertura genital;
cisto hidático ou hidátide tem até 20 cm de diâmetro no fígado e pulmões
ou mais em locais como a cavidade
abdominal;
formado por membrana externa e epitélio
germinativo interno, do qual se originam
vesículas-filhas, cada uma contendo várias
escólices
vesículas-filhas se soltam e, com os escólices,
formam a “areia hidática”;
1 ml da areia hidática = 400.000 escólices;
1 hidátide fértil = 3 a 6 ml de areia hidática;
vesículas-filhas ou cistos secundários se formam
dentro ou fora do cisto-mãe, sendo que
estas podem alcançar outras partes do
organismo do hospedeiro;
ovinos 70% das hidátides nos pulmões
25% no fígado
eqüinos e bovinos + de 90% no fígado
213
HIDÁTIDE: ADULTO:
epitélio germinativo interno escólice
vesículas-filhas
ou cistos secundários proglote
areia hidática grávida
Ciclo evolutivo:
214
tamanho da hidátide;
o crescimento da hidátide leva à compressões de órgãos vizinhos e
destruição de tecidos adjacentes;
pode ocorrer degeneração da hidátide e posterior calcificação;
no caso da hidatidose hepática, pode-se observar hiporexia, ruminação
alterada, diarréia, emagrecimento progressivo e hepatomegalia;
na hidatidose pulmonar surge a tosse sibilante cada vez mais frequente
com o desenvolvimento da hidátide, taquipnéia e dispnéia;
- homem a hidatidose hepática causa distensão abdominal quando há várias
hidátides ;
podem surgir sintomas respiratórios quando da localização pulmonar;
se um cisto hidático se romper há o risco de ocorrer uma anafilaxia ou
de cistos secundários retomarem o desenvolvimento em outras
regiões do corpo.
Epidemiologia:
Diagnóstico:
- clínico difícil devido à sintomatologia pouco evidente tanto no HD como no HI
- laboratorial pesquisa de proglotes nas fezes dos cães por tamização, o que é
difícil porque as proglotes são pequenas e escassas; quando
encontradas, têm 2 a 3 mm, formato oval e poro genital simples;
testes sorológicos no homem - fixação de complemento, imuno-
eletroforese,...
- necroscópico encontro dos pequenos cestóides no intestino delgado;
- diagnóstico por imagem no homem, associado às técnicas cirúrgicas de exploração.
Tratamento:
- cães praziquantel.
- homem excisão cirúrgica dos cistos hidáticos;
albendazol.
Controle:
- cães tratamento regular para eliminar as tênias adultas;
prevenção da infecção impedindo o acesso às vísceras contendo
hidátides em matadouros e controle da população de cães
abandonados.
215
Echinococcus granulosus
Localização: INTESTINO DELGADO
e ventosas
Colo ou pescoço
Proglote imatura
Proglote madura
Proglote grávida
216
Tênias de importância médico-veterinária:
217
Dipylidium caninum Fuhrmann, 1907 Família Dilepididae
Distribuição: mundial
Ciclo evolutivo:
218
Epidemiologia:
- apresenta maior prevalência em animais mal tratados que possuem os
ectoparasitas.
Diagnóstico:
- clínico: sintomas + anamnese presença de proglotes na região perineal ou
nas fezes;
- laboratorial: identificação da proglote eliminada (formato alongado + órgãos
genitais duplos);
identificação das cápsulas ovígeras (rompendo a proglote
eliminada).
Tratamento e controle:
- anti-helmínticos (nitroscanato, niclosamida, bunamidina, praziquantel) + inseticidas
(para eliminação dos ectoparasitas);
- desinsetização do ambiente especialmente da cama e dos locais onde o HD mais
permanece (para eliminar os estádios imaturos das pulgas).
219
Dipylidium caninum
ESCÓLEX
Localização: INTESTINO DELGADO
Observar:
Tamanho do escólex = 2-4 mm
Rostelo ou rostro
com 4 ou 5 fileiras de
acúleos
220
Dipylidium caninum
PROGLOTE
Localização: INTESTINO DELGADO
Observar:
Tamanho da proglote = 5 x 12 mm
221
CESTODAS das AVES
HDs: galinhas
Diagnóstico:
- clínico: sintomas + encontro das proglotes nas fezes
- laboratorial: pesquisa de ovos nas fezes pelo método de
sedimentação.
Distribuição: mundial
222
Ciclo evolutivo:
Adultos no intestino delgado da ave proglotes grávidas são eliminadas com as fezes
HD
Diagnóstico:
- clínico: sintomas + observação das proglotes nas fezes
- laboratorial: pesquisa de ovos pelo exame coproparasitológico - método de
sedimentação
Tratamento e controle:
- anti-helmínticos (niclosamida, butinorato);
- destruição dos HIs.
223
Raillietina tetragona Molin, 1858
224
CESTODA dos ROEDORES
225
CESTODAS dos EQUÍDEOS
Distribuição: mundial.
Patogenia:
- adultos são encontrados geralmente ao redor da junção ileo-cecal, causando ul-
ceração da mucosa nos pontos de fixação, o que pode causar intussuscepção;
- a aplicação das ventosas na mucosa intestinal causa intensa congestão local, o que
leva ao surgimento de estrias de sangue nas fezes;
- infecções maciças podem levar à obstrução intestinal e perfuração da parede intes-
tinal.
226
Sintomatologia clínica:
- geralmente as infecções são assintomáticas;
- casos de infecção maciça apresentam enterite e cólica;
- surge a anemia, emagrecimento, apesar de normorexia, caquexia e óbito;
- perfuração da parede intestinal leva à peritonite séptica e fatal.
Epidemiologia:
- acomete animais de qualquer idade, mas é mais comum até 3 a 4 anos de idade;
- a infecção pode diminuir na primavera e depois aumentar até o inverno.
Diagnóstico:
- clínico sintomas + proglotes nas fezes;
- laboratorial pesquisa de ovos com o aparelho piriforme ao microscópio em exa-
me de fezes pelo método de flutuação.
Tratamento e controle:
- anti-helmínticos niclosamida, pirantel, mebendazol;
- controle populacional de HIs muito difícil.
227
Paranoplocephala mamillana (Mehlis, 1831)
HDs: eqüinos
228
CESTÓIDES DE RUMINANTES
Epidemiologia:
- mais comum em animais durante o primeiro ano de vida;
- verão em regiões temperadas, quando aumenta a infestação das pastagens pelos
ácaros (His), parece haver aumento conjunto da infecção.
229
Diagnóstico: pelos mesmos procedimentos utilizados para o gênero Anoplocephala.
Tratamento e controle:
- anti-helmínticos niclosamida, praziquantel, bunamidina, benzimidazóis;
- tratar os animais jovens no final da primavera diminui a quantidade de ácaros in-
fectados;
- aragem e replantio diminui a quantidade de ácaros na pastagem;
- evitar o uso dos mesmos pastos para animais jovens em anos consecutivos.
230
Thysanosoma actinioides Diesing, 1835 - Família Thysanosomidae
Patogenia:
- causa obstrução dos canais biliar e pancreático, levando à estase biliar e do suco
pancreático;
- disfunções da parede intestinal;
- normalmente só se verifica emagrecimento acentuado.
Diagnóstico:
- clínico sintomas + proglotes nas fezes;
- laboratorial pesquisa de ovos desprovidos de aparelho piriforme por métodos de
flutuação.
231
INTRODUÇÃO À ARTROPODOLOGIA
FILO ARTHROPODA
232
ovidutos
útero (oviduto comum)
vagina
espermateca - receptáculos para os
espermato-
zóides do macho, que se abre no ovi-
duto
Classificação:
Filo: Arthropoda
CLASSE INSECTA
233
- abdômen até 11 segmentos, modificado caudalmente
formando a genitália
Ciclo evolutivo:
pupa ovo
larva
(3 estádios)
ninfa 3 ovo
ninfa 2 ninfa 1
234
ORDEM PHTHIRAPTERA (PIOLHOS)
Características gerais:
- altamente hospedeiro-específicos;
- ectoparasitas permanentes;
- maioria incapaz de sobreviver fora do hospedeiro mais do que 2 ou 3 dias;
- achatados dorso-ventralmente;
- tamanho e coloração variáveis;
- olhos ausentes ou muito primitivos (manchas fotossensíveis);
- pernas terminam em garras (os de mamíferos = 1 garra/perna e de aves = 2
garras/perna);
- Subordem Anoplura piolhos sugadores dos mamíferos;
- Subordem Mallophaga piolhos mastigadores de mamíferos e aves.
SUBORDEM ANOPLURA
Solenopotes
235
SUBORDEM MALLOPHAGA
Morfologia: - têm até 3 mm, com a cabeça relativamente maior, com a largura do
corpo e arredondada anteriormente;
- peças bucais localizadas ventralmente;
- garras pequenas; uma em cada perna nos gêneros parasitas de
mamíferos e duas em cada perna nos gêneros parasitas das
aves;
- alimentam-se das camadas externas das hastes pilosas, escamas da
derme e crostas sanguíneas (mamíferos) ou, no caso dos piolhos
das aves, de penas e penugem (podem digerir queratina, ao
contrário das espécies de mamíferos), além de escamas cutâneas
e crostas;
- reprodução assexuada por partenogênese observada em diversos
gêneros capazes de rápida expansão populacional,
especialmente Damalinia.
Damalinia
- côr castanho-avermelhada;
- hospedeiros bovinos, ovinos, caprinos, eqüinos.
Felicola
- cabeça pontuda;
- peças bucais ventrais;
- hospedeiro gato.
Trichodectes
Heterodoxus
236
Piolhos mastigadores de aves:
eclosão
237
- patogenia: infestações moderadas causam discreta dermatite crônica;
infestações maciças por mastigadores intensa irritação e
prurido, áreas de alopecia, prejudicando o couro;
infestações maciças por sugadores anemia, perda de peso.
238
- tratamento e controle:
organofosforados e piretróides
banhos de imersão, pulverização,...- repetir após 2 sem.;
piretróides sintéticos - cipermetrina pour-on, deltametrina
spot-on (atuam por difusão na gordura da pele e pelame) –
proteção por 8 a 14 sem.
239
- patogenia: Damalinia - mais ativo, causa irritação, prurido intenso e lesões cutâ-
neas, perda de pêlos; pode atingir todo o corpo; leva à
inquietação e debilidade;
Haematopinus - causa anemia e comprometimento geral
240
INFESTAÇÕES POR PIOLHOS EM AVES
241
- tratamento e controle: uso de inseticidas - organofosforados (malation)
carbamato
usados para:
pulverização das camas,
pulverização das caixas de postura
e das próprias aves;
repetir o tratamento após 14 dias;
anéis impregnados de diclorvos para as patas –
controle por até 4 meses.
242
Haematopinus sp.
Observar:
Tamanho = 2 a 5 mm
Cabeça pequena
243
Trichodectes canis
Hospedeiros: CÃES
Observar: Tamanho = 2 a 3 mm
Cabeça grande
Garras pequenas
244
ORDEM SIPHONAPTERA (PULGAS)
Características gerais:
- fêmeas realizam várias posturas durante sua vida com apenas um acasalamen-
to inicial;
- fêmeas depositam seus ovos no habitat do hospedeiro ou no próprio hospedeiro
e cada postura com 300 a 500 ovos não conglomerados;
- ovos são lisos, esféricos ou ovalados, de côr clara e possíveis de serem vistos
a olho nú (~ 5mm de comprimento); não são pegajosos e não aderem ao
hospedeiro, caindo no chão;
- período de incubação = 16 a 20 dias;
245
- após uma semana da saída do casulo ocorre o acasalamento; pouco depois, a
fêmea necessita sugar sangue,que é necessário à maturação dos ovos para
ocorrer a postura;
- geralmente alimentam-se somente quando vão para outra região do hospedeiro,
para o ambiente ou outro hospedeiro;
- vivem um a dois anos;
- as pulgas penetrantes permanecem fixadas permanentemente durante toda a
vida adulta, sendo que as fêmeas ficam enterradas na pele, dentro de nódulos
- cada espécie tem seu hospedeiro preferido, mas pode se alimentar de outro
Ciclo evolutivo:
PULGAS DE MAMÍFEROS
C.canis
C.felis (mais disseminada)
- HI de Dipylidium caninum (as larvas, que têm peças bucais mastigadoras) e
Dipetalonema reconditum (nos cães)
- causa dermatite alérgica à picada de pulgas (DAPP)
246
Xenopsylla cheopis - ratos
- principal vetor de Yersinia pestis, agente causador da peste bubônica no
homem
- atualmente persiste em roedores silvestres
Diagnóstico:
Tratamento e controle:
ADULTICIDAS NO HOSPEDEIRO:
inseticidas (piretróides ou organofosforados em pó, spray, xampús,coleiras,...)
para eliminar as formas adultas presentes no pelame;
Lufenuron (PROGRAM) regulador de crescimento do inseto, atingindo
as larvas no interior dos ovos (não conseguem eclodir)
Nitenpyram (CAPSTAR) ação sistêmica no HD, atinge as pulgas
adultas durante a hematofagia
247
Fipronil (FRONTLINE) atua no ác.gama-amino-butírico, mediador
dos canais de cloro dos artrópodes
AMBIENTE:
medidas específicas: desinsetização (inseticidas adequados)
medidas inespecíficas: limpeza de carpetes e forrações com aspirador de pó,
descartar materiais utilizados nas camas dos animais.
PULGAS DE AVES
Tratamento e controle:
248
Ctenocephalides sp.
Hospedeiros: CÃES, GATOS e homem
Observar: Tamanho = 2 a 3 mm
Pronotal
Genal
249
MOSCAS
250
ORDEM DIPTERA (MOSCAS)
ORDEM: Diptera
FAMÍLIA:
Ceratopogonidae Tabanidae Muscidae
(mosquito-pólvora) (mutucas) (moscas
domésticas e
Simuliidae dos estábulos)
(borrachudos)
Calliphoridae
Psychodidae (varejeiras)
(mosquito-palha)
Hippoboscidae
Culicidae (moscas de florestas e
(mosquitos) melofagídeos)
Oestridae
(moscas do “berne”)
Morfologia:
251
SUB-ORDEM CYCLORRAPHA
Musca domestica
(Ordem Diptera, Subordem Cyclorrapha, Família Muscidae)
Distribuição: cosmopolita
ADULTOS hábitos onívoros (alimentos sólidos são liquefeitos através da saliva e/ou
regurgitação)
longevidade média = 25 a 52 dias
252
L3 deixa de se alimentar ocorre contração, endurecimento e escure-
cimento do tegumento forma-se o pupário
período pupal = 3 a 10 dias
253
Lucillia spp. (Ordem Diptera, Subordem Cyclorrapha, Família Calliphoridae)
254
2) SIMBOVINOS
“Ligados ao homem através dos excretas dos animais domésticos, principalmente
herbívoros”
Distribuição: cosmopolita
255
Patogenia: - ação irritante e hematofagismo 25,8 mg de sangue/mosca/repasto,
principalmente nas patas e abdômen
- decréscimo de produtividade
- vetores mecânicos microorganismos
- vetores biológicos (H.I.) Habronema spp.
- prejuízos econômicos severos: E.U.A. (1981) = US$ 398,3 milhões/ano
256
- ocorrem 2 mudas (3 ínstares larvais = L1, L2 e L3)
- período larval = 3 a 12 dias
Patogenia:
- hematofagismo ingestão média = 1,7 mg de sangue/mosca/repasto,
30x/dia (portanto, 500 moscas causam a perda de 25,5 ml de
sangue/dia)
até 50 moscas/animal grau de infestação baixo
de 50 a 200 moscas/animal grau de infestação médio
mais que 200 moscas/animal grau de infestação alto
- ação irritante redução do ganho de peso (até 14%) e da produção leitei-
ra (25 a 50%)
- vetor biológico Stephanofilaria spp.
- vetor mecânico microorganismos patogênicos
- grandes prejuízos econômicos: E.U.A. (1981) = US$ 730 milhões/ano
Brasil = ? (depende do tipo de criação, grau
de parasitismo, regime alimentar,
época do ano, etc.)
Controle:
- uso de brincos, pulverização, faixas impregnadas com inseticidas (facilitado
pelo hábito da mosca de permanecer muito tempo nos hospedeiros)
- tratamento deve ser criterioso para evitar ao máximo o surgimento de resis-
tência às drogas disponíveis
Fatores que influenciam o processo de resistência das moscas:
- genéticos frequência inicial, nº de genes, dominância
- biológicos/ecológicos gerações de moscas/ano, migrações
- operacionais classe do inseticida, concentração, método de
aplicação, poder residual, estratégia de controle
Geralmente os tratamentos desconsideram a seleção de indivíduos resis-
tentes: baixa frequência de indivíduos resistentes na população
suscetível
tratamento indiscriminado dos animais e escolha aleatória das drogas
aumento da pressão de seleção aumento do nº de indivíduos
resistentes
Resistência tende a se tornar perceptível após seleção por 30 a 40 gera-
ções
redução da eficácia de inseticidas devido à resistência tende a ocorrer
após 2 a 3 anos
podem surgir casos de resistência cruzada entre inseticidas da mesma
classe
257
- regras para tratamento: gado leiteiro brincos
bolsas autoaplicáveis
gado de corte brincos
bolsas autoaplicáveis
pour-on
- considerar que 20% dos bovinos de corte possuem um nº acentuadamente mai-
or de moscas que os 80% restantes
- melhor opção de tratamento atual utilização de um “mosaico” ou mistura de
técnicas e princípios simultaneamente; deve-se optar por um revezamento de
vários mosaicos, ano após ano (considera-se que não exista alguma mosca re-
sistente a todos os princípios).
258
3) PRODUTORES DE MIÍASES
Miíase: “Síndrome geral que tem como causa o ataque de larvas de dípteros a
vertebrados vivos, nos quais aquelas realizam, pelo menos por um certo
período, o seu desenvolvimento normal”
259
PUPAS - período pupal = 6 a 7 dias
Morfologia: - adultos 1,2 a 1,7 cm, abdômen com brilho metálico azulado
- ovos 1,0 mm
Ciclo biológico e comportamento: duração total média do ciclo biológico = 120 dias
260
- dispostos em cachos, geralmente em um dos lados do abdômen do
forético, aderindo-se graças a uma substância aglutinante
vantagens da utilização de foréticos:
proteção dos ovos contra a dessecação
aumento da probabilidade do encontro parasito-hospedeiro
melhor dispersão das larvas
- produção média = 30 a 40 ovos/postura
- produção total = 800 a 1.000 ovos/fêmea
261
Controle: - mesmo que para Musca domestica (controlando-se os foréticos)
- pulverizações, pour-on (organofosforados, piretróides, Fipronil,...)
- Avermectinas (Ivermectin, Doramectin)
262
MIÍASES CAVITÁRIAS
Hospedeiros: eqüídeos
Ciclo biológico:
OVOS - medem 1 a 2 mm
- locais da ovipostura:
G.nasalis nos pêlos da região peribucal e ganacha
G.intestinalis pêlos da região escapular e da face
interna dos membros anteriores
263
fixação transitória das L2 (têm ~6 a 7 mm de comprimento) e são
deglutidas
- Fase gastrintestinal
L2 fixam-se: região gástrica aglandular e próxima ao cárdia
G.intestinalis
região gástrica glandular, próxima ao piloro e/ou porções ini-
ciais do duodeno G.nasalis
L3 surgem após fixação das L2
dura cerca de 10 a 12 meses, quando as L3 (com~2 cm)
desprendem-se
da mucosa e são eliminadas nas fezes
Distribuição: cosmopolita
Ciclo biológico:
LARVAS - eliminadas por fêmeas adultas que durante o vôo soltam jatos de líqui-
do contendo até 25 L1 direcionados para as narinas dos HDs
- tamanho médio das L1 = 1,0 mm
- produção média total de L1 = 500 larvas
- realizam 2 mudas (3 ínstares larvais)
- após a fixação na membrana mucosa dos condutos nasais (2
semanas) surgem as L2 invadem os seios frontais
mudam para L3 (com 2,5 a 3,0 cm) voltam para os condutos
nasais são expelidas através da descarga nasal e/ou espirros
do hospedeiro
- período larval = 25 dias a 12 meses
264
PUPAS - período médio pupal = 3 a 6 semanas
265
Musca domestica
Observar:
Tamanho = até 1 cm
Abdômen amarelado
3 faixas pretas
longitudinais no tórax
Olhos médios e
avermelhados
CABEÇA
palpo
266
Chrysomya sp.
Observar:
Tamanho = até 1 cm
267
Sarcophagidae
Observar:
Abdômen axadrezado
em preto e cinza
268
Dermatobia hominis
Observar: LARVA L3 (berne)
Tamanho = até 3 cm
Espiráculo
269
Gasterophilus sp.
Localização: Mucosa estomacal
Hospedeiros: Eqüídeos
Observar: LARVAS L3
Erosões na mucosa
estomacal
Larvas L3
270
SUB-ORDEM BRACHYCERA
Distribuição: cosmopolita
ADULTOS
271
SUB-ORDEM NEMATOCERA
Distribuição: cosmopolita
Ciclo biológico:
272
Simulium spp. ou “Borrachudos”
(Ordem Diptera, Sub-ordem Nematocera, Família Simuliidae)
Distribuição: cosmopolita
Ciclo biológico:
273
Lutzomyia spp.
Nyssomyia spp. e outros gêneros chamados Flebotomíneos
Sinonímia: “Mosquito palha” ou “Birigui” ou “cangalhinha”
(Ordem Diptera, Sub-ordem Nematocera, Família Psychodidae)
Ciclo biológico: semelhante aos outros Nematocera, com 30 a 100 dias de duração
adultos - medem até 5mm, com patas longas
ovos - não são colocados na água, mas necessitam de umidade
Ciclo biológico: semelhante aos outros Nematocera, com 30 a 100 dias de duração
adultos - medem até 5 mm, com patas longas
ovos - colocados na superfície da água
274
CLASSE ARACHNIDA - ORDEM ACARINA
FAMÍLIAS IXODIDAE E ARGASIDAE
(CARRAPATOS)
Características gerais:
- possuem 4 pares de patas
- corpo composto por cefalotórax e abdômen
- peças bucais com dois pares de apêndices quelíceras (adaptadas para
cortar)
palpos (função sensorial)
- não possuem antenas.
Família Ixodidae
- “carrapatos duros”
- parasitas temporários, passando períodos relativamente curtos no hospedeiro;
275
Gênero Boophilus
Identificação:
- machos = 2,5 mm, fêmeas = até 1 cm
- carrapatos não ornamentados
- olhos presentes
- festões ausentes
- palpos e hipostômio curtos
- machos possuem placas ventrais acessórias ou adanais
Ciclo biológico:
- carrapatos de um único hospedeiro
neandro gonandro (macho
adulto)
ovo larva (metalarva) ninfa metaninfa
neógina partenógina (fêmea
adulta)
teleógina (fêmea
ingurgitada)
AMBIENTE
postura dos ovos
276
Boophilus microplus
Hospedeiros: Bovinos, eventualmente ovinos, caprinos, etc.
Observar:
Tamanho: machos = 2,5 mm, fêmeas = até 1 cm
carrapatos não
ornamentados
Espiráculo
festões ausentes
palpos e hipostômio
curtos
machos possuem
placas ventrais
acessórias ou
adanais
277
Gênero Amblyomma
Ciclo Biológico:
- carrapatos de três hospedeiros
fêmea adulta engurgitada abandona o hosp. ovipõe no ambiente
larvas eclodem fixam-se no hosp. alimentam-se abandonam o hosp.
transformam-se em ninfas no ambiente fixam-se no hosp. alimen-
tam-se abandonam o hosp. transformam-se em adultos no ambiente
fixam-se no hospedeiro e tornam-se engurgitadas
278
Amblyomma cajannense
Hospedeiros: Eqüinos, animais domésticos e sivestres
Homem
Observar: LARVA
LARVA
HEXÁPODA
(3 pares de patas)
279
Gênero Anocentor
280
Anocentor nitens
Localização: Conduto auditivo dos eqüídeos
Observar:
Tamanho: machos = 2,5 mm, fêmeas = até 1 cm
carrapatos ornamentados
palpos curtos
Espiráculo em forma de
“dial” de telefone
281
Gênero Rhipicephalus
Hospedeiros: cães
acomete também gatos, coelhos, caprinos, eqüinos, ovinos, morcegos,
aves e répteis;
ovos - PI = 19 d
larvas - resistência de até 253 d
1 hospedeiro - fase de ingurgitamento = 3 d
ambiente - transformam-se em ninfas em 6 d (resistência de até 183 d)
2 hospedeiro - fase de ingurgitamento = 4 d
ambiente - transformam-se em adultos em 12d (resistência de até 568 d)
3 hospedeiro - fase de ingurgitamento = 6 a 50 d
ambiente - pré-oviposição = 3 a 83 d
oviposição (4000 a 5000 ovos) = 21 a 29 d
Epidemiologia:
- regiões de clima temperado distribuição de carrapatos depende da existência
de um microambiente com umidade relativa alta;
- regiões de clima tropical distribuição depende da cobertura vegetal (gramíne-
as), ocorrência de chuvas, já que as temperaturas são uniformemente altas;
- na pastagem, a estabilidade do microclima depende de vários fatores como a
quantidade de forragem ou fragmentos de plantas e a espécie da gramínea;
- as diversas espécies de carrapatos têm limiares diferentes de temperatura e
umidade
- são mais ativos durante o verão, desde que haja chuvas suficientes.
282
Controle:
- tratamento é mais importante em bovinos;
- baseado nos seguintes fatores: duração do repasto sanguíneo (alguns dias)
atividade sazonal dos carrapatos
importância das doenças que transmitem
efeito residual do acaricida e sua toxicidade
para o hospedeiro
número de hospedeiros necessários para que
o ciclo se complete
- medidas inespecíficas:
queima das pastagens
cultivo do solo
drenagem das pastagens
rodízio das áreas de pastagem (sistemas extensivo ou semi-extensivo).
283
Rhipicephalus sanguineus
Hospedeiros: CÃES
Eventualmente gatos, coelhos, caprinos, eqüinos,
ovinos, morcegos, aves e répteis
Observar:
Tamanho: machos = 2,5 mm, fêmeas = até 1 cm
não ornamentados
284
Gênero Ixodes
Espécies:
I. ricinus - Europa, América do Norte, Austrália, África do Sul
acomete bovinos, ovinos e outros hospedeiros
I. canisuga - Europa
acomete principalmente cães
I. hexagonus - Europa
acomete ouriços, cães, furões e doninhas
I. holocyclus - Austrália
I. rubicundus - Austrália
I. scapularis - América do Norte
Identificação:
carrapatos não-ornamentados
sem festões ou olhos
palpos longos
superfície ventral do macho quase inteiramente coberta por placas
sulco anal anterior ao ânus
Gênero Haemaphysalis
Espécies:
H. punctata - Europa; acomete bovinos e ovinos
H.leachi - África, Ásia, Austrália; acomete cães
H.longicornis - Ásia; acomete bovinos
Identificação:
carrapatos não-ornamentados
festões presentes
olhos ausentes
palpos curtos e largos
machos sem placas ventrais
carrapatos de três hospedeiros
285
Família Argasidae - “carrapatos moles”
- não há escudos
- peças bucais não são visíveis da face dorsal
- ingurgitação moderada, pois as fêmeas se nutrem frequentemente
- são resistentes à seca e capazes de viver por vários anos
Gênero Otobius
- espécie: O.megnini - Américas do Norte e do Sul, Índia e sul da África
- acomete cães (nas orelhas) e outros hospedeiros, inclusive o homem
- ovos são postos nas instalações, comedouros, frestas
- somente as larvas e ninfas são parasitas, permanecendo por meses no hospe-
deiro
- causam inflamação e exsudato seroso dos canais auditivos, podendo levar à
anemia.
Gênero Ornithodoros
Epidemiologia:
- ingurgitação se completa rapidamente importante nos casos da presença rara
dos hospedeiros adequados;
- grande capacidade de sobrevivência em condições áridas;
- os vários estádios apresentam frequente atividade nutritiva mais oportunida-
des de transmissão de patógenos
286
Controle:
287
Argas sp.
Hospedeiros: AVES
Tamanho: 5 a 10 mm
Observar:
288
ÁCAROS CAUSADORES DE SARNAS
Características gerais:
- parasitas obrigatórios
- passam seus ciclos evolutivos inteiros, de ovo a adulto, no hospedeiro
- transmissão ocorre por contato
Distribuição: cosmopolita
Ciclo evolutivo:
3 a 5 dias
ninfas eclosão dos ovos
289
- borda das orelhas são frequentemente acometidas em primeiro lugar;
- sarna altamente contagiosa;
- diagnóstico laboratorial exame de raspados de pele para detecção dos
ácaros;
- tratamento baseado na: localização protegida dos parasitas
duração do ciclo evolutivo
necessidade de destruir todos os ácaros
banhos com acaricidas com intervalo semanal
corticosteróides podem ser utilizados para diminuir o prurido
- controle: isolar os cães afetados
tratar todos os cães que tiveram contato íntimo com o cão afetado
290
SARNA SARCÓPTICA DE BOVINOS
- mais grave das sarnas bovinas;
- ocorre mais no pescoço e cauda, mas pode acometer todo o corpo;
- infestações discretas pele escamosa, pouca perda de pêlos;
infestações graves pele torna-se espessada, perda acentuada de pêlos,
crostas;
intenso prurido decréscimo da produção e depreciação
do couro (traumatismos);
- diagnóstico raspados de pele (exame cuidadoso para diferenciação)
- tratamento acaricidas líquidos ou sprays;
ivermectina injetável (dose única) - não para vacas lactantes;
organofosforados (pour-on, em 2 aplicações com intervalo de 14
dias) - não para vacas lactantes.
291
Sarcoptes scabiei
Localização: Pele (epiderme e derme)
Corpo arredondado
Pernas curtas
Estrias transversais no
dorso
Espinhos triangulares no
dorso
292
Notoedres cati Família Sarcoptidae
Hospedeiros: gato
cão, esporadicamente
coelho (infestação por uma linhagem que acomete as orelhas e cabeça)
Distribuição: cosmopolita
Ciclo evolutivo: semelhante ao Sarcoptes, mas aas fêmeas são encontradas na derme
em grupos ou ninhos.
Patogenia: - ocorrem lesões escamosas com crostas secas nas bordas das orelhas e
na face
- pele apresenta-se espessada;
- prurido geralmente intenso;
- escoriações graves podem estar associadas;
- geralmente as lesões surgem na borda mediana do pavilhão auricular e se
espalham rapidamente sobre as orelhas, face, pálpebras e pescoço;
- as lesões podem alcançar as patas e a cauda por contato.
Tratamento: - crostas cutâneas devem ser amolecidas com água e sabão ou glicerina;
- acaricidas solução de sulfeto de selênio 1% (intervalos semanais).
293
Gênero Knemidocoptes Família Sarcoptidae
Patogenia:
- K.mutans afeta a pele sob as escamas das patas escamas se soltam dando
um aspecto áspero aos membros e dedos; pode causar claudicação e deformi-
dade das patas; quadros graves podem levar a perda dos dedos;
- K.gallinae faz escavações nas hastes das penas, causando intensa dor e irrita-
ção, e a ave passa a arrancar as penas do corpo;
- K.pillae é observado com maior frequência em periquitos australianos, mas
também afeta papagaios, cacatuas, canários,...; afeta as áreas nuas e leve-
mente plumosas, bico, cera, cabeça, pescoço, face interna das asas, pernas
e patas; causam pouco prurido; lesões de evolução lenta, decorrendo meses;
geralmente a lesão inicial ocorreno ângulo do bico, depois a face, cera e tecido
córneo, podendo causar deformidades importantes.
Tratamento / controle:
- acaricidas em pó ou spray (atenção especial para as faces internas das
asas);
- a “perna escamosa” deve ser mergulhada numa solução acaricida;
- aplicações com intervalo de 10 dias;
- instalações devem ser completamente limpas;
- poleiros e ninhos pulverizados com acaricida.
294
Gênero Demodex Família Demodicidae
Espécies: Hospedeiros:
Demodex canis cão
D. bovis bovino
D. equi eqüino
D. phylloides suíno
D. folliculorum homem
Distribuição: cosmopolita
Ciclo evolutivo:
295
demodicose pustular ou folicular - forma grave;
invasão bacteriana das lesões;
pele enrugada e espessada;
inúmeras pústulas pequenas, das
quais fluem pus, sangue e secre-
ção serosa;
odor forte e desagradável;
sistema imunológico tem papel
importante na ocorrência e gra-
vidade;
supõe-se que cadelas possam transportar um fator geneticamente
transmitido que resulta em imunodeficiência em suas progênies,
sendo então mais suscetíveis à invasão dos ácaros;
o próprio Demodex é considerado causador de imunodeficiência
mediada por células, suprimindo a resposta normal de linfócitos T;
pode irromper quando o hospedeiro recebe imunossupressores
por algum motivo.
296
SARNA DEMODÉCICA DE BOVINOS
- surgem nódulos do tamanho de uma ervilha na derme, contendo substância
caseosa e milhares de ácaros, causando danos ao couro;
- transmissão parece ocorrer durante os primeiros dias de aleitamento;
- ocorre mais no focinho, pescoço, cernelha e dorso;
- epidemiologia Austrália = até 95% dos couros danificados
EUA = 25%
Grã-Bretanha = 17% dos couros com nódulos de Demodex;
- Tratamento organofosforados pour-on, amitraz
ivermectina injetável.
297
Gênero Psoroptes Família Psoroptidae
Espécies: Hospedeiros:
Psoroptes ovis ovinos e bovinos
P. equi eqüinos
P. cuniculi coelhos
Distribuição: cosmopolita
Ciclo evolutivo:
- fêmeas põem cerca de 90 ovos durante o período de vida de 4 a 6 semanas;
- ovo larva ninfa adulto maduro em 10 dias.
Patogenia: - possui peças bucais perfurantes e mastigadoras, que podem lesar seria-
mente a pele.
298
- controle inspeção de rebanhos;
limitação do trânsito de ovinos em áreas onde ocorre a infestação;
299
Gênero Chorioptes Família Psoroptidae
Distribuição: cosmopolita
Morfologia:
- peças bucais arredondadas, sendo mastigadoras (nutrem-se
superficialmente na derme de escamas soltas e outros
fragmentos cutâneos, não perfurando a pele);
- tubérculos abdominais do macho truncados (achatados);
- pedicelos são curtos e não articulados, com ventosas em forma de
taça.
Patogenia:
- bovinos ocorre no pescoço,cauda, úbere e patas;
normalmente apenas alguns animais do rebanho são clinicamente
afetados;
lesões tendem a ser discretas e localizadas, com lenta dissemina-
ção;
causa prejuízos pelas lesões no couro devido o prurido;
- ovinos ocorre principalmente nas patas;
pode dissemina-se para a face e outras regiões, mas pouco dano é
provocado;
casos graves esporádicos apresentam dermatite pustular, com enru-
gamento e espessamento da pele;
acometimento da pele do escroto pode comprometer temporaria-
mente a espermatogênese;
- eqüinos surgem lesões crostosas na pele das patas abaixo dos joelhos
e jarretes;
irritação e prurido, especialmente à noite, levam a ocorrência de
traumatismos localizados.
Epidemiologia:
- bovinos sarna corióptica é mais comum em animais estabulados;
- ovinos supõe-se que os cordeiros se tornem infestados por contato com as
patas da ovelha;
- eqüinos mais prevalente em animais de patas pilosas e com densos tufos de
pêlos.
300
Otodectes cynotis Família Psoroptidae
Hospedeiros: gato e cão (ácaro causador de sarna mais comum em cães e gatos em
todo o mundo)
furão, raposa, e outros mamíferos silvestres
Patogenia:
gatos inicialmente ocorre a formação de exsudato seroso acastanhado no
canal auditivo, que fica repleto de crostas, que serve de abrigo
para os ácaros;
infecção bacteriana secundária pode resultar em otite purulenta;
principais sinais clínicos = balanço frequente da cabeça, coceira nos
ouvidos, presença de massas cerosas fétidas no canal auditivo e ,
em casos graves, otorréia com pus e ulceração do canal auditivo;
arranhaduras nos pavilhões auriculares e o balanço da cabeça devido o
prurido podem causar otoematomas;
cães um dos principais causadores de otite externa;
prurido intenso, causando arranhaduras da orelha e balanços da cabe-
ça, levando muito frequentemente à formação de otoematomas;
casos graves geralmente resultam em otite purulenta grave.
Epidemiologia:
maioria dos gatos abriga o ácaro;
supõe-se que a maioria das infestações seja adquirida por gatinhos lactentes
a partir de mães portadoras;
altamente contagioso, ninhadas inteiras são acometidas.
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ROTEIRO PARA USO DO MICROSCÓPIO DE LUZ
Leia atentamente e siga estas instruções para que você utilize adequadamente o
microscópio de luz.
Sua utilização correta será cobrada durante as aulas e provas.
Estudo:
1- Iniciar o estudo do material sempre pelo menor aumento (4X).
2- Coloque de forma adequada a lâmina com sua lamínula voltada para cima na
platina de forma que esta fique fixa pelas hastes de fixação.
3- Ligue o microscópio e utilizando o Charriot movimente a lâmina de forma que o
material contido nela localize-se sobre o orifício presente na platina, pois neste
local estará passando a luz produzida pela fonte luminosa.
4- Coloque seus olhos próximos, mas não encostados nas oculares e movimente-as
lateralmente de forma que você visualize apenas um ponto luminoso.
5- Você poderá visualizar também uma pequena haste negra em uma das oculares.
Esta haste serve como uma seta e todas as vezes que você necessitar a
confirmação do diagnóstico de seu material, mantenha-o na ponta desta seta.
6- Realizado este passo, movimente o macrométrico para que você consiga o foco
inicial, isto é, uma imagem nítida do material de estudo. Conseguida esta imagem
movimente o micrométrico para a obtenção de um foco mais fino.
7- Ao conseguir o foco você poderá deslocar a lâmina através do uso do Charriot.
8- Feitas as primeiras observações gerais, deixe no centro do seu campo de
observação a porção do material de seu interesse para o estudo mais minucioso e
verifique se o foco está perfeito.
9- Desloque o canhão com as objetivas no sentido horário até que a próxima objetiva
(10X) se posicione verticalmente. Para a obtenção do foco movimente APENAS O
MICROMÉTRICO. Novamente você pode deslocar a lâmina utilizando o Charriot.
ATENÇÃO: use o disco do canhão para deslocar as objetivas e nunca segure nas
mesmas para realizar este movimento.
10- Para a utilização da próxima objetiva (40X) realize os passos 7 e 8 novamente.
11- A utilização da objetiva de 100X requer o uso de óleo de imersão. Focalize o
material até a objetiva de 40X, de acordo com os passos acima. Em seguida,
desloque esta objetiva (ela não deve entrar em contato com o óleo), coloque uma
gota de óleo de imersão sobre a lâmina ou lamínula na direção do foco de luz e
gire o canhão cuidadosamente de modo a posicionar a objetiva de 100X sobre a
gota de óleo. Utilize APENAS O MICROMÉTRICO para o ajuste do foco.
302
Cuidados:
1- Segurar o microscópio apenas pelo braço quando for necessário movimentá-lo na
bancada.
2- Não deslocar o microscópio pelo laboratório.
3- Ao terminar seu estudo, desligue o microscópio, eleve o canhão, posicione na
vertical a objetiva de menor aumento, retire a lâmina da platina e guarde-a em seu
respectivo lugar na caixa, LIMPE O MICROSCÓPIO, principalmente se usou óleo de
imersão.
4- Cuidado com a caixa de lâminas e com o microscópio pois são materiais muito
caros.
5- ATENÇÃO: O óleo de imersão deve ser colocado sobre a lamínula ou, em alguns tipos
de materiais sobre a própria lâmina (uma pequena gota, na direção do foco de luz). Se
for utilizado o óleo de imersão, é necessário realizar a limpeza tanto da lâmina quanto da
lamínula, assim como da objetiva de imersão (100X). Para tal procedimento é necessária
a utilização de um lenço de papel macio embebido em uma solução álcool-éter fornecida
por seu professor. Umedeça o lenço e delicadamente limpe a ponta da objetiva de
imersão e se necessário também a objetiva de 40X pois em alguns casos,
inadvertidamente, o aluno também encosta esta objetiva no óleo. Após este
procedimento limpe também sua lâmina para que esta não fique com nenhum resíduo de
óleo.
303
TÉCNICAS COPROPARASITOLÓGICAS
Prof. Dr. Celso Martins Pinto
304
MÉTODOS de CONCENTRAÇÃO de OVOS de HELMINTOS, CISTOS e OOCISTOS de
PROTOZOÁRIOS POR FLUTUAÇÃO
MÉTODO DE WILLIS
Este método é rápido, fácil e barato para pesquisa de oocistos de coccídia, especialmente
Cryptosporidium spp. O microscópio de contraste de fase facilita a visualização desse
parasito; cistos de Giardia spp. também são detectados por esse método.
305
MÉTODOS de CONCENTRAÇÃO de OVOS de HELMINTOS e CISTOS de
PROTOZOÁRIOS POR SEDIMENTAÇÃO
Este método é utilizado na pesquisa de estruturas pesadas (cistos de Giardia spp.) e larvas
de vermes pulmonares de carnívoros.
Este método é utilizado para a pesquisa de estruturas pesadas, como ovos de trematódeos
(Fasciola spp., Eurytrema pancreaticum, ...) que são grandes e operculados.
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EXAMES DE AMOSTRAS DE SANGUE PARA A PESQUISA DE HEMATOZOÁRIOS
1) Colocar uma gota de sangue em uma das extremidades de uma lâmina e correr a
gota com o uso de outra lâmina ou lamínula formando uma fina película de sangue
espalhada sobre a lâmina da base;
2) Espere secar a película, não esquecendo de protegê-la de moscas eoutros insetos,
se ela não fôr corada imediatamente;
3) Fixe em metanol absoluto por 5 minutos;
4) Deixe secar;
5) Dilua a solução estoque de Giemsa 1:20 com água destilada e mergulhe a lâmina; um
corante novo deve ser preparado pelo menos a cada 2 dias;
6) Deixe corar por 30 minutos;
7) Lave a lâmina delicadamente em água corrente;
8) Deixe secar;
9) Examine ao microscópio com aumento de 1.000X com óleo de imersão; os
hematozoários se apresentam com citoplasma azul e núcleo magenta.
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