O Livro Secreto Da Fluência (André Felipe)
O Livro Secreto Da Fluência (André Felipe)
O Livro Secreto Da Fluência (André Felipe)
SECRETO
DA FLUÊNCIA
Daqui a 05 anos,
você desejará
ter lido
este livro
HOJE
Às centenas de alunos que, ao serem transformados, transformaram minha vida!
Muito obrigado!
• Por que é tão difícil FALAR INGLÊS?
• Por que o número de escolas só aumenta, mas o número de fluentes em inglês
não?
• Milhões de pessoas entram e saem das salas de aula diariamente, uns leem,
outros até escrevem, outros poucos até entendem, mas NINGUÉM CONSEGUE
FALAR.
• Como pode ser tão difícil assim resolver esse problema?
• Aonde está o erro? Nos alunos? Nas escolas? Nos métodos? Livros?
São perguntas que assolaram a minha alma por meses, anos a fio…
Inglês faz parte da minha vida desde 1995! Já estudei em várias escolas, por vários
anos, onde fiz vários cursos; já morei nos EUA, fui professor de grandes, renomadas, e
diria até ótimas escolas de inglês, com equipes altamente comprometidas em desenvolver
métodos que conseguissem ajudar os alunos. Entretanto, mesmo assim, eu escutava
sempre a mesma coisa: “eu até entendo, consigo ler algumas coisas, escrever, MAS
FALAR… FALAR…”
Na verdade, eu mesmo vivi isso que chamo de o DRAMA DO ALUNO na pele por
muito tempo, desse mesmo jeito. E essa incoerência - sabe quando você está encaixando
uma peça, brinquedo, lego, enfim, que está quase encaixado, parece encaixado, mas você
ainda não ouviu o “TEC!”?
Era exatamente isso que eu sentia. Algo estava errado, algo estava fora do lugar,
desencaixado. Sabe quando as coisas não batem? E após horas e horas e mais horas, meses,
anos, de muita pesquisa, leitura, estudo, testes, e mais testes, eu finalmente consegui
entender claramente o problema, e mais importante, a solução.
ESTE LIVRO É O RESULTADO DESTA DESCOBERTA!
A ficha caiu, e caiu mesmo. Foi um processo transformador, libertador, que
arrebatou meu coração e revolucionou meu método de ensino, minha carreira, meus
resultados como professor, e a minha vida como um todo. Rapidamente minha agenda
lotou, e eu ainda recebia semanalmente pessoas frutos de indicações e recomendações dos
meus alunos.
O que eu te mostrarei neste livro foi aplicado e testado com cerca de mais de 100
pessoas - homens, mulheres, empresários, servidores públicos, profissionais liberais,
autônomos, analíticos, dominantes, influentes, músicos, médicos, programadores, enfim…
E, em todos os casos que foi seguido, FUNCIONOU! “Será que funciona pra mim?” Se
você é um ser humano, sim, funciona pra você também! São princípios universais,
intrínsecos, nativos ao ser humano, e sempre que são seguidos, FUNCIONAM!
NÃO LEIA ESSE LIVRO SE…
UM TRATO
Como eu sei que você tem dezenas de outros compromissos e prioridades, já deve
estar cansado de tantas promessas vazias, já deve ter lido vários e-books e/ou assistido
dezenas de vídeos, acreditando, tentando, sem que nada mudasse, quero propor um trato:
Você lê a próxima página. Se não enxergar algo inovador e diferenciado, que te convença
de que vale a pena continuar, você abandona sua leitura imediatamente. Caso veja que
parece que encontrou a solução do seu problema, você continua, acreditando que eu sei o
quão valioso é o seu tempo! Do we have a deal? (Negócio fechado?)
Por que não consigo falar Inglês?
Dedico este material aos milhares de alunos Brasil e mundo afora que, de tanto
tentar, estudar, investir, acreditar, em cursos, promessas, tentarem de tudo, sem contudo
conseguir enfim falar inglês, encontram-se hoje frustrados, desesperançados e muitas
vezes até traumatizados com o idioma.
E se você chegou até este livro, provavelmente você é uma dessas pessoas - um
adulto que já estudou, já fez um, dois, talvez cinco cursos de inglês, já deve ter assistido
dezenas de vídeos na internet, se inscrito em vários canais, maybe you even tried a
private teacher… e eu me arrisco a dizer que você, talvez com certo esforço e tradução,
consegue entender o que eu escrevi ali em negrito, assim como consiga entender outros
textos em inglês; saiba gramática, regras, expressões, estruturas… Enfim, você já deve ter
estudado e até aprendido inglês!
O problema, assim como de praticamente 100% dos cerca de 100 alunos com quem
trabalhei pessoalmente ao longo de todos esses anos como professor - desde escolas,
particular, casais, grupos fechados, até como professor corporativo, enfim - a questão é
conseguir usar tudo isso que você sabe, na hora que realmente precisa, pra falar inglês
na prática com estrangeiros e nativos.
Se este não é o seu caso, ou se você não deseja muito falar inglês de verdade, pode
parar por aqui. Não irá adiantar de nada continuar. Agora, se você se identifica com o que
acabou de ler, se conhece casos como esse, ou se você simplesmente é alguém que sabe que
precisa falar inglês, já entendeu o quanto ser realmente fluente em inglês vai mudar sua
vida, carreira, negócios, profissão, salário, viagens, lazer, entre outros, então prepare-se: eu
realmente acredito que você encontrou o que estava procurando a tanto tempo.
Em respeito ao seu tempo e sofrimento, ao trato que acabei de fazer com você, ao
tanto de vezes que você acreditou, tentou, investiu tempo, dinheiro, e até hoje, porém,
nada de conseguir falar inglês de verdade, eu VOU INVERTER A ORDEM E COMEÇAR
ESTE LIVRO PELO FINAL, PELA SOLUÇÃO:
O grande problema e conflito é que estudar, aprender, conhecer e até mesmo saber
inglês, é uma coisa. Falar inglês, com prontidão, confiança, facilidade e fluência, é outra, e
99% das escolas e cursos só sabe e entrega o primeiro, por isso não temos o segundo. Just
like that! It’s that simple. Não tem nada de errado com você.
E bem direto ao ponto: o que capacita alguém a falar de verdade assim é muito
simples: repetir o que qualquer criança faz enquanto está aprendendo a falar. Parece
óbvio, ridículo, mas é a coisa mais simples, profunda e transformadora do mundo. Esse
segredo sozinho já transformou a vida de mais alunos meus do que você possa imaginar.
Se você quer ser finalmente fluente, basta escutar várias vezes cada coisa nova que você
descobre ou aprende. Em outras palavras, você precisa ouvir, ouvir e ouvir áudios que
contenham aquilo que você acabou de aprender - vocab, expressões, tempos verbais,
whatever, num formato que simule cenários reais! Ou seja, isso que você aprendeu
precisa estar envelopado em frases, parágrafos, estórias que contenham personagens.
Faça isso e você será fluente, muito fluente, como sempre sonhou. Não faça isso, e
você poderá ser o maior expert teórico em todo o inglês do mundo, mas falar inglês de
verdade, na prática, continuará sendo um sonho distante e inalcançável.
Conseguiu entender de forma simples e prática porque até hoje você não conseguiu
ser realmente fluente? É isso aí, nada mais.
Claro que existem diversos fatores por trás disso: como ouvir? Aonde encontrar,
esse material?* (na última página você encontra meus endereços digitais, aonde toda
semana eu posto vídeos, dicas, aulas e disponibilizo áudios neste formato citado aqui).
Será que qualquer áudio serve? Como saber o nível certo para mim? E a motivação pra
perseverar nessa jornada? Como isso irá “consertar" os vícios de aprendizado que
condicionaram minha mente ao longo dos anos, entre outros…
Mas quando estamos falando de FLUÊNCIA DEFINITIVA, de conseguir ouvir,
entender e responder, prontamente um nativo numa conversa real, fluência se assimila
muito com saúde e alimentação: quanto mais parecido com o original, natural e
verdadeiro, melhor. Tudo se resume a repetir o processo de aprendizado de uma criança:
1. Ouvir
2. Várias vezes (10, 12, 15, 20, 30 vezes)
3. Cada conteúdo novo que aprendemos e descobrimos
4. Envelopado em frases, estórias, conversas (inseridos em contextos) - jamais palavras
ou ideias soltas, avulsas;
5. Apenas ouvir - sem cobranças, sem pressões, just listen
6. Ter algo ou alguém específico que eu queira entender e com quem eu queira muito me
comunicar (algum assunto, como culinária, Fórmula 1, ou alguém, como um romance.
No caso das crianças, isso são desenhos, pais, familiares, amigos)
7. Ter paciência e esperar o dia que isso vai “romper sozinho” e virar fluência
Repito: Faça isso e você será fluente, muito fluente, como sempre sonhou. Ignore
isso e você nunca irá falar inglês de verdade.
Uma criança não “escuta pra falar”, no sentido de: ela não se cobra, não existe na
cabeça dela essa obrigação, essa pressão de falar! Minha filha me assiste e me escuta
vidrada, focada no que estou fazendo e falando. Os sons que ela emite, todos eles sem o
menor sentido, no dialeto próprio que ela criou, são uma consequência natural e
espontânea desse processo, não uma obrigação. A propósito, eu e minha esposa vibramos,
aplaudimos e nos alegramos com cada tentativa dela de conversar. Pais e professores
precisam tomar muito cuidado com o feedback que dão aos seus filhos e alunos em relação
as suas tentativas de evoluir. Essa pressão muitas vezes é uma das causas pelas quais
bebês, crianças e adultos travam e demoram pra falar um idioma.
Baseado na minha experiência de mais de 12 anos e nos mais de 100 alunos com
quem já trabalhei, eu sei que preciso repetir isso: quer ser fluente? Escute dezenas de
vezes áudios fáceis, interessantes, relevantes, reais ou muito parecidos com reais, sobre
coisas e pessoas que você ama e com quem tenha um grande e profundo desejo de
conseguir se comunicar com eficácia.
“Estou aqui em Berlim e quero te agradecer porque finalmente estou falando muito bem o
Inglês, entendendo e me fazendo entender completamente! Seu curso foi fundamental
Felipe… Eu não gostava do Inglês, mas o Felipe com a dinâmica e método diferenciado,
começou a fazer com que eu me interessasse e me apaixonasse por essa língua. Em menos
de 1 ano, posso afirmar que passei de uma pessoa que entendia o básico em Inglês, para
uma pessoa que entende perfeitamente o idioma e sabe se expressar com toda a segurança
e conhecimento.”
Leonardo Marins
Diretor Executivo Comercial - Allianz Seguradora
“Eu já tinha feito alguns cursos mas eu sentia que quando chegava lá fora era muito
diferente... eu buscava algo que fosse mesmo real! Você vê que o método que ele usa, com
os recursos, slides, gestos, os áudios semanais, isso realmente fica sedimentado, a gente
guarda mesmo, e serve pra vida. Ele reproduz o processo natural de aprendizado de um
bebê nativo…”
Cristiano Nader
Médico Pediatra do HMIB e Sócio Diretor da Clínica Mãe Coruja
“Na verdade faço inglês a vida toda desde criança... ja fiz vários cursos de inglês, tudo
muito parecido... sala de aula vc aprende gramatica, faz uma prova, tira nota boa... mas na
hora de falar não sai nada! Na verdade quase nenhum de todos os cursos de inglês
consegue ensinar o cara a falar inglês... O Felipe ficava: ouve os negócios ouve os
negócios... eu ficava ouvindo videos na internet, porque na internet tem 1 milhão de
cursos né... mas ele falava: ouve os áudios das aulas todo dia, a semana toda!! Depois de
um tempo decidi dar credito pra ele e fazer... e comecei a ouvir... aí eu disse: Po, o cara
sacou…”
Pedro Jorge
Nutricionista Coordenador do Centro Internacional de Neurociências SARAH
Sumário
INIMIGOS DO LISTENING 31
The Silent Period 32
Um motivo pelo qual morrer 34
Why do I really want to be fluent? 34
Referencias Bibliográficas: 36
“As minhas aulas com o Felipe André foram fundamentais para que eu adquirisse uma
auto confiança para enfrentar meus medos e conseguir falar inglês de verdade. Super
indico a Personal English! Um grande abraço direto de Bangkok….”
Marcelo Palácio
Empresário, Dono da Rede de Supermercados Guarapari
“Depois que eu comecei a fazer aulas com ele eu me sinto muito mais a vontade, tanto pra
fazer perguntas em inglês, pra contar uma história... Pra mim realmente ficou bem mais
fácil! Ele enfatiza pra ouvir sempre ao final de cada aula e isso realmente faz muita
diferença! Ele ama o que ele faz, você sente isso, fica empolgado e começa a gostar
também.”
“De fato o método inovador utilizado pelo professor Felipe é um diferencial! É um método que foca
bastante na prática, nos motiva muito, e realmente facilita muito o aprendizado! Com certeza
recomendo a Personal English!”
Pessoas que não tem esses fatores bem claros, a não ser que gostem muito de
inglês e/ou sejam bastante disciplinadas, costumam não chegar lá!
O que uma criança nunca faz enquanto aprende e descobre algo novo:
O que uma criança sempre faz enquanto aprende e descobre algo novo:
E tudo que uma criança aprende e descobre entra na mente dela via aquilo que eu
chamo dos 05 recursos naturais do aprendizado:
• Sons (conversas, histórias e estórias, que são contados e ouvidos, não lidos e escritos)
• Imagens
• Definições
• Exemplos
• Gestos
- Tradução
- Análise Linguística
- Foco segmentado em palavras ou expressões específicas
- Querer entender tudo, agora, além de querer escolher assuntos específicos para
aprender, do tipo ficar pesquisando e perguntando: o que é isso, o que é aquilo, como se
diz isso, como se diz aquilo, tal expressão não significa x, significa y?
- No S.L.A.L. (Saturation Through Listening After Learning): Abandonar conteúdos
aprendidos sem ter saturado, e, depois, escutado dezenas de vezes no formato já
explicado.
Você provavelmente já se identificou e ainda vai se identificar ainda mais com essas
características, mas, calma. Existe solução. Há uma saída. Vamos porém primeiro abordar
um por um desses pontos acima:
Tradução:
Definições:
Wednesday is the day in the middle of the week.
Wednesday is the day after Tuesday and before Thursday.
Exemplos:
Today is Wednesday / Tomorrow will be Wednesday / The day before yesterday was
Wednesday.
I usually go to the church / I usually go to the movies / I usually watch soccer on TV
on Wednesdays.
I take my kids to school on Tuesdays, but my wife/husband takes them to school on
Wednesdays.
E por aí vai. Quanto mais definições, exemplos, imagens e gestos você conseguir, melhor.
Mais profundo e definitivo será seu aprendizado. Mas não pare por aí. Vá além,
desenvolva sua fluência. Em meus cursos, as aulas sempre terminam com a gravação ao
vivo dos áudios que os alunos irão ouvir durante aquela semana, pra sedimentar e
desenvolver a fluência daqueles e naqueles assuntos específicos. Arrume um jeito de ouvir,
mas ouça, ouça muito, várias vezes, cada material, sempre naquele formato e critério já
citado, que é o “original de fábrica”, compatível com sua mente.
Além disso, outro problema da tradução é que ela cria uma espécie de
departamento a parte pro inglês na sua mente, aonde ela precisa “ir buscar e consultar”
toda vez que alguém fala com você e/ou você deseja falar com alguém. Em outras
palavras: você escuta, daí traduz, palavra por palavra, pensa na reposta, em português, daí
traduz tudo de novo pro inglês, e depois finalmente vai tentar falar. O problema é que
nesse tempo todo a outra pessoa continua falando, ou fica olhando pra sua cara
esperando uma resposta, enfim, a tradução mata sua conversa, gerando aquele que eu
considero ser um problema ainda maior que a própria tradução em si: nervosismo,
insegurança, ansiedade, estresse mental e pressão psicológica. De fato eu já percebi que
é impossível levar alguém a fluência definitiva enquanto essa pessoa possui essas
emoções negativas associadas ao inglês.
Os 5 vícios do aprendizado que estamos discutindo aqui de maneira geral
alimentam esse ciclo de emoções negativas, e por isso são tão nocivos e danosos. E dentre
eles a tradução talvez seja um dos piores, uma das grandes responsáveis por esse
nervosismo, insegurança e ansiedade que vivemos toda vez que precisamos conversar
com alguém em inglês, como na alfandega, hotel, ligação telefônica, enfim.
Esse é também um dos motivos pela grande distancia que existe entre sua
performance ao ler um texto ou até mesmo escrever um, e a sua capacidade de
desenvolver com sucesso uma conversa prática com pessoas ao vivo na sua frente:
enquanto você está sozinho lendo ou escrevendo, sua mente lê, para, traduz, continua, lê,
para, traduz, e assim por diante, sem que você perceba, porque você tem esse espaço de
tempo quando está lendo e escrevendo. Mas em conversas reais isso se torna impraticável
como você já deve ter percebido muito bem.
Portanto, troque a tradução pela dedução, associação, assimilação e paciência pra
esperar sua mente aprender através destes caminhos. Eles as vezes serão mais demorados,
as vezes irão requerer mais energia da sua mente, traduzir é mais simples e fácil. Porém,
estes outros caminhos são os únicos que farão você aprender de verdade, pra sempre.
Análise Linguística
O segundo vício que tenho reparado em muitos alunos é uma preocupação com
gramática, estruturas, ordem das palavras, perfeição e exatidão linguística que sobrepõe o
grande propósito de tudo que estamos fazendo aqui: conseguir se comunicar com outras
pessoas.
Por inúmeras vezes eu fico “indignado" com meus alunos porque eles interrompem
frequentemente um conto de um caso mega interessante pra ficar checando, perguntando
e analisando se está correto, ao invés de focarem no fato de que estão sendo
compreendidos, que é o propósito, a razão principal de toda língua.
Lembre-se sempre que ser compreendido é e sempre será mais importante que falar
perfeitamente, com a pronúncia correta, etc.
Além disso, entenda uma coisa bem claro: sua preocupação nunca irá melhorar em
nada seu inglês. Melhora verdadeira e definitiva no seu inglês virá somente por ouvir,
ouvir e ouvir, até saturar, conteúdo que foi aprendido através dos 5 recursos, gravado de
forma interessante, real, fácil e relevante, e isso levará tempo.
O melhor que você tem a fazer então é relaxar, e se preocupar somente em saturar,
ouvir, jamais com a perfeição ou exatidão daquilo que sai da sua boca. Preocupe-se apenas
com a qualidade daquilo que entra pelos seus ouvidos. Afinal, é isso que irá determinar a
qualidade do que sai de inglês dos seus lábios.
Uma das razoes pelas quais filmes, músicas e seriados são poderosos é por causa da
quantidade de elementos que eles possuem capazes de criarem contextos de suporte para
nosso cérebro. Aliás, nosso cérebro simplesmente não consegue aprender, gravar,
memorizar e futuramente conseguir se tornar fluente naquele assunto específico se ele não
tiver sido aprendido dentro de frases, estórias, casos, que contenham personagens,
emoção, contexto.
Esses dias eu estava assistindo um filme antigo que de tempos em tempos costumo
ver (lembra que te disse que saturo tudo que acho interessante?). O filme se chama Inimigo
do Estado, com o Will Smith, e conta basicamente a história do processo de aprovação das
leis que regulamentavam o quanto o estado Americano poderia vigiar seus cidadãos -
câmeras, ligações, emails, etc. Enfim, um cara sem querer grava o diretor da Agencia
Nacional de Segurança Americana assassinando um senador que não queria ajudá-lo a
passar a lei que a Agência precisava.
Esse cara começa a ser perseguido pelo governo, e sem querer ele esbarra com o
Will Smith numa loja comprando Lingerie pra esposa dele. Nesse momento, ele, de forma
escondida e secreta, solta o disquete com a filmagem na sacola do personagem do Smith.
Dali em diante, sem que ele entenda o motivo (ele não viu o disquete sendo colocado na
sacola dele) a vida dele vira um inferno. Ele começa a ser encurralado de todos os lados
pelo governo, que está atrás desse disquete contendo a filmagem do assassinato.
Bem, lá pra frente ele conhece um cara que saca muito de tudo isso e começa a
ajudá-lo, e numa das cenas, eles finalmente se tocam porque ele estava sendo perseguido,
e eles partem em direção a um galpão abandonado aonde esse cara morava, para que eles
pudessem acessar o disquete e descobrir o que é que havia de tão comprometedor nele.
No meio do caminho pra esse Galpão, eles param no posto de gasolina porque o
senhor que estava ajudando o Will Smith precisava comer (o personagem era
hipoglicêmico). Ele estaciona o carro, e, ao descer, ele vira pro Will Smith e diz:
- You stay put!
Agora, preste atenção: se você está assistindo o filme, como todo esse contexto que
acabei de te explicar, e você escuta essa frase:
E você consegue entender o significado da frase
“stay put”, que inclusive o próprio contexto
também o ajuda a fazer, você nunca jamais vai
esquecer. Eu me arrisco a dizer que tudo que você
“aprendeu mais fácil”, memorizou mais rápido e de
forma mais profunda em Inglês, foi porque tinha
contexto por trás, contexto que era relevante para a
sua vida. Quanto mais contexto, e quanto mais
conectado você é e está ao contexto, mais rápido e
mais profundo você aprende e memoriza. Exemplo: um músico assistindo filmes contando
história de bandas, músicos, instrumentistas, um atleta ou lutador assistindo Rock Balboa
ou filmes sobre luta, vão ter muito mais contexto do que as demais pessoas, e muito
provavelmente irão gravar mais, mais rápido e mais profundamente as frases do filme.
Esse é o poder do contexto e é o motivo pelo qual não adianta você querer estudar,
analisar, decorar palavras soltas, específicas. É o contexto que gera dedução, associação,
memorização e consequentemente, vai te capacitar pra se tornar realmente fluente -
fluência verdadeira requer ouvir muito algo que já está bem sedimentado porque foi
aprendido da maneira correta.
Finalmente, nossa comunicação se dá em frases, casos, parágrafos: conversas são
trocas de idéias completas. Frase pra lá, frase pra cá. Então, na verdade na verdade, se
formos ser bem criteriosos, o que nós realmente queremos, nosso grande objetivo, É
CONSEGUIR USAR FRASES INTEIRAS E COMPLETAS, PRA FALAR NA PRÁTICA,
QUANDO REALMENTE PRECISAMOS. Em outras palavras, precisamos aprender de
forma coerente com o que iremos precisar falar: frases, idéias completas, não somente
palavras soltas. Isso nos traz inclusive ao próximo ponto, chamado “querer entender tudo,
agora, querer escolher assuntos e expressões específicas”, etc.
Este quarto vício que mata a fluência seria uma mistura de outros vícios,
alimentado pelos outros, que alimenta os outros, enfim, tudo se mistura aqui. Como assim
Felipe?
Quem traduz, segmenta o foco em palavras e fica preocupado com análise
linguística, tem uma mania de querer entender tudo, cada palavra que sai da boca da
pessoa, eles ficam presos ouvindo atentamente, preocupados, cada palavra cada vírgula, e,
ao som da primeira que não conseguem entender ou traduzir, a cabeça deles trava.
O grande problema aqui é que, muitas vezes, as palavras que geram essa trava são
irrelevantes pra se entender o contexto geral, a história toda, ou seja, elas geram problemas
e estresses que são essencialmente inúteis e poderiam ser evitados.
É mais ou menos como se eu estivesse te contando um caso sobre como um ladrão
entrou num banco e assaltou e roubou e matou, e você esta ali, comigo, focado, ouvindo,
entendendo tudo, e no meio da historia eu resolvo comentar que o cara estava usando
uma jaqueta branca, e digamos que você não entende isso, daí você para tudo, se perde
todo, porque você precisa entender tudo, e tem que entender agora, não consegue esperar
a historia terminar, ou esperar o resto do seu tempo estudando inglês pra aprender via
dedução através do contexto, ao longo do curso do aprendizado natural.
Outro problema deste vício é o quanto ele estressa e tensiona mentalmente quem
está ouvindo e é condicionado por esta mania. É nitidamente, claramente pesado. Dá pra
ver nos olhos dos meus alunos. É um tormento. Pesa. Fora que eu e qualquer nativo ou
English Speaker se sente muito mais analisado, do que ouvido, quando estamos
conversando com alguém assim. Tipo, a atenção da pessoa não está em mim, nem na
historia, mas nas palavras, em entender tudo.
Minha dica sobre esse vício: coloque sua atenção no todo novamente, se perca na
história que está sendo contada, preste atenção na pessoa, no tom da voz, nos gestos, ao
invés de ficar preso estressado preocupado querendo entender 100% do que está sendo
dito. Finalmente, se você sofre deste vício, toda vez que isso acontecer, se possível"36, peca
ao Speaker, a quem estiver falando, que repita a história inteira, o caso todo, e não somente
aquela(s) palavra(s) específica(s) que você não entendeu. Assim você recondiciona sua
mente pra não precisar entender tudo, muito menos agora. Algumas coisas eu vou
demorar pra aprender, e ponto final. É assim e pronto.
No S.L.A.L.
De nada adianta você conseguir resolver todos os outros 4 vícios, recondicionar sua
mente, se não resolver e recondicionar este hábito aqui!
Simples, já te disse: aulas de inglês ensinam inglês, no máximo e olhe lá, e ponto.
Literalmente. Não ensinam ninguém a FALAR INGLES. Se, após ter aprendido algo, via 5
recursos (aprendizado verdadeiro e definitivo, compatível com nosso cérebro), não houver
saturação disso, através de áudios naquele formato citado, THERE WILL BE NO
FLUENCY! IT’S THAT SAD AND THAT SIMPLE!
A grande maioria imensa dos meus e de todos os alunos de inglês ignora os
prejuízos acarretados por não fazer este ponto aqui. Eles querem frequentar uma aula,
onde escutarão inglês por 45 minutos, se tiverem sorte, e um inglês meio fraco, fora o
inglês totalmente errado que escutaram dos colegas de sala, e, mesmo assim, com somente
esse INPUT mínimo semanal, desenvolver fluência verdadeira e definitiva.
Isso simplesmente não existe! Se uma criança, que tem a maior capacidade cerebral
neural de absorção de conteúdo e aprendizado do mundo, escuta em torno de 3 horas por
dia de um idioma pra ficar fluente, e escuta várias vezes as mesmas coisas, imagina um
adulto? Não existe atalho nem passe de mágica querido(a): se você quer ir além da teoria,
e conseguir usar o inglês que aprende, pra falar na prática, você PRECISA
• ESCUTAR
• MUITO TEMPO POR SEMANA
• VARIAS VEZES CADA MATERIAL
• GRAVADO OU FEITO NO FORMATO NATURAL, "ORIGINAL DE FÁBRICA”
- Será que eu preciso mesmo ficar ouvindo áudios toda semana / todo dia?
- Não tenho paciência pra ficar ouvindo as mesmas coisas uma semana inteira
- Agora, liste abaixo as outras razões que vierem a sua mente! Escute: todas as razões
citadas nessa página são inimigos da sua fluência, porque sem ouvir os áudios, não
existe fluência!
The Silent Period
Gostaria de tirar alguns minutos pra reforçar algo de extrema importância, que já
foi dito anteriormente, mas que, pela minha experiencia ao longos desses anos em sala
de aula, deve ter sido subestimado pela sua mente inconsciente.
Acredito que de tanto tentar, estudar, investir, e não conseguir falar inglês de
verdade, somado ao fato de ver o tempo passando, oportunidades sendo desperdiçadas, a
grande maioria dos adultos que recebo em meus cursos chega com uma certa urgência e
ansiedade pra falar o mais rápido possível.
É super comum ver e ouvir uma certa “afobação”, aula após aula ser perguntado
sobre o progresso… é como se fosse um paciente obeso que passou anos frustrado sem
resultados, encontra o médico certo, começa o tratamento, e todo dia sobe na balança
querendo ver resultado.
Entretanto porém contudo todavia, os mais bem sucedidos seres do mundo em
termos de desenvolver fluência num idioma - bebes e crianças - nos mostram que, quando
estamos falando de fluência definitiva, duradoura, eterna (não algo superficial que
desmorona diante do primeiro desafio real que enfrentamos), estamos falando como que
de alicerces de uma construção, que são construídos primeiramente pra baixo, pra
dentro da terra, onde durante meses e meses a fio quem passa por ela não vê nada… no
mês seguinte, nada… 3 meses depois, e aquelas pessoas que passam dirigindo por aquela
construção por exemplo continuam com a impressão de que nada está acontecendo,
porque todo trabalho está sendo feito pra baixo, pra dentro da terra, e é invisível aos olhos
de quem esta de fora!
Da mesma maneira, o trabalho que desenvolve fluência verdadeira, definitiva,
duradoura, eterna - a fluência que você realmente procura, que é o que eu chamo de
S.L.A.L (Saturation Through Listening After Learning) vai construir primeiro “pra
dentro, pra baixo”, e durante alguns meses vai parecer que nada está acontecendo. Em
outras palavras, você não ficará fluente em 2, 3, 4 meses. Não é passe de mágica. Mas,
como eu sempre digo, por quanto tempo eu permanecerei VERDADEIRAMENTE
fluente é e sempre será mais importante do que em quanto tempo me torno
APARENTEMENTE fluente!
Portanto, tenha paciência, lembre-se dos bebes e das crianças, que passam meses e
meses e meses ouvindo, ouvindo, ouvindo, assistindo, as mesmas coisas, as mesmas
frases e desenhos e vídeos, todo santo dia, que é o que os linguistas chamam de SILENT
PERIOD, até que um dia ela começa a falar.
Fluência verdadeira se dá assim: meses e meses ouvindo 1. as mesmas coisas, 2.
Várias vezes, 3. Todo dia, até que, de repente, acontece um salto repentino, digamos que
pro nível de fluência nível 1.
Ela então vai passar mais um tempo naquele nível 1, tudo de novo: meses e meses
ouvindo 1. as mesmas coisas, 2. Várias vezes, 3. Todo dia, até que, de repente, acontecerá
outro salto repentino. E assim vai até que ela se torna completamente fluente.
Parece o gráfico do crescimento dos artrópodes, se lembra?
O desenvolvimento de fluência verdadeira, definitiva e duradoura não é aquela
curva ascendente contínua (A), mas a reta que rompe, estaciona, rompe, estaciona (B).
Meu site aonde você pode receber semanalmente os áudios no formato que eu citei
aqui:
jornadadoingles.com.br