O Livro Secreto Da Fluência (André Felipe)

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O LIVRO

SECRETO
DA FLUÊNCIA
Daqui a 05 anos,
você desejará
ter lido
este livro
HOJE
Às centenas de alunos que, ao serem transformados, transformaram minha vida!

Muito obrigado!

• Por que é tão difícil FALAR INGLÊS?
• Por que o número de escolas só aumenta, mas o número de fluentes em inglês
não?
• Milhões de pessoas entram e saem das salas de aula diariamente, uns leem,
outros até escrevem, outros poucos até entendem, mas NINGUÉM CONSEGUE
FALAR.
• Como pode ser tão difícil assim resolver esse problema?
• Aonde está o erro? Nos alunos? Nas escolas? Nos métodos? Livros?
São perguntas que assolaram a minha alma por meses, anos a fio…

Inglês faz parte da minha vida desde 1995! Já estudei em várias escolas, por vários
anos, onde fiz vários cursos; já morei nos EUA, fui professor de grandes, renomadas, e
diria até ótimas escolas de inglês, com equipes altamente comprometidas em desenvolver
métodos que conseguissem ajudar os alunos. Entretanto, mesmo assim, eu escutava
sempre a mesma coisa: “eu até entendo, consigo ler algumas coisas, escrever, MAS
FALAR… FALAR…”
Na verdade, eu mesmo vivi isso que chamo de o DRAMA DO ALUNO na pele por
muito tempo, desse mesmo jeito. E essa incoerência - sabe quando você está encaixando
uma peça, brinquedo, lego, enfim, que está quase encaixado, parece encaixado, mas você
ainda não ouviu o “TEC!”?
Era exatamente isso que eu sentia. Algo estava errado, algo estava fora do lugar,
desencaixado. Sabe quando as coisas não batem? E após horas e horas e mais horas, meses,
anos, de muita pesquisa, leitura, estudo, testes, e mais testes, eu finalmente consegui
entender claramente o problema, e mais importante, a solução.
ESTE LIVRO É O RESULTADO DESTA DESCOBERTA!
A ficha caiu, e caiu mesmo. Foi um processo transformador, libertador, que
arrebatou meu coração e revolucionou meu método de ensino, minha carreira, meus
resultados como professor, e a minha vida como um todo. Rapidamente minha agenda
lotou, e eu ainda recebia semanalmente pessoas frutos de indicações e recomendações dos
meus alunos.
O que eu te mostrarei neste livro foi aplicado e testado com cerca de mais de 100
pessoas - homens, mulheres, empresários, servidores públicos, profissionais liberais,
autônomos, analíticos, dominantes, influentes, músicos, médicos, programadores, enfim…
E, em todos os casos que foi seguido, FUNCIONOU! “Será que funciona pra mim?” Se
você é um ser humano, sim, funciona pra você também! São princípios universais,
intrínsecos, nativos ao ser humano, e sempre que são seguidos, FUNCIONAM!

NÃO LEIA ESSE LIVRO SE…

Não quiser FALAR INGLÊS, DE VERDADE, e DE UMA VEZ POR TODAS! Ao


ler este livro, você irá entender claramente porquê nunca conseguiu FALAR inglês de
verdade até hoje, e o caminho para uma FLUÊNCIA DEFINITIVA ficará claro como
nunca antes. Mas atenção: esse é um caminho sem volta. “Quem vê, nunca mais consegue
desver”, diria Erico Rocha.
Se continuar a ler, sua relação com inglês, com os estudos, cursos, será mudada pra
sempre. Talvez você nunca mais consiga tocar num livro de gramática, quem sabe jamais
sequer pisar numa escola de inglês novamente. Sua esposa, seus amigos, familiares, seu
empregador - todos - notarão uma diferença brusca no seu inglês e no seu método
inovador e revolucionário de desenvolver sua fluência.
Seu salário irá aumentar, sua empregabilidade e opções se multiplicarão, você terá
liberdade para viajar para onde quiser, assistir os filmes, seriados e entrevistas que bem
entender, e no original, e nunca mais ser enganado ou prejudicado por legendas mal feitas
ou coisas que são simplesmente IMPOSSÍVEIS de serem traduzidas.
Você será tomado de uma força e energia que irão te tomar pela mão e te guiar,
passo a passo, de forma nítida e clara, e que não te deixarão parar enquanto você não
estiver 100% fluente! É isso mesmo que você quer?
Ler este livro vai programar sua mente para conseguir USAR O QUE VOCÊ
APRENDE, PRA FALAR COM QUEM QUER, NA HORA QUE VOCÊ REALMENTE
PRECISAR. Isso é falar inglês de verdade…

UM TRATO
Como eu sei que você tem dezenas de outros compromissos e prioridades, já deve
estar cansado de tantas promessas vazias, já deve ter lido vários e-books e/ou assistido
dezenas de vídeos, acreditando, tentando, sem que nada mudasse, quero propor um trato:
Você lê a próxima página. Se não enxergar algo inovador e diferenciado, que te convença
de que vale a pena continuar, você abandona sua leitura imediatamente. Caso veja que
parece que encontrou a solução do seu problema, você continua, acreditando que eu sei o
quão valioso é o seu tempo! Do we have a deal? (Negócio fechado?) 

Por que não consigo falar Inglês?

Dedico este material aos milhares de alunos Brasil e mundo afora que, de tanto
tentar, estudar, investir, acreditar, em cursos, promessas, tentarem de tudo, sem contudo
conseguir enfim falar inglês, encontram-se hoje frustrados, desesperançados e muitas
vezes até traumatizados com o idioma.
E se você chegou até este livro, provavelmente você é uma dessas pessoas - um
adulto que já estudou, já fez um, dois, talvez cinco cursos de inglês, já deve ter assistido
dezenas de vídeos na internet, se inscrito em vários canais, maybe you even tried a
private teacher… e eu me arrisco a dizer que você, talvez com certo esforço e tradução,
consegue entender o que eu escrevi ali em negrito, assim como consiga entender outros
textos em inglês; saiba gramática, regras, expressões, estruturas… Enfim, você já deve ter
estudado e até aprendido inglês!
O problema, assim como de praticamente 100% dos cerca de 100 alunos com quem
trabalhei pessoalmente ao longo de todos esses anos como professor - desde escolas,
particular, casais, grupos fechados, até como professor corporativo, enfim - a questão é
conseguir usar tudo isso que você sabe, na hora que realmente precisa, pra falar inglês
na prática com estrangeiros e nativos.
Se este não é o seu caso, ou se você não deseja muito falar inglês de verdade, pode
parar por aqui. Não irá adiantar de nada continuar. Agora, se você se identifica com o que
acabou de ler, se conhece casos como esse, ou se você simplesmente é alguém que sabe que
precisa falar inglês, já entendeu o quanto ser realmente fluente em inglês vai mudar sua
vida, carreira, negócios, profissão, salário, viagens, lazer, entre outros, então prepare-se: eu
realmente acredito que você encontrou o que estava procurando a tanto tempo.
Em respeito ao seu tempo e sofrimento, ao trato que acabei de fazer com você, ao
tanto de vezes que você acreditou, tentou, investiu tempo, dinheiro, e até hoje, porém,
nada de conseguir falar inglês de verdade, eu VOU INVERTER A ORDEM E COMEÇAR
ESTE LIVRO PELO FINAL, PELA SOLUÇÃO:
O grande problema e conflito é que estudar, aprender, conhecer e até mesmo saber
inglês, é uma coisa. Falar inglês, com prontidão, confiança, facilidade e fluência, é outra, e
99% das escolas e cursos só sabe e entrega o primeiro, por isso não temos o segundo. Just
like that! It’s that simple. Não tem nada de errado com você.
E bem direto ao ponto: o que capacita alguém a falar de verdade assim é muito
simples: repetir o que qualquer criança faz enquanto está aprendendo a falar. Parece
óbvio, ridículo, mas é a coisa mais simples, profunda e transformadora do mundo. Esse
segredo sozinho já transformou a vida de mais alunos meus do que você possa imaginar.
Se você quer ser finalmente fluente, basta escutar várias vezes cada coisa nova que você
descobre ou aprende. Em outras palavras, você precisa ouvir, ouvir e ouvir áudios que
contenham aquilo que você acabou de aprender - vocab, expressões, tempos verbais,
whatever, num formato que simule cenários reais! Ou seja, isso que você aprendeu
precisa estar envelopado em frases, parágrafos, estórias que contenham personagens.
Faça isso e você será fluente, muito fluente, como sempre sonhou. Não faça isso, e
você poderá ser o maior expert teórico em todo o inglês do mundo, mas falar inglês de
verdade, na prática, continuará sendo um sonho distante e inalcançável.
Conseguiu entender de forma simples e prática porque até hoje você não conseguiu
ser realmente fluente? É isso aí, nada mais.
Claro que existem diversos fatores por trás disso: como ouvir? Aonde encontrar,
esse material?* (na última página você encontra meus endereços digitais, aonde toda
semana eu posto vídeos, dicas, aulas e disponibilizo áudios neste formato citado aqui).
Será que qualquer áudio serve? Como saber o nível certo para mim? E a motivação pra
perseverar nessa jornada? Como isso irá “consertar" os vícios de aprendizado que
condicionaram minha mente ao longo dos anos, entre outros…
Mas quando estamos falando de FLUÊNCIA DEFINITIVA, de conseguir ouvir,
entender e responder, prontamente um nativo numa conversa real, fluência se assimila
muito com saúde e alimentação: quanto mais parecido com o original, natural e
verdadeiro, melhor. Tudo se resume a repetir o processo de aprendizado de uma criança:
1. Ouvir
2. Várias vezes (10, 12, 15, 20, 30 vezes)
3. Cada conteúdo novo que aprendemos e descobrimos
4. Envelopado em frases, estórias, conversas (inseridos em contextos) - jamais palavras
ou ideias soltas, avulsas;
5. Apenas ouvir - sem cobranças, sem pressões, just listen
6. Ter algo ou alguém específico que eu queira entender e com quem eu queira muito me
comunicar (algum assunto, como culinária, Fórmula 1, ou alguém, como um romance.
No caso das crianças, isso são desenhos, pais, familiares, amigos)
7. Ter paciência e esperar o dia que isso vai “romper sozinho” e virar fluência

Repito: Faça isso e você será fluente, muito fluente, como sempre sonhou. Ignore
isso e você nunca irá falar inglês de verdade.
Uma criança não “escuta pra falar”, no sentido de: ela não se cobra, não existe na
cabeça dela essa obrigação, essa pressão de falar! Minha filha me assiste e me escuta
vidrada, focada no que estou fazendo e falando. Os sons que ela emite, todos eles sem o
menor sentido, no dialeto próprio que ela criou, são uma consequência natural e
espontânea desse processo, não uma obrigação. A propósito, eu e minha esposa vibramos,
aplaudimos e nos alegramos com cada tentativa dela de conversar. Pais e professores
precisam tomar muito cuidado com o feedback que dão aos seus filhos e alunos em relação
as suas tentativas de evoluir. Essa pressão muitas vezes é uma das causas pelas quais
bebês, crianças e adultos travam e demoram pra falar um idioma.
Baseado na minha experiência de mais de 12 anos e nos mais de 100 alunos com
quem já trabalhei, eu sei que preciso repetir isso: quer ser fluente? Escute dezenas de
vezes áudios fáceis, interessantes, relevantes, reais ou muito parecidos com reais, sobre
coisas e pessoas que você ama e com quem tenha um grande e profundo desejo de
conseguir se comunicar com eficácia.

“Estou aqui em Berlim e quero te agradecer porque finalmente estou falando muito bem o
Inglês, entendendo e me fazendo entender completamente! Seu curso foi fundamental
Felipe… Eu não gostava do Inglês, mas o Felipe com a dinâmica e método diferenciado,
começou a fazer com que eu me interessasse e me apaixonasse por essa língua. Em menos
de 1 ano, posso afirmar que passei de uma pessoa que entendia o básico em Inglês, para
uma pessoa que entende perfeitamente o idioma e sabe se expressar com toda a segurança
e conhecimento.”

Leonardo Marins
Diretor Executivo Comercial - Allianz Seguradora

“Eu já tinha feito alguns cursos mas eu sentia que quando chegava lá fora era muito
diferente... eu buscava algo que fosse mesmo real! Você vê que o método que ele usa, com
os recursos, slides, gestos, os áudios semanais, isso realmente fica sedimentado, a gente
guarda mesmo, e serve pra vida. Ele reproduz o processo natural de aprendizado de um
bebê nativo…”

Cristiano Nader
Médico Pediatra do HMIB e Sócio Diretor da Clínica Mãe Coruja

“Na verdade faço inglês a vida toda desde criança... ja fiz vários cursos de inglês, tudo
muito parecido... sala de aula vc aprende gramatica, faz uma prova, tira nota boa... mas na
hora de falar não sai nada! Na verdade quase nenhum de todos os cursos de inglês
consegue ensinar o cara a falar inglês... O Felipe ficava: ouve os negócios ouve os
negócios... eu ficava ouvindo videos na internet, porque na internet tem 1 milhão de
cursos né... mas ele falava: ouve os áudios das aulas todo dia, a semana toda!! Depois de
um tempo decidi dar credito pra ele e fazer... e comecei a ouvir... aí eu disse: Po, o cara
sacou…”

Pedro Jorge
Nutricionista Coordenador do Centro Internacional de Neurociências SARAH

Sumário

Por que não consigo falar Inglês? 6


A humilhação que mudou minha vida 12
A chave secreta que determina seu sucesso - Como é possível ter uma
mudança radical em minha fluência em 06 a 09 meses? 16
Os 05 recursos naturais do aprendizado 21
Os 5 Inimigos da sua Caminhada 24
Tradução: 24
Análise Linguística 26
Foco Segmentado em Palavras 27
Querer entender tudo, agora 29
No S.L.A.L. 30

INIMIGOS DO LISTENING 31
The Silent Period 32
Um motivo pelo qual morrer 34
Why do I really want to be fluent? 34
Referencias Bibliográficas: 36
“As minhas aulas com o Felipe André foram fundamentais para que eu adquirisse uma
auto confiança para enfrentar meus medos e conseguir falar inglês de verdade. Super
indico a Personal English! Um grande abraço direto de Bangkok….”

Marcelo Palácio
Empresário, Dono da Rede de Supermercados Guarapari

“Depois que eu comecei a fazer aulas com ele eu me sinto muito mais a vontade, tanto pra
fazer perguntas em inglês, pra contar uma história... Pra mim realmente ficou bem mais
fácil! Ele enfatiza pra ouvir sempre ao final de cada aula e isso realmente faz muita
diferença! Ele ama o que ele faz, você sente isso, fica empolgado e começa a gostar
também.”

Fernanda Santa Cruz


Servidora na ANVISA e Cantora Profissional

A humilhação que mudou minha vida
Eu me lembro quando eu tinha 11 anos de idade, minha mãe me matriculou na
primeira escola de Inglês… toda terça e quinta eu ia a pé pra escola, aquela rotina de aluno
- aula, estuda na véspera, prova, passa… E aí em 1997, quando eu fiz 14 anos veio o
grande presente, o sonho de todo adolescente - 1ª viagem pra Disney! Eu sabia que não era
nenhum gênio, “O” fluente em inglês, mas eu jurava que tinha aprendido pelo menos o
suficiente pra me virar né, afinal de contas, 3 anos estudando 2x por semana...
Enfim, a viagem em si foi fantástica! Só que eu não conseguia comprar um
Walkman, uma Pizza, Mc Donalds nada! ZERO! Aquele foi meu primeiro grande trauma
com inglês!

Pois bem, dois anos mais tarde eu conheço o Arthur Kalyvas! Ele era referência pra
mim em várias coisas, e uma delas era justamente… o Inglês! Eu me lembro que ele
assistia filmes, ouvia as músicas, cantava, tudo em inglês, ele era o único da turma que
conseguia, e aquilo me deixava doido… a facilidade que ele tinha com inglês me
revoltava!! Eu comecei a entrar naquela competição de adolescente, mas era frustrante! Eu
não saia do lugar, meu inglês simplesmente não ia pra frente. E eu não conseguia entender
pra onde tinha ido todo inglês que eu havia aprendido: cursos, estudos, tempo, provas,
dinheiro investido, eu ficava me perguntando: cadê o inglês que eu aprendi?

Mais alguns anos se passam e finalmente eu começo a estudar na melhor escola de
Inglês de Brasília! Eu pensei: agora vai, não é possível! E lá vai eu de novo: aulas, estudo,
provas, e dessa vez eu realmente acreditei que havia aprendido sabe?

E eu me lembro como se fosse hoje o dia em que um preletor internacional muito
famoso veio pregar em nossa igreja, eu fiquei encantado com ele e falei: eu preciso
conversar com esse cara, amanhã eu vou falar com ele sem falta! Eu comecei a me
preparar, passei o dia inteiro ensaiando, e no dia seguinte, quando o culto acabou, lá vai eu
todo feliz, ensaiado, preparado! Bem, estou eu ali na fila esperando minha vez, expectativa
a mil, coração batendo forte… chega a minha vez, eu vou falar com ele, jurando que estava
detonando… ele vira pro tradutor, e pergunta: o que ele tá dizendo?

Nossa, aquilo foi o fim pra mim! Poucas vezes na minha vida eu me senti tão
envergonhado, humilhado,  pequeno, tão impotente como naquele dia. Naquele momento
eu disse pra mim mesmo: NUNCA MAIS EU VOU PASSAR ESSA VERGONHA COM
INGLÊS de novo! Custe o que custar, eu vou DOMINAR ESSA LÍNGUA POR
COMPLETO. Eu continuei meu curso, mas paralelamente eu comecei a buscar pesquisar,
horas e horas, madrugadas adentro estudando… encontrei dezenas de métodos,
professores, cursos, on line, off line, particular… saí comprando tudo que via pela frente,
eu investi pesado! Eu ia absorvendo o que prestava e descartando o que não funcionava!
Um tempo depois vem o grande teste: a segunda viagem pros EUA. E agora? Será
que alguma coisa mudou? Que que vai ser de mim lá ? Lá vai eu e um amigo que não
falava NADA de inglês. Resultado? Acabou que nós 2 ficamos espantados com meu inglês,
inclusive eu mesmo. Porque finalmente eu consegui usar o inglês que eu tinha aprendido,
na hora que eu precisei, pra falar, na pratica, com os nativos, com os estrangeiros. Na
verdade eu consegui falar com segurança, com facilidade, em todos os contextos da
viagem, inclusive numa tragédia…
Era uma bela e rara manha de sol em NYC quando dirigíamos de Manhattan para o
Outlet em New Jersey, quando, do absoluto nada um mexicano que ia numa Blazer para,
no meio da rua, engata a ré, e começa a andar pra trás, eu começo a buzinar, mas não deu
tempo! Aquela Blazer tinha um parachoque que parecia de aço. Nosso Corolla novinho
com essas latarias modernas e frágeis pareceu feito de plástico. O estrago foi imenso, teve
polícia, tivemos que trocar o carro na locadora, usar o seguro (graças a Deus naquela
ocasião específica, no momento da locação, eu decidi contratar o seguro), enfim, tudo que
você possa imaginar! Só que dessa vez finalmente eu consegui entender tudo, conversar,
responder prontamente, sem gaguejar, sem hesitar, sem tradução, e ser 100%
compreendido! Meu Deus, que sensação maravilhosa… sabe do inferno ao céu? Minha
viagem teria ido pro buraco não fosse aquela fluência. Porque você viajar sem ser fluente,
eles te desprezam, agora, quando você aprende a falar de verdade, com fluência, rapidez,
aí é outro nível, é outra viagem, outra experiência. Eu lembre que eu disse: agora sim!!
E esse novo inglês foi me transformando numa referência entre meus amigos, sabe
quando te dizem: traduz isso pra mim?, o que essa música está dizendo, etc. Dali pra
frente voltei outras vezes pros EUA, fui me tornando tradutor e guia turístico dos meus
amigos… me lembro que numa dessas viagens uma americana tomou um susto quando
descobriu que eu era Brasileiro, ela jurava que eu era americano, e esse negócio foi
crescendo, evoluindo, até que um dia um amigo - Pablo - me convida pra participar de um
processo seletivo de uma das maiores, senão a maior escola de inglês do mundo!!
Eu fiquei: será? Porque até então eu nunca tinha morado fora, todo professor de
Inglês já morou fora anos… no meu caso, era o que eu tinha estudado, mais aquela jornada
pessoal na qual entrei, após aquela noite de humilhação que te contei…
Nessa época eu tinha um emprego público, tinha vivido bons anos ali dentro, mas
naquele momento eu estava frustrado, não estava mais feliz. Minha esposa, na época
ainda namorada, falou: Amor, você não está feliz, você é o melhor professor que eu
conheço, seu inglês ficou incrível, você dá conta sim, vai!! E eu fui!

Guess what? Acabei sendo o primeiro professor selecionado naquele processo, logo
depois eu fui aprovado em outro processo seletivo pra dar aula na escola referência de
inglês aqui no DF, e paralelamente a isso eu começo a receber convites de pessoas
querendo ter aulas particulares comigo… foi quando eu tomei uma das decisões mais
importantes da minha vida: pedir demissão de um emprego estável público, pra me
dedicar a grande paixão e vocação profissional que eu havia descoberto: ajudar as pessoas
a conseguir falar inglês de verdade, com fluência, com confiança; falar inglês na prática, na
hora que eles realmente querem ou precisam.
Porque eu já estava percebendo que meus alunos estavam cansados de estudar,
cansados até de aprender… eu diria até que quanto mais eles estudavam e aprendiam,
mais frustrados eles ficavam, porque a grande maioria simplesmente não conseguia usar o
inglês que eles aprendiam na hora que eles tanto precisavam, e ali eu já começava a
perceber que minhas aulas estavam causando uma transformação positiva justamente
naquele ponto de conflito e de dor dos meus alunos. E eu disse comigo: eu amo ajudar as
pessoas, quer saber? Eu vou mergulhar nisso, com tudo… e entrei de cabeça!

06 meses depois aparece um convite pro grande sonho de consumo da minha vida:
morar nos EUA! Nós nos casamos e fomos, nossa lua de mel foi lá em NY - Times Square -
pensa? Nós moramos lá por um tempo, voltamos ao Brasil, e ali eu poderia ter voltado a
dar aula naquelas escolas, só que naquele momento eu já tinha me tocado que aquele
negócio não estava funcionando, que as escolas estavam ensinando inglês, mas não
estavam ensinando as pessoas a falar inglês de verdade! Os meus melhores alunos não
falavam! E tem horas em que precisamos tomar uma decisão: Ou continua no mesmo, no
de sempre, ou, como diria Steve Jobs, "você precisa ter a coragem de seguir seu coração e sua
intuição, de algum modo, eles já sabem o caminho certo a seguir"

E ali eu tomei a segunda decisão que mudaria o rumo da minha vida profissional:
eu disse: quer saber, eu vou me dedicar a passar para as pessoas, da forma mais simples e
prática aquilo que eu tinha levado anos pra descobrir, mas que tinha funcionado comigo,
estava funcionando com meus alunos; aquilo que tinha me ensinado mais que inglês: me
ensinou a falar, falar inglês de verdade, na pratica, quando eu mais precisava! “Essa é a dor
dos meus alunos, eu descobri um caminho, eu vou mergulhar nisso com tudo!” 

Eu retomei as aulas particulares, meus alunos começaram a ter resultados, me
indicar, quando fui ver eu estava dando aula pra CEO's, Executivos, Diretores Nacionais,
Presidentes fundadores de organizações internacionais, de repente eu estava fazendo
Traduções simultâneas, Palestras, traduzindo sites grandes, coisas sérias, coisas globais, e
as coisas foram acontecendo, as portas se abrindo… eu cheguei a 30 alunos, 40, 50, até que
um dia quando eu fui ver, eu tinha mais de 100 alunos!

Eu me lembro o dia que cheguei em casa e falei: amor, eu tenho mais de 100 alunos!
Eu tive que fechar minha agenda, parar de aceitar novos alunos, naquela época eu dava 6,
7 aulas por dia, e foi justamente quando eu vi que eu precisava encontrar uma forma de
alcançar mais pessoas.
E tem sido realmente maravilhoso ver essa transformação na vida das pessoas! Eu
costumo dizer que sou professor de inglês especializado em adultos traumatizados - 90%
dos meus alunos chega pra mim desesperançado, desanimado, quase desistindo,
totalmente descrentes… e é tão gostoso ver na prática eles descobrindo que não existe
nada de errado com eles, vê-los se apaixonando pelo inglês, descobrindo que a cabeça
deles não tem nenhum problema pra aprender, que basta usar as ferramentas corretas, e as
coisas começam a acontecer! Vê-los ouvindo os áudios, aplicando os 5 recursos,
redescobrindo o poder da dedução, da associação, da metodologia, e tendo resultados
práticos que eles nunca tiveram antes.
E esse é meu objetivo: mostrar para mais pessoas, como para você que está lendo
este livro agora, que não existe nada de errado com você! Não existe trava ou problema
algum na sua cabeça! Mostrar que existe sim uma forma natural, automática, de acessar
com rapidez e agilidade todo inglês que nós aprendemos, e finalmente conseguir sucesso
em nossas conversas, conseguir falar inglês de verdade, na pratica, quando realmente
queremos e precisamos! É isso que me impulsiona e me consome! Eu sou simplesmente
apaixonado por essa visão, e foi assim que nasceu esse livro que você está lendo agora.

“De fato o método inovador utilizado pelo professor Felipe é um diferencial! É um método que foca
bastante na prática, nos motiva muito, e realmente facilita muito o aprendizado! Com certeza
recomendo a Personal English!”

Vinícius Pinto Corrêa


Gerente de RH do Ministério Público do Trabalho 

A chave secreta que determina seu sucesso - Como é
possível ter uma mudança radical em minha fluência
em 06 a 09 meses?

Esse sou eu hoje:

E esse era eu 7 meses antes dessas fotos aqui em cima:



Você deve estar se perguntando: Felipe, o que essas fotos tem a ver com chave
secreta, sucesso, e, pior, com o meu objetivo, que é falar inglês fluentemente?! Calma, eu te
respondo agora mesmo!
Esse resultado - eliminar 28 quilos de gordura em 7 meses, assim como qualquer
sucesso, incluindo conseguir finalmente chegar do outro lado - falar inglês de verdade, de
uma vez por todas, resolvendo o seu problema e abrindo os horizontes para uma nova
vida cheia de possibilidades, enfim, todos estes pontos tem um denominador comum:
NOSSA MENTE SUBCONSCIENTE. É lá que estão as chaves secretas do nosso sucesso,
é lá que a batalha da sua fluência será vencida ou perdida.
Eu passei minha vida inteira lutando uma batalha invencível contra a balança, só
que na verdade essa luta era dentro de mim mesmo, uma luta contra crenças enraizadas
muito profundamente. O ponto aqui é: dos meus 12 aos meus 34 anos de idade, ou seja,
durante 22 anos, eu tentei todos os programas de emagrecimento que você possa imaginar.
Em alguns poucos deles, consegui sucesso, mas 2 meses depois, voltava tudo e piorava
ainda mais. Era um desespero porque a obesidade destruía minha auto-estima, auto-
confiança, eu já não tinha mais saude, energia, disposição, começou a atrapalhar minha
carreira, profissão, casamento, enfim…
Foi quando um dia minha esposa me pegou sozinho no quarto escuro, trancado,
sem querer ver ninguém, sem querer fazer nada, eu havia cancelado todas as aulas que
tinha naquele dia, porque realmente estava muito mal, talvez até em início de depressão.
Ali ela tomou uma iniciativa que mudaria o rumo da minha vida pra sempre.
Ela agendou uma consulta com um nutrólogo de Goiânia, doutor Julian Yin, de
quem já havíamos recebido ótimas recomendações de nossos líderes espirituais.
Resumindo a história, eu sentei na frente dele no dia 16/06/2017, daquele jeito que você
viu, bem acima do peso, e, 07 meses depois, 28 quilos de gordura haviam desaparecido do
meu corpo, e isso permanece até o dia de hoje. Pela primeira vez, houve uma mudança
verdadeira, consegui manter o “sucesso" alcançado, sustentar os resultados, continuar
melhorando, e hoje posso te dizer que nem consigo mais comer as coisas que comia antes.
Simplesmente não consigo.
Qual o segredo por trás de tudo isso? CHAVES SECRETAS DO
SUBCONSCIENTE. O doutor Julian, muito mais que mexer no meu peso e aparência, na
verdade, eu diria que ele só conseguiu me ajudar a fazer isso com tanta eficácia, porque
antes de mais nada ele mudou essas chaves primeiro - minha auto-imagem, minhas
crenças sobre mim mesmo.
Eu cheguei lá CERTO, CONVICTO, de que eu era gordo mesmo, de que minha
genética era horrível, meu metabolismo lento, já havia desistido aqui dentro, não tinha
jeito pra mim. Mas ele quebrou e mudou essas crenças, me provando que era somente
fruto de um estilo de vida improdutivo, e de uma alimentação ineficaz. Trocamos os
fatores, e tudo mudou de uma forma sobrenatural. Como houve mudança nas CHAVES
SECRETAS - crenças, auto-imagem, paradigmas, O RESULTADO FOI SUSTENTADO, e
minha alimentação hoje mudou completamente, ao ponto deu não conseguir mais comer
aquilo que eu antigamente não conseguia viver sem, porque hoje, quando eu vou comer, é
um magro saudável que merece cuidado indo comer.
Em outras palavras, o nível de mudança que você viverá no seu inglês, o quão
profunda ela será, o quanto ela irá durar, se você conseguirá fazer o necessário para se
tornar realmente fluente, e se conseguirá se manter fazendo isso, e se manter fazendo
isso feliz, coerente, realmente animado, não por obrigação…
Tudo isso depende da sua auto-imagem, como se vê em relação ao inglês, e se
haverá no processo uma mudança nessas CHAVES SECRETAS DO SUBCONSCIENTE.
Agora, isso é papel do professor, da escola, do mestre, de compreender, entender, e
saber que sem mexer e mudar isso, NUNCA JAMAIS HAVERÁ TRANSFORMAÇÃO
VERDADEIRA, MUITO MENOS DEFINITIVA E DURADOURA. O professor precisa
inclusive ter uma conexão verdadeira e profunda com o seu propósito e objetivo
específicos, porque estamos falando de uma jornada, que dura meses, exige muito esforço,
e que requer mudanças dessas CHAVES SUBCONSCIENTES. Se o professor, escola, não
entenderem isso, não estiverem profundamente comprometidos, não acontece. Não é à toa
que milhões de alunos entram e saem todo ano das escolas, sem mudar nada.
Outro motivo pelo qual minha ida ao doutor Julian teve tanto sucesso, e que
também tem tudo a ver com alunos de inglês é: você está entrando em mais uma tentativa,
vamos ver no que dá, quem sabe, tomara que funcione, ou você está indo pra definir,
decidir, fazer acontecer?
Eu sentei na cadeira do consultório dele mais ou menos assim: eu não suporto mais
a minha vida, meu peso, minha falta de energia, me disseram que o senhor consegue
resolver isso, aqui estou eu, aberto e pronto pra pagar qualquer preço, fazer qualquer
coisa, e obedecer cegamente, mas eu vim aqui pra RESOLVER MEU PROBLEMA, NÃO
PRA TENTAR DE NOVO.
E tem sido cada vez mais claro pra mim que o coração, cabeça, decisão, nível de
tolerância ou insatisfação, com a qual um aluno começa um programa de inglês, são
absolutamente decisivos no resultado final. Os que viram o jogo, chegam do outro lado,
mudam mesmo, resolvem o problema, são 90% dos casos os que chegam assim - cansados
de tentar, não tem mais tempo a perder, vieram pra decidir o jogo, dispostos a fazer o
necessário, pagar qualquer preço, e geralmente porque existe um objetivo pessoal muito
importante e significativo que precisa da fluência do inglês pra deslanchar.
Antes de empreender qualquer mudança significativa em nossas vidas, precisamos
analisar quais são os conceitos, crenças, paradigmas e valores armazenados em nosso
subconsciente em relação aquele projeto em questão. Sem mudar isso, nada mudará. 

Você se ve falando ingles? Voce consegue enxergar isso? Voce acredita nisso ?

- VOCÊ REALMENTE DESEJA FALAR INGLÊS? Tem certeza?


- Se sim, POR QUE?
- Pra que? Você quer ou precisa disso pra fazer o que de tão importante em sua vida?
- Com quem? Pra quem?
- Pra quando?

Pessoas que não tem esses fatores bem claros, a não ser que gostem muito de
inglês e/ou sejam bastante disciplinadas, costumam não chegar lá!

Tente investir alguns sérios minutos de silencio e concentração para buscar no


fundo da sua alma a resposta dessas perguntas. Vale a pena, vai mudar o jogo!
Os 05 recursos naturais do aprendizado
Repare bem que eu disse que pra ser fluente, basta imitar os seres mais bem
sucedidos do mundo em termos de desenvolver fluência: crianças. E isso incluiu a forma
como aprendemos conteúdos novos em Inglês, e o formato dos áudios que iremos escutar
e escutar e escutar após aprendermos e descobrirmos esses conteúdos novos.
Em outras palavras, existem coisas que uma criança sempre faz e que ela nunca faz,
enquanto aprende, enquanto descobre algo novo.

O que uma criança nunca faz enquanto aprende e descobre algo novo:

1. Ela nunca traduz


2. Ela nunca fica analisando palavras específicas ou tentando decorar alguma coisa
3. Ela jamais tenta entender tudo agora, neste momento, nesta conversa
4. Ela nunca se critica nem jamais se cobra pra falar, ou por falar errado, muito menos
pela pronuncia do que fala.
5. Ela nunca começa a falar rápido, e ela não mede quanto tempo ela está demorando
pra conseguir falar - essa pressão, essa noção de tempo nem sequer existe na cabeça
dela
6. Uma criança jamais se preocupa se o que ela fala está correto em termos de gramática,
ordem das palavras, se ela usou o tempo verbal correto, etc.
7. Jamais ouve/assiste somente uma vez o que ela aprendeu e descobriu

O que uma criança sempre faz enquanto aprende e descobre algo novo:

1. Ela deduz, assimila e associa o significado das coisas


2. O foco dela sempre está no quadro todo, no contexto geral, na história
3. Ela vai aprendendo com o tempo, via dedução pelo contexto, ao invés de estudar ou
decorar palavras específicas que não entendeu (no meu caso pessoal, quando estou
lendo um livro, assistindo um seriado, filme, música em inglês, e esbarro numa
palavra desconhecida, eu espero o filme inteiro, as vezes outros filmes, a temporada
inteira, enfim, eu deixo minha mente ir deduzindo pelos contextos a medida que vou
assistindo e ouvindo. Eu só paro pra ir atrás do significado de uma palavra/expressão
se ela estiver me impossibilitando de conseguir ler o livro ou assistir o filme por
exemplo. Caso contrário, paciência. Na hora certa meu cérebro vai pegar, deduzir,
associar, com todo um contexto envolvido, e aí, nunca mais ela esquece)
4. Ela foca na comunicação, na conversa, no momento, na pessoa, não em estruturas
linguísticas, gramática, exatidão do que está falando, nem mesmo na pronúncia. Ela
simplesmente fala ou tenta falar
5. Ela sempre passa meses ouvindo muito, várias vezes, todo santo dia, antes de
naturalmente e espontaneamente começar a falar. Ela tem “todo tempo do mundo”
pra aprender a falar. É como se ela soubesse que não interessa se vai demorar 2 ou 3
anos pra conseguir falar quando eu entendo que vou ser fluente pro resto da vida (por
quanto tempo vou falar inglês de verdade é mais importante do que em quanto
tempo vou conseguir fingir que falo algo), mas sempre demora muito, e sempre a
fluência genuína vem naturalmente, espontaneamente.
6. Ela sempre tem algo e/ou alguém que ela deseja muito conseguir entender e com
quem ela deseja muito conseguir falar, se comunicar (motivação profunda)
7. Ela sempre ouve dezenas de vezes - 10, 15, 20, 30 vezes o que ela descobriu e
aprendeu (acredite se quiser: eu vivo caçando entrevistas, músicas, palestras que
sejam muito importantes e interessantes pra mim, e toda vez que esbarro numa, eu
não deixo ela ir sem antes escutá-la 12, 14, 15, as vezes 21 vezes, literalmente falando)

E tudo que uma criança aprende e descobre entra na mente dela via aquilo que eu
chamo dos 05 recursos naturais do aprendizado:
• Sons (conversas, histórias e estórias, que são contados e ouvidos, não lidos e escritos)
• Imagens
• Definições
• Exemplos
• Gestos

Em outras palavras, quando pais, criadores, familiares, estão se comunicando com


seus filhos e afilhados e sobrinhos, etc., eles sempre lançam mão de um ou mais destes
recursos, e somente eles. Eu nunca vi uma mãe indo no quarto buscar um dicionário pra
terminar de contar uma história pro filho, nem jamais meu pai traduziu algo pra outra
língua afim de se fazer compreendido.
A predominância absoluta é sempre essa: a comunicação que desenvolve fluência
genuína e verdadeira nas crianças se dá através de Speaking and Listening (som), muitas
coisas novas são associadas e assimiladas - aprendidas, através da imagem do objeto real
que está sendo visto pessoalmente, ou num livro, desenho, etc., em alguns casos os
educadores, professores, pais, irão lançar mão de exemplos ou definições para completar o
entendimento da criança sobre algum assunto, e frequentemente, muito frequentemente,
eles usam gestos enquanto falam e explicam algo.
O ponto aqui é: vá por esse caminho (dos 05 recursos) e você irá aprender de
verdade, pra sempre, com profundidade. Ouça por esse caminho, e você irá conseguir
usar o que aprendeu, pra falar de verdade, sem gaguejar, sem hesitar, com quem você
quiser, aonde estiver - você se tornará fluente. Lembrando sempre que as crianças ouvem,
literalmente, dezenas de vezes cada conteúdo novo que aprendem, e essa saturação é
determinante e decisiva pra se tornar confiante, rápido, ágil e fluente em cada assunto.
É como se a cada vez que você fizesse esse processo de saturação repetida, você
estivesse fazendo o download do conjunto de sons, fonemas, palavras, frases, estruturas,
pra dentro do seu cérebro. Isso gera o saber. A medida que você começa a escutar áudios
usando estes 05 recursos, envelopando os conteúdos ensinados em frases, parágrafos,
estórias interessantes, fáceis, relevantes e reais, você vai enchendo o copo em sua mente. A
cada listening, mais um tanto que enche, até que o copo transborda - o inglês começa a
fluir pela sua boca e você se torna fluente.
Todos estes pontos aqui mencionados são respaldados, testados e comprovados
cientificamente, e ao final deste e-Book você poderá checar todas as referencias dos
estudos e pesquisadores.
Os 5 Inimigos da sua Caminhada
Ao longo de mais de 07 anos trabalhando como professor de Inglês, começando em
escolas renomadas, depois trilhando meu caminho como professor particular, culminando
com o início da minha própria escola e metodologia, já trabalhei com todo tipo de alunos
que você possa imaginar: empresários, médicos, músicos, programadores, servidores
públicos, dentistas, CEO’s e Diretores Executivos, homens, mulheres, crianças,
adolescentes, tímidos, extrovertidos, enfim, todo tipo de perfil que você possa pensar ou
imaginar.
E após acompanhar literalmente centenas de pessoas por esses anos todos, comecei
a notar um padrão de características comuns dos alunos que tem maior dificuldade de
fluir no idioma, aqueles que chamamos ou se auto-intitulam de “travados com o inglês”.
Eu chamo esse conjunto de características, esse padrão que percebi, dos 5 vícios do
aprendizado que matam a fluência, e os atribuo a uma mistura da personalidade da
pessoa com o condicionamento gerado na mente dela pelo primeiro ou primeiros cursos
de inglês que ela fez na vida. Esse 5 vícios são:

- Tradução
- Análise Linguística
- Foco segmentado em palavras ou expressões específicas
- Querer entender tudo, agora, além de querer escolher assuntos específicos para
aprender, do tipo ficar pesquisando e perguntando: o que é isso, o que é aquilo, como se
diz isso, como se diz aquilo, tal expressão não significa x, significa y?
- No S.L.A.L. (Saturation Through Listening After Learning): Abandonar conteúdos
aprendidos sem ter saturado, e, depois, escutado dezenas de vezes no formato já
explicado.

Você provavelmente já se identificou e ainda vai se identificar ainda mais com essas
características, mas, calma. Existe solução. Há uma saída. Vamos porém primeiro abordar
um por um desses pontos acima:

Tradução:

Além de ser artificial, superficial, estranha ao cérebro - da mesma maneira que


quando comemos açúcares e conservantes, nosso organismo fica perdido, olhando e
dizendo: "o que é isso e o que eu faço com isso?”, quando traduzimos nossa mente fica se
perguntando: "mas da onde vem isso, o que é isso?”.
Por exemplo: quando dizemos ao nosso cérebro - "Wednesday = Quarta-Feira”, essa
informação, além de rasa, superficial, é estranha ao nosso cérebro. Nossa mente fica sem
entender, não consegue processar, ler, muito menos ARMAZENAR. Por isso, tudo que é
aprendido via tradução parece herança ganhada facilmente - tão rápido e fácil como vem,
também se vai.
Nunca jamais aprenda via tradução. Não faça isso com seu inglês. Pelo menos não
se você deseja ser verdadeiramente fluente. Um exemplo claro do jeito correto de se
aprender, memorizar e conseguir usar fluentemente uma nova palavra chamada
WEDNESDAY, usando o caminho dos 5 recursos do processo de aprendizado, seria:

Definições:
Wednesday is the day in the middle of the week.
Wednesday is the day after Tuesday and before Thursday.

Exemplos:

Today is Wednesday / Tomorrow will be Wednesday / The day before yesterday was
Wednesday.
I usually go to the church / I usually go to the movies / I usually watch soccer on TV
on Wednesdays.
I take my kids to school on Tuesdays, but my wife/husband takes them to school on
Wednesdays.

E por aí vai. Quanto mais definições, exemplos, imagens e gestos você conseguir, melhor.
Mais profundo e definitivo será seu aprendizado. Mas não pare por aí. Vá além,
desenvolva sua fluência. Em meus cursos, as aulas sempre terminam com a gravação ao
vivo dos áudios que os alunos irão ouvir durante aquela semana, pra sedimentar e
desenvolver a fluência daqueles e naqueles assuntos específicos. Arrume um jeito de ouvir,
mas ouça, ouça muito, várias vezes, cada material, sempre naquele formato e critério já
citado, que é o “original de fábrica”, compatível com sua mente.
Além disso, outro problema da tradução é que ela cria uma espécie de
departamento a parte pro inglês na sua mente, aonde ela precisa “ir buscar e consultar”
toda vez que alguém fala com você e/ou você deseja falar com alguém. Em outras
palavras: você escuta, daí traduz, palavra por palavra, pensa na reposta, em português, daí
traduz tudo de novo pro inglês, e depois finalmente vai tentar falar. O problema é que
nesse tempo todo a outra pessoa continua falando, ou fica olhando pra sua cara
esperando uma resposta, enfim, a tradução mata sua conversa, gerando aquele que eu
considero ser um problema ainda maior que a própria tradução em si: nervosismo,
insegurança, ansiedade, estresse mental e pressão psicológica. De fato eu já percebi que
é impossível levar alguém a fluência definitiva enquanto essa pessoa possui essas
emoções negativas associadas ao inglês.
Os 5 vícios do aprendizado que estamos discutindo aqui de maneira geral
alimentam esse ciclo de emoções negativas, e por isso são tão nocivos e danosos. E dentre
eles a tradução talvez seja um dos piores, uma das grandes responsáveis por esse
nervosismo, insegurança e ansiedade que vivemos toda vez que precisamos conversar
com alguém em inglês, como na alfandega, hotel, ligação telefônica, enfim.
Esse é também um dos motivos pela grande distancia que existe entre sua
performance ao ler um texto ou até mesmo escrever um, e a sua capacidade de
desenvolver com sucesso uma conversa prática com pessoas ao vivo na sua frente:
enquanto você está sozinho lendo ou escrevendo, sua mente lê, para, traduz, continua, lê,
para, traduz, e assim por diante, sem que você perceba, porque você tem esse espaço de
tempo quando está lendo e escrevendo. Mas em conversas reais isso se torna impraticável
como você já deve ter percebido muito bem.
Portanto, troque a tradução pela dedução, associação, assimilação e paciência pra
esperar sua mente aprender através destes caminhos. Eles as vezes serão mais demorados,
as vezes irão requerer mais energia da sua mente, traduzir é mais simples e fácil. Porém,
estes outros caminhos são os únicos que farão você aprender de verdade, pra sempre.

Análise Linguística

O segundo vício que tenho reparado em muitos alunos é uma preocupação com
gramática, estruturas, ordem das palavras, perfeição e exatidão linguística que sobrepõe o
grande propósito de tudo que estamos fazendo aqui: conseguir se comunicar com outras
pessoas.
Por inúmeras vezes eu fico “indignado" com meus alunos porque eles interrompem
frequentemente um conto de um caso mega interessante pra ficar checando, perguntando
e analisando se está correto, ao invés de focarem no fato de que estão sendo
compreendidos, que é o propósito, a razão principal de toda língua.
Lembre-se sempre que ser compreendido é e sempre será mais importante que falar
perfeitamente, com a pronúncia correta, etc.
Além disso, entenda uma coisa bem claro: sua preocupação nunca irá melhorar em
nada seu inglês. Melhora verdadeira e definitiva no seu inglês virá somente por ouvir,
ouvir e ouvir, até saturar, conteúdo que foi aprendido através dos 5 recursos, gravado de
forma interessante, real, fácil e relevante, e isso levará tempo.
O melhor que você tem a fazer então é relaxar, e se preocupar somente em saturar,
ouvir, jamais com a perfeição ou exatidão daquilo que sai da sua boca. Preocupe-se apenas
com a qualidade daquilo que entra pelos seus ouvidos. Afinal, é isso que irá determinar a
qualidade do que sai de inglês dos seus lábios.

Foco Segmentado em Palavras

Uma das razoes pelas quais filmes, músicas e seriados são poderosos é por causa da
quantidade de elementos que eles possuem capazes de criarem contextos de suporte para
nosso cérebro. Aliás, nosso cérebro simplesmente não consegue aprender, gravar,
memorizar e futuramente conseguir se tornar fluente naquele assunto específico se ele não
tiver sido aprendido dentro de frases, estórias, casos, que contenham personagens,
emoção, contexto.
Esses dias eu estava assistindo um filme antigo que de tempos em tempos costumo
ver (lembra que te disse que saturo tudo que acho interessante?). O filme se chama Inimigo
do Estado, com o Will Smith, e conta basicamente a história do processo de aprovação das
leis que regulamentavam o quanto o estado Americano poderia vigiar seus cidadãos -
câmeras, ligações, emails, etc. Enfim, um cara sem querer grava o diretor da Agencia
Nacional de Segurança Americana assassinando um senador que não queria ajudá-lo a
passar a lei que a Agência precisava.
Esse cara começa a ser perseguido pelo governo, e sem querer ele esbarra com o
Will Smith numa loja comprando Lingerie pra esposa dele. Nesse momento, ele, de forma
escondida e secreta, solta o disquete com a filmagem na sacola do personagem do Smith.
Dali em diante, sem que ele entenda o motivo (ele não viu o disquete sendo colocado na
sacola dele) a vida dele vira um inferno. Ele começa a ser encurralado de todos os lados
pelo governo, que está atrás desse disquete contendo a filmagem do assassinato.
Bem, lá pra frente ele conhece um cara que saca muito de tudo isso e começa a
ajudá-lo, e numa das cenas, eles finalmente se tocam porque ele estava sendo perseguido,
e eles partem em direção a um galpão abandonado aonde esse cara morava, para que eles
pudessem acessar o disquete e descobrir o que é que havia de tão comprometedor nele.
No meio do caminho pra esse Galpão, eles param no posto de gasolina porque o
senhor que estava ajudando o Will Smith precisava comer (o personagem era
hipoglicêmico). Ele estaciona o carro, e, ao descer, ele vira pro Will Smith e diz:
- You stay put!
Agora, preste atenção: se você está assistindo o filme, como todo esse contexto que
acabei de te explicar, e você escuta essa frase:
E você consegue entender o significado da frase
“stay put”, que inclusive o próprio contexto
também o ajuda a fazer, você nunca jamais vai
esquecer. Eu me arrisco a dizer que tudo que você
“aprendeu mais fácil”, memorizou mais rápido e de
forma mais profunda em Inglês, foi porque tinha
contexto por trás, contexto que era relevante para a
sua vida. Quanto mais contexto, e quanto mais
conectado você é e está ao contexto, mais rápido e
mais profundo você aprende e memoriza. Exemplo: um músico assistindo filmes contando
história de bandas, músicos, instrumentistas, um atleta ou lutador assistindo Rock Balboa
ou filmes sobre luta, vão ter muito mais contexto do que as demais pessoas, e muito
provavelmente irão gravar mais, mais rápido e mais profundamente as frases do filme.
Esse é o poder do contexto e é o motivo pelo qual não adianta você querer estudar,
analisar, decorar palavras soltas, específicas. É o contexto que gera dedução, associação,
memorização e consequentemente, vai te capacitar pra se tornar realmente fluente -
fluência verdadeira requer ouvir muito algo que já está bem sedimentado porque foi
aprendido da maneira correta.
Finalmente, nossa comunicação se dá em frases, casos, parágrafos: conversas são
trocas de idéias completas. Frase pra lá, frase pra cá. Então, na verdade na verdade, se
formos ser bem criteriosos, o que nós realmente queremos, nosso grande objetivo, É
CONSEGUIR USAR FRASES INTEIRAS E COMPLETAS, PRA FALAR NA PRÁTICA,
QUANDO REALMENTE PRECISAMOS. Em outras palavras, precisamos aprender de
forma coerente com o que iremos precisar falar: frases, idéias completas, não somente
palavras soltas. Isso nos traz inclusive ao próximo ponto, chamado “querer entender tudo,
agora, querer escolher assuntos e expressões específicas”, etc.

Querer entender tudo, agora

Este quarto vício que mata a fluência seria uma mistura de outros vícios,
alimentado pelos outros, que alimenta os outros, enfim, tudo se mistura aqui. Como assim
Felipe?
Quem traduz, segmenta o foco em palavras e fica preocupado com análise
linguística, tem uma mania de querer entender tudo, cada palavra que sai da boca da
pessoa, eles ficam presos ouvindo atentamente, preocupados, cada palavra cada vírgula, e,
ao som da primeira que não conseguem entender ou traduzir, a cabeça deles trava.
O grande problema aqui é que, muitas vezes, as palavras que geram essa trava são
irrelevantes pra se entender o contexto geral, a história toda, ou seja, elas geram problemas
e estresses que são essencialmente inúteis e poderiam ser evitados.
É mais ou menos como se eu estivesse te contando um caso sobre como um ladrão
entrou num banco e assaltou e roubou e matou, e você esta ali, comigo, focado, ouvindo,
entendendo tudo, e no meio da historia eu resolvo comentar que o cara estava usando
uma jaqueta branca, e digamos que você não entende isso, daí você para tudo, se perde
todo, porque você precisa entender tudo, e tem que entender agora, não consegue esperar
a historia terminar, ou esperar o resto do seu tempo estudando inglês pra aprender via
dedução através do contexto, ao longo do curso do aprendizado natural.
Outro problema deste vício é o quanto ele estressa e tensiona mentalmente quem
está ouvindo e é condicionado por esta mania. É nitidamente, claramente pesado. Dá pra
ver nos olhos dos meus alunos. É um tormento. Pesa. Fora que eu e qualquer nativo ou
English Speaker se sente muito mais analisado, do que ouvido, quando estamos
conversando com alguém assim. Tipo, a atenção da pessoa não está em mim, nem na
historia, mas nas palavras, em entender tudo.
Minha dica sobre esse vício: coloque sua atenção no todo novamente, se perca na
história que está sendo contada, preste atenção na pessoa, no tom da voz, nos gestos, ao
invés de ficar preso estressado preocupado querendo entender 100% do que está sendo
dito. Finalmente, se você sofre deste vício, toda vez que isso acontecer, se possível"36, peca
ao Speaker, a quem estiver falando, que repita a história inteira, o caso todo, e não somente
aquela(s) palavra(s) específica(s) que você não entendeu. Assim você recondiciona sua
mente pra não precisar entender tudo, muito menos agora. Algumas coisas eu vou
demorar pra aprender, e ponto final. É assim e pronto.

No S.L.A.L.

De nada adianta você conseguir resolver todos os outros 4 vícios, recondicionar sua
mente, se não resolver e recondicionar este hábito aqui!
Simples, já te disse: aulas de inglês ensinam inglês, no máximo e olhe lá, e ponto.
Literalmente. Não ensinam ninguém a FALAR INGLES. Se, após ter aprendido algo, via 5
recursos (aprendizado verdadeiro e definitivo, compatível com nosso cérebro), não houver
saturação disso, através de áudios naquele formato citado, THERE WILL BE NO
FLUENCY! IT’S THAT SAD AND THAT SIMPLE!
A grande maioria imensa dos meus e de todos os alunos de inglês ignora os
prejuízos acarretados por não fazer este ponto aqui. Eles querem frequentar uma aula,
onde escutarão inglês por 45 minutos, se tiverem sorte, e um inglês meio fraco, fora o
inglês totalmente errado que escutaram dos colegas de sala, e, mesmo assim, com somente
esse INPUT mínimo semanal, desenvolver fluência verdadeira e definitiva.
Isso simplesmente não existe! Se uma criança, que tem a maior capacidade cerebral
neural de absorção de conteúdo e aprendizado do mundo, escuta em torno de 3 horas por
dia de um idioma pra ficar fluente, e escuta várias vezes as mesmas coisas, imagina um
adulto? Não existe atalho nem passe de mágica querido(a): se você quer ir além da teoria,
e conseguir usar o inglês que aprende, pra falar na prática, você PRECISA
• ESCUTAR
• MUITO TEMPO POR SEMANA
• VARIAS VEZES CADA MATERIAL
• GRAVADO OU FEITO NO FORMATO NATURAL, "ORIGINAL DE FÁBRICA”

A sua fluencia definitiva mora aqui neste ponto.


INIMIGOS DO LISTENING
- Não tenho tempo

- Será que eu preciso mesmo ficar ouvindo áudios toda semana / todo dia?

- Não tenho paciência pra ficar ouvindo as mesmas coisas uma semana inteira

- Não entendo dessas coisas de tecnologia

- Sou uma pessoa mais visual, mais do ao vivo, presencial

- Agora, liste abaixo as outras razões que vierem a sua mente! Escute: todas as razões
citadas nessa página são inimigos da sua fluência, porque sem ouvir os áudios, não
existe fluência! 

The Silent Period
Gostaria de tirar alguns minutos pra reforçar algo de extrema importância, que já
foi dito anteriormente, mas que, pela minha experiencia ao longos desses anos em sala
de aula, deve ter sido subestimado pela sua mente inconsciente.
Acredito que de tanto tentar, estudar, investir, e não conseguir falar inglês de
verdade, somado ao fato de ver o tempo passando, oportunidades sendo desperdiçadas, a
grande maioria dos adultos que recebo em meus cursos chega com uma certa urgência e
ansiedade pra falar o mais rápido possível.
É super comum ver e ouvir uma certa “afobação”, aula após aula ser perguntado
sobre o progresso… é como se fosse um paciente obeso que passou anos frustrado sem
resultados, encontra o médico certo, começa o tratamento, e todo dia sobe na balança
querendo ver resultado.
Entretanto porém contudo todavia, os mais bem sucedidos seres do mundo em
termos de desenvolver fluência num idioma - bebes e crianças - nos mostram que, quando
estamos falando de fluência definitiva, duradoura, eterna (não algo superficial que
desmorona diante do primeiro desafio real que enfrentamos), estamos falando como que
de alicerces de uma construção, que são construídos primeiramente pra baixo, pra
dentro da terra, onde durante meses e meses a fio quem passa por ela não vê nada… no
mês seguinte, nada… 3 meses depois, e aquelas pessoas que passam dirigindo por aquela
construção por exemplo continuam com a impressão de que nada está acontecendo,
porque todo trabalho está sendo feito pra baixo, pra dentro da terra, e é invisível aos olhos
de quem esta de fora!
Da mesma maneira, o trabalho que desenvolve fluência verdadeira, definitiva,
duradoura, eterna - a fluência que você realmente procura, que é o que eu chamo de
S.L.A.L (Saturation Through Listening After Learning) vai construir primeiro “pra
dentro, pra baixo”, e durante alguns meses vai parecer que nada está acontecendo. Em
outras palavras, você não ficará fluente em 2, 3, 4 meses. Não é passe de mágica. Mas,
como eu sempre digo, por quanto tempo eu permanecerei VERDADEIRAMENTE
fluente é e sempre será mais importante do que em quanto tempo me torno
APARENTEMENTE fluente!
Portanto, tenha paciência, lembre-se dos bebes e das crianças, que passam meses e
meses e meses ouvindo, ouvindo, ouvindo, assistindo, as mesmas coisas, as mesmas
frases e desenhos e vídeos, todo santo dia, que é o que os linguistas chamam de SILENT
PERIOD, até que um dia ela começa a falar.
Fluência verdadeira se dá assim: meses e meses ouvindo 1. as mesmas coisas, 2.
Várias vezes, 3. Todo dia, até que, de repente, acontece um salto repentino, digamos que
pro nível de fluência nível 1.
Ela então vai passar mais um tempo naquele nível 1, tudo de novo: meses e meses
ouvindo 1. as mesmas coisas, 2. Várias vezes, 3. Todo dia, até que, de repente, acontecerá
outro salto repentino. E assim vai até que ela se torna completamente fluente.
Parece o gráfico do crescimento dos artrópodes, se lembra?
O desenvolvimento de fluência verdadeira, definitiva e duradoura não é aquela
curva ascendente contínua (A), mas a reta que rompe, estaciona, rompe, estaciona (B).

As chaves aqui são:


- Paciencia
- Foco no ouvir, ouvir e ouvir
- Ouvir varias vezes
- As mesmas coisas (lembre-se dos critérios que um áudio precisa satisfazer para
conseguir desenvolver fluência e vá até meu site - endereço no final deste livro - onde
você pode encontrar vários exemplos e muito material pra escutar e praticar esta
técnica)
- Todo santo dia, antes de passar pra novos áudios
- Esperar, com calma
- Sem se cobrar, sem se pressionar. Não se cobre resultados, não se critique nem se
pressione para falar ou produzir: apenas se discipline para ouvir ouvir e ouvir. 

Um motivo pelo qual morrer
Why do I really want to be fluent?

No linguajar motivacional, viver é ter um motivo pelo qual morrer. No contexto de


aprender a falar inglês, desenvolver minha fluência, eu diria que aquele processo que
chamo de S.L.A.L. - Saturation Through Listening after Learning, seria uma espécie de
morte pra si mesmo, pra sua vontade de não escutar nada; “morrer" pra sua preguiça,
entre outras coisas que nos sabotam e boicotam.
Em outras palavras, o que estou querendo dizer aqui é: eu te expliquei claramente
porque você até hoje não conseguiu falar inglês, e te mostrei de forma simples e direta o
caminho das pedras pra chegar até lá.
Porém, esse caminho não é e em nenhum momento eu disse que seria fácil. Nem
rápido. Minha filha escuta horas e horas de inglês e português aqui em casa todo dia, faz 1
ano e 1 mês (de nascida, fora os meses que ela já escutava algo dentro da barriga da minha
esposa), e até hoje ela não consegue falar PAPAI ou MAMAE perfeitamente.
Todo dia e toda hora saem uns BABA, PAPA, MAMA, vários sons e palavras que
ela inventa, mas nada que seja compreensível. E ninguém está com pressa alguma aqui em
casa: nem eu, nem a mãe dela, talvez ela um pouco (risos). Meu ponto é: vai levar um
tempo, mas quando chegar, vai ficar por todo o tempo do mundo. Como disse antes, mais
importante do que em quanto tempo falarei, é: por quanto tempo serei fluente? Pro resto
da vida? Então vale a pena.
E a outra pergunta aqui, que vai me sustentar durante esse tempo de aprendizado e
desenvolvimento de uma fluência definitiva, verdadeira, é: por que? Pra que? Pra quem?
Com quem?
Eu preciso ter um motivo claro, genuíno, um propósito firme, pelo qual eu quero
aprender a falar inglês de verdade. É esse propósito que irá me fortalecer nos momentos
de fraqueza, vontade de desistir… Eu preciso chegar num ponto em que eu realmente não
suporto mais não saber falar inglês de verdade, em que eu não aguente mais essa
realidade em minha vida, e qualquer sacrifício e tempo não serão nem sequer
contabilizados: o que interessa é meu alvo, meu objetivo, de ser realmente fluente em
inglês, objetivo esse que eu sei muito bem porque quero alcançar.
Não estou falando de coisas rasas, mas de coisas profundas: 1. aquilo que você irá
conseguir quando se tornar realmente fluente em inglês; 2. Vai gerar o que na sua vida; 3.
Como isso que será gerado irá melhorar, mudar sua vida, qual impacto que isso terá; 4.
Por que isso é tão importante pra você? Este último ponto é aonde você precisa chegar!
Só quando essa resposta vier você terá motivação suficiente pra chegar ao final da sua
jornada e se tornar realmente fluente.
Exemplo: 1. Ser fluente em inglês me capacitará a assumir a Diretoria Comercial
Nacional; 2. Isso abrirá portas para vagas internacionais e me colocará em contato com o
Presidente Mundial da empresa; 3. Meu status, salário, benefícios e possibilidades serão
altamente transformados, vou frequentar lugares e reuniões que sempre sonhei; 4. Me
sentirei pleno, realizado, minha família terá mais orgulho de mim, poderei morar no
exterior, terei condições de proporcionar uma vida de altíssima qualidade pra minha
família, meus pais…
Esta resposta final, aliada a ALGO/ALGUÉM que você deseje muito entender e
com quem deseje muito se comunicar, são os pilares do propósito firme, da motivação
profunda que te levanta pela mão e te sustenta até o final da sua jornada. No meu caso
pessoal por exemplo, o algo era: Fórmula 1, filmes e seriados. Amo e sou apaixonado pelos
3, e tinha um enorme e profundo desejo de conseguir compreender no original, na
essência, cada um deles. O alguém eram - um professor e amigo americano, 3 pastores
americanos específicos pelos quais eu era apaixonado e queria muito poder ouvir, e
americanos em geral - porque era fascinado pela idéia de visitar frequentemente e
futuramente morar nos EUA.
Ache sua resposta nível 4, encontre seu algo, seu alguém, descubra seu propósito
firme e motivação profunda, aprenda através dos 5 recursos naturais do processo de
aprendizado, saturando através de áudios envelopados em frases, parágrafos, estórias,
casos, que possuam contexto e personagens, os quais você irá escutar 10, 12, 15, 20 vezes,
E VOCÊ CONSEGUIRÁ USAR O QUE APRENDE PRA FALAR NA PRÁTICA, COM
QUEM QUISER, AONDE ESTIVER - SERÁ FLUENTE DE VERDADE.
Te desejo todo sucesso do mundo! Te vejo do outro lado!
Referencias Bibliográficas:
- Effortless English - Speak English like a native (A. J. Hoge)
- Blaine Ray, inventor do TPR Storytelling system
- Stephen Krashen, professor e pesquisador de Linguística da Universidade da Carolina
do Sul
- 07 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes - Stephen R. Covey
- Richard Bandler and John Grinder, criadores e desenvolvedores da NLP -
NeuroLinguistic Program
- Dr. Paul Sulzberger, Pesquisador de Linguística da Victoria University, New Zealand
- Dr. J. Marvin Brown, Pesquisador de Linguística e Criador do Programa “From the
Outside In”

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