Direito Linguagem e Interpretacao PDF

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FGV DIREITO RIO

COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
Plano de Ensino – Disciplina obrigatória do 1º período

DISCIPLINA: DIREITO, LINGUAGEM E INTERPRETAÇÃO


PROFESSOR: EDUARDO JORDÃO
CARGA HORÁRIA: 60h DISCIPLINA OBRIGATÓRIA
EMENTA
Linguagem e adequação; Jargões e vícios jurídicos, Linguagem e contexto; Limites da
linguagem; Conteúdo emotivo das palavras; Discussões de palavras; Argumentações e
auditórios; Tipologia de argumentos; Técnicas argumentativas; Falácias
argumentativas; Identificação de argumentos e sub-argumentos; Escolha, colocação e
organização de argumentos.
OBJETIVOS
Desenvolver nos alunos conhecimentos estruturais básicos sobre o manejo da
linguagem que serão úteis para compreender e atuar no Direito. O objetivo específico
é refletir sobre os limites, problemas e diferentes usos da linguagem. Desenvolver
habilidades para identificar e utilizar técnicas argumentativas.
METODOLOGIA
O curso tem um viés prático. Seu objetivo principal é desenvolver habilidades
relacionadas à linguagem e à argumentação. Será dada especial ênfase à participação
dos alunos. Através da discussão de problemas geradores, os alunos serão chamados
a identificar os diferentes usos da linguagem, além de seus limites e problemas. Lendo
textos jornalísticos com opiniões distintas e assistindo a trechos de filmes ou debates
políticos, deverão identificar argumentos, sub-argumentos e falácias argumentativas.
No final do curso, os alunos terão que desempenhar papeis específicos em debates de
temas polêmicos e atuais (role playing). Para evitar sobreposições com IED 1,
pretende-se adotar um enfoque “pré-jurídico”. Neste sentido, a segunda parte do
curso foca nas técnicas e estratégias de argumentação em geral e evita as discussões
relativas à teoria da argumentação jurídica.
PROGRAMA
PARTE I - LINGUAGEM
- Linguagem e adequação (formalidade e informalidade)
- Aspectos redacionais pontuais e estruturais
- Jargões e vícios jurídicos
- Linguagem e contexto: o que se diz e o que se quer dizer
- Limites da linguagem
- Ambiguidade, vagueza, textura aberta
- O conteúdo emotivo das palavras
- As discussões de palavras entre os juristas
PARTE II - ARGUMENTAÇÃO
- Lógica e Argumentação
- Argumentações e auditórios
- Tipologia de argumentos
- Técnicas argumentativas
- Falácias argumentativas
- Argumentação e Política
- Níveis de argumentação. Generalizações
- Identificação de argumentos e sub-argumentos.
- Estruturação de pensamento e raciocínio. Escolha, colocação e organização de

Praia de Botafogo, 190 | 8º andar | Rio de Janeiro | RJ | CEP: 22250-900 | Brasil.


Tel.: (55 21) 3799-4608 | Fax: (55 21) 3799-5335 | www.fgv.br/direitorio
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Plano de Ensino – Disciplina obrigatória do 1º período

argumentos. Contra-argumentação.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Será atribuída uma nota a uma prova final, mas também à participação geral durante
o curso e ao desempenho nos role-playing finais. Serão, portanto, três notas com
pesos iguais para a composição da média final.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CARRIÒ, Genaro R. Notas sobre derecho y lenguaje, 4.ed., Buenos Aires, Abeledo-
Perrot, 1990.
PERELMAN, Chaïm; OLBRECHTS-TYTECA, Lucia. Tratado da argumentação: a nova
retórica, São Paulo, Martins Fontes, 1996.
SCHOPENHAUER, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão, notas e
comentários de Olavo de Carvalho, São Paulo, Topbooks, 2001.
WALTON, Douglas N. Lógica Informal, São Paulo, Martins Fontes, 2006.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ALEXY, Robert. Teoria da argumentação jurídica, 2.ed, São Paulo, Landy, 2005 (Parte
2: “Esboço de uma teoria do discurso prático racional geral”, pp. 181-207 e talvez a
Parte 3: “Uma teoria da argumentação jurídica”, pp. 209-279)
FEARN, Nicholas. Aprendendo a filosofar em 25 lições, Rio de Janeiro, Zahar, 2004
(dois capítulos sobre Wittgenstein: “O Espelho do jovem Wittgenstein” e “Os jogos do
Wittgenstein maduro”)
HIRSCHMAN, Albert O. The rhetoric of reaction: perversity, futility and jeopardy,
Cambridge, Harvard University Press, 1991 (análise da retórica conservadora
Americana) – Há traduçãoo para o português publicada pela Companhia das Letras: “A
Retórica da Intransigência” (1992).
PLATÃO, Diálogos: apologia de Sócrates, Eutífron, Críton, Fédon, 4. ed., São Paulo,
Hemus, 2002.
SANTIAGO NINO, Carlos, Introducción al análisis del derecho, 2. ed, Buenos Aires,
Astrea, 2005 (capítulo V, “La interpretación de las normas jurídicas”)

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