Resumo Casa Grande e Senzala PDF
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Este livro do Gilberto Freyre é composto por cinco capítulos, sendo eles Características
gerais da colonização portuguesa do Brasil: formação de uma sociedade agrária, escravocrata e
híbrida; O indígena na formação da família brasileira; O colonizador português: antecedentes e
predisposições; O escravo negro na vida sexual e de família do brasileiro e O escravo negro na
vida sexual e de família do brasileiro (continuação).
Casa-Grande e Senzala é um livro que possui 48 edições, sendo que a primeira foi
escrita em 01 de Dezembro de 1933. Este livro continua sendo um clássico até nos dias atuais,
afinal a história que esta sendo contada é a história de muitos de nós, onde o autor destaca a
importância da Casa-Grande na formação sociocultural brasileira bem como a da senzala que
completa a primeira.
No Brasil, as relações entre os brancos e as raças de cor foram desde a primeira metade
do século XVI condicionadas, de um lado pelo sistema de produção econômica – a monocultura
latifundiária e do outro pela escassez de mulheres brancas entre os conquistadores. Com a
plantação da cana-de-açúcar, exigiram-se grandes extensões de terras e de escravos,
prejudicando assim, a policultura e a pecuária.
É válido destacar que a Casa-Grande venceu no Brasil a Igreja, nos impulsos que esta a
princípio manifestou para ser a dona da terra. Vencido o jesuíta, o senhor de engenho ficou
dominando a colônia quase sozinho. O verdadeiro dono do Brasil. Mais do que os vice-reis e os
bispos. Mais no fim, as Igrejas é que tem sobrevivido às Casas-Grandes, devido ao mau cuidado
e conservação.
Gilberto Freyre queria escrever sobre o ser brasileiro. Partiu para a Bahia e pesquisou
coleções de museus e a arte da culinária que vinha da cozinha das Casas-Grandes e depois da
Bahia partiu para a África e a Portugal.
Para um melhor entendimento sobre essa belíssima obra de Gilberto Freyre, será
exporto algumas características e informações de cada um dos cinco capítulos separadamente.
Handelmann notou que para ser admitido como colono no Brasil no século XVI a principal
exigência era professar a religião crista.
O catolicismo foi realmente o cimento da nossa unidade.
Para as necessidades de alimentação foram-se cultivando de Norte a Sul, através dos
primeiros séculos coloniais, quase que as mesmas plantas indígenas ou importadas. A
farinha de mandioca fixou-se a base do nosso sistema de alimentação;
Terra de alimentação incerta e vida difícil é que foi o Brasil dos três séculos coloniais. A
sombra da monocultura esterilizando tudo. Os grandes senhores rurais sempre endividados.
As saúvas, as enchentes, as secas dificultando ao grosso da população o suprimento de
víveres.
De todas as influências sociais talvez a sífilis tenha sido depois da má nutrição, a mais
deformadora da plástica e a mais depauperadora da energia econômica do mestiço
brasileiro;
Costumava-se dizer que a civilização e a sifilização andam juntas: o Brasil, entretanto,
parece ter-se sifilizado antes de se haver civilização.
Considera-se de modo geral, a formação brasileira tem sido um processo de equilíbrio de
antagonismos. Antagonismos de economia e de cultura. A cultura européia e a indígena. A
européia e a africana. O senhor e o escravo.
Os índios acreditavam em espíritos maus; diziam que estavam sempre a espreita de uma
oportunidade para lhe penetrarem no corpo: pela boca, pelas ventas, pelos olhos, pelos
ouvidos, pelo cabelo;
Daí o uso de batoques, penas e fusos atravessados no nariz ou nos lábios; de pedras,
ossos e dentes de animais; a raspagem de cabelo.
Encontra-se entre os selvagens numerosas abusões as crianças: uma profilática
correspondendo a receios da parte dos pais de espíritos ou influencias malignas;
Havia uma dança destinada especialmente a fazer medo aos meninos e incutir-lhes
sentimentos de obediência e respeito aos mais velhos;
Eram os maridos que serviam de parteiros, cortando aos dentes o umbigo do menino.
O trabalho sedentário e contínuo, as doenças adquiridas ao contato dos brancos foram
dando fim aos índios;
Já não era o mesmo selvagem livre de antes da colonização portuguesa;
A monocultura do açúcar matou o índio; momento esse que o indígena foi substituído
pelo negro;
O pão foi outra novidade do século XIX. O que se usou nos tempos coloniais, em vez de
pão foi beiju de tapioca ao almoço, a ao jantar a farofa, o pirão escaldado ou a massa da farinha
de mandioca feita no caldo do peixe ou da carne.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA