Trabalho - Gesso Acartonado

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FACULDADE EDUCACIONAL DE ARAUCÁRIA – FACEAR

ENGENHARIA CIVIL

MARINÊS NASLOWSKI ROEDEL

GESSO ACARTONADO – DRYWALL

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I

CURITIBA, OUTIBRO DE 2015.


MARINÊS NASLOWSKI ROEDEL

GESSO ACARTONADO – DRYWALL

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I

Trabalho apresentado à disciplina de Materiais


de Construção I do 2º semestre do curso de
engenharia civil orientado pelo professor
Marcos Fábio, na Faculdade Educacional de
Araucária - Facear.

CURITIBA, OUTUBRO DE 2015.


GESSO ACARTONADO – DRYWALL

INTRUDOÇÃO

Gesso acartonado ou Drywall, que significa em português "parede seca", ou seja, não
existe a necessidade do uso de argamassa para sua construção, como a alvenaria. É uma
tecnologia que substitui as vedações internas convencionais (paredes e revestimentos)
de edifícios de quaisquer tipos, consistindo de placas de gesso aparafusadas em
estruturas de perfis de aço galvanizado. As paredes neste sistema são mais leves e com
espessuras menores que as das paredes de alvenaria. São chapas fabricadas
industrialmente mediante um processo de laminação contínua de uma mistura de gesso,
água e aditivos entre duas lâminas de cartão. Tais sistemas são usados somente em
ambientes internos das edificações, para os fechamentos externos, o sistema deverá
utilizar perfis de aço estruturais (steel frame) e chapas comentícias (resistentes à ação de
ventos e chuvas). O método é muito utilizado na construção civil, principalmente para
áreas comerciais. As paredes de gesso Drywall permitem instalações elétricas e
hidráulicas através do sistema de fixação em tetos ou aparafusadas em perfis de aço
galvanizado. Além disso, adaptam-se a qualquer estrutura, como aço, concreto ou
madeira.
A montagem do sistema drywall é fácil, com redução de prazo de entrega e,
consequentemente, custos menores. Com o sistema, há um ganho de área útil que pode
chegar a 4% e as paredes têm superfície lisa e precisa, diminuindo custos na preparação
da superfície para a pintura. Como as paredes são mais leves que o sistema de alvenaria
tradicional, o sistema de parede de drywall mais simples, equivalente a 1 metro
quadrado (W-111 que corresponde a uma linha de perfil e uma chapa de cada lado) pesa
cerca de 25 kg contra 150 kg de uma parede de alvenaria, consegue-se com a utilização
deste sistema uma redução no custo das fundações e estruturas da edificação.
HISTÓRIA

O Drywall foi pensado como uma solução econômica para construção e acabamento.
Sua primeira versão, conhecida a princípio como placas Sackett, foi inventada em 1894
por Augustine Sackett nos EUA e consistia de 4 camadas de gesso molhado dentro de
quatro folhas de papel, lã e camurça. As folhas mediam 91 x 91 cm por 3 cm de
espessura com bordas sem acabamento, e eram vendidas como pequenas telhas à prova
de fogo. Posteriormente, em 1910, surge então o “Gypsum Board" (Placa de Gesso)
fabricado pela empresa Gypsum, que possuía bordas encapadas e substituía as duas
camadas de papel camurça anteriores pelo suporte do papel acartonado.
Graças à sua resistência ao fogo e à rapidez de montagem, em 1917 a "Chapa Drywall"
ou “Chapa Parede Seca” (como ficou conhecida nessa época) foi amplamente utilizada
na l guerra mundial, mantendo este layout e evoluindo pouco até meados da segunda
guerra. A partir daí então, o Drywall começa a ser comercializado em folhas de gesso
seco e de papel de multicamadas, sendo o núcleo deste gesso natural, e revestido com
cartão duplex, adquirindo em menos de uma década a forma que conhecemos hoje - que
consiste em uma única camada comprimida e prensada entre duas folhas de papel
pesado.
Entretanto, por ainda estar associada ao gesso que requeria antigas técnicas de aplicação
envolvendo muita mão-de-obra onerosa e aparência frágil, a maioria das pessoas ainda
evitava as construções com Drywall, imaginando que sua instalação requeria os mesmos
cuidados ou que não era segura. Foi só a partir de 1945 que suas vantagens passaram a
ser notadas em relação a outros tipos de construção e acabamentos.
A escassez da mão de obra entre o durante e o pós-guerra foi decisiva para alçar o
Drywall como opção econômica e rápida em detrimento das técnicas tradicionais. Casas
e fábricas podiam ser construídas em menos da metade do tempo e com bem menos
trabalho que anteriormente. Além disso, os produtos baratos e eficientes passaram a ser
encarados de maneira bastante patriótica por parte dos americanos, pois eles permitiam
que fosse possível concentrar mais tempo e dinheiro para apoiar o esforço de guerra.
O Drywall então passa a ser o material dominante nos EUA, iniciando-se assim o boom
de construção pós-guerra. Empreiteiros, sabendo que poderiam construir casas e locais
de trabalho em um décimo do tempo - em média, uma equipe de instaladores de
Drywall podia terminar uma casa em cerca de duas semanas - abandonam de vez o
gesso, cimento e alvenaria para dar preferência ao novo material, elevando seus lucros
vertiginosamente. Ao longo do tempo, o uso de gesso puro foi se tornando obsoleto e
pessoas de todo o mundo passaram a dar preferência ao Drywall. No Brasil, ele chega a
partir dos anos 90 quando os grandes fabricantes mundiais com sede na Europa como
BPB Placo, Knauf e Lafarge Gypsum se instalam no país e passam a ser uma solução
arquitetônica rápida limpa e barata para empresas, escritórios, shopping centers e
hospitais. Repete-se aos poucos assim, a tendência observada há mais de um século nos
Estados Unidos e há mais de 70 anos na Europa.
Posteriormente com a evolução da tecnologia, as chapas de gesso do Drywall se
tornaram mais leves e menos quebradiças e o conjunto dos materiais e sistemas de
tratamento também evoluiu.
ESPECIFICAÇÕES

Placas de gesso natural ou acrescidos de aditivos, secos e revestidos com papel cartão
duplex, geralmente em espessuras que vão de 48, 70 ou 90 mm e tamanhos que vão de
4x8 a 4x12. A placa é combinada a perfis de aço galvanizado que mantém a sustentação
do material. As chapas de gesso são de alta resistência mecânica, diferentes dos blocos
de gesso tradicionais; tal quais os utilizados na alvenaria.
Por sua facilidade de manuseio, permite o preenchimento com diversos materiais como,
por exemplo, fibra de vidro e mantas de lã mineral, sendo indicado também para os
casos em que é necessário um desempenho acústico superior ou maior conforto térmico.
O Drywall, além de poder ser utilizado como paredes e forros, é indicado também para
revestimento de paredes, colunas, vigas, dutos de ar-condicionado, dentre outras
aplicações, tendo como uma de suas principais características o manuseio e instalação
simples, rápido e limpo além de aceitar diversos tipos de acabamento: pintura, cerâmica,
papel de parede, fórmica mármore, madeira, etc.
Há três tipos de placas, que se diferem pelo tom da cobertura de papel-cartão. A face
branca deve voltar-se sempre para o lado do acabamento.

Verde (UR): com silicone e aditivos fungicidas misturados ao gesso, permite a


aplicação em áreas úmidas (banheiro, cozinha e lavanderia).
Rosa (UF): resiste mais ao fogo por causa da presença de fibra de vidro na fórmula. Por
isso, vai bem ao redor de laterais e na bancada do cooktop.
Branco (ST): é a variedade mais básica (Standart), amplamente empregada em forros e
paredes de ambientes secos.
O que existe no interior de uma parede de drywall?

FERRAMENTAS, INSTALAÇÃO E FIXAÇÃO DE OBJETOS

A instalação do Drywall é relativamente simples, apesar de se utilizar de ferramentas


específicas como serrotes de ponta, pistolas para fixação de parafusos e parafusos
próprios para Drywall.
Por esse motivo, costuma ser um projeto DIY (faça você mesmo) bastante popular no
mundo, pois é de fácil aprendizagem e não requer ferramentas especiais ou muito caras.
Para a fixação de objetos mais pesados, por exemplo, (como quadros, espelhos e
armários) recomenda-se a utilização de buchas simples e específicas, conhecidas no
mercado por “buchas para ocos” (buchas de alvenaria não servem para Drywall) e um
eventual reforço nos perfis de aço galvanizado caso haja excesso de peso a ser colocado
na parede.
O Drywall também aceita facilmente a instalação de vasos sanitários, pias e bidês e
pode ser colocado inclusive em ambientes “molhados” onde haverá a existência de
banheiros ou cozinhas, facilitando a introdução de encanamento e aceitando a instalação
de louças e azulejos no acabamento. Nas versões fixo, monolítico e removível, ele
permite ainda a fácil aplicação e acesso à tubulações.
Na construção civil, substitui as vedações e paredes internas convencionais (paredes,
tetos e revestimentos) de edifícios de qualquer espécie, onde inclusive há um ganho de
4% de área útil. Ele ainda diminui custos na preparação da superfície para a pintura,
uma vez que sua superfície é lisa e precisa.

Fixação do forro: os painéis específicos para o teto são parafusados na estrutura de aço,
e o forro fica suspenso por tirantes sob a laje (ou presos no telhado). Isso ajuda a
absorver os movimentos naturais da construção, o que evita trincas.
Painéis prontos: lançamento recente, já vem com revestimento (cartão melamínico ou
de PVC em vários padrões e cores), que dispensa a etapa de acabamento.
Parede sobre parede: essa técnica nivela superfícies originalmente tortas e aumenta o
conforto termoacústico do ambiente. Perfis são instalados sobre apoios fixos na
alvenaria com massa de colagem, espaçados a cada 12 cm. A espessura mínima é de 3,5
cm.
Em apenas um dia de trabalho, dois especialistas dão conta de erguer cerca de 30 m2.
Estrutura da base: primeiro, colocam-se guias metálicas no piso e no teto. Elas
sustentarão os montantes verticais de aço galvanizado (distantes até 60 cm uns dos
outros). As placas são parafusadas nesses perfis.
Cobertura das divisões: a seguir, faz-se o tratamento das juntas – região mais suscetível
a fissuras. Por isso, aplicam-se nesses pontos massa e fitas específicas, duas vezes. O
objetivo é deixar a superfície totalmente plana.
Finalização caprichada: como a massa talvez retraia com a secagem, espera-se um dia
antes de partir para o acabamento, que pode ser pintura, cerâmica, madeira,... Se a junta
estiver funda, é melhor repetir a dose. Caso contrário, basta lixar.
Os acessórios de fixação são peças desenhadas especialmente para esse método. A rede
distribuidora informa qual modelo deve ser usado em cada caso.

Qualquer objeto de até 10 kg pode-se prender diretamente na chapa de drywall. Até 18


kg, a instalação ocorre nos perfis. Acima disso, deve-se adicionar um reforço ou
distribuir a carga. Atenção para peças com mais de 30 kg: o drywall consegue suportar
bancadas de pedra com a distribuição da carga de esforços, como mostra o desenho
abaixo. Eles podem ser de madeira seca e tratada em autoclave (com 22 mm de
espessura) ou de chapa de aço galvanizado (com 0,95 mm de espessura). Sua colocação
se dá entre os montantes metálicos, cujo espaçamento é elaborado de acordo com o
projeto. OBS.: É de muita importância que os objetos a serem fixados na parede já
estejam no projeto para que sejam instaladas placas de aço no interior da estrutura para
reforçar a fixação.

Existem tipos específicos de buchas, ganchos e parafusos, segundo o peso da peça.


-10 kg: bucha de expansão, fixada na placa.
-18 kg: modelo basculante, instalado nos perfis.
-30 kg: exige esforço na parede.
Ainda que a tarefa pareça simples, os fabricantes recomendam contratar um profissional
especializado.
Reparos:
Trincas e fissuras: comece limpando a área a ser recuperada e aplique massa específica
para juntas. Em seguida, coloque a fita de papel microperfurado, pressionando com uma
espátula. Passe outra camada de massa e espere secar. Com a superfície lisa e uniforme,
já é possível lixar e pintar.
Buracos pequenos: limpe o local e preencha o furo com massa adesiva MAP utilizando
uma espátula pequena. Deixe secar. Se necessário, repita o processo até o defeito ficar
imperceptível. Depois de seca a superfície, é só lixar e pintar.
Buracos grandes: normalmente, surgem quando se retira uma parte da placa para
acessar as tubulações. Por dentro da área exposta, parafuse pedaços de perfis metálicos.
O trecho novo deve ser fixado neles. Aplique massa para tratamento de juntas na
superfície, além de fita de papel com a espátula e mais massa. Lixe e pinte.
Banheiro, cozinhas e lavanderias podem sim receber o material, desde que adotados
todos os painéis verdes, principalmente nas paredes da tubulação e do chuveiro. O boxe,
o piso e a faixa de 15 cm junto ao chão demandam impermeabilização com manta
asfaltica ou polimérica. Isso serve para qualquer método construtivo. Caso ocorram
vazamentos, a troca dos canos antigos é uma tarefa rápida e com pouca sujeira, ao
contrário do que ocorre em paredes de alvenaria. Na área afetada, abre-se um recorte na
chapa com um serrote. Depois do conserto, coloca-se uma nova placa e se tratam juntas.
Por fim, secagem e acabamento.
Em relação a proteção extra, apesar de mais resistentes à água, as placas verdes devem
ser cobertas de revestimentos (cerâmica, pastilha, porcelanato), instalados com
argamassa colante flexível e rejunte (a ser refeito sempre que apresentar
irregularidades). Não é preciso instalar chapa verde no forro, já que a Standart (branca)
se mostra suficiente. Em locais sujeitos ao vapor (boxe de banheiros), ela pede tinta
antimofo.

VANTAGENS E APLICAÇÕES

O peso reduzido, o elevado desempenho acústico e o isolamento térmico por si só já


garantem uma elevada vantagem do sistema Drywall sobre os sistemas tradicionais,
como as paredes de alvenaria. Porém suas vantagens não param por aí: O Drywall
também é conhecido mundialmente pela rapidez e limpeza na montagem. Para se ter
uma ideia, uma parede, um forro ou um revestimento de Drywall além de ser executado
com muita rapidez, gera pouquíssimo entulho, evitando assim o desperdício. A
montagem de uma parede divisória para a criação de um novo ambiente em uma casa ou
apartamento demora apenas de 24 a 48 horas já se levando em consideração a instalação
de portas, tomadas e interruptores, pronta apenas para receber a pintura final.
Em razão da rapidez e da limpeza na montagem dos sistemas de Drywall, reformar um
imóvel fica muito mais simples, além de permitir soluções criativas muito mais
facilmente como uso de curvas, recortes para iluminação embutida e sancas.
A mesma vantagem de rapidez e limpeza está presente na hora de se consertar
vazamentos de água ou fiações e sistemas internos de refrigeração por exemplo. Em
todos os casos, basta fazer um corte na estrutura com um serrote de ponta, suficiente
para permitir o conserto e depois fechar a parede com o mesmo pedaço de chapa.
Os sistemas Drywall proporcionam ainda uma qualidade de finalização superficial
única, possuindo a facilidade de aceitar qualquer tipo de acabamento: pintura, textura,
azulejos, pastilhas, mármore, granito, papel de parede e lambris de madeira.
Como também são precisos em suas medidas, há um ganho de área útil de até 5% nos
ambientes, pois as paredes Drywall são mais estreitas do que as de blocos ou tijolos, e
podem ser calculadas durante os projetos com mais facilidade.
O Drywall também costuma levar vantagens até mesmo no controle de insetos e fungos.
Embora insetos possam alojar-se e constituir colônias no interior de quaisquer sistemas
construtivos, o Drywall impõe algumas barreiras a estas situações.
Por se tratar de um sistema baseado em componentes industrializados, sua construção,
além de seca, é normalmente muito limpa. Além disso, os próprios elementos que o
compõem não são atrativos a insetos: as superfícies das chapas para Drywall, não são
atrativas para os cupins; as estruturas, por sua vez, são compostas por perfis de aço
galvanizado; e, para completar, o isolamento térmico e acústico dos sistemas, quando
necessário, é executado com lã de vidro, outro material inerte que não serve como
alimento a insetos ou fungos Sendo assim, o “ambiente” interno dos sistemas Drywall é
hostil ao desenvolvimento de qualquer forma de vida.

DRYWALL X ALVENARIA

Em detrimento aos métodos de construção tradicionais, o Drywall apresenta inúmeras


vantagens. A primeira é em relação ao planejamento geral da obra.
Neste quesito, ele sai na frente em contrapartida dos tradicionais projetos em alvenaria,
já que diferente deste último é possível saber com precisão o quanto se vai investir
calculando a quantidade de placas a serem utilizadas, evitando assim surpresas ou
gastos extras com materiais. A execução é rápida e limpa, com pouco desperdício de
material, e dificilmente tendo custos não programados.
No que diz respeito às instalações elétricas, toda a fiação do projeto pode ser embutida
no forro e a mudança ou inserção de novas tomadas, passagem de cabos, consertos ou
derivações de tubulações se tornam bem mais fáceis não exigindo a quebra das paredes
e sendo rapidamente executáveis, sem sujeira e transtornos no ambiente, mesmo que
este já esteja construído.
O Drywall também é um sistema altamente resistente. Uma parede de Drywall é muito
leve, porém é tão firme, rígida e estável quanto uma parede de alvenaria comum. Esta
mesma leveza lhe proporciona versatilidade na hora de mudanças de layout de
ambientes e projetos, maior facilidade na criação de detalhes, como nichos, detalhes
decorativos e de iluminação, além da facilidade de limpeza, enquanto que sua
resistência e estabilidade se devem à rigidez de sua estrutura, montada com perfis de
aço galvanizado que permitem que a estrutura das placas não se contraia ou dilate com o
tempo e que armários, estantes, suporte de TV e demais, possam ser fixados com
segurança.

Isolamento acústico:
O Drywall possui ainda uma vantagem adicional em relação a alvenaria no que se refere
ao isolamento acústico e térmico, tendo o mesmo desempenho de uma parede maciça de
alvenaria, apesar de ser de um material bem mais leve. O elevado desempenho acústico
é conhecido desde suas primeiras versões, e pode ser ainda melhorado, dependendo da
quantidade de chapas e do preenchimento utilizado, levando-se em conta as
necessidades do ambiente.
O preenchimento feito com a lã de vidro, por exemplo, garante excelente isolamento
acústico, e isto faz com que o Drywall seja a opção mais procurada por casas de shows,
cinemas, salas de música e casas noturnas.
Drywall x alvenaria: qual abafa melhor o som?
Compare as diferentes configurações e a eficiência de cada método:
Resistência ao fogo e isolamento térmico:
Os sistemas Drywall, utilizados em paredes, forros e revestimentos internos apresentam
além do elevado desempenho acústico, uma resistência ao fogo superior ao da alvenaria
convencional. Paredes de Drywall simples resistem 30 minutos de fogo, e se forem
montadas com chapas tratadas, essa resistência chega a 45 minutos. Utilizando-se
número maior de chapas no forro ou de cada lado da parede, esses números podem se
elevar ainda mais, atendendo, por exemplo, às mais rigorosas exigências dos Corpos de
Bombeiros.
“A grande vantagem dos sistemas Drywall”, acentua Mario Castro, presidente da
Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas para Drywall, “é que as paredes, os
forros e os revestimentos podem ser parametrizados de acordo com as necessidades de
cada ambiente, obtendo-se variações sensíveis de comportamento com pequenas
modificações em sua configuração”. Isover
Uma solução simples, por exemplo, para reduzir o desconforto térmico frequente nos
ambientes residenciais e corporativos com paredes externas sob ataque constante do sol
é revestir a superfície interna dessas paredes com chapas de Drywall. O revestimento
pode ser colado diretamente na parede ou feito sobre uma estrutura de perfis fixada.
Pode-se também obter um melhor isolamento térmico adicionando lã de vidro ou de
rocha entre a parede e o revestimento, que ainda melhora o isolamento acústico do
ambiente e proporciona um acabamento de qualidade.
Pode-se ainda aproveitar a mesma solução para o isolamento térmico contra o frio,
sendo por isso indicado também para aplicação em casas de madeira.
Nestes casos, o revestimento deve ser fixado sempre sobre uma estrutura de perfis de
aço galvanizado e não colado diretamente sobre a madeira, pois a mesma apresenta um
coeficiente diferente de dilatação térmica em relação ao Drywall.
ACABAMENTO

A textura naturalmente lisa do Drywall proporciona facilidade na aplicação de


quaisquer acabamentos, devendo-se observar apenas algumas regras simples.
É necessário, por exemplo, que a região das juntas e dos parafusos seja lixada para
eliminação de rebarbas, saliências e ondulações.
Já a pintura, deve ser precedida da aplicação de um fundo preparador, pois a superfície
do Drywall após tratamento das juntas e dos pontos de aplicação dos parafusos terá
nestas áreas menor absorção da tinta, enquanto que o restante da superfície apresentará
maior absorção.
Cerâmica - A superfície a ser revestida com esse material deve estar completamente
limpa e livre de poeira. Recomenda-se a utilização de argamassa do tipo flexível.
No caso da aplicação de laminados plásticos, os montantes devem ser fixados, no
mínimo, a cada 400 mm e as chapas devem ser parafusadas preferencialmente na
posição horizontal, para evitar abaulamento e saliências.

CUIDADOS

Apesar da alta resistência a umidade, é recomendada que seja feita a impermeabilização


do rodapé das áreas sujeitas a umidade (banheiros, cozinhas e áreas de serviço),
evitando que o eventual contato com água empoçada danifique as chapas de gesso.
Normalmente, nas áreas mencionadas, os sistemas Drywall são instalados com chapas já
reforçadas contra umidade, contendo em sua fórmula hidrofugantes. Porém, essas
chapas, embora resistentes, não são impermeáveis e devem ser tratadas.
Em áreas onde pode ocorrer a lavagem do piso, por exemplo, as paredes precisam
receber um tratamento específico que impeça a passagem da água sob a parede.
O Drywall possui baixa possibilidade de sofrer ataques por mofo, porém em ambiente
muito úmido isso pode ocorrer. Nesses casos, recomenda-se a utilização de chapas
previamente tratadas e com aditivos contra umidade.
Também não é recomendado usar jatos de água na limpeza de paredes de Drywall tal
qual utilizado em paredes de alvenaria. Os jatos podem causar danos, assim como
também não é recomendada a utilização de equipamentos de limpeza à base de jatos de
vapor.
Os procedimentos para reparar vazamentos, problemas de encanamento e outros no
Drywall em contrapartida, costumam ser bastante simples, bastando-se apenas o reparo
do trecho danificado. Em média, leva-se cerca de dois dias entre conserto e reposição do
acabamento.
Deve-se cortar o trecho da chapa afetado pela água e substituir o pedaço por outra chapa
nova com as mesmas dimensões. Não se deve cortar a estrutura metálica.
No caso de problemas no encanamento, abre-se o revestimento da mesma forma, e após
o conserto do encanamento a abertura é fechada com o mesmo pedaço de chapa cortado
ou com um retalho de chapa novo nas mesmas dimensões.
Após parafusadas, preenche-se então o recorte e as juntas com massa específica para o
tratamento e aguarda-se a secagem para lixamento e pintura ou o recebimento de nova
massa para fixação de azulejos ou cerâmica.

DRYWALL E A SUSTENTABILIDADE

Justamente por ser um material de base papel e gesso, o Drywall permite uma série de
facilidades em se tratando de reciclagem e reutilização sustentável.
O sistema se enquadra em uma categoria que proporciona conforto ambiental e
economia com eficiência energética, já que garante a temperatura interna dos ambientes
e ainda pode colaborar com a redução do uso de sistemas de calefação ou refrigeração,
reduzindo significativamente o consumo de recursos energéticos do planeta,
contribuindo para a melhora dos gastos em relação a energia elétrica.
Além disto, é uma tecnologia que permite alterações na construção sem danos
agressivos ao ambiente.
Devido também a sua facilidade de instalação, melhora o reaproveitamento de espaços
em construções já existentes e que podem estar em áreas de degradação, sendo um
importante elemento de revitalização de espaços urbanos e geração de novas habitações.
Os resíduos do Drywall ainda são 100% recicláveis, o que facilita a sua reutilização de
diversas formas, inclusive reaproveitando o gesso para a obtenção de novos Drywall,
evitando assim que o mesmo possa continuar a ser extraído e tenha que fazer longas
viagens, diminuindo assim os custos de logística e deslocamento para fabricantes e
utilizadores.
O gesso reciclado pode ainda ser matéria prima para o cimento Portland, que por sua
vez também é utilizado em diversos materiais para construção, como por exemplo, o
estuque. E mais recentemente, foi descoberto que o Drywall esmagado é muito útil
como condicionador de solos, já que fornece cálcio e enxofre, possuindo também um
alto teor de sal, que torna o solo mais apto para o crescimento e desenvolvimento de
culturas como batata, milho e amendoim.
Por fim, como dito anteriormente, o Drywall devido a sua tecnologia “seca”, evita ainda
a proliferação de insetos em ambientes, uma vez que sua composição rica em aditivos e
os materiais utilizados no forro, não permitem um ambiente propício para a
multiplicação destes.
O Drywall então é um material extremamente versátil, barato e sustentável, que superou
sua reputação inicial de substituto barato para o gesso, para se tornar uma ótima solução
para construções.

MERCADO BRASILEIRO

O Drywall chegou ao Brasil nos anos 90, mas a princípio foi pouco divulgado e
difundido por diversos interesses e lobbies, além de enfrentar a mesma questão cultural
enfrentada inicialmente em seu país de origem no que referia a mão de obra barata e
aparente fragilidade do produto.
Somente depois da abertura de mercado para a entrada de novas tecnologias é que o
Drywall finalmente ganhou a oportunidade de adentrar inicialmente o mercado da
construção civil.
Nos últimos anos, este sistema veio ganhando cada vez mais espaço em função da
instalação em nosso país de três grandes fabricantes mundiais do sistema
Em detrimento de eventuais receios culturais e interesses, o Drywall atingiu um elevado
nível de obras habitacionais construídas em todo o território nacional em canteiros de
obras das maiores construtoras do mercado.
O Drywall também tem adquirido um conceito importante do mercado brasileiro,
alavancando a sua fatia expressiva de aproximadamente 18 milhões de metros
quadrados por ano de demanda, baseado em fontes gerais e obras realizadas, crescendo
expressivamente anualmente.
No Brasil, a associação brasileira de Drywall ajuda a difundir a utilização de Drywall e
mantém programas de apoio e divulgação.
REFERÊNCIAS

<Guia do Morador> (04/2015). Visitado em 2015.

<Drywall.org> (2009). Visitado em 2015.

<Isover> (2012). Visitado em 2015.

<Instituto de pesquisas tecnológicas> (2012). Visitado em 2015.

<Associação brasileira de Drywall> (2006). Visitado em 2015.


<http://www.casa.abril.com.br> (2014). Visitado em 2015.

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