Geologia Estrutural - Dobras
Geologia Estrutural - Dobras
Geologia Estrutural - Dobras
Interpretação Exploratória
Dobras
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Dobras são estruturas em forma de onda que resultam da deformação do
acamamento, foliação ou qualquer outra superfície originalmente planar nas
rochas.
Podem ser discretas, muito amplas e suaves, ou bem evidentes, decorrente
de forte encurtamento.
Podem ocorrer como dobras isoladas ou formar trends extensivos de
diferentes dimensões.
Dobras
Dimensões de Dobras
As dobras ocorrem em todas as escalas: micro, meso, macro e mega
Escala de cordilheira
Dobras
Escala de montanhas Canadian Rockies
Dobras
1 km
2.0s
3.0s
4.0s
5.0s
Dobras
Escala de afloramento e de lâmina
Dobras
FACING DIRECTION
Dobras
Facing Direction
Define a direção em que as camadas são mais jovens (empilhamento
estratigráfico), avaliada ao longo da superfície axial da dobra
Pode ser para cima ou para baixo ou no sentido de uma direção geográfica.
Importante na definição de anticlinais e sinclinais.
Necessário conhecer a
ordem estratigráfica
Mais novo
Mais antigo
Dobras
ANTICLINAL & SINCLINAL
Dobras
Caso não se conheça a estratigrafia através de dobras, deve-se empregar os
termos descritivos para se referir ao tipo geométrico:
Antiforme: convexidade para cima
Dobras em Kink
(conjugadas)
Dobras em Chevron
Dobras
1 km
1.5s
2.0s
2.5s
Dobras
DOBRAS EM CAIXA: são dobras conjugadas
com zonas de charneira arredondadas.
Linha de Chaneira
Dobras
As dobras podem exibir mais de uma linha de charneira.
Dobras
Orientação da Linha de Charneira
Orientação da
Mergulho
dobra
0° dobra horizontal
10-30° suave
dobra com
caimento
30-60° moderado
60-80° forte
Trend Axial: refere-se à atitude
da linha de charneira 80-89° dobra subvertical
Charneira
Charneira
flanco
Dobras
Eixo da dobra: é um elemento geométrico
definido por uma linha imaginária que, ao se
mover paralelamente a ela mesmo, pode definir
a forma da dobra. Por não se tratar de uma linha
física, ela não apresenta uma localização fixa
sobre a superfície dobrada.
Dobras
Geratriz do dobramento
crista charneira
flanco
Calha
Dobras
Superfície Envoltória: construídas para camadas individuais.
¾ Superfície envoltória de antiformal: conecta os pontos de crista
¾ Superfície envoltória de sinformal: conecta os pontos de calha
Dobras
Em geral, a linha de charneira ondula ao longo de seu strike, alterando a atitude
para uma determinada dobra. Esse fato produz estruturas tipo:
Culminações
Depressões
Selas
Domos
Bacias
Dobras com Caimento (plunging folds)
Praticamente todas as grandes dobras possuem eixos com caimento (ou
mergulhantes), com flancos não paralelos convergindo para o nariz ou zona
periclinal da dobra.
Anticlinal com caimento: o eixo aponta para fora da estrutura; as rochas
mais antigas ocorrem no seu núcleo.
Sinclinais com caimento: o eixo aponta para dentro da estrutura, onde
afloram rochas mais novas.
Par anticlinal-sinclinal com caimentos opostos
Dobras com Duplo Caimento (doubly plunging folds)
Possuem caimentos opostos a partir de um ponto central, definindo
antiformes e sinformes de caimento duplo.
Denominam-se braquianticlinal e braquissinclinal, respectivamente, um
anticlinal e um sinclinal de duplo caimento, que possui extensão algo maior
que sua largura.
Dobras
Superfície axial: que passa através das sucessivas linhas
de charneiras
Quanto à morfologia, a superfície axial pode se apresentar
como ...
A. Superfície planar
B. Superfície curviplanar sistemática
C. Superfície curviplanar não sistemática
Dobras
Para encontrar a superfície axial de uma dobra deve-se unir todas as linhas de
charneira identificadas em camadas diferentes de uma dobra.
Pode resultar uma superfície planar, curva ou curviplanar.
Dobras
Orientação da Superfície Axial
0°
Recumbente
1-10°
30-60° Moderadamente
60-80° fortemente
80-89°
Normal
90°
Atitude da dobra
Definida pela orientação do plano axial (strike/dip) e do eixo de dobra ou
linha de charneira (rumo/caimento)
Linha de Charneira
Dobras
Classificação de dobras com base na orientação
Horizontal Inclinada
Vertical
Dobras
Dobras normais
Dobras
Dobras horizontais inclinadas
Eixos de Deformação
Eixo x – direção de alongamento máximo
Eixo y – de direção intermediária e perpendicular a x
Eixo z – direção principal de achatamento, normal ao plano xy
Plano xy – plano principal de deformação
Suave 180o-120o
Aberta 120o-70o
Fechada 70o-30o
Cerrada 30o - 0o
Isoclinal 0o
Suave
Aberta
Dobras
Fechada
Dobras
Dobras
Assimetria de dobras
Avaliado mediante um plano imaginário que divide o
dobra o mais simetricamente possível – em geral, o
plano axial. Contudo a superfície axial nem sempre
coincide com a superfície bissetriz da dobra.
As dobras assimétricas são definidas olhando segundo o
caimento, ou projetado no plano horizontal. Podem ser
do tipo Z, S, W ou M.
As assimetrias podem ser usadas para determinar o
fechamento de dobras de maior ordem.
Dobras
Dobras
Flanco
Flanco
l
axia
axia
Flanco
no
no
Pla
Pla
Dobras
Grau de arredondamento da charneira
Dobras
Isógonas de Mergulho
Dobras
ESTRUTURAS MENORES ASSOCIADAS A DOBRAS
Dobras
RECONSTRUÇÃO DE DOBRAS MAIORES
Dobras
Relações Geopetais
Dobras
Dobras
Indicadores Geopetais
Dobras
Ripple simétrica
Ripple assimétrica
Dobras
normal
assimétrica
invertido
normal
simétrica
invertido
Dobras
Dobras
Dobras de Menor Ordem (Parasíticas)
Ocorrem associadas ao flancos da estruturas regionais
Dobras
A superfície envoltória permite estimar a relação entre dobras menores e de
maior ordem
Dobras
Ordem de Dobras Parasíticas
Dobra de primeira ordem: a dobra mestre (a maior)
Dobras de segunda ordem: dobras menores nos flancos das dobras de primeira
ordem
Dobras
Vergência de dobras parasíticas
Vergência da dobra é a direção horizontal,
Dobra em Z (Dextral) contida no plano do perfil da dobra, no qual o
flanco superior e mais longo da dobra
assimétrica aparenta ter-se movido causando
a rotação do flanco mais curto. A vergência
deve ser definida com relação à malha de
referência geográfica (norte, sul, leste, oeste).
Dobras
Dobra em S (Sinistral)
Dobras
Dobras parasíticas associadas a dobras simétricas de maior ordem
n
Dobramento Ativo
Î Dobramento Livre
o
Por Flexão (Bending)
Î Dobramento Forçado
p
Dobramento Passivo
Encurtamento paralelo à
camada, antes da flambagem
O deslizamento flexural e a
flambagem transformam dobras
simétricas em dobras assimétricas
Dobras
Desenvolvimento de juntas durante o dobramento
É possível o desenvolvimento de 3 classes de juntas:
Juntas transversais (modo I): perpendicular ao eixo da dobra
Juntas longitudinais (mode I): paralelas às superfícies axiais. Sua origem não é clara.
Talvez estejam relacionadas à liberação de tensões ao cessar o dobramento
Apenas Sinistral
Apenas Dextral
Dobras
Crescimento dos Kinks
Representação de Planos
Flanco NE = 60/40
Flanco NW = 290/50
Dobras
Dobras
Os diagramas β e π são equivalentes – representam a mesma propriedade geométrica
n(n − 1)
i=
2
Dobras
Dobras
Determinação do grau cilindricidade da dobra
Função do ajuste dos pólos por um grande círculo
Os pólos de acamamento serão coplanares quando a
geometria do dobramento for cilíndrica.
Dobras
Determinação do eixo de dobras cilíndricas
Interseção de grandes círculos de acamamento
O eixo da dobra (linha de charneira) é o pólo do
grande círculo que contém os pólos de acamamento
Dobras
Dobras cilíndrica
Dobra quase-cilíndricas
Dobra não-cilíndrica
Dobras (P3)
EXERCÍCIO 2: Construa os diagramas Pi e Beta para os dados de acamamento
coletados através de uma dobra. Construa o diagrama de intersecções. Determine o
eixo da dobra e o grau de cilindricidade.
123/70
111/60
94/50
59/40
41/40
03/50
348/60
337/70
328/80
320/90
Dobras
Dobras
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO: Ajuste manual do grande círculo – eliminação de dado
123/70
111/60
94/50
59/40
41/40
03/50
348/60
337/70
328/80
320/45
Dobras
Dobras
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO: Avalie os dados estruturais de
acamamento para cada setor ao longo do
Espinhaço Setentrional.
Dobras
Determinação do eixo de dobras cônicas
Dobras cônicas com eixos horizontais: lugar
geométrico definido pelo eixo de um círculo
mínimo (paralelo) da rede de Schmidt
Dobras cônicas com eixos inclinados: lugar
geométrico que se situa a uma certa distância
angular dos pólos medidos, determinado com o Abertura de uma dobra cônica = 2α
auxílio das redes basculadas.
Dobras cônicas com eixos horizontais Dobras cônicas com eixos inclinados
Dobras (P4)
63/68
58/61
69/55
40/51
30/50
20/51
11/54
00/60
264/70
260/80
Dobras
Dobras (P5)
93/47
91/40
90/36
93/27
102/22
124/20
138/21
148/27
150/35
150/45
Dobras
Dobras
Dobra Cônica
Dobra Cilíndrica
Dobras
α + α’ = 180°
α + α’ = 180°
Testar linha bissetriz para avaliar qual o ângulo correto: agudo ou obtuso
Dobras
Flanco SW Flanco NE
Máximo de pólos = 34/47 Máximo de pólos = 222/50
Plano médio = 214/43 Plano médio = 42/40
Testar linha bissetriz para avaliar qual o ângulo correto: agudo ou obtuso
Dobras
Flanco SW Flanco NE
Máximo de pólos = 34/47 Máximo de pólos = 222/50
Plano médio = 214/43 Plano médio = 42/40
Dobras
Determinação do plano axial
44/50
32/48
49/52
62/50
66/49
54/50
69/50
38/50
29/50
58/48
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO: Para se encontrar o eixo e o plano axial de uma dobra de grandes
dimensões, numa região quase plana, foram feitas as medidas a seguir indicadas. Por
meio de um diagrama do tipo Pi, determine as coordenadas dos elementos solicitados.
88/54
80/48
356/44
30/40 224/56
64/44 56/41
90/54
70/44
15/42 90/54
52/40
60/42
84/50
06/45
20/42
42/40
88/52
356/44
Dobras
Pontos extremos da mancha de pólos: 90/54 e 356/44
Dobras
Linha bissetriz sobre guirlanda: 224/56
Eixo Beta: 56/41
Dobras
EXERCÍCIO 49: O mapa estrutural abaixo corresponde a um anticlinal invertido.
Procure determinar a orientação do eixo da dobra e do plano axial.
(II) Em caso negativo, verificar se os pólos se ajustam em algum círculo mínimo. Se positivo
trata-se de dobra cônica com eixo horizontal.
(III) Em caso negativo, verificar se os pólos se ajustam em algum círculo mínimo de alguma rede
basculada. Se positivo trata-se de dobra cônica com eixo inclinado.
Dobras Neutras
e) Dobras reclinadas
f) Dobras recumbentes
g) Dobras verticais
Dobras
Determinação da vergência
Definido por uma reta ortogonal ao eixo da dobra, situando-se tal como ele, no plano
axial. O sentido de movimento ocorre na direção oposta ao mergulho do plano.
Vergência
Dobras
EXERCÍCIO 51: A partir dos dados de plano axial (220/50) e eixo (264/40) de uma
dobra, calcular as coordenadas de sua vergência.
Como por definição, o sentido da vergência é contrário ao mergulho do plano, para o obter seu valor
deve-se somar 180° à direção determinada (152), resultando vergência para 332 (ou NW)
Dobras
Dobras
Determinação da simetria de uma dobra
O grau de simetria de uma dobra depende do número de planos de simetria,
contidos em um sistema triortogonal de eixos de referência, que por esta possam
passar.
A simetria é máxima (ortorrômbica) quando ela contém dois planos (AC e AB)
Dobra simétrica
Dobra assimétrica
Dobras
EXERCÍCIO XX: Determinar o sistema de eixos de referência contidos numa dobra
cilíndrica ortorrômbica cujos mergulhos reais dos flancos são as retas de atitudes 16/37
(X) e 119/46 (Y).
1° determinar o plano que contém as linhas das atitudes
Dobras
2°) Marcar o pólo do plano encontrado: 255/35
Dobras
3°) Determinar o plano bissetriz entre XY: 333/84. Se a dobra é cilíndrica e simétrica, o
plano bissetor do ângulo agudo XY é, igualmente, um plano de simetria.
Dobras
4°) Determinar a intersecção entre os dois planos anteriores: 55/53, cujo ponto
corresponde ao valor médio da distância angular entre XY
Dobras
5°) Encontrar o grande círculo que contém o pólo e o ponto médio.
Dobras
6°) A bissetriz do ângulo obtuso de XY fornecerá um terceiro eixo de simetria, que
coincide com P2.
Dobras
4° Unindo P2 com P1 define-se o terceiro plano de simetria e seu pólo coincide com Z.
Dobras
Expressão da morfologia de dobras em diagramas
Estilos de dobras com eixo vertical
Î Dobras anisópacas
Î Dobras em chevron
Î Dobras desarmônicas
Dobras
Dobras
Dobras
Análise de dobras parasíticas
Dobras
Vergência de dobras parasíticas
Dobras
EXERCÍCIO 27: Interprete o afloramento na foto de um corte, localizando
superfícies axiais, caracterizando o tipo de dobra e a vergência (P11)
Dobras
EXERCÍCIO 28A: Interprete o afloramento na foto de um corte,
localizando superfícies axiais, caracterizando o tipo de dobra e a vergência (P11)
Dobras
EXERCÍCIO 28B: Interprete o afloramento na foto de um corte,
localizando superfícies axiais, caracterizando o tipo de dobra e a vergência (P12)
Dobras
As dobras parasíticas formam um padrão estrutural
em “montanha”, não um padrão em “pinheiro”.
Sim!
Não!
Dobras
EXERCÍCIO 29: Interprete o estilo estrutural a esquerda e a direita do afloramento
(P12)
Dobras
Dobras
Dobras
Representação de dobras parasíticas em mapa
Exemplos de símbolos que representam dobras parasíticas com orientações
diversas. O norte situa-se no topo da figura.
a) Caimento de eixo 00/20; sentido de rotação horário;
b) Caimento de eixo 135/45; sentido de rotação antihorário;
c) Caimento de eixo 270/05; sentido de rotação antihorário;
d) Eixo de caimento de dobra Z 360/15
Dobras
EXERCÍCIO 30: A figura abaixo exibe um visão oblíqua de uma pequena área de mapa,
mostrando vários afloramento, alguns dos quais com dobras parasíticas, outros com
indicadores geopetais. Cada um desse afloramento é representado no mapa estrutural por
meio de símbolos de atitude de acamamento e de eixo de mesodobra assimétrica. As
camadas em preto representam calcários intercaldos a folhelhos. Tais camadas não
representam necessariamente o mesmo horizonte estratigráfico.
(P14)
Dobras
(a) Complete o mapa representando de forma adequada os símbolos de dobras parasíticas
(sentido de rotação).
(b) Desenhe o traço axial da dobra maior no mapa;
(c) Desenhe uma seção estrutural esquemática, mostrando dobras parasíticas
Dobras
EXERCÍCIO 31: Interprete o mapa estrutural abaixo, assinalando os traços axiais de
dobras maiores e construa uma seção estrutural esquemátca.
(P15)
Dobras
Dobras
Reconstrução de Dobras Concêntricas pelo Método Busk
Dobras
Dobras (P6)
EXERCÍCIO 200: Reconstruir dobras pelo método Busk
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO 201: Reconstruir dobras pelo método Busk
(P7)
Dobras
Dobras
Dobras
Ajuste do diagrama à realidade
Deve-se redesenhar a geometria das dobras de forma que a seção geológica
final compatibilize os mergulhos e a estratigrafia real.
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO 202: Reconstruir a camada Q pelo método Busk, considerando o
dado de poço.
(P8)
g f e d c
c
Superfície Ponto de campo
Camada P
Camada Q
a
Camada R
Dobras
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO 203: Reconstrução de dobras pelo método Kink
Dobras
Dobras
EXERCÍCIO 204: Reconstrução de dobras pelo método Kink
Dobras
EXERCÍCIO 206: Reconstrução de dobras pelo método Kink
Plano Kink 2: linha situada no ponto
Plano Kink médio
Plano entre
Kink
1: linha queos3: pontos
linhaosituada
bisecta ângulono ponto
entre os médio entre os pontos 3 e
2 e 3, que bisecta os mergulhos correspondentes
mergulhos 4, com
nos inclinação
pontos 1 e 2. (em relação a uma linha vertical) dada
pela média dos mergulhos adjacentes
Dobras
Ajuste do diagrama à realidade
Deve-se redesenhar a geometria das dobras de forma que a seção geológica
final compatibilize os mergulhos e a estratigrafia real.
Dobras
EXERCÍCIO 207: Reconstrução de dobras pelo método Kink
Dobras
EXERCÍCIO 208: Reconstrução de dobras pelo método Kink
T T'
=
senγ senγ '
Dobras
Dobras
Reconstrução de Dobras Similares
EXERCÍCIO 209: Reconstrução de dobras pelo método de cisalhamento angular (P9)
Dobras
Ajuste do diagrama à realidade
Parâmetros
(a) Orientação do plano axial
(b) Orientação da linha de charneira
(c) Pitch da linha de charneira no PA