Ocupacao Da Regiao de Pernambuco Da Pre Colonizacao A Organizacao Da Colonia Portuguesa

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PMPE

POLICIA MILITAR DE PERNAMBUCO

HISTÓRIA
OCUPAÇÃO DA REGIÃO DE PERNAMBUCO: DA PRÉ-COLONIZAÇÃO
À ORGANIZAÇÃO DA COLÔNIA PORTUGUESA
DANIEL VASCONCELLOS

Pós-graduado em Docência do Ensino Supe-

rior pela Faculdade Darwin (2013) e graduado

em História pelo Centro Universitário de Patos

de Minas – UNIPAM (2003). Possui mais de 15

anos de experiência em docência nas áreas de

História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Meto-

dologia Científica, no Ensino Médio, Superior e

em preparatórios para Vestibulares e Concursos.

Atua como professor concursado da Secretária de

Estado da Educação do Distrito Federal.

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
HISTÓRIA

Ocupação da Região de Pernambuco: da Pré-Colonização


à Organização da Colônia Portuguesa

Prof. Daniel Vasconcellos

SUMÁRIO
Apresentação..............................................................................................4
Ocupação da Região de Pernambuco: da Pré-Colonização à Organização da
Colônia Portuguesa.................................................................................... 10
1. Ocupação Pré-Histórica de Pernambuco.................................................... 11
2. Características Socioculturais das Populações Indígenas que habitavam o
Território do Atual Estado de Pernambuco antes dos Primeiros Contatos Euro-
Americanos.............................................................................................. 13
3. Ocupação Pré-Colonial do Atual Estado de Pernambuco............................... 15
4. A Capitania de Pernambuco e a “Guerra dos Bárbaros”............................... 18
5. A Lavoura Açucareira e a Mão de Obra Escrava.......................................... 24
6. A Insurreição Pernambucana (1645-1654)................................................ 28
Resumo.................................................................................................... 33
Questões de Concurso................................................................................ 35
Gabarito................................................................................................... 48

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Apresentação

Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem?

A Polícia Militar do Estado de Pernambuco divulgou, no Diário Oficial do Estado,

o edital de abertura do concurso PM/PE para provimento de 500 vagas no

cargo de Soldado. Trata-se de uma excelente oportunidade para que você consiga

a tão sonhada aprovação, a estabilidade empregatícia e toda a gama de vantagens

que poderá valer-se na condição de servidor público do Estado de Pernambuco. Não

é mesmo uma boa notícia?

Nesse sentido, ao elaborar este material, o objeto primordial é que você alcance

plenas condições de GABARITAR A PROVA DE HISTÓRIA.

A organização do certame é de responsabilidade do Instituto de Apoio à Fun-

dação Universidade de Pernambuco (IAUPE), por meio da sua Comissão de

Concursos (CONUPE). Essa banca também foi responsável pelo processo seletivo

da PM/PE de 2016, o que favorece o melhor entendimento de como os conteúdos

deverão ser abordados.

Assim, nosso curso será inteiramente focado na IAUPE. Abordaremos a forma

como os conteúdos serão cobrados e alguns “macetes” para que você, querido(a)

aluno(a), consiga resolver com tranquilidade e confiança as questões de História.

Devemos ressaltar que, apesar de a banca ter sido criada lá nos idos de 1999,

seu acervo de questões de História disponíveis é pequeno. Por um lado, isso é

positivo porque poderemos analisar, em detalhes, todas as questões de História

produzidas pela IAUPE. Por outro, a falta de questões da banca do processo sele-

tivo tornaria o “treinamento” em resoluções insuficiente. Mas no Gran Cursos não

deixamos você na mão. Utilizaremos questões de outras bancas que se asseme-

lham ao “modelo” cobrado na prova, sempre com uma abordagem coerente com o

conteúdo listado no edital.

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Por falar em conteúdo, o edital valoriza, e muito, a tão rica e significativa

História de Pernambuco. Não é para menos. Registros de povoamento na região

remontam 11.000 anos. Pernambuco foi a “menina dos olhos” da Coroa Portuguesa

à época do açúcar, da escravidão. Tão importante que foi tomado pelos holandeses.

Tão importante a ponto de influenciar os destinos do país, os destinos de países

europeus. Realmente, não é para menos! Daí a necessidade de esmiuçarmos temas

tão regionais e, ao mesmo tempo, tão expressivos para a história do Brasil.

Além disso, você, meu(minha) querido(a) aluno(a), precisa ter como re-

quisito o conhecimento da história da sociedade a qual deverá proteger,

zelar. Você será Policial Militar do Estado de Pernambuco, Estado da Federação que

possui uma população com características culturais muito específicas. Como pode-

rá defender uma sociedade que você não conhece? Não é apenas uma disciplina

cobrada para “encher linguiça”, para testar sua alfabetização. É uma necessidade

lógica muito bem trabalhada na seleção pela IAUPE.

Assim, é muito importante que você tenha um grande estofo de conhecimento

sobre a história de Pernambuco, conhecimento esse que possibilitará que você te-

nha um alto índice de acertos nas questões ou, melhor ainda, que você gabarite

a prova e encaminhe com solidez a sua aprovação em um cargo público.

Para tanto, a base que norteará todo o nosso curso será o diálogo, favorecen-

do uma boa interação entre aluno(a) e professor e a resolução oportuna das

eventuais e possíveis dúvidas que porventura surgirem.

Antes, porém, peço licença para uma breve apresentação.

Chamo-me Daniel Vasconcellos, sou de Patos de Minas, interior de Minas Gerais.

Pouco antes de me formar em História, coisa de um ano antes, 2003, comecei a

trabalhar como professor no ensino médio. Tomei gosto pela coisa. Gosto do que

faço, amo a docência. Foi muito rápido, quando percebi já atuava em cursinhos

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preparatórios para concursos públicos, vestibulares e no ensino médio da rede par-


ticular no interior de Minas. Passei a ministrar também aulas de Filosofia, Sociologia
e Geografia. Não faltava trabalho.
Tive a sorte de ser “engolido” pelo sistema particular de ensino e rece-
bia um salário razoável, pelo menos para quem desejava uma vida pacata no
interior. Com isso, não criei o interesse por concurso público. Era feliz: trabalhava
com o que gostava, mas... os ventos mudaram. Em 2013, após perder minha maior
carga horária de trabalho, resolvi vir para Brasília, onde ainda resido.
Entre agosto e dezembro de 2013, tentei os concursos do Ministério do Trabalho,
da Câmara dos Deputados e da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Fiquei
muito mal quando não vi meu nome aprovado no concurso da Câmara. Eu me sentia
preparado, mas não era a minha área. A concorrência era enorme para um salário de
R$ 18.000. Três meses de preparação é muito pouco tempo. Para um concurso desse
porte eu já deveria estar me preparando. Tudo é planejamento e disciplina.
Mas o negócio é levantar a cabeça, estudar mais e focar no próximo. Em
dezembro fiz as provas para a Secretaria de Educação, em fevereiro saiu o resulta-
do e em julho já estava fazendo o que gosto de novo! Mas o melhor de tudo: fazen-
do o que gosto, ganhando bem e com estabilidade!!! A estabilidade é a cereja
do bolo do serviço público. Não existe mais aquela pressão de todos os finais de
anos letivos, em que ficávamos apreensivos sem saber ao certo se teríamos em-
prego no ano seguinte. Em apenas um ano, minha vida deu uma guinada radical e
hoje só me arrependo de não ter buscado os concursos públicos antes.
Se existe algo que eu possa passar com essa experiência é que não se pode per-
der tempo! Você precisa se dedicar, mas com planejamento, sem desespero.
Este material foi feito com muito carinho para que seu tempo seja otimizado, para
que você não perca tempo com o que não tem possibilidade de aparecer na prova.
Vamos ajudá-lo(a) a alcançar seu objetivo, e digo mais, num curto espaço de tempo.

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Você verá, meu(minha) caro(a) aluno(a), que o sacrifício vale muito! Não

vá se sentir culpado por não dedicar o tempo que seria justo à sua família e a seus

amigos. Aquele encontro fica para depois, e vai ser muito mais prazeroso porque

carregado da alegria pela conquista do seu esforço!

Então vamos!!! Bora buscar seu cargo! Conte comigo em tudo o que for preciso

para alcançar seu objetivo.

Muito bem, feitas as apresentações, vamos ao curso:

Aula 1: Ocupação da região de Pernambuco: da pré-colonização à organização

da colônia portuguesa:

Ocupação pré-colonial do atual estado de Pernambuco;

Ocupação pré-histórica de Pernambuco;

Características socioculturais das populações indígenas que habitavam o territó-

rio do atual estado de Pernambuco antes dos primeiros contatos euro-americanos;

A Capitania de Pernambuco: a “Guerra dos Bárbaros”;

A lavoura açucareira e mão de obra escrava;

A Insurreição Pernambucana (1645-1654).

Aula 2: movimentos Sociais e Políticos:

A Guerra dos Mascates;

As instituições eclesiásticas e a sociedade colonial;

A Província de Pernambuco no I e II Reinado: Insurreição Pernambucana de

1817, Pernambuco no contexto da Independência do Brasil;

Movimentos Liberais: Confederação do Equador e Revolução Praieira.

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Aula 3: escravidão e cultura africana em Pernambuco;

O tráfico transatlântico de escravos para terras pernambucanas;

Cotidiano e formas de resistência escrava em Pernambuco;

Crise da Lavoura canavieira;

A participação dos políticos pernambucanos no processo de emancipação/abo-

lição da escravatura.

Aula 4: Pernambuco Republicano;

Voto de Cabresto e Política dos governadores;

Pernambuco sob a interventoria de Agamenon Magalhães;

Movimentos sociais e repressão durante a Ditadura Civil-Militar (1964-1985) em

Pernambuco;

Herança afrodescendente em Pernambuco; processo político em Pernambuco

(2001-2015).

Metodologia

A ideia do curso é que você não precise utilizar nenhum outro material

além deste para se preparar para as questões de História. Cada detalhe do curso

foi meticulosamente preparado para sanar todas as dúvidas que puderem surgir.

Na parte teórica, você encontrará uma narrativa leve e objetiva, com intuito de

que consiga enxergar, compreender a história de Pernambuco como um processo.

Variados exemplos, esquemas e mapas mentais serão utilizados para que

consiga criar links cognitivos. Você, em curto espaço de tempo, conseguirá ler

uma alternativa e perceber o seu erro por um detalhe, saberá identificar a única

alternativa lógica para o universo da história de Pernambuco.

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Ao final de cada aula, os principais pontos dos temas estudados serão reunidos

em um RESUMO. É ele o responsável para que você não tenha que voltar a ler as

aulas incontáveis vezes. Esse resumo terá a função de fazer você recordar o que

foi estudado como uma cadeia códigos que se conecta com sua memória,

fazendo com que se lembre, inclusive, de como o assunto poderá ser cobrado.

Além disso, todas as questões de História elaboradas pela IAUPE serão

comentadas para que você entenda o “jeito” da banca. Uma lista de exercícios

com questões sobre o tema também o(a) ajudará na fixação do conteúdo.

Detalharemos cada fato relevante à compreensão do processo, mas isso só terá

sentido na medida em que ajudá-lo(a) a resolver as questões, a fazer bem a prova.

Não vamos perder tempo com detalhes menores, já que o objetivo não é que você

escreva um artigo científico sobre “A Influência da Revolução Científica Moderna

sobre o Governo de Maurício de Nassau em Pernambuco”.

Não se preocupe, ao final do curso, você estará muito bem preparado para rea-

lizar uma excelente prova.

Suporte

A dúvida é o princípio do conhecimento. Questionar, indagar... é assim que a

humanidade chegou ao atual estágio de desenvolvimento. Por isso, questione. Não

tenha receio em perguntar.

Caso a dúvida não seja sanada de maneira firme, objetiva, o processo de apren-

dizagem pode ser comprometido. Por isso, não hesite em questionar. Estarei à dis-

posição para sanar quaisquer dúvidas que tiver.

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OCUPAÇÃO DA REGIÃO DE PERNAMBUCO: DA PRÉ-COLONIZAÇÃO


À ORGANIZAÇÃO DA COLÔNIA PORTUGUESA

A história de Pernambuco é marcada por inúmeros conflitos, por lutas sangren-

tas. Além de ser um dos berços da origem do homem no território brasileiro, em

muitos momentos, Pernambuco foi responsável pela consolidação do espaço ge-

ográfico de nosso País. Portanto, não há como estudar a história de Pernambuco

sem que façamos, sempre que viável, uma contextualização. Em outras palavras: a

história mundial, desde 1500, com a chegada dos portugueses, influencia

e é influenciada pela história de Pernambuco.

Assim, preparamos uma pequena linha do tempo da História do Brasil, separan-

do didaticamente os períodos (Pré-História, Colônia, Império, República) e listando

os conteúdos de História do Brasil que devem ser abordados por serem relaciona-

dos à história de Pernambuco.

Observe:

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Esse esquema-resumo será, sempre, revisitado. Ao final do curso, você consegui-

rá recordar de todo o conteúdo apenas consultando-o. Isso mesmo: com apenas esse

pequeno organograma você conseguirá se lembrar de tudo o que precisar.

1. Ocupação Pré-Histórica de Pernambuco

Pré-História é um conceito que define, didaticamente, o período da humani-

dade em que o homem não sabia ler ou escrever. O surgimento da escrita marca o

início da História da Humanidade. No caso do Brasil, os portugueses trouxeram a

escrita e, por isso, sua chegada marca o fim da Pré-História do Brasil e o início

do que chamamos Brasil Colônia (período em que o Brasil era controlado política

e economicamente por Portugal.)

Vestígios seguros mostram que a ocupação de Pernambuco ocorreu há cerca de

11.000 anos, na região de Chã do Caboclo, em Bom Jardim, e Furna do Estra-

go, em Brejo da Madre de Deus.

Inclusive, em Furna do Estrago, foi descoberta uma importante necrópole

pré-histórica, com 125 metros quadrados de área coberta, onde resgataram 83

esqueletos humanos em bom estado de conservação.

ITAPARICA: esse grupo indígena moldou uma tradição cultural responsável por

produzir artefatos de pedra lascada há mais 6.000 anos.

CARIRIS VELHOS: subtradição responsável pela produção de pinturas rupestres

datadas de aproximadamente de 2.000 anos. O sítio de Alcobaça, localizado na

zona rural do município de Buíque, desperta interesse da comunidade científica in-

ternacional pela quantidade de pinturas rupestres.

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CAETÉS, TABAJARAS: grupos indígenas já desaparecidos..

PANKARARU (em Tacaratu) e os ATIKUM (em Floresta): Nos brejos de altitu-

de do estado de Pernambuco ainda encontramos os PANKARARU, em Tacaratu, e os

ATIKUM, em Floresta.

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2. Características Socioculturais das Populações Indígenas que


habitavam o Território do Atual Estado de Pernambuco antes
dos Primeiros Contatos Euro-Americanos

A seguir, de maneira objetiva, uma lista das características socioculturais

desses povos:

• seminômades: migravam de acordo com a necessidade de recursos, mas

também praticavam o cultivo rudimentar da mandioca;

• ágrafos: não dominavam nenhum tipo de escrita. É importante destacar

que pintura rupestre é uma forma de comunicação artística, rústica, mas não

pode ser classificada como algum tipo de escrita;

• sociedades tribais;

• a propriedade era coletiva. Não existia propriedade privada;

• faziam queimadas controladas para abrir clareiras e descampados (coivara).

Existem várias grutas no vale do Catimbau que guardam registros de sepulta-

mento e pinturas rupestres. Usavam jenipapo e urucum misturados com pigmen-

tações metálicas para produzir suas pinturas. Registravam desenhos de animas,

figuras humanas e desenhos geométricos.

Em sua maioria, os grupos indígenas que habitavam a zona litoral per-

nambucana falavam a língua Tupi. Seus laços sociais eram embasados no pa-

rentesco, em aldeias de milhares de pessoas que as tarefas de acordo com o gê-

nero e a idade.

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1. (IAUPE/PM-PE/2016)

“...não se pode ignorar o NE na hora de se discutir a antiguidade do homem na

América e as vias de dispersão por ele percorridas, não importando se foi há 20, 30

ou 40 mil anos... É conhecida de todos a longa sequência estratigráfica lograda no

Sítio do Boqueirão da Pedra Furada, que pode significar a permanência do homem

pré-histórico nesse sítio, a partir de 48 mil anos. Mas a Pedra furada não é um caso

único.” (MARTIM, G. Pré-História do Nordeste: pesquisas e pesquisadores. Clio Ar-

queológica, Recife: UFPE, n. 12, p. 7-15. ano 1997. p. 11. Adaptado).

Em Pernambuco, por exemplo, localizado no município de Buíque, o sítio de “Alco-

baça” possui um dos maiores e mais representativos painéis de figura rupestre do

estado, que, por seu tamanho e complexidade, é de grande relevância para o en-

tendimento da pré-história local e nacional. Em relação ao estudo do período pré-

-colonial sobre o atual estado de Pernambuco, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O sítio “Furna do Estrago”, localizado no município do Brejo da Madre de Deus,

é de grande importância para o entendimento dos grupos que habitaram o atual

agreste nordestino, uma vez que permite se entender um pouco mais sobre os ri-

tuais funerários da época.

b) O material arqueológico, encontrado nos sítios que remontam ao período pré-

-colonial do estado, é fundamental para se entender o povoamento da região, bem

como parte das características socioculturais daqueles que os utilizaram.

c) As figuras rupestres, encontradas em vários sítios de Pernambuco, são de gran-

de relevância para a compreensão das populações que habitaram as terras perten-

centes hoje a esse estado.

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d) Embora a região da Zona da Mata também possua vestígios da presença dos

Homo Sapiens Sapiens, o Agreste e o Sertão pernambucano, durante o longo perí-

odo pré-colonial, são os locais onde pode ser encontrado o maior número de sítios

arqueológicos do Estado.

e) Embora “Alcobaça” possua grande representatividade entre os arqueólogos, o

estado de Pernambuco, como um todo, tem pouca importância para o entendimen-

to do período pré-colonial. Isso se deve, dentre outras coisas, ao pequeno número

de sítios encontrados em seu território.

Letra e.

Ainda que você nunca tivesse ouvido falar sobre Alcobaça, pintura rupestre, Sítio

“Furna do Estrago”, a alternativa errada apresenta um discurso de desprezo para

com a rica história de Pernambuco. Toda alternativa que apresentar a você

esse desmerecimento para com a importância do tema abordado deverá

ser considerada errada! Além disso, o argumento que se segue é falso. Existe

um grande número de sítios arqueológicos, além dos mencionados, em Pernambu-

co: Sítio do Peri-Peri, do Tubarão, Parque Nacional da Serra do Catimbau etc.

3. Ocupação Pré-Colonial do Atual Estado de Pernambuco

Querido(a) aluno(a), os portugueses chegaram ao Brasil em 1500 e, no entanto,


não ocuparam o território de imediato. Daí a nomenclatura Pré-colonial para nos
referirmos aos trinta anos que se seguem. Portanto, entre 1500 e 1530, a ocupação
territorial se limitou a FEITORIAS: uma mistura de forte para defesa do território
e armazém. Mas por que isso? A resposta fica mais interessante e compreensível

quando feita em partes:

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a) por que a Coroa Portuguesa decidiu não explorar a colônia brasileira

entre os anos de 1500 e 1530?

• Porque não encontraram metais preciosos em expedições;

• Porque o comércio com as Índias era suficientemente lucrativo;

• Porque em 1500 a única nação que detinha tecnologia naval para tomar a

colônia brasileira de Portugal era a Espanha, que celebrou o Tratado de Tor-

desilhas com Portugal.

b) por que a Coroa Portuguesa decidiu passar a explorar a colônia brasilei-

ra a partir dos anos de 1530?

• Porque tiveram notícias da descoberta de ouro e prata na América espanhola;

• Porque o comércio com as Índias entrou em crise;

• Porque países como França, Inglaterra, Holanda e Bélgica desenvolveram

suas frotas marítimas e passaram a representar uma grande ameaça ao con-

trole português sobre a colônia.

Esclarecendo:
O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, foi um tratado
celebrado entre o reino de Portugal e a Coroa de Castela (Espanha) para dividir as

terras do globo, “descobertas e por descobrir”, por ambas as Coroas fora da Europa.

Fonte desconhecida

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Entre 1500 e 1530, o único produto explorado era o pau-brasil. Como ainda não

havíamos passado pela Revolução Industrial, não existiam corantes sintéticos. O

pau-brasil foi muito utilizado nas manufaturas têxteis. As concessões para explora-

ção eram dadas pela Coroa e chamadas de estanco.

Para cortar a madeira e levar aos navios, era necessária uma grande quantidade

de mão de obra. A modalidade de exploração da mão de obra indígena recebeu o

nome de escambo: troca de presentes, de artefatos e de animais que não existiam

aqui pelo trabalho dos índios. Não escravizaram os índios. A Coroa Portuguesa se-

guia à risca o ordenamento da Igreja em não escravizar os nativos, considerados

almas puras do paraíso.

Para nos situarmos: antes de darmos sequência, entendo ser necessário que se

faça um pequeno apontamento sobre o entendimento do que são os “Ciclos Econô-

micos da História do Brasil”. Isso é importante para que você consiga relacionar a

atividade econômica do período com os eventos sociais e políticos que se sucedem ao

longo do curso. Esse esquema é de grande utilidade na resolução de questões sobre

conflitos em Pernambuco, principalmente relacionadas ao ciclo do açúcar.

A história de Pernambuco passa, necessariamente, por esses ciclos econômicos.

Entretanto, para o objetivo a ser alcançado, dedicaremos mais tempo a discutir o

ciclo de açúcar, porque é essa atividade econômica e sua subsequente crise molda-

ram os principais eventos históricos cobrados pela IAUPE.

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4. A Capitania de Pernambuco e a “Guerra dos Bárbaros”

Querido(a) aluno(a), a Coroa Portuguesa voltou seus olhos para a colônia brasi-

leira e decidiu povoá-la, explorá-la, a fim de resolver sua crise econômica e impedir

que outras nações tomassem o território da colônia.

O problema é que a Coroa Portuguesa não tinha recursos financeiros para pro-

mover essa empreitada. Eis então a solução proposta: terceirizar a tarefa da co-

lonização, entregando lotes de terras a fidalgos (nobres portugueses). Nasceram

assim as Capitanias Hereditárias.

Observe:

IBGE – 2018

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Capitanias Hereditárias

Faixas de terra que partiam do litoral para o interior até a linha imaginária do
Tratado de Tordesilhas. De início, foram quinze Capitanias entregues para usufruto
do donatário. É importante destacar que o donatário não era dono da terra,
ele possuía o direito de explorá-la, direito esse estendido a seus descendentes.
No campo jurídico, existiam dois documentos para regulamentar as relações
entre a Coroa Portuguesa e os donatários:
• Carta de Doação: documento que dava ao donatário o direito de exploração
da terra e repassava esse direito a seus descendentes. Também autorizava o
donatário a construir vilas e engenhos com o objetivo de povoar.
• Carta Foral: documento que regulamentava tributos e a divisão dos lucros
da Capitania entre a Coroa e os donatários.

O sistema de Capitanias era extremamente vantajoso para a Coroa Portuguesa,


pois transferia a responsabilidade da empresa de colonização para os fidalgos. En-
tretanto, os donatários passaram por grandes dificuldades: desenvolver a colônia
com poucos recursos financeiros, a distância em relação à metrópole (Portugal) e
os constantes conflitos com os nativos.
Diante dessas dificuldades, a maioria das Capitanias não conseguiu vingar, de-
senvolver sua economia e gerar tributos para a Coroa. As únicas exceções foram a
Capitania de Pernambuco e a Capitania de São Vicente.

Por que a Capitania de Pernambuco prosperou? Porque a terra fértil possibilitou o


cultivo da cana-de-açúcar e a construção de engenhos. Além disso, a distância em

relação a Portugal era menor se comparada às outras Capitanias.

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O atual estado de Pernambuco é o equivalente à Capitania de Pernambuco e a

Capitania de Itamaracá. A primeira foi doada por Dom João III ao donatário Duarte

Coelho no dia 10 de março de 1534. A segunda foi doada a Pero Lopes de Sousa.

A Carta Foral da Capitania de Pernambuco foi usada como modelo para as demais

Capitanias do Brasil. Em 1535, Duarte Coelho tomou posse da Capitania e lhe ba-

tizou “Nova Lusitânia”. Entretanto, pouco tempo depois, foi rebatizada Capitania

de Pernambuco.

Igarassu e Olinda foram os primeiros povoados instalados ainda na chegada

de Duarte Coelho. No ano de 1537, esses primeiros povoados estabelecidos foram

elevados à categoria de vila. Olinda recebeu o status de capital administrativa

da Capitania. O porto de Olinda deu origem a atual cidade de Recife.

Essas vilas serviram como ponto de partida para expedições ao interior da Co-

lônia, assegurando o controle e a expansão, além de combater a resistência indí-

gena. Duarte Coelho instalou grandes engenhos de açúcar e incentivou também a

produção de algodão.

2. (IAUPE/PM-PE/2016) No processo de formação do território pernambucano, a

partir da chegada dos portugueses na Capitania de Pernambuco ou Nova Lusitânia,

os primeiros núcleos de povoamento foram as Vilas de

a) Itamaracá e Recife.

b) Igarassu e Olinda.

c) Igarassu e Recife.

d) Recife e Olinda.

e) Itamaracá e Igarassu.

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Letra b.

Muito cuidado! Itamaracá é nome dado à Capitania doada por Dom João III a Pero

Lopes de Sousa. Recife surgiu depois de Olinda, era seu antigo porto, povoada prin-

cipalmente por pescadores. Infelizmente, há a necessidade de que você decore o

nome dessas primeiras vilas. Mais isso não é difícil para você, não verdade!?

A Guerra dos Bárbaros

A Guerra dos Bárbaros foi um conjunto de conflitos, rebeliões e con-

frontos que envolveu as várias etnias indígenas, chamadas genericamente

de Tapuias, e os colonizadores portugueses após a expulsão dos holande-

ses. Não se preocupe, falaremos sobre o Brasil holandês mais adiante.

O nome “bárbaro” é uma referência aos povos “não civilizados” que viviam fora

do Império Romano. Fácil entender a relação, não é verdade?

Esses confrontos representam a resistência dos povos nativos à invasão dos

colonizadores sobre seus territórios a partir de 1683. Os portugueses retomaram o

avanço sobre o interior do Nordeste, principalmente para a criação de gado. Essa

atividade econômica foi subsidiária à atividade açucareira. Nas áreas litorâneas, o

plantio de açúcar ocupava grande extensão de terras, o que inviabilizava a pecu-

ária. No entanto, era necessário carne e força motriz para o transporte (carros de

boi) e para os engenhos. Por isso sua interiorização.

Os portugueses não mediram esforços para realizar a conquista. Convocaram

bandeirantes paulistas (Domingos Jorge Velho) e fortificaram seu efetivo militar. Do

outro lado, as várias etnias indígenas tapuias do interior nordestino se uniram em

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uma aliança de várias tribos: paiacus, cariris, icós, caipus, caratiús e janduís. Essa

aliança foi chamada pelos portugueses de Confederação dos Cariris ou Confe-

deração dos Bárbaros e foi derrotada apenas em 1713.

3. (IAUPE/PM-PE/2016)

Segundo o historiador Pedro Puntoni, no livro “A Guerra dos Bárbaros”, “Sem dúvi-

da alguma, a compreensão dos povos ditos tapuias como uma unidade histórica e

cultural, em oposição não só ao mundo cristão europeu mas aos povos tupis, ha-

bitantes do litoral, foi um dos elementos mais importantes na caracterização coeva

da unicidade dos conflitos ocorridos no Nordeste, ao longo das décadas finais dos

Seiscentos e início dos Setecentos, no contexto específico do processo de expansão

da pecuária e, portanto, da fronteira. De fato, a extensa documentação colonial

refere-se ao conjunto de confrontos e sublevações dos grupos tapuias do sertão

nordestino como uma “Guerra dos Bárbaros”, unificando, dessa maneira, situações

e contextos peculiares. Por isso, tal como no episódio da chamada Confederação

dos Tamoios, inventada pela intuição de Gonçalves de Magalhães, a Guerra dos

Bárbaros foi igualmente tomada pela historiografia como uma confederação das tri-

bos hostis ao império português, um genuíno movimento organizado de resistência

ao colonizador. (...) Câmara Cascudo, que conhecia bem a documentação colonial

do Rio Grande, criticou em sua História aqueles que, “lembrando a dos tamoios”,

chamavam a Guerra dos Bárbaros, “romanticamente”, de confederação dos cariris.

Não houve plano comum nem unidade de chefia.” (PUNTONI, Pedro. A Guerra dos

Bárbaros - Povos Indígenas e a Colonização do Sertão Nordeste do Brasil, 1650-

1720. São Paulo, Hucitec, 2002, p. 77; 79).

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A partir do texto acima, assinale a alternativa CORRETA.

a) O autor defende que a existência de uma confederação dos cariris, ou mesmo,

de uma Guerra dos Bárbaros generalizada são criações dos historiadores que mal

interpretaram a documentação colonial.

b) O autor associa a Guerra dos Bárbaros à Confederação dos Tamoios, defenden-

do que ambas foram movimentos sociais indígenas contra a colonização.

c) O autor defende a existência de um confronto entre as forças da colonização e

as populações indígenas sertanejas, organizadas em uma frente comum.

d) O texto defende que nunca existiu um levante indígena sertanejo contra a colo-

nização, tendo sido a Guerra dos Bárbaros apenas uma invenção da historiografia.

e) Segundo o autor, por não haver unidade na resistência indígena contra a colo-

nização, essa resistência não teria existido.

Letra a.

Querido(a) aluno(a), essa questão em específico é muito mais de interpretação de

texto do que necessariamente de conhecimento sobre a temática. O autor é enfá-

tico em defender que os portugueses “criaram” a nomenclatura “Guerra dos Bár-

baros”. Outro ponto importante: a Confederação dos Tamoios não possui relação

alguma com a “Guerra dos Bárbaros”. Não me ocuparei aqui de elucidar sobre os

Tamoios, já que isso foge do seu objetivo.

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5. A Lavoura Açucareira e a Mão de Obra Escrava

A lavoura açucareira
O grande centro econômico da Colônia Portuguesa, nos primeiros sécu-
los da colonização, foi, sem sombras de dúvidas, Pernambuco. Tanto o foi,
que a capital administrativa da Colônia passou a ser Salvador, pela proximidade
de Pernambuco. Para se ter uma ideia, quando a economia açucareira entrou em
decadência e surgiu a economia mineradora na região de Minas Gerais, a capital
administrativa da Colônia passou a ser o Rio de Janeiro.
Mas por que o açúcar foi a atividade escolhida pelos portugueses?

• O preço do açúcar na Europa estava elevado;

• Os portugueses já tinham a experiência da atividade na Ásia;

• O clima e a terra fértil (solo de massapê) eram propícios.

Unidade produtora:

• Casa Grande: residência do senhor de engenho e seus familiares.

• Senzala: onde viviam os escravos.

• Capela: demonstra a importância e a influência da igreja católica no processo

de colonização.

• Canavial: latifúndio.

• Engenho: casa de moagem, casa de fervura, casa de purgar.

As bases da produção açucareira foram a monocultura, a escravidão, a expor-

tação e o latifúndio. Você, meu(minha) querido(a), não vai se esquecer do MEL

da economia açucareira. Não se esqueça dessa dica! Será valioso saber dessas ca-

racterísticas na hora de gabaritar a questão.

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Sistema de Plantation da economia açucareira:

• Monocultura: plantio de um único gênero agrícola.

• Escravidão: mão de obra utilizada.

• Exportação: toda a produção visava o mercado externo.

• Latifúndio: grande propriedade que permitiam vastas lavouras de cana-de-açúcar.

Sociedade açucareira
Caro(a) aluno(a), a forma como a sociedade pernambucana se organizou, se
estruturou e criou relações entre os indivíduos é toda relacionada com a produção
açucareira.
Veja: o topo da pirâmide social usufruía da riqueza gerada enquanto os escravos
eram responsáveis por toda a produção.

Características da sociedade açucareira:

• Patriarcal: é a figura do senhor de engenho, do pai, do homem que manda.

É, assim, uma sociedade machista.

• Rural: diferentemente da sociedade mineradora, em que se formaram núcle-

os urbanos no entorno das minas.

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• Estamental: não havia mobilidade social. O negro não conseguia abandonar

sua situação de escravidão a não ser que fugisse para um quilombo, como

veremos mais adiante. Ele não sairia da base da pirâmide, não ascenderia.

Algumas curiosidades ilustram bem como era o cotidiano do engenho de açúcar.

Vamos a elas:

Havia muito mais escravos do que moradores da Casa Grande. Além do açúcar,

a cana também foi utilizada como matéria-prima para outros produtos. A cacha-

ça era um resíduo descartado da produção do açúcar e usado pelos escravos para

preparar a carne do cachaço (macho) e da cachaça (fêmea), uma espécie de porco

selvagem. Foi o porco que deu nome à bebida.

Os senhores de engenho logo se utilizaram da bebida para “acostumar” o es-

cravo ao trabalho na lavoura. Logo nas primeiras horas do dia já serviam doses

aos negros.

Não era raro que o senhor de engenho tivesse relações com suas escravas.

Apesar de ocorrerem muitos estupros das “mercadorias”, havia casos em que as

escravas seduziam o senhor de engenho visando um trabalho no interior

da Casa Grande para fugir do sofrimento da lavoura.

Mão de obra escrava

Querido(a), a escravidão não é uma invenção dos portugueses e nem foram eles

os responsáveis por introduzir essa prática no continente africano. Os africanos

de tribos inimigas capturavam negros para serem vendidos nas feitorias do litoral

africano. Mas, antes de seguirmos, preciso atentá-lo(a) para uma característica

fundamental das economias europeias que influenciou consideravelmente o tráfico

de escravos. Estamos falando do mercantilismo.

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O mercantilismo é o conjunto de ideias e práticas econômicas adotadas durante

o capitalismo comercial (séculos XIV a XVIII). A base da atividade era a troca de

mercadorias e o lucro era não em dinheiro, mas em espécie.

Os portugueses realizavam o chamado comércio triangular: trocavam o açú-

car brasileiro por escravos africanos, traziam os escravos nos navios negreiros e

trocavam por mais do açúcar brasileiro. Trocavam manufaturados europeus por

escravos e pelo açúcar etc.

Entre os povos africanos que foram trazidos, podemos citar os:

• bantos: mais ao sul do país, na mineração.

• sudaneses: mais altos e fortes, foram usados nas lavouras de cana-de-açú-

car do Nordeste brasileiro.

Essa migração, somada à existência de povos nativos e à chegada dos euro-

peus, fez com que a miscigenação se tornasse um traço evidente no nosso país.

Recorde comigo a miscigenação básica da nossa cultura:

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• mulato: resultado da mistura de brancos e africanos – na época colonial,

quase sempre branco e negra –, vem de mula;

• cafuzo ou carafuzo: é resultado da união entre negro e índio;

• mameluco: mestiço de branco e índio.

Meu(minha) amigo(a), apenas uma parte da escravidão africana foi tratada nesta

aula, a que nos interessa neste momento como uma atividade econômica. Na nos-

sa terceira aula, voltaremos a tratar do assunto com maior foco na resistência dos

negros, sua luta pela abolição e suas heranças culturais africanas em Pernambuco.

6. A Insurreição Pernambucana (1645-1654)

Caro(a) aluno(a), aqui precisaremos fazer uma pausa e contextualizar a Capi-

tania de Pernambuco, maior produtora de açúcar e “menina dos olhos” de Portu-

gal, e seu papel na geopolítica da Europa. Sim, meu(minha) amigo(a)! De nada

adiantará discutirmos a Insurreição Pernambucana se não soubermos o porquê de

ela acontecer.

Como os benditos holandeses entraram na história de Pernambuco?

Vou tentar resumir a situação sem que para isso venha a gastar muito do seu

precioso tempo. Sei que ainda precisa revisitar conteúdos de outras matérias. En-

tão vamos:

Em 1580, D. Sebastião, rei de Portugal, faleceu sem deixar herdeiros. Felipe II,

Rei da Espanha e parente mais próximo do morto, unificou as Coroas Portuguesa

e Espanhola sob sua batuta (União Ibérica – 1580 – 1640).

Ah, mas o que isso tem a ver com Pernambuco?

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Acontece que o maior distribuidor do açúcar brasileiro, pernambucano era a Ho-

landa. Quem realizava o trabalho sujo da produção e transporte até a Europa eram

os portugueses. Os holandeses lucravam cerca de 400% com a atividade,

apenas refinando e distribuindo o açúcar no continente.

Desenrolando a conversa: a Holanda se tornou definitivamente independente

da Espanha poucos meses antes. Entenda, meu(minha) querido(a) aluno(a), que

a Espanha era inimiga da Holanda.

Para se vingar, a Espanha tentou minar o lucrativo negócio holandês com o açú-

car. Como?

Felipe II da Espanha ordenou a proibição do comércio das colônias por-

tuguesas com os holandeses. A Espanha controlava Portugal e, portanto, con-

trolava todas as colônias portuguesas, inclusive a brasileira. Essa é a motivação

para que os holandeses viessem para o Brasil.

Invasão Holandesa

Chamamos Invasões Holandesas as incursões da República das Províncias

Unidas (Holanda) no Nordeste brasileiro:

• Bahia em 1624;

• Pernambuco em 1630;

• Maranhão em 1641.

Os holandeses criaram uma empresa que seria responsável por recuperar o

comércio do açúcar invadindo o Nordeste brasileiro: a Companhia das Índias

Ocidentais. Após serem derrotados em Salvador, tiveram a sorte de encontrar e

saquear um navio espanhol carregado de prata sul-americana! Com o capital, se

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prepararam para voltar ao Brasil, agora em Pernambuco, onde conseguiram triun-

far. Os brasileiros e portugueses até tentaram montar uma resistência, no

chamado Arraial do Bom Jesus, mas foram traídos por Domingos Calabar e

caíram diante das tropas holandesas.

Administração Holandesa

Em 1637 a, W.I.C. (Cia. Das Índias Ocidentais) enviou Maurício de Nassau

para administrar os negócios na Nova Holanda (Pernambuco).

Nassau governou percebendo que teria que atuar de forma pacífica com os se-

nhores de engenho. Em vez de pressioná-los, proibiu a agiotagem praticada por

agentes holandeses e conseguiu empréstimos para os senhores de engenho.

Como “mimo” ainda concedeu a liberdade religiosa dos católicos. Ocorre que os

holandeses eram calvinistas (religião cristã protestante) e costumavam impor seu

credo em suas colônias. Ainda promoveu obras de urbanização no Recife.

Era um humanista, influenciado pelo Renascimento Cultural e, por isso, esti-

mulou as ciências e as artes. Construiu um observatório astronômico, criou o

jardim botânico. Trouxe grandes mestres da pintura flamenga, como Albert Eckout

e Frans Post. Além disso, convidou diversos artistas e cientistas para um grande

projeto que ele mesmo definiu como “exploração profunda e universal da terra”.

Entretanto, esses gastos com a colônia provocaram desavenças com a W.I.C.

A Cia. Das Índias Ocidentais era uma empresa que visava o lucro maximizado. Foi

para isso que Nassau foi chamado a governar. Por isso, em maio de 1644, Maurício

de Nassau retornou à Holanda.

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Maurício de Nassau é muito lembrado em todos os concursos e vestibulares do País.

Querido(a), no geral, esse cara fez só coisa bacana no Recife. Ele acabou promo-

vendo o desenvolvimento na região. Então não tenha medo de marcar a alternativa

da questão que só fale bem do Maurício de Nassau!!!

Enfim, a Insurreição Pernambucana (1645-1654)

Você se lembra de que, no “Pulo do Gato” anterior, declarei todo o meu amor ao

Maurício de Nassau? Então. Se eu o admiro pelo que fez em Pernambuco, imagine

os que viveram isso!

Brincadeiras à parte, o fato é que o retorno de Maurício de Nassau à Europa foi

seguido de um acirramento das tensões religiosas em função da Reforma Protes-

tante e da Contrarreforma Católica. Além disso, a W.I.C. decidiu cobrar os em-

préstimos realizados aos senhores de engenho pelas mãos de Nassau e ainda

aumentar os tributos.

Os conflitos começaram em maio de 1645. João Fernandes Vieira, um próspero

senhor de engenho de Pernambuco, liderou o movimento com o importante auxílio


de alguns africanos libertos e de índios potiguares (estes liderados por Antônio Fe-

lipe Camarão, conhecido como Poti).

A Batalha do Monte Tabocas foi a principal batalha ocorrida no início da In-

surreição. Os holandeses sofreram uma grande derrota. As notícias dessa vitória

fizeram com que recebessem apoio de tropas vindas da Bahia.

O relacionamento da Holanda com Portugal era, no mínimo, interessante. Na

Europa, apoiava os portugueses contra o domínio espanhol, ao mesmo tempo em

que mantinha a ocupação de colônias portuguesas na África e no Brasil.

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Em 1648, Espanha e Holanda assinaram um tratado de paz. Por ele, todas as

conquistas do movimento de Insurreição deveriam ser devolvidas aos holandeses.

Isso causou ainda mais a indignação dos insurretos.

Em 19 de abril de 1648 e em 19 de fevereiro do ano seguinte, aconteceram a

Primeira e a Segunda Batalha dos Guararapes. A vitória das tropas da Insurrei-

ção abriu caminho para o retorno do domínio português na região a partir de 1654.

Também é considerada símbolo da fundação do Exército Brasileiro.

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RESUMO

Seminômades

Tribais

Indígenas

Ágrafos

Propriedade coletiva

Feitorias

até 1530 Escambo

Pau-brasil

Ocupação de PE

Capitanias Hereditárias

após 1530 Escravidão

Cana-de-açúcar

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Invasões Holandesas

Insurreição
W.I.C. Maurício de Nassau
Pernambucana
(1630-1654) (1637-1644)
(1645-1654)

Batalha do
Monte das Tabocas Empréstimos. Primeira e Segunda
Resistência Arraial do Urbanização, Ciência, Batalha dos Guararapes.
Bom Jesus Liberdade Religiosa Expulsão dos Holandeses
Traição de Calabar

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (VUNESP/PM-SP/NÍVEL MÉDIO/2015) O açúcar, no período colonial, e o café, no

Império, foram duas importantes riquezas do Brasil. Com relação a essas ativida-

des, é correto afirmar que:

a) o açúcar promoveu o surgimento de cidades no interior, enquanto a lavoura ca-

feeira expandiu-se na faixa litorânea.

b) ambas basearam-se no minifúndio e desenvolveram uma organização política

marcada pelo poder dos burgueses.

c) a ascensão social era mais fácil nos engenhos de açúcar do que nas fazendas de

café, onde a sociedade era imóvel.

d) ambas estavam submetidas ao monopólio de comércio e produziam, principal-

mente, para o mercado interno.

e) a produção açucareira baseou-se na escravidão, assim como, no início, o café,

que depois usou trabalho livre imigrante.

2. (UPNET/IAUPE/CMB-PE/2017)

“São tão grandes as riquezas deste novo mundo e da mesma maneira sua fertili-

dade e abundância, que não sei por qual das cousas comece primeiramente: mas,

pois todas elas de muita consideração, farei uma salada na melhor forma que sou-

ber, para que fiquem claras e deem gosto”. (Ambrósio Fernandes Brandão – séc.

XVII. Apud BRANDÃO, Ambrósio Fernandes. Diálogos das grandezas do Brasil. 3.

ed. Recife: FUNDAJ, Ed. Massangana, 1997. p. 85.)

Em relação à colonização da Capitania de Pernambuco no século XVI, assinale a

alternativa CORRETA.

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a) Diferente do que ocorrera nas outras capitanias, Duarte Coelho fora o único do-

natário a receber da Coroa Lusitana vultosas doações para o desenvolvimento das

suas terras, bem como um corpo de milícia para garantir a sua defesa, uma vez que

se achava sob constante ataque dos índios caetés.

b) Com o passar dos anos e as investidas de outros navegadores, especialmente

franceses, o governo de Portugal decidiu promover a colonização da América Por-

tuguesa por meio da instituição do Governo Geral. Essa atitude favoreceu sobre-

maneira Pernambuco, uma vez que se beneficiou da administração direta da Corte.

c) Além do trabalho na agricultura, a presença africana era necessária para aber-

turas de novas áreas no território, dominado, muitas vezes, por índios que faziam

guerra aos portugueses e impediam o avanço, principalmente em direção ao sertão.

d) A questão de povoamento não enfrentava contratempos, especialmente devido

aos condenados pela justiça reinol que eram punidos com o degredo para o Brasil.

Estes, além de resolverem o problema da falta de cidadãos portugueses dispostos a

colonizar o novo mundo, colaboravam para o bom serviço que o Capitão Donatário

pretendia prestar à Coroa.

e) As alianças estabelecidas com os indígenas permitiram a Duarte Coelho o esta-

belecimento de duas vilas nas terras de Pernambuco, sem a necessidade de confli-

tos com os naturais da terra. A primeira delas, fundada logo na chegada do Capitão

Donatário à sua Capitania, foi denominada de Igaraçu. A segunda, chamada de

Olinda, distante cinco léguas da primeira, logo passou a ser a sede da capitania.

3. (UPNET/IAUPE/CMB-PE/2017)

“Rebentou, então, por culpa dos portugueses, uma revolta dos índios, que ante-

riormente se mostravam pacíficos, e o chefe da terra pediu-nos pelo amor de Deus,

que fôssemos às pressas auxiliar o lugar… do qual os indígenas queriam se apo-

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derar. […] O número dos defensores montava, incluindo-nos, cerca de 90 cristãos.

Acrescente-se a esse número 30 negros e escravos brasileiros, a saber, selvagens

que pertenciam a colonos.” (SATDEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. Belo Horizonte:

Itatiaia, 1974. p. 46.)

Sobre a relação estabelecida entre os chamados índios pernambucanos e os colo-

nizadores portugueses, é CORRETO afirmar que

a) as constantes solicitações feitas por Duarte Coelho à coroa portuguesa, no sentido

de permitir que ele pudesse importar para a Capitania negros escravizados da Guiné,

faziam sentido em face ao pendor natural à preguiça, apresentado pelos índios.

b) ao contrário do que ocorria na maior parte do território da América Portuguesa,

não existia, nas terras da Capitania de Pernambuco, diversidade de povos indíge-

nas. Pelo contrário, a dispersão dos caetés por todo o território pernambucano foi

um dos fatores para sua rápida conquista e colonização.

c) na capitania de Pernambuco, os ataques indígenas foram constantes às vilas e

plantações de açúcar. Apesar de as tropas coloniais repelirem as investidas, esses

ataques não eram cessados. Esse foi um dos motivos que levaram a Coroa portu-

guesa a enviar ao Brasil levas de missionários, para que pudessem atuar entre os

índios e ajudar na sua “domesticação”.

d) os inúmeros contatos que os europeus cristãos estabeleceram com os povos

indígenas, a partir de um determinado momento da colonização, foram mediados

por uma lógica colonizadora de opressão, imposição, negação, impostas pela supe-

rioridade dos colonos Portugueses. Essa era tamanha, que não permitiu o desen-

volvimento de qualquer forma de resistência indígena.

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e) a história das relações sociais entre os missionários franciscanos e indígenas

na Capitania de Pernambuco revela a existência de inúmeros contatos ao longo


do período colonial. Mais preocupados com a catequese dos povos indígenas, não
exerceram nenhuma influência na política indigenista adotada pela metrópole.

4. (UPNET/IAUPE/PM-PE/2009)
Maurício de Nassau chegou a Pernambuco em 1637, pretendendo pacificar a região
e governar com a colaboração dos luso-brasileiros. Sobre o governo de Nassau,
analise as proposições abaixo.
I  – Fundou, no interior da capitania, o Arraial do Bom Jesus para concentrar a
resistência holandesa e, usando a tática de guerrilha, minar a resistência dos
pernambucanos.
II – A Companhia das Índias Ocidentais concedeu créditos aos senhores de enge-
nho para o reaparelhamento das propriedades, a recuperação dos canaviais e a
compra de escravos.
III – Nassau estimulou a vida cultural e investiu em obras urbanas, nos domínios
holandeses. A cidade do Recife foi beneficiada com a construção de casas, pontes
e obras sanitárias.
IV – Embora o objetivo dos holandeses fosse o de expandir sua fé religiosa, o lute-
ranismo, outras religiões foram toleradas, exceto o judaísmo.
Está CORRETO o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

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5. (FUVEST) Foram, respectivamente, fatores importantes na ocupação holandesa

no Nordeste do Brasil e na sua posterior expulsão:

a) o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e os desentendimentos entre

Maurício de Nassau e a Companhia das Índias Ocidentais.

b) a participação da Holanda na economia do açúcar e o endividamento dos senho-

res de engenho com a Companhia das Índias Ocidentais.

c) o interesse da Holanda na economia do ouro e a resistência e não aceitação do

domínio estrangeiro pela população.

d) a tentativa da Holanda em monopolizar o comércio colonial e o fim da domina-

ção espanhola em Portugal.

e) a exclusão da Holanda da economia açucareira e a mudança de interesses da

Companhia das Índias Ocidentais.

6. (UFMG) Leia o texto.

“Nassau chegou em 1637 e partiu em 1644, deixando a marca do administrador.

Seu período é o mais brilhante de presença estrangeira. Nassau renovou a admi-

nistração (...) Foi relativamente tolerante com os católicos, permitindo-lhes o livre

exercício do culto. Como também com os judeus (depois dele não houve a mesma

tolerância, nem com os católicos e nem com os judeus - fato estranhável, pois a

Companhia das Índias contava muito com eles, como acionistas ou em postos emi-

nentes). Pensou no povo, dando-lhe diversões, melhorando as condições do porto

e do núcleo urbano (...), fazendo museus de arte, parques botânicos e zoológicos,

observatórios astronômicos”. (Francisco Iglésias)

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Esse texto refere-se:

a) à chegada e instalação dos puritanos ingleses na Nova Inglaterra, em busca de

liberdade religiosa.

b) à invasão holandesa no Brasil, no período de União Ibérica, e à fundação da

Nova Holanda no nordeste açucareiro.

c) às invasões francesas no litoral fluminense e à instalação de uma sociedade

cosmopolita no Rio de Janeiro.

d) ao domínio flamengo nas Antilhas e à criação de uma sociedade moderna, in-

fluenciada pelo Renascimento.

e) ao estabelecimento dos sefardins, expulsos na Guerra da Reconquista Ibérica,

nos Países Baixos, e à fundação da Companhia das Índias Ocidentais.

7. Leia o texto a seguir: “A primeira invasão ocorreu na Bahia, em 1624. Chefiada

por Jacob Wilekems e Johan van Dorf (comandante terrestre, posteriormente mor-

to em combate), logrou dominar Salvador e prender o governador. Não chegaram,

porém, a estabelecer maiores contatos com os proprietários rurais do Recôncavo,

pois a reação no interior, liderada pelo bispo dom Marcos Teixeira, conseguiu evitar

qualquer tipo de penetração.” (Wehling, Arno; Wehling, Maria José C. De M. A for-

mação do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994. p. 127).

O texto refere-se à:

a) primeira invasão holandesa no nordeste no Brasil, já que, em 1624, o Sul e o

Sudeste já haviam sido dominados pela Holanda.

b) primeira invasão holandesa na Bahia, já que em outros estados brasileiros, os

holandeses já haviam desembarcado desde o fim do século XV.

c) primeira invasão holandesa no Brasil, que foi debelada no ano de 1625 por uma

armada luso-espanhola.

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d) primeira e única invasão holandesa no Brasil, já que, depois de serem expulsos


da Bahia em 1625, os holandeses não mais voltaram.
e) primeira e única invasão holandesa no Brasil, já que os holandeses permanece-
riam por cerca de duas décadas na Bahia até o momento da restauração da coroa
portuguesa.

8. Que personagem histórico, que viveu no Nordeste brasileiro durante o século


XVII, colaborou com a invasão holandesa e depois foi julgado, condenado e morto
pelas autoridades portuguesas sob a alcunha de traidor?
a) Domingos Jorge Velho
b) José de Anchieta
c) José do Patrocínio
d) Joaquim José da Silva Xavier
e) Domingos Fernandes Calabar

9. (CESPE/SEDUC/CE/2013) A Guerra dos Bárbaros, também cunhada como Guer-


ra da Confederação dos Cariris, foi
a) o primeiro conflito pela autonomia política do Ceará e pela separação de Per-
nambuco e ocorreu no século XVIII.
b) uma revolta regional do período regencial cujo conflito ocorreu no Ceará.
c) a insurreição de bandeirantes paulistas contra o governo da Capitania do Ceará
que os havia contratado.
d) a revolta jesuítica ocorrida no Ceará, similar à ocorrida na região das Missões
no século XVIII.
e) um grande foco de resistência indígena no Nordeste brasileiro durante o período
colonial e perdurou por quase cinquenta anos.

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10. (CESPE/UERN/2010) Quanto à história do Rio Grande do Norte durante os sé-

culos XVI e XVII, assinale a opção correta.

a) Em maio de 1654, o domínio português estava restaurado em todas as capita-

nias anteriormente ocupadas pelos holandeses.

b) A medida capaz de incentivar a ocupação das terras, após a expulsão dos holan-

deses, foi a adoção do regime de capitanias hereditárias e o povoamento da região

com índios e portugueses, o que incentivou a miscigenação dessas etnias.

c) A chamada Guerra dos Bárbaros foi uma luta que se estendeu por cerca de cin-

quenta anos entre os índios cariris, aliados dos portugueses, e os holandeses.

d) Durante os cinquenta anos que se seguiram à Guerra dos Bárbaros, os índios

tapuios foram perseguidos e exterminados pelo militar Bernardo Vieira de Melo.

e) O militar português Bernardo Vieira de Melo aliou-se aos holandeses, ajudando-os

a invadir o Forte dos Reis Magos.

11. (ESPCEX/2016) As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo

chamado pacto colonial, sendo este aspecto uma das principais características do

estabelecimento de um sistema de exploração mercantil implementado pelas nações

europeias com relação à América. Com relação ao Brasil, do que constava este pacto?

a) As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.

b) A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.

c) A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições

de produzir.

d) A colônia poderia comercializar a produção que excedesse às necessidades da

metrópole.

e) Portugal permitiria a produção de artigos manufaturados pela colônia, desde

que a matéria-prima fosse adquirida da metrópole.

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12. O sistema de Capitanias Hereditárias era regulamentado por dois documentos

jurídicos, que definiram os direitos e os deveres dos donatários. Um desses docu-

mentos cedia ao donatário uma ou mais capitanias, a administração sobre ela, as

suas rendas e o poder legal para interpretar e ministrar a lei. O outro estabelecia

os direitos e deveres dos donatários, como promover a prosperidade da capitania,

conceder sesmarias, receber a redizima das rendas da metrópole e a vintena da

comercialização do pau-brasil e do pescado.

Esses documentos eram, respectivamente:

a) Carta de Doação e Foral

b) Foral e Regimento de Tomé de Souza

c) Carta de Doação e Regimento de Tomé de Souza

d) Foral e Carta de Doação

e) Regimento de Tomé de Souza e Foral

13. (ESSA/1976) A prosperidade das capitanias de S. Vicente e Pernambuco foi

devida, principalmente:

a) aos escravos índios

b) ao pau-brasil

c) à cana-de-açúcar

d) aos escravos negros

14. (UNAERP-SP) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de

ocupação do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simulta-

neamente, todo o extenso território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo gover-

no português se deu através da:

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a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.

b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.

c) criação das capitanias hereditárias.

d) montagem do sistema colonial.

e) criação e distribuição das sesmarias.

15. Foram disputas intermitentes entre os índios cariris, que ocupavam extensas

áreas no Nordeste, contra a dominação dos colonizadores portugueses. Ocorreu em

1683 e durou cerca de 30 anos de confrontos.

Estamos falando:

a) da Guerra dos Bárbaros

b) da Balaiada

c) da Confederação dos Tamoios

d) da Revolta dos Perdidos

e) da Revolta do Quebra-Quilos

16. (ESPCEX/2016) Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre na batalha de

Alcácer-Quibir. Sem descendentes, o trono foi entregue a seu tio dom Henrique, que

viria a falecer dois anos depois, sem deixar herdeiro. Depois de acirrada disputa, a

Coroa portuguesa acabou nas mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à chamada

União Ibérica. Com esta união, um tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo

de Portugal. Das opções abaixo, assinale aquele que se tornou inimigo de Portugal.

a) Holanda

b) Alemanha

c) Itália

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d) Inglaterra

e) EUA

17. (UNESP/2016) O conceito de “guerra justa” foi empregado, durante a coloniza-

ção portuguesa do Brasil, para

a) justificar a captura, o aprisionamento e a escravização de indígenas.

b) justificar a instalação de missões jesuíticas em áreas de colonização francesa.

c) impedir a prisão e o exílio de lideranças e comunidades nativas hostis à colo-

nização.

d) impedir o acesso de protestantes e judeus às áreas de produção de açúcar.

e) impedir que os nativos fossem utilizados como mão de obra na lavoura.

18. (CFSD/PM-PA) O ano de 1570 marca a publicação da primeira lei da Coroa Por-

tuguesa proibindo a escravização indígena na colônia estabelecida no Novo Mundo.

O efeito concreto dessa legislação foi:

a) a disputa acirrada com outras potências europeias pelo controle dos nativos do

novo continente recém-descoberto.

b) a escalada da luta das elites coloniais pela revogação da proibição de exploração

compulsória da mão de obra africana.

c) alianças e conflitos com diferentes grupos indígenas, através dos quais foi ne-

gociada a expansão colonialista portuguesa.

d) a escolha pela escravização de africanos, pela completa impossibilidade de ex-

ploração do trabalho indígena.

e) o aumento de conflitos entre missionários de ordens religiosas, colonos portu-

gueses e autoridades coloniais pela exploração da mão de obra indígena.

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19. (PUC-PR) Uma das principais consequências da União Ibérica (1580 – 1640)

para o Brasil foi:

a) a decadência do bandeirantismo como atividade de penetração, já que o Tratado

de Tordesilhas deixou de funcionar;

b) o desenvolvimento da economia mineratória, aproveitando-se os brasileiros da

experiência espanhola nesse setor;

c) a formação da Companhia Geral do Comércio de Pernambuco, por determinação

direta de Filipe II;

d) a eclosão de vários movimentos nativistas de tendência emancipadora, como a

Guerra dos Emboabas;

e) a invasão holandesa do Nordeste e a posterior decadência da cultura canavieira

brasileira, com a fixação dos holandeses nas Antilhas.

20. (UAM/SP) Segundo se pôde concluir das poucas e suspeitas notícias encontra-

das a respeito nos escritos contemporâneos, Calabar exercia a profissão de contra-

bandista; nem de outro modo se podem explicar os roubos feitos à fazenda real de

que o acusam os nossos... Era o único homem capaz de se medir com Matias de

Albuquerque; e como tinha sobre este a vantagem de dispor do mar, desfechou-lhe

os golpes mais certeiros. Qual móvel o levou a abandonar os compatriotas, nunca

se saberá; talvez a ambição ou a esperança de fazer mais rápida carreira entre os

estranhos, tornando-se pela singularidade de seus talentos indispensável aos no-

vos patrões ou, talvez, o desânimo, a convicção da vitória certa e fácil do invasor.

(ABREU, Capistrano. Capítulos da História Colonial.) O texto trata:

a) da Revolução Praieira;

b) da Revolução dos Alfaiates;

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c) da Balaiada;

d) da Invasão Holandesa;

e) da Revolução Pernambucana de 1817.

21. Um importante episódio da história colonial do RN, ocorrido entre fins do século

XVII e princípios do XVIII, refere-se à reação dos primitivos habitantes da região,

especialmente dos cariris, à utilização do trabalho escravo indígena. Esse episódio

ficou conhecido como

a) Confederação Potiguar.

b) Insurreição Cariri.

c) Rebelião Autóctone.

d) Guerra dos Bárbaros.

e) Confederação do Equador.

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GABARITO

1. e

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