Monografia Lígia PDF
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AUTISMO INFANTIL
Cachoeiro de Itapemirim - ES
2014
LÍGIA REGINA LAQUINI MARQUES
AUTISMO INFANTIL
Cachoeiro de Itapemirim - ES
2014
AGRADECIMENTO
This monograph points out some theories related to Autism and provides ex-
planations about this phenomenon that occurs with some humans. People who pre-
sent this situation face major social problems since the relationship among them and
with others is something virtually nonexistent. Considering these facts, through litera-
ture search, the theories and techniques used in the educational process of children
with autism, their language difficulties and their inclusion in the school context, are
presented.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 8
3 DESENVOLVIMENTO ESCOLAR......................................................................... 15
5 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 24
ANEXO ...................................................................................................................... 25
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1 INTRODUÇÃO
De acordo com Lopes (1997) o termo autismo vem do grego. Para o autor há
uma perda entre o pessoal e o emocional que gera um problema sociabilidade. Ain-
da, segundo ele, a criança autista prefere isolamento e por vezes fica agressiva e
indiferente ao mundo exterior mais fica atenta a algum ruído que lhe chama a aten-
ção.
O Autismo de acordo com Rimland (1964) poder ser uma lesão da retina já
que, no autista, os estímulos não existem e é como se estivessem voltadas para seu
próprio mundo interno.
mudou esse conceito através de um estudo realizado com 11 crianças no qual foi
provado que existiam diversos tipos de anomalias e o distúrbio do Autismo é apenas
uma delas.
Segundo Bagarollo (2005), “em nossas reflexões, partindo da ideia que o de-
senvolvimento ocorre na medida em que as crianças internalizam as relações soci-
ais”, dessa forma a brincadeira faz toda a diferença no processo de desenvolvimento
social da criança autista.
Como técnica de ensino, de acordo com Santos (2008), "No Brasil é muito uti-
lizado o método de ensino TEACCH, que foi desenvolvido no início de 1970 pelo Dr.
Eric Schopler e colaboradores, na Universidade da Carolina do Norte." Esta metodo-
logia de ensino tem a proposta de atender as crianças autistas na utilização de a-
bordagens e métodos acessíveis, portanto o referido é um parceiro do professor no
processo ensino aprendizagem do aluno.
2 AUTISMO INFANTIL
O Autismo é uma anomalia que está relacionada a uma perda entre o pessoal
e o emocional que gera um sério problema de sociabilidade, agressividade e um
grande isolamento.. Nota-se que as crianças autistas se abstraem de carícias, pala-
vras e atenções dos adultos, se mantendo indiferentes a sons e palavras emitidos,
mais podem se atentar para o ruído de uma porta se abrindo ou de um barulho mais
forte, pois possuem hipersensibilidade ao toque e aos sons. Em discordância com a
apatia perto das pessoas, parecem fascinadas por objetos que giram. E ainda há
toda uma preocupação com o ambiente onde a criança está, para que permaneça
de forma inalterada, pois a criança autista não sabe como lidar com mudanças e es-
tá acostumada a seguir uma determinada rotina. Outro fato interessante é que passa
muito tempo jogando com objetos repetitivamente. Ainda há crianças autistas, capa-
zes de cantar trechos de músicas populares, repetir propagandas vistas na televisão
ou no computador, mais isso não consiste num ato de comunicação.
Nós devemos, então, assumir que estas crianças tenham vindo ao mundo
com uma inabilidade inata de formar o usual, biologicamente determinado,
contato afetivo com outras pessoas, da mesma forma que outras crianças
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Numa das hipóteses sobre o Autismo, Rimland (1964) comenta que há uma
imensa similaridade entre as crianças autistas e as crianças vítimas de privação
sensorial sendo o Autismo, mais grave. O autor insinua a hipótese de uma lesão na
retina visto que, os estímulos externos são completamente inexistentes para as cri-
anças autistas, como se estivessem enclausuradas em si mesmas, mais afirma que
o Autismo é um distúrbio independente.
Ainda na década de 40, Kanner atentou para o fato de que os sintomas do au-
tismo poderiam constituir um distúrbio diferente da esquizofrenia infantil. Segundo
ele, o Autismo não é considerado um estado mental fixo, irreversível, mas o resulta-
do de um “processo psicótico autista” susceptível a ser modificado ao longo de seu
tratamento terapêutico, tendo sido constatado, uma melhoria clínica em crianças au-
tistas. Assim é de fundamental importância que ocorra uma parceria entre os profis-
sionais e a família, pois dependemos de atos educativos para conviver com as limi-
tações de cada individuo autista e propor ações de trabalho educacionais mais rápi-
das, já que uma rotina, o quanto antes adquirida, poderá facilitar sua integração com
o mundo no qual faz parte.
Apesar das crianças autistas não terem atraso significativo no seu desenvol-
vimento cognitivo é importante que receba educação o quanto antes para ajudá-la a
superar os problemas de comportamento que demonstra ter e para direcioná-la nos
interesses que manifesta bem como, nos seus estudos. Faz-se necessário um currí-
culo adaptado a ela, onde uma análise de comportamento bem como, de suas capa-
cidades cognitivas sejam avaliadas a fim de que, possa desenvolver todo seu poten-
cial.
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3 DESENVOLVIMENTO ESCOLAR
Outro fato importante é o estímulo realizado pelo professor com a criança au-
tista, utilizando de recompensas por um comportamento apropriado e dessa forma,
favorecer o reforçamento positivo do aluno. Também deve ser empregados elogios
para fortalecer esses comportamentos.
3.2 Educação
Ainda citando Santos (2008), fala que é preciso que o professor tenha uma
grande paciência e discernimento com o aluno autista para que, dessa forma ele
possa aprender. O aluno autista muitas vezes, por estar completamente alienado
não percebe um chamado ou tem dificuldade de entender certa lição. Este fato não
acontece por ser desinteressada mais pelo próprio distúrbio do autismo danifica a-
lém de retardar sua aprendizagem, dessa forma ela precisa de muito elogio, motiva-
ção e carinho para desenvolver sua inteligência.
Vale ressaltar que a família, muitas vezes, exclui a criança autista do contato
com outras pessoas e ou crianças, numa forma de superproteção familiar e com is-
so, a brincadeira se limita aos familiares. Constata-se que o ato de brincar chama a
atenção do autista fazendo que ela se interesse paulatinamente e consiga interagir
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com outra criança e dessa forma, a brincadeira ocasiona, com o passar do tempo,
seu desenvolvimento social e sua inclusão. Conforme Bagarollo (2005):
Nesse aspecto, o âmbito do brincar aparece como uma esfera social que re-
quer maior atenção por parte dos educadores e para o pensamento de uma prática
pedagógica focada na criança especial.
Ainda é interessante ressaltar que á importante uma sala apropriada para es-
tudos e professores preparados para trabalhar com crianças especiais bem como,
materiais específicos para que seu desenvolvimento possa acontecer de forma equi-
librada.
De acordo com Boralli (2007) há uma grande dificuldade com relação aos
Portadores do Distúrbio do Autismo, pois falta assistência às crianças autistas e a
seus familiares e esse atendimento é realizado pelas associações de pais e amigos
dos autistas bem como das iniciativas privadas.
De fato o maior desafio da inclusão não é inserir alunos especiais numa sala
de aula mais, corroborar com a educação para que seja assegurado aos alunos uma
mudança em seu desenvolvimento cognitivo e pessoal bem como, atender suas ne-
cessidades educacionais especiais, fazendo-os sentir inclusos. Segundo Mantoan
(2001) a escola contemporânea não é para todas as pessoas:
“Até agora, os sistemas de ensino têm lidado com a questão por meio de
medidas facilitadoras, como cuidadores, professoras de reforço e salas de
aceleração, que não resolvem, muito menos atendem o desafio da inclusão.
Pois qualificar uma escola para receber todas as crianças implica medidas
de outra natureza, que visam reestruturar o ensino e suas práticas usuais e
excludentes. Na inclusão, não é a criança que se adapta à escola, mas a
escola que para recebê-la deve se transformar”. (MANTOAN, 2001, p.42).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
crescer como qualquer outro sujeito que seja “normal” e algumas vezes, ainda se
superar.
O Autista precisa ter suas necessidades individuais atendidas para que pos-
sam se desenvolver num ambiente enriquecedor e estimulante onde tenham a capa-
cidade de desenvolver todo seu potencial cognitivo, emocional bem como, o social.
Ainda nos dias atuais existe a tendência internacional de excluir o termo “AU-
TISTA” do vocabulário de especialistas, substituindo-o por indivíduo ou pessoa com
autismo.
Ainda não há cura para o autismo. A criança autista pode ser tratada e de-
senvolver suas habilidades de uma forma mais intensiva do que outra criança que
não apresente o mesmo quadro clínico.
Vale ressaltar que, como em toda doença, carinho e amor são imprescindíveis
para que haja um estabelecimento de equilíbrio e uma melhoria no convívio da soci-
edade, que é excludente, para que dessa forma, se sintam aceitos e respeitados
dentro de suas limitações enquanto sujeito que sente, pensa e age.
Certamente é necessário criar uma cultura inclusiva no Brasil, que seja dire-
cionada a gestores e educadores das escolas públicas. A construção do Projeto
Político Pedagógico de uma escola deve abranger práticas pedagógicas de inclusão
dessas crianças especiais.
A Constituição Federal decreta que todos tem direito à educação mais sabe-
se que esta não é a realidade do ensino no Brasil já que há tão poucos alunos por-
tadores de autismo dentro de sala de aula comum do ensino regular. Percebe-se
que a educação inclusiva ainda encontra dificuldade de se fazer presente visto que a
política pública brasileira é uma política de exclusão.
As leis são aprovadas mais, em muitas escolas, continuam sendo apenas leis
impressas no papel já que teoricamente, não são implementadas. As leis existem
mais só terão peso somente quando forem colocadas em prática. Quanto à legisla-
ção vigente, no que diz respeito à educação especial e inclusiva, não têm sido satis-
fatória para ultrapassar o enorme descaso dessa sociedade excludente para com as
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pessoas com distúrbios e deficiência, pois falta muito para se alcançar o verdadeiro
sentido da palavra inclusão. Ainda há muita controvérsia sobre esse tema.
Ainda vale ressaltar que é muito importante a publicação de trabalhos que vi-
sam o conhecimento do Autismo, algumas de suas teorias, os distúrbios linguísticos
ocasionado por essa anomalia bem como, o desafio que uma educação inclusiva
exerce sobre o autista e a sociedade.
De fato esta monografia não tem a pretensão de findar este complicado as-
sunto, mais sim, proporcionar o mínimo de conhecimento necessário a quem o tem
interesse de saber um pouco mais sobre Autismo Infantil.
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5 REFERÊNCIAS
6 LEBOYER, Marion. Autismo Infantil: Fatos e modelos. 2. ed. São Paulo: Papi-
rus, 1996.
10 RIMLAND, B. Infantile autism: the syndrome and its implications for a neural
theory of behavior. New York: Appleton-Century-Crofts, 1964.
ANEXO
http://www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/repositorio/34/figuras/DireitosPessoasA
utismo_Leitura.pdf