Plano Diretor São Gonçalo - Volume I - Relatório Técnico
Plano Diretor São Gonçalo - Volume I - Relatório Técnico
Plano Diretor São Gonçalo - Volume I - Relatório Técnico
SÃO GONÇALO
RIO DE JANEIRO
VOLUME I
RELATÓRIO TÉCNICO
Capítulo: Histórico
JUNHO DE 2008
Coordenação Geral
Coordenação Técnica
Capítulo: Histórico
ÍNDICE.............................................................................................................................................. 6
ÍNDICE DE TABELAS.......................................................................................................................... 7
ÍNDICE DE GRÁFICOS ...................................................................................................................... 8
ÍNDICE DE FIGURAS ......................................................................................................................... 8
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 14
1 Histórico .................................................................................................................................. 14
2 Inserção regional................................................................................................................... 15
3 Aspectos Ambientais............................................................................................................. 17
3.1 Hidrologia ..................................................................................................................................... 17
3.2 Clima ............................................................................................................................................. 18
3.3 Vegetação e Fauna .................................................................................................................. 18
3.4 Situações de Alerta .................................................................................................................... 20
4 Aspectos Sócio-Econômicos ................................................................................................ 22
4.1 Quadro Demográfico ................................................................................................................ 22
4.2 Saúde ............................................................................................................................................ 23
4.3 Educação .................................................................................................................................... 25
4.4 Programas Sociais....................................................................................................................... 30
4.5 Dinâmica Social .......................................................................................................................... 30
5 Configuração Espacial .......................................................................................................... 33
5.1 Divisão Político-espacial............................................................................................................ 33
5.2 Parcelamento do Solo............................................................................................................... 35
5.3 Uso e Ocupação do Solo no Município ................................................................................ 37
5.4 Configuração sócio-espacial .................................................................................................. 39
6 Infra-Estrutura ......................................................................................................................... 45
6.1 Circulação e transporte ............................................................................................................ 46
6.2 Sistema de abastecimento de água ..................................................................................... 56
6.3 Sistema de esgotamento sanitário ......................................................................................... 64
6.4 Energia Elétrica ........................................................................................................................... 73
6.5 Manejo de Águas Pluviais Urbanas......................................................................................... 73
6.6 Resíduos sólidos ........................................................................................................................... 79
7 Gestão Municipal .................................................................................................................. 84
Capítulo: Histórico
ÍNDICE DE TABELAS
ÍNDICE DE GRÁFICOS
ÍNDICE DE FIGURAS
Capítulo: Histórico
1 Histórico
Em 1895 foi inaugurada a ferrovia que se dirige a Marica. Os dois vetores ferroviários (um
no sentido zona serrana e outro no caminho da Região dos Lagos) foram indutores, nessa
época, do desenho urbano e da ocupação que se iniciou de forma rarefeita em torno
das estações de paradas de trem.
2 Inserção regional
Próximo à cidade do Rio de Janeiro - do qual dista 20 quilômetros – São Gonçalo situa-se
no lado oriental da Baía de Guanabara. Limita-se, ao Norte, com Itaboraí e com a Baía
de Guanabara; ao Sul, com Maricá e Niterói; a Leste, ainda com Itaboraí e Marica e a
Oeste, com a Baía de Guanabara e Niterói. Abrange uma área de 251 quilômetros
quadrados atravessada pelas duas principais vias de acesso ao Norte do Estado: a
Rodovia Amaral Peixoto que se divide nas RJ-104 e RJ-106 e a Niterói-Manilha integradas
ao sistema BR-101. Juntos, esses fatores tornam São Gonçalo um ponto estratégico para
negócios e proporcionam um acesso fácil às demais regiões do país além de torná-lo
passagem quase obrigatória para importantes áreas turísticas do estado, como a Região
Capítulo: Inserção regional
dos Lagos.
Ressalta-se ainda, a facilidade de acesso e a proximidade do município com o Aeroporto
Internacional Antônio Carlos Jobim. A localização do município torna-se estratégica
quanto s facilidade de acessos, terrestre e aquático, este último pela possibilidade de
interligação a ser realizada por barca tanto a Niterói, quanto ao Rio de Janeiro.
3 Aspectos Ambientais
3.1 Hidrologia
As bacias hidrográficas de primeira ordem do município de São Gonçalo são as dos rios
Guaxindiba e Imboassú.
A bacia do rio Guaxindiba corresponde a menos de 4% do total continental da Baía de
Guanabara. Sua nascente principal localiza-se no município de Niterói, na serra Grande.
A desembocadura localiza-se dentro da APA de Guapimirim. A área dessa bacia está
totalmente ocupada por área urbana.
A bacia do rio Imboassú corresponde a menos de 1% do total continental da Baía de
Guanabara. Sua nascente localiza-se em São Gonçalo, na serra Grande. A bacia do
Imboassú encontra-se 100% dentro da área do município e atravessa área de grande
densidade urbana. O rio Imboassú encontra-se totalmente descaracterizado, tendo sido
retificado e canalizado em diversos trechos.
Outras bacias importantes são as dos rios Aldeia e Bomba. O rio Aldeia nasce entre a
serra Tiririca e a serra de Itaintindiba. Essa bacia situa-se em uma área ainda não
totalmente urbanizada do município. Já o rio Bomba nasce no morro do Castro e
percorre área totalmente urbanizada até desaguar na Baía de Guanabara. Como o rio
Imboassú, o rio Bomba está descaracterizado, apresenta edificações em ambas as
margens, possuindo trechos retificados e canalizados.
Capítulo: Aspectos Ambientais
3.2 Clima
sobretudo por frentes frias e brisas marítimas. Segundo Köppen, o clima da região é
classificado como tropical quente e úmido, com inverno seco e verão quente e chuvoso.
Fig 07: Viveiro de mudas APA Engenho Pequeno Capítulo: Aspectos Ambientais
Segundo dados apresentados pelo Plano Diretor de 1991, as áreas de mangue que, à
época apresentavam-se em maior processo de degradação estavam localizadas em
frente à Ilha da Coroa Grande e na foz do rio Marimbondo. As áreas de mangue, além
de representarem áreas de preservação permanente, são áreas que estão sujeitas a
inundações periódicas e constante processo de deposição de sedimentos finos,
especialmente matéria orgânica. A ocupação desordenada dessas áreas acarreta
problemas para a utilização sustentável de seus recursos. As áreas de mangue do
município encontram-se em processo acelerado de degradação, e a vegetação
primitiva foi profundamente alterada.
Vale ainda ressaltar que o “lixão” de São Gonçalo, que não possui qualquer sistema de
proteção ambiental (vide item 7.6), está localizado em área de mangue, dentro dos
limites da APA - Área de Proteção Ambiental - de Guapimirim.
Capítulo: Aspectos Ambientais
4 Aspectos Sócio-Econômicos
O município de São Gonçalo compreende 5 Distritos: São Gonçalo (sede), Ipiíba, Monjolo,
Neves e Sete Pontes. O Distrito-sede apresenta-se como o majoritariamente ocupado: sua
população era, em 2000, quase duas vezes maior do que a do Distrito de Monjolo, o
segundo mais populoso.
Tabela 06: População Residente por Faixa Etária segundo Municípios. 2000.
Município
Faixa Etária
Itaboraí Maricá Niterói São Gonçalo Total
0 a 4 anos 18.305 6.411 30.567 74.003 129.286
5 a 9 anos 17.592 6.629 31.124 73.136 128.481
10 a 19 anos 35.604 13.621 71.977 153.903 275.105
20 a 29 anos 34.509 12.603 76.613 158.686 282.411
30 a 39 anos 29.815 12.032 71.495 147.960 261.302
40 a 49 anos 23.314 10.551 67.105 123.176 224.146
50 a 59 anos 14.361 6.951 47.371 78.221 146.904
60 ou mais anos 13.979 7.939 63.199 82.034 167.151
Total 187.479 76.737 459.451 891.119
Capítulo: Aspectos Sócio-Econômicos
De acordo com o censo em 2000, São Gonçalo tinha um total de 302.905 domicílios, dos
quais 262.892, ou seja, 87% são domicílios particulares permanentes. Os restantes, 39.527
domicílios não ocupados, têm uso ocasional.
4.2 Saúde
Tabela 07: Morbidade Hospitalar - Óbitos por Tipo de Causa segundo Municípios. 2004
Óbitos-lesões,
Óbitos- Óbitos- Óbitos-gravidez,
envenena-
Óbitos doenças doenças Parto e puerpério
Município Doenças* % mentos e
Total aparelho aparelho e originadas no
causas
circulatório respiratório período perinatal
externas
Itaboraí 566 156 27,6% 155 96 9 30
Marica 271 40 14,8% 67 80 10 7
Niterói 1.222 329 26,9% 252 236 24 53
São Gonçalo 2.679 591 22,1% 770 624 39 83
Total 4.738 1.116 23,6% 1.244 1036 82 173
Fonte: Ministério da Saúde, Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde - DATASUS 2004.
Obs. * Doenças infecciosas e parasitárias, metabólicas e nutricionais.
No que se refere aos estabelecimentos de saúde em São Gonçalo, a leitura dos dados
revela um total, em 2002, de 199 estabelecimentos entre hospitais, postos e centros de
saúde e clínicas médicas sendo que apenas 28,6% pertenciam à rede pública (contra
71,4% privados).
Tabela 08: Estabelecimento de Saúde -Total, Público e Privado segundo Municípios. 2002.
Estabelecimento de Saúde
Município
TOTAL Público % Público Privado %Privado
Itaboraí 60 31 51,7% 29 48,30%
Maricá 27 17 63,0% 10 37
Niterói 285 67 23,5% 218 76,50%
São Gonçalo 199 57 28,6% 142 71,40%
Total 571 172 30,1% 399 69,90%
Fonte: IBGE, Assistência Médica Sanitária 2002.
Observa-se que Niterói, cuja população era de 459.451 habitantes em 2002, ou seja,
Capítulo: Aspectos Sócio-Econômicos
4.3 Educação
O número total de matrículas nos ensinos infantil, fundamental e médio de São Gonçalo,
em 2001, foi de 196.174 alunos, tendo evoluído para 201.837 em 2002, apresentando a
estimativa de evolução de 3% ao ano no número de estudantes.
Os dados mais atualizados de escolas e matrículas por nível de ensino formam o seguinte
Capítulo: Aspectos Sócio-Econômicos
panorama:
• Ensino Fundamental - 2004 → 138.825 matrículas
• Ensino Fundamental - 2004 → 385 escolas
• Ensino Médio - 2004 → 35.539 matrículas
• Ensino Médio - 2004 → 97 escolas
• Ensino Superior - 2003 → 9441 matrículas
• Ensino Superior - 2003 → 4 escolas
Fonte: IBGE -Site Cidades
Nº de Matrículas
Municípios
20.000
Itaboraí
15.000 Maricá
Niterói
10.000 São Gonçalo
5.000
0
2002 2004
Educacional 2002, 2004 Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais -
INEP , (1)Censo Educacional
Nº de Matrículas
160.000
140.000
120.000 Municípios
100.000
Itaboraí
80.000 Maricá
Niterói
60.000
São Gonçalo
40.000
20.000
0
2002 2004
Nº de Matrículas 40.000
35.000
30.000 Municípios
Capítulo: Aspectos Sócio-Econômicos
25.000 Itaboraí
20.000 Maricá
15.000 Niterói
São Gonçalo
10.000
5.000
0
2002 2004
Nº de Escolas
100
90
80
70 Municípios
60 Itaboraí
50 Maricá
40 Niterói
São Gonçalo
30
20
10
0
2002 2004
Itaboraí 15 14 0 1 8 9 23 24
Maricá 5 6 1 1 5 6 11 13
Niterói 24 24 0 0 46 50 70 74
São Gonçalo 43 44 0 0 56 53 99 97
Total 87 88 1 2 115 118 203 208
2002 Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP -, Censo
Educacional 2002; 2004 Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais -
INEP , (1)Censo Educacional
Bolsa Família
O Programa Bolsa Família (PBF) é um programado governo federal de transferência direta
de renda com condicionalidades que beneficia famílias pobres (com renda mensal por
pessoa de R$ 60,01 a R$ 120,00) e extremamente pobres (com renda mensal por pessoal
de até R$ 60,00).
O Programa Bolsa Família pauta-se na articulação de três dimensões essenciais à
superação da fome e da pobreza: promoção do alívio imediato da pobreza, por meio
da transferência direta de renda à família; reforço ao exercício de direitos sociais básicos
nas áreas de Saúde e Educação, que contribui para que as famílias consigam romper o
ciclo da pobreza entre gerações.
O Programa Bolsa Família integra o FOME ZERO, que visa assegurar o direito humano à
alimentação adequada, promovendo a segurança alimentar e nutricional e contribuindo
para a erradicação da extrema pobreza e para a conquista da cidadania pela parcela
da população mais vulnerável à fome.
Tabela 19: Programa Bolsa-Família - Nº Famílias Beneficiadas por Município 2002 e 2004
Município Famílias Pobres – 2001 Famílias Pobres - 2004 Variação 2001-04
Itaboraí 10.584 10.144 -4,2
Maricá 3.268 3.044 -6,9
Niterói 10.726 10.694 -0,3
São Gonçalo 36.793 36.108 -1,9
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Tabela 21: PIB Municipal; valores adicionados por Setores Econômicos 2000
Valor adicionado na Valor adicionado na Valor adicionado no
Município
agropecuária (mil R$) indústria (mil R$) serviço (mil R$)
Itaboraí 4.341 268.928 574.947
Maricá 6.658 191.847 285.541
Niterói 36 697.873 2.514.118
São Gonçalo 3.763 1.085.508 2.858.018
Total 14.798 2.244.156 6.232.624
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais
Tabela 22: PIB Municipal; valores adicionados por Setores Econômicos 2002
Valor adicionado na Valor adicionado na Valor adicionado no
Município
agropecuária (mil R$) indústria (mil R$) serviço (mil R$)
Itaboraí 5.063 266.796 612.152
Maricá 5.393 183.336 306.326
Niterói 38 640.813 2.533.041
São Gonçalo 2.617 640.813 3.008.842
Total 10.494 1.090.945 3.451.519
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais
Tabela 23: Pessoal Ocupado por Ramo de Atividade segundo Municípios. 2000.
Pessoal Ocupado por Ramo de Atividade São
Itaboraí Maricá Niterói TOTAL
/Município Gonçalo
Alojamento e Alimentação 903 457 8.790 3.579 13.729
Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às 939 32.087 7.657 41.781
1.098
empresas
Comércio, reparação de veículos automotores, objetos 3.611 36.175 29.318 74.992
5.888
pessoais e domésticos
Construção 1.377 218 6.884 5.202 13.681
Indústrias extrativas 83 54 97 144 378
Capítulo: Aspectos Sócio-Econômicos
indiretos) durante as obras e mais 50 mil na fase de plena operação. As obras começarão
no início de 2007 e em 2011 o Complexo deverá operar. O impacto sócio-econômico
oriundo de um empreendimento de tal vulto pode ser previsto e passível de ações de
planejamento para que o potencial de desenvolvimento e mudanças sejam benéficas
especialmente para a sociedade local.
O Complexo Petroquímico Rio de Janeiro
Em março de 2006 a Petrobrás anunciou a aprovação da localização do Complexo
Petroquímico do Rio de Janeiro – COMPERJ - nos municípios de Itaboraí e São Gonçalo,
no Estado do Rio de Janeiro. Tal empreendimento constituirá um pólo que, segundo
estimativa da Petrobrás, deverá gerar 212 mil empregos diretos e indiretos até 2011,
quando o Complexo deve começar a funcionar, e mais 50 mil durante sua operação.
5 Configuração Espacial
fazendas da região. O histórico urbano está também sob forte influência dos diferentes
momentos de crescimento industrial e de posterior decadência de investimentos e
fomentos a uma então ameaçada vocação industrial do município. A cidade cresceu e
não pôde incluir um distrito industrial forte para alimentar o seu mercado de trabalho,
melhorando assim a situação precária de sua população e da magra receita municipal.
O parcelamento do solo em São Gonçalo orientou-se a partir dos principais eixos
rodoviários e ferroviários que atravessam seu território evoluindo no sentido Rio de Janeiro
/ Niterói sentido interior metropolitano.
Na década de 40 os parcelamentos se deram de forma desmembrada, em geral em
loteamentos descontínuos e transversais às ferrovias e rodovias.
As áreas de ocupação mais densas e antigas são hoje as mais bem providas de serviços
urbanos de infra-estrutura, tanto de equipamentos quanto de atividades de comércio e
serviços.
destruídas pelo tempo e pelo descaso do poder público local. O único imóvel
remanescente de valor patrimonial reconhecido pelo IPHAN é a Fazenda Colubandê, um
significativo conjunto formado pela casa-grande, pátio, capela e jardins. Atualmente,
abriga um batalhão do exército que vem garantindo manutenção e proteção ao bem
material.
São Gonçalo deve iniciar um processo de qualificação de seu espaço urbano, alterando
características de suas áreas, com melhoria da infra-estrutura dos serviços urbanos.
Percebe-se que São Gonçalo encontra-se em um momento de grande ameaça se não
houver um desenvolvimento planejado: que é o de saturação da cidade e do município
Capítulo: Configuração Espacial
É nessa região ainda que se encontra o povoado de São Pedro de Alcântara (vinculado
à Paróquia de São Pedro de Alcântara). O povoado se constitui em uma “vila modelo”
de ocupação sustentável, onde o sistema de esgotamento sanitário das quase 40 casas
está associado a um biodigestor para tratamento dos efluentes domésticos e para o
abastecimento de gás (produto do biodigestor) uma cozinha comunitária.
6 Infra-Estrutura
Este item tem como objetivo principal a descrição da situação existente de infra-estrutura
urbana, englobando os aspectos de circulação e transporte, abastecimento de água,
esgotamento sanitário, energia elétrica, drenagem urbana e resíduos sólidos.
A formulação de políticas sociais urbanas em geral tem por finalidade a melhoria dos
níveis de pobreza e de qualidade de vida, tendo como decorrência maior acesso aos
Capítulo: Infra-Estrutura
O Plano Diretor do Município aprovado pela Câmara Municipal em 1992 indicou algumas
ações de cunho urbanístico e a melhoria de infra-estrutura, além de contemplar um
Plano de Transporte e Trânsito.
Para o PTT-SG foi realizado o estudo de problemas de trânsito e transporte do Município
de São Gonçalo, procurando analisar os sistemas locais de transporte urbano,
abrangendo infra-estrutura viária, circulação urbana e atendimento de serviços de
transporte público, este plano objetivou a estruturação da malha viária municipal e a
racionalização do transporte coletivo, oferecendo subsídios para implementação de
intervenções físicas e operacionais nas vias, implantação de equipamentos urbanos e de
transportes, organização de rotinas de fiscalização e controle do transito, programação e
monitoramento dos serviços de transporte.
O Projeto de Sinalização de Vias Urbanas teve por objetivo a elaboração de Projeto de
Capítulo: Infra-Estrutura
Situação Atual
Outra análise relevante é verificar a distribuição das viagens entre internas e externas do
Município, sendo que uma viagem é considerada externa quando uma das pernas
(origem ou destino) se localiza fora do Município de São Gonçalo. Esta análise permite
avaliar o grau de independência do Município obtido pela porcentagem de viagens
Capítulo: Infra-Estrutura
internas a ele. Na Tabela a seguir pode-se observar a distribuição das viagens internas e
externas à São Gonçalo e à RMRJ:
Apesar do volume de viagens internas ser maior que 60% em São Gonçalo, em relação à
média dos demais Municípios da RMRJ o grau de dependência é alto.
• Mobilidade
Mobilidade é a condição necessária de um indivíduo para que possa usufruir as ofertas
do espaço de uso comum com autonomia e equiparação de oportunidades. (Lanchoti).
Tendo em vista o conceito apresentado, destaca-se a importância de se conhecer o
índice de mobilidade, pois esse é o indicador que mede o número de viagens realizadas
por habitante em um dia, para se conhecer o grau de desenvolvimento do Município.
Considerando somente as viagens motorizadas, pode-se observar na tabela a seguir que
os municípios economicamente mais desenvolvidos são os que apresentam maior índice
de mobilidade, como é o caso de Niterói e Rio de Janeiro com índices, respectivamente,
de 1,49 e 1,35.
Constata-se que nem todos os moradores de São Gonçalo utilizam o modo motorizado, e
que os habitantes que viajam neste modo realizam menos de uma viagem motorizada
por dia, pois o índice apresentado por este Município é igual a 0,86, e é inferior a média
da RMRJ (1,11).
Comparando os indicadores de mobilidade de alguns municípios da RMRJ, constata-se
que em termos de mobilidade total (quando são consideradas tanto as viagens
motorizadas quanto as não motorizadas), a Cidade do Rio de Janeiro é a que apresenta
maior índice (1,86), em seguida observa-se Niterói e Duque de Caxias, ambas com 1,84
de índice. São Gonçalo, com 1,81, apresenta um índice superior à Média que é de 1,77.
Um outro indicador importante é a Taxa de Imobilidade, pois esta representa a
Capítulo: Infra-Estrutura
Pode-se observar que o tempo de acesso a pé até o transporte coletivo é muito superior
ao de acesso ao transporte individual, o que indica a proximidade do local de parada
dos automóveis em relação aos seus usuários e a distribuição física da rede de transporte
coletivo.
• Fluxos de Transporte
Gráfico 06: Fluxos de Transporte
Capítulo: Infra-Estrutura
De acordo com o Plano de Transporte e Trânsito de São Gonçalo – PTT/SG (1997), apesar
de seu potencial, São Gonçalo sofre com a enorme carência de infra-estrutura urbana.
As mesmas condições foram verificadas ainda hoje, como:
BR-101 é o ponto onde passa a ser denominada de Av. Governador Roberto da Silveira,
ainda no Município de Niterói, cujos reflexos chegam a afetar o desempenho do tráfego
geral também em trechos pertencentes ao Município de São Gonçalo. Apresenta fluxo
misto de tráfego, com linhas de transporte coletivo interestadual e intermunicipal, veículos
de carga e de passeio, sendo este último o de maior incidência na rodovia.
A ocupação lindeira pode ser considerada de pouca intensidade, preservada a faixa de
domínio da rodovia, com alguma ocorrência de serviços, quartéis militares, depósitos,
Assim como o corredor anterior, o fluxo de tráfego que sobressai é formado por ônibus
das linhas relativas aos serviços municipal e intermunicipal. A ocupação lindeira é
predominantemente residencial, com a incidência de algum comércio local. O uso
comercial mais intenso só ocorre na interseção dos dois corredores, próximo à Praça.
Profª. Estephânia de Carvalho, em Zé Garoto.
Capítulo: Infra-Estrutura
• Cicloviário
• Transporte Ferroviário
Atualmente em São Gonçalo o Sistema Ferroviário é ocioso, pois são realizadas apenas 02
viagens diárias para manter as áreas do entorno da linha férrea desocupadas. Não se
verificam cancelas para garantir a segurança durante a travessia de pedestres e veículos
sobre os trilhos, o que torna os cruzamentos perigosos.
• Transporte Hidroviário
Terminal Araribóia.
• Transporte Metroviário
Capítulo: Infra-Estrutura
Como descrito anteriormente, o sistema produtivo que utiliza a ETA do Laranjal está
implantado na sede do município de São Gonçalo e desta ETA partem os sistemas
Capítulo: Infra-Estrutura
adutores que atendem a São Gonçalo e aos municípios próximos (Niterói e o Distrito de
Itambi, no município de Itaboraí, sendo que a vazão destinada a esse Distrito é muito
reduzida se comparada com as demandas de São Gonçalo e Niterói, sendo
desconsiderada nestes estudos). Segundo a CEDAE, em dezembro de 2004 a população
atendida em São Gonçalo era de 625.683 habitantes.
A ETA do Laranjal vinha reduzindo os volumes de água produzidos no período de 1999 a
2002, entretanto apresentou forte elevação nos anos de 2003 e 2004. É importante
O restante da população, não atendida oficialmente pela CEDAE, obtém água ou por
meio de ligações clandestinas no sistema da CEDAE, principalmente em derivações
inadequadas nas adutoras (de água bruta ou de água tratada), ou por meio de
derivações nas próprias redes de distribuição.
Foi possível observar situação onde a própria população instala barrilete para recalcar
água oriunda de ligações clandestinas até as suas casas. É importante salientar que a
energia elétrica utilizada também é oriunda de ligação clandestina na rede de
eletricidade.
Observa-se na figura Ligação Clandestina com tubulação sobre o solo passando dentro
de valas com esgotos a céu aberto
Fig 35: Rede de Distribuição de Água sob córrego que recebe esgotos brutos
Capítulo: Infra-Estrutura
Como descrito anteriormente, no sistema integrado São Gonçalo e Niterói, operado pela
CEDAE, não há setorização do sistema de distribuição de água e esse fato faz com que
Fonte: SNIS – Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento do Ministério das Cidades
da demanda;
− Insuficiência e ineficiência na aplicação dos recursos financeiros disponíveis.
Essa situação proporciona níveis de atendimento atuais na ordem de 60% da
população urbana para os serviços de abastecimento de água;
− Conflitos na gestão dos serviços, entre a prestadora e o município, sendo
que a concessão fornecida à CEDAE encontra-se vencida;
Capítulo: Infra-Estrutura
A outra ETE, de grande porte, implantada em São Gonçalo, encontra-se com operação
inadequada em função do processo de tratamento utilizado e em função da
insuficiência de esgotos a ela conduzidos. A foto apresenta uma visão geral da referida
ETE. Pela imagem também é possível observar a proximidade da unidade de tratamento
com a área urbana e com uma área de laser (piscinão).
A parcela da população atendida regularmente pela CEDAE não tem sido ampliada ao
longo dos anos, como pode ser observado nas figuras que apresentam respectivamente
a população atendida em habitantes e o índice de atendimento.
Fonte: SNIS – Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento do Ministério das Cidades
Capítulo: Infra-Estrutura
Fonte: SNIS – Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento do Ministério das Cidades
Observa-se a mesma situação para as ligações ativas e os volumes coletados, mas para
o volume tratado observa-se elevação em 2003 e em 2004, provocado pelo início de
operação de ETE implantada pela CEDAE.
Gráfico 09: Quantidade de Ligações Ativas de Esgotos – CEDAE
Capítulo: Infra-Estrutura
Fonte: SNIS – Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento do Ministério das Cidades
Fonte: SNIS – Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento do Ministério das Cidades
Fonte: SNIS – Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento do Ministério das Cidades
(Gráfico 26) de esgotos, em 2004, era de 140,5 m/lig, muito superior à verificada para o
sistema de água (3,0 m/lig).
Fonte: SNIS – Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento do Ministério das Cidades
Apesar das redes coletoras terem sido implantadas, observa-se que as ligações prediais
não foram efetivadas e assim, as populações dessas áreas não estão sendo beneficiadas
com o esgotamento sanitário.
Essa situação é muito preocupante, uma vez que as redes podem estar sendo obstruídas
por lançamentos inadequados (lixo, entulho, solo, etc.), fato que poderá proporcionar
danos irreversíveis.
Outra parcela da população lança seus efluentes líquidos em fossas rudimentares ou
sépticas seguidas de sumidouros. A parcela da população que utiliza essa solução
corresponde àquela que não consegue lançar seus efluentes em galerias de águas
pluviais ou diretamente nos cursos d’água que cruzam a cidade. É possível observar em
algumas áreas o lançamento de esgotos a céu aberto, em valas cavadas às margens
das vias ou diretamente sobre essas vias.
Outra parcela da população lança seus esgotos diretamente nos cursos d’água.
Fig 45: Esgotos Lançados a Céu Aberto – Valas às Margens das Ruas
Capítulo: Infra-Estrutura
•
respectivas unidades não estão sendo colocadas em operação, principalmente
em função da inexistência de ligações prediais;
• O corpo receptor dos esgotos (Baía de Guanabara) não apresenta restrições de
capacidade, entretanto as unidades de tratamento devem operar
adequadamente para que não haja danos ambientais não previstos nos projetos;
Tabela 36: Informações e Indicadores da Prestação de Serviços de Esgotos em São Gonçalo – (SNIS
1995/2004)
economias ativas de
E02 - Quantidade de
E03 - Quantidade de
E08 - Quantidade de
E09 - Quantidade de
de energia elétrica
residenciais ativas
ligações ativas de
ligações totais de
E04 - Extensão da
esgoto coletado
E01 - População
E05 - Volume de
E06 - Volume de
E07 - Volume de
esgoto faturado
nos sistemas de
rede de esgoto
esgoto tratado
esgotamento
economias
de esgoto
sanitário
esgotos
esgoto
esgoto
esgoto
Ano
I024 - Índice de
atendidos com
esgoto referido
I021 - Extensão
aos municípios
realizados em
Investimentos
direta-esgoto
esgotamento
F03 - Receita
atendimento
operacional
I006 - Tarifa
da rede de
esgoto por
urbano de
coleta de
média de
sanitário
ligação
esgoto
esgoto
água
F24 -
Ano
Capítulo: Infra-Estrutura
Segundo as informações contidas no Censo 2000, em São Gonçalo, 99,9% dos domicílios
eram atendidos com energia elétrica.
A distribuição de energia em São Gonçalo é de responsabilidade da empresa AMPLA,
que segundo dados da Fundação CIDE/RJ (2001), atendia no Município a 283.098
consumidores, com um consumo médio de 1.023.590 MWh. Na tabela a seguir é possível
verificar o número de consumidores e o consumo de energia elétrica por classes de
consumidores em 2000, no Município de São Gonçalo. Como pode ser verificado, o
consumo mais expressivo é observado na classe residencial, com 54% do consumo de
energia elétrica local, seguida da classe comercial com 19% e da industrial com 16%. Em
2002 o total de consumidores aumentou para 303.810, com declínio de consumo que
passou para 895.829 MWh, reflexo da crise de energia ocorrida no país (apagão).
Como pode ser observado no município, existe uma quantidade significativa de ligações
clandestinas de energia elétrica, sendo possível observá-las em vários bairros do
município, principalmente nos setores com menor presença de infra-estrutura.
A Prefeitura Municipal de São Gonçalo tem tido problemas com a companhia de energia
Capítulo: Infra-Estrutura
Fig 48: Curso D’Água com reduzida declividade – Trecho sofre influência da maré.
Observa-se na foto que as águas do curso d’água têm coloração indicando forte
Capítulo: Infra-Estrutura
Fig 51: Bocas de Lobo com grande quantidade de lixo lançado pela população
Fig 52: Córrego sem vegetação natural – assoreamento do seu leito (inclusive lixo)
Fig 53: Margens de córrego ocupada por invasão - Estrangulamento da sua seção
Fig 54: Córrego com suas margens ocupadas – Estrangulamento da sua seção de escoamento
Capítulo: Infra-Estrutura
Capítulo: Infra-Estrutura
Se por um lado a coleta de lixo é razoável no município, por outro se observa que os
serviços de limpeza urbana e de disposição no solo necessitam de profundos
melhoramentos, pois os cursos d’água apresentam-se assoreados, há vegetação
espalhada pelas vias, lançamento de troncos de árvores em cursos d’água (inclusive por
próprios funcionários da prefeitura, indicando a necessidade de um programa de
educação ambiental).
Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada pelo IBGE em 2000, é
possível observar que naquela época, no município de São Gonçalo, não havia controle
da disposição dos resíduos sólidos industriais, nem coleta seletiva, nem reciclagem de
maneira organizada dos resíduos sólidos ali produzidos. Foi possível levantar a existência
de remoção sistemática de entulhos e coleta de lixos especiais, entretanto esses resíduos
não apresentavam destinação adequada, sendo que todos os resíduos sólidos coletados
eram dispostos em vazadouro a céu aberto.
Informações obtidas junto à Prefeitura Municipal indicam que os serviços de coleta e
limpeza urbana deverão apresentar melhorias significativas, uma vez que no mês de
abril/06 foi concluída a licitação e deu-se início à prestação desses serviços pela Empresa
ServiFlu, vencedora do processo licitatório, cujo contrato tem duração de 5 anos. A
referida empresa está responsável pelos serviços de coleta de lixo e detritos, pela pintura
de meio-fio, higienização de logradouros e coleta de lixo hospitalar. Já no mesmo mês de
abril, a empresa iniciou a prestação dos serviços contando com uma frota de 60
caminhões compactadores.
Para combater o lançamento de resíduos sólidos em locais inadequados a Prefeitura de
São Gonçalo e a Secretaria Estadual de Educação laçaram em conjunto no mês de
março/06, o programa “Lixo no lixo – a caminho da reciclagem”. O convênio tem o
objetivo de estimular a discussão e o aprendizado da criança sobre as questões
ambientais, utilizando o lixo como ferramenta. Alunos de 104 escolas estaduais e 80
municipais vão participar do programa. Outra ação empreendida está ligada à
fiscalização de lotes baldios.
A Prefeitura de São Gonçalo, através da Secretaria de Fazenda e da Secretaria de Infra-
Estrutura, Urbanismo e Meio Ambiente, desde dezembro de 2005, está realizando
operações para identificar e multar proprietários de terrenos baldios que não estejam
murados e limpos conforme determina o Código de Posturas do município. A medida tem
o objetivo de evitar o lançamento inadequado de resíduos sólidos, bem como a
proliferação de vetores de doenças, como a infestação de baratas, ratos e mosquitos
transmissores da dengue.
Capítulo: Infra-Estrutura
Outra medida recentemente adotada pela prefeitura foi a interrupção da coleta de lixo
no período noturno, sendo que as atividades passaram a ocorrer somente durante o dia.
A limpeza só continuará noturna nos centros comerciais da cidade.
Os primeiros locais escolhidos para receberem as mudanças foram os bairros do
Camarão, Porto da Pedra, Porto Velho, Patronato, onde os caminhões de lixo passarão as
segundas, quartas e sextas-feiras. Já os bairros da Trindade e do Jardim Alcântara, terão
seus lixos recolhidos as terças, quintas e sábados.
Fig 58: Lixo lançado a céu aberto em terrenos vazios – loteamentos não regularizados
Fig 59: Lançamento de lixo e esgotos brutos nos cursos d’água que cruzam a cidade
Fig 60: Presença de Lixo nos cursos d’água que cruzam a cidade
Capítulo: Infra-Estrutura
Com relação à destinação final dos resíduos sólidos coletados, a prefeitura realizou
licitação, fornecendo a concessão dos serviços por um período de 30 anos à empresa
CTR Alcântara, que desde o início de 2005 está operando o Aterro de Itaoca.
No referido aterro chega, em média, 853,5 ton/dia (considerando o período de dados
fornecido pela concessionária a apresentado na Tabela a seguir), dos quais 488, 66
ton/dia são oriundas de domicílios, 3,77 ton/dia de podas e galhos, 4,06 de varrição, 27,74
ton/dia de dragagens, 0,57 ton/dia de entulhos, 1,78 ton/dia de resíduos de serviços de
saúde, 5,41 t/dia de lodo. É importante destacar que os resíduos sólidos industriais não são
Capítulo: Infra-Estrutura
P.M.S.G. PLUV.
SUB- TOTAL
Mês (mm/
TOTAL GERAL
DOM_ PUB_ VAR- ENTU- dia)
PODAS_ DRAG. RSS LODO
ORD GRAN. RIÇÃO LHO
GAL
novembro-05 495,26 362,14 4,67 5,49 39,48 1,65 1,60 4,38 911,41 911,41 7,17
dezembro-05 547,72 375,81 6,52 4,28 19,75 0,44 1,78 7,33 963,64 963,64 6,00
janeiro-06 532,27 291,61 3,55 3,45 9,78 0,67 1,75 6,35 849,43 849,43 9,04
fevereiro-06 511,59 256,53 3,34 3,23 28,81 0,09 1,80 5,55 810,95 810,95 3,86
março-06 452,36 145,74 2,84 4,43 22,86 0,26 1,80 4,92 635,20 635,20 1,94
abril-06 464,36 398,97 5,57 3,65 35,47 0,36 2,07 6,02 916,47 916,47 2,21
maio-06 450,16 327,89 1,57 4,71 52,82 1,11 1,85 3,99 844,09 844,09 2,77
junho-06 455,57 416,57 2,06 3,27 12,95 0,00 1,60 4,77 896,78 896,78 0,76
Média 488,66 321,91 3,77 4,06 27,74 0,57 1,78 5,41 853,50 853,50 4,22
O fato mais preocupante com relação ao aterro de Itaoca se refere à sua capacidade,
que segundo a empresa concessionária, apresenta vida útil inferior a 2 anos, havendo
necessidade de implantação de um novo aterro.
Quando da desativação do aterro de Itaoca dever-se-á desenvolver diversas ações no
intuito de se promover a recuperação ambiental da área, principalmente se se levar em
consideração que a sua localização é inadequada, tanto no que se refere à distância da
área urbana, quanto ao tipo solo e vegetação, sendo área de mangue.
Capítulo: Gestão Municipal
7 Gestão Municipal
A partir da Lei 058/05 – Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2006, o Município de São
Gonçalo estabeleceu o seu Plano de Metas e Prioridades para o presente exercício
financeiro.
No referido Plano de Metas, no tocante ao investimento na capacidade institucional e
administrativa do Município, destacam-se os seguintes Programas:
Administração Geral Manter as atividades administrativas e operacionais dos órgãos para melhoria
da prestação de serviços ao público.
Coordenadorias Regionais Implantar e manter as atividades administrativas, operacionais das
coordenadorias regionais para a melhoria do atendimento.
Desburocratizar é Fácil Criar mecanismos para simplificação e desburocratização dos atendimentos
prestados pelos órgãos da administração municipal.
Diálogo em Ação Atender aos Conselhos Municipais com material informativo, de expediente e
administrativo, objetivando melhor qualidade de funcionamento dos mesmos.
Gestão Política de Governo Desenvolver atividades de planejamento, orçamento, sistemas de informação
nas Diversas Funções e diagnóstico, suporte à formulação das políticas das funções de Governo.
Modernização Administrativa Reaparelhar e informatizar as instalações, treinar e capacitar os servidores
e Tecnologia da Informática para a otimização dos procedimentos administrativos.
Patrimônio, Próprios Municipais Adquirir, construir, ampliar, reformar e manter o patrimônio, próprios municipais
e Imóveis de Locação e imóveis de locação.
Reforma Administrativa Modernizar a estrutura funcional da administração municipal, com a
conseqüente valorização do funcionalismo e melhoria da operacionalidade
no atendimento aos munícipes.
Treinamento e Capacitação Treinar e capacitar os servidores para melhor desempenho de suas atribuições
de Recursos Humanos e, conseqüentemente, melhor prestação dos serviços.
•
superposição de competências
A estrutura dos diferentes organismos municipais não segue um padrão, levando à
adoção de diferentes modelos de organização e funcionamento. Em sua grande
maioria, as Secretarias não possuem Regimento Interno, dificultando a definição e o
desempenho de papéis, funções e competências.
Não existe na estrutura organizacional do Município uma unidade que tenha como
função promover o planejamento e a avaliação integrados da gestão municipal e a
O exercício financeiro de 2006 no Município de São Gonçalo rege-se pela Lei 058/2005 –
Lei de Diretrizes Orçamentárias – e pela Lei 072/2005 – Lei Orçamentária Anual.
O Artigo 7º. da LOA/2006 estabelece a previsão da Despesa Total do Município fixada por
Função. A tabela a seguir apresenta, com base no referido artigo, as despesas previstas,
colocando em ordem decrescente de valor, aquelas referentes às funções do Poder
Capítulo: Gestão Municipal
Executivo:
Capítulo:
FERRAZ, A.C.P.; TORRES, I., Espinoza, G., Transporte Público Urbano, Editora RIMA, São
Carlos, 2001.
MELO, M.J.V.S., Sistema de ônibus nas áreas urbanas. Editora Universitária, Universidade
Federal de Pernambuco, Recife, 1979.
NOVAES, A.G., Sistemas de transportes – Volumes I, II, III, Ed. Edgard Blücher, 1986.
ORTÚZAR, J. de D. e WILLUMSEN, L. G., Modelling Transport, Ed. John Wiley & Sons, 1990.
Referências Bibliográficas
www.ibge.gov.br
www.transportes.gov.br
www.saogoncalo.rj.gov.br
www.cedae.rj.gov.br
Referências Bibliográficas
Capítulo: 9
Diretoras Responsáveis:
Mônica Herkenhoff
Capítulo: 9
Izabel Borges