Cábulas Digitais para Efeitos Unica e Exclusivamente de Estudo (CTMA) PDF
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Idiofones
Idiofones Percutidos
Idiofones Percussivos
Idiofones de concussão
Idiofones de Agitamento
Idiofones de raspagem
Idiofones beliscados
Idiofones friccionados
Membranofones
Tambores de fricção
Mirtilão
Cordofones
Arcos Musicais
Liras
Harpas
Aerofones
Aerofones de palheta
Voz Humana
Aerofones livres
O cravo é beliscado e clavicórdio é percutido, fazendo com que o som do clavicórdio seja mais
suave, tornando-o assim mais aconselhado para performances individuais por oposição ao do
cravo que devido ao beliscar das cordas, tem um som mais metálico.
i. Angulares e arqueadas
2. As Arqueadas: têm uma estrutura semelhante ao arco musical, mas com várias
cordas, caixa de ressonância e possibilidades de afinação.
ii. Harpas de Caixilho: com cordas metálicas (entre 30 a 36), algumas apresentavam
orifícios na caixa de ressonância.
iii. Harpas Duplas e Triplas: harpas munidas de algumas cordas a mais, para as notas
alternadas. Têm dois ou três planos de cordas, respetivamente. Na harpa tripla, as
cordas dos planos exteriores são paralelas e afinadas na mesma escala diatónica.
iv. Harpa Cromática: apresenta as cordas em dois planos oblíquos que se cruzam a meio.
Num dos planos estão as cordas que correspondem às teclas pretas do piano e no outro
plano estão as cordas que correspondem às teclas brancas.
b) Aerofones de Aresta
Existem dois tipos: os que são tocados com a embocaduras simples (em que a lâmina do ar é
moldada e orientada pelos lábios do executante, em direção à aresta de um orifício do
instrumento) os que são tocados com embocadura de apito (em que o ar é dirigido contra uma
aresta, ou bisel, talhada na parede do tubo através de um canal, o porta-vento).
c) Bi-membranofones cilíndricos:
São exemplo a caixa de rufos e o bombo que diferem essencialmente nas dimensões, no tipo de
baquetas utilizado para a sua execução e o local de ataque. Ao contrário do bombo, a caixa exige
2 posições para pegar nas baquetas: quando a caixa está inclinada e quando está na horizontal.
Além disso a caixa permite que se toca tanto na pele bem como nos aros metálicos.
d) Cítaras
Existem apenas o clarinete e o saxofone que se distinguem na forma e tamanho que confere um
timbre diferente a cada um destes.
f) Idiofones de Concussão
Sendo os idiofones de concussão aqueles constituídos por 2 corpos ou mais semelhantes que se
entrechocam, temos dois exemplos: pratos e castanholas que se distinguem pelo material de
que são feitos (metal e madeira respetivamente), tamanho (cada prato tem 2mm de espessura
e diâmetro entre 25 a 60cm aproximadamente e as castanholas são quase circulares do tamanho
de uma mão humana) e a forma como são tocados (os pratos têm uma pega de couro e estes
são batidos um contra o outro através de dois movimentos – horizontal e vertical; as castanholas
estão ligadas por um fio pelo qual, na execução um par é preso ao polegar de uma mão e um
segundo par ao dedo médio da outra mão).
b) O Xilofone é um idiofone de altura definida que consiste numa série de barras de madeira
muito dura e sonora dispostas cromaticamente. As barras estão sobre cordas ou fios de borracha
ou sobre um colchão de feltro. Os modelos recentes dos xilofones usados na orquestra
apresentam tubos ressoadores por baixo das varras, enriquecendo a sonoridade seca e
penetrante do instrumento. É executado com uma baqueta em cada mão, mas também se usam
com certa frequência duas baquetas em cada mão. Sendo a vibração das barras extremamente
amortecida, o som é muito breve, não havendo possibilidade de sustentar as notas: assim, para
a execução de notas longas, usa-se a técnica do tremolo. Também os trilos, glissandos e
passagens rápidas resultam muito bem no xilofone.
c) O Clarinete é um aerofone de palheta simples que é constituído por partes: boquilha onde se
encontra a palheta, barrilete, 2 partes intermédias e o pavilhão. O clarinete toca quando a
palheta vibra contra a boquilha. O tempo que a palheta permanece encostada, impedindo a
passagem do ar é maior do que o tempo em que fica aberta, permitindo assim a sua passagem.
Comporta-se acusticamente como fechado na extremidade onde se toca.
5. Explique como se obtém e descreva dois efeitos sonoros possíveis – para além daqueles que
decorrem da sua execução mais comum - nos seguintes instrumentos: a) violino, b) trompete,
c) vibrafone
a) Violino:
b) Trompete:
c) Vibrafone:
Na planificação de um estúdio de gravação de música é preciso ter em conta, pelo menos, dois
aspetos importantes: Tempo de reverberação (que se define como o tempo que a energia de
um campo sonoro reverberante estacionário leva a cair 60Db após a extinção da fonte sonora)
que está diretamente ligado à maneira como a sala amplifica mais ou menos o som. Além disso
a forma e o tamanho da sala são muito importantes aquando do seu projeto uma vez que este
parâmetro está diretamente ligado ao modo como as ondas são propagadas e sua atenuação.
2.1. Numa sala o que sucede à energia das ondas sonoras quando estas incidem sobre uma
parede de superfície lisa?
Quando uma onda sonora incide sobre uma parede de superfície lisa, parte da sua energia é
refletida e outra parte é dissipada ao ser absorvida pela parede bem como sendo refratada para
o outro lado da parede. Se a onda incidir na parede perpendicularmente esta muda
simplesmente de sentido transformando-se na onda refletida, se a onde não incidir
perpendicularmente a reflexão segue a lei de Descartes- o angulo de incidência é igual ao angulo
de reflexão.
2.2. Existe alguma diferença nesse fenómeno em função da frequência das ondas sonoras
incidentes? Justifique a sua resposta.
As frações de energia refletida e transmitida não dependem da frequência das ondas sonoras,
mas sim das empedâncias acústicas dos dois meios. Tendo em conta que a reflexão das ondas
sonoras é regida pela Lei de Descartes, a energia da onda refletida está condicionada pelo ângulo
de incidência e pela forma do meio que contacta.
Se a parede for de superfície irregular, a onda reflete-se de uma maneira dispersa, em várias
direções, difundindo o som. Uma boa difusão sonora, se resultar bem, torna o som mais
aveludado e produz um efeito de envolvência.
3. Em que situações podem existir ecos nas salas? Como se podem corrigir?
O eco pode surgir partir da reflexão do som nas salas, quando o som refletido retorna à fonte
depois da extinção total do som original. O eco pode surgir facilmente em grandes salas, mais
especificamente na parede que fica mais afastada do palco. Este fenómeno pode ser facilmente
corrigido através de um revestimento absorvente adequado que levará à sua eliminação (painéis
de absorção como os de Helmholtz bem como outros painéis perfurados e não perfurados são
exemplos de materiais que podem corrigir o eco).
Os painéis de Schroeder são painéis difusores criados a partir da ideia de que superfícies com
determinadas irregularidades, ordenadas de uma certa maneira, seriam difusoras muito mais
eficazes do que os processos existentes, isto é, foram criados para criar uma boa difusão numa
determinada sala.
Uma boa difusão sonora acontece quando as primeiras reflexões do som são aveludadas e o
som reverberante parece surgir de todas as direções, produzindo o efeito de envolvência. Assim,
os painéis de Schroeder são um tipo de painéis acústicos em que um plano é modificado por um
conjunto de reentrâncias paralelas, cuja profundidade varia de acordo com uma sequência
matemática e são habitualmente concebidos para produzir difusão sonora numa gama de
específica de frequências.
5. De que fatores depende a “clareza” da acústica de uma sala? Explique essa noção.
A clareza da acústica de uma sala faz parte das características subjetivas da acústica. Este
conceito tenta definir o grau de perceção de todos os detalhes musicais, isto é, define os sons
como distintos ou claros.
A clareza depende:
Do tempo de reverberação
Da execução do músico
Resposta da sala.
Clareza vertical: grau de definição com que ouvimos os sons diferentes simultaneamente
(como quando ouvimos uma orquestra)
Clareza horizontal: diz respeito à perceção dos sons executados sucessivamente (como
quando ouvimos um clarinete ou uma flauta, uma melodia).
De um modo geral a clareza, tanto horizontal como vertical depende da conjugação de uma série
de fatores: o local de execução, o tipo de música, a forma como é executada. Do ponto de vista
físico a clareza horizontal depende ainda do tempo de reverberação e da C80 (Clareza objetiva,
opera com a energia sonora dos primeiro 80 ms – som direto mais as primeiras reflexões dentro
deste tempo).
O aparelho auditivo é constituído em 3 partes: ouvido externo, ouvido médio, ouvido interno.
O ouvido externo tem como função a transmissão e amplificação do som, mas também a
proteção do restante aparelho auditivo, pois é o ouvido externo que recebe as ondas sonoras.
É constituído pelo pavilhão (ou orelha, uma cartilagem elástica de forma irregular coberta de
pele, a parte mais visível do aparelho auditivo) e pelo meato auditivo externo (que é o canal que
faz a ligação ao tímpano). O ouvido médio é constituído pelo tímpano (membrana que fecha o
meato auditivo externo, sendo a sua função vibrar mediante estímulos sonoros, este adquire
configurações mais complexas quando capta sons de grande intensidade e sons de frequência
elevada) e pelos ossículos (martelo, bigorna e estribo que estão articulados uns aos outros). Faz
ainda parte do ouvido médio a trompa de Eustáquio (canal comprido que faz a ligação entre o
ouvido médio e o nariz; tem a função de equalizar a pressão dentro do ouvido médio e permite
drenar secreções normais e anormais do ouvido médio para a nasofaringe). É o ouvido médio
que faz a transformação das ondas em vibrações mecânicas que serão transmitidas para o
ouvido interno. A comunicação entre o ouvido médio e o ouvido interno faz-se através de duas
janelas: janela oval e janela redonda, tapadas por membranas. O ouvido interno é muito
complexo e divide-se em 3 partes: cóclea, canais semicirculares e vestíbulo. A cóclea permite a
ligação (a partir do nervo acústico) ao cérebro transmitindo impulsos nervosos que são
descodificados no córtex auditivo. No ouvido interno encontram-se também os órgãos do
sentido de equilíbrio e orientação, daí a designação do ouvido como órgão da audição e do
equilíbrio.
2. Explique o que é o limiar da dor e como varia ao longo do espectro, apontando as razões
que causam a sua variabilidade.
Sendo o oposto do limiar da audibilidade, o limiar da dor para uma certa frequência é a potência
sonora máxima que o ouvido ainda pode tolerar, mantendo o discernimento musical. Tal como
o limiar da audibilidade, é um valor que também depende da frequência, embora em menor
grau e é um valor variável de pessoa para pessoa. Através da análise de um audiograma é
possível aferir que tanto a frequência como a potência são duas variáveis e que “uma certa
frequência não se ouve a qualquer potência e numa certa potência não se ouve qualquer
frequência. Nas extremidades das frequências audíveis pelo ouvido humano, (ou seja, perto dos
16Hz e perto dos 20 000Hz), o limiar da dor encontra-se em dB mais baixos quando comparado
ás frequências centrais do espetro sonoro audível pelo ouvido humano.
b) qual a intensidade real que deve ter um som de 40 Hz para se poder ouvir?
c) qual dos sons terá maior intensidade aparente: 1000 Hz a 90 dB ou 2000 Hz a 80 dB?
1000 Hz a 90 dB, pois encontra-se mais perto do limiar da dor que 2000 Hz a 80 dB, ou seja,
aparentemente, o som vai parecer mais intenso.
Escalas e afinação
1. A que intervalos correspondem as seguintes expressões:
b) 800 cents – 4ª aumentada (meio tom = 100 cents / 800 cents = 4 tons)
A afinação de Kirenberger II caracteriza-se por dividir o coma sintónico em duas partes iguais
por duas quintas (Ré-Lá e Lá-Mi), originando assim a existência das outras 10 5ª como sendo
puras. Este modelo de afinação se, por um lado, conserva a pureza das Quintas, por outro
“encurta” demasiado as duas quintas (re-la e lami) e forma, consequentemente uma 3ª
pitagórica que impedirá a modulação a tonalidades com mais de um bemol ou mais de 5
sustenidos. A afinação de Kirnberger III caracteriza-se por dividir a coma pitagórica de maneira
irregular (1/4 coma sintónico mais pequenas que as 5ªpuras) em quatro 5ª. Resultando assim
em 8 5ª não puras e uma 3ªM pura (dó-mi). Ainda neste modelo o schisma vem colocado na 5ª
si-fá. Entre os dois modelos de afinação, o mais “correto” ou mais utilizável nos dias de hoje é o
modelo Kirnberger III enquanto o II é mais aceitável para a música de Bach ou Buxtehude devido
à sua incapacidade para as modulações em várias tonalidades.