Apostila Módulo 1
Apostila Módulo 1
Apostila Módulo 1
Perigosos
Módulo I
Atenciosamente
Equipe Cursos 24 Horas
3
transportados com sua sinalização, pois é incômodo para o setor que o pessoal
envolvido, principalmente os motoristas, não consigam diferenciar um Rótulo
de Risco para um Painel de Segurança, tampouco identificar o tipo de produto
com sua classe de risco ao ler essa sinalização. Conhecer o produto
transportado é fundamental para o sucesso de uma operação que, neste caso,
é considerada única a cada carga, trajeto e descarga.
Módulo I – Conhecimentos:
• Unidade I – Conhecendo o Transporte de Produtos Perigosos;
Módulo II – Ações:
• Unidade I – Qualidade, Capacitação e Atributos Profissionais;
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É nessa disposição que entregamos o conhecimento a cada aluno(a).
O Curso expõe uma forma de ensino diferente, com uma linguagem simples
sem abandonar o lado técnico que o profissional vivencia diariamente, e sem
tantas subdivisões nos textos preservando o assunto principal.
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Unidade 1 – O surgimento do transporte de cargas no Brasil
É importante introduzirmos o
segmento do transporte de produtos
perigosos e assegurar uma fácil
compreensão, possibilitando uma ligação
necessária àqueles que já fazem parte da
área de transportes e um maior
aproveitamento por aqueles que
ingressam agora num mercado disputado e muito promissor, não só pelas necessidades
que rodeiam esse mercado, como também, pelas atraentes possibilidades de crescimento
profissional diante da criatividade e de tomadas de decisões acertadas.
Muitos têm a figura das mulas como o primeiro método de transporte de cargas
no Brasil. Era através do comércio conhecido como os “caixeiros viajantes” que as mais
diversas mercadorias eram transportadas. Mas, o foco era propriamente o comércio e
não havia nenhum esboço, nenhum pensamento voltado às questões do transporte, nada
que pudesse caracterizar uma atividade secundária e, já na época, tão necessária para o
desenvolvimento comercial do País.
Com base nessa realidade, o modal rodoviário será mais destacado durante o
Curso, sem deixarmos de explorar pontos importantes nos demais modais.
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% DE
PRINCIPAL
MODAL ATIVIDADE NO
CARACTERÍSTICA
BRASIL
Extrema dificuldade de
Hidroviário Menos de 1% crescimento devido rios irregulares e
outros afastados dos grandes centros.
Rápido e eficaz. Mas, os custos
altos justificam sua utilização apenas em
Aéreo Menos de 1%
casos urgentes ou por um seleto
mercado.
O destaque é para o crescimento
Marítimo Cerca de 17%
da navegação de cabotagem.
Tem menor custo que o
rodoviário, porém, pouca estrutura. Os
Ferroviário Cerca de 25%
governos vêm dando atenção e
aumentando investimentos no setor.
Infraestrutura precária, que torna
Rodoviário Cerca de 58% custo alto em relação a outros países e
afeta a competitividade.
NOTA: O transporte dutoviário será visto no tópico do transporte de produtos
perigosos.
Modal hidroviário
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contribui significativamente é que os rios de planície, que têm uma navegação
facilitada, como o rio Amazonas, encontram-se logisticamente distantes dos grandes
centros econômicos do Brasil e outros possuem períodos de cheias e secas que afetam a
navegabilidade.
Para se ter uma ideia da viabilidade desse modal de transporte, enquanto o custo
da construção de um quilômetro de rodovia representa, em média, R$ 700.000,00 e o
custo por quilômetro de uma ferrovia representa R$ 800.000,00, o custo por quilômetro
de uma hidrovia representa R$ 120.000,00.
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As principais hidrovias são: Hidrovia Araguaia-Tocantins, Hidrovia São
Francisco, Hidrovia da Madeira, Hidrovia Tietê-Paraná e Taguarí-Guaíba.
Modal aéreo
Modal marítimo
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O transporte marítimo cresceu consideravelmente entre 1920 e 1945 com a
expansão da indústria da construção naval, mas foi a partir dessa época que a navegação
de cabotagem não reagiu e, aos poucos, foi sendo substituída pelo transporte rodoviário.
Para evitar um declínio maior do setor, o Congresso Nacional aprovou em 1995 uma
emenda constitucional que retirava dos navios de bandeira brasileira a reserva de
mercado na exploração comercial da navegação de cabotagem, permitindo a
participação de navios de bandeira estrangeira no transporte costeiro de cargas. Mas, a
cabotagem ainda é pouco explorada, apesar de estudos comprovarem sua viabilidade,
esse transporte esbarra, mais uma vez, na falta de infraestrutura portuária do País.
Modal ferroviário
Após a invenção da locomotiva, pelo engenheiro inglês George Stephenson
(1781 - 1848) em 1814, a Europa e os Estados Unidos despontavam na era das ferrovias
somando cerca de 8 mil quilômetros de via férrea. Porém, no Brasil, onde a cultura do
café já se destacava, ainda se transportava a produção sobre o lombo dos burros. Esse
método permaneceria por mais de 40 anos até a construção da primeira ferrovia
brasileira e continuaria até a consolidação do sistema ferroviário.
Em 1877, ocorria a ligação dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro através de
ferrovias. Era a aceleração das construções proporcionada por uma política de
incentivos, que pretendia unir todas as regiões brasileiras. Sem os devidos
planejamentos e recursos adequados, esse sistema nos deixou, até hoje, com extremas
dificuldades na ligação de importantes ferrovias devido à diversidade de bitolas
(distância que separa os trilhos de uma via férrea) e à sinuosidade dos traçados.
Modal rodoviário
Após a inauguração da rodovia Rio/Petrópolis, a atual Washington Luís, a
primeira rodovia brasileira pavimentada em 1928, coroando a década de 1920, que foi
marcada por várias implantações de rodovias (não pavimentadas) no Nordeste do Brasil,
tendo como intenção sanar problemas relativos à seca na região, a década de 1950
trouxe a aceleração do sistema rodoviário e, devido à criação de fundos próprios e
arrecadação de impostos destinados à construção de novas rodovias, a Petrobras iniciava
um papel importante na produção de cimento asfáltico de petróleo para a pavimentação.
Hoje, no Brasil conta-se apenas com 14% da malha viária possível asfaltada e,
desse número, mais de 70% das rodovias necessitam de manutenções. Esse modal é
marcado pelo custo alto (três vezes e meia mais do que o ferroviário e nove vezes mais
do que o fluvial, além de consumir mais de 90% do diesel utilizado em transportes no
país).
“ABRE ASPAS”
14
naturais provenientes de jazidas. Esse material foi perdendo força a partir de 1909 para
o asfalto derivado do petróleo, mais puro e economicamente viável. No Brasil, o piche,
como ainda é conhecido por muitos e, erroneamente, atribuído como matéria-prima do
processo de asfaltamento, foi deixando de ser utilizado na década de 60, dando lugar aos
produtos dos dias atuais.
A verdade é que o Brasil precisa dar mais atenção ao mercado de asfalto diante
do desenvolvimento, que se projeta para agregar valores em outros processos de cargas
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rodoviárias. É preciso aumentar os “investimentos fiscalizados”. O setor vem mudando
um pouco a visão, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é um exemplo
disso, mas numa velocidade abaixo da que o mercado opera e da que o Brasil necessita.
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Os produtos perigosos foram surgindo com o avanço tecnológico da indústria.
Porém, analisando a história da evolução e das descobertas, percebemos, por exemplo, a
invenção da pólvora pela China durante a dinastia Han e a utilização no século X com
propósitos militares. Sabendo disso, podemos afirmar que o transporte de produtos
perigosos iniciou-se quando as descobertas inventivas da humanidade precisavam ser
deslocadas pelas mais diversas razões.
No início não foi bem assim, a falta do conhecimento daquilo que se explorava
provocou a morte de muitas pessoas envolvidas no processo e de outras que
participavam indiretamente. Tanto que foi cogitada, no início dessas operações de
riscos, a possibilidade de desistir daquilo que seria, para o mundo moderno, motivo de
guerras e de desenvolvimento.
“ABRE ASPAS”
“Hoje, este setor, que degrada o meio ambiente e ainda provoca a morte de
muitas pessoas, peca pela falta de interesse no conhecimento, que gera atos imprudentes
e irresponsáveis. Tão necessário quanto o desenvolvimento de um setor, é o respeito
pela vida, pelo meio ambiente”.
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1.4 – Definição de produtos perigosos
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Por isso, é fundamental que conheçamos os produtos que transportamos.
• CLASSE 1 – EXPLOSIVOS:
• CLASSE 2 – GASES:
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5.1 – Substâncias oxidantes;
5.2 – Peróxidos orgânicos.
• CLASSE 8 – CORROSIVOS.
Classe 1 – Explosivos
Subclasse 1.2 - Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco
de explosão em massa.
Subclasse 1.3 - Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco
de explosão, de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa.
Esta Subclasse abrange substâncias e artigos que:
a) produzem grande quantidade de calor radiante, ou
b) queimam em sucessão, produzindo pequenos efeitos de explosão, de projeção,
ou ambos.
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Idealmente, a segurança do transporte de substâncias e artigos explosivos seria
mais eficiente se os vários tipos fossem transportados em separado. Quando tal prática
não for possível, admite-se o transporte, na mesma unidade de transporte, de explosivos
de tipos diferentes, desde que haja compatibilidade entre eles. Os produtos da Classe 1
são considerados compatíveis se puderem ser transportados na mesma unidade de
transporte sem aumentar, de forma significativa, a probabilidade de um acidente ou a
magnitude dos efeitos de tal acidente.
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Substância pirotécnica, ou artigo contendo uma substância G 1.1 G
pirotécnica, ou artigo contendo tanto uma substância explosiva quanto 1.2 G
uma iluminante, incendiária, lacrimogênea, ou fumígena (exceto artigos 1.3 G
acionáveis por água e aqueles contendo fósforo branco, fosfetos, 1.4 G
substância pirofórica, um líquido ou gel inflamável, ou líquidos
hipergólicos).
H 1.2 H
Artigo contendo uma substância explosiva e fósforo branco.
1.3 H
J 1.1 J
Artigo contendo uma substância explosiva e um líquido ou gel
1.2 J
inflamável.
1.3 J
Artigo contendo uma substância explosiva e um agente químico K 1.2 K
tóxico. 1.3 K
Substância explosiva ou artigo contendo uma substância explosiva L 1.1 L
e apresentando um risco especial (caso, por exemplo, da ativação por 1.2 L
água, ou devido à presença de líquidos hipergólicos, fosfetos ou 1.3 L
substância pirofórica), que exija isolamento para cada tipo de substância.
Artigo contendo apenas substâncias detonantes extremamente N 1.6 N
insensíveis.
Substância ou artigo concebido ou embalado de forma tal que, S 1.4 S
quaisquer efeitos decorrentes de funcionamento acidental fiquem
confinados dentro da embalagem, a menos que esta tenha sido danificada
pelo fogo, caso em que todos os efeitos de explosão ou projeção são
limitados, de modo a não impedir ou prejudicar significativamente o
combate ao fogo ou outros esforços de modo a não impedir ou prejudicar
significativamente o combate ao fogo ou outros esforços de contenção da
emergência nas imediações da embalagem.
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Para fins de transporte, devem ser observados os seguintes princípios:
Classe 2 – Gases
A Classe 2 está dividida em três subclasses, com base no risco principal que os
gases apresentam durante o transporte:
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Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis: gases que a 20ºC e à pressão de 101,3kPa:
a) são sabidamente tão tóxicos ou corrosivos para pessoas, que impõem risco à
saúde;
b) supõe-se serem tóxicos ou corrosivos para pessoas, por apresentarem um
valor da CL50 para toxicidade aguda por inalação igual ou inferior a 5.000ml/m³.
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NOTA: Os gases que se enquadram nestes critérios por sua corrosividade devem
ser classificados como tóxicos, com um risco subsidiário de corrosivo.
Por esse motivo, a relação de produtos perigosos deve ser utilizada com cautela,
pois produtos que, por motivos comerciais, contenham outras substâncias ou impurezas
podem não figurar na relação, mas apresentar ponto de fulgor inferior ao do valor limite.
Pode também ocorrer que o produto em estado puro figure na relação como pertencente
ao Grupo de Embalagem III, mas, em função do ponto de fulgor do produto comercial,
deva ser alocado ao Grupo de Embalagem II. Assim, a classificação do produto
comercial deve ser feita a partir do seu ponto de fulgor real.
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Além disso, podem apresentar uma ou mais das seguintes propriedades: ser
sujeitos a decomposição explosiva; queimar rapidamente; ser sensíveis a choque ou a
atrito; reagir perigosamente com outras substâncias; causar danos aos olhos.
Devido à variedade das propriedades apresentadas pelos produtos incluídos
nessas duas subclasses, é impraticável o estabelecimento de um critério único de
classificação para esses produtos.
Classe 8 – Corrosivos
São substâncias que, por ação química, causam severos danos quando em
contato com tecidos vivos ou, em caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem
outras cargas ou o veículo; elas podem, também, apresentar outros riscos.
Segundo esse critério, os produtos desta Classe podem ser distribuídos em três
grupos de embalagem:
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NOTA: Todas as informações sobre as Classes e Subclasses estão, na íntegra,
no site da ANTT (www.antt.gov.br).
Esses produtos só podem ser transportados após seus riscos (classe ou subclasse
e grupo de embalagem) terem sido determinados, de acordo com os procedimentos
indicados nestas Instruções e seus Anexos, de forma a permitir que sejam tomadas as
precauções para tornar seguro seu transporte.
Qualquer substância que possa ter características explosivas deve ser avaliada
com vistas a sua inclusão na Classe 1. As designações coletivas do tipo "genérico" ou
"N.E." só podem ser utilizadas para produtos com riscos subsidiários idênticos aos
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constantes da relação; produtos que exijam condições especiais de transporte não devem
ser incluídos nessas designações. Os produtos especificamente nominados na relação
não devem ser reclassificados, a não ser por motivos imperiosos, ligados à segurança.
• Na oitava coluna, está indicada a quantidade máxima (peso bruto) que pode ser
transportada em uma unidade de transporte com as isenções estabelecidas.
Número de risco:
Os números que indicam o tipo e a intensidade do risco são formados por dois
ou três algarismos. A importância do risco é registrada da esquerda para a direita. Os
algarismos que compõem os números de risco têm o seguinte significado:
38
1.5 – Sinalização no transporte de produtos perigosos
RÓTULOS DE RISCO:
Como já sabemos, os produtos perigosos são divididos em classes de risco e,
para a identificação desse risco, é obrigatório o uso dos rótulos de risco:
Classe 1 – Explosivos:
39
(Nº 1.4) (Nº 1.5) (Nº 1.6)
Classe 2 – Gases:
(Nº 2.1)
Subclasse 2.1
Gases inflamáveis
(Nº 2.2)
Subclasse 2.2
(Nº 2.3)
Subclasse 2.3
Gases tóxicos
41
Símbolo (caveira e ossos cruzados): preto. Fundo: branco.
(Nº 3)
(Nº 4.1)
Subclasse 4.1
42
Sólidos inflamáveis
Símbolo (chama) preto Fundo: branco com sete listras verticais vermelhas.
(Nº 4.2)
Subclasse 4.2
(Nº 4.3)
43
Subclasse 4.3
(Nº 5.1)
Subclasse 5.1
Substâncias oxidantes
44
(Nº 5.2)
Subclasse 5.2
Peróxidos orgânicos
(Nº 6.1)
Subclasse 6.1
Substâncias tóxicas
45
Símbolo (caveira e ossos cruzados): preto. Fundo: branco.
(Nº 6.2)
Subclasse 6.2
Substâncias infectantes
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Classe 7 – Materiais Radioativos:
(Nº 7A)
Categoria I – Branco.
47
(Nº 7B)
Categoria II - Amarela
Símbolo (trifólio): preto. Fundo: metade superior amarela com bordas brancas,
metade inferior branca.
(Nº 7C)
Símbolo (trifólio): preto. Fundo: metade superior amarela com bordas brancas,
metade inferior branca.
48
Em um retângulo de bordas pretas: "ÍNDICE DE TRANSPORTE".
(Nº 7E)
49
Classe 8 – Substâncias corrosivas:
(Nº 8)
(Nº 9)
50
Símbolo (sete listras verticais na metade superior): preto. Fundo: branco.
“ABRE ASPAS”
• Símbolos de manuseio
51
• Símbolo de • Símbolo de “Içamento” • Símbolo de
“Face superior nesta “Proteger contra umidade”
direção”
52
SÍMBOLO PARA SUBSTÂNCIAS QUE APRESENTAM RISCO PARA O
MEIO AMBIENTE:
Desses modais, o aéreo, cuja operação é proibida, salvo com licenças especiais,
chega a ser inexpressivo com a menor representação quantitativa.
AQUAVIÁRIO
54
chamadas “janelas de atracação”, para carga e descarga de navios, representarem cerca
de 50% do custo logístico de uma viagem internacional e, pior que isso, é o aumento
dos fatores de risco pelo acondicionamento da carga perigosa.
DUTOVIÁRIO
FERROVIÁRIO
55
como maior segurança para as pessoas e para o meio ambiente. Ambos têm uma enorme
capacidade de desenvolvimento e são excelentes alternativas para uma melhor divisão
da matriz logística brasileira, desafogando as rodovias.
RODOVIÁRIO
56
Vamos relembrar a leitura na forma do exemplo abaixo:
CARGA A GRANEL
Produto/Risco Painel de Segurança Rótulo de Risco
01 Produto Nas duas laterais com Nas duas laterais
01 Risco números do produto e dos riscos Na traseira
Na frente e traseira com
números do produto e dos riscos
Produtos diferentes Nas duas laterais, um em Nas duas laterais,
01 Risco cada compartimento, com o um em cada
número do produto e dos riscos compartimento
Na frente e na traseira, Na traseira
sem números
Produtos diferentes Nas duas laterais, um em Nas duas laterais,
Riscos diferentes cada compartimento, com o um em cada
número do produto e dos riscos compartimento
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Na frente e traseira sem Na traseira, um de
números cada risco principal
Vazio Antes de lavar e Antes de lavar e
descontaminar, continuar usando descontaminar, continuar
usando
Fonte: www.defesacivil.es.gov.br/files/meta/9c79332b-f0d2.../91.doc
Vejamos exemplos:
58
Os rótulos de risco para unidade de transporte devem atender a alguns requisitos,
como:
a) ter dimensões mínimas de 250mm por 250mm, com uma linha da mesma cor
do símbolo a 12,5mm da borda e paralela a todo seu perímetro;
Fonte: htttp://www.sitivesp.org.br/sitivesp/download/manual_transporte_dez2010.pdf
59
Unidade 2 – Legislações específicas
60
2.1 – A origem da Legislação para o Transporte de Produtos Perigosos
61
Seria aprovado então, o Decreto 96.044 de 18 de maio de 1988, com destaque
para os seguintes artigos e parágrafos:
Art. 9º – O veículo que transportar produto perigoso deverá evitar o uso de vias
em áreas densamente povoadas ou de proteção de mananciais, reservatórios de água ou
reservas florestais e ecológicas, ou que delas sejam próximas.
Art. 10º – O expedidor informará anualmente ao Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transporte (DNIT) os fluxos de transporte de produtos perigosos que
embarcar com regularidade.
Art. 12º – Caso a origem ou destino do produto perigoso exigir o uso de via
restrita, tal fato deverá ser comprovado pelo transportador perante a autoridade com
jurisdição sobre a mesma, sempre que solicitado.
62
Pertinente ao caso de 1972, hoje quem observa o transporte de produtos
explosivos é o Ministério da Defesa composto pelas três Forças Armadas: Marinha,
Aeronáutica e, nesse caso, o Exército.
Legislação Internacional
O “United Nations Orange Book” é um livro publicado a cada dois anos pela
Organização das Nações Unidas (ONU). Neste livro, encontra-se o trabalho do Comitê
de Especialistas de Transporte de Produtos Perigosos, tendo como objetivo a segurança
do comércio mundial, incluindo todos os modais de transporte. A regulamentação de
hoje na Inglaterra, assim como no Brasil, é toda baseada no Orange Book (Livro
Laranja) que, mesmo com o desenvolvimento tecnológico, se mantém atualizada no
controle do transporte de produtos perigosos.
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Em relação às leis para as cidades desses países, podemos destacar, por exemplo,
algumas cidades canadenses onde são bem definidas as áreas de circulação de cargas
com produtos perigosos, inclusive com áreas para manobras nas entradas dessas cidades
que possuem sinalização vertical que fornece informações sobre o movimento de
veículos com produtos perigosos. Em outras, para transitar fora das rotas pré-
estabelecidas, é necessário solicitar ao Corpo de Bombeiros, por telefone ou por meio
de ofício, uma autorização especial válida por um ano. O descumprimento desse
procedimento resulta em multa e prisão.
“ABRE ASPAS”
“A necessidade de legislações específicas para o transporte de produtos
perigosos no Brasil se faz diante da falta de condições operacionais e não são pautadas
na informação e proteção da população como deveriam. Hoje temos verdadeiras
“bombas” transitando entre ruas, nas rodovias, prestes a causar danos físicos às pessoas
e contaminar outras através do meio ambiente. São combustíveis, ácidos e outros
produtos trafegando sem planejamento ou sem fiscalização das leis que, por si só, não
bastam. As BR’s 101 e 116 são as principais no escoamento expressivo de produtos
perigosos e estão na lista das rodovias mais precárias.”
65
relativas às infrações previstas no Regulamento Nacional de Transporte de Produtos
Perigosos (RTPP);
– Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) – Controla as substâncias
radioativas;
– Exército Brasileiro (EB) – Controla o comércio de produtos explosivos;
– Polícia Federal (PF) – Atua no controle de produtos como acetona e ácido
clorídrico, por serem utilizados também na produção de drogas ilícitas;
– Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Rodoviária Estadual (PRE) –
Atuam diretamente na fiscalização e aplicação de penalidades para o transporte de
produtos perigosos;
– Ministério da Agricultura – Atua no controle dos pesticidas;
– Departamento de Defesa Civil (DEDEC) e Corpo de Bombeiros – Atuam no
atendimento às comunidades quando das emergências químicas decorrentes de
acidentes com transporte de produtos perigosos;
– Ministério e Secretarias Estaduais do Meio Ambiente – Atuam na fiscalização
e aplicação de penalidades em empresas de produção e transporte de produtos tóxicos
ou que possuam atividades poluidoras;
– Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) – Atua na execução da Política Nacional do Meio Ambiente e desenvolve
diversas atividades para a preservação e conservação do patrimônio natural, fiscalizando
os recursos naturais.
NOTA: Outros órgãos fazem parte desse conjunto, como a Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
já citadas nesse Módulo.
66
2.3 – Regulamentação para o Transporte Terrestre de Produtos
Perigosos
“O transporte rodoviário, por via pública, de produtos que sejam perigosos, por
representarem riscos para a saúde de pessoas, para a segurança pública ou para o meio
ambiente, é submetido às regras e aos procedimentos estabelecidos pelo Regulamento
para o Transporte Rodoviário de produtos Perigosos, Resolução ANTT nº 3.665/2011 e
67
alterações, complementada pelas Instruções aprovadas pela Resolução ANTT nº
420/2004 e suas alterações, sem prejuízo do disposto nas normas específicas de cada
produto.” – ANTT.
O transportador
O envolvimento na operação do transporte é bem estabelecido na Resolução nº
3.665/2001:
No Capítulo IV, Seção III, Art. 46, nesta mesma Resolução, está bem definida a
responsabilidade do transportador, atualizado pelas Resoluções nº 3.762 e 3.886, ambas
de 2012:
68
IV – Acompanhar, para ressalva das responsabilidades pelo transporte, as
operações de carga, descarga e transbordo executadas pelo expedidor ou destinatário de
carga;
E ainda:
Transporte misto:
Vejamos o que descreve os Artigos 12 e 13 da Resolução nº
3.665/2011:
70
IV – Transportar alimentos, medicamentos ou quaisquer objetos destinados ao
uso ou consumo humano ou animal em embalagens que tenham contido produtos
perigosos.
Art. 13. As proibições de transporte previstas nos incisos II e III do art. 12 não se
aplicam quando os produtos estiverem segregados em cofres de carga, que assegurem a
estanqueidade destes em relação ao restante do carregamento, e conforme critérios
estabelecidos nas instruções complementares a este Regulamento.
Os veículos
Quanto ao estacionamento:
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áreas densamente povoadas, de grande concentração de pessoas ou veículos, de
proteção de mananciais, de reservatórios de água, de reservas florestais e ecológicas, ou
que delas sejam próximas.
Os condutores
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órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal e
instituições vinculadas ao Sistema Nacional de Formação de Mão-de-obra, como, por
exemplo, o Sistema SENAI e SEST/SENAT. O porte desse documento é obrigatório
conforme Resolução nº 3.665/2011, Parágrafo Único da Seção V. Sua validade é de
cinco anos e agora está vinculado à Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
E ainda:
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capazes de produzir ignição dos produtos, seus gases ou vapores, durante as etapas da
operação de transporte.
Este Artigo, que trata das operações de carga e descarga por parte do condutor,
já sofreu várias alterações e contestações por parte de empresas e de Órgãos ligados ao
setor. Observe o texto original da Resolução nº 3.665/2011:
“Abre aspas”
“O que houve, na verdade, foi a tentativa de isenção por parte da ANTT diante
da pressão sofrida em meio à incoerência e conflito de ideias e interesses. Este assunto
ainda está presente no mercado”.
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2.4 – A classificação dos produtos
Como vimos na Unidade anterior, a classificação de um produto como perigoso
para o transporte é feito de acordo com o Manual de Ensaios e Critérios publicado pela
ONU. O Item 2.0.0 da Resolução nº 420/2004 determina que essa classificação seja
feita pelo fabricante ou expedidor orientado pelo fabricante que alocará o produto em
alguma das 9 classes e/ou subclasses de risco descritas nesta mesma Resolução.
A sinalização
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operações de transporte remuneradas, depende de inscrição junto ao Registro Nacional
de Transporte Rodoviário de Cargas (RNTRC).
Estes Artigos são complementados pela Norma ABNT NBR 9735 - Conjunto de
equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos perigosos.
Embalagens
A 4ª parte da Resolução nº 420/2004 estabelece as disposições relativas ao uso
de embalagens, contentores e tanques para transporte.
Toda embalagem, IBCs e embalagens grandes descritas nos Itens 6.1.3, 6.5.2 e
6.6.3, destinadas ao uso devem portar marcas duráveis e legíveis com dimensões e
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localização que as tornem facilmente visíveis. O conteúdo dessas marcas caracteriza que
estas passaram nos ensaios exigidos.
Resíduos
O Item 2.0.2.9 da Resolução nº 420/2004 define resíduos como substâncias,
soluções, misturas ou artigos que contêm, ou estão contaminados por um ou mais
produtos sujeitos às disposições de tal regulamentação, para os quais não seja prevista
utilização direta, mas que são transportados para fins de despejo, incineração ou
qualquer outro processo de disposição final.
Infrações e penalidades
No Capítulo VI da Resolução nº 3.665/2011 dispõe os Itens que tratam das
infrações e penalidades aplicadas ao transportador e ao expedidor. Dentre eles,
78
destacamos que compete à ANTT a aplicação da multa sem o prejuízo da competência
das autoridades responsáveis pela via em que a infração foi cometida; deixar de dar
apoio e prestar os esclarecimentos solicitados pelas autoridades públicas em caso de
emergência, acidente ou avaria; manusear, carregar ou descarregar produtos perigosos
em locais públicos e em condições de segurança inadequadas às características dos
produtos e à natureza de seus riscos; transportar produtos perigosos em veículo ou
equipamento sem a devida sinalização, ou quando esta estiver incorreta, ilegível ou
afixada de forma inadequada e ainda, na falta dos equipamentos obrigatórios e/ou com
embalagens violadas.
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Os veículos originais de fábrica (0Km) que não sofreram quaisquer
modificações de suas características originais ficarão isentos de inspeção veicular inicial
e do porte obrigatório de Certificado de Inspeção por um prazo de doze meses, contados
a partir do prazo de sua aquisição, comprovada através do documento fiscal de compra.
NOTA: Consideramos importante o histórico das alterações da legislação, mas
procuramos simplificar e sermos objetivos quanto às atualidades.
Esta Autorização é válida por três meses e, quando da sua emissão para um
transportador, todos os veículos, trens ou embarcações que ele relacionar na solicitação
estarão inseridos. É permitido também, inserir outro veículo, trem ou embarcação na
relação da Autorização Ambiental que esteja ainda em vigência.
80
Para evitar gastos de papel, a empresa poderá disponibilizar na unidade de
transporte apenas a primeira página, a última, e a página que contém a placa do
caminhão/veículo/equipamento.
(Fonte:http://www.ibama.gov.br/perguntas-frequentes/autorizacao-ambiental-
para-transporte-de-produtos-perigosos).
Legislação aérea:
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) é o Órgão que detém o controle
do transporte de produtos perigosos pelo modal aéreo.
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Em casos de extrema urgência ou quando outras modalidades de transporte não
sejam apropriadas ou quando o cumprimento de todas as condições exigidas seja
contrário ao interesse público, a ANAC pode isentar o cumprimento do previsto neste
Regulamento, desde que em tais casos sejam tomadas as providências adequadas para
atingir um nível geral de segurança no transporte equivalente ao nível de segurança
previsto pelas disposições deste RBAC.
Limitações e proibições:
Legislação aquaviária
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