As Razoes de Aristoteles - Enrico Berti Edit
As Razoes de Aristoteles - Enrico Berti Edit
As Razoes de Aristoteles - Enrico Berti Edit
ENRICO
BERTI
ns RnzôES de
RRI5T0TELES
LEITURAS 0 0 F IL O S Ó F IC A S
1. A ordem do discurso
Michel Foucault
2. Sete lições sobre o ser
Jacques Maritain
3. Aristóteles no século XX
Enrico Bcrti
4. As razões de Aristóteles
Enrico Berti
E N R IC O B E R T I
As razões de
Aristoteles
Tradução
Dion Davi Macedo
Edições Lo yo la
Título original:
Le ragioni di Aristotele
© 1989, Gius. Laterza & Figli
ISBN: 88-420-3358-8
Edição de texto
Marcos Marcionilo
Consultores
Carlos Arthur Ribeiro do Nascimento
Eliane Christina de Souza
Preparação
Maurício Balthazar Leal
Revisão
Renato Rocha Carlos
Edições Loyola
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04216-000 São Paulo, SP
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da Editora.
ISBN: 85-15-01676-1
© EDIÇÕES LOYOLA, São Paulo, Brasil, 1998
umârio
Prem issa.....................................................................................VII
/
costume, ou deveria sê-lo, que ao publicar um novo livro
E o autor procure justificá-lo — o que pode ser oportuno
especialmente hoje, quando os livros não constituem mais uma
mercadoria rara — e também dizer o que exatamente propõe-
-se a fazer por meio dele, a fim de não suscitar expectativas que
venham a ser posteriormente frustrada^. Esta última precaução
é oportuna sobretudo da parte de quem, como o autor, já publi
cou vários livros sobre Aristóteles. Eu poderia defender-me
rapidamente declarando que o livro contém, e é verdade, cinco
aulas ministradas sobre o tema no Instituto Italiano de Estudos
Filosóficos de Nápoles em junho de 1988, o que já seria, por
si só, uma ótima justificação, mas com isso teria somente trans
ferido o problema, visto que me restaria explicar por que esco
lhi para elas este tema.
Começando, então, pelo ponto mais delicado, tenho de dizer
que este novo livro, mesmo sendo, também ele, inegavelmente
sobre Aristóteles, não quer ser uma contribuição original ao
conhecimento do filósofo antigo (ainda que nem todas as coi
sas que direi a propósito dele sejam de domínio comum), por
que não se confronta continuamente, como seria exigido de um
intento similar, com a literatura crítica precedente. Ele quer
enfatizar, ao contrário — por mais estranho que isso possa
VII
As razões de Aristóteles
VIII
Premissa
IX
A s razões de Aristóteles
X
Premissa
XI
A s razões de Aristóteles
XII
Premissa
XIII
A s razões de Aristóteles
XIV
Premissa
XV
A s razões de Aristóteles
obra por Aristóteles. Tal reexame, ainda que não acresça nada
de novo a quanto já se sabe a respeito do filósofo, pode ser útil
para esclarecer os termos do debate hodierno, mostrando, por
exemplo, que há muitos modos racionais de ser, ou de fazer
discursos racionais, nem todos redutíveis ao “cálculo lógico”
ou aos métodos das ciências, exatas, naturais ou “humanas”,
nem todos dotados do mesmo grau de rigor, isto é, de concisão,
conclusividade. Não obstante, eles são todos igualmente váli
dos, isto é, universalizáveis, comunicáveis, controláveis: mo
dos que se aproximam, em diversas medidas, do âmbito do
não-racionalizável, seja para “cima” (isto é, para o âmbito da
arte, da religião, da mística), seja para “baixo” (isto é, para o
campo do instinto, da paixão, da animalidade), ainda que per
manecendo na esfera da racionalidade; modos que atingem até
mesmo o nível de uma racionalidade intuitiva, ou, de qualquer
modo, não mais discursiva (como a intuição intelectual, ou a
intuição prática, ou a criativa), ou que se elevam um pouco
sobre o nível da conversação cotidiana, ou até da tagarelice.
XVI
s razões de
Aristóteles
(?iTpítub TSrimcav
podíctica e dialética
A ciência apodíctica
3
A s razões de Aristóteles
4
Apodíctica e dialética
5
A s razões de Aristóteles
6
Apodíctica e dialética
7
A s razões de Aristóteles
8
Apodíctica e dialética
9
A s razões de Aristóteles
10
Apodíctica e dialética
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A s razões de Aristóteles
12
Apodíctica e dialética
13
A s razões de Aristóteles
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Apodíctica e dialética
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A s razões de Aristóteles
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Apodíctica e dialética
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A dialética
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__________________________________ Apodíctica e dialética
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A s razões de Aristóteles
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Apodíctica, e dialética
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Apodíctica e dialética
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A s razões de Aristóteles
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Apodíctica e dialética
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A s razões de Aristóteles
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Apodíctica e dialética
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A s razões de Aristóteles
28
Apodíctica e dialética
29
A s razoes de Aristóteles
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Apodíctica e dialética
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As razões de Aristóteles
32
Apodictica e dialética
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A s razões de Aristóteles
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Apodíctica, e dialética
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A s razões de Aristóteles
36
Apodíctica e dialética
15. Para uma resenha das discussões, mas também uma interes
sante interpretação desta passagem, veja-se C. Rossitto, “La dialettica
platónica in Aristotele, Metafísica A 6 e M 4”, in Verifiche. 7: 487-508,
1978. Para uma mais ampla justificação da interpretação por mim
proposta, compreendidas as explicações acrescidas em colchetes, veja-
-se o meu ensaio “Differenza tra la dialettica socratica e quella platónica
secondo Aristotele, Metaph. M 4”, in AA.VV. Energeia. Études
aristotéliciennes ojfertes à Mgr Antonio Jannonne, Paris, Vrin, 1986,
pp. 50-65.
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A s razões de Aristóteles
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Apodíctica e dialética
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Apodíctica e dialética
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As razões de Aristóteles
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(?apitub Q$òe<jwdfí
método da física
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O método da física
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O método da■ física
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O método da física.
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As razões de Aristóteles
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O método da física
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As razões de Aristoteles
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& apituíô TSercâira
método da metafísica
O procedimento diaporético
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O método da metafísica
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O método dtt metafísica
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A semântica ontológica
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O método da metafisica
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A teologia “dialética”
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O método da metafisica
16. Sobre ela chamou a atenção K. Oehler, “Der Beweis für den
unbewegen Beweger bei Aristotelis (Metaph. L 6, 1071 b 3-20)”, in
Philologus. 99: 70-92, 1955, seguido por H. G. Gadamer.
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portanto, vida, que sua vida é eterna e feliz e que, por conse
guinte, é um deus (eternidade e beatitude eram, com efeito,
para os gregos, as prerrogativas da divindade; como tal, ele é
absolutamente pessoal, ou seja, “capaz de entender e de que
rer”, malgrado quanto se costuma dizer da impessoalidade do
deus aristotélico); enfim, que é dotado de “potência infinita”
(no sentido de potência ativa, não de potencialidade) (cap. 7).
Tudo isso é demonstrado com procedimentos rigorosamente
racionais, baseados ora na implicação dos conceitos (ato, pen
samento, vida), ora na analogia com o homem (analogia que,
no entanto, reconhece as profundas diferenças), mas não mais
no mito ou em qualquer revelação: neste sentido, trata-se de
uma teologia “científica” ou filosófica, a mais rigorosa jamais
formulada, porque de todo imune à influência das grandes reli
giões do “Livro”.
No capítulo oitavo, pois, Aristóteles permite-se também
uma crítica da religião tradicional, isto é, da teologia mítica.
Depois de ter demonstrado que os princípios imóveis são mui
tos, precisamente tantos quantas são as esferas celestes que
giram etemamente sobre si mesmas, ele acrescenta:
transmite-se em form a de mito dos primitivos e
antiquíssimos aos pósteros a tradição de que estes
são deuses e de que o divino envolve toda a natureza.
A s coisas rem anescentes fo ra m acrescentadas
miticamente a fim de persuadir muitos e para usá-las
em vista das leis e da utilidade. Dizem alguns, com
efeito, que estes [deuses] têm forma humana e que
são semelhantes a alguns outros animais, e a isso
acrescentam outras coisas consequentes e semelhan
tes a estas ditas. Se, após tê-la separado destas últi
mas, alguém tomasse apenas a primeira afirmação,
isto é, que consideravam as substâncias primeiras ser
deuses, seria considerado falar divinamente (1074 a
38-b 10).
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(Papitula (SU/arfa
método da filosofia
pratica
A intenção tipológica
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O método da filosofia prática
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O procedimento diaporético
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O método da filosofia prática
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A racionalidade da “arte”
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A retórica
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A retórica
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Poética e retórica
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A retórica
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A retórica
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A retórica
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A s razões de Aristóteles
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A retórica
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A retórica
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A retórica
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A s razões de Aristóteles
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A retórica
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A retórica
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A retórica
ndice de autores
A Dionísio 183
Dionisiodoro 168
Anaxagoras 61, 77, 107, 147 Dioniso 166
Antifonte 67 Dome, H. 74
Ares 166 Düring, Ingemar XII, •74
Aubenque, Pierre XII, XIII, 153
B
Eléia, Zenão de 19, 32, 33, 36,
Bacon, Francis X, XI, 3 82, 103
Balme, D. M. 74 Empédodes 27,61, 77, 107,167
Baumgarten 13 Espeusipo 90, 106, 107
Bergson, H. 14 Espinosa, B. 13
Bien, Gunther XV, 141, 142 Eudides 7, 10
Boécio 13 Eudoxo 10, 11
Bubner, Rüdiger XV, 142, 143 Eutidemo 168
Burnet, John 141, 142
C
Feréddes 107
Cálias 160, 161 Feuerbach 65
Crane, R. S. XV Feyerabend, Paul XV
Filodemo 169
D
Demócrito 54
Derrida, Jacques XV Gadamer, Hans Georg XIV, XV,
Descartes, R. X, XI 109, 143, 163
189
A s razões de Aristóteles
I Olson, Eider XV
Orfeu 107
Isocrates 167, 169, 170 Owen, G. E. L. IX, XIII, 15, 60,
133
J
Jaeger, Werner XII, 108 P
Parmênides 32, 33, 36, 37, 54,
K 60, 64, 82, 83, 90, 107
Kant, I. 13, 58, 103, 104, 111, Perelman, Chai'm XIV, 170
151, 154 Péricles 146, 147
Kepler 108 Pisistrato 182
Kierkegaard, S. 65 Platão 4, 9, 10, 32, 33, 36, 37,
Kuhn, Helmut 141, 142 46, 60, 64, 71, 76, 77, 80, 82,
83,84,90,106,107,108,109,
L 110, 111,124,129,130, 144,
Lampsaco, Anaximenes de 168 167, 168, 169, 170
Le Blond, Jean Marie XII, XIII, 52 Plutarco 108
Leibniz X Pöggeler, Otto 141, 142
Lyotard, Jean Francois XV Popper, K. IX
M R
Magos 107 Ravaisson, J.-G.-F. 108, 186
Mansion, dom Augustin XII, Ritter, Joachim XV
XIII, 53 Rodes, Andronico de 43
190
Indice de autores
191