Práticas Inovadoras Na Formação de Professores PDF
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Revista Internacional de
ISSN: 2447-8288
Formação de Professores v. 1, n.3, 2016
(RIPF)
Resenha
Submetido em 10/06/16
Avaliado em 10/06/16
Aceito em 03/08/16
Jeanny Meiry Sombra Silva Doutoranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica
PUC-SP. Contato: [email protected]
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Revista Internacional de Formação de Professores (RIFP), Itapetininga, v. 1, n.3, p. 175-181, 2016
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O presente livro foi organizado pela professora Doutora Marli Elisa D. A. de André, docente
do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação e coordenadora do
Mestrado Profissional em Educação: Formação de Formadores, ambos da PUC-SP, onde desenvolve
seus estudos e pesquisas nas áreas de formação de professores e de metodologia da pesquisa em
educação.
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Segue abaixo uma descrição sintética das ideias principais da obra. No cuidado de descrever
algumas informações centrais trazidas nos capítulos, esta resenha, se utiliza de aspas para diferenciar
a voz do autor dos novos sentidos formulados na interlocução entre texto/leitor.
O capítulo 1, Formar o professor pesquisador para um novo desenvolvimento profissional da
organizadora da obra, professora Marli André, trata de um tema amplamente debatido na área da
educação: a formação do professor pesquisador. Para iniciar a discussão, a autora lança questões
como: Que condições tem o professor para desenvolver pesquisa na escola? O que consiste a proposta
de ser um professor pesquisador? Como desenvolvê-la nos cursos de formação inicial e programas
de formação continuada? A autora adverte para necessidade de se ter clareza nessa proposta, pois, ao
contrário “corre-se o risco de que passe a ser somente um slogan, uma ideia abstrata, um modismo,
perdendo seu sentido. Uma forma de evitar esse desvio é tentar pontuar os princípios que estão
associados ao conceito de professor pesquisador”. Esses princípios são explicados de maneira
instigante no decorrer do texto. Dialogando com outros pesquisadores dessa temática, a autora
considera que o conceito de professor pesquisador está intimamente associado à de profissional-
crítico-reflexivo. Defende que a reflexividade crítica se torne um movimento próprio de todos os
atores envolvidos na ação educativa. Aponta caminhos para o ensino e a aprendizagem de pesquisa e
as condições de um profissional autônomo e colaborativo. O texto conclui que os conceitos de prática
reflexiva e investigativa, pelo coletivo das escolas, devem ser vinculados ao conceito de
desenvolvimento profissional.
No texto Questões: Professores, escolas e contemporaneidade, Bernardete A. Gatti
problematiza dois pontos importantes: para que se formam professores e em que medida o contexto
sociocultural em que as redes escolares estão imersas influenciam o trabalho de ensino. Ao responder
essas questões a autora recupera dados de pesquisas realizadas, especialmente uma elaborada por ela
e outros autores há 22 anos, a respeito do desenvolvimento profissional docente e conclui que até
hoje estão pendentes as problemáticas existentes em relação ao trabalho nas escolas, suas condições
e impactos na aprendizagem discente. A autora considera que o objetivo da formação de professores
está relacionada com a função específica da escola que é “oferecer às crianças e aos jovens os
conhecimentos estruturados e acumulados no tempo, conhecimentos constituintes da vida e
civilização humana”. Argumenta que propostas de cursos de formação de inicial e continuada de
professores precisariam ter concretamente em seu horizonte o docente como profissional introduzido
em um contexto educacional, que é ao mesmo tempo nacional e local, num inserção global, com eixos
sociofilosóficos, mas que se faz na heterogeneidade das condições geográfico-culturais do vasto
território nacional.
O capítulo 3, Políticas de iniciação à docência para uma formação profissional qualificada,
elaborado por Marli André, tem como foco dados de uma pesquisa que analisou três ações públicas
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