Impugnação - Aposentadoria Por Idade Rural - Novo CPC
Impugnação - Aposentadoria Por Idade Rural - Novo CPC
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FULANA DE TAL, já qualificada nos autos supramencionado, neste ato representado por
seu advogado e bastante procurador infra-assinado, da AÇÃO DE APOSENTADORIA POR
IDADE RURAL, contra o INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, vêm, perante Vossa
Excelência, com o fim de apresentar IMPUGNAÇÃO à Contestação ofertada pela Requerida,
às fls. Dos autos, em sua TOTALIDADE, ratificando a peça exordial, requerendo nesta
oportunidade pelo devido prosseguimento do feito, e se necessário for, com designação de
audiência de instrução e julgamento, ocasião em que o Autor irá produzir suas provas.
No que tange aos documentos juntados com a peça contestatória para rebater a
IMPOSSIBILIDADE do Benefício Previdenciário do Autor, é de se notar o seguinte:
1) Quanto a Contestação e suas preliminares apresentadas pela Autarquia-Ré, são
completamente IMPROCEDENTES, uma vez que o Requerente está pleiteando em Juízo a
contagem recíproca de tempo de serviço por ele prestado, a fim de receber o pagamento
correto e integral de sua aposentadoria rural por idade.
2) No caso em tela, nota-se que é um DIREITO ADQUIRIDO líquido e certo do Autor,
quando de sua propositura junto ao ente previdenciário, ou seja, desde 16/09/2009, NB:.
3) Na ocasião em que o Requerente laborou na lavoura, a Lei não permitia o registro em
Carteira de Trabalho do TRABALHADOR RURAL, pois naquele tempo o livro de ponto era
a terra e a caneta era a enxada, e querer que o Requerente fosse registrado em Carteira é
querer o impossível, inclusive, mesmo porque o trabalho se dava em REGIME DE
ECONOMIA FAMILIAR.
4) Agora dizer que não é lavrador na atual conjuntura, é um crime de falsidade ideológica
de Danos Morais e Materiais contra a Autarquia-Ré, pois de conformidade com a nossa Carta
Magna é possível para efeito de aposentadoria, a contagem recíproca do tempo de
contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que
os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente entre si.
5) Os direitos do Requerente estão garantidos pelo artigo 7º e seus incisos e o artigo 201, §
9º, da Constituição Federal, bem como pelas demais legislações que regem a matéria, dizem:
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
(...)
“Art. 347. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do
segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia
primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do
dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.
(Redação dada pelo Decreto nº5.545, de 2005)
§ 1º Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e
qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas
pela previdência social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do
Código Civil. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003) (...)”
Pede o Autor simplesmente que o Instituto, no cálculo da Renda Mensal Inicial e nos
reajustamentos dos benefícios, obedeça à legislação vigente, para tanto, a aposentadoria do
Autor deverá ser calculada desde a propositura da referida ação, ou seja,
16/09/2009,pagando-se as parcelas não prescritas, relativamente aos cinco anos anteriores ao
ajuizamento da ação.
O Direito ao benefício é imprescritível, contudo, prescrevem as prestações não reclamadas
em cinco anos contados da data em que se tornaram devidas, ou seja, os benefícios
decorrentes de Leis protetiva se que geram efeitos patrimoniais de natureza alimentar não
prescrevem no seu fundo, apenas as parcelas são atingidas pelo quinquênio legal.
Em decorrência das decisões reiteradas, o extinto e sempre Egrégio Tribunal Federal de
Recursos (TFR) aprovou o seguinte enunciado da Súmula nº 163:
Nas relações jurídicas de trato sucessivo, em que a Fazenda Pública figure como devedora,
somente prescrevem as prestações vencidas antes do quinquênio anterior à propositura da
ação.
Nestes termos,
Pede deferimento.
[Local] [data]
__________________________________
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA Xº VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE XXXXXXX
Proc. XXXXXXXXXXXXX
CONCESSÃO DE PENSÃO MORTE
XXXXXXXXXXXXX, já qualificada nos autos, por seu advogado que esta subscreve, vem à presença de Vossa Excelência, se manifestar sobre a
contestação nos seguintes termos:
EM SÍNTESE
1- Alega a Ré em síntese que a Autora não possui direito de receber o benefício previdenciário, em virtude de necessitar comprovar a dependência
econômica da autora com relação ao seu filho.
DA MANIFESTAÇÃO DA AUTORA
A contestação apresentada pelo instituto ora Ré, não deve prosperar em sua tentativa de que a presente ação seja julgada improcedente, senão vejamos o
por quê.
Salienta o ilustre representante do INSS que o mesmo agiu de maneira correta ao negar a concessão do benefício na data administrativa em que fora feita.
As alegações presentes e constantes da contestação não devem prosperar, uma vez que o requisito da dependência econômica se encontra amplamente
comprovado através dos documentos que estão acostados aos autos.
O de cujus, em razão de não haver deixado esposa em nem filhos, somente havia deixado na qualidade de dependente previdenciário a sua genitora.
Prova de que mesmo contribuía para o sustento do lar é o fato de morar no mesmo endereço, conforme declaração de folhas 20.
Nas folhas 28 dos presentes autos, encontra-se declaração firmada através de escritura pública, o que consolida ainda mais a dependência da autora com
relação ao seu filho.
No presente caso, pode-se verificar que trata-se de família muito pobre, e neste caso a renda trazida pelo de cujus faz muita falta para uma vida digna da
autora.
Desta forma, a autora faz jus a procedência total da ação, uma vez que já havia sido provada a qualidade de segurado na data do óbito do segurado.
Outrossim, convém destacar o quanto disposto na Súmula 229 do extinto TFR, que dispõe, verbis:
“A mãe do segurado tem direito a pensão previdenciária, em caso de morte do filho, se provada a dependência econômica, mesmo não exclusiva.”
Diante da redação da súmula acima transcrita, a dependência econômica para fins da concessão da pensão por morte, não precisa ser exclusiva, portanto,
a dependência para fins de concessão deste benefício, poderá ser relativa. Não existe a necessidade do falecido manter a casa sozinho, poderia haver
outras fontes de renda na casa, que mesmo assim, não estaria descaracterizada a dependência econômica da autora com relação ao seu filho.
Cabe ressaltar que a confirmação da concessão da pensão por morte trata-se de questão de justiça social, uma vez que o de cujus contribuiu junto a
previdência por muitos anos e possuía a condição de segurado na data do óbito.
É pertinente salientar que todos os documentos relativos a qualidade de segurado do de cujus já estão acostados aos autos e que não restam dúvidas
sobre a qualidade de segurado do mesmo.
Devemos ainda salientar que a autora ainda pretende fazer uso da prova testemunhal para fins de comprovar a dependência econômica, portanto,
somando-se o conjunto de provas documentais e testemunhais a autora irá provar que realmente existia a dependência econômica com relação a seu filho.
Desta forma, a contestação deve ser considerada totalmente insuficiente para fins desconstituir o real direito da autora.
Termos em que
Pede Deferimento
Local, data
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Alexsandro Meneze