Apostila DesTec
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O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a
representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes
necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e também da
arquitetura.
Na prática pode-se dizer que, para interpretar um desenho técnico, é necessário enxergar o
que não é visível e a capacidade de entender uma forma espacial a partir de uma figura
plana é chamada visão espacial.
Visão espacial é um dom que, em princípio todos têm, da capacidade de percepção mental
das formas espaciais. Perceber mentalmente uma forma espacial significa ter o sentimento
da forma espacial sem estar vendo o objeto. Por exemplo, fechando os olhos pode-se ter o
sentimento da forma espacial de um copo, de um determinado carro, da sua casa, etc. Ou
seja, a visão espacial permite a percepção (o entendimento) de formas espaciais, sem estar
vendo fisicamente os objetos. Apesar da visão espacial ser um dom que todos têm, algumas
pessoas têm mais facilidade para entender as formas espaciais a partir das figuras planas. A
habilidade de percepção das formas espaciais a partir das figuras planas pode ser
desenvolvida a partir de exercícios progressivos e sistematizados.
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Geometria Descritiva e Desenho Técnico – Professora Marta Mitiko K. de Siqueira
No século XVII, por patriotismo e visando facilitar as construções de fortificações, o
matemático francês Gaspar Monge, que além de sábio era dotado de extraordinária
habilidade como desenhista, criou, utilizando projeções ortogonais, um sistema com
correspondência biunívoca entre os elementos do plano e do espaço. O sistema criado por
Gaspar Monge, publicado em 1795 com o título “Geometrie Descriptive” é a base da
linguagem utilizada pelo Desenho Técnico.
Nos dias de hoje a expressão “desenho técnico” representa todos os tipos de desenhos
utilizados pela engenharia incorporando também os desenhos não projetivos (gráficos,
diagramas, fluxogramas etc.).
Apesar da evolução tecnológica e dos meios disponíveis pela computação gráfica, o ensino
de Desenho Técnico ainda é imprescindível na formação de qualquer modalidade de
engenheiro, pois, além do aspecto da linguagem gráfica que permite que as idéias
concebidas por alguém sejam executadas por terceiros, o desenho técnico desenvolve o
raciocínio, o senso de rigor geométrico e o espírito de iniciativa e de organização. Assim, o
aprendizado ou o exercício de qualquer modalidade de engenharia irá depender de uma
forma ou de outra, do desenho técnico.
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Normalização
Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi necessário padronizar
seus procedimentos de representação gráfica. Essa padronização é feita por meio de
normas técnicas seguidas e respeitadas internacionalmente. As normas técnicas são
resultantes do esforço cooperativo dos interessados em estabelecer códigos técnicos que
regulem relações entre produtores e consumidores, engenheiros, empreiteiros e clientes.
Cada país elabora suas normas técnicas e estas são acatadas em todo o seu território por
todos os que estão ligados, direta ou indiretamente a este setor. No Brasil as normas são
aprovadas e editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, fundada em
1940.
As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas editadas pela ABNT,
registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial) como normas brasileiras – NBR e estão em consonância com as normas
internacionais aprovadas pela ISO.
Existem normas que regulam a elaboração dos desenhos e têm a finalidade de atender a
uma determinada modalidade de engenharia. Como exemplo, pode-se citar: a NBR 6409,
que normaliza a execução dos desenhos de eletrônica; a NBR 7191, que normaliza a
execução de desenhos para obras de concreto simples ou armado; NBR 11534, que
normaliza a representação de engrenagens em desenho técnico.
Uma consulta aos catálogos da ABNT mostrará muitas outras normas vinculadas à
execução de algum tipo ou alguma especificidade de desenho técnico.
Instrumentos e Acessórios
Duras – São usadas quando se requer extrema precisão. As mais duras (5H – 4H) são
empregadas em desenhos de engenharia, mas seu uso é restrito porque as linhas
costumam ser muito fracas.
Médias – Esses graus são usados para todos os fins em desenho técnico. Os graus mais
moles (HB – B) servem para esboços técnicos, cabeças de seta, escrita e outros trabalhos a
mão livre.
Moles – São muito moles para serem usadas em desenhos de arquitetura. Seu uso para tal
finalidade implica na obtenção de linhas grossas, imprecisas e que são difíceis de apagar.
Esses graus são usados principalmente para desenho artístico de diversos tipos.
2. Borracha – Apagar uma linha corretamente é tão importante quanto traçá-la de modo
correto. Os instrumentos para apagar devem ser cuidadosamente escolhidos. Os de base
vinílica são os mais recomendados e encontrados em vários tamanhos, inclusive na forma
de lápis ou lapiseiras.
Círculos de esquadros mostrando seu uso para o traçado de linhas inclinadas. Em cada caso, os
esquadros devem apoiar-se na régua “T” ou “Paralela”. As setas mostram o sentido em que a linha é
traçada.
9. Gabaritos – São usados para finalidades comuns e específicas. Os mais comuns são
gabaritos de círculos, elipses, arcos (curvaturas) e outros para transferir contornos ou linhas
com indicação de acabamentos superficiais em um desenho.
10. Curvas Francesas – Emprega-se curva francesa sempre que qualquer curva distinta da
circunferência não seja possível traçá-la com compasso. Esse tipo de curva pode ser
encontrado numa ampla variedade de tipo, tamanho e formas.
11. Réguas de cabeçote ou “T” – Poderão ser de madeira ou associado com outro
material sintético e devem de preferência abranger toda a largura da prancheta. O lápis ou
caneta deslizará junto à face superior da régua, assim como servir de apoio para esquadros.
12. Normógrafos – Instrumento usado para escrita nos projetos de engenharia, arquitetura
e topografia. A primeira parte consiste de gabaritos (réguas), com sulcos na forma de letras,
algarismos e outros caracteres. A segunda parte do conjunto é um suporte com dois braços,
ligado a um pino, e outro, a uma pena, vulgarmente conhecida como “aranha”. Há também o
normógrafo comum com formato de uma régua, com letras em sulcos vazados, nos quais se
insere a pena da caneta ou ponta do lápis para reproduzir contorno de letras, algarismos,
símbolos e outros caracteres.
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O espaço de utilização do papel fica compreendido por margens, que variam de dimensões,
dependendo do formato usado. A margem esquerda, entretanto, é sempre de 25 mm, a fim
de facilitar o arquivamento em pastas próprias. Os formatos das séries “A” são
apresentadas no quadro a seguir e os respectivos dobramentos para possibilitar o
arquivamento no formato final “A4” que é o tamanho das pastas e arquivos.
FORMATOS DA DIMENSÕES DA FOLHA NÃO FORMATO FINAL (a1 x b1) MARGEM (m) em
SÉRIE “A” RECORTADA (a x b) em em milímetros milímetros
milímetros
Para arquivamento as folhas (pranchas) devem ser dobradas, sendo o formato final o A4.
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Exercícios de Coordenação:
a) b)
c) d)
e) f)
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Legendas
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Na execução das letras e algarismos são utilizadas pautas traçadas levemente, com um
lápis bem apontado. Estas pautas são constituídas de três linhas paralelas. Uma para a
base da letra, outra para a parte superior das maiúsculas e a terceira para a parte superior
das minúsculas. Nas letras padronizadas, a altura da pauta das minúsculas é igual a 2/3 da
altura da pauta das maiúsculas; portanto, a pauta das maiúsculas e a pauta inferior estão
respectivamente 1/3 acima e 1/3 abaixo do corpo das letras.
A maioria das letras pode ser desenhada a partir da construção de uma oval (base de 2/3 h),
com exceção de algumas letras como, por exemplo, o M, m, W, w (base de 6/7h, h, 4/3h, h,
respectivamente).
Um dos melhores exercícios para o desenhista habituar-se a traçar letras e algarismos com
rapidez e regularidade, é decalcar em papel transparente um texto escrito em Arial.
Somente depois de conhecer bem o traçado das letras normalizadas é que o desenhista de
arquitetura deve partir para criar sua própria “caligrafia” com letras de imprensa.
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A seguir, exercitar a caligrafia técnica a partir da seqüência indicada nas letras e números:
Desenhe cada número ou letra na quantidade de vezes possível.
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Escalas
Escala de ampliação – É utilizada quando o objeto a ser desenhado tem dimensões muito
pequenas. O numerador da fração escala indica quantas vezes o desenho é maior que o
objeto real. Podem ser empregadas as escalas: (2:1) – (5:1) – (10:1), etc...
Obs.: As escalas devem ser lidas 1:50 (um por cinqüenta), 1:10 (um por dez), 10:1 (dez por um)
etc.
Qualquer uma destas condições deve ser sempre respeitada, pois muito influenciará na boa
apresentação do projeto.
A indicação da escala não dispensará a indicação de cotas. As cotas deverão ser escritas
em caracteres claros e que sejam facilmente legíveis.
Cotas
O desenho técnico, além de representar, dentro de uma escala, a forma tridimensional, deve
conter informações sobre as dimensões do objeto representado.
A forma mais utilizada em desenho técnico é definir as dimensões por meio de cotas que
são constituídas de linhas de chamada (extensão ou referência), linha de cota, setas e do
valor numérico em uma determinada unidade de medida. As cotas representam sempre
dimensões reais do objeto e não dependem, portanto, da escala em que o desenho está
executado.
As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que sejam lidas com o desenho
em posição normal, colocando-se o leitor do lado direito da prancha.
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Em desenhos de arquitetura, a seta é substituída por pontos (vazios ou cheios) ou traços
inclinados a 45º na interseção entre a linha de extensão e de cota.
Princípios Gerais:
1. Tanto as linhas de chamada como as linhas de cota se desenham com traço contínuo
fino. As linhas de chamada devem, em princípio, ser perpendiculares ao elemento a cotar,
mas em certos casos, pode haver conveniência em que sejam desenhadas obliquamente,
preferindo-se nesses casos inclinações de 60 ou 75 ;
2. As linhas de cota não devem ser traçadas muito próximas das linhas de contorno,
dependendo da distância a que se colocam as dimensões do desenho e do tamanho do
algarismo das cotas;
3. A seta propriamente dita deve ter um comprimento de 2 a 3 mm e sua largura pode ser
calculada como 1/3 do comprimento ou, simplesmente, dando-se à extremidade um ângulo
de 15º;
12. A altura dos algarismos é uniforme dentro do mesmo desenho. Em geral usa-se de 1,5 a
3 mm;
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Exercícios resolvidos
Solução:
Resposta: A escala usada foi 1:100 (um por cem), ou seja, o desenho foi reduzido 100 vezes
2. Uma parede com comprimento igual a 3 m (300 cm) é representada no desenho com
dimensão de 6 cm. Qual a escala do desenho?
Solução:
1/n = D/R
1/n = 6 cm/3 m
1/n = 6 cm/300 cm; simplificando-se teremos:
1/n = 1/50, ou seja, n = 50 (fração escala)
Resposta: A escala do desenho é 1:50 (um por cinqüenta), ou seja, o desenho foi reduzido
50 vezes.
3. Num desenho feito na escala 1:50 (um por cinqüenta), a aresta de um objeto mede
1,5 cm de comprimento. Qual é a verdadeira grandeza do comprimento dessa aresta?
Solução:
1/n = D/R
1/50 = 1,5 cm/R
R = 1,5 cm x 50
R = 75 cm
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4. Cotar convenientemente a figura, indicando a escala.
Escala 1:20
Exercícios propostos
2. Num projeto desenhado na escala 1:50 a altura de um prédio mede 28 cm. Qual a
verdadeira grandeza dessa altura?
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5. Construir uma legenda com os seus dados no formato A4, verificando os conteúdos
mínimos.
A B
C D
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7. Cotar convenientemente, indicando a escala (usar medidas em centímetros).
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Introdução
A Geometria descritiva foi criada a partir de estudos sobre as projeções. Gaspar Monge,
que viveu no século XVIII, foi quem criou os princípios das projeções a partir das operações
de estereotomia, reunindo-as sob o nome de Geometria Descritiva, importante na formação
de profissionais que trabalham com espaço e forma. E, portanto, base para desenho de
máquinas e arquitetura. Esta geometria foi na época de Monge uma opção aos métodos
empíricos. Os estudos feitos a partir da obra de Monge provocaram a sua evolução e
também a descoberta de novas propriedades da geometria plana.
No Brasil, esta geometria foi ensinada pela primeira vez na Real Academia Militar, criada por
D. João VI. Esta academia começou seu funcionamento em 1º de abril de 1812. O primeiro
professor de Geometria Descritiva, no Brasil, foi o 2º tenente José Vitorino dos Santos e
Souza. O livro “Elementos de Geometria Descritiva” publicado por José Vitorino dos Santos
e Souza, foi escrito com base na primeira edição da obra de Monge.
Podemos entender a Geometria descritiva como sendo: “Uma ciência que estuda métodos
de representações de figuras espaciais sobre um plano”.
Determinação do ponto
Para que um ponto fique bem determinado, podemos empregar dois métodos diferentes:
- método dos planos cotados;
- método das projeções.
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No primeiro método, emprega-se apenas um plano de
projeção e a cota do ponto. (Cota de um ponto é o
comprimento da sua projetante). Nesse método, o plano de
projeção é o plano horizontal tomado como plano de
comparação e é chamado Plano Cotado porque nele se
inscreve a cota do ponto (positiva acima e negativa abaixo
desse plano). Uma reta, por exemplo, será representada
pela sua projeção horizontal e pelas cotas de dois dos seus pontos. Assim, a reta AB figura
2 seria representada pela projeção horizontal AB e as cotas dos dois pontos, significando,
no caso, que o ponto A possui cota igual a duas unidades e o ponto B igual a três unidades.
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Ainda no caso das projeções cilíndricas, elas podem ser oblíquas ou ortogonais conforme a
direção de ∆ seja ou não perpendicular ao plano de projeção. A figura 7 nos mostra uma
projeção cilíndrica ortogonal.
Estudo do Ponto
Épura
É a representação de uma figura do espaço pelas suas projeções, estando o plano vertical
rebatido sobre o plano horizontal de projeção (figura 10).
Obs.: Somente no 1o diedro, teremos as linhas visíveis (linha contínua), pois sendo opacos
os semiplanos, é possível determinar as projeções em outros diedros por traço invisível
(tracejado).
Conceitos:
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Posições do Ponto
Em relação aos planos de projeção, o ponto pode ocupar nove posições diferentes:
1a posição - No 1o diedro.
A (m1, 2, 3)
2a posição - No 2o diedro.
B (m2, -3, 2)
3a posição - No 3o diedro.
C (m3, -2, -3)
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4a posição - No 4o diedro.
D (m4, 2, -3)
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7a posição - O ponto está na HA.
G (m7, 3, 0)
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Pontos simétricos
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Obs.: A simetria em relação à linha de terra é o produto das simetrias em relação aos planos
horizontal e vertical e assim, para se obter o simétrico de um ponto dado em relação à linha
de terra, pode-se efetuar a simetria em relação a um dos planos de projeção e a seguir a
simetria desse último em relação ao outro plano.
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Resumo
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Exercícios resolvidos
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3. Determine as coordenadas e represente em épura os pontos:
E (5, ?, ?) está no 1º bissetor
F (-1, ?, ?) está no 2º bissetor e tem afastamento negativo
G (3, 2, -4)
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Exercícios propostos
8. Dos pontos: A (3, -2, 5) B (0, -3, -6) C(1, 2, -5), trace a épura de cada ponto de acordo
com o enunciado:
- Simétricos em relação ao PV
- Simétricos em relação ao PH
- Simétricos em relação ao 1º bissetor
- Simétricos em relação ao 2º bissetor
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10. Determine as coordenadas e represente em épura os pontos:
A (0, ?, ?) está no 1º bissetor
B (-4, ?, ?) está no 2º bissetor e tem afastamento negativo
C (-4, ?, ?) está na VS
D (-1, ?, ?) está na LT
12. Determine a cota do ponto A, sabendo-se que este se localiza no HA. Trace a épura
desse ponto. A (2, 4, ?)
14. O ponto B está no 2º diedro e o ponto A no 1º diedro. Estes pontos são simétricos a C e
D (respectivamente) em relação ao PH. Represente a épura dos pontos A, B, C e D.
C (0, -2, -3) D (3, 1, -2)
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Estudo da Reta
A projeção de uma reta sobre um plano é o lugar das projeções de todos os seus pontos
sobre esse plano.
Os pés das perpendiculares estão na interseção dos dois planos e a projeção da reta AD é,
portanto essa interseção.
A projeção de uma reta sobre um plano só deixa de ser uma reta, quando ela lhe for
perpendicular, pois nesse caso a projeção será um ponto, como se vê na figura 46. Nesse
caso a projeção da reta se reduz a um ponto porque as projetantes de todos os seus pontos
se confundem com a própria reta.
Quando uma reta for paralela a um plano (figura 47) a sua projeção sobre esse plano é igual
e paralela à própria reta. Seja a reta AB paralela ao plano M cuja projeção nesse plano é a
reta ab. As duas retas AB formam com as projetantes Aa e Bb um paralelogramo no qual
AB = ab. Diz-se então que a reta se projeta em verdadeira grandeza (V.G.).
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Quando uma reta for oblíqua a um plano (figura 48) a projeção é menor que a reta do
espaço porque esta forma com sua projeção e as projetantes um trapézio retângulo em que
a projeção no plano sendo perpendicular às bases é menor que a reta do espaço.
Verifica-se que sua projeção na posição inicial era o ponto ab (a coincidente com b) e que
essa projeção torna-se ab1 quando o ponto B atinge a posição B1 e vai crescendo
gradativamente à proporção que a reta vai diminuindo a sua inclinação sobre o plano.
Quando a reta atinge a posição AB3 paralela ao plano, a sua projeção torna-se ab3. Por
conseguinte, a projeção de uma reta sobre um plano é tanto maior quanto menor for sua
inclinação sobre ele.
De um modo geral, a posição de uma reta no espaço fica bem determinada quando são
conhecidas as projeções dessa reta sobre dois planos ortogonais.
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projetantes da reta nos respectivos planos de projeção, deve conter a reta do espaço, que
será então a interseção desses dois planos projetantes. E como esses planos se cortam
segundo AB, que é a única que tem ab e a’b’ como projeções, ela fica bem determinada.
Para designar a reta cujas projeções são ab e a’b’ escreve-se: AB (figura 51).
Um ponto pertence a uma reta, quando as projeções desse ponto estão sobre as projeções
de mesmo nome da reta, isto é, a projeção horizontal do ponto sobre a projeção horizontal
da reta e a projeção vertical também sobre a projeção vertical da reta.
Obs.: Essa regra de ponto pertencer à reta sofre exceção quando se trata de reta de perfil,
como veremos mais adiante (figuras 72 a 74).
Posições da reta
Em relação aos planos de projeção, a reta pode ocupar várias posições, posições essas que
determinam nomes e propriedades particulares.
a) Reta Qualquer
É a reta oblíqua aos dois planos de projeção (figura 52). Sua épura é caracterizada por
possuir ambas as projeções obliquas à linha de terra (figura 53).
Ex: A (0, 1, 1)
B (2, 3, 3)
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b) Reta Horizontal
É a reta paralela ao plano horizontal e oblíqua ao plano vertical. Sua épura é caracterizada
por possuir a projeção vertical paralela à linha de terra e a projeção horizontal oblíqua a
essa mesma linha (figuras 54 e 55). A projeção horizontal representa a verdadeira
grandeza.
Ex: A (0, 1, 3)
B (2, 3, 3)
É a reta paralela ao plano vertical e oblíqua ao plano horizontal. Sua épura é caracterizada
por possuir a projeção horizontal paralela à linha de terra e a vertical oblíqua a essa mesma
linha (figuras 56 e 57).
Ex: A (0, 3, 3)
B (2, 3, 1)
É a reta paralela simultaneamente aos dois planos de projeção. Sua épura é caracterizada
por possuir ambas as projeções paralelas à linha de terra (figuras 58 e 59).
Ex: A (0, 3, 2)
B (2, 3, 2)
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e) Reta Vertical
É a reta perpendicular ao plano horizontal. Sua épura é caracterizada por possuir a projeção
horizontal reduzida a um ponto e a vertical perpendicular à linha de terra (figuras 60 e 61).
Ex: A (0, 2, 4)
B (0, 2, 2)
f) Reta de Topo
É a reta perpendicular ao plano vertical. Sua épura é caracterizada por possuir a projeção
vertical reduzida a um ponto e a horizontal perpendicular à linha de terra (figuras 62 e 63).
Ex: A (0, 2, 3)
B (0, 4, 3)
g) Reta de Perfil
É a reta perpendicular (ou ortogonal) à linha de terra. Sua épura é caracterizada por possuir
as projeções perpendiculares à linha de terra (figuras 64 e 65).
Ex: A (0, 1, 3)
B (0, 3, 1)
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Traços de retas
Chama-se “traço de uma reta sobre um plano” o ponto em que essa reta fura ou atravessa
esse plano. Conclui-se então que quando uma reta for paralela a um plano, não terá traço
sobre esse plano. O traço sobre o plano P é o “traço vertical” e por convenção representa-se
por V, e de modo idêntico o traço horizontal no plano M é representado por H.
Em épura (figura 67), para se obter o traço vertical da reta rr’, é suficiente prolongar a
projeção de nome contrário (projeção horizontal) até a linha de terra, onde fica determinado
o ponto v que é a projeção horizontal do traço v’. De v, uma linha de chamada faz conhecer
v’ como indica a épura. Este ponto v’ que coincide com o ponto objetivo V é um ponto da
reta AB e seu afastamento é nulo.
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Na determinação dos traços de uma reta há um princípio imutável, sem exceção alguma: é
que a projeção horizontal v do traço vertical V e a projeção vertical h’ do traço horizontal H
estão sempre obrigatoriamente sobre a linha de terra, podendo as projeções v’ e h se
situarem abaixo ou acima da linha de terra conforme a posição da reta, exceto é claro,
quando a reta passa por MP, porque então tudo coincidirá com aquela linha.
Obs.: A regra que acabamos de expor para a obtenção dos traços de uma reta, sofre
exceção somente quando a reta é de perfil, como veremos mais adiante.
Conclui-se que uma reta só possui os dois traços quando é oblíqua aos dois planos M e P
(reta qualquer e reta de perfil). As demais retas, como horizontal, frontal, vertical e de topo,
possuem, apenas um traço e finalmente a fronto horizontal, por ser paralela aos dois planos
não possui traço nesses planos.
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No plano horizontal o ponto A descreve um arco de círculo de raio av e vem cair em a1 do
mesmo modo que o ponto b vem cair em b1; desses pontos a1 e b1 traçam-se no plano
vertical as paralelas a Vv que determinam as posições A1 e B1 após o rebatimento.
Seja AB dada por suas projeções a e a’ e b e b’. Opera-se como foi descrito fazendo-se
centro em h’v e descrevendo os raios de círculo aa1 e bb1 até situar esses pontos em a1 e b1
na linha de terra. Daí, por perpendiculares à linha de terra teremos os pontos A1 e B1 e,
portanto a reta A1B1 nos encontros com as paralelas à linha de terra traçadas por a’ e b’
respectivamente. Teremos em A1B1 a verdadeira grandeza da reta dada e um v’v o seu traço
vertical. No plano horizontal, o traço é h e para determiná-lo teremos de desfazer o
rebatimento. Assim, prolongando a reta A1B1, teremos em h1 sobre a linha de terra o traço
horizontal rebatido; então, com o mesmo centro em h’v e raio h’h1 descreve-se, em sentido
contrário ao efetuado para o rebatimento, o arco h1h, sendo H o traço horizontal.
Já vimos que um ponto pertence a uma reta quando tem suas projeções sobre as projeções
correspondente da reta, quando foi esclarecido que tal regra não se aplicava à reta de perfil.
Com efeito, o ponto pode ter suas projeções sobre as projeções de mesmo nome da reta e a
ela não pertencer.
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Na figura 72 temos uma reta de perfil dada pelas
suas projeções e também as projeções de c e c’ de
um ponto C sobre as projeções correspondentes
da reta. Se a regra fosse verdadeira, o ponto C
pertenceria à reta AB e o rebatimento nos mostra
que o ponto não pertence à reta.
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Exercícios resolvidos
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Geometria Descritiva e Desenho Técnico – Professora Marta Mitiko K. de Siqueira
H (1; 1; 0) V (2; 0; 1)
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Exercícios propostos
a) A (1; 2; 1) e B ( 3; 1; 3)
b) C (-3; -2; -3) e D(0; -2; 3)
c) E (1; 2; 3) e F (5; 5; 3)
d) G (2; 1; 4) e H (2; 4; 1)
e) I (4; 2; 3) e J (4; 5; 3)
f) K (1; 2,5; 1) e L (4; -1; 4)
2. Dada a reta AB pede-se: a) sua épura; b) seus traços; c) os diedros que ela atravessa;
d) a sua posição no espaço.
A (-1; -3; -2) B (3; 3; 4)
3. Um ponto A está situado no 2º bissetor. Pede-se traçar uma reta BC que contenha o
ponto A.
A (3; 1,5; ?) B (-0,5; 3; 2) C(5; ?; ?)
4. Traçar a épura de uma reta qualquer AB, com o ponto A no plano HA e o ponto B no
plano VS, e passando por um ponto C.
C (2; 1; 1)
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Estudo do Plano
Traços de plano
Chama-se traços de plano, à interseção desse plano com o plano de projeção. Um plano é
geralmente designado por seus traços que são representados por letras maiúsculas do
alfabeto e na linha de terra por uma letra grega , ou .
Posições do plano
Do mesmo modo que estudamos as posições das retas, veremos agora as posições dos
planos, seus nomes e suas épuras.
a) Plano Qualquer
É o plano oblíquo dos dois planos de projeção (figura 81). Possui os dois traços distintos,
concorrendo sobre a linha de terra em um mesmo ponto. Sua épura geralmente se
apresenta como se vê na figura 82. Entretanto pela maneira do plano se situar no espaço, a
épura pode aparecer em qualquer das posições indicadas na figura 83, pois o que
caracteriza o plano é possuir os dois traços oblíquos à linha de terra, não importando como
fiquem.
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b) Plano Horizontal
Esse plano se apresenta como nos mostra a figura 84. Basta defini-lo “plano paralelo ao
plano horizontal de projeção”. A épura (figura 85) é caracterizada por possuir apenas um
traço, o vertical, e, paralelo à linha de terra.
c) Plano Frontal
No espaço, se apresenta como nos mostra a figura 86. É o plano “paralelo ao plano vertical
de projeção”. A épura (figura 87) é caracterizada por possuir também um traço apenas, o
horizontal, e, paralelo à linha de terra.
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d) Plano Vertical
No espaço se apresenta como nos mostra a figura 88. É o plano perpendicular ao plano
horizontal e oblíquo ao vertical. Sua épura (figura 89) é caracterizada por possuir o traço
vertical perpendicular à linha de terra e o horizontal oblíquo à mesma linha.
e) Plano de Topo
No espaço se apresenta como nos mostra a figura 90. É o plano perpendicular ao plano
vertical e oblíquo ao horizontal. Sua épura (figura 91) é caracterizada por possuir o traço
horizontal perpendicular à linha de terra e o traço vertical oblíquo à mesma linha. É o inverso
do plano vertical, anteriormente estudado.
f) Plano de Perfil
No espaço se apresenta como nos mostra a figura 92. É o plano perpendicular aos dois
planos de projeção. Sua épura é caracterizada por possuir ambos os traços em
coincidência, perpendiculares à linha de terra (figura 93).
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O plano paralelo à linha de terra não tem nome especial. É apenas “um plano paralelo à
linha de terra”, e aparece no espaço como nos indica a figura 94. Verifica-se que é um plano
oblíquo aos dois planos de projeção, numa posição particular. Sua épura (figura 95) é
caracterizada por possuir ambos os traços paralelos à linha de terra.
Nesse caso, conforme mostra a figura 96 os traços do plano coincidem com a linha de terra.
Sua épura (figura 97) é caracterizada por possuir ambos os traços coincidentes com a linha
de terra.
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Resumindo o estudo das posições dos planos, temos:
a) Qualquer: Oblíquo aos dois planos de projeção. Traços oblíquos à linha de terra e
concorrentes num mesmo ponto dessa linha.
f) Perfil: Perpendicular aos dois planos de projeção. Traços numa mesma perpendicular à
linha de terra.
h) Passando pela Linha de Terra: Os traços do plano coincidem com a linha de terra
Retas do plano
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Retas do Plano Frontal
Como o plano frontal é paralelo ao plano vertical de projeção, só poderá conter as retas que
também forem paralelas ao mesmo plano e que são: frontal; fronto horizontal; vertical.
Sendo o plano paralelo à linha de terra, oblíquo aos dois planos de projeção, só poderá
conter retas paralelas à linha de terra e oblíquos aqueles planos. Então, as retas que podem
estar contidas em um plano paralelo à linha de terra são: qualquer; fronto horizontal; de
perfil.
Sendo o plano de perfil perpendicular aos dois planos de projeção, só poderá conter, como
é evidente, retas que sejam perpendicular a horizontal ou a vertical e perpendicular á
interseção deles, isto é, perpendicular à linha de terra. Tais retas são: de topo; vertical; de
perfil.
Um plano que passa pela linha de Terra, é um plano oblíquo aos dois planos de projeção,
nessa posição particular como vimos na figura 108. Se ele estiver igualmente inclinado em
relação aos planos de projeção, será então um plano bissetor. Esse plano só poderá conter
retas que passem pela mesma linha que ele, isto é, retas que passem pela linha de terra ou
paralelas a essa linha.
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Exercícios resolvidos
1. Dados os pontos A (3, 4, 6), B (-3, 4, 2) e C (-6, -4, 1), identifique o tipo de plano e dê
as coordenadas de α.
PLANO QUALQUER
8/3= 4/x x = 1,5 -6 + 1,5 = -4,5 3/1= 1,5/y y = 0,5 0,5 + 1,0 = 1,5
V1 = (-4,5; 0; 1,5)
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V2 = (-1,5; 0; 3,5)
α = (-6,75; 0; 0)
2. Dado os pontos A (-1, 4, 2) e B (2, 4, 6), identifique os possíveis planos que contém
a reta AB.
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Exercícios propostos
3. Dado os pontos A (0; 4; 1), B (2; 1; 3) e C (5,5; 0; 1,5), identifique o tipo de plano e dê as
coordenadas de
4. Dados os pontos A (5, 2, 6), B (0, 5, 2) e C (-3, -3, 1), identifique o tipo de plano e dê as
coordenadas de α.
5. Dados os pontos A (-1; 3; 5) e B (-6; 3; 2), identifique os possíveis planos que contém a
reta AB.
6. Dados os pontos A (0; 4; 5) e B (-4; 1; -2), identifique os possíveis planos que contém a
reta AB.
7. Dada a épura abaixo, identifique e visualize o plano no espaço, indique (no espaço e na
épura) as coordenadas de no mínimo dois traços de retas horizontais e verticais (ex: H1 e
H2, V1 e V2), dê os traços de plano P e P’ e forneça as coordenadas de α.
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Sistema de Projeções
Em desenho, chama-se projeção de um objeto a sua representação gráfica num plano.
Tendo o objeto três dimensões e o plano de representação somente duas, há necessidade
de um artifício técnico, que possibilite tal operação.
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(1) (2)
(3) (4)
O processo industrial usa em larga escala a projeção cilíndrica ortogonal, cuja característica
principal é que as superfícies dos objetos, paralelas ao plano de projeção, projetam-se com
a mesma forma e as mesmas dimensões, isto é, em “verdadeira grandeza”.
Gaspar Monge dividiu o espaço em quatro partes, chamadas de “diedros”, utilizando dois
planos perpendiculares.
Em Desenho Técnico não são usados o 2° e 4° diedros isto porque a planificação provoca a
superposição de projeções inconvenientes para interpretação do objeto projetado.
Vistas Principais
No sistema cilíndrico ortogonal, cada projeção define com clareza duas dimensões do
objeto. A projeção vertical fornece o comprimento e a altura, a horizontal dá o mesmo
comprimento e a largura. Todavia as formas de alguns objetos necessitam, entretanto, para
uma exata visualização, de mais de duas projeções. Por isso, o Desenho Técnico utiliza o
chamado sólido envolvente, que é um paralelepípedo composto pelos dois planos
pertencentes aos diedros e mais outros quatro com o propósito de possibilitar seis
projeções, ao invés de somente duas.
As projeções nestes planos são chamadas de “vistas ortográficas”. São elas: de frente,
superior, lateral direita, lateral esquerda, inferior e posterior.
O objeto será colocado no interior do sólido envolvente, para se obter as projeções. Nesta
ocasião, a vista de frente deve ser a principal. Esta vista, projetada no plano vertical, que
fica imóvel na planificação, reforça mais ainda sua escolha, para comandar a posição das
outras vistas. Por essa razão, quando se pensa obter as vistas ortográficas de um objeto, é
conveniente que se faça uma análise criteriosa do mesmo, a fim de que se eleja a melhor
posição para a vista de frente.
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Para a escolha, esta vista deve ser:
Na obtenção das vistas, os contornos e arestas visíveis são desenhados com “linha grossa
contínua”. As arestas e contornos que não podem ser vistos da posição ocupada pelo
observador, por estarem ocultos pelas partes que ficam à frente, são representados por
linha média tracejada.
Projeção no 1° Diedro
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Projeção no 3° Diedro
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Perspectivas
Perspectiva é o desenho que mostra os objetos de maneira como eles são vistos na
realidade.
A rigor, a visualização exata não se consegue, porque este desenho é feito com um ponto
de vista lançado sobre uma superfície plana, enquanto que a imagem real é binocular e
obtida numa superfície curva do olho.
Desenhar a perspectiva passa ser, então, representação de objetos sobre uma superfície
plana, chamada quadro. A técnica da perspectiva fundamenta-se em procedimentos tais que
a imagem final se aproxima o mais possível da realidade e a sua obtenção se faz
coerentemente com sistemas usuais de projeção.
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Perspectiva cavaleira – consiste na representação do objeto, como ele seria visto por um
observador situado a uma distância infinita, segundo uma direção inclinada em relação ao
quadro vertical, sofrendo reduções conforme ângulo de fuga β. Os valores usuais dos
coeficientes de redução para ângulo de: 45° = 2/3, 60° = 1/2 e 30° = 3/4.
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Perspectiva isométrica – é obtida através dos três eixos que fazem no quadro ângulos de
120° entre si. Neste caso, as três faces do objeto sofrem a mesma deformação, isto é,
reduções iguais nos três eixos. A construção do eixo e paralelepípedo isométrico é obtido
com utilização do esquadro 30°/60° apoiado na régua T conforme mostrada nas etapas
abaixo.
Como na perspectiva isométrica as reduções são iguais nos três eixos usa-se o chamado
“Desenho Isométrico”, que é a figura obtida quando se passa para os eixos perspectivados
as medidas reais do objeto.
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Exemplo de perspectiva isométrica
Cotagem em perspectiva
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Perspectiva cônica - A perspectiva cônica tem por objetivo a representação sobre uma
superfície plana ou curva, de forma aparente os corpos vistos de um ponto determinado.
Esta forma aparente varia com a posição do observador em relação aos objetos
observados. A superfície plana (Quadro), pode-se equivaler à uma janela com vidros
transparentes, no qual é desenhada a perspectiva. Assim, se nos colocarmos diante da
janela, a uma distância e uma altura determinada, e sem se mover do lugar, riscarmos no
vidro o que se vê pela janela, estaremos fazendo uma perspectiva cônica. Porém, se a
distância, assim como a altura de observação for alterada, a perspectiva também alterará.
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Definições:
2 - Ponto de Vista (PV): é o ponto do espaço ocupado pela vista do observador. O plano
vertical paralelo ao quadro que passa pelo ponto de vista é o plano principal;
3 - Plano Geometral (PG): é o plano sobre o qual se faz a projeção ortogonal dos objetos
cuja perspectiva se procura;
6 - Raio visual: é a reta que vai da vista do observador até um ponto luminoso de um
objeto;
7 - Ponto Principal (PP): é a projeção do ponto de vista sobre o quadro, sempre situado
sobre a linha do horizonte;
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A perspectiva depende do ponto de onde se observa o objeto e da altura de
observação:
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A construção da perspectiva
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Processo de construção da perspectiva
3. Traçar outra reta paralela à LT na distância que corresponda à altura de observação (LH);
5. Marcar todos os pontos em que houve interseção dos raios visuais com o quadro (ex.
marcar com letras do alfabeto);
9. Pontos em contato com a linha do quadro terão dimensões reais, pontos mais afastados
da linha do quadro terão dimensões reduzidas e os pontos do mesmo lado do observador, a
dimensão será ampliada;
10. Ligar todas as retas paralelas a A no ponto de fuga F1 e todas as retas paralelas a B no
ponto de fuga F2, encontrando a perspectiva.
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Exercícios resolvidos
a) b)
Solução:
a) b)
Solução:
a) b)
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Exercícios propostos
1. Fazer o esboço das três vistas para definir perfeitamente a forma dos objetos indicados
abaixo. Fazer os esboços com o dobro do tamanho mostrado nas perspectivas. (tomar
medidas de largura, altura e profundidade do objeto diretamente no desenho isométrico)
a) b)
c) d)
a) b)
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c) d)
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4. Dadas as 3 vistas principais, desenhar a perspectiva isométrica e cavaleira de cada
objeto. Fazer as perspectivas com o dobro do tamanho mostrado nas vistas. (tomar medidas
diretamente nos desenhos)
a) b)
c) d)
a) b)
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Bibliografia
KUBOTA I.; COUTO N.B. Caderno de Desenho. Universidade Estadual de Maringá. Centro
de Tecnologia. Departamento de Engenharia Civil. 2003. 136p.
PRÍNCIPE JR, A. R. Noções de Geometria Descritiva. São Paulo: Nobel, 1983. 311p.
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