Diferen As Neurobiol Gicas e Cognitivas Entre Homossexuais e Heterossexuais Henrique Lupianez Da Cunha 2011
Diferen As Neurobiol Gicas e Cognitivas Entre Homossexuais e Heterossexuais Henrique Lupianez Da Cunha 2011
Diferen As Neurobiol Gicas e Cognitivas Entre Homossexuais e Heterossexuais Henrique Lupianez Da Cunha 2011
Belo Horizonte – MG
2011
1
Orientador
Prof. MSc. Marco Antônio Silva Alvarenga
Belo Horizonte – MG
2011
2
Banca examinadora:
Prof. MSc. Marco Antônio Silva Alvarenga (Orientador)
MSc. Diego Guimarães Florêncio Pujoni
MSc. Marcela Mansur-Alves
3
OFEREÇO
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente aos meus pais pela vida - à minha mãe pelo amor incondicional e ao
meu pai pelos bons exemplos.
Aos irmãos pela simples companhia.
Às avós Zezé e Zula pelas visitas sempre bem-vindas.
Aos colegas de sala e a todos que direta ou indiretamente contribuíram para minha formação.
Aos colegas do Curso de Medicina da UninCor.
Aos colegas da Liga de Neurociências de Minas Gerais pelo aprendizado constante.
Aos professores da UninCor e da UFMG por compartilhar e disseminar o conhecimento.
Aos amigos de João Monlevade e Belo Horizonte.
Aos meus sobrinhos por entenderem minha ausência.
5
Oscar Wilde
6
SUMÁRIO
RESUMO 8
ABSTRACT 9
1. INTRODUÇÃO 10
2. OBJETIVOS GERAIS 14
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 14
4. METODOLOGIA 15
5. RESULTADO E DISCUSSÃO 18
6. CONCLUSÕES 38
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 39
7
RESUMO
_______________
*Comitê Orientador: Prof. MSc. Marco Antônio Silva Alvarenga
9
ABSTRACT
________________
* Guidance Commitee: Marco Antônio Silva Alvarenga, MSc.
10
1. INTRODUÇÃO
Segundo LeVay (1996), Karl Heinrich, em meados do século XIX, teria sido a
primeira pessoa dos tempos modernos a afirmar que homossexuais seriam inatamente
diferentes dos heterossexuais e, assim, atuar politicamente pelo reconhecimento de
direitos dos mesmos.
Em 1864, desenvolveu-se a primeira teoria sobre o desenvolvimento da
orientação sexual. Segundo Karl Heinrich (apud LeVay, 1996), tanto o corpo quanto a
mente do embrião humano possuiria potencial para se desenvolver como feminino ou
masculino. No caso dos homossexuais, tal desenvolvimento seria discordante. Karl
Heinrich não descrevia, contudo, o porquê de alguns embriões desenvolverem-se de
modo concordante e outros não.
Ainda segundo LeVay (1996), o principal objetivo de Karl Heinrich era provar a
existência de uma base biológica da homossexualidade, de modo a confrontar aqueles
que acusavam essa prática de ser contrária à natureza e, assim, favorecer a aquisição de
direitos sociais. Concomitantemente a estas teorias, que se tornavam alvo de muito
debate, a homossexualidade foi se tornando, cada vez mais, um objeto das investigações
científicas.
Kertbeny cunhou, em 1869, o termo “homossexual”, com o objetivo de
“legitimar biologicamente a „vocação‟ homossexual e isentar de culpa os seus
„vocacionados‟‟‟(Trevisan, 2002). A partir deste momento, segundo Trevisan (2002), a
discussão acerca da homossexualidade passou do campo das normas morais para as
investigações científicas, com o objetivo de possibilitar a intervenção e curar pessoas
consideradas anômalas por serem homossexualmente orientadas.
Em 1886, Krafft-Ebling (apud Feldman, 2003) defendeu o homossexualismo
como uma doença. Ele utiliza os termos “normal” e “saudável” para se referir à
13
2. OBJETIVO GERAL
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
4. METODOLOGIA
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
participantes foram selecionados após a morte, os dados não puderam ser diretamente
confirmados – inclusive a própria orientação sexual e/ou variações desta. Além disso, a
utilização de portadores de HIV restringe a amostra a uma parcela da população que
pode não refletir a média e assim fornecer dados não generalizáveis.
Por fim, LeVay (1991) afirma que, por se tratar de dados de correlação, há ainda
a possibilidade que tanto a alteração em INAH 3 quanto a homossexualidade podem ser
resultados de um terceiro fator ainda desconhecido.
Uma pesquisa feita por Byne (2001) também mensurou o INAH através da
técnica de coloração de corpos de Neissls em peças seccionadas e coronalmente
extraídas de autópsia de 34 homens presumidamente heterossexuais (24 HIV2 e 10
HIV1), 34 mulheres presumidamente heterossexuais (25 HIV2 e nove HIV1) e 14
homens homossexuais HIV1.
Segundo os resultados de Byne (2001), o INAH3 continha mais neurônios e
ocupava um maior volume em homens heterossexuais que em mulheres heterossexuais.
No entando, nenhuma diferença entre os sexos foi detectada em nenhum outro INAH.
Para Byne (2001), parece haver uma tendência do INH3 de homens
homossexuais ocuparem menor volume em relação ao INH3 de homens heterossexuais
apesar de não haver nenhuma diferença baseada em orientação sexual no número de
neurônios dentro do núcleo.
Allen e Gorski (1992) haviam hipotetizado anteriormente outra relação entre
orientação sexual e estruturas cerebrais. Para investigar esta hipótese, analisaram 256
amostras de tecido cerebral da região da comissura anterior (AC), sem indícios de
neuropatologia. Foram excluídos pacientes cujos prontuários indicavam alterações que
poderiam afetar a AC, restando 34 homens homossexuais, 84 mulheres heterossexuais e
75 homens heterossexuais. A classificação da orientação sexual foi feita a partir dos
prontuários. Dentro do possível, a análise foi feita em trios, agrupando os indivíduos de
cada grupo de acordo com a idade (formando 30 trios de participantes).
A medida do tamanho de AC foi significativamente superior no grupo
homossexual comparativamente a ambos os grupos heterossexuais. Retirando dois
participantes com AC extremamente superiores do grupo dos homens homossexuais, foi
obtida diferença significativa apenas com homens heterossexuais.
Segundo esses autores, este dado indicaria que, se tais extremos fossem
incomuns, a AC de homens homossexuais seria similar à feminina. O peso cerebral não
foi significativamente diferente segundo a orientação sexual, mas segundo o sexo.
21
1
Refere a uma redução do reflexo a um forte estímulo sensorial, quando tal estímulo é precedido
por um outro estímulo mais fraco.
24
Tendência do INH3 de
34 homens presumidamente
homens homossexuais
heterossexuais
ocuparem menor volume
Byne et INAH1-4 do 34 mulheres presumidamente Indivíduos falecidos em Declaração em
em relação de homens
al. (2001) hipotálamo. heterossexuais hospital. prontuário médico.
heterossexuais sem
14 homens homossexuais
diferença no no de
neurônios dentro do núcleo.
N
E
Reação hipotalâmica Homossexuais masculinos
U 12 homens homossexuais
Savic et a estrógenos e e mulheres heterossexuais
R 12 homens heterossexuais Não informado. Escala Kinsey.
al. (2005) testosterona apresentam reações
O 12 mulheres heterossexuais
derivados. hipotalâmicas similares.
E
N
D
Ó
C Homossexuais mostraram
R Lubke et possuir capacidade muito
Sensibilidade à 13 homossexuais Propagandas na universidade e
I al. (2009) Não informado maior de perceber o odor
Androsterona. 14 heterossexuais em bares gays locais.
N de androsterona que os
O heterossexuais.
S
30
Contudo, pode-se observar que esta análise reflete uma descrição enviesada dos
resultados, já que os homossexuais masculinos tiveram desempenho próximo ao
feminino apenas no teste V-K RM. A teoria de diferenciação sexual postula que o
homossexual masculino teria sofrido menor androgenização cerebral, mas não teria em
si o cérebro feminino, o que justificaria os desempenhos intermediários. De modo geral,
mulheres homossexuais tiveram desempenho mais aproximado do de mulheres
heterossexuais do que do de homens, contrariando o esperado pela teoria de
diferenciação sexual. (Fig.1)
Figura 1. Esquema simplificado dos resultados das tarefas verbais e espaciais de Wegesin
(1998).
mesma orientação espacial. Nessa tarefa, a orientação sexual conta com 23,5% da
variância.
Na tarefa de fluência verbal, na qual as mulheres são favorecidas, os sujeitos
devem realizar medidas de fluência em letras, em categorias e em sinônimos. Para
pontuação de fluência em letras, a orientação sexual contou com 25.5% da variância.
Por fim, na tarefa da velocidade de percepção, os sujeitos faziam correspondência entre
símbolos e números em um tempo limitado. Dessa vez, a orientação sexual só contou
com 7% da variância.
No ano seguinte, o mesmo autor Rahman (2004) suspeitou que a navegação
espacial poderia ser determinda também pela orientação sexual já que estudo de Astur et
al., 1998 e Kimura (1999) mostram que durante a navegação espacial, normalmente as
mulheres navegam por um ambiente usando a estratégia de referência, enquanto os
homens costumam usar a estratégia de orientação.
Para examinar os efeitos ainda desconhecidos da orientação sexual sobre tais
diferenças sexuais observadas, o estudo de Rahman (2004) necessitou de 80 adultos
saudáveis, heterossexuais e homossexuais, homens e mulheres, para fornecer direções a
partir de mapas experimentais para quatro rotas. A frequência e o tipo de estratégia
utilizada por cada participante foram computados.
Como previsto, os homens usaram a estratégia de navegação baseado em
orientação (pontos cardeais) mais do que as mulheres, que utilizavam pontos de
referência e direções do tipo direita-esquerda. No entanto, no caso de pontos de
referência, o sexo interagiu com a orientação sexual de tal forma que os homens
homossexuais mostraram uma expressiva semelhança ao sexo oposto, usando mais
pontos de referência em comparação aos homens heterossexuais e de forma semelhante
às mulheres heterossexuais, que também usaram mais esta estratégia do que homens
heterossexuais.
Não houve diferenças nas estratégias de navegação entre mulheres homossexuais
e heterossexuais. Os resultados podem limitar o número de supostos caminhos do
desenvolvimento neurológico responsáveis pelas diferenças na estratégia de navegação
observada entre os sexos.
Sanders e Wright (1997) também contribuíram com informações relevantes
acerca das diferenças cognitivas entre homossexuais e heterossexuais. Em publicação
mais atual, os pesquisadores descrevem dois estudos.
34
Organizações
50% indicando
homofílicas,
20 heterossexuais masculinos homossexuais
Wegesin festival de orgulho
Cognição espacial e 20 homossexuais masculinos Escala masculinos mais
(1998) gay, boletim de
habilidades verbais. 20 heterossexuais femininos Kinsey. próximos de
notícias eletrônicas
20 homossexuais femininos heterossexuais
e convite
femininos.
individual.
Homens
homossexuais
mostraram uma
20 heterossexuais masculinos Fontes semelhança às
Rahman et al.
20 homossexuais masculinos universitárias e Auto- mulheres
(2004) Navegação espacial.
20 heterossexuais femininos organizações de declaração. heterossexuais e
20 homossexuais femininos gays e lésbicas. diferenças em
comparação aos
homens
heterossexuais.
Homens
homossexuais são
Sergeant et al. Níveis de agressão 91 homens heterossexuais significativamente
Online via link Escala
(2006) direta, agressão indireta 91 homens homossexuais menos agressivos e
postado. Kinsey.
e empatia.. mais empáticos que
homens
heterossexuais.
38
6. CONCLUSÕES
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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