Trab 27042018 RESUMO Cap 7. 8 e 9 Adoracao Biblica
Trab 27042018 RESUMO Cap 7. 8 e 9 Adoracao Biblica
Trab 27042018 RESUMO Cap 7. 8 e 9 Adoracao Biblica
RESENDE, RJ
2018
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Por
Anderson Leandro Santos Ferreira
RESUMO
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Este trabalho intenta a realização de um resumo dos capítulos sete (os efeitos da adoração),
oito (Exemplos de adoração) e nove (Obstáculos à adoração) do livro: ADORAÇÃO
BÍBLICA de Russel P. Shedd.
INTRODUÇÃO
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Nesses tempos de 2018, existe uma certa confusão no meio evangélico, entre adoração
e música, diversas vezes vemos cristãos se referindo a músicas lentas, de reflexão e/ou
contrição, como música de adoração, acreditando, equivocadamente, que músicas alegres
mais animadas não sejam também uma forma de adorar a Deus com alegria.
Tratando do assunto “adoração” com foco nos relatos bíblicos do contato entre Deus e
o ser humano; na reação humana à Deus, e na conduta dos cristãos em igrejas, Russel P.
Shedd afirma que adoração não é música, o conceito de adorar estaria mais ligado a cultuar,
prestar culto. Tendo este conceito de adoração de Shedd como premissa e ponderando que o
livro teve sua primeira publicação em 1987, este trabalho fará uma síntese expositiva das
ideias de Russel P. Shedd quanto à:
* efeitos da adoração no ser humano;
* exemplos bíblicos de adoração, através da análise de relatos Bíblicos de encontros
que pessoas tiveram com Deus, e;
* obstáculos que atrapalham a verdadeira adoração.
SOBRE O AUTOR
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Shedd inicia este capítulo afirmando que a ideia inicial que se tem da razão de os
cristãos passarem tantas horas preciosas sentados nos templos, cantando, orando e ouvindo
mensagens, é a ordenança de Deus que O adoremos e que adoramos a Deus porque o amamos
e cremos que Ele deseja nossas ações de graça e dedicação.
Na sequência é exposta a necessidade da focalização na afirmação citada em uma frase
de autoria desconhecida: "A adoração transforma o adorador na imagem do deus diante do
qual ele se curva". Explorando esta frase o autor faz referência às instruções de I Timóteo 4.8
e 6.9, Mateus 6.24 e I Coríntios 8.5-6 para não permitir que saúde, dinheiro ou família sejam
elevados a um patamar tão alto que se tornem nosso deus, fazendo as pessoas e o culto cristão
perderem seu valor, e que algo substitua o lugar supremo e prioritário do próprio Criador em
nossa vida.
Sem citar a localização do texto bíblico sobre as bem-aventuranças, são apresentadas
deturpações dos valores de quem não adora ao Deus verdadeiro, através de sátiras do texto de
Mateus 5.
Entrando no assunto do capítulo, o escritor declara o primeiro efeito que o culto em
espírito e em verdade (adoração) tem no adorador: “Segurança Íntima” / “Confiança Íntima”.
Para embasar seu entendimento são mencionados os textos bíblicos de Salmos 37, 42 e 43,
Romanos 8.28, Efésios 1.11, Marcos 9, Provérbios 3.5-6 e Filipenses 4.7.
O segundo efeito explanado pelo autor é “Comunhão e Reconhecimento Mútuos”.
Duas argumentações se destacam neste item: 1.“...quando se elimina a distância entre a alma e
o Criador, as pessoas aproximam-se uma das outras” e 2.Conhecer Jesus Cristo implica no
reconhecimento dos que a ele pertencem conforme Atos 2 e 4, I João 1 e Mateus 25.
Busca da santificação é o terceiro efeito que o contato com Deus (culto cristão /
adoração) produz no adorador, na visão de Shedd. A fundamentação do item é realizada em
Isaías 6, João 4.39, Tiago 1.23-24, Lucas 7.47, João 13.9-10 e Efésios 4.15-31.
Com base nos Textos de Hebreus 12.2, João 12.5-8, Atos 16.25 e em citações de A. W.
Tozer, “Visão Transformada” é apresentada como o quarto efeito acarretado.
A adoração (contato com Deus) provoca ainda, segundo o autor, dois efeitos no
adorador: o desejo de evangelizar (Atos 1.8) e a “Preocupação com a alegria de Deus”,
fundamentado em Filipenses 1.21 e em agostinho: "Deus encontra prazer em nós quando
encontramos prazer nEle".
CAPÍTULO VIII – EXEMPLOS DE ADORAÇÃO
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Introduzindo o capítulo Shedd diz: “As Sagradas Letras são o nosso manual de
adoração”, e adianta que o capítulo contempla apenas seis exemplos bíblicos de adoração.
O primeiro exemplo bíblico apontado é o do Salmo 96, que segundo o escritor, em
seus primeiros seis versículos apresentam um convite a contarmos um cântico novo.
Ratificando o autor do salmo 96, Shedd afirma que “A repetição de frases milenares se torna
algo enfadonho. Um novo cântico abre a visão da glória do paraíso (Ap 5.9)”, nas palavras do
escritor: “Temas desgastados pela repetição acabam como apontamentos de aula, transferidos
da apostila do professor para o caderno ato aluno, sem penetrar na mente de nenhum deles!”.
O tema destes 6 primeiros versos do salmo 96, no entender do autor é duplo: a
majestade soberana de Deus (v.4) e; os atos salvíficos e maravilhas de Deus (v.v.2 e 3).
Segundo Shedd:
Ele manifesta entre todos os povos as suas maravilhas, terríveis como terremotos na
China ou no México, como furacões nas ilhas do Caribe e na América do Norte,
como a seca na África e as inundações em Bangladesh. Contudo, ficamos ainda mais
maravilhados diante da formação de uma criança no ventre da mãe (Sl 139.14) ou a
passagem das estações do ano, que estimulam a produção agrícola.
lutar Sozinho. É possível portanto adorar (ter contato com Deus / cultuar) mesmo que sejas o
único disposto a isto.
O exemplo de Jacó nos ensina que o encontro com Deus (adoração) e/ou a recepção de
uma bênção às vezes coloca-nos numa luta e estranhamos o fato de que Deus, aparentemente,
se coloque como nosso inimigo. Temos que notar que Jacó não se sentiu desmoralizado ante
esta oposição, pelo contrário, a luta forneceu-lhe novas energias. E, mesmo sendo ferido
fisicamente, não fugiu. Render-se significava também vencer, mas não antes de receber a
bênção. O exemplo seria guerrear espiritualmente através oração.
Em Êxodo 33.12-23 é exibido o quarto exemplo, Moisés rogando a Deus a Sua
presença. Comunhão e Oração.
O quinto exemplo bíblico exposto é o de Isaías (Is. 6.1-9), contemplação (vv.1-4),
confissão e purificação (vv 5-7), comunhão (vv.8-9).
Encerrando o capítulo, Maria ungindo os pés de Jesus (João 12.1-8) é o sexto exemplo
bíblico exibido. O significado de culto é demonstrado expressivamente no relacionamento
entre Jesus e Maria, conforme Lucas 10.39 e 10.42. É a busca de intimidade no
relacionamento com Deus. Aprendemos com o exemplo de Maria a oferecer um presente
especial, valioso e sacrificial para Deus; a reconhecer que Jesus é o Messias Salvador e
glorificar a Deus pelo que nos proporcionou; a não reter nenhuma parte daquilo que nos
propomos a oferecer a Deus (Atos 5.2, Mt 6.24; Rm 6.34; Gl 2.20); Por fim a base que
justifica toda adoração cristã é o sacrifício do filho unigênito de Deus por amor de nós.
Sentir que faltou o mais importante no culto, o encontro com Deus, leva a necessidade
de se buscar os possíveis empecilhos e como supera-los. Este capítulo do livro se propõe a
sugerir possíveis soluções para os impedimentos à adoração (contato com Deus).
Para a atitude incoerente com a adoração em espírito e em verdade é apresentado a
sugestão de se limpar interiormente, retirando do íntimo qualquer espírito faccioso, acabar
com qualquer dissenção ou inimizade, em conformidade com Gálatas 5.10 e Mateus 5.23-24 e
Mateus 18.20-22.
Para o empecilho do apego aos modos tradicionais (tradição) que acarretam
constantemente as exterioridades, a hipocrisia e a desonestidade, o autor propõe como solução
a humilhação na presença de Deus, humildade sincera e reconhecimento da própria
indignidade. Citando Lutero: "Fé é humildade".
O obstáculo da rotina (monotonia), verificado em Isaías 1.14, pode ser superado
através do pensar e com mudança de hábitos estéreis, revitalização, renovação das atitudes.
A barreira espessa do Mundanismo descrito em I João 2.15-16 é um impedimento que
o autor recomenda ser vencido através do compromisso com a pessoa de Jesus e seus
mandamentos. Achegar-se a Deus consciente e arrependido do mundanismo é o primeiro
passo para se comprometer com Jesus e eliminar esta barreira à adoração.
A solução apresentada para o impedimento do pecado não confessado é o
reconhecimento de cada pecado específico, a admissão do pecado; a limpeza pelo sangue
purificador (Hb 4.16); e a permanência aos pés da cruz.
O impedimento do desinteresse e ingratidão, segundo o autor, deve ser superado
procurando cortar de nosso cotidiano o que desvia a atenção e esfria a alegria no Senhor,
peneirando tudo que passa por nossa mente, conforme Filipenses 4.8.
Por fim a solução recomendada para o obstáculo da preguiça, descrita em Isaías 0.30 e
em Eclesiastes 12.1, é identificar os motivos que criam a preguiça e eliminá-los; é acabar com
o desperdício de energia mental ou espiritual que provoca a desmotivação para a adoração
(culto à Deus).
REFERÊNCIAS
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SHEDD, Russel P. Adoração Bíblica. Edições Vida Nova. São Paulo; 1987.
Disponível em : < http://files.keryx.webnode.com/200001710-5e31b5f2b1/Adora
%C3%A7%C3%A3o%20B%C3%ADblica%20-%20Russel%20P.%20Shedd.pdf>. Acesso
em 21 abril 2018.