Aula Física 10

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 25

Módulo 10 Física - CEESVO

MÓDULO 10
ELETRICIDADE

ELETRICIDADE NA ATMOSFERA

Raios, relâmpagos, trovões

As nuvens de tempestade apresentam-se, em geral, eletrizadas. Através


de aviões e sondas, os pesquisadores chegaram à conclusão de que tais nuvens
possuem a parte superior eletrizada positivamente e a inferior, negativamente.
Quando a nuvem se torna excessivamente carregada, ocorre uma
descarga elétrica sob a forma de uma grande faísca, que recebe o nome de
raio. A luz que acompanha o raio — o relâmpago — resulta da ionização do
ar; o som produzido pelo forte aquecimento do ar e sua brusca expansão é o
trovão.

A NASA prevê com 30 minutos de antecedência onde o raio vai cair.

O processo de descarga elétrica ocorre numa sucessão muito rápida.

1
Módulo 10 Física - CEESVO

Inicia-se com uma descarga denominada descarga líder, que parte da


nuvem até atingir o solo. Seguindo trajetórias irregulares à procura de cami-
nhos que conduzam melhor a eletricidade, a descarga líder tem a forma de
uma árvore invertida. Através desses mesmos caminhos, ocorre outra descarga
elétrica de grande luminosidade, que parte do solo e atinge a nuvem e é
denominada descarga principal. O processo descrito pode acontecer repetidas
vezes, num intervalo de tempo extremamente pequeno.

9 3
10 ⋅ 10 −

2
Módulo 10 Física - CEESVO

Pára-raios

O pára-raios tem a finalidade de proteger casas, edificios, depósitos de


combustíveis, linhas de transmissão de energia elétrica, oferecendo à descarga
elétrica um caminho seguro entre a nuvem e o solo. Inventado por Benjamin
Franklin, consta de uma base metálica disposta verticalmente na parte mais
alta da estrutura a ser protegida.

A extremidade da haste possui uma ou mais pontas de material de elevada


temperatura de fusão. A outra extremidade é ligada, através de condutores
metálicos, a barras metálicas cravadas profundamente no solo. Quando a
nuvem está sobre o pára-raios, a descarga principal ocorre da terra para a
nuvem através do pára-raios.

3
Módulo 10 Física - CEESVO

Evitando os perigos do raio

Nas tempestades, devem-se evitar locais descampados, pois a pessoa pode


funcionar como a ponta de um pára-raios. Não se deve permanecer nas partes
mais altas de uma casa sem pára-raios. As antenas de televisão e as chaminés
também podem funcionar como pára-raios inoportunos. Devem ser evitadas
árvores isoladas e partes altas de terrenos. Quem estiver dentro da água, numa
piscina ou no mar, deve sair rapidamente ao escutar o primeiro trovão.
O carro é um ótimo abrigo para quem é atingido por uma tempestade. Se
um carro for atingido por um raio, as cargas elétricas escoarão muito
lentamente para o solo através dos pneus. Por isso não se deve descer do carro
imediatamente, pois, ao encostar a mão na lataria e o pé no solo, estabelece-se
uma ligação com a terra, e a carga elétrica do raio, localizada no veículo,
escoa para o solo através do corpo da pessoa, eletrocutando-a.

4
Módulo 10 Física - CEESVO

Alessandro Volta e Luigi Galvani

Alessandro Volta, que iniciou o estudo moderno da eletricidade, foi


professor da Universidade de Pávia, na Itália. Recebeu o título de conde,
conferido por Napoleão Bonaparte. A invenção da pilha por Volta originou-se
de uma observação do biólogo italiano Luigi Galvani (1737-1797), professor
de anatomia da Universidade de Bolonha. Certa ocasião, Galvani pendurou
pernas de rã, através de ganchos de cobre, a um suporte de ferro, com a
finalidade de secá-las. Devido à brisa as pernas balançavam, e Galvani notou
que, cada vez que as pernas tocavam no suporte de ferro, elas se contraíam.
Ele atribuiu as contrações a uma corrente elétrica produzida pela rã.

Alessandro Volta não concordou com Galvani, explicando que a corrente


elétrica era originada pela existência de dois metais diferentes em contato com
substâncias ácidas existentes no corpo da rã. Para demonstrar sua teoria,
construiu a primeira pilha elétrica.

5
Módulo 10 Física - CEESVO

A pilha original inventada por Alessandro Volta tinha a seguinte


disposição: um disco de cobre, sobre ele um disco de pano embebido em ácido
sulfúrico diluído em água e um disco de zinco; sobre este, outro disco de
cobre e assim por diante, formando um conjunto de discos empilhados uns
sobre os outros. Daí o nome pilha elétrica. Aos discos extremos ligam-se fios
condutores, que são os terminais da pilha.

6
Módulo 10 Física - CEESVO

Construindo uma pilha elétrica

Num recipiente contendo ácido sulfúrico diluído em água (uma colher de


ácido em um copo de água), colocam-se duas lâminas, sendo uma de zinco e
outra de cobre. Através de um fio condutor, liga-se uma pequena lâmpada de
lanterna às lâminas, como mostra a figura.

Observa-se então que a lâmpada acende. O sistema constituído pelas


lâminas de zinco e cobre e pela solução de ácido sulfúrico é uma pilha
elétrica. O zinco é o pólo negativo da pilha e o cobre, o pólo positivo.

Elétrons movimentam-se
ordenadamente no sentido da lâmina de
zinco para a lâmina de cobre, conforme
indica a figura, constituindo uma corrente
elétrica que, ao atravessar a lâmpada, faz
com que ela acenda.
Dizemos que, entre as lâminas de cobre
e de zinco, se estabelece uma diferença de
potencial elétrico ou uma tensão elétrica.
Do mesmo modo que uma diferença de
altura é responsável por uma corrente de
água através de um canal, também a diferença de No lugar da lâmpada ligamos
potencial elétrico é a causa da corrente elétrica. O um medidor. Ele acusa uma
valor da diferença de potencial elétrico depende diferença
lâminas.
de potencial entre as

dos materiais usados nas lâminas e é medido em


volts (símbolo V), em homenagem a Alessandro Volta.

7
Módulo 10 Física - CEESVO

Se você enfiar duas lâminas, uma de zinco e outra de cobre, numa laranja,
num limão ou numa batata, o suco fará o papel da solução de ácido sulfúrico,
o conjunto formará uma pilha.

Um limão com as duas


lâminas — uma de zinco e
outra de cobre — é uma
pilha. Observe que o
medidor acusa a passagem
da corrente elétrica.

O relógio digital está


funcionando com uma pilha
feita de duas lâminas, uma de
zinco e outra de cobre, enfiadas
numa batata.

As lâminas de cobre e de
zinco, juntamente com a
saliva, formam uma pilha.

8
Módulo 10 Física - CEESVO

A carga elétrica

A matéria é formada de pequenas partículas, os átomos. Cada átomo, por


sua vez, é constituído de partículas ainda menores, os prótons, os elétrons e os
nêutrons. Os prótons e os nêutrons localizam-se na parte central do átomo, e
formam o chamado núcleo. Os elétrons giram em torno do núcleo na região
chamada de eletrosfera. Os prótons e os elétrons apresentam uma importante
propriedade física, a carga elétrica A carga elétrica do próton e a do elétron
têm a mesma intensidade mas, sinais contrários. A carga do próton é positiva e
a do elétron, negativa.

Num átomo não existe predominância de


cargas elétricas; o número de prótons é igual
ao número de elétrons. O átomo é um sistema
eletricamente neutro. Entretanto, quando ele
perde ou ganha elétrons, fica eletrizado.
Eletrizado positivamente quando perde
elétrons e negativamente quando recebe
elétrons.
Sendo a carga do elétron a menor
quantidade de carga elétrica existente na
natureza, ela foi tomada como carga padrão nas medidas de
cargas elétricas.

Eletrização de um corpo

O processo de eletrização de um corpo é semelhante ao de um átomo. Se


num corpo o número de prótons for igual ao número de elétrons, dizemos que
ele está neutro. Quando um corpo apresenta uma falta ou um excesso de
elétrons, ele adquire uma carga elétrica Q, que é sempre um número inteiro n
de elétrons, de modo que:

Q=n. e

Portanto, um corpo eletrizado pode estar:


• eletrizado positivamente: falta de elétrons Q = +n . e
• eletrizado negativamente: excesso de elétrons Q = -n . e

9
Módulo 10 Física - CEESVO

É usual o emprego dos submúltiplos:


• 1 microcoulomb = 1 µC = 1.10 –6 C
• 1 nanocoulomb = 1 nC = 1.10-9 C
• 1 picocoulomb = 1 pC = 1.10-12 C

EXEMPLO
A - Determinar o número de elétrons existentes em uma carga de 1,0 coulomb.
Resolução:
Da equação Q = n . e, obtém-se:

Q = n⋅e
Dados:
Q
n= Q = 1,0C
e
1 e =1,6 .10-19 C
n=
1,6 ⋅ 10−19
0,625
n = −19 = 0,625 ⋅ 1019 elétrons
10

Resposta: 6,25. 1018 elétrons

EXERCÍCIOS – RESPONDA EM SEU CADERNO:

1. É dado um corpo eletrizado com carga 6,4 µ C. Determine o número de


elétrons em falta no corpo.A carga do elétron é -1,6 . 10 -19C.

Princípios da eletrostática

Experiências comprovam que durante o processo de atrito, o número de


cargas cedidas por um corpo é igual ao número de cargas recebidas pelo
outro, o que permite enunciar o princípio da conservação da carga elétrica:

Num sistema eletricamente isolado, é constante a soma algébrica das


cargas elétricas.

10
Módulo 10 Física - CEESVO

Aproximando-se dois corpos eletrizados de mesma carga elétrica, entre eles


aparece uma força elétrica de repulsão, e entre corpos eletrizados de cargas
diferentes, força elétrica de atração, o que permite enunciar o princípio da
atração e repulsão das cargas:

Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e de sinais opostos se


atraem.

Condutores e isolantes

Denominam-se condutores as substâncias nas quais os elétrons se


locomovem com facilidade por estarem fracamente ligados aos átomos. Nos
condutores, os elétrons mais distantes do núcleo abandonam o átomo,
adquirindo liberdade de movimento: são os elétrons livres.
Num condutor eletrizado, as forças de repulsão, que agem entre as
cargas de mesmo sinal, fazem com que as cargas fiquem distantes umas das
outras. O maior afastamento possível ocorre na superfície do corpo.

Num condutor eletrizado, as cargas


elétricas se localizam na sua
superfície.

Por outro lado, chamam-se isolantes, ou dielétricos, as substâncias nas


quais os elétrons não têm liberdade de movimento.
Nos isolantes, os elétrons não se movimentam com facilidade, pois
estão fortemente ligados ao núcleo do átomo e dificilmente poderão se
libertar.

11
Módulo 10 Física - CEESVO

Isto, no entanto, não quer dizer que um corpo isolante não possa ser
eletrizado. A diferença é que nos isolantes as cargas elétricas permanecem na
região em que apareceram, enquanto nos condutores elas se distribuem pela
superfície do corpo.

Processos de eletrização

Eletrização por atrito

Quando dois corpos são atritados, pode ocorrer a passagem de elétrons de


um corpo para o outro. Nesse caso diz-se que houve uma eletrização por
atrito.
Considere um bastão de plástico sendo atritado com um pedaço de lã,
ambos inicialmente neutros.
A experiência mostra que, após o atrito, os corpos passam a manifestar
propriedades elétricas.

No exemplo descrito, houve transferência de elétrons da lã para o bastão.


Na eletrização por atrito, os dois corpos ficam carregados com cargas
iguais, porém de sinais contrários.

12
Módulo 10 Física - CEESVO

Eletrização por contato

Quando colocamos dois corpos condutores em contato, um eletrizado e o


outro neutro, pode ocorrer a passagem de elétrons de um para o outro, fazendo
com que o corpo neutro se eletrize.
Consideremos duas esferas, uma eletrizada e a outra neutra.

As cargas em excesso do condutor eletrizado negativamente se repelem e


alguns elétrons passam para o corpo neutro, fazendo com que ele fique
também com elétrons em excesso e, portanto, eletrizado negativamente.

Na eletrização por contato, a soma das cargas dos corpos é igual antes e
após o contato, se o sistema for eletricamente isolado.
Se ligarmos um condutor eletrizado à terra, ele se descarrega de uma das
seguintes formas:

Os elétrons da Os elétrons em
terra são atraídos para excesso do condutor
o condutor devido à escoam para a terra
atração pelas cargas devido à repulsão
positivas. entre eles.

Para condutores de mesma forma e mesmas dimensões as cargas


elétricas dos condutores após o contato serão iguais.

13
Módulo 10 Física - CEESVO

Eletrização por indução

A eletrização de um condutor neutro pode ocorrer por simples


aproximação de um outro corpo eletrizado, sem que haja o contato entre eles.
Consideremos um condutor inicialmente neutro e um bastão eletrizado
negativamente. Quando aproximamos o bastão eletrizado do corpo neutro, as
suas cargas negativas repelem os elétrons livres do corpo neutro para as
posições mais distantes possíveis.

Desta forma, o corpo fica com falta de elétrons numa extremidade e com
excesso de elétrons na outra.
O fenômeno da separação de cargas num condutor, provocado pela
aproximação de um corpo eletrizado, é denominado indução eletrostática.
Na indução eletrostática ocorre apenas uma separação entre algumas
cargas positivas e negativas do corpo.

O corpo eletrizado que provocou a indução é denominado indutor e o que


sofreu a indução é chamado induzido.

Se quisermos obter no induzido uma eletrização com cargas de um só sinal,


basta ligá-lo à terra, na presença do indutor.

Nesta situação, os elétrons livres do induzido, que estão sendo repelidos


pela presença do indutor, escoam para a terra.
Desfazendo-se esse contato e, logo após, afastando-se o bastão, o induzido
ficará carregado com cargas positivas.

14
Módulo 10 Física - CEESVO

No processo da indução eletrostática, o corpo induzido se eletrizará


sempre com cargas de sinal contrário às do indutor.

Lei de Coulomb

Força elétrica

Esta lei diz respeito à intensidade das forças de atração ou de repulsão, que
agem em duas cargas elétricas puntiformes (cargas de dimensões
desprezíveis), quando colocadas em presença uma da outra.
Considere duas cargas elétricas puntiformes, Q1 e Q2, separadas pela
distância d. Sabemos que, se os sinais dessas cargas forem iguais, elas se
repelem e, se forem diferentes, se atraem.

Isto acontece devido à ação de forças de natureza elétrica sobre elas. Essas
forças são de ação e reação e, portanto, têm a mesma intensidade, a mesma
direção e sentidos opostos. Deve-se notar também que, de acordo com o
princípio da ação e reação, elas são forças que agem em corpos diferentes e,
portanto, não se anulam. Charles de Coulomb verificou experimentalmente
que:
As forças de atração ou de repulsão entre duas cargas elétricas
puntiformes são diretamente proporcionais ao produto das cargas e
inversamente proporcionais ao quadrado da distância que as separa.

A expressão matemática dessa força:

k .Q1.Q2 Onde:
F= K= Constante elétrostática
d2 Q1 e Q2 = Cargas elétricas em módulo
d= Distância entre as cargas elétricas

15
Módulo 10 Física - CEESVO

k é a constante eletrostática que no SI (sistema internacional de unidades),


para as cargas situadas no vácuo, é indicada por k0 e vale:

k = 9 .109 N•m2
c2

Exemplos:

B - Duas cargas puntiformes, Q1 = 5 . 10-6 C e Q2 = 4 µ C, no vácuo, estão


separadas por uma distância de 3 m. Determinar a força elétrica entre elas.
Dado k0 = 9 . 109 N . m2/C2. Obs.: Lembre-se que µ = 10-6

Resolução:

Como as cargas têm sinais opostos, a força elétrica é de atração, e sua


intensidade é dada pela lei de Coulomb:

Dados:
k 0 ⋅ Q1 ⋅ Q2 Q1 = 5.10-6 C
F= Q2 = 4.10-6 C
d2
d=3m
9 ⋅109 ⋅ 5 ⋅10−6 ⋅ 4 ⋅10 −6 k0 = 9.109 N.m2 / C2
F =
32
9 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅10 −3
F =
9
180 ⋅10 −3
F = Na multiplicação de expoentes de mesma
9 base, conservamos a base e somamos os
F = 20 ⋅10 −3 expoentes.
F = 2 ⋅10 −2 N Exemplo: 109 ⋅ 10−6 ⋅ 10−6 = 10−3

Resposta: Força de atração de 2. 10-2 N

16
Módulo 10 Física - CEESVO

C - Calcule a força elétrica entre duas cargas de 4.10-3 C e 2 µ C, separadas a


uma distância de 2 m no vácuo.
Dados:
Temos a fórmula Q1 = 4 . 10-3 C
Q2 = 2 . 10-6 C
Fel =
k 0 ⋅ Q1 ⋅ Q2 d = 2m
d2 K0 = 9 . 109 N . m2/C2
Aplicando esses valores à fórmula, temos:

9 ⋅10 9 ⋅ 4 ⋅10 −3 ⋅ 2 ⋅10 −6 Na multiplicação de expoentes de mesma base,


Fel = conservamos a base e somamos os expoentes.
22
9 ⋅ 4 ⋅ 2 ⋅10 0 Exemplo: 109 . 10-3 . 10-6 = 100
Fel =
4
9 ⋅ 4 ⋅ 2 ⋅1
Fel = Todo número elevado a 0 (zero) vale 1
4 Exemplo: 100 = 1
72
Fel =
4
Fel = 18 N

Resposta: A força entre as cargas é de 18N

EXERCÍCIOS – Resolva em seu caderno:

2. Duas cargas elétricas puntiformes de 5 . 10-3 C e 3 µ C, no vácuo, estão


separadas por uma distância de 5 m. Calcule a intensidade da força de
repulsão entre elas.

3. Calcule a força elétrica existente entre cargas elétricas de 1 µ C e


6 µ C, no vácuo, separadas a distância de 2 m entre si.

Campo elétrico

O conceito de campo elétrico pode ser mais bem apresentado fazendo-


se uma analogia do campo elétrico com o campo gravitacional criado pela
Terra.

17
Módulo 10 Física - CEESVO

A massa M da Terra cria em torno de si o campo gravitacional g. Um


corpo de massa m próximo da Terra fica sujeito a uma força de atração
gravitacional, a força peso, decorrente da ação de g sobre m.

Uma carga Q origina em torno de si um Campo elétrico E. Uma carga

de prova q colocada nessa região fica sujeita à ação de uma força elétrica F.
É importante observar que o campo elétrico é uma propriedade dos
pontos da região influenciada pela presença da carga elétrica Q, não
dependendo da presença da carga de prova q nesses pontos para a sua
existência. A carga de prova q é utilizada somente para a verificação da
existência do campo elétrico num determinado ponto da região.
Portanto:
Existe uma região de influência da carga Q onde qualquer carga de prova q,
nela colocada, estará sob a ação de uma força de origem elétrica. A essa
região chamamos de campo elétrico.

Vetor campo elétrico

Considere uma carga Q criando em torno de si um campo elétrico.


Colocando-se num ponto P dessa região uma carga de prova q, esta fica sujeita
a uma força elétrica F . A definição do vetor campo elétrico E é dada pela
expressão:

Onde:
F E= Campo Elétrico
E= F= Força
q
q= Carga Elétrica

18
Módulo 10 Física - CEESVO

As características de vetor campo elétrico são:

a) Intensidade
É dada por: E = F
Q

A unidade de medida de E no Sistema Internacional é o N


C
b) Direção
O vetor E tem a mesma direção da força F .

c) Sentido
Analisando a expressão F = q . E , podemos associar o sentido do campo
elétrico com o da força elétrica da seguinte forma:

*Se q> 0, E e F têm o mesmo sentido. * Se q < 0, E e F têm sentidos


contrários.

F E F E
0 q
q 0

Exemplo:

D - Um campo elétrico apresenta em um ponto P de uma região a


intensidade de 6 . 105 N/C, direção horizontal e sentido da esquerda para a
direita. Determinar a intensidade, a direção e o sentido da força
elétrica que atua sobre uma carga puntiforme q, colocada no ponto P, nos
seguintes casos:

a) q = 2.10-6 C
b) q = -3.10-6 C

19
Módulo 10 Física - CEESVO

Resolução:
a)
Esquema:

P F E

Intensidade

F = q.E
F = 2 ⋅ 10 −6 ⋅ 6.10 5 Dados:
F = 12.10 −1 q = 2.10-6 C
E= 6.105 N/C
F = 1,2 N

Direção: Horizontal

Sentido: Como q > 0, F tem o mesmo sentido de E .

b)
F E

Intensidade:

F = q.E Dados:
F = −3 ⋅ 10 −6 ⋅ 6.10 5 E= 6.105 N/C
q= -3µC = -3.10-6 C
F = −18.10 −1
F=?
F = −1,8 N
F = 1,8 N

Direção: Horizontal

Sentido : como q < 0, F tem sentido contrário ao de E

20
Módulo 10 Física - CEESVO

EXERCÍCIOS - RESOLVA EM SEU CADERNO:

4. Sobre uma carga de 4 C, situada num ponto P, atua uma força de 8N. Se
substituirmos a carga de 4 C por uma outra de 5 C, qual será a intensidade da
força sobre essa carga colocada no ponto?

Podemos calcular o campo elétrico num ponto através da fómula:

k ⋅Q
E= Onde:
d2 E= Campo Elétrico
k= Constante Eletrostática
Q= Carga Elétrica
d= Distância do campo
elétrico a carga
Exemplo:
E - Qual o campo gerado por uma carga negativa de 6 . 10-8 a uma distância
de 3 m da mesma?

E = KQ
2
d Dados:
E = 9 . 109 . 6 . 10-8 k = 9 .109 N•m2
c2
32
Q= 6.10-8C
E = 9 . 6 . 10 d= 3m
9 E=?

E = 60 N/C

EXERCÍCIOS - RESOLVA EM SEU CADERNO:

5. Qual o campo gerado por uma carga de 3 . 10-12 C a uma distância de 2 m


da mesma?

6. Uma carga elétrica de 4 . 10-8 C a uma distância de 3 m, gera um campo


elétrico de :

a) 60 N/C b) 30 N/C c) 40 N/C d) 360 N/C

21
Módulo 10 Física - CEESVO

22
Módulo 10 Física - CEESVO

GABARITO DE FÍSICA - CEESVO

MÓDULO 9

PÁG. 11
Exercício 3:
p = 120 cm

PÁG. 15
Exercício 6:
a) P’ = 6 cm
b) i = -3cm ou i = 3 cm
−1
c) A =
2
MÓDULO 10

PÁG. 10
Exercício 1:
.
n = 4 1013 elétrons

PÁG. 17
Exercício 2:
F = 5,4 N

Exercício 3:
.
F = 1,35 10-2 N

PÁG. 21
Exercício 4:
F = 10 N

Exercício 5:
.
E = 6,75 10-3 N/C

Exercício 6:
Letra C = 40N/C

23
Módulo 10 Física - CEESVO

BIBLIOGRAFIA

 BONJORNO, Regina Azenha e BONJORNO, José Roberto e


BONJORNO, Valter e RAMOS, Clinton Marcico. Física – Termologia,
Ótica Geométrica, Ondulatória, Vol. 2, Editora FTD.
 BONJORNO, Regina Azenha e BONJORNO, José Roberto e
BONJORNO, Valter e RAMOS, Clinton Marcico. Física Fundamental,
2º grau, Volume único, Editora FTD.
 LOPES, Plínio Carvalho Lopes. Ciências – O ecossistema – fatores
químicos e físicos. 8ª S. Editora Saraiva.
 CRUZ, Daniel. Ciências e Educação Ambiental – Química e Física.
Editora Ática.
 BARROS, Carlos e PAULINO, Wilson Roberto. Física e Química.
Editora Ática.
 CARVALHO, Odair e FERNANDES, Napoleão. Ciências em nova
dimensão. Editora FTD.
 Telecurso 2000. Física. Vol. 2. Fundação Roberto Marinho.
 FERRARO, Nicolau Gilberto. Eletricidade – história e aplicações.
Editora Moderna.
 Perspectivas para o Ensino de Física – SEE/CENP – São Paulo 2005.
 Apostilas George Washington. Física. Ensino Médio – Supletivo.
 MONTANARI, Valdir. Viagem ao interior da matéria. Editora Atual.
 MÁXIMO, Antônio e ALVARENGA, Beatriz. Física. Vol. Único.
Editora Scipione.

24
Módulo 10 Física - CEESVO

ELABORAÇÃO:EQUIPE DE FÍSICA - CEESVO 2005

Geonário Pinheiro da Silva


Jair Cruzeiro

REVISÃO 2007- EQUIPE DE FÍSICA

Bruno Bertolino Leite Brotas


Jair Cruzeiro
Marcos Tadeu Vieira Cassar
Rita de Cássia de Almeida Ribeiro

DIGITAÇÃO e COORDENAÇÃO

PCP - Neiva Aparecida Ferraz Nunes

DIREÇÃO

Elisabete Marinoni Gomes


Maria Isabel R. de C. Kupper

APOIO.

Prefeitura Municipal de Votorantim.

25

Você também pode gostar