Lista de Estadistica

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Lista de Exercı́cios Mecânica Estatı́stica de dados.

R∞
d) Ilustre um caso em que −∞
p(x)dx = 1 e que
1. Probabilidade frequencista R∞ 2
−∞
x p(x)dx → ∞.
a) O que é probabilidade frequencista (pi )?.
6. Soma de dados independentes - desvio padrão
P
b) Mostre que 0 ≤ pi ≤ 1 e que i pi = 1.
PN
c) Usando esse tipo de probabilidade, mostre que Seja hxi i = a e h(xi − hxi i)2 i = b2 e xN = i=1 xi
(1) (2) (N )
hAi = A +A N+...+A = i Ai pi . Aqui, A(j) é o com hp(xi )g(xi )i = hp(xi )ihg(xi )i.
P

valor do j-ésimo dado e Ai é o i-ésimo valor possı́vel a) Mostre hXN i = N a.


para a grandeza A. b) Mostre que h(XN − hXN i)2 i = N b2 .
c) Conclua que o desvio relativo σN /hxN i é nulo no
2. Axiomas de Kolmogorov limite N → ∞, isto é, mostre que
a) Apresente uma dificuldade do uso da probabilidade p
frequencista. h(xN − hxN i)2 i 1
∝√
b) Enuncie os axiomas de Kolmogorov para probabi- XN N
lidades.
d) Dê exemplos de sistemas em que esses resultados
c) Ilustre os conceitos relacionados a esses axiomas
podem ser empregados em uma primeira discussão.
considerando um dado.
7. Função caracterı́stica e momentos
3. Valor médio, variância e desvio padrão. Consi- Considere
P
dere hAi = i Ai pi . Z ∞
a) Dê um significado qualitativo para hAi. µn = hXn i = xn p(x)dx
2 2 −∞
b) Parta de σ = h(A − hAi) i para mostrar que
2 2
hA i − hAi ≥ 0 e, portanto, que hA2 i ≥ hAi2 . ∞
Z
p̃(k) = heikx i = eikx p(x)dx.
Quando hA2 i = hAi2 ? −∞
c) Dê um significado qualitativo para o desvio padrão a) Supondo que µn exista, mostre que
p
σ = h(A − hAi)2 i.
1 dn p̃(k)
4. Eventos excludentes e independentes. µn =
in dk n k=0

a) Argumente que p(1ou2) = p1 + p2 para eventos ex-
cludentes, indicando o significado de p(1ou2) , p1 e p2 .
b) Supodo que os µn0 s existam, mostre que
Ilustre com um exemplo.
b) Argumente que p(1e2) = p1 p2 para eventos ide- ∞ n n
X i k µn
pendentes, indicando o significado de p(1e2) , p1 e p2 . p̃(k) = 1 + .
n=1
n!
Ilustre com um exemplo.
c) Mostre que hABi = hAihBi se as probabilidades
c) Argumente que
relacionadas a A e B são independentes.
Z ∞
dk
5. Densidade de probabilidade p(x) = p̃(k)e−ikx
−∞ 2π
a) O que é densidade de probabilidade? Exemplifique
situações em que é pertinente o uso de densidade de
probabilidade. d) Indique situações em que usar p̃(k) possa ser útil
P (facilita algum estudo).
b) Escreva a generalização de i pi = 1 e hAi =
P e) Se µn não existe, que conclusão podemos tirar sobre
i Ai pi para o caso em que há densidade de proba-
bilidade. 1 dn p̃(k)
c) Mostre que uma aproximação para uma densidade µn = ?
in dk n k=0

de probabilidade p(x) a partir de dados é
f) Explique como os valores pequenos (grandes) de
∆x ∆x k em p̃(k) estão relacionados com os valores grandes
N [x − 2 ,x + 2 ]
p(x) ≈ , (pequenos) de x em p(x)?
∆xN
em que N [x − ∆x ∆x
2 , x + 2 ] é a quantidade de dados no 8. Distribuição de Bernoulli
∆x ∆x
intervalo [x − 2 ,x + 2 ) e N é a quantidade total Considere que a probabilidade de ocorrer o estado A

1
N
é p e a de ocorrer o estado B é q = 1 − p.
   X
∂ ∂ N!
= p p pN1 q N2

a) O que é a distribuição de Bernoulli? Dê exemplos ∂p ∂p N1 !N2 ! q=1−p
N1 =0
de situações em que aplica-se a distribuição de Ber-
= N p + N (N − 1)p2
noulli.
b) Sabendo que uma grandeza C assume o valor a no
estado A e b no estado B, mostre que f) Usando os resultados anteriores, conclua que h(N1 −
hN1 i)2 i = N pq e, portanto, que para o desvio relativo
hCi = (a − b)p + b tem-se p
h(N1 − hN1 i)2 i
r
q 1
2 2 2 = √
h(C − hCi) i = (a − b) p(1 − p) − b hN1 i p n

g) Generalize o resultado b para o caso de M estados


c) Usando o que foi informado no item b, obtenha
(A1 , A2 , ..., AM ), em que p1 , p2 , ..., pM são as respec-
o valor de p que conduz ao valor máximo do desvio
tivas probabilidades de obter um dos estados em um
padrão.
sorteio. Ou seja, mostre que

N!
pN (N1 , N2 , ..., NM ) = pN1 pN2 ...pN
M ,
2

N1 !N2 !...NM ! 1 2
9. Distribuição binomial (e multinomial)
Considere uma sequência de N sorteios independen- em que pN (N1 , N2 , ..., NM ) é a probabilidade de se
tes de Bernoulli que seguem a mesma distribuição de obter, respectivamente, N1 , N2 ..., NM vezes os esta-
probabilidade para seus estados A1 e A2 . dos A1 , A2 , ..., AM em N sorteios independentes (e
a) O que é uma distribuição binomial? Dê exemplos idênticos).
de situações em que pode-se usar a distribuição bino-
mial.
10. Distribuição de Poisson
b) Mostre que a probabilidade pN (N1 ) de ocorrer N1
A distribuição de Poisson é dada por
vezes o estado A1 e N2 = N − N1 vezes o estado A2
em N em sorteios é e−λ λn
p(n; λ) = (n = 0, 1, 2, 3, ...),
N! n!
PN (N1 ) = pN1 q N2 ,
N1 !N2 ! em que λ > 0.
em que p é a probabilidade de ocorrer o estado A1 em a) Dê exemplos de situações em que se pode empregar
um sorteio e q = 1 − p é a probabilidade de ocorrer o a distribuição de Poisson.
estado A2 em um sorteio. b) Mostre que

X
c) Mostre que p(n; λ) = 1
n=0
N
X .
pN (N1 ) = 1 c) Verifique que
N1 =0
∞ ∞
X ∂ X λn
hni = np(n; λ) = e−λ λ =λ
d) Mostre que ∂λ n=0 n!
n=0

N N .
X ∂ X N!
hN1 i = N1 pN (N1 ) = p pN1 q N2

∂p N1 !N2 ! q=1−p
d) Constate que
N1 =0 N1 =0
∞ ∞
λn
   X
X ∂ ∂
∂ hn2 i = n2 p(n; λ) = e−λ λ λ

= p (p + q)N = Np

∂λ ∂λ n=0 n!
∂p q=1−p n=0

= λ(λ + 1)
e) Mostre que
e, portanto, que
N
X
hN12 i = N12 pN (N1 )
h(n − hni)2 i = λ
N1 =0

2
11. Distribuições exponecial e gamma e Z x0 +3σ
a) A distribuição exponencial é dada por p(k; xo , σ)dx,
x0 −3σ

p(x; λ) = λe−λx isto é, as probabilidades de ocorrer em um sorteio


R∞ aleatório um x nos intervalos [xo − σ, xo + σ], [xo −
1
com λ > 0. Mostre que 0
p(x; λ)dx = 1, hxi = λ e 2σ, xo + 2σ] e [xo − 3σ, xo + 3σ], respectivamente.

1 13. Função Delta de Dirac e mudança de variáveis


h(x − hxi)2 i =
λ2 A função delta de Dirac em uma dimensão é tal que
. b) Para a distribuição gamma, tem-se δ(x − xo ) = 0 se x 6= xo e

λn n−1 −λx
(
b
xo ∈ (a, b)
Z
p(x; n, λ) = x e , 1 se,
Γ(n) δ(x − xo )dx =
a 0 se, xo ∈
/ (a, b)
em que x ≥ 0, n > 0 e λ > 0. Usando a repre-
sentação integral de Euler para a função Gamma, a) Argumente que
R∞ R∞
Γ(n) = 0 z n−1 e−z dz, mostre que 0 p(x; n, λ)dx = (
b
xo ∈ (a, b)
Z
1, hxi = n
e h(x − hxi)2 i = n f (xo ) se,
λ λ2 . f (x)δ(x − xo )dx =
c) Verifique que a distribuição gamma corresponde à −∞ 0 se, xo ∈
/ (a, b)
distribuição exponencial quando n = 1.
d) Dê exemplos de sistemas em que as distribuições b) Argumente que
exponencial e Gama podem ser empregadas. Z ∞
dk
e) Mostre que δ(x) = eikx
−∞ 2π
Z ∞  n
λ
p̃(k; n, λ) = heikx i = eikx p(x; n, λ)dx =
0 λ − ik
c) Para mudança de variáveis de uma densidade de
é a função caracterı́stica da função gamma. probabilidade, argumente que
Z ∞
px (y) = px (x)δ(y − f (x))dx,
12. Distribuição Gaussiana (ou Normal) −∞

A distribuição Gaussiana em uma dimenssão é usual-


em que a antiga variável é x, a nova variável é y e
mente escrita como
estão relacionadas por y = f (x).
1 (x−x )2
− 2σ2o d) Para o caso em que a relação y = f (x) é um a
p(x; xo , σ) = √ e ,
2πσ 2 um, argumente que px (x)dx = py (y)dy e, portanto,
py (y) = p(x) dx .

dy
em que −∞ < x < ∞, −∞ < µ < ∞ e σ 2 > 0. x=f (y)
e) Use o item c) como geral para obter o resultado
a) Ilustre, com exemplos, situações em que o uso de
anterior.
distribuições gaussianas pode ser relevante para des-
crevê-los. 14. Estados de um conjunto de moedas (ou dados)
R∞
b) Mostre que −∞
p(x; xo , σ)dx = 1, hxi = xo e Considere um conjunto de N moedas. Cada moeda,
h(x − hxi)2 i = σ 2 . q após um lançamento, somente pode ser encontrada
R∞ 2 b2
c) Mostre que −∞ e−ax +bx dx = 2π
a e
4a com a > 0
em um de seus dois ”estados” possı́veis, cara ou coroa.
e b real. a) Como pode ser descrito o ”estado” conjunto das N
d) Mostre que a função caracterı́stica é moedas supondo cada moeda é distinta das demais?
σ 2 k2 b) Argumente que
p̃(k; xo , σ) = heikx i = e− 2 +ix0 k
.
N!
N1 !N2 !
e) Calcule numericamente as probabilidades
é o número de estados com N1 moedas no ”estado”
Z x0 +σ Z x0 +2σ cara e N2 moedas o ”estado” coroa. Aqui, N = N1 +
p(k; xo , σ)dx; p(k; xo , σ)dx
x0 −σ x0 −2σ
N2 .

3
c) Se as moedas formarem duplas rı́gidas de tal forma c) Se a energia de um spin para cima é −µo H e de
que cada dupla apresente cara (coroa) para o mesmo um spin para baixo é µo H (independentemente dos
lado, argumente que o número de estados com N1 demais), conclua que a energia E do sistema de N
caras e N2 coroas é igual a spins é

N

2 ! E = (N2 − N1 )µo H = (N − 2N1 )µo H.
N1
 N2
.
2 ! 2 !
A partir desse resultado, verifique que
d) Se ao invés de N moedas independentes, tivermos
   
N dados usuais (seis faces), argumente que 1 E 1 E
N1 = N− ; N2 = N+ ,
2 µo H 2 µo H
N!
N1 !N2 !...N6 ! e
N!
Ω= h  i h  i
1 E
é o número de estados do sistema se houver N1 dados 2 N − µo H ! 21 N + E
µo H !
apresentando a face 1 etc. Aqui, N = N1 + N2 + ... +
d) Usando ln N ! = N ln N − N , mostre que
N6 .
! ! ! !
h 1 1 E 1 E 1 1 E 1 E i
S = N kB ln 2− 1− ln 1− − 1+ ln 1+ ,
15. Estados em Mecânica Clássica 2 µo H N µo H N 2 µo H N µo H N

a) Como é especificado o estado de uma partı́cula em


para N  1.
um movimento unidimensional? 1 ∂S
e) Use T = ∂E para obter
b) Como é especificado o estado de N partı́culas em
µ
!
um espaço tridimensional? µo H 1 1− µo H
= ln µ ,
c) O que é o espaço de fase de um sistema? kB T 2 1+ µo H
d) Usando o conceito de espaço de fase de um sistema,
E
o que representa um estado do sistema? com µ = N.
e) O que é espaço de configuração? f) Partindo de

16. Estados em Mecânica Quântica ex − e−x


tanh(x) = ,
a) É possı́vel identificar a posição e a velocidade de ex + e−x
uma partı́cula no contexto quântico? mostre que
b) O que especifica um estado em mecânica quântica?  
c) A função de onda de um sistema composto por duas 1 1+y
arctanh(y) = ln .
2 1−y
partı́culas com spin depende de quais variáveis?
d) Sabe-se que a uma partı́cula correspondente à g) Mostre que
função de onda ψ1 e outra partı́cula (não idêntica a  
primeira) corresponde à função de onda ψ2 . Como µo H
µ = −µo H tanh .
esta relacionado o estado do sistema formado pelas kB T
duas partı́culas com ψ1 e ψ2 ? µo H
Esboce o gráfico de µ versus kB T .

17. Sistema de spins de dois estados h) Argumente que a magnetização m(por spin) é
Considere N spins não interagentes. Cada spin pode µo N1 − µo N2
estar em apenas um de seus dois estados, para cima m= .
N
(up) ou para baixo (down).
Mostre, a seguir, que µ = −Hm e, daı́, que
a) Fazendo um paralelo com um sistema de N moe-
 
das, descreva um estado do sistema de N spins. µo H
m = µo tanh .
b) Argumente que há kB T

N!
Ω= ∂m

N1 !N2 ! i) A suscetibilidade é definida por χ (T, H) = ∂H T .

estados no sistema com N1 spins para cima e N2 spins


para baixo. Aqui, N = N1 + N2 .

4
Mostre que U (A∩B) é desprezivel quando comparado com U (A) e
U (B) e, portanto, U (A∪B) = U (A) + U (B) .
µ2
 
µo H
χ(T, H) = o cosh−2 e) Para um sistema simples como um fluido, em que
kB T kB T
as muitas têm somente interação de curto alcance, ar-
e, em particular, que gumente que Ω(A∪B) = Ω(A) + Ω(B) , em que estamos
usando a notação do item anterior e Ω representa o
µ2 1
χ(T, 0) = o . número de estados.
kB T
f) Baseando-se nos ı́tens anteriores, argumente que
18. Hamiltoniano e equações de Hamilton U ∝ N e S = kB ln Ω ∝ N , em que N é o número de
a) Para um ocilador harmônico, escreva a Hamiltoni- partı́culas (moléculas).
ana, obtenha as equações de Hamilton e verifique que
elas correspondem à equação de Newton.
b) Faça o mesmo do item anterior para o caso de uma 21. Leis da termodinâmica
partı́cula em um espaço tridimensional sob a ação de Partindo do exercı́cio anterior, argumente que as
uma força F̄ . Há alguma restrição sobre os possı́veis hipóteses abaixo (que podem ser vistas como leis
tipos de força? básicas da termodinâmica) devem ocorrer.
c) Escreva o Hamiltoniano de um gás ideal. a) O estado macroscópico é completamente determi-
d) Escreva o hamiltoniano para o átomo de Rênio, nado pela energia interna U , volume V e número de
que tem um núcleo e 75 elétrons, considerando ape- partı́culas N (ou moles n) (para um sistema simples).
nas as interações Coulombianas. b) Há uma função dos parâmetros extensivos
e) Para um gás real em que cada molécula é tratada do sistema composto, denominado entropia,
como partı́cula e há apenas interações de dois corpos, S(U1 , V1 , N1 , U2 , V2 , N2 , ...) (equação fundamen-
escreva a Hamiltoniana. tal). Na remoção de vı́nculos, S é máxima.
c) A entropia de um sistema é aditiva sobre cada
19. Equação de Schrödinger um de seus componentes. A entropia é uma função
a) Escreva a equação de Schrödinger para uma contı́nua, diferenciável e monotonamente crescente
partı́cula livre em uma dimensão. com a energia.
b) Escreva a equação de Schrödinger para N d) A entropia se anula no estado em que ∂U

= 0.
∂S V,N
partı́culas livres em um espaço tridimensional.
c) Escreva a equação de Schrödinger para o átomo de
Hidrogênio. 22. Temperatura e equilı́brio térmico
d) Escreva a equação de Schrödinger para uma Considere um sistema isolado (R) com energia interna
molécula de H2 O. E (12) e dois subsistemas, (1) e (2), com energia inter-
20. Equiprobabilidade e energia nas E (1) e E (2) , respectivamente.
a) Argumente (qualitativamente) que é razoavel, após a) Supondo E (12) = E (1) +E (2) com E (12) dado, mos-
um longo tempo de evolução, que os estados acessı́veis tre que a condição de entropia máxima conduz a
de um sistema sejam equiprováveis. 
∂S (1)
 
∂S (2)

b) Ainda qualitativamente, argumente que a hı́potese = .
∂E (1) V1 ,N1 ∂E (2) V2 ,N2
anterior parece mais viável se as interações entre as
muitas partes que compõem o sistema têm interação em que S (12) = S (1) + S (2) .
de curto alcance. b) A partir desse resultado, argumente que T , definido
via T1 = ∂E∂S

c) Considere que um sistema composto de muitas V,N
, é igual para os dois subsistemas,
partı́culas é formalmente dividido em duas partes, A isto é, T (1) = T (2) .
e B, argumente que U (A∪B) = U (A) + U (B) + U (A∩B) c) Argumente que T é não negativo.
(A∪B) (A) (B) (A∩B)
em que U ,U ,U eU são a energia do d) Suponha que dois subsistemas estão próximos
todo, (A ∪ B), a energia de interação entre as partes do equilı́brio e são liberados para evoluirem para o
dS (12)
(A ∩ B), respectivamente. equilı́brio. Argumente que dt > 0, sendo que a
d) Considere o enunciado do item anterior e supondo igualmente ocorre no equilı́brio térmico e que se supõe
que a interação é de curto alcance. Argumente que que o volume e número de partı́culas estão fixos. Por

5
∂U ∂U
 
fim, mostre que ∂V S,N eµ= ∂N S,V (potencial quı́mico), conclua
que dU = T dS − pdV + µdN e que
dS (12) dE (1)
 
1 1
= − > 0.
dt T (1) T (2) dt 1 p µ
dS = dU + dV − dN
T T T

e) Se nesse processo de aproximação do equilı́brio b) A partir da definição de potencial quı́mico,


passa
 (1) energia do subsistema (2) para o um (1)  
 ∂U
dE (1)
< T (2) . µ= ,
dt > 0 , conclua que T ∂N S,N
f) Para um sistema simples com V e N constante, con-
clua que para uma pequena (infinitesimal) mudança enuncie qualitativamente seu significado.
quase-estática do sistema tem-se dU = T dS, em que c) Considere um sistema simples isolado, (12), com-
U é a energia interna do sistema. posto por dois subsistemas, (1), (2). Suponha ainda
que esses dois subsistemas podem trocar apenas
23. Pressão e equilı́brio mecânico
partı́culas, isto é, N (12) é constante com N (12) =
a) Para um sistema simples, supondo N constante, ar-
N (1) + N (2) e V (1) , V (2) , E (1) e E (2) são constantes.
gumente que, em geral, podemos escrever que dU =
Mostre que a condição de equilı́brio (S (12) maxı́ma)
dQ − dW , em que dQ (calor) refere-se a variação
conduz a
da energia interna em um processo térmico (V e N µ(1) µ(2)
=
constantes) e, portanto, dQ = T dS. Por outro lado, T (1) T (2)
considerando que dW representa o trabalho infinite- e, portanto, µ(1) = µ(2) se T (1) = T (2)
simal feito pelo sistema (S constante), mostre que d) Se esses dois subsistemas evoluem para o equilı́brio
dW = pdV , em que p é a pressão. suave e espontaneamente, mostre que
b)Usando U = U (S, V, N ) com N constante, conclua
dS (12) µ(2) µ(1) dN (1)
 
que = − .
dU = T dS − pdV dt T (2) T (1) dt

∂U dN (1) µ(2)
e p = − ∂U
 
com T = ∂S V,N ∂S S,N A seguir, supondo que dt > 0, conclua que T (2)
>
c) A seguir, usando S = S(U, V, N ) com N constante, µ(1) (1) (2) (2) (1)
,
se T = T , que µ > µ .
T (1)
verifique que dS = T1 dU + Tp dV com T1 = ∂U
∂S

V,N
e e) Considerando ainda um sistema simples iso-
p ∂S

T = ∂V U,N . lado composto de dois subsistemas argumente que
d) Supondo um sistema isolado simples (12) composto a condição de equı́librio termodinâmico (equilı́brio
por dois subsistemas, (1) e (2), com U e N fixos em térmico, mecânico e quı́mico simultaniamente) cor-
cada parte, mostre que o equilı́brio mecânico (obtido responde a T (1) = T (2) , p(1) = p(2) e µ(1) = µ(2) .
via S (12) máximo) conduz a

p(1) p(2) 25. Ralações de Euler e Gibbs - Duhem


= . Uma função homogênea de ordem b de n variáveis, f ,
T (1) T (2)
é tal que
Para tal, note que V (12) é constante e V (12) = V (1) +
V (2) . f (λx1 , λx2 , ..., λxn ) = λb f (x1 , x2 , ..., xn ),
e) Considerando que os dois subsistemas do ı́tem an-
terior evoluem para o equı́brio mecânico suave e es- em que λ é uma constante qualquer.
pontâneamente, mostre que a) Mostre que f (x) = axb é uma função homogênea
de ordem b.
dS (12) p(1) p(2) dV (1)
 
= − . b) Via exemplo, mostre que além de f (x, y) =
dt T (1) T (2) dt
axb−c y c existe outras funções, homogêneas de ordem
A seguir supondo que dV (1)
> 0, conclua que p(1)
> b.
dt T (1)
p(2)
(1) c) Argumente que a energia interna U é uma função
T (2)
. Nesse caso, se T = T (2) , veja que p (1)
>p (2)
.
homogênea de ordem um, em sua variáveis, isto é,
1
24. Potencial quı́mico U (λS, λV, λN ) = λU (S, V, N ). Use λ = N , para ve-
∂U U (S,V,N )
 S V
a) Usando U = U (S, V, N ), T = ∂S V,N , p = rificar que u = U(N , N , 1), em que u = N .

6
d) Derive a expressão U (λS, λV, λN ) = λU (S, V, N ), modinâmico, Φ = U −T S −µN , é Φ = −SdT −pdV −
em relação λ e, a seguir, tome λ = 1 para mostrar N dµ e, portanto, que Φ = Φ(T, V, µ),
que T S − pV + µN = U (relação de Euler).      
∂Φ ∂Φ ∂Φ
e) Tome a diferencial dessa relação para mostrar que S=− , p=− , N =−
∂T V,µ ∂V T,µ ∂N T,V
dµ = vdp − sdT (relação de Gibbs-Duhem), em que
v = V /N e s = S/N .
f) Mostre que a diferencial de f2 = U + pV − µN
26. Funções resposta é df2 = T dS + V dp − N dµ e, portanto, que f2 =
Considere um sistema termodinâmico simples em que f2 (S, p, µ),
S = S(U, V, N ). Diga qualitativamente o significado      
de: ∂f2 ∂f2 ∂f2
T = , V = , N =− .
a) Coeficiente de expansão térmica, α = 1 ∂V

; ∂S p,µ ∂p S,µ ∂µ S,p
V  ∂T p,V
b) Compressibilidade isotérmica, κT = − V1 ∂V
∂p ;
T,N
c) Capacidade térmica a pressão constante, Cp = g) Mostre que não há nenhum potencial termo-
∂S
T ∂T

; dinâmico que seja função de T, p e µ, isto é, mostre
p,N
d) Capacidade térmica a volume constante Cv = que f3 = U − T S + pV − µN = 0.
∂S

T ∂T V,N
; 28. Transformada de Legendre
e) Calcular essas quatro funções resposta usando Seja y = y(x) e p = dy
dx . Suponha que a relação entre
3
pV = N kB T e U = 2 N kB T . p e x seja um a um (inversı́vel).
a) Constate que dy = pdx = d(px) − xdp. A seguir,
27. Potenciais termodinâmicos
mostre que ψ = y − px conduz a dψ = −xdp e, por-
A seguir, use que dU = T dS − pdV + µdN .
tanto, ψ = ψ(p) e x = − dψ
dp .
a) Mostre que a diferencial da energia livre de Hel-
b) Supondo y = ax2 + bx + c, mostre que p = 2ax + b,
moltz, F = U − T S, é dF = −SdT − pdV + µdN e, p−d
x= 2a ,
portanto, que F = F (T, V, N ),

∂F
 
∂F
 
∂F
 p2 b b2
S=− , p=− , µ= ψ(p) = − + p− + c.
∂T ∂V ∂N 4a 2a 4a
V,N T,N T,V
c) Mostre que
b) Mostre que a diferencial da entalpia, H = U + pV d2 ψ dx 1 1
é dH = T dS + V dp + µdN e, portanto, que H = =− = − dp = − d2 y .
dp2 dp dx 2 dx
H(S, P, N ),
 2 
d y
      Daı́, conclua que se y(x) for convexa dx 2 > 0 , então
∂H ∂H ∂H
T = , V = , µ= .  2 
∂S p,N ∂p S,N ∂N S,p ψ(p) é côncava ddpψ2 < 0 .
 2 
d) Usando que dduS2 > 0 (convexa), conclua que
V,N
c) Mostre que a diferencial de f1 = U − µN é df1 =
 2 
d F
dT 2 < 0 (côncava).
V,N
T dS − pdV − N dµ e, portanto, que f1 = f1 (S, V, µ),
e) Supondo y(x) convexa, faça um gráfico esboçando

∂f1
 
∂f1
 
∂f1
 y versus x e a reta tangente de y(x) em x. mostrando
T = , p=− , N =− .
∂S V,µ ∂V S,µ ∂N S,V
que a intersecção dessa reta com o eixo y corresponde
a ψ(p).
f) Se ψ f or definido por
d) Mostre que diferencial da energia livre de Gibbs,
U −T S +pV , é dG = −SdT +V dp+µdN e, portanto,
ψ(p) = inf {y(x) − px}
x
que G = G(T, P, N ),
      (em que p é um parâmetro) e
∂G ∂G ∂G
S=− , V = , µ= .
∂T p,N ∂p T,N ∂N T,p
inf {...}
x

e) Mostre que a diferencial do grande potencial ter- significa o ı́nfimo de {...} e y derivável, conclua que

7
dy
dx = p. mano-atômico com N atômos não interagentes é

d3 r̄1 dp̄1 d3 r̄N d3 p̄N


Z
1
29. Relações de Maxwell Ω= ...
N! U 6E6U +δU h3 h3
Parta de f = f (x, y),

∂2f ∂2f
= VN
Z
∂x∂y ∂y∂x = d3 p̄1 ...d3 p̄N ,
h3 N ! U 6E6U +δU
e os potenciais termodenâmicos para verificar as
em que V é o volume do gás e h é a constante de
relações de Maxwell, isto é, mostre que.
Planck.
a)
b) Sabendo que o hipervolume, Vn , de uma hiperes-
fera em n dimensões é Vn = Cn Rn , em que R é o raio
       
∂S ∂p ∂S ∂µ
= ,− = ,
∂V T,N ∂T V,N ∂N T,V ∂T V,N e
2π n/2
Cn = .
nΓ n2
   
∂p ∂µ
− = .
∂N T,V ∂V T,N Argumente que o hipervolume δVn de uma casca
esférica de raio R e espessura δR, com δR  R, é
b) δVn = nCn Rn−1 δR.
        c) Mostre que
∂S ∂V ∂S ∂µ
− = ,− = ,
∂p ∂T ∂N ∂T
T,N p,N T,p p,N V N 3N 3N
−1 1/2
Ω= 3N
C3N (2mU ) 2 δ[(2mU ) ]
    N !h 2
∂V ∂µ
= .
∂N T,p ∂p T,N
d) A seguir, usando ln N ! = N ln N − N , conclua que
V
 3 U
 3
+ 2 ln 4πm
 5
S = N kB {ln N + 2 ln N 3h2 + 2 } para
N >> 1.
e) Use  
1 ∂S
30. Funções de Mathieu =
1 p µ T ∂U V,N
Considere dS = T dU + T dV − T dN .
e
a) Mostre que a diferencial de ψ1 = S − U
T (função de P

∂S

=
Mathieu) é T ∂V U,N

para obter U = 32 N kB T e pV = N kB T .
 
1 p µ
dψ1 = −U d + dV − dN
T T T
32. Ensemble Canônico
e, portanto, que ψ1 = ψ1 ( T1 , V, N ),
Considere um grande sistema macroscópico isolado e

∂ψ1

p

∂ψ1
 um pequeno sistema macroscópico que podem trocar
U =− , = , energia.
∂ (1/T ) V,N T ∂V T,N
a) Argumente que Pj ∝ ΩR (E0 − Ej ), em que ΩR (E)
 
µ ∂ψ1 é o número de estados do sistema grande quando
=−
T ∂N T,V sua energia é igual a E, Ej é a energia do pequeno
sistema, E0 é a energia do sistema grande e Pj é
b) Conclua que F = −T ψ ou ψ1 = − FT . a probabilidade do pequeno sistema estar em um
c) Mostre que a diferencial de ψ2 = S − pV (função estado j cuja energia é igual a Ej .
1 p
 µ T
de Mathieu) é dψ2 = T dU − V d T + T dN . b) Se E0  Ej , argumente que ln Pj ≈
∂ ln ΩR
cte + ln ΩR (E0 ) + ∂E |E=E0 (−Ej ). A seguir, use
∂S 1 1 −βEj
31. Gás ideal monoatômico (ensemble micro- ∂E = e S = ln ΩR para obter Pj =
T Ze com
β = 1/kB T e Z = i e−βEi .
P
canônico)
(12) (1) (2)
a) Argumente que o número de estados (microesta- c) Se Eij = Ei + Ej (subsistemas inde-
(12)
dos), entre a energia U e U + δU , para um gás ideal pendentes), mostre que Z = Z (1) Z (2) e,

8
portanto, F (12) = F (1) + F (2) . Aqui, usou-se Daı́, verifique que
(12) (1)
Z (12) = i,j e−βEij ; Z (1) = i eβEi etc.
P P
Z b Z b
00

ln Z, h(∆Ej )2 i =
N
(xo )(x−xo )2
d) Mostre que hEj i = − ∂β eN f (x) dx ≈ eN f (xo ) e2f dx
∂2 a a
h(Ej − hEj i)2 i = hEj2 i − hEj i2 = ∂β 2 ln Z =
∂ 1 ∂hEj i
= N kB T 2 cv ≥ 0, em que cv =
∂β hEj i N ∂T .
−βE b) Se N >> 1, argumente que
P
e) Mostre que Z = E Ω(E)e =
P ln Ω(E)−βE P −β(E−T S(E))
Ee = Ee , em que Z b Z ∞
N
f 00 (xo )(x−xo )2 N 00
(xo )(x−xo )2
Ω(E) é o número de estados do sistema cuja energia e 2 dx ≈ e2f dx
a −∞
é igual a E e S(E) é a entropia correspondente.
f) Argumente que Z ≈ e−βminE {E−T S(E)} , para
s
2πN
concluir que F = − β1 ln Z. =
|f 00 (xo )|

é uma aproximação muito boa.


c) Por fim, conclua que
33. Função Gamma
s
Considere a representação integral para a função
Z b
N f (x) 2πN N f (xo )
e dx ≈ e
gamma, a |f 00 (xo )|
Z ∞
n−1 −x
Γ(n) = x e dx
0 é uma aproximação muito boa se f 00 (xo ) < 0 e N >>
(com n > 0). 1.
a) Mostre que Γ(1) = 1. d) Generalize esse último resultado para o caso n-
b) Usando que dimensional, isto é,

d n −x (2πN )n/2
Z
(x e ) = nxn−1 e−x − xn e−x eN f (x̄) dn x̄ ≈ 1/2 ,
dx V ∂ 2 f x̄o
det ∂xi ∂xj

(integração por partes), mostre que Γ(n+1) = nΓ(n).
c) Usando esse último resultado, com n = 1, 2, 3..., usando que
mostre que
π 1/2
Z Pn Pn
Aij yi yj dn ȳ
Γ(n + 1) = n! e− i=1 i=1 = 1/2
(det A)

d) Usando a variável y = x, mostre que
em que A é uma matriz positiva definida
  Z ∞ Pn PN
1 ∞ −y2 √
Z
1 ( i=1 j=1 Aij yi yj > 0 para todo yi e yj ).
Γ = x−1/2 e−x dx = e dy = π
2 0 2 0
35. Aproximação de Stirling.
√ √
e, daı́, que Γ(3/2) = π e Γ(−1/2) = −2 π. a) Usando a variável y = x/n, mostre que
e) Supondo que a relação de recorrência Γ(n + 1) = Z ∞ Z ∞
n −x n+1
nΓ(n) sempre pode ser usada para qualquer n, mos- Γ(n + 1) = x e dx = n elny−y dy.
0 0
tre que Γ(0), Γ(−1), Γ(−2), ... divergem. Esboce o
gráfico Γ(n) versus n.
b) A seguir, conclua que
 1/2

34. Método de Laplace Γ(n + 1) ≈ n n+1
e−n
Rb n
Considere a integral a eN f (x)dx, em que b > a, N >
0 e f (x) tem um único máximo em x = xo com b > é uma boa aproximação se n >> 1.
x0 > a. c) Por fim, verifique ln n! ≈ n ln n − n se n >> 1.
a) Argumente que se f 0 (xo ) = 0 e f 00 (xo ) < 0, e d) Argumente que
f (xo ) + (f 00 (xo )) (x − xo )2 é uma aproximação para n
X Z n n
ln n! = = ln m ≈ ln dy = (y ln y − y)

f (x), isto é, 1
m=1 1

1
f (x) ≈ f (xo ) + f 00 (xo )(x − xo )2 . ≈ n ln n − n se n >> 1.
2

9
36. Equivalência entre os ensembles canônico e mi- partı́cula com velocidade entre v e v + dv é dada por
cronanônico.
V −β p2 3
e−βEj , com β = 1/(kB T ), p(v)d3 v =
P
a) Partindo de Z = j
e 2m d p
Z
mostre que
Z ∞ Z ∞
Z= w(E)e −βE
dE = e−β(E−T S(E)) dE, com  3/2
0 0
R p
−β 2m
2
3 2πm
Z =Ve d p=V
β
em que usou-se w(E) para a densidade de estados e
.
que a menor energia do sistema é zero. mv 2
2πkB T −3/2 − 2kB T

b) Conclua que p(v) = m e .
b) Partindo de que a flutuação relativa de uma gran- mv 2
2πkB T −3/2 2 − 2kB T

deza termodinâmica é desprezı́vel, argumente que c)A seguir, mostre que p(v) = m v e
é a densidade de probabilidade em termos do módulo
Z=e −β minE {E−T S(E))}
. da velocidade (v = |v|).
d) Obtenha o máximo de p(v), mostrando que vm =
2kB T 1/2

c) Argumente que E − T S(E) ∝ N , em que N é o m corresponde ao valor de v quando p(v) é
número de partı́culas do sistema. máximo.
d) Use o método de Laplace para mostrar que R∞ 2
1 π 1/2
e) Use −∞ x2 e−ax dx = 2 a3/2 para mostrar que
 1/2 1/2
Z ∞
e
β(E−T S(E))
dE ≈ e
−β{E−T S(E)} 

2π 
 ,
hv 2 i1/2 = 3km
BT
.
d2 S(E)

0
 
−T 2
dE E=Eo

39. Teorema da equipartição


em que Eo corresponde ao valor de E que minimiza Supondo que H(q1 , ..., qi , ..., qN ) =
E − T S(E). H0 (q1 , ..., qi , ..., qN −1 ) + 2
aqN seja uma Hamilto-
e) Supondo S(E) diferenciável, argumente que a niana em função de q1 , q2 , ..., qN . Esses q 0 s são
condição minE {E − T S(E)} = Eo − T S(Eo ), em que coordenadas do espaço de fase (coordenadas espaci-
dS(Eo ) 1
Eo é solução da equação dE = kB T . ais e momentos) de um Rsistema.
d2 S(Eo ) 2 −βH
f) Verifique que dE 2 = − T12 dEo
1
= − T12 C1 com 2
a) Mostre que haqN i=
dq
R 1 ...dqN aqN e = 21 KB T .
dT dq1 ...dqN e−βH
2
dEo d S(Eo ) 1 b) Use esse resultado para mostrar que
C= dT e, portanto, que dE 2 ∝ N.
3
PN p2j
g) Conclua que F = minE {E − T S(E)} + o(ln N ). hH1 i = 2 N KB T se H1 = j=1 2m .

40. Integral Gaussiana


37. Gás ideal no ensemble canônico
PN p2 a) Argumentando via análise dimensional, mostre que
Suponha H = j=1 2m e Z = R ∞ −ax2
1
R −βH 3 3 3 3 −∞
e dx ∝ √1a (se a > 0).
N !h3N
e d r1 d p1 ...d r N d p N . R∞ 2
b) Mostre que −∞ e−ax dx = πa (se a > 0).
 3N/2 p
1 2πm
a) Mostre que Z = N ! βh2 V N , considerando R∞ 2
c) Mostre que −∞ x2 e−ax dx = 12 a1 πa (se a > 0).
p
que as partı́culas estão dentro de uma caixa de R∞ 2 1/2
d) Mostre que −∞ (x2 )n e−ax dx = π (2n−1)!! 1

volume V . 2n an a
(se a > 0).
b) Use ln N ! ≈ N ln N − N com N grande
(Aproximação de
 Stirling)
 para mostrar que 41. Grandezas conservadas e parênteses de Poison.
1 3 2πm V
N ln Z ≈ 2 ln βh2 + ln( N ). A seguir, use Considere as equações de Hamilton q̇i = ∂H
e ṗi =
∂pi
f (T, v) = − β1 N1 ln Z com N → ∞ e v = V
N para − ∂H com i = 1, 2, . . . , N .
∂qi
obter f (T, v) = − 32 kB T ln T − kB T ln v − kB T c, com a) Se f = f (qi , . . . , qN , p1 , . . . , pN , t) com qi = qi (t) e
c = 23 ln 2πmk

 + 1.  
B
h 2 pi = pi (t), mostre que
∂f
, p = ∂f ∂s

c) Use s = ∂T ∂v e cv = T ∂T v
para
v T df ∂f
mostrar que s = 2 kB ln T + kB ln v + kB c + 23 ,
3

= + {f, H},
KB T
dt ∂t
p= v e cv = 32 kB .
d) Empregue U = − ∂β∂
ln Z para obter U = 32 N KB T . em que (parênteses de Poisson)
A seguir, mostre que cv = N1 ∂U 3

∂T v = 2 kB . N  
X ∂A ∂B ∂B ∂A
{A, B} = −
∂qi ∂pi ∂qi ∂pi
38. Distribuição de Maxwell - Boltzmann i=1

a) Argumente que a probabilidade de obter uma

10
df ∂f
b) A partir de dt = ∂t +{f, H}, conclua que qualquer f) Supondo que H corresponde a dois subsistemas
grandeza conservada satisfaz a equação sem interação, H = H (1) + H (2) , argumente que
ρ(H (1) + H (2) ) = ρ(H (1) )ρ(H (2) ). A seguir, conclua
∂f e− βH
+ {f, H} = 0 que essa relação é consistente com ρ(H) = Z .
∂t

e que se reduz a {f, H} = 0, se 43. Hipótese ergótica.


a) Em geral, quando uma observação é feita, um certo
 
∂f intervalo de tempo é necessário. Argumente que
f = f (qi , . . . , qN , p1 , . . . , pN ) com =0 .
∂t Z τ
1
hf ilab = lim f dt
τ →∞ τ 0
c) Mostre que para qualquer função de H, f = f (H),
tem-se {f (H), H} = 0. Portanto, se ∂H/∂t = 0, representa o valor médio da grandeza f .
f (H) é uma grandeza conservada. b) Argumente que
d) Mostre que {A, B} = −{B, A}, {qj , qk } = 0, Z
{pj , pk } = 0 e {qj , pk } = δjk . hf iest = f ρdq1 . . . dqN dp1 . . . dpN

42. Equação e teorema de Liouville. é a média obtida se tivermos uma densidade de pro-
Suponha que cada ponto do espaço de fase tem um babilidade no espaço de fase.
peso estatı́stico ρ = ρ(qi , . . . , qN , p1 , . . . , pN , t). c) Exemplifique o que vem a ser a hipótese ergótica.
a) Argumente que para a densidade de probabilidade
44. Quantização canônica.
ρ tem-se
Considere os operadores posição x̂, ŷ, . . . e momento

p̂x = −i~ ∂x , . . ., comutadores [Â, B̂] = ÂB̂ − B̂ Â e
Z
ρdq1 . . . dqN dp1 . . . dpN = 1
parênteses de Poisson

em qualquer instante de tempo e, consequentemente N  


X ∂A ∂B ∂B ∂A
que ρ satisfaz a equação. {A, B} = −
i=1
∂qi ∂pi ∂qi ∂pi
∂ρ
+ O · J̄ = 0,
∂t a) Mostre que [x̂, x̂] = 0, [x̂, ŷ] = 0, [x̂, ŷ] =
em que 0, [x̂, p̂x ] = i~, [x̂, p̂y ] = 0, [p̂x , p̂x ] = 0, e [p̂x , p̂y ] =
0.
N  
X ∂ ∂ b) Verifique que [x̂, x̂] = i~{x, x}, [x̂, ŷ] =
O · J̄ = (ρq̇i ) − (ρṗi ) .
i=1
∂qi ∂pi i~{x, y}, [x̂, p̂x ] = i~{x, y} e [x̂, p̂y ] = i~{x, py }.
c) Considerando duas grandezas quaisquer, A e B,
b) Mostre que ∂ q˙i
= − ∂∂pṗii e, a seguir, que verifique que
∂qi

∂ρ ∂ρ [Â, B̂] = i~{A, B}

+ O · J̄ = − {ρ, H} A=Â;B=B̂
∂t ∂t
é consistente com os resultados do item anterior
dρ (quantização canônica).
c) Conclua que dt = 0, ou seja, que ρ é constante (te- df ∂f
d) No caso, clássico, tinhamos obtido dt = ∂t +
orema de Liouville). Como consequência, argumente
{f, H}. Usando a quantização canônica, conclua que
que os pontos no espaço de fase se movem como um
fluido incompressı́vel. dfˆ ∂ fˆ 1
d) Se H não depende explicitamente do tempo = + [fˆ, Ĥ].
dt ∂t i~
(∂H/∂t = 0), verifique que {ρ, H} = 0 e, portanto,
que ρ = ρ(H) é solução dessa equação.
e) Nesse contexto, mostre que a equação de Liouville
e) Se H representa um sistema isolado (energia cons-
(clássica) conduz à
tante), conclua que ρ = ρ(H) conduz a que todos
estados (pontos do estado de fase) consistentes com ∂ ρ̂
i~ + [ρ̂, Ĥ] = 0.
H constante são equiprováveis. ∂t

11
45. Método da distribuição mais provável tra forma, o retângulo de menor área com o perı́metro
Considere um conjunto (ensemble) de N sistemas dado é um quadrado.
(idênticos e independentes). Nesse emsemble, há ni c) Use o método de Lagrange (Multiplicadores de La-
sistemas no i-ésimo estado. A energia do i-ésimo es- grange) para resolver o problema do ı́tem anterior,
tado é Ei . Suponha ni >> 1 para todo i. isto é, parta de F = xy + λ[2(x + y) − c] para concluir
P P
a) Argumente que N = i ni , em que i representa que x = y = c/4 e λ = −c/8.
a soma sobre todos estados de um sistema. d) Considere o problema de obter o menor perı́metro
b) Argumente que a energia média U do ensemble é de uma área dada. Obtenha o mı́nimo de c = 2(x+y)
P
tal que N U = i ni Ei . (o perı́metro de um retângulo) com A = xy (área do
c) Argumente que a quantidade R de sistemas no en- retângulo) dada. Para tal, conclua que C = 2x + A/x
semble com todos ni ’s especificados é R = πNi n!i . para obter que x = y = A1/2 .
d) Use pi = nNi para mostrar que
P
i pi = 1 e e) Refaça o problema do item anterior via multiplica-
P
U = i pi Ei . dor de Lagrange, isto é, partindo de F = 2(x + y) +
e) Use a aproximacao de Stirling, ln n! = n ln n − n, λ(xy − A).
para mostrar que

ln R X 47. Máximo da entropia


kB = −kB pi ln pi
N i Considere a entropia S como função de pi :
. X
S = −kB pi ln pi
f) Arguemente que a configuração dos ni ’s mais
i
prováveis, quando N e U são dados, corresponde
e os vı́nculos
P
ao máximo de R com os vı́nculos N = i ni e
P
N U = i ni Ei . X X
g) Argumente que obter o máximo de R com os pi = 1; U = pi Ei = 1
P P i i
vı́nculos N = i ni e N U = i ni Ei é equivalente a
obter o máximo de com U dado.
X a) Use multiplicadores de Lagrange para obter o
S = −kB pi ln pi máximo de
W
i X
S = −kB pi ln pi
P P
com os vı́nculos i pi = 1 e U = i pi Ei = 1, em
i=1
PW
que pi = ni /N . sujeito ao vı́nculo pi = 1 em que W é o número
i
de estados. Para tal, parta da função auxiliar,
46. Multiplicadores de Lagrange !
X W
X
Considere o extremo de F = F (x1 , x2 , ..., xn ) com os F = −kB pi ln pi + λ pi − 1
vı́nculos f1 (x1 , x2 , ..., xn ) = 0, f2 (x1 , x2 , ..., xn ) = 0, i i

..., fm (x1 , x2 , ..., xn ) = 0 com n > m.


para concluir que pi = 1/W e Smax = kB ln W.
a) O método de Lagrange para obter o extremos
b) Refaça o problema anterior usando os vı́nculos
de um função F sujeita aos vı́nculos {fi } pode ser P P
i pi = 1 e pi Ei = U . Para tal, parta
expressa em termos da função auxiliar F = F +
∂F
λ1 f1 + . . . + λm fm , e das equações ∂λ = 0 (i = w
! w
!
i
X X X
1, 2, ..., m) e ∂F
= 0 (i = 1, 2, ..., n). Mostre que F = −kB pi ln pi +λ pi − 1 +β̃ − pi Ei + u
∂xi
i i i
∂F ∂F
∂λi = 0 conduz a fi = 0 e que ∂xi = 0 leva a
∂F ∂F ∂F para obter
∂xi + λ1 ∂x i
+ ... + λm ∂xm
= 0; os λ’s são os mul-
1 −βE1
tiplicadores de Lagrange. pi = e
Z
b) Obtenha a menor área de um retângulo de lados
eβEi e β = β̃/kB .
P
com Z = j
iguais a x e y supondo que o perı́metro c dado. Para
c) A partir do ı́tem anterior, mostre que
tal, mostre que A = x 2c − x é a área do retângulo


em termos de x. A seguir, conclua que o máximo de X


Smax = −kB pi ln pi

dA
A conduz a dx = 0 e, daı́, x = y = c/4. Dito de ou- i
pi =e−βEi /Z

12
1 ∂2
hVj i2 = β 2 ∂P 2 ln Y.
∂G ∂

= (U − F )/T f) Sabendo que ∂P T,V = V , mostre que ∂P ln Y =
2
−βV . A seguir, verifique que h(∆V ) i = kB T V kT ≥
com F = −kB T ln Z e β = 1/(kB T )
0, em que KT = − V1 ∂V

∂P T,N .
d) A seguir, mostre que

1X 49. Gás ideal clássico no ensemble das pressões


dSmax = Ei dpi a) Considere a função de partição para um gás ideal:
T i  3N/2
Z = N1 ! 2πm
βh 2 V N . Parta de
com pi = e−βEi /Z , Z = i e−βEi e β = 1/(kB T ).
P
P Z ∞
e) Mostre que pi dEi = −pdV se Ei = Ei (V ) e
P ∂Ei Y = dV e−βpV Z(T, V, N )
p = − i pi ∂V . 0
P
f) Use i pi dEi dos resultados dos últimos ı́tens para para obter
mostrar que dU = T dSmax − pdV .
 3N/2 Z ∞
1 2πm
Até aqui o conteudo da primeira prova. Y = dV e−βpV V N =
N! βh2 0

48. Ensemble das pressões  3N/2


2πm
Considere um grande sistema isolado e um subsis- (βp)−N −1 .
βh2
tema. Esse subsistema pode trocar energia e volume  
1 3 2πm
com o grande sistema. A seguir, mostre que N ln Y = 2 ln βh2 − ln(βP ),
a) Argumente que a probabilidade Pj do subsistema para N  1.
ter energia Ej e volume Vj e Pj ∝ ΩR (E0 − Ej , V0 − b) Parta de g = G/N para obter
Vj ), em que ΩR (E, V ) é o número de estados do  
3 2πm
grande sistema quando ele tem energia E e volume g = − kB T ln − kB T ln(kB T /p).
2 βh2
V.
b) Supondo Ej  E0 e Vj  V0 . Mostre que ∂g
c)Use s = −( ∂T ∂s
)p , cp = T ( ∂T )p e v = ( ∂g
∂p )T , para
ln Pj = cte + ΩR (E0 − Ej , V0 − Vj ) ≈ cte + concluir que s = 52 kB ln T − kB ln P + cte, cP = 52 kB
∂ kB T
ln ΩR (E0 , V0 ) + ∂E ln ΩR (E, V )|E=E0 ,V =V0 (−Ej ) + ev= .
p

∂V ln ΩR (E, V )|E=E0 ,V =V0 (−Vj ).
A seguir, use S = kB ln ΩR para concluir que ∂S
= 1
, 50. Ensemble grande Canônico
∂E T
∂S P Suponha um grande sistema isolado com um subsis-
∂V = T e
1 tema, em que o subsistema pode trocar energia e
Pj = e−β(Ej +pV )
Y partı́culas com o grande sistema.
com a) Argumente que Pj ∝ ΩR (E0 − Ej , N0 − Nj ), em
X
Y = e−β(Ej +pV ) que Pj é a probabilidade de encontrar o subsistema no
j
estado j com energia Ej e Nj partı́culas, e ΩR (E, N )
1
eβ= kB T é numero de estados do grande sistema quando ele
c) Mostre que tem energia E e N partı́culas.
X X X b) Supondo Ej  E0 e Nj  N0 , mostre que
Y = e−βpV e−βEj (V ) = e−βpV Z(T, V ) Pj = Ξ1 e−β(Ej −µNj ) com Ξ = j e−β(Ej −µNj )
P
V j V P −β(F −µN )
c) Mostre que Ξ = je com F =
P −β(Ej (N ))
Ej (V ) e . A seguir, argumente que Ξ ≈
Pj −βminN (F −µN )
P
Com Z(T, V ) = e kB T
. A seguir, argumente que
j
je . Daı́, conclua que Φ = − β1 ln Ξ.
N
P
1 d) Mostre que Ξ = N =0 z Z(β, N ), hEj i =
Y = e−βminv (P V − β ln Z) . ∂ ∂
− ∂β ln Ξ, hNj i = z ∂z ln Ξ e h(∆N )2 i = hNj2 i −
1 ∂2
hNj i2 = β 2 ∂µ2 ln Ξ, com z = eβµ
d) Sabendo que G = F + P V com F = E − T S,
51. Gás ideal clássico no ensemble grande canônico
mostre que G = −kB T ln Y .  3N/2
∂ p ∂ a) Use Z = N1 ! ln 2πm
βh2 V N para mostrar que
e) Mostre que hEj i = − ∂β ln Y + β ∂P ln V , hVj i =  3/2
2πm
zV
− β1 ∂P
∂ 2
ln Y , e h(∆V ) i = h(Vj − hVj i) i = 2
hVj2 i − Ξ=e βh2 (z = eβµ ).

13
3 1
b) Mostre que hEj i = 2β ln Ξ, hNj i = ln Ξ para con-
3N
cluir que E = 2 β. c) Mostre que hnj i = −1/β ∂∂ i ln Ξ.
d) Mostre que ln Ξ = ∓ j ln(1 ∓ e−β(j −µ) ), em que
P
c) Mostre que
 3/2 o (-) em ∓ se refere ao caso bosônico e o (+) em ∓
1 2πmkB µ
diz respeito ao caso fermiônico. A seguir, conclua
Φ = − ln Ξ = −kB T T 3/2 V e kB T
,
β h2 que hnj i = 1
.
eβ(j −µ) ∓1
     3/2
∂Φ 5 µ 2πm
S=− =V kB − −kB T × 54. Partı́cula livre
∂T V,µ 2 T h2
Considere uma partı́cula livre de massa m dentro de
µ
(kB T )3/2 e kB T , uma caixa de dimensões a na direção x, b na direção
y e c na direção z.
   3/2
∂Φ 2πm µ
a) No caso unidimensional, mostre que o problema
N =− =V (kB T )3/2 e kB T
,
∂µ T,V h2 de autovalores - autovetores Hψn = En ψn , com
   3/2 condições periódicas de contorno ψn (x + a) = ψn (x),
∂Φ 2πm µ
P =− = (kB T )5/2 e kB T . conduz a ψn (x) = Ce−ik·r , com k = 2π
(n ∈ Z) e
∂V h2 a n
T,µ }2 k 2
En = 2m .
b) No caso tridimensional, usando ψn (x + a, y + b, z +
d) Use os dois últimos resultados para obter p =
N kB T c) = ψn (x, y, z), mostre que ψn (x) = Ce−ik·r , é auto-
V . Use ainda o último resultado do item ante-
N kB T função de H com k = ( 2π 2π 2π
a nx , b ny , c nz ), com nx , ny
rior e Φ = −pV para reobter p = V .
e nz inteiros. Além disso, os autovalores da energia
52. Fermiôns e Bosóns }2 |k|2
são En = √1
2m . Constate ainda que se C = V
Para partı́culas idênticas em três dimensões, (V = abc), ψk está normalizada.
temos que ψ (q1 , ..., qi , ..., qj , ..., qN ) = f (k n ) ∼ V 3
P
c) Argumente que n = (2π)3 d kf (k)
se, a, b
±ψ(q1 , ..., qj , ..., qi , ..., qN ) para quaisquer i e j, e c são muito grandes, em que f é uma função de k.
em que q representa as variáveis (coordenadas
contı́nuas e discretas) de uma partı́cula. O sinal 55. Limite clássico
1
positivo (+) representa o caso bosônico e o sinal a) Se hnj i  1 em hnj i = , mostre
eβ(Ej −µ) −1
−β(Ej −µ)
negativo (-) diz respeito à vertente fermiônica. que hnj i ≈ e independentemente de cor-
Suponha que ψ1 (q) e ψ2 (q) representam dois estados responder ao caso bosônico ou fermiônico. Além
disso, mostre que ln Ξ = ∓ j ln(1 ∓ e−β(Ej −µ) ) ≈
P
(ortonormais). Além disso, considere duas partı́culas
P −β(Ej −µ)
com coordenadas q1 e q2 . je .
2
V
R 3 |k|2
a) No caso fermiônico, escreva todos os estados d k... e Ej → ~ 2m
P
b) Use j ... → γ (2π)3 para
possı́veis considerando duas partı́culas e os estados obter
ψ1 e ψ2 .  
Z ~2 |k|2
b) Faça o mesmo se as partı́cula forem bósons V 3
−β 2m −µ
ln Ξ = γ d ke .
(2π)3
idênticos.
c) Faça o mesmo considerando o caso em que as duas  3/2
V 2πm
partı́culas são distinguı́veis. =γ eβµ
(2π)3 βh2
d) No contexto do item a), o que é o princı́pio da  3/2
exclusão de Pauli ? e Φ = − β1 ln Ξ = − β1 γ (2π)
V
3
2πm
βh2 eβµ
c) Mostre que
53. Distribuições de Férmi-Dirac e Bose-Einstein
a) Para partı́culas idênticas livres, argumente que X ∂ V

2πm
3/2
P
E = j i nj , em que E é a energia do sistema, i é N= hnj i = z ln Ξ = γ z
j
∂z (2π)3 βh2
a energia de uma partı́cula no j-ésimo estado e nj é
o número de partı́culas neste estado. com z = eβµ . Daı́, verifique que
a) Quais os valores que nj pode assumir nos casos
bosônicos e fermiônicos ? N h3
z = eβµ = 1
P∞ γV (2πmkB T )3/2
b) Parta de Ξ(T, V, µ) = eβµN Z(T, V, N ) para
N =0
P∞ −β(j −µ)n
mostrar que Ξ(T, V, µ) = Πj ( n=0 e ).

14
p2
d) Use 2m = 23 kB T e p = h
λ para obter λ = √ h
3mkB T
,
em que λ é um comprimento de onda caracterı́stico
57. Gás ideal de Fermi (II)
para uma partı́cula livre em um meio com tempera- 1
a) Seja f () = eβ(−µ) +1
e T → 0. Esboce o gráfico
tura T . A seguir, mostre que o resultado final de (c)
de f (). Qual o significado de µ(T = 0) = F ?
corresponde a λ muito menor que o espaçamento en- 3/2 1/2
V 1/3
 b) Se D() = 4π1 2 2m ~  , mostre que N =
tre partı́culas, isto é, N λ R F
γV 0 D()d e, portanto,
e) Mostre que
2/3  2/3
~2 6π 2

e−βEj N
hnj i = P −βEj . F = .
2m γ V
je

56. Gás ideal de Fermi (I) c) Mostre que U = 25 γV D(F )2F .


Para um gás de férmions que não interagem entre si, d) Use U = 32 pV para obter
P
tem-se ln Ξ(T, V, µ) = j ln{1 + exp[−β(j − µ)]}, 2/3  5/2
~2 6π 2

1
hnj i = e Φ(T, V, µ) = − β1 ln Ξ(T, V, µ). 2N N
exp[β(j −µ)]+1 p= F = .
5V 5m γ V
a) Mostre que p(T, µ) = kB T limV →∞ V1 ln Ξ(T, V, µ).
P j
b) Mostre que U = j 1+exp[−β(j −µ)] e N = 58. Capacidade térmica de férmions livres (I)
1
P
j 1+exp[−β(j −µ)] . a) A temperatura de Fermi TF é definda em termos
~2 k 2
c) Para j = k̄,σ = 2m , conclua que da energia de Fermi F : TF = F /kB . Conclua que

~2 k 2
Z
V ~2

6π 2
2/3 
N

ln Ξ = γ d3 k̄ ln{1 + exp[−β( − µ)]}, TF = .
(2π)3 2m 2mkB γ V
Z ~2 k 2
V 3 2m Para o cobre, mostre que TF ∼ 8 × 104 K.
U =γ d k̄ 2 k2 ,
(2π)3 exp[1 + β( ~2m − µ)] b) Qual é a forma da superfı́cie de Fermi para elétrons
V
Z
1 livres?
N =γ d3 k̄ 2 k2 .
(2π)3 exp[1 + β( ~2m − µ)] c) Argumente que a quantidade de férmions ∆N
com energia superior a de Fermi F é ∆N = ∼
R∞
d3 k̄ . . . = (2π)3 γV D(F )kB T . Supondo que T  TF .
R
d) Parta de 0
dD() . . . com  =
~2 k 2 1 2m 3/2 1/2

2m para concluir que D() = 4π ~2  e, por- d) A seguir argumente que o aumento da energia ∆U
tanto, desse sistema de férmions é dada por ∆U = KB T ∆N .
e) A partir dessas duas últimas estimativas, mostre
∞ ∼
que cv = N1 ∂∆U T
Z 
∂T V,N = 3KB TF .
h i
ln Ξ = γV D() ln 1 + e−β(−µ) d,
0
59. Expansão de Sommerfeld (I)
1
Z ∞ Suponha T  TF e use f () = eβ(−µ) +1
em I =
U = γV D()f ()d, R∞ n
0
f ()φ()d com φ() ∝  e (n > 0).
0
a) Esboce f () e −f 0 (). Argumente que −f 0 () é
Z ∞ significativamente diferente de zero somente nas vizi-
N = γV D()f ()d,
0 nhanças de  = F .
R∞
b) Mostre que I = 0
f 0 ()ψ()d com ψ() =
1
com f () = . R
eβ(−µ) +1
0
φ(0 )d0 .
e) Mostre que
c) Argumente que é apropriado usar ψ() =
P∞ 1 dk ψ
Z ∞ h i k=0 k! dk ( − µ)k .
ln Ξ = γV C 1/2 D() ln 1 + eβ(−µ) d =µ
P∞ Ik dk ψ
0 d) Mostre que I = k=0 k! dk com Ik =
R∞ 0 =µ
Z ∞
2 − 0 f ()( − µ)k d.
= βγV C 3/2 f ()d,
3 0 e) Argumente que
3/2
com C = 4π1 2 2m
~2 . A seguir, conclua que 1
Z ∞
xk ex 1
Z ∞
xk ex
3 Ik = dx ∼
= k dx.
U= 2 pV. βk −βµ (ex + 1) β −∞ (ex + 1)

15
d) Mostre que

π2
 
60. Expansão de Sommerfeld (II) 1 ∂U T
cV = = kB + ...
N ∂T N,V 2 TF
a) Suponha k impar para mostrar que


xk ex
Z
62. Hélio 4
2 dx =0
−∞ (ex + 1) Esboce o diagrama de fases P × T do Hélio 4, indi-
cando as linhas de transição de fase de primeira e se-
b) Mostre que gunda ordens, ponto crı́tico e as fazes em cada região.
Diga a diferença basica entre o He I e o He II.

ex
Z
2 dx =1
−∞ (ex + 1) 63. Condensação de B.E (I)
a) Sabendo que hnj i = 1/(eβ(j −µ) − 1) para todos e
c) Suponha k par para mostrar que que hnj i ≥ 0, mostre que µ ≤ 0 se min{j } = 0.
∞ ∞
b) Supondo que no estado de menor energia (j = 0)
xk ex xk−1
Z Z
2 dx = 2k dx. haja uma condensação de Bose-Einstein, conclua que
−∞ (ex + 1) 0 ex + 1
µ → 0.
1/(eβ(j −µ) − 1) e ρ = N
P
c) Use N = j V , para con-
d) Mostre que com (k = 1, 2, 3, . . .) cluir que µ = µ(T, ρ).
d) Calcular a temperatura T0 a partir do qual
∞ k−1 ∞
(−1)n há um condensado de Bose-Einstein, usando N =
Z
x X
x
dx = (k − 1)! β0 (j −µ) V
(n + 1)k
P P R 3
0 e +1 n=0 j 1/(e − 1), µ = 0 e j ... → γ (2π)3 d k...,
Mais precisamente, mostre que
e) Use os resultados anteriores com 1 − 212 + 312 − 1
42 + Z
π2 π2
X 1 V 1
1
52 − . . . = 12 , para mostrar que I2 = 3β 2 .
N= =γ d3 k }2 |k|2
j
eβ0 (j −µ) −1 (2π)3 e β0 ( 2m ) −1
61. Expansão de Sommerfeld (III) ∞
x1/2 dx
Z
π2 1
a) Empregue Io = 1 e I2 = 3β 2 para mostrar que = γV (2m/}2 )3/2 [1/(kB T0 )]−3/2
4π 2 0 ex − 1
Z ∞ 2
}2 |k|
N = γV C f ()1/2 d em que Ej → E = 2m e x = β0 E. E a seguir, con-
4π 2 }2
0
clua que T0 = { γΓ(3/2)ζ(3/2) }2/3 2mk ( N )2/3 , sabendo
B V
R ∞ 1/2
2 π2 que 0 exx −1 dx = Γ(3/2)ζ(3/2)
= γV C{ µ3/2 + ( KB T )2 µ−1/2 + . . .}
3 12
e Z ∞
64. Condensação de B.E (II)
3/2
U = γV C f () d a) Mostre que no caso T < T0 com µ → 0− , 0 = 0 e
0
z = eβµ tem-se
2 π2
= γV C{ µ5/2 + ( KB T )2 µ1/2 + . . .},
5 4 X 1 1 X 1
N= = +
1/2 eβ(j −µ) −1 eβ(o −µ) −1 e−βµ eβj −1
com C = 4π1 2 2m
~2
j j6=0

b) Usando a equação para N , mostre que z X 1


= + .
1−z z −1 eβj − 1
2 j6=0
π2

T
µ = F {1 − + . . .}
12 TF z
b) Considere que N0 = 1−z representa o número
de partı́culas do condensado de Bose-Einstein e que
1
P
c) Usando a equação para U e esse último resultado Ne = j6=0 z−1 eβ j −1
é o numero de partı́culas nos
para µ, mostre que estados excitados. A seguir, argumente que
2 ∞
5π 2 1/2 d

2 T
Z
5/2 1
U = γV CF {1 + } N = γV 2 (2m/}2 )3/2
5 12 TF 4π 0 eβ − 1

16
a) No caso do corpo eletromagnético no vácuo,

x1/2 dx
Z
1
= γV 2 (2m/}2 )3/2 (kB T0 )3/2 pode-se usar φ = 0 e A satisfazendo a equação de
4π 0 ex − 1 1 ∂2A
onda ∇2 A − c2 ∂t2 = 0. Se A = Ak,σ eik.r , mostre
e
1
Z ∞
1/2 d que Ak,σ satisfaz a equação
Ne = γV (2m/}2 )3/2
4π 2 0 eβ − 1
2
1 d Ak,σ
Z ∞ 1/2 c2 dt2 + ωk Ak,σ = 0,
1 x dx
= γV (2m/}2 )3/2 (kB T )−3/2
4π 2 0 ex − 1 com ωk = c|k|.
Usando o princı́pio da superposição, conclua que
c) Parta de N = N0 + Ne para verificar que N0 = ik.r
P
A = k,σ Ak,σ e . Aqui k representa um vetor
N (1− NNe ) e, a seguir concluir que N0 = N [1−( TT0 )3/2 ]. de onda e σ uma polarização. Assim, o campo ele-
Esboce o gráfico N0 versus T. tromagnético pode ser decomposto em um conjunto
65. Condensação de B.E (III) de osciladores harmônicos independentes (modos
Considere um gás ideal bosônico com µ < 0, ou seja, normais de vibração).
T > T0 . b) Considerando que a energia do sistema é a soma
a) Argumente que das energias dos modos normais, argumente que

X
1 1 X E= ~ωkσ nkσ
ln Ξ = − ln{1 − e−β(j −µ) }
V V j k,σ

Z ∞
1
= −γ (2m/}2 )3/2 1/2 ln{1 − ze−β }d é a energia total do sistema ao desconsiderar a
4π 2 0 energia do estado fundamental.
2 2
|k| c) Conclua que a função de partição é dada por
em que foi usado z = eβµ , j →  = } 2m eV → ∞.
2 3 4
b) Usando ln(1 + x) = x − x2 + x3 + x4 − ..., X 1
P∞ n
λ = (2πmkhB T )1/2 e gα (y) = n=1 ny α , mostre que Z = Πk,σ e−β~ωk nkσ = Πk,σ .
nkσ=0
1 − e−β~ωk

1 γ
ln Ξ = 3 g5/2 (z). V
d3 k... e ωk = ~k, mostre
P R
V λ d) Usando j ... → γ (2π)3

que

dgα (y)
Z
c) Mostre que = gα−1 (y)/y. A seguir, conclua 2V
dy ln Z = − ln{1 − e−β~ωk }d3 |k|

que N = z ∂z ln Ξ(β, V, z) = γV
g3/2 (z) e (2π)3
λ3
e, daı́ verifique que
∂ 3γ V
U=− ln Ξ(β, V, z) = g5/2 (z).
∂β 2 β λ3 ∂ ln Z 2V
Z
~c|k|e−β~c|k|
U =− = d3 k
66. Condensação de B.E (IV) ∂β (2π)3 1 − e−β~c|k|
Considere bosôns livres com µ = 0, T < T0 e

z = e−βµ . Mostre que ~cke−β~ck
Z
8πV
= k 2 dk
a) N → Ne = γV
g3/2 (1); (2π)3 0 1 − e−β~ck
λ3
Z ∞

3 γV =V u(ν)dν,
b) U = 2 βλ3 g5/2 (1); 0

c) cv = 1 ∂U 15 γV kB
∝ V 3/2 8πh ν3
N ( ∂T )V = 4 N λ3 g5/2 (1) NT ; em que u(ν) = c3 eβ~ν −1 (Lei de Planck da radiação
de corpo negro) e k = 2πν c . Esboce um gráfico de
1 1 γ
d) p = βV ln Ξ = βλ3 g5/2 (1); u(ν).
U
e) Mostre que V =σ eT 4 (Lei de Stefan - Boltzmann)
∂Φ 5 kB γV 8π(kB )4 R ∞ x3 R∞ 3 4
e) S = −( ∂T )V,N = V ( ∂P
∂T )µ = 2 λ3 g5/2 (1) ∝ com σ
e= (ch)3 0 ex −1
dx e 0 exx−1 dx = π15 .
3/2 ∂u
VT . Argumente que esse resultado é consistente A seguir, conclua que Cv = ( ∂T σT 3 .
)V = 4e
com a terceira lei da termodinâmica.
68. Modelo de Debye
67. Corpo Negro a) Argumente que a energia de vibração de um sólido

17
~w
pode ser escrita como: f) Usando x = kB T , mostre que

3N Z wD
~w3 e−β~w
 
U 1 ∂ ln Z 1 3
 
X 1
E= ~ωj nj + , = − = dw
2 V V ∂β 2 3
2π v 0 1 − e−β~w
j=1
TD
4
x3
Z
em que N é o número de átomos do sólido. 3 kB T
= T4 dx
2π 2 ~3 v 3 0 ex − 1
b) Desconsiderando a energia do estado fundamental,
mostre que
g) Se TD  T , argumente que
XX
ln Z = − ln(1 − e−β~ωk,σ ), TD

x3 x3 π4
Z T
Z
σ k dx ≈ dx =
0 ex − 1 0 ex − 1 15
em que σ representa os tipos de onda longitudinal e
e conclua que
transversal. π 2 kB
4
U= T4
c) Argumente que em baixas frequências, ωk,σ ≈ 10~3 v 3
vσ |k|, com vσ constante. e
2π 2 kB4
 
P V
R 3 ∂U V 4
d) Usando k ... → (2π)3 d k... e ωk = ṽ|k|, mostre Cv = = 3 3
T
∂T V 5~ v
que Z wD
X V 1 (Capacidade térmica de Debye).
... → dww2 ...,
(2π)3 ṽ 3 0 h) A seguir, se TD  T , mostre que
k

TD 3
em que o limite de interação será obtido em outro x3
Z 
T 1 TD
dx ≈
item. A seguir, usando ωk,L = vL |k| para ondas lon- 0 ex − 1 3 T
gitudinais e ωk,T = vT |k| para ondas transversais,
∂U

conclua que para obter U ≈ 3N kB T e Cv = ∂T V ≈ 3N kB (Lei
de Dulong - Petit)
Z wD
V 2
ln Z = − w2 ln(1 − e−β~ω )dw Até aqui os exercı́cios da segunda prova.
2π 2 vT3 0

Z wD 69. Fases sólida, lı́quida e gasosa


V 2 2 −β~ω
− 2 3 w ln(1 − e )dw, a) Uma matéria pode não ser homogênea e se sepa-
2π vL 0
rar em fases, por exemplo, nas fases sólida lı́quida e
gasosa.
e) Mostre que
a) Em termos de pressão versus temperatura es-
Z wD
V 1 boce um diagrama de fases tı́pico de uma matéria
ln Z = − w2 ln(1 − e−β~ω )dw,
2π 2 v 3 0 em equilı́brio termodinâmico que envolve suas fases
3 2 1 sólida, lı́quida e gasosa.
com v3 = 3
vT
+ 3 .
vL
A seguir, argumente que
b) O que é um ponto triplo?
Z wD 3 c) O que é um ponto crı́tico?
X 3V 1 V wD
3N = 1= w2 dw = d) Usando pressão versus volume, faça esboços de iso-
2π 2 v 3 0 2π 2 v 3
k,σ
termas envolvendo T > Tc , T = Tc e T < Tc , em que
e conclua que Tc é uma temperatura crı́tica.
e) Nesse último contexto, explique qualitativamente
1/3
6π 2 v 3 N

como pode ocorrer a coexistência de fases e estado
wD = .
V metaestável.

70. Transição ferro-paramagnética


Qual é o significado de ωD ? O que representaria TD Considere um ferromagneto uniaxial.
~wD
se TD = kB ? a) Em termos de H versus T , esboce um diagrama
tı́pico de fases.
b) Qualitativamente, explique o que é um parâmetro
de ordem. Argumente que a magnetização es-

18
pontânea é um parâmetro de ordem. a temperatura crı́tica), indique o comportamento
c) Esboce o gráfico da magnetização espontânea ver- a) do parâmetro de ordem versus T com H → 0;
sus temperatura. b) da suscetibiblidade magnética versus t, com H = 0;
d) Faça esboços da magnetização versus o campo c) do calor especı́fico com H = 0;
magnético H considerando T > Tc , T = Tc e T < Tc , d) da magnetização versus o compo magnético com
em que Tc é uma temperatura crı́tica. T = Tc (isoterma crı́tica).
e) Faça uma tabela que envolva os expoentes crı́ticos
71. Equação de Clausius-Clapeyron clássicos, medidas experimentais e obtidos numerica-
Considere o equilı́brio de fases. mente.
a) No equilı́brio (termodinâmico) de fases (coe-
xistência de fases), como estão relacionadas as tempe- 73. Equação de van der Waals I
raturas das fases, as pressões das fases e os potências Considere a substituição de v por v − b (efeito de
quı́micos das fases? volume finito das moléculas) e de p por p + va2 (efeito
b) Considere a coexistência de duas fases (1 e 2), use de atração entre moléculas) na equação do gás ideal,
µI = µII , gI = µI e gII = µII , g = g(T, p) (a energia pv = RT , para obter a equação de van der Waals:
livre de Gibbs por mol) e dg = −sdT + vdp. Argu-  a
mente que ao longo da curva de coexistência da fases p+ (v − b) = RT.
v2
1 e 2 tem-se

−s1 dT + v1 dp = −s2 dt + v2 dp. a) Faça gráficos de p versus T com T > Tc , T < Tc e


T = Tc , em que Tc = 8a/ (27bR).

b) Mostre que v 3 − b + RT p v 2 + ap v − ab
p = 0.
c) A seguir, obtenha a equação de Clausius - Clapey- c) Baseando-se nos gráficos de p versus T , argumente
ron: que no ponto crı́tico as três raizes da equação para
dp s2 − s1
= v são idênticas. Com isso, escreva a equação acima
dT v2 − v1
como (v − vc )3 = 0.
d) Nesse contexto, discuta qualitativamente o que é
d) compare as duas últimas equações para v para con-
calor latente.
cluir que b + RT
pc = 3vc ,
c a
p = 3vc2 e ab
p = vc3 . A seguir,
e) Usando 2 para representar o estado gasoso e 1 para 8a
mostre que no ponto crı́tico tem-se vc = 3b, Tc = 27bR
indicar o estado lı́quido sG − sL = L/T e ∆v = vG − a
e pc = 27b2 .
vL , verifique que RT a
e) Mostre que p = v−b − v2 para obter
dp L
= 
∂p

RT 2a
dT T ∆v = + 3
∂v T (v − b)2 v

f) Se forem usadas as aproximações ∆v ∼


 
= vG , (vG >> e, portanto, ∂p
= R
− Tc ). A seguir,
∂v 4b2 (T
T ;v=vc
vL ), pv = RT (equação de um gás ideal para o gás), conclua que a conpressibilidade isotérmica apresenta
mostre que um comportamento divergente no ponto crı́tico, isto
dp Lp
= , é, verifique que
dT RT 2
e, a seguir, que    −γ
1 ∂v T − Tc
KT =− =C ,


L
 v=vc v ∂p T ;v=vc Tc
p(T ) = A exp −
RT
em que C é uma constante e γ = 1.
ao longo da linha (em um gráfico P versus T ) de coe-
xistência de fases lı́quido-gás, em A é uma constante. 74. Equação de van derWaals II
a) Parta de p = − ∂f
∂v para obter
T
72. Expoentes crı́ticos
a) Considere um sistema magnético universal nas vi- a
f (T, v) = −RT ln(v − b) − + fo (T ),
v
zinhanças do ponto crı́tico. Empregando a nomencla-
t−tc
tura usual para os expoentes crı́ticos e t = tc (Tc é em que fo (T ) é uma função de T .

19
b) Para T > Tc , T = Tc , e T < Tc , esboce o gráfico c) A seguir, mostre que
de f (T, v) versus v. √
c) Para a energia livre de Gibbs spor mol, tem-se m(T, H = 0) = ± 3(−t)β

T −Tc
g(T, p) = min{g̃(T, p; v)} com com β = 1/2 se t = Tc e T < Tc .
v
d) Trunque a equação para m, obtida no exercı́cio
g̃(T, p; v) = f (T, v) + pv. anterior, até termos da ordem de m5 para obter

Usando ψ = v − vc , argumente que


 
1 h ∂H i
+ λ = 1 + m2 + m4 .
kB T ∂m

X
g̃(T, p; v) = gn (T, p)ψ n
n=0 ∂m

e) Usando χo = χ(T, H = 0), com χ = ∂H H , mos-
75. Aproximação de Curie - Weiss I tre que  
1 1
+λ =1
PN  H =
Para um conjunto de spins sem interação
kB T χo
−H i=1 σi com σi = ±1, tem-se m = tanh kBHT
1 −γ
se T > Tc e, portanto, χo = kB Tc t com γ = 1.
a) Agumente que em uma primeira aproximação cada
f) Se T < Tc , mostre que
spin está sujeito ao campo externo H e a um campo
magnético médio proporcional a magnetização, isto é, 1

1

argumente a favor de considerar um campo magnético +λ = 1 − 3t + o(t2 )
kB T χo
efetivo
e, portanto,
Hef = H + λm
1
atuando sobre cada spin, em que λ é uma constante. χo = (−t)−γ com γ = 1.
2kB T
b) Use esse resultado para argumentar que é razoável
empregar, como uma aproximação, a equação g) Usando (H −λm)/(kB T ) = m+m3 /3 com T = Tc ,
  verifique que
H + λm
m = tanh ,
kB T 
3
1/3
m= H 1/δ com δ = 3.
conhecida como equação de Curie - Weiss. kB T
c) Para H = 0 esboce a solução gráfica dessa última
equação. 77. Aproximação
 de  Curie - Weiss III
−1 3 5 ∂f
d) Use tanh (x) = x + x /3 + x /5 + . . . e H = 0 a) Use H = ∂m e
T
para obter a equação
 
H + λm
H + λm m = tanh
= m + m3 /3 + m5 /5 + . . . kB T
kB T
para obter
76. Aproximação de Curie - Weiss II Z
λ 2
a) Truncando essa última equação, com H = 0, até f (T, m) = kB T tanh−1 mdm − m + fo (T ),
2
termos de ordem m3 , mostre que
h  em que fo (T ) é uma função de T .
λ i
1− + m2 m = 0 b) A partir desse resultado, mostre que
kB T
kB kB T 4
e, portanto, f (T, m) = fo (T ) + (T − Tc )m2 + m + ....
2 12
λ
m = 0 ou m2 = − 1. c) Partindo de g̃(T, H; m) = f (T, m) − Hm (com
kB T
g(T, H) = minm {g̃(T, H; m)}), verifique que

b) Conclua que a condição m2 6= 0 conduz a λ


−1 > kB kB T 4
kB T g̃(T, H; m) = fo (T )−Hm+ (T −Tc )m2 + m +. . . .
2 12
0, ou seja, T < Tc com Tc = λ/kB . Além disso, se
T > Tc , verifique m = 0.

20
a2
g(T, 0) = go − (T − Tc )2 se T < Tc
4g4
78. Fenomenologia de Landau I
80. Fenomenologia de Landau III
Considere a energia livre de Helmholtz por partı́cula
Use os resultados do problema anterior.
f = f (T, m) e a correspondente energia livre de Gibbs
a) Conclua que
por partı́cula g = g(T, H), em que H e m são gran-
 q
dezas termodinâmicas conjugadas
  (assim como p e  ± a Tc (−t)1/2 se T < Tc
  2g4
v). Em geral, tem-se s = − ∂T ∂f ∂f
, H = ∂m , m=
    m T
 0 se T > Tc
∂g ∂g
s = − ∂T , m = − ∂H com g(T, H) =
H T
T −Tc
minm {g̃(T, H; m)}, Assim, g̃(T, H; m) = f (T, m) − com t = Tc e, portanto, que β = 1/2.
Hm corresponde a g(T, H) quando g̃(T, H; m) é mi- b) Empregando H = 0, e go = 0, mostre que
nimizado em relação a dependência em m. (
a) Argumente que m pode ser visto como um 0 se t > 0
c= a2
parâmetro de ordem. Usualmente, qual é o valor de 2g4 Tc se t < 0
m em uma fase desordenada? Se a fase for ordenanda,
e, daı́, α = 0.
m é não nulo? ∂ g̃
c) Use ∂m = 0 para obter
b) Argumente que nas vizinhanças do ponto crı́tico m
é pequeno.
 
∂m 1
χ= =
c) Use a expressão em série ∂H T 2[a(T − Tc ) + 6g4 m2 ]

g̃(T, H; m) = go +g1 m+g2 m2 +g3 m3 +g4 m4 +. . .−Hm A seguir, use H = 0 para concluir que
(
Tc −1
2a t se, t < 0

em gi = gi (T ). A seguir, por simplicidade, use χ

= Tc −1
4a (−t) se, t > 0
H=0
f (H, m) = f (H, −m) para obter
e, consequentemente γ = 1.
g̃(T, H; m) = go + g2 m2 + g4 m4 + . . . − Hm
d) Considere T = Tc para obter
 1/3
1
d) Mostre que o mı́nimo de g̃(T, 0; m) = go + g2 m 2 m= H 1/3
4g4
corresponde a m = 0 e, portanto, não descreve uma
transição de fase. e, portanto, δ = 3.

79. Fenomenologia de Landau II 81. Matriz transferência


Use g̃(T, 0; m) = go + g2 m2 + g4 m4 + . . . − Hm Considere o modelo de Ising unidimensional
a) Mostre que g̃(T, 0; m) é limitado inferiormente so- N N
X X
mente se g4 > 0. H = −J σi σi+1 − H σi com σi+1 = σi
i=1 i=1
b) Considere g4 > 0 e constante. Obtenha os
possı́veis valores de m a partir da condição necessária a) Conclua que a função de partição pode ser escrita
∂ g̃
de mı́nimo ∂m = 0, ou seja mostre que m = 0 ou como
g2
m2 = − 2g4
.
N n
c) A seguir, esboce três gráficos de g̃(T, 0; m) − go X h X X i
ZN = exp K σi σi+1 + (σi + σi+1 )
versus m, considerando g2 < 0, g2 = 0 e g2 > 0. Ar- {σi } i=1 i=1
gumente que esses resultados podem representar uma
transição de fase. com K = βJ > 0, L = βH > 0 e β = 1/kB T .
d) Use b) A seguir, verifique que
g(T, H) = min(g̃(T, H; m)), 1 1 1
m X X X
ZN = ... T (σ1 , σ2 )T (σ2 , σ3 ) . . . ×
g2 = a(T − Tc ) com a > 0 e constante para obter σ1 =−1 σ2 =−1 σN =−1

g(T, 0) = go se T > Tc T (σN −1 , σN )T (σN , σ1 )

21
com g) Mostre que
h L i 
∂g

sinh(βH)
T (σi , σi+1 ) = exp Kσi σi+1 + (σi + σi+1 ) m(T, H) = − = .
2 ∂H 2
[sinh (βH) + exp(−4βJ)]1/2
T

(Matriz transferência),
A seguir, conclua que m(T, 0) = 0 e, portanto, que
não há transição de fase quando T 6= 0. Faça um
! !
T (1, 1) T (1, −1) eK+L e−K
= . esboço de m versus T .
T (−1, 1) T (−1, −1) e−K eK−L
h) Para H = 0, verifique que

∂2s J2
     
∂f J
Portanto, utilizando a definição de traço trA = CH = T = −T = sech2
P N
∂T H ∂T 2 H kB T 2 kB T
i Aii , certifique-se que ZN = trT .
c) Para a equação de auto-valores / auto-vetores de Faça um esboço de CH versus T .
T , temos T v1 = λ1 v1 e T v2 = λ2 v2 em que λ1 e
λ2 (v1 e v2 ) são os auto-valores (auto-vetores) de T , 82. Hipótese de escala
isto é, (T − λ1)v = 0. Mostre que a equação para λ, Nas vizinhanças do ponto crı́tico tem-se CH ∼ |t|−α ,
T −Tc
det(T − λ1) = 0, conduz a m ∼ (−t)−β , χ ∼ |t|−γ com H = 0 e t = Tc .
Assim, a energia livre g = g(T, H) deve reproduzir
esses comportamentos tipo potência. Nesse sentido,
usa-se
λ1,2 = eK cosh L ± [e2K cosh2 L − 2 sinh(2K)]1/2
g(t, H) = λg(λa t, λb H) para todo λ
com λ1 > λ2 .
d) Como T é simétrica v1 e v2 são ortogonais. Além
disso, os escolhemos normalizados. Com isso, verifi- a) Use λ tal que λa t = 1 para mostrar que
que que se !
(1)
v1 v2
(1)
g(t, H) = t−1/a f (t−b/a H) comf (x) = g(1, x).
U= (2) (2) ,
v1 v2

tem-se U † = U −1 e b) Mostre que


!
λ1 0  
D = U −1 T U = , s=−
∂g
=
0 λ2 ∂T H

(1)
!
v1,2 t−1/a−1 bt−1/a−1/b−1
em que v1,2 = (2) . = f (t−b/a H) + Hf 0 (t−b/a H)
v1,2 aTc aTc
e) Mostre que

m = −t−1/a−1/b f 0 (t−b/a H)
 N i
N
h λ1
ZN = trD = λN
1 + λN
2 = λN
1 1+ .
λ2

c) Conclua que β = −1/a − 1/b.


f) A seguir, considere que (λ1 /λ2 )N → 0 se N → ∞ d) Mostre que
para obter ZN = λN
1 se N >> 1 e, consequentemente,
1 t−1/a−2
 
∂s
1 CH (t, H = 0) = T = −(1+ ) f (0)
g(T, H) = (−β ln ZN ) = ∂T H=0 a aTc2
N
para obter α = 2 + a1 .
e) Verifique que
 
∂m
= −t−1/a−2b/a f 00 (t−b/a H)
1 n i1/2 o
χ(T, H) =
h
= − ln eβJ cosh(βH)+ e2βj cosh2 (βH)−2 sinh(2βJ) ∂H
β T

1 2b
e, a seguir, conclua que γ = a + a.

22
f) Mostre que α + 2β + γ = 2 e) Constate que
g) Para o caso dos expoentes clássicos, α = 0, β = 1/2
N N
e γ = 1 mostre que a = −1/2, b = −3/2 e g(t, H) = 1X X
hN = hs + hN −s + Kij · (∇pi −∇pj ) ,
t2 f (t−3/2H ). 2 i=1 j=s+1

em que hs (hN −s ) é a parte de hN se refere somente


às s primeiras (N − s últimas) variáveis.
f) Usando integração por partes, mostre que
83. Hierarquia BBGKY Z Z
pi
A partir de ρ = ρ(q1 , q2 , · · · qÑ , p1 , p2 , · · · pÑ , t) · ∇ri ρ d3 ri = 0 ; Kij · ∇pj ρ d3 pj = 0 .
m
(a distribuição de probabilidade no espaço de fase),
pode-se obter o valor médio de uma grandeza O, Use esses dois resultados para constatar que
hN −s ρ d3rs+1 · · ·d3rN d3ps+1 · · ·d3pN = 0.
R R R
hOi = Oρ dqdp (com ρ dqdp = 1 e dqdp =
QÑ
g) Mostre que hs ρ d3 rs+1 · · ·d3rN d3ps+1 · · ·d3pN =
R
i=1 dqi dpi ). A dinâmica de ρ é ditada pela equação
hs ρ d3 rs+1 · · · d3rN d3ps+1 · · ·d3pN .
R
de Liouville ∂ρ/∂t + {ρ, H} = 0, em que
h) Use integração por partes para verificar que
Ñ  
X ∂H ∂ρ ∂H ∂ρ
{ρ, H} = − . s X
ZX N
∂pi ∂qi ∂qi ∂pi
i=1 Kij · (∇pi−∇pj)ρ d3rs+1 · · ·d3rN d3ps+1 · · ·d3pN
i=1j=s+1
Para um sistema de N partı́culas no espaço tridi-
s
mensional, tem-se Ñ = 3N , r1 = (q1 , q2 , q3 ), · · ·
ZX
= Ki(s+1) ·∇pi ρ d3rs+1 · · ·d3rN d3ps+1 · · ·d3pN .
rN = (q3N −2 , q3N −1 , q3N ), p1 = (p1 , p2 , p3 ), · · · i=1
e pN = (p3N −2 , p3N −1 , p3N ). Considere um sis-
i) Obtenha a hierarquia BBGKY para fs , isto é, con-
tema não relativı́stico com interação de dois cor-
PN 2
PN clua que
pos: que H = i=1 pi /(2m) + i,j=1(i<j) vij com
s
vij = v(|ri − rj |). ∂ρ X
+ hs = − Ki(s+1) · ∇pi fs+1
a) Mostre que a equação de Liouville se reduz a ∂t i=1
∂ρ/∂t = −hN ρ, com
  j) Usando essa hierarquia, mostre que
N N
 pi · ∇ri +
X X
Kij · ∇N
Z
hN ρ = pi
ρ ∂f1 p1
m + · ∇r1 f1 = − K12 · ∇p1 f2 .
i=1 j=1(i6=j) ∂t m

com Kij = −∇ri v(|ri − rj |). Visando truncar a hierarquia BBKY em sua primeira
PN
b) Use f1 (r, p, t) = h i=1 δ 3 (r − ri )δ 3 (p − pi i equação, use a aproximação f2 (r1 , r2 , p1 , p2 , t) =
para a distribuição de uma partı́cula. A se- f1 (r1 , p1 , t) f1 (r2 , p2 , t). A seguir, obtenha a equação
guir, supondo simetria de permutação en- de Vlasov
tre as partı́culas, mostre que f1 (r, p, t) = ∂f1 p1
N ρ(r, r2 , · · · rN , p, p2 , · · · pN , t) d3 r2 · · · d3 rN
R
× + · ∇r1 f1 − ∇r1 v(r1 , t) · ∇p1 f1 ,
∂t m
d3 p2 · · · d3 pN .
em que v(r1 , t) = v(|r1 −r2 |)f1 (r2 , p2 ) d3 r2 d3 p2 .
R
c) Quanto a distribuição de s partı́culas
ela édefinida por fs (r1 , · · · rs , p1 , · · · ps t) =
N!
ρ d3 rs+1 · · · d3 rN d3 ps+1 · · · d3 pN .
R
(N −s)! Qual 84. Caminhada aleatória
o significado do fator N !/(N − s)!? Mostre que Considere um modelo bastante simples de caminhada
Z aleatória unidimensional de uma partı́cula. Para tal,
∂fs N!
=− hN ρ d3rs+1 · · ·d3rN d3ps+1 · · ·d3pN suponha que a probabilidade de ocorrer um passo
∂t (N−s)!
para a direita (esquerda) é p (q), com p + q = 1.
d) Verifique que Use PN (n) para denotar a probabilidade da partı́cula
estar na posição x = nh no tempo t = N τ (em N
N N N N
X X 1X X passos), em que h é o comprimento de um passo e τ
Kij ·∇pi ρ = Kij ·(∇pi−∇pj )ρ
i=1 j=1(j6=i)
2 i=1 é o intervalo de tempo entre dois passos consecutivos.
j=1(j6=i)

23
Em t = 0, a partı́cula está em x = 0, P0 (n) = δn,0 . bilidades e T é a matriz das transições. Mostre que
a) Mostre que PN = T N P 0 .
d) No caso estacionário (quando houver), tem-se
N!
PN (n) = N +n
 N −n  p(N +n)/2 q N −n)/2 . PN = P para qualquer N . Nesse caso, conclua que
2 ! 2 !
P = TP.
b) Argumente que 86. Equação mestra
P
a) Parta de PN +1 (n) = m T (n, m)PN (m) e
PN +1 (n) = p PN (n − 1) + q PN (n + 1) . P
n T (n, m) = 1 para obter

PN +1 (n) − PN (n)
c) Verifique via substituição direta que a solução dessa X
equação é o Pn (n) apresentado no item a). = T (n, m)PN (m) − PN (n)
m
d) Usando P (n, t) para representar PN (n) e [P (n, t + X
= T (n, m)PN (m) + [T (n, n) − 1]PN (n)
τ ) − P (n, t)]/τ ≈ ∂P (n, t)/∂t, mostre que a equação m(6=n)
do item b) pode ser reescrita como X
= {T (n, m)PN (m) − T (m, n)PN (n)}
m(6=n)
∂P (n, t) p q 1
= P (n − 1, t) + P (n + 1, t) − P (n, t)
∂t τ τ τ
b) Use a notações PN (n) → P (n, t) com t = N τ e
e) Nessa última equação, use p = q = 1/2 e faça T (n, m)/τ → W (n, m) (taxa de transição) e a apro-
a mudança de notação P (n, t) → P̄ (x, t) com x = ximação [P (n, t + τ ) − P (n, t)]/τ ≈ ∂P (n, t)/∂t na
nh. A seguir, empregue a aproximação [P̄ (x + h, t) − equação anterior para obter a equação mestra
2P̄ (x, t) + P̄ (x − h, t)]/h2 ≈ ∂ 2 P̄ (x, t)/∂x2 para obter
∂P (n, t) X
(com Γ = h2 /τ ) = {W (n, m)PN (m)−W (m, n)PN (n)}
∂t
m(6=n)
P̄ (x, t) Γ ∂ 2 P̄ (x, t)
= .
∂t 2 ∂x2 c) No caso estacionário, P (n, t) = P (n), mostre que
se ocorre o balanço detalhado, W (n, m)PN (m) =
f) Argumente que x(t + τ ) = x(t) + η, em que x(t) é
W (m, n)PN (n) para todo n e m, a equação mestra
a posição da partı́cula no tempo t = N τ e η = ±h é
é verificada. Faça uma exposição qualitativa do ba-
o passo aleatório de magnitude h.
lanço detalhado.
g) Por fim, use a aproximação [x(t + τ ) − x(t)]/τ ≈
d) Se W (n, n + 1) = q/τ . W (n, n − 1) = p/τ e
dx(t)/dt para concluir que dx(t)/dt = η.
W (n, m) = 0 quando m 6= n ± 1, verifique que a
equação mestra se reduz ao caso obtido no problema
85. Cadeias de Markov intitulado caminhada aleatória.
P
Considere a equação PN +1 (n) = m T (n, m)PN (m) e) Considere a reação quı́mica A → B. O estado
como uma generalização da equação PN +1 (n) = n (= 0, 1, 2, · · · ) corresponde a haver n moléculas do
p PN (n − 1) + q PN (n + 1) com p + q = 1 do problema tipo A. Em um intervalo de tempo τ bem pequeno, a
anterior. Nesse contexto, T (n, m) é a probabilidade probabilidade de transição de uma molécula do tipo
de partir do estado m e chegar ao estado n. A para outra do tipo B é τ K, em que K é a taxa da
P
a) Argumente que T (n, m) ≥ 0 e que n T (n, m) = reação A → B. Argumente que nτ K é a probabili-
1. dade de transição do estado n para o estado n − 1. A
b) Se há apenas dois estados, mostre que a forma mais seguir, conclua que deve-se usar W (n − 1, n) = nK e
geral para a matriz T é W (m, n) = 0 se m 6= n − 1 na equação mestra.
! f) Nesse cenário da reação A → B, conclua que a
1−b c
T = equação mestra se reduz a
b 1−c
∂P (n, t)
com 0 ≤ p ≤ 1 e 0 ≤ q ≤ 1. = (n + 1)KP (n + 1, t) − nKP (n, t) .
∂t
c) Matricialmente, a equação PN +1 (n) =
P
m T (n, m)PN (m) pode ser reescrita como 87. Equação de Langevin
PN +1 = T PN , em que PN é o vetor das proba- a) Para uma partı́cula de massa m e velocidade v em

24
meio lı́quido, argumente que e

dv 1 1
m = −αv + F (t), heikτ ζn i = h1 + ikτ ζn − k 2 τ 2 ζn i = 1 − k 2 τ Γ.
dt 2 2

em que α é uma constante e F (t) é uma força aleatória e) Até a primeira ordem em τ , mostre que
gn+1 (k) = gn (k) + τ ikhf (xn )eikxn i − Γ2 k 2 heikxn i .
 
0 0
tal que hF (t)i = 0 e hF (t)F (t )i = Bδ(t − t ).
b) Reescreva a equação como dv
= −γv + ζ(t), f) Mostre que ikhf (x)eikx i =
dt R∞ d
hζ(t)i = 0 e hζ(t)ζ(t0 )i = Γδ(t − t0 ), em que eikx dx [f (x)Pn (x)]dx e −k 2 heikx i =
R−∞
∞ ikx d 2
γ = α/m, ζ(t) = F (t)/m e Γ = B/m2 . A se- −∞
e dx2 Pn (x)dx.
R∞
guir, use v(t) = u(t)e −γt
para obter = e ζ(t), du γt g) Mostre que −∞ eikx {−Pn+1 (x) + Pn (x) −
dt
R t γt0 0 0 d d2
u = u0 + 0 e ζ(t )dt e, portanto v = v0 e−γt + τ dx [f (x)Pn (x)] + dx 2 Pn (x)}dx = 0 e conclua que
Rt 0 d d2
e−γt 0 eγt ζ(t0 )dt0 , em que v0 = v(0). Pn+1 (x) + Pn (x) = −τ dx [f (x)Pn (x)] + τ Γ2 dx 2 Pn (x).

c) Mostre que hvi = v0 e−γt e h(v − hvi)2 i = h) Tome o limite τ → 0, obter


RtRt 0 00
e−2γt 0 0 hζ(t0 )ζ(t00 )ie(t +t ) dt0 dt00 = 2γ
Γ
(1 − e−2γt ).
Γ
∂P (x, t) ∂ Γ ∂2
d) Para t grande (t  1/γ), conclua que hv 2 i = 2γ .
= − [f (x)P (x, t)] + P (x, t),
1 1
∂t ∂x 2 ∂x2
2
A seguir, compare com 2 mhv i = 2 kB T para obter
Γ = 2γkB T e γ = 2αkb T . em que Pn (x) → P (x, t).

88. Simulação do movimento aleatório 90. Equação de Fokker - Planck em uma variável
dx
a) Mostre que dx Sabe-se que a equação de Langevin = f (x) + ζ(t)
dt = f (x) + ζ(t), hζ(t)i = 0 e dt

hζ(t)ζ(t0 )i = Γδ(t − t0 ) conduzem a xn+1 = xn + com hζ(t)i = 0 e hζ(t)ζ(t )i = Γδ(t − t0 ) está


0
√ ∂P (x,t)
τ fn + τ Γξn , hξj i = 0 e hξj ξk i = δij , em que n = t/τ , associada à equação de Fokker-Planck ∂t =
2
∂ Γ ∂
xn = x(t), fn = fn (xn ) = f (x(t)), δ(t − t0 ) →
δij
e − ∂x [f (x)P (x, t)] + 2 ∂x2 P (x, t).
τ
ξn = Γτ ζ(t). a) Mostre que m dv = −αv + F (t), com hF (t)i = 0 e
p
dt

b) Argumente que ξn = 1 com probabilidade 1/2 hF (t)F (t0 )i = m Γδ(t − t0 ), conduz a


2

e ξn = −1 com probabilidade são consistentes com


∂P (v, t) Γ ∂2 ∂
hξn i = 0 e hξn2 i = 1. Além disso, se os ξn ’ forem inde- = P (v, t) + γ (vP (v, t))
∂t 2 ∂v 2 ∂v
pendentes, argumente que hξn ξm i = hξn ihξm i = 0.
c) A seguir, diga como obter valores médios de xn x2n com γ = α/m.
2

a partir de realizações. b) Se m ddt2x = −α dx


dt +Fe (x)+F (t) for desconsiderado
2
m ddt2x , conclua que dx
dt = f (x) + ζ(t), em que f (x) =
Fe (x)/α e ζ = F (t)/α. Além disso, suponha que
89. Equação de Fokker - Planck I m2
R∞ hF (t)i = 0 e hF (t)F (t0 )i = m2 Γδ(t − t0 ) Γ̃ = α2 Γ
Seja gn (k) = heikxn i = −∞ Pn (xn )eikxn dxn , em que
para obter
Pn (xn ) é a distribuição de probabilidade da variável
xn . Além disso, xn+1 = xn + τ fn + τ ξn , em que essa ∂P (x, t) Γ̃ ∂ 2 ∂
dx
= P (x, t) + γ (f (x)P (x, t)).
equação vem da discretização de dt = f (x)+ζ(t) com ∂t 2 ∂t2 ∂x
0 0
hζ(t)i = 0 e hζ(t)ζ(t )i = Γδ(t − t ).
a) Mostre que hζn i = 0 e hζn2 i = Γ/τ . c) Se ∂P
= 0 (regime estacionário), conclua que
∂t
b) Argumente que xn e ζn são independentes e, P = P (x) e Γ̃ ∂P
− f P = 0 se P (±∞) = 0. Nesse
2 ∂x
portanto, hh(xn )r(ζn )i = hh(xn )ihr(ζn )i com h e r caso estacionário, mostre que P (x) = N e− 2 V (x) , em
Γ̃

funções arbitrárias. Rx
que V (x) = − 0 f (x)dx e N sendo uma constante de
c) Mostre que gn+1 (k) = xn + τ fn + τ ξn heikxn+1 i = normalização.
heik[xn +τ f (xn )+τ ζn ] i = heik[xn +τ f (xn )] iheikτ ζn i. d) Comparando esse último resultado com com a dis-
U (x)
d) Fazendo uma expansão até primeira ordem em τ , tribuição de Boltzmann - Gibbs P (x) = N e kB T com

verifique que Rx
U (x) = − 0 Fe (x0 )dx0 , Mostre que Γ̃ = kB2T .

heik[xn +τ f (xn )] i = heikxn [1 + ikτ f (xn )]i =


91. Equação de Fokker - Planck em várias variáveis
ikxn ikxn
he i + ikτ hf (xn )e i A equação de Fokker - Planck associada ao sistema

25
de equações de Langevin

dxi
= fi (x1 , x2 , . . . , xN ) + ζi (t),
dt

com hζi (t)i = 0 e hζi (t)ζj (t0 )i = Γij δ(t − t0 ) é

N N N
∂P 1 XX ∂P X ∂
= Γij − (fi P )
∂t 2 i=1 j=1 ∂xi ∂xj j=1 ∂xi

com P = P (x1 , x2 , . . . , xN )
a) Argumente que xin+1 = xin +fni +ζni com hζni i = 0 e
Γ
hζni ζnj i = 2ij δnm é uma versão discreta das equações
de Langevin apresentadas.
b) Escreva a equação de Fokker-Planck correspon-
dente ao sistema de equações de Langevin aqui
discutido.
2
c) Se m ddt2x = −α dx
dt + Fe (x) + F (t) com hF (t)i = 0
e hF (t)F (t0 )i = m2 Γδ(t − t0 ), mostre que equação de
Fokker - Planck (equação de Kramers)

∂P ∂P 1 ∂P α ∂ Γ ∂2P
= −v − Fe + (vP ) +
∂t ∂x m ∂v m ∂v 2 ∂v 2

2
  
−a mv +U (x)
d) Mostre que P (v, x) = N e 2
, com
Rx
U (x) = − 0 Fe (x)dx, N uma constante de norma-
lização e a sendo uma constante que depende de
Γ, é solução estacionária ∂P

∂t = 0 da equação de
1
Kramers. Sabendo que a = kB T , obtenha Γ.

Até aqui os exercı́cios da terceira prova.

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