Lista de Estadistica
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R∞
d) Ilustre um caso em que −∞
p(x)dx = 1 e que
1. Probabilidade frequencista R∞ 2
−∞
x p(x)dx → ∞.
a) O que é probabilidade frequencista (pi )?.
6. Soma de dados independentes - desvio padrão
P
b) Mostre que 0 ≤ pi ≤ 1 e que i pi = 1.
PN
c) Usando esse tipo de probabilidade, mostre que Seja hxi i = a e h(xi − hxi i)2 i = b2 e xN = i=1 xi
(1) (2) (N )
hAi = A +A N+...+A = i Ai pi . Aqui, A(j) é o com hp(xi )g(xi )i = hp(xi )ihg(xi )i.
P
1
N
é p e a de ocorrer o estado B é q = 1 − p.
X
∂ ∂ N!
= p p pN1 q N2
a) O que é a distribuição de Bernoulli? Dê exemplos ∂p ∂p N1 !N2 ! q=1−p
N1 =0
de situações em que aplica-se a distribuição de Ber-
= N p + N (N − 1)p2
noulli.
b) Sabendo que uma grandeza C assume o valor a no
estado A e b no estado B, mostre que f) Usando os resultados anteriores, conclua que h(N1 −
hN1 i)2 i = N pq e, portanto, que para o desvio relativo
hCi = (a − b)p + b tem-se p
h(N1 − hN1 i)2 i
r
q 1
2 2 2 = √
h(C − hCi) i = (a − b) p(1 − p) − b hN1 i p n
N!
pN (N1 , N2 , ..., NM ) = pN1 pN2 ...pN
M ,
2
N1 !N2 !...NM ! 1 2
9. Distribuição binomial (e multinomial)
Considere uma sequência de N sorteios independen- em que pN (N1 , N2 , ..., NM ) é a probabilidade de se
tes de Bernoulli que seguem a mesma distribuição de obter, respectivamente, N1 , N2 ..., NM vezes os esta-
probabilidade para seus estados A1 e A2 . dos A1 , A2 , ..., AM em N sorteios independentes (e
a) O que é uma distribuição binomial? Dê exemplos idênticos).
de situações em que pode-se usar a distribuição bino-
mial.
10. Distribuição de Poisson
b) Mostre que a probabilidade pN (N1 ) de ocorrer N1
A distribuição de Poisson é dada por
vezes o estado A1 e N2 = N − N1 vezes o estado A2
em N em sorteios é e−λ λn
p(n; λ) = (n = 0, 1, 2, 3, ...),
N! n!
PN (N1 ) = pN1 q N2 ,
N1 !N2 ! em que λ > 0.
em que p é a probabilidade de ocorrer o estado A1 em a) Dê exemplos de situações em que se pode empregar
um sorteio e q = 1 − p é a probabilidade de ocorrer o a distribuição de Poisson.
estado A2 em um sorteio. b) Mostre que
∞
X
c) Mostre que p(n; λ) = 1
n=0
N
X .
pN (N1 ) = 1 c) Verifique que
N1 =0
∞ ∞
X ∂ X λn
hni = np(n; λ) = e−λ λ =λ
d) Mostre que ∂λ n=0 n!
n=0
N N .
X ∂ X N!
hN1 i = N1 pN (N1 ) = p pN1 q N2
∂p N1 !N2 ! q=1−p
d) Constate que
N1 =0 N1 =0
∞ ∞
λn
X
X ∂ ∂
∂ hn2 i = n2 p(n; λ) = e−λ λ λ
= p (p + q)N = Np
∂λ ∂λ n=0 n!
∂p q=1−p n=0
= λ(λ + 1)
e) Mostre que
e, portanto, que
N
X
hN12 i = N12 pN (N1 )
h(n − hni)2 i = λ
N1 =0
2
11. Distribuições exponecial e gamma e Z x0 +3σ
a) A distribuição exponencial é dada por p(k; xo , σ)dx,
x0 −3σ
λn n−1 −λx
(
b
xo ∈ (a, b)
Z
p(x; n, λ) = x e , 1 se,
Γ(n) δ(x − xo )dx =
a 0 se, xo ∈
/ (a, b)
em que x ≥ 0, n > 0 e λ > 0. Usando a repre-
sentação integral de Euler para a função Gamma, a) Argumente que
R∞ R∞
Γ(n) = 0 z n−1 e−z dz, mostre que 0 p(x; n, λ)dx = (
b
xo ∈ (a, b)
Z
1, hxi = n
e h(x − hxi)2 i = n f (xo ) se,
λ λ2 . f (x)δ(x − xo )dx =
c) Verifique que a distribuição gamma corresponde à −∞ 0 se, xo ∈
/ (a, b)
distribuição exponencial quando n = 1.
d) Dê exemplos de sistemas em que as distribuições b) Argumente que
exponencial e Gama podem ser empregadas. Z ∞
dk
e) Mostre que δ(x) = eikx
−∞ 2π
Z ∞ n
λ
p̃(k; n, λ) = heikx i = eikx p(x; n, λ)dx =
0 λ − ik
c) Para mudança de variáveis de uma densidade de
é a função caracterı́stica da função gamma. probabilidade, argumente que
Z ∞
px (y) = px (x)δ(y − f (x))dx,
12. Distribuição Gaussiana (ou Normal) −∞
3
c) Se as moedas formarem duplas rı́gidas de tal forma c) Se a energia de um spin para cima é −µo H e de
que cada dupla apresente cara (coroa) para o mesmo um spin para baixo é µo H (independentemente dos
lado, argumente que o número de estados com N1 demais), conclua que a energia E do sistema de N
caras e N2 coroas é igual a spins é
N
2 ! E = (N2 − N1 )µo H = (N − 2N1 )µo H.
N1
N2
.
2 ! 2 !
A partir desse resultado, verifique que
d) Se ao invés de N moedas independentes, tivermos
N dados usuais (seis faces), argumente que 1 E 1 E
N1 = N− ; N2 = N+ ,
2 µo H 2 µo H
N!
N1 !N2 !...N6 ! e
N!
Ω= h i h i
1 E
é o número de estados do sistema se houver N1 dados 2 N − µo H ! 21 N + E
µo H !
apresentando a face 1 etc. Aqui, N = N1 + N2 + ... +
d) Usando ln N ! = N ln N − N , mostre que
N6 .
! ! ! !
h 1 1 E 1 E 1 1 E 1 E i
S = N kB ln 2− 1− ln 1− − 1+ ln 1+ ,
15. Estados em Mecânica Clássica 2 µo H N µo H N 2 µo H N µo H N
17. Sistema de spins de dois estados h) Argumente que a magnetização m(por spin) é
Considere N spins não interagentes. Cada spin pode µo N1 − µo N2
estar em apenas um de seus dois estados, para cima m= .
N
(up) ou para baixo (down).
Mostre, a seguir, que µ = −Hm e, daı́, que
a) Fazendo um paralelo com um sistema de N moe-
das, descreva um estado do sistema de N spins. µo H
m = µo tanh .
b) Argumente que há kB T
N!
Ω= ∂m
N1 !N2 ! i) A suscetibilidade é definida por χ (T, H) = ∂H T .
4
Mostre que U (A∩B) é desprezivel quando comparado com U (A) e
U (B) e, portanto, U (A∪B) = U (A) + U (B) .
µ2
µo H
χ(T, H) = o cosh−2 e) Para um sistema simples como um fluido, em que
kB T kB T
as muitas têm somente interação de curto alcance, ar-
e, em particular, que gumente que Ω(A∪B) = Ω(A) + Ω(B) , em que estamos
usando a notação do item anterior e Ω representa o
µ2 1
χ(T, 0) = o . número de estados.
kB T
f) Baseando-se nos ı́tens anteriores, argumente que
18. Hamiltoniano e equações de Hamilton U ∝ N e S = kB ln Ω ∝ N , em que N é o número de
a) Para um ocilador harmônico, escreva a Hamiltoni- partı́culas (moléculas).
ana, obtenha as equações de Hamilton e verifique que
elas correspondem à equação de Newton.
b) Faça o mesmo do item anterior para o caso de uma 21. Leis da termodinâmica
partı́cula em um espaço tridimensional sob a ação de Partindo do exercı́cio anterior, argumente que as
uma força F̄ . Há alguma restrição sobre os possı́veis hipóteses abaixo (que podem ser vistas como leis
tipos de força? básicas da termodinâmica) devem ocorrer.
c) Escreva o Hamiltoniano de um gás ideal. a) O estado macroscópico é completamente determi-
d) Escreva o hamiltoniano para o átomo de Rênio, nado pela energia interna U , volume V e número de
que tem um núcleo e 75 elétrons, considerando ape- partı́culas N (ou moles n) (para um sistema simples).
nas as interações Coulombianas. b) Há uma função dos parâmetros extensivos
e) Para um gás real em que cada molécula é tratada do sistema composto, denominado entropia,
como partı́cula e há apenas interações de dois corpos, S(U1 , V1 , N1 , U2 , V2 , N2 , ...) (equação fundamen-
escreva a Hamiltoniana. tal). Na remoção de vı́nculos, S é máxima.
c) A entropia de um sistema é aditiva sobre cada
19. Equação de Schrödinger um de seus componentes. A entropia é uma função
a) Escreva a equação de Schrödinger para uma contı́nua, diferenciável e monotonamente crescente
partı́cula livre em uma dimensão. com a energia.
b) Escreva a equação de Schrödinger para N d) A entropia se anula no estado em que ∂U
= 0.
∂S V,N
partı́culas livres em um espaço tridimensional.
c) Escreva a equação de Schrödinger para o átomo de
Hidrogênio. 22. Temperatura e equilı́brio térmico
d) Escreva a equação de Schrödinger para uma Considere um sistema isolado (R) com energia interna
molécula de H2 O. E (12) e dois subsistemas, (1) e (2), com energia inter-
20. Equiprobabilidade e energia nas E (1) e E (2) , respectivamente.
a) Argumente (qualitativamente) que é razoavel, após a) Supondo E (12) = E (1) +E (2) com E (12) dado, mos-
um longo tempo de evolução, que os estados acessı́veis tre que a condição de entropia máxima conduz a
de um sistema sejam equiprováveis.
∂S (1)
∂S (2)
b) Ainda qualitativamente, argumente que a hı́potese = .
∂E (1) V1 ,N1 ∂E (2) V2 ,N2
anterior parece mais viável se as interações entre as
muitas partes que compõem o sistema têm interação em que S (12) = S (1) + S (2) .
de curto alcance. b) A partir desse resultado, argumente que T , definido
via T1 = ∂E∂S
c) Considere que um sistema composto de muitas V,N
, é igual para os dois subsistemas,
partı́culas é formalmente dividido em duas partes, A isto é, T (1) = T (2) .
e B, argumente que U (A∪B) = U (A) + U (B) + U (A∩B) c) Argumente que T é não negativo.
(A∪B) (A) (B) (A∩B)
em que U ,U ,U eU são a energia do d) Suponha que dois subsistemas estão próximos
todo, (A ∪ B), a energia de interação entre as partes do equilı́brio e são liberados para evoluirem para o
dS (12)
(A ∩ B), respectivamente. equilı́brio. Argumente que dt > 0, sendo que a
d) Considere o enunciado do item anterior e supondo igualmente ocorre no equilı́brio térmico e que se supõe
que a interação é de curto alcance. Argumente que que o volume e número de partı́culas estão fixos. Por
5
∂U ∂U
fim, mostre que ∂V S,N eµ= ∂N S,V (potencial quı́mico), conclua
que dU = T dS − pdV + µdN e que
dS (12) dE (1)
1 1
= − > 0.
dt T (1) T (2) dt 1 p µ
dS = dU + dV − dN
T T T
∂U dN (1) µ(2)
e p = − ∂U
com T = ∂S V,N ∂S S,N A seguir, supondo que dt > 0, conclua que T (2)
>
c) A seguir, usando S = S(U, V, N ) com N constante, µ(1) (1) (2) (2) (1)
,
se T = T , que µ > µ .
T (1)
verifique que dS = T1 dU + Tp dV com T1 = ∂U
∂S
V,N
e e) Considerando ainda um sistema simples iso-
p ∂S
T = ∂V U,N . lado composto de dois subsistemas argumente que
d) Supondo um sistema isolado simples (12) composto a condição de equı́librio termodinâmico (equilı́brio
por dois subsistemas, (1) e (2), com U e N fixos em térmico, mecânico e quı́mico simultaniamente) cor-
cada parte, mostre que o equilı́brio mecânico (obtido responde a T (1) = T (2) , p(1) = p(2) e µ(1) = µ(2) .
via S (12) máximo) conduz a
6
d) Derive a expressão U (λS, λV, λN ) = λU (S, V, N ), modinâmico, Φ = U −T S −µN , é Φ = −SdT −pdV −
em relação λ e, a seguir, tome λ = 1 para mostrar N dµ e, portanto, que Φ = Φ(T, V, µ),
que T S − pV + µN = U (relação de Euler).
∂Φ ∂Φ ∂Φ
e) Tome a diferencial dessa relação para mostrar que S=− , p=− , N =−
∂T V,µ ∂V T,µ ∂N T,V
dµ = vdp − sdT (relação de Gibbs-Duhem), em que
v = V /N e s = S/N .
f) Mostre que a diferencial de f2 = U + pV − µN
26. Funções resposta é df2 = T dS + V dp − N dµ e, portanto, que f2 =
Considere um sistema termodinâmico simples em que f2 (S, p, µ),
S = S(U, V, N ). Diga qualitativamente o significado
de: ∂f2 ∂f2 ∂f2
T = , V = , N =− .
a) Coeficiente de expansão térmica, α = 1 ∂V
; ∂S p,µ ∂p S,µ ∂µ S,p
V ∂T p,V
b) Compressibilidade isotérmica, κT = − V1 ∂V
∂p ;
T,N
c) Capacidade térmica a pressão constante, Cp = g) Mostre que não há nenhum potencial termo-
∂S
T ∂T
; dinâmico que seja função de T, p e µ, isto é, mostre
p,N
d) Capacidade térmica a volume constante Cv = que f3 = U − T S + pV − µN = 0.
∂S
T ∂T V,N
; 28. Transformada de Legendre
e) Calcular essas quatro funções resposta usando Seja y = y(x) e p = dy
dx . Suponha que a relação entre
3
pV = N kB T e U = 2 N kB T . p e x seja um a um (inversı́vel).
a) Constate que dy = pdx = d(px) − xdp. A seguir,
27. Potenciais termodinâmicos
mostre que ψ = y − px conduz a dψ = −xdp e, por-
A seguir, use que dU = T dS − pdV + µdN .
tanto, ψ = ψ(p) e x = − dψ
dp .
a) Mostre que a diferencial da energia livre de Hel-
b) Supondo y = ax2 + bx + c, mostre que p = 2ax + b,
moltz, F = U − T S, é dF = −SdT − pdV + µdN e, p−d
x= 2a ,
portanto, que F = F (T, V, N ),
∂F
∂F
∂F
p2 b b2
S=− , p=− , µ= ψ(p) = − + p− + c.
∂T ∂V ∂N 4a 2a 4a
V,N T,N T,V
c) Mostre que
b) Mostre que a diferencial da entalpia, H = U + pV d2 ψ dx 1 1
é dH = T dS + V dp + µdN e, portanto, que H = =− = − dp = − d2 y .
dp2 dp dx 2 dx
H(S, P, N ),
2
d y
Daı́, conclua que se y(x) for convexa dx 2 > 0 , então
∂H ∂H ∂H
T = , V = , µ= . 2
∂S p,N ∂p S,N ∂N S,p ψ(p) é côncava ddpψ2 < 0 .
2
d) Usando que dduS2 > 0 (convexa), conclua que
V,N
c) Mostre que a diferencial de f1 = U − µN é df1 =
2
d F
dT 2 < 0 (côncava).
V,N
T dS − pdV − N dµ e, portanto, que f1 = f1 (S, V, µ),
e) Supondo y(x) convexa, faça um gráfico esboçando
∂f1
∂f1
∂f1
y versus x e a reta tangente de y(x) em x. mostrando
T = , p=− , N =− .
∂S V,µ ∂V S,µ ∂N S,V
que a intersecção dessa reta com o eixo y corresponde
a ψ(p).
f) Se ψ f or definido por
d) Mostre que diferencial da energia livre de Gibbs,
U −T S +pV , é dG = −SdT +V dp+µdN e, portanto,
ψ(p) = inf {y(x) − px}
x
que G = G(T, P, N ),
(em que p é um parâmetro) e
∂G ∂G ∂G
S=− , V = , µ= .
∂T p,N ∂p T,N ∂N T,p
inf {...}
x
e) Mostre que a diferencial do grande potencial ter- significa o ı́nfimo de {...} e y derivável, conclua que
7
dy
dx = p. mano-atômico com N atômos não interagentes é
∂2f ∂2f
= VN
Z
∂x∂y ∂y∂x = d3 p̄1 ...d3 p̄N ,
h3 N ! U 6E6U +δU
e os potenciais termodenâmicos para verificar as
em que V é o volume do gás e h é a constante de
relações de Maxwell, isto é, mostre que.
Planck.
a)
b) Sabendo que o hipervolume, Vn , de uma hiperes-
fera em n dimensões é Vn = Cn Rn , em que R é o raio
∂S ∂p ∂S ∂µ
= ,− = ,
∂V T,N ∂T V,N ∂N T,V ∂T V,N e
2π n/2
Cn = .
nΓ n2
∂p ∂µ
− = .
∂N T,V ∂V T,N Argumente que o hipervolume δVn de uma casca
esférica de raio R e espessura δR, com δR R, é
b) δVn = nCn Rn−1 δR.
c) Mostre que
∂S ∂V ∂S ∂µ
− = ,− = ,
∂p ∂T ∂N ∂T
T,N p,N T,p p,N V N 3N 3N
−1 1/2
Ω= 3N
C3N (2mU ) 2 δ[(2mU ) ]
N !h 2
∂V ∂µ
= .
∂N T,p ∂p T,N
d) A seguir, usando ln N ! = N ln N − N , conclua que
V
3 U
3
+ 2 ln 4πm
5
S = N kB {ln N + 2 ln N 3h2 + 2 } para
N >> 1.
e) Use
1 ∂S
30. Funções de Mathieu =
1 p µ T ∂U V,N
Considere dS = T dU + T dV − T dN .
e
a) Mostre que a diferencial de ψ1 = S − U
T (função de P
∂S
=
Mathieu) é T ∂V U,N
para obter U = 32 N kB T e pV = N kB T .
1 p µ
dψ1 = −U d + dV − dN
T T T
32. Ensemble Canônico
e, portanto, que ψ1 = ψ1 ( T1 , V, N ),
Considere um grande sistema macroscópico isolado e
∂ψ1
p
∂ψ1
um pequeno sistema macroscópico que podem trocar
U =− , = , energia.
∂ (1/T ) V,N T ∂V T,N
a) Argumente que Pj ∝ ΩR (E0 − Ej ), em que ΩR (E)
µ ∂ψ1 é o número de estados do sistema grande quando
=−
T ∂N T,V sua energia é igual a E, Ej é a energia do pequeno
sistema, E0 é a energia do sistema grande e Pj é
b) Conclua que F = −T ψ ou ψ1 = − FT . a probabilidade do pequeno sistema estar em um
c) Mostre que a diferencial de ψ2 = S − pV (função estado j cuja energia é igual a Ej .
1 p
µ T
de Mathieu) é dψ2 = T dU − V d T + T dN . b) Se E0 Ej , argumente que ln Pj ≈
∂ ln ΩR
cte + ln ΩR (E0 ) + ∂E |E=E0 (−Ej ). A seguir, use
∂S 1 1 −βEj
31. Gás ideal monoatômico (ensemble micro- ∂E = e S = ln ΩR para obter Pj =
T Ze com
β = 1/kB T e Z = i e−βEi .
P
canônico)
(12) (1) (2)
a) Argumente que o número de estados (microesta- c) Se Eij = Ei + Ej (subsistemas inde-
(12)
dos), entre a energia U e U + δU , para um gás ideal pendentes), mostre que Z = Z (1) Z (2) e,
8
portanto, F (12) = F (1) + F (2) . Aqui, usou-se Daı́, verifique que
(12) (1)
Z (12) = i,j e−βEij ; Z (1) = i eβEi etc.
P P
Z b Z b
00
∂
ln Z, h(∆Ej )2 i =
N
(xo )(x−xo )2
d) Mostre que hEj i = − ∂β eN f (x) dx ≈ eN f (xo ) e2f dx
∂2 a a
h(Ej − hEj i)2 i = hEj2 i − hEj i2 = ∂β 2 ln Z =
∂ 1 ∂hEj i
= N kB T 2 cv ≥ 0, em que cv =
∂β hEj i N ∂T .
−βE b) Se N >> 1, argumente que
P
e) Mostre que Z = E Ω(E)e =
P ln Ω(E)−βE P −β(E−T S(E))
Ee = Ee , em que Z b Z ∞
N
f 00 (xo )(x−xo )2 N 00
(xo )(x−xo )2
Ω(E) é o número de estados do sistema cuja energia e 2 dx ≈ e2f dx
a −∞
é igual a E e S(E) é a entropia correspondente.
f) Argumente que Z ≈ e−βminE {E−T S(E)} , para
s
2πN
concluir que F = − β1 ln Z. =
|f 00 (xo )|
d n −x (2πN )n/2
Z
(x e ) = nxn−1 e−x − xn e−x eN f (x̄) dn x̄ ≈ 1/2 ,
dx V ∂ 2 f x̄o
det ∂xi ∂xj
(integração por partes), mostre que Γ(n+1) = nΓ(n).
c) Usando esse último resultado, com n = 1, 2, 3..., usando que
mostre que
π 1/2
Z Pn Pn
Aij yi yj dn ȳ
Γ(n + 1) = n! e− i=1 i=1 = 1/2
(det A)
√
d) Usando a variável y = x, mostre que
em que A é uma matriz positiva definida
Z ∞ Pn PN
1 ∞ −y2 √
Z
1 ( i=1 j=1 Aij yi yj > 0 para todo yi e yj ).
Γ = x−1/2 e−x dx = e dy = π
2 0 2 0
35. Aproximação de Stirling.
√ √
e, daı́, que Γ(3/2) = π e Γ(−1/2) = −2 π. a) Usando a variável y = x/n, mostre que
e) Supondo que a relação de recorrência Γ(n + 1) = Z ∞ Z ∞
n −x n+1
nΓ(n) sempre pode ser usada para qualquer n, mos- Γ(n + 1) = x e dx = n elny−y dy.
0 0
tre que Γ(0), Γ(−1), Γ(−2), ... divergem. Esboce o
gráfico Γ(n) versus n.
b) A seguir, conclua que
1/2
2π
34. Método de Laplace Γ(n + 1) ≈ n n+1
e−n
Rb n
Considere a integral a eN f (x)dx, em que b > a, N >
0 e f (x) tem um único máximo em x = xo com b > é uma boa aproximação se n >> 1.
x0 > a. c) Por fim, verifique ln n! ≈ n ln n − n se n >> 1.
a) Argumente que se f 0 (xo ) = 0 e f 00 (xo ) < 0, e d) Argumente que
f (xo ) + (f 00 (xo )) (x − xo )2 é uma aproximação para n
X Z n n
ln n! = = ln m ≈ ln dy = (y ln y − y)
f (x), isto é, 1
m=1 1
1
f (x) ≈ f (xo ) + f 00 (xo )(x − xo )2 . ≈ n ln n − n se n >> 1.
2
9
36. Equivalência entre os ensembles canônico e mi- partı́cula com velocidade entre v e v + dv é dada por
cronanônico.
V −β p2 3
e−βEj , com β = 1/(kB T ), p(v)d3 v =
P
a) Partindo de Z = j
e 2m d p
Z
mostre que
Z ∞ Z ∞
Z= w(E)e −βE
dE = e−β(E−T S(E)) dE, com 3/2
0 0
R p
−β 2m
2
3 2πm
Z =Ve d p=V
β
em que usou-se w(E) para a densidade de estados e
.
que a menor energia do sistema é zero. mv 2
2πkB T −3/2 − 2kB T
b) Conclua que p(v) = m e .
b) Partindo de que a flutuação relativa de uma gran- mv 2
2πkB T −3/2 2 − 2kB T
deza termodinâmica é desprezı́vel, argumente que c)A seguir, mostre que p(v) = m v e
é a densidade de probabilidade em termos do módulo
Z=e −β minE {E−T S(E))}
. da velocidade (v = |v|).
d) Obtenha o máximo de p(v), mostrando que vm =
2kB T 1/2
c) Argumente que E − T S(E) ∝ N , em que N é o m corresponde ao valor de v quando p(v) é
número de partı́culas do sistema. máximo.
d) Use o método de Laplace para mostrar que R∞ 2
1 π 1/2
e) Use −∞ x2 e−ax dx = 2 a3/2 para mostrar que
1/2 1/2
Z ∞
e
β(E−T S(E))
dE ≈ e
−β{E−T S(E)}
2π
,
hv 2 i1/2 = 3km
BT
.
d2 S(E)
0
−T 2
dE E=Eo
10
df ∂f
b) A partir de dt = ∂t +{f, H}, conclua que qualquer f) Supondo que H corresponde a dois subsistemas
grandeza conservada satisfaz a equação sem interação, H = H (1) + H (2) , argumente que
ρ(H (1) + H (2) ) = ρ(H (1) )ρ(H (2) ). A seguir, conclua
∂f e− βH
+ {f, H} = 0 que essa relação é consistente com ρ(H) = Z .
∂t
42. Equação e teorema de Liouville. é a média obtida se tivermos uma densidade de pro-
Suponha que cada ponto do espaço de fase tem um babilidade no espaço de fase.
peso estatı́stico ρ = ρ(qi , . . . , qN , p1 , . . . , pN , t). c) Exemplifique o que vem a ser a hipótese ergótica.
a) Argumente que para a densidade de probabilidade
44. Quantização canônica.
ρ tem-se
Considere os operadores posição x̂, ŷ, . . . e momento
∂
p̂x = −i~ ∂x , . . ., comutadores [Â, B̂] = ÂB̂ − B̂ Â e
Z
ρdq1 . . . dqN dp1 . . . dpN = 1
parênteses de Poisson
11
45. Método da distribuição mais provável tra forma, o retângulo de menor área com o perı́metro
Considere um conjunto (ensemble) de N sistemas dado é um quadrado.
(idênticos e independentes). Nesse emsemble, há ni c) Use o método de Lagrange (Multiplicadores de La-
sistemas no i-ésimo estado. A energia do i-ésimo es- grange) para resolver o problema do ı́tem anterior,
tado é Ei . Suponha ni >> 1 para todo i. isto é, parta de F = xy + λ[2(x + y) − c] para concluir
P P
a) Argumente que N = i ni , em que i representa que x = y = c/4 e λ = −c/8.
a soma sobre todos estados de um sistema. d) Considere o problema de obter o menor perı́metro
b) Argumente que a energia média U do ensemble é de uma área dada. Obtenha o mı́nimo de c = 2(x+y)
P
tal que N U = i ni Ei . (o perı́metro de um retângulo) com A = xy (área do
c) Argumente que a quantidade R de sistemas no en- retângulo) dada. Para tal, conclua que C = 2x + A/x
semble com todos ni ’s especificados é R = πNi n!i . para obter que x = y = A1/2 .
d) Use pi = nNi para mostrar que
P
i pi = 1 e e) Refaça o problema do item anterior via multiplica-
P
U = i pi Ei . dor de Lagrange, isto é, partindo de F = 2(x + y) +
e) Use a aproximacao de Stirling, ln n! = n ln n − n, λ(xy − A).
para mostrar que
12
1 ∂2
hVj i2 = β 2 ∂P 2 ln Y.
∂G ∂
= (U − F )/T f) Sabendo que ∂P T,V = V , mostre que ∂P ln Y =
2
−βV . A seguir, verifique que h(∆V ) i = kB T V kT ≥
com F = −kB T ln Z e β = 1/(kB T )
0, em que KT = − V1 ∂V
∂P T,N .
d) A seguir, mostre que
13
3 1
b) Mostre que hEj i = 2β ln Ξ, hNj i = ln Ξ para con-
3N
cluir que E = 2 β. c) Mostre que hnj i = −1/β ∂∂ i ln Ξ.
d) Mostre que ln Ξ = ∓ j ln(1 ∓ e−β(j −µ) ), em que
P
c) Mostre que
3/2 o (-) em ∓ se refere ao caso bosônico e o (+) em ∓
1 2πmkB µ
diz respeito ao caso fermiônico. A seguir, conclua
Φ = − ln Ξ = −kB T T 3/2 V e kB T
,
β h2 que hnj i = 1
.
eβ(j −µ) ∓1
3/2
∂Φ 5 µ 2πm
S=− =V kB − −kB T × 54. Partı́cula livre
∂T V,µ 2 T h2
Considere uma partı́cula livre de massa m dentro de
µ
(kB T )3/2 e kB T , uma caixa de dimensões a na direção x, b na direção
y e c na direção z.
3/2
∂Φ 2πm µ
a) No caso unidimensional, mostre que o problema
N =− =V (kB T )3/2 e kB T
,
∂µ T,V h2 de autovalores - autovetores Hψn = En ψn , com
3/2 condições periódicas de contorno ψn (x + a) = ψn (x),
∂Φ 2πm µ
P =− = (kB T )5/2 e kB T . conduz a ψn (x) = Ce−ik·r , com k = 2π
(n ∈ Z) e
∂V h2 a n
T,µ }2 k 2
En = 2m .
b) No caso tridimensional, usando ψn (x + a, y + b, z +
d) Use os dois últimos resultados para obter p =
N kB T c) = ψn (x, y, z), mostre que ψn (x) = Ce−ik·r , é auto-
V . Use ainda o último resultado do item ante-
N kB T função de H com k = ( 2π 2π 2π
a nx , b ny , c nz ), com nx , ny
rior e Φ = −pV para reobter p = V .
e nz inteiros. Além disso, os autovalores da energia
52. Fermiôns e Bosóns }2 |k|2
são En = √1
2m . Constate ainda que se C = V
Para partı́culas idênticas em três dimensões, (V = abc), ψk está normalizada.
temos que ψ (q1 , ..., qi , ..., qj , ..., qN ) = f (k n ) ∼ V 3
P
c) Argumente que n = (2π)3 d kf (k)
se, a, b
±ψ(q1 , ..., qj , ..., qi , ..., qN ) para quaisquer i e j, e c são muito grandes, em que f é uma função de k.
em que q representa as variáveis (coordenadas
contı́nuas e discretas) de uma partı́cula. O sinal 55. Limite clássico
1
positivo (+) representa o caso bosônico e o sinal a) Se hnj i 1 em hnj i = , mostre
eβ(Ej −µ) −1
−β(Ej −µ)
negativo (-) diz respeito à vertente fermiônica. que hnj i ≈ e independentemente de cor-
Suponha que ψ1 (q) e ψ2 (q) representam dois estados responder ao caso bosônico ou fermiônico. Além
disso, mostre que ln Ξ = ∓ j ln(1 ∓ e−β(Ej −µ) ) ≈
P
(ortonormais). Além disso, considere duas partı́culas
P −β(Ej −µ)
com coordenadas q1 e q2 . je .
2
V
R 3 |k|2
a) No caso fermiônico, escreva todos os estados d k... e Ej → ~ 2m
P
b) Use j ... → γ (2π)3 para
possı́veis considerando duas partı́culas e os estados obter
ψ1 e ψ2 .
Z ~2 |k|2
b) Faça o mesmo se as partı́cula forem bósons V 3
−β 2m −µ
ln Ξ = γ d ke .
(2π)3
idênticos.
c) Faça o mesmo considerando o caso em que as duas 3/2
V 2πm
partı́culas são distinguı́veis. =γ eβµ
(2π)3 βh2
d) No contexto do item a), o que é o princı́pio da 3/2
exclusão de Pauli ? e Φ = − β1 ln Ξ = − β1 γ (2π)
V
3
2πm
βh2 eβµ
c) Mostre que
53. Distribuições de Férmi-Dirac e Bose-Einstein
a) Para partı́culas idênticas livres, argumente que X ∂ V
2πm
3/2
P
E = j i nj , em que E é a energia do sistema, i é N= hnj i = z ln Ξ = γ z
j
∂z (2π)3 βh2
a energia de uma partı́cula no j-ésimo estado e nj é
o número de partı́culas neste estado. com z = eβµ . Daı́, verifique que
a) Quais os valores que nj pode assumir nos casos
bosônicos e fermiônicos ? N h3
z = eβµ = 1
P∞ γV (2πmkB T )3/2
b) Parta de Ξ(T, V, µ) = eβµN Z(T, V, N ) para
N =0
P∞ −β(j −µ)n
mostrar que Ξ(T, V, µ) = Πj ( n=0 e ).
14
p2
d) Use 2m = 23 kB T e p = h
λ para obter λ = √ h
3mkB T
,
em que λ é um comprimento de onda caracterı́stico
57. Gás ideal de Fermi (II)
para uma partı́cula livre em um meio com tempera- 1
a) Seja f () = eβ(−µ) +1
e T → 0. Esboce o gráfico
tura T . A seguir, mostre que o resultado final de (c)
de f (). Qual o significado de µ(T = 0) = F ?
corresponde a λ muito menor que o espaçamento en- 3/2 1/2
V 1/3
b) Se D() = 4π1 2 2m ~ , mostre que N =
tre partı́culas, isto é, N λ R F
γV 0 D()d e, portanto,
e) Mostre que
2/3 2/3
~2 6π 2
e−βEj N
hnj i = P −βEj . F = .
2m γ V
je
~2 k 2
Z
V ~2
6π 2
2/3
N
ln Ξ = γ d3 k̄ ln{1 + exp[−β( − µ)]}, TF = .
(2π)3 2m 2mkB γ V
Z ~2 k 2
V 3 2m Para o cobre, mostre que TF ∼ 8 × 104 K.
U =γ d k̄ 2 k2 ,
(2π)3 exp[1 + β( ~2m − µ)] b) Qual é a forma da superfı́cie de Fermi para elétrons
V
Z
1 livres?
N =γ d3 k̄ 2 k2 .
(2π)3 exp[1 + β( ~2m − µ)] c) Argumente que a quantidade de férmions ∆N
com energia superior a de Fermi F é ∆N = ∼
R∞
d3 k̄ . . . = (2π)3 γV D(F )kB T . Supondo que T TF .
R
d) Parta de 0
dD() . . . com =
~2 k 2 1 2m 3/2 1/2
2m para concluir que D() = 4π ~2 e, por- d) A seguir argumente que o aumento da energia ∆U
tanto, desse sistema de férmions é dada por ∆U = KB T ∆N .
e) A partir dessas duas últimas estimativas, mostre
∞ ∼
que cv = N1 ∂∆U T
Z
∂T V,N = 3KB TF .
h i
ln Ξ = γV D() ln 1 + e−β(−µ) d,
0
59. Expansão de Sommerfeld (I)
1
Z ∞ Suponha T TF e use f () = eβ(−µ) +1
em I =
U = γV D()f ()d, R∞ n
0
f ()φ()d com φ() ∝ e (n > 0).
0
a) Esboce f () e −f 0 (). Argumente que −f 0 () é
Z ∞ significativamente diferente de zero somente nas vizi-
N = γV D()f ()d,
0 nhanças de = F .
R∞
b) Mostre que I = 0
f 0 ()ψ()d com ψ() =
1
com f () = . R
eβ(−µ) +1
0
φ(0 )d0 .
e) Mostre que
c) Argumente que é apropriado usar ψ() =
P∞ 1 dk ψ
Z ∞ h i k=0 k! dk ( − µ)k .
ln Ξ = γV C 1/2 D() ln 1 + eβ(−µ) d =µ
P∞ Ik dk ψ
0 d) Mostre que I = k=0 k! dk com Ik =
R∞ 0 =µ
Z ∞
2 − 0 f ()( − µ)k d.
= βγV C 3/2 f ()d,
3 0 e) Argumente que
3/2
com C = 4π1 2 2m
~2 . A seguir, conclua que 1
Z ∞
xk ex 1
Z ∞
xk ex
3 Ik = dx ∼
= k dx.
U= 2 pV. βk −βµ (ex + 1) β −∞ (ex + 1)
15
d) Mostre que
π2
60. Expansão de Sommerfeld (II) 1 ∂U T
cV = = kB + ...
N ∂T N,V 2 TF
a) Suponha k impar para mostrar que
∞
xk ex
Z
62. Hélio 4
2 dx =0
−∞ (ex + 1) Esboce o diagrama de fases P × T do Hélio 4, indi-
cando as linhas de transição de fase de primeira e se-
b) Mostre que gunda ordens, ponto crı́tico e as fazes em cada região.
Diga a diferença basica entre o He I e o He II.
∞
ex
Z
2 dx =1
−∞ (ex + 1) 63. Condensação de B.E (I)
a) Sabendo que hnj i = 1/(eβ(j −µ) − 1) para todos e
c) Suponha k par para mostrar que que hnj i ≥ 0, mostre que µ ≤ 0 se min{j } = 0.
∞ ∞
b) Supondo que no estado de menor energia (j = 0)
xk ex xk−1
Z Z
2 dx = 2k dx. haja uma condensação de Bose-Einstein, conclua que
−∞ (ex + 1) 0 ex + 1
µ → 0.
1/(eβ(j −µ) − 1) e ρ = N
P
c) Use N = j V , para con-
d) Mostre que com (k = 1, 2, 3, . . .) cluir que µ = µ(T, ρ).
d) Calcular a temperatura T0 a partir do qual
∞ k−1 ∞
(−1)n há um condensado de Bose-Einstein, usando N =
Z
x X
x
dx = (k − 1)! β0 (j −µ) V
(n + 1)k
P P R 3
0 e +1 n=0 j 1/(e − 1), µ = 0 e j ... → γ (2π)3 d k...,
Mais precisamente, mostre que
e) Use os resultados anteriores com 1 − 212 + 312 − 1
42 + Z
π2 π2
X 1 V 1
1
52 − . . . = 12 , para mostrar que I2 = 3β 2 .
N= =γ d3 k }2 |k|2
j
eβ0 (j −µ) −1 (2π)3 e β0 ( 2m ) −1
61. Expansão de Sommerfeld (III) ∞
x1/2 dx
Z
π2 1
a) Empregue Io = 1 e I2 = 3β 2 para mostrar que = γV (2m/}2 )3/2 [1/(kB T0 )]−3/2
4π 2 0 ex − 1
Z ∞ 2
}2 |k|
N = γV C f ()1/2 d em que Ej → E = 2m e x = β0 E. E a seguir, con-
4π 2 }2
0
clua que T0 = { γΓ(3/2)ζ(3/2) }2/3 2mk ( N )2/3 , sabendo
B V
R ∞ 1/2
2 π2 que 0 exx −1 dx = Γ(3/2)ζ(3/2)
= γV C{ µ3/2 + ( KB T )2 µ−1/2 + . . .}
3 12
e Z ∞
64. Condensação de B.E (II)
3/2
U = γV C f () d a) Mostre que no caso T < T0 com µ → 0− , 0 = 0 e
0
z = eβµ tem-se
2 π2
= γV C{ µ5/2 + ( KB T )2 µ1/2 + . . .},
5 4 X 1 1 X 1
N= = +
1/2 eβ(j −µ) −1 eβ(o −µ) −1 e−βµ eβj −1
com C = 4π1 2 2m
~2
j j6=0
16
a) No caso do corpo eletromagnético no vácuo,
∞
x1/2 dx
Z
1
= γV 2 (2m/}2 )3/2 (kB T0 )3/2 pode-se usar φ = 0 e A satisfazendo a equação de
4π 0 ex − 1 1 ∂2A
onda ∇2 A − c2 ∂t2 = 0. Se A = Ak,σ eik.r , mostre
e
1
Z ∞
1/2 d que Ak,σ satisfaz a equação
Ne = γV (2m/}2 )3/2
4π 2 0 eβ − 1
2
1 d Ak,σ
Z ∞ 1/2 c2 dt2 + ωk Ak,σ = 0,
1 x dx
= γV (2m/}2 )3/2 (kB T )−3/2
4π 2 0 ex − 1 com ωk = c|k|.
Usando o princı́pio da superposição, conclua que
c) Parta de N = N0 + Ne para verificar que N0 = ik.r
P
A = k,σ Ak,σ e . Aqui k representa um vetor
N (1− NNe ) e, a seguir concluir que N0 = N [1−( TT0 )3/2 ]. de onda e σ uma polarização. Assim, o campo ele-
Esboce o gráfico N0 versus T. tromagnético pode ser decomposto em um conjunto
65. Condensação de B.E (III) de osciladores harmônicos independentes (modos
Considere um gás ideal bosônico com µ < 0, ou seja, normais de vibração).
T > T0 . b) Considerando que a energia do sistema é a soma
a) Argumente que das energias dos modos normais, argumente que
X
1 1 X E= ~ωkσ nkσ
ln Ξ = − ln{1 − e−β(j −µ) }
V V j k,σ
Z ∞
1
= −γ (2m/}2 )3/2 1/2 ln{1 − ze−β }d é a energia total do sistema ao desconsiderar a
4π 2 0 energia do estado fundamental.
2 2
|k| c) Conclua que a função de partição é dada por
em que foi usado z = eβµ , j → = } 2m eV → ∞.
2 3 4
b) Usando ln(1 + x) = x − x2 + x3 + x4 − ..., X 1
P∞ n
λ = (2πmkhB T )1/2 e gα (y) = n=1 ny α , mostre que Z = Πk,σ e−β~ωk nkσ = Πk,σ .
nkσ=0
1 − e−β~ωk
1 γ
ln Ξ = 3 g5/2 (z). V
d3 k... e ωk = ~k, mostre
P R
V λ d) Usando j ... → γ (2π)3
que
dgα (y)
Z
c) Mostre que = gα−1 (y)/y. A seguir, conclua 2V
dy ln Z = − ln{1 − e−β~ωk }d3 |k|
∂
que N = z ∂z ln Ξ(β, V, z) = γV
g3/2 (z) e (2π)3
λ3
e, daı́ verifique que
∂ 3γ V
U=− ln Ξ(β, V, z) = g5/2 (z).
∂β 2 β λ3 ∂ ln Z 2V
Z
~c|k|e−β~c|k|
U =− = d3 k
66. Condensação de B.E (IV) ∂β (2π)3 1 − e−β~c|k|
Considere bosôns livres com µ = 0, T < T0 e
∞
z = e−βµ . Mostre que ~cke−β~ck
Z
8πV
= k 2 dk
a) N → Ne = γV
g3/2 (1); (2π)3 0 1 − e−β~ck
λ3
Z ∞
3 γV =V u(ν)dν,
b) U = 2 βλ3 g5/2 (1); 0
c) cv = 1 ∂U 15 γV kB
∝ V 3/2 8πh ν3
N ( ∂T )V = 4 N λ3 g5/2 (1) NT ; em que u(ν) = c3 eβ~ν −1 (Lei de Planck da radiação
de corpo negro) e k = 2πν c . Esboce um gráfico de
1 1 γ
d) p = βV ln Ξ = βλ3 g5/2 (1); u(ν).
U
e) Mostre que V =σ eT 4 (Lei de Stefan - Boltzmann)
∂Φ 5 kB γV 8π(kB )4 R ∞ x3 R∞ 3 4
e) S = −( ∂T )V,N = V ( ∂P
∂T )µ = 2 λ3 g5/2 (1) ∝ com σ
e= (ch)3 0 ex −1
dx e 0 exx−1 dx = π15 .
3/2 ∂u
VT . Argumente que esse resultado é consistente A seguir, conclua que Cv = ( ∂T σT 3 .
)V = 4e
com a terceira lei da termodinâmica.
68. Modelo de Debye
67. Corpo Negro a) Argumente que a energia de vibração de um sólido
17
~w
pode ser escrita como: f) Usando x = kB T , mostre que
3N Z wD
~w3 e−β~w
U 1 ∂ ln Z 1 3
X 1
E= ~ωj nj + , = − = dw
2 V V ∂β 2 3
2π v 0 1 − e−β~w
j=1
TD
4
x3
Z
em que N é o número de átomos do sólido. 3 kB T
= T4 dx
2π 2 ~3 v 3 0 ex − 1
b) Desconsiderando a energia do estado fundamental,
mostre que
g) Se TD T , argumente que
XX
ln Z = − ln(1 − e−β~ωk,σ ), TD
∞
x3 x3 π4
Z T
Z
σ k dx ≈ dx =
0 ex − 1 0 ex − 1 15
em que σ representa os tipos de onda longitudinal e
e conclua que
transversal. π 2 kB
4
U= T4
c) Argumente que em baixas frequências, ωk,σ ≈ 10~3 v 3
vσ |k|, com vσ constante. e
2π 2 kB4
P V
R 3 ∂U V 4
d) Usando k ... → (2π)3 d k... e ωk = ṽ|k|, mostre Cv = = 3 3
T
∂T V 5~ v
que Z wD
X V 1 (Capacidade térmica de Debye).
... → dww2 ...,
(2π)3 ṽ 3 0 h) A seguir, se TD T , mostre que
k
TD 3
em que o limite de interação será obtido em outro x3
Z
T 1 TD
dx ≈
item. A seguir, usando ωk,L = vL |k| para ondas lon- 0 ex − 1 3 T
gitudinais e ωk,T = vT |k| para ondas transversais,
∂U
conclua que para obter U ≈ 3N kB T e Cv = ∂T V ≈ 3N kB (Lei
de Dulong - Petit)
Z wD
V 2
ln Z = − w2 ln(1 − e−β~ω )dw Até aqui os exercı́cios da segunda prova.
2π 2 vT3 0
18
pontânea é um parâmetro de ordem. a temperatura crı́tica), indique o comportamento
c) Esboce o gráfico da magnetização espontânea ver- a) do parâmetro de ordem versus T com H → 0;
sus temperatura. b) da suscetibiblidade magnética versus t, com H = 0;
d) Faça esboços da magnetização versus o campo c) do calor especı́fico com H = 0;
magnético H considerando T > Tc , T = Tc e T < Tc , d) da magnetização versus o compo magnético com
em que Tc é uma temperatura crı́tica. T = Tc (isoterma crı́tica).
e) Faça uma tabela que envolva os expoentes crı́ticos
71. Equação de Clausius-Clapeyron clássicos, medidas experimentais e obtidos numerica-
Considere o equilı́brio de fases. mente.
a) No equilı́brio (termodinâmico) de fases (coe-
xistência de fases), como estão relacionadas as tempe- 73. Equação de van der Waals I
raturas das fases, as pressões das fases e os potências Considere a substituição de v por v − b (efeito de
quı́micos das fases? volume finito das moléculas) e de p por p + va2 (efeito
b) Considere a coexistência de duas fases (1 e 2), use de atração entre moléculas) na equação do gás ideal,
µI = µII , gI = µI e gII = µII , g = g(T, p) (a energia pv = RT , para obter a equação de van der Waals:
livre de Gibbs por mol) e dg = −sdT + vdp. Argu- a
mente que ao longo da curva de coexistência da fases p+ (v − b) = RT.
v2
1 e 2 tem-se
19
b) Para T > Tc , T = Tc , e T < Tc , esboce o gráfico c) A seguir, mostre que
de f (T, v) versus v. √
c) Para a energia livre de Gibbs spor mol, tem-se m(T, H = 0) = ± 3(−t)β
T −Tc
g(T, p) = min{g̃(T, p; v)} com com β = 1/2 se t = Tc e T < Tc .
v
d) Trunque a equação para m, obtida no exercı́cio
g̃(T, p; v) = f (T, v) + pv. anterior, até termos da ordem de m5 para obter
20
a2
g(T, 0) = go − (T − Tc )2 se T < Tc
4g4
78. Fenomenologia de Landau I
80. Fenomenologia de Landau III
Considere a energia livre de Helmholtz por partı́cula
Use os resultados do problema anterior.
f = f (T, m) e a correspondente energia livre de Gibbs
a) Conclua que
por partı́cula g = g(T, H), em que H e m são gran-
q
dezas termodinâmicas conjugadas
(assim como p e ± a Tc (−t)1/2 se T < Tc
2g4
v). Em geral, tem-se s = − ∂T ∂f ∂f
, H = ∂m , m=
m T
0 se T > Tc
∂g ∂g
s = − ∂T , m = − ∂H com g(T, H) =
H T
T −Tc
minm {g̃(T, H; m)}, Assim, g̃(T, H; m) = f (T, m) − com t = Tc e, portanto, que β = 1/2.
Hm corresponde a g(T, H) quando g̃(T, H; m) é mi- b) Empregando H = 0, e go = 0, mostre que
nimizado em relação a dependência em m. (
a) Argumente que m pode ser visto como um 0 se t > 0
c= a2
parâmetro de ordem. Usualmente, qual é o valor de 2g4 Tc se t < 0
m em uma fase desordenada? Se a fase for ordenanda,
e, daı́, α = 0.
m é não nulo? ∂ g̃
c) Use ∂m = 0 para obter
b) Argumente que nas vizinhanças do ponto crı́tico m
é pequeno.
∂m 1
χ= =
c) Use a expressão em série ∂H T 2[a(T − Tc ) + 6g4 m2 ]
g̃(T, H; m) = go +g1 m+g2 m2 +g3 m3 +g4 m4 +. . .−Hm A seguir, use H = 0 para concluir que
(
Tc −1
2a t se, t < 0
em gi = gi (T ). A seguir, por simplicidade, use χ
= Tc −1
4a (−t) se, t > 0
H=0
f (H, m) = f (H, −m) para obter
e, consequentemente γ = 1.
g̃(T, H; m) = go + g2 m2 + g4 m4 + . . . − Hm
d) Considere T = Tc para obter
1/3
1
d) Mostre que o mı́nimo de g̃(T, 0; m) = go + g2 m 2 m= H 1/3
4g4
corresponde a m = 0 e, portanto, não descreve uma
transição de fase. e, portanto, δ = 3.
21
com g) Mostre que
h L i
∂g
sinh(βH)
T (σi , σi+1 ) = exp Kσi σi+1 + (σi + σi+1 ) m(T, H) = − = .
2 ∂H 2
[sinh (βH) + exp(−4βJ)]1/2
T
(Matriz transferência),
A seguir, conclua que m(T, 0) = 0 e, portanto, que
não há transição de fase quando T 6= 0. Faça um
! !
T (1, 1) T (1, −1) eK+L e−K
= . esboço de m versus T .
T (−1, 1) T (−1, −1) e−K eK−L
h) Para H = 0, verifique que
∂2s J2
∂f J
Portanto, utilizando a definição de traço trA = CH = T = −T = sech2
P N
∂T H ∂T 2 H kB T 2 kB T
i Aii , certifique-se que ZN = trT .
c) Para a equação de auto-valores / auto-vetores de Faça um esboço de CH versus T .
T , temos T v1 = λ1 v1 e T v2 = λ2 v2 em que λ1 e
λ2 (v1 e v2 ) são os auto-valores (auto-vetores) de T , 82. Hipótese de escala
isto é, (T − λ1)v = 0. Mostre que a equação para λ, Nas vizinhanças do ponto crı́tico tem-se CH ∼ |t|−α ,
T −Tc
det(T − λ1) = 0, conduz a m ∼ (−t)−β , χ ∼ |t|−γ com H = 0 e t = Tc .
Assim, a energia livre g = g(T, H) deve reproduzir
esses comportamentos tipo potência. Nesse sentido,
usa-se
λ1,2 = eK cosh L ± [e2K cosh2 L − 2 sinh(2K)]1/2
g(t, H) = λg(λa t, λb H) para todo λ
com λ1 > λ2 .
d) Como T é simétrica v1 e v2 são ortogonais. Além
disso, os escolhemos normalizados. Com isso, verifi- a) Use λ tal que λa t = 1 para mostrar que
que que se !
(1)
v1 v2
(1)
g(t, H) = t−1/a f (t−b/a H) comf (x) = g(1, x).
U= (2) (2) ,
v1 v2
(1)
!
v1,2 t−1/a−1 bt−1/a−1/b−1
em que v1,2 = (2) . = f (t−b/a H) + Hf 0 (t−b/a H)
v1,2 aTc aTc
e) Mostre que
m = −t−1/a−1/b f 0 (t−b/a H)
N i
N
h λ1
ZN = trD = λN
1 + λN
2 = λN
1 1+ .
λ2
1 2b
e, a seguir, conclua que γ = a + a.
22
f) Mostre que α + 2β + γ = 2 e) Constate que
g) Para o caso dos expoentes clássicos, α = 0, β = 1/2
N N
e γ = 1 mostre que a = −1/2, b = −3/2 e g(t, H) = 1X X
hN = hs + hN −s + Kij · (∇pi −∇pj ) ,
t2 f (t−3/2H ). 2 i=1 j=s+1
com Kij = −∇ri v(|ri − rj |). Visando truncar a hierarquia BBKY em sua primeira
PN
b) Use f1 (r, p, t) = h i=1 δ 3 (r − ri )δ 3 (p − pi i equação, use a aproximação f2 (r1 , r2 , p1 , p2 , t) =
para a distribuição de uma partı́cula. A se- f1 (r1 , p1 , t) f1 (r2 , p2 , t). A seguir, obtenha a equação
guir, supondo simetria de permutação en- de Vlasov
tre as partı́culas, mostre que f1 (r, p, t) = ∂f1 p1
N ρ(r, r2 , · · · rN , p, p2 , · · · pN , t) d3 r2 · · · d3 rN
R
× + · ∇r1 f1 − ∇r1 v(r1 , t) · ∇p1 f1 ,
∂t m
d3 p2 · · · d3 pN .
em que v(r1 , t) = v(|r1 −r2 |)f1 (r2 , p2 ) d3 r2 d3 p2 .
R
c) Quanto a distribuição de s partı́culas
ela édefinida por fs (r1 , · · · rs , p1 , · · · ps t) =
N!
ρ d3 rs+1 · · · d3 rN d3 ps+1 · · · d3 pN .
R
(N −s)! Qual 84. Caminhada aleatória
o significado do fator N !/(N − s)!? Mostre que Considere um modelo bastante simples de caminhada
Z aleatória unidimensional de uma partı́cula. Para tal,
∂fs N!
=− hN ρ d3rs+1 · · ·d3rN d3ps+1 · · ·d3pN suponha que a probabilidade de ocorrer um passo
∂t (N−s)!
para a direita (esquerda) é p (q), com p + q = 1.
d) Verifique que Use PN (n) para denotar a probabilidade da partı́cula
estar na posição x = nh no tempo t = N τ (em N
N N N N
X X 1X X passos), em que h é o comprimento de um passo e τ
Kij ·∇pi ρ = Kij ·(∇pi−∇pj )ρ
i=1 j=1(j6=i)
2 i=1 é o intervalo de tempo entre dois passos consecutivos.
j=1(j6=i)
23
Em t = 0, a partı́cula está em x = 0, P0 (n) = δn,0 . bilidades e T é a matriz das transições. Mostre que
a) Mostre que PN = T N P 0 .
d) No caso estacionário (quando houver), tem-se
N!
PN (n) = N +n
N −n p(N +n)/2 q N −n)/2 . PN = P para qualquer N . Nesse caso, conclua que
2 ! 2 !
P = TP.
b) Argumente que 86. Equação mestra
P
a) Parta de PN +1 (n) = m T (n, m)PN (m) e
PN +1 (n) = p PN (n − 1) + q PN (n + 1) . P
n T (n, m) = 1 para obter
PN +1 (n) − PN (n)
c) Verifique via substituição direta que a solução dessa X
equação é o Pn (n) apresentado no item a). = T (n, m)PN (m) − PN (n)
m
d) Usando P (n, t) para representar PN (n) e [P (n, t + X
= T (n, m)PN (m) + [T (n, n) − 1]PN (n)
τ ) − P (n, t)]/τ ≈ ∂P (n, t)/∂t, mostre que a equação m(6=n)
do item b) pode ser reescrita como X
= {T (n, m)PN (m) − T (m, n)PN (n)}
m(6=n)
∂P (n, t) p q 1
= P (n − 1, t) + P (n + 1, t) − P (n, t)
∂t τ τ τ
b) Use a notações PN (n) → P (n, t) com t = N τ e
e) Nessa última equação, use p = q = 1/2 e faça T (n, m)/τ → W (n, m) (taxa de transição) e a apro-
a mudança de notação P (n, t) → P̄ (x, t) com x = ximação [P (n, t + τ ) − P (n, t)]/τ ≈ ∂P (n, t)/∂t na
nh. A seguir, empregue a aproximação [P̄ (x + h, t) − equação anterior para obter a equação mestra
2P̄ (x, t) + P̄ (x − h, t)]/h2 ≈ ∂ 2 P̄ (x, t)/∂x2 para obter
∂P (n, t) X
(com Γ = h2 /τ ) = {W (n, m)PN (m)−W (m, n)PN (n)}
∂t
m(6=n)
P̄ (x, t) Γ ∂ 2 P̄ (x, t)
= .
∂t 2 ∂x2 c) No caso estacionário, P (n, t) = P (n), mostre que
se ocorre o balanço detalhado, W (n, m)PN (m) =
f) Argumente que x(t + τ ) = x(t) + η, em que x(t) é
W (m, n)PN (n) para todo n e m, a equação mestra
a posição da partı́cula no tempo t = N τ e η = ±h é
é verificada. Faça uma exposição qualitativa do ba-
o passo aleatório de magnitude h.
lanço detalhado.
g) Por fim, use a aproximação [x(t + τ ) − x(t)]/τ ≈
d) Se W (n, n + 1) = q/τ . W (n, n − 1) = p/τ e
dx(t)/dt para concluir que dx(t)/dt = η.
W (n, m) = 0 quando m 6= n ± 1, verifique que a
equação mestra se reduz ao caso obtido no problema
85. Cadeias de Markov intitulado caminhada aleatória.
P
Considere a equação PN +1 (n) = m T (n, m)PN (m) e) Considere a reação quı́mica A → B. O estado
como uma generalização da equação PN +1 (n) = n (= 0, 1, 2, · · · ) corresponde a haver n moléculas do
p PN (n − 1) + q PN (n + 1) com p + q = 1 do problema tipo A. Em um intervalo de tempo τ bem pequeno, a
anterior. Nesse contexto, T (n, m) é a probabilidade probabilidade de transição de uma molécula do tipo
de partir do estado m e chegar ao estado n. A para outra do tipo B é τ K, em que K é a taxa da
P
a) Argumente que T (n, m) ≥ 0 e que n T (n, m) = reação A → B. Argumente que nτ K é a probabili-
1. dade de transição do estado n para o estado n − 1. A
b) Se há apenas dois estados, mostre que a forma mais seguir, conclua que deve-se usar W (n − 1, n) = nK e
geral para a matriz T é W (m, n) = 0 se m 6= n − 1 na equação mestra.
! f) Nesse cenário da reação A → B, conclua que a
1−b c
T = equação mestra se reduz a
b 1−c
∂P (n, t)
com 0 ≤ p ≤ 1 e 0 ≤ q ≤ 1. = (n + 1)KP (n + 1, t) − nKP (n, t) .
∂t
c) Matricialmente, a equação PN +1 (n) =
P
m T (n, m)PN (m) pode ser reescrita como 87. Equação de Langevin
PN +1 = T PN , em que PN é o vetor das proba- a) Para uma partı́cula de massa m e velocidade v em
24
meio lı́quido, argumente que e
dv 1 1
m = −αv + F (t), heikτ ζn i = h1 + ikτ ζn − k 2 τ 2 ζn i = 1 − k 2 τ Γ.
dt 2 2
em que α é uma constante e F (t) é uma força aleatória e) Até a primeira ordem em τ , mostre que
gn+1 (k) = gn (k) + τ ikhf (xn )eikxn i − Γ2 k 2 heikxn i .
0 0
tal que hF (t)i = 0 e hF (t)F (t )i = Bδ(t − t ).
b) Reescreva a equação como dv
= −γv + ζ(t), f) Mostre que ikhf (x)eikx i =
dt R∞ d
hζ(t)i = 0 e hζ(t)ζ(t0 )i = Γδ(t − t0 ), em que eikx dx [f (x)Pn (x)]dx e −k 2 heikx i =
R−∞
∞ ikx d 2
γ = α/m, ζ(t) = F (t)/m e Γ = B/m2 . A se- −∞
e dx2 Pn (x)dx.
R∞
guir, use v(t) = u(t)e −γt
para obter = e ζ(t), du γt g) Mostre que −∞ eikx {−Pn+1 (x) + Pn (x) −
dt
R t γt0 0 0 d d2
u = u0 + 0 e ζ(t )dt e, portanto v = v0 e−γt + τ dx [f (x)Pn (x)] + dx 2 Pn (x)}dx = 0 e conclua que
Rt 0 d d2
e−γt 0 eγt ζ(t0 )dt0 , em que v0 = v(0). Pn+1 (x) + Pn (x) = −τ dx [f (x)Pn (x)] + τ Γ2 dx 2 Pn (x).
88. Simulação do movimento aleatório 90. Equação de Fokker - Planck em uma variável
dx
a) Mostre que dx Sabe-se que a equação de Langevin = f (x) + ζ(t)
dt = f (x) + ζ(t), hζ(t)i = 0 e dt
funções arbitrárias. Rx
que V (x) = − 0 f (x)dx e N sendo uma constante de
c) Mostre que gn+1 (k) = xn + τ fn + τ ξn heikxn+1 i = normalização.
heik[xn +τ f (xn )+τ ζn ] i = heik[xn +τ f (xn )] iheikτ ζn i. d) Comparando esse último resultado com com a dis-
U (x)
d) Fazendo uma expansão até primeira ordem em τ , tribuição de Boltzmann - Gibbs P (x) = N e kB T com
−
verifique que Rx
U (x) = − 0 Fe (x0 )dx0 , Mostre que Γ̃ = kB2T .
25
de equações de Langevin
dxi
= fi (x1 , x2 , . . . , xN ) + ζi (t),
dt
N N N
∂P 1 XX ∂P X ∂
= Γij − (fi P )
∂t 2 i=1 j=1 ∂xi ∂xj j=1 ∂xi
com P = P (x1 , x2 , . . . , xN )
a) Argumente que xin+1 = xin +fni +ζni com hζni i = 0 e
Γ
hζni ζnj i = 2ij δnm é uma versão discreta das equações
de Langevin apresentadas.
b) Escreva a equação de Fokker-Planck correspon-
dente ao sistema de equações de Langevin aqui
discutido.
2
c) Se m ddt2x = −α dx
dt + Fe (x) + F (t) com hF (t)i = 0
e hF (t)F (t0 )i = m2 Γδ(t − t0 ), mostre que equação de
Fokker - Planck (equação de Kramers)
∂P ∂P 1 ∂P α ∂ Γ ∂2P
= −v − Fe + (vP ) +
∂t ∂x m ∂v m ∂v 2 ∂v 2
2
−a mv +U (x)
d) Mostre que P (v, x) = N e 2
, com
Rx
U (x) = − 0 Fe (x)dx, N uma constante de norma-
lização e a sendo uma constante que depende de
Γ, é solução estacionária ∂P
∂t = 0 da equação de
1
Kramers. Sabendo que a = kB T , obtenha Γ.
26