Anais Verso Completa
Anais Verso Completa
Anais Verso Completa
do
1º FÓRUM DE PESQUISA EM BIBLIOTECA ESCOLAR
24 a 25 de maio de 2012
Comissão Editorial
Belo Horizonte
2012
1
1º FÓRUM DE PESQUISA EM BIBLIOTECA ESCOLAR
Apoio:
CAPES (PAEP)
FAPEMIG
Universidade Federal de Minas Gerais – Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PAIE)
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Escola de Ciência da
Informação da UFMG
ISBN: 978-8565609-01-2
CDD: 027.80981
CDU: 027.8 (81)(063)
2
1º Fórum de Pesquisa em Biblioteca Escolar
SUMÁRIO
Apresentação
Programação
3
A trajetória de um grupo especializado de profissionais
bibliotecários na área escolar em Santa Catarina
Eliane Fioravante Garcez
Documento Final
4
APRESENTAÇÃO
5
Durante quatro dias esses temas foram debatidos e as discussões
foram registradas em anais1, revelando as preocupações dos
participantes, que vão de questões políticas a aspectos técnicos da
biblioteca escolar. Os anais espelham o perfil do conjunto de
conferencistas e debatedores, composto de bibliotecários, professores de
biblioteconomia e educadores em geral, que conseguiram mostrar o
panorama ideal das bibliotecas escolares no contexto da educação. As
Recomendações apresentadas ao final do 1º Seminário Nacional sobre
Bibliotecas Escolares (Anexo 2) refletem o desejo dos participantes de que
o Brasil conte com bibliotecas escolares de qualidade e reconhecidas pelos
professores como elementos fundamentais de sua prática pedagógica. No
que diz respeito ao bibliotecário, há uma tímida sugestão aos governos
estaduais, para a criação do cargo e às escolas de biblioteconomia para
criação de cursos, além do bacharelado.
Trinta anos após a realização do 1º Seminário Nacional sobre
Bibliotecas Escolares, acontece em Belo Horizonte, o 1º Fórum de
Pesquisa em Biblioteca Escolar, organizado pelo grupo de Estudos em
Biblioteca Escolar da Escola de Ciência da Informação da UFMG (Ver a
programação 1º Fórum de Pesquisa em Biblioteca Escolar no Anexo 3 e o
Documento Final na página 178), reunindo 72 pessoas interessadas no
tema (ver p.181). Nesse momento, uma pergunta se impõe: o que mudou
nesses 30 anos?
De início, merece destaque no conjunto das realizações recentes, a
promulgação da Lei nº 12.244 de 24 de maio de 2010, que dispõe sobre a
universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País e a
elaboração de parâmetros para bibliotecas escolares2.
1
SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE BIBLIOTECAS ESCOLARES, 1., 1982, Brasília. Anais.
Brasília: INL/CERLALC, 1982.
2
GRUPO DE ESTUDOS EM BIBLIOTECA ESCOLAR/CONSELHO FEDERAL DE
BIBLIOTECONOMIA. Biblioteca escolar como espaço de produção do conhecimento:
parâmetros para bibliotecas escolares brasileiras. Belo Horizonte, 2010. Disponível em:
<http://www.cfb.org.br/MIOLO.pdf>. Acesso em: 06 set. 2012.
6
Entretanto, pode-se dizer que a situação da biblioteca escolar no
país ainda não foi equacionada. A pesquisa do MEC, Avaliação das
Bibliotecas Escolares no Brasil, feita em 2011, com a participação da
Organização dos Estados Ibero-Americanos e divulgada poucos dias antes
da realização do 1º Fórum de Pesquisa em Biblioteca Escolar, mostra que
as políticas públicas de distribuição de livros, que constituíram os
principais instrumentos para a melhoria dos níveis de leitura de alunos do
ensino básico no Brasil, pouca influência tiveram ou mudaram a situação
das bibliotecas escolares. O relato da pesquisa3, coordenada pela profa.
Jane Paiva, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, uma das poucas
universidades públicas que não possuem curso de formação de
bibliotecários, e que não contou com participação de bibliotecários ou
pesquisadores da área de biblioteca escolar, apresenta uma visão de
biblioteca escolar limitada à questão da leitura, viés que é confirmado pela
bibliografia citada que não contempla autores da área de biblioteca
escolar.
Por outro lado, os artigos aqui apresentados, que embasaram as
discussões do 1º Fórum de Pesquisa em Biblioteca Escolar, mostram uma
situação bastante diferente de trinta anos atrás. Ao contrário das
apresentações do 1º Seminário Nacional sobre Bibliotecas Escolares, de
1982, que focalizaram basicamente questões conceituais sobre a
biblioteca escolar, os trabalhos apresentados no 1º Fórum focalizaram
ações efetivamente realizadas em torno da biblioteca escolar. Os
participantes descreveram atividades que desenvolvem em instituições
acadêmicas, em órgãos públicos, em associações profissionais que, no seu
conjunto, formam um rico painel de realizações. Constituem narrações de
pesquisas e estudos acadêmicos, de programas de formação de
bibliotecários, de produção de publicações, de bibliografia, de implantação
e desenvolvimento de redes de bibliotecas escolares, de movimento
3
MEC/ Organização dos Estados Ibero-Americanos. Avaliação das Bibliotecas Escolares
no Brasil. Brasília: Fundação SM Brasil, 2011. Disponível em:
<http://www.oei.es/bibliobrasil.pdf >. Acesso em: 04 set. 2012.
7
associativo, de ações de extensão que beneficiam professores e
profissionais que atuam em bibliotecas de escolas em diversas regiões do
país.
Constata-se, portanto, avanço significativo na área nestas duas
décadas, mas ainda há muito que construir. Esperamos que a divulgação
deste documento possibilite o conhecimento abrangente das realizações e
contribua para maior interação de grupos e pessoas interessados na
melhoria das bibliotecas escolares.
Belo Horizonte
Setembro de 2012
8
BIBLIOTECA ESCOLAR: DA SUPERAÇÃO DO
EMPIRISMO À INFOEDUCAÇÃO
Ivete Pieruccini4
Edmir Perrotti5
Palavras-chave:
Bibliotecas escolares e Educação; Bibliotecas escolares e Infoeducação;
Bibliotecas escolares e Apropriação da informação; Bibliotecas Escolares –
Brasil; Informação e educação; Colaboratório de infoeducação;
4
Docente e pesquisadora da ECA/USP
5
Docente e pesquisador da ECA/USP
9
Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Escola de
Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo; ColaborI.
Keywords:
Education and School Libraries; School Libraries and Infoeducation;
School Libraries and Appropriation of Information; School Libraries -
Brazil, Information and education; Collaboratory for Infoeducation; Library
and Documentation Department of the School of Communication and Arts,
University of Sao Paulo; Colabori.
INTRODUÇÃO
10
Infoeducação7 – ColaborI -, instância do Departamento de Biblioteconomia
e Documentação, da Escola de Comunicações e Artes (ECA), da
Universidade de São Paulo (USP), envolvendo as relações entre Biblioteca
escolar e Educação no país, tendo em vista a problemática sociocultural
dos processos de produção, distribuição e apropriação da Informação nos
quadros da contemporaneidade.
7
O Colaboratório de Infoeducação está sob a coordenação acadêmica da Profa. Dra.
Ivete Pieruccini e direção científica do Prof. Dr. Edmir Perrotti. O termo Infoeducação foi
cunhado pelo Prof. Edmir Perrotti para nomear o I Colóquio Brasil-França de
Infoeducação, em encontro que reuniu pesquisadores e professores franceses da
Académie de Créteil, da Universidade de Metz, do Institut de Formation de Maitres de
Versailles, e pesquisadores, professores e profissionais da cidade de São Paulo e do país,
para avaliar avanços teóricos e metodológicos na abordagem das relações cada vez mais
complexas entre Informação e Educação, após anos de pesquisas nessa direção.
11
tarde, pela própria evolução científica propiciada pelos trabalhos, passaria
a constituir o atual ColaborI (2007).
8
Cf. FREITAS, L., MORIN, E; NICOLESCU, B. Carta da transdisciplinaridade.
Disponível em: <http://caosmose.net/candido/unisinos/textos/textos/carta.pdf>.
Acesso em: 20 ago. 2011.
12
dos trabalhos do ColaborI, conforme será observado nos relatos. Da
mesma forma, esse referido diálogo está na própria definição do conceito
de Infoeducação, definida, assim, como “abordagem transdisciplinar das
relações entre Informação e Educação, tanto do ponto de vista teórico
quanto prático, tendo em vista processos de aprendizagem de saberes
informacionais, na contemporaneidade” (PERROTTI; PIERUCCINI, 2010)
AÇÕES
• Protagonismo cultural
O projeto de pesquisa Oficina de Informação (1993), ambiente de
informação e cultura em contexto de educação infantil, desenvolvido na
Creche Oeste, situada no campus da USP, para atender crianças de 0 a 6
anos, filhos de funcionários administrativos, docentes e alunos da
Universidade, permitiu evidenciar a importância da participação das
crianças e da comunidade escolar nos processos de produção e
desenvolvimento deste dispositivo informacional.
Um dos resultados mais relevantes do trabalho foi a constatação da
insuficiência da noção de usuário da informação, corrente na área, para
expressar e definir os processos educativos implicados no contexto da
Oficina. Da mesma forma, evidenciou-se igualmente a limitação do
conceito de serviço de informação, aplicado aos dispositivos e processos
de aprendizagem, como postulam perspectivas genéticas piagetianas, que
13
concebem o conhecimento como construção de sujeitos em ação e
relação. Em decorrência, emerge o conceito de protagonista cultural,
como categoria inerente e necessária à configuração de dispositivos
informacionais, em contextos de aprendizagem, perpassando aspectos
relativos tanto à ordem ambiental e documentária, como a constituição de
repertórios, escolha de recursos técnicos, práticas, modos de gestão e
funcionamento, mediadores e mediações.
No âmbito da Infoeducação, o conceito de protagonismo cultural é,
portanto, basilar, tratando-se de ação afirmativa nos processos
simbólicos, exercida por sujeitos de diferentes meios e condições,
consideradas as dimensões plurais e conflitantes da vida social e pública,
no mundo contemporâneo. Desse modo, apropriar-se de informação e
cultura é ato próprio de protagonistas, categoria que no âmbito da
educação e da cultura distingue-se das de usuários e de consumidores
culturais.
• Dialogismo
14
terreno científico, seja ao escolar, ao por em xeque não só a
fragmentação dos campos sociais, como os discursos que a alimentam.
A sistematização dos resultados da pesquisa evidenciaram que a
Dialogia (BAKHTIN, 1995) permite “desconfinar” as instituições científicas
e educativas, colocá-las em sinergia, mobilizar saberes de diferentes
ordens e naturezas, sem perda de seus respectivos objetivos e
singularidades, mostrando-se princípio relevante ao enfrentamento da
cisão Biblioteca e Educação.
• Reticularidade
15
Do ponto de vista das cooperações, do diálogo inter-institucional, o
princípio da reticularidade mostrou, ainda, a importância fundamental do
estabelecimento de protocolos, ações e mediações especiais, no sentido
de efetivar trocas de saberes e fazeres, de otimizar recursos, em caráter
permanente e contínuo. Assim, além de instância metodológica, a rede
mostrou-se categoria constitutiva do conceito de biblioteca escolar,
permitindo o rompimento do isolamento do dispositivo e de seus atores. A
adoção do modelo reticular não é simples gesto técnico ou administrativo,
mas opção inscrita em ordem política e cultural ampla, sem o que
dificilmente consegue objetivar-se. Mais do que relação funcional com a
informação, o projeto permitiu identificar que as redes, ao se constituírem
e permitirem diálogos e conexões diversas apontam para a inserção dos
sujeitos na cultura da informação, condição de participação afirmativa na
cultura em geral, nas chamadas sociedades da informação/conhecimento.
• Transdisciplinaridade
16
profissionais em suas dinâmicas, dentre os quais equipes empenhadas
em projetos comuns, com metas, objetivos, princípios e políticas
educacionais claramente delineados e compartilhados.
9
O conceito foi definido por PIERUCCINI, na tese de doutorado A ordem
informacional dialógica: estudo sobre a busca de informação em educação
(2004).
17
Tal perspectiva explicitava a contraposição da visão idealista e
tradicional, segundo a qual o conhecimento depende exclusivamente do
domínio de conteúdos, indicando de modo evidente o papel dos
dispositivos na significação do conhecimento. Em outros termos,
apropriar-se do conhecimento é apropriar-se também dos dispositivos,
com seus saberes e lógicas próprias, questão que se situa muito além do
mero processo de assimilação de informações.
A incorporação do conceito de dispositivo tecno-semio-pragmático,
associado à noção de ordem informacional, ofereceu, assim, referenciais
importantes para fazer avançar concepções que estão na base, em
especial das bibliotecas em contextos educativos. No processo, a
pesquisa buscou descrever e sistematizar elementos constitutivos do
dispositivo informacional Biblioteca Escolar, no contexto do Ensino
Fundamental I. O espaço informacional, repertório informacional,
linguagem informacional, práticas informacionais (pedagógicas e de
gestão), formação e características de mediadores foram analisados na
perspectiva da apropriação cultural, por meio do acompanhamento e
sistematização de resultados junto à comunidade escolar. Os resultados
permitiram evidenciar que a ordem informacional, assentada sobre
princípios dialógicos atuava sobre processos de apropriação do universo
sígnico pelos sujeitos, confirmando hipóteses anteriores acerca das
relações entre a ordem informacional e a apropriação simbólica.
• Saberes informacionais
18
que remetem a quadros históricos e culturais precisos. Desse modo, se
infoeducar (PERROTTI), se educar para a informação (BENHARDT) são
condição essencial à formação das novas gerações nas ditas Sociedades
do Conhecimento, é necessário, também, que tal processo considere
aspectos compatíveis com a contemporaneidade e suas exigências, tendo
em vista a participação cultural ampla. Por esta razão, a inscrição nas
premissas da apropriação e do protagonismo cultural como objetivo
histórico, conforme referido, implica necessariamente interações
educativas que demandam a construção de novos objetos científicos; no
caso, o conceito de saberes informacionais.
O conceito de saberes informacionais, definido por Perrotti como
conjunto complexo de habilidades, competências e atitudes face à
informação e indispensáveis à sobrevivência individual e coletiva nas
sociedades da informação, são, ao mesmo tempo, instrumentais e
essenciais, transversais e específicos, procedimentais e conceituais,
servindo como instrumento para atuação nos mais diferentes campos do
conhecimento e da ação. Na perspectiva da apropriação cultural, esses
saberes são fundamentais porque permitem ao sujeito refletir sobre a
natureza e os processos de tais conhecimentos e ações.
A construção do conceito de saberes informacionais, tomado como
categoria conceitual e metodológica, está articulada ao desenvolvimento
de Programas de Infoeducação, razão pela qual a descrição e
desenvolvimento do conceito passou a ter um foco privilegiado nas ações
de pesquisa do ColaborI, face às preocupações diante da problemática
implícita nos processos ao ato buscar, processar e de gerir informações,
ou seja, de pesquisar e, sobretudo, de dar significado às informações.
Desse modo, para além das competências, a questão crucial estava
(como ainda está) nos processos de construção de atitudes que levem o
sujeito a se interessar e saber como apropriar-se das informações
disponíveis nos diferentes dispositivos de informação e cultura, e, nesse
sentido, modo privilegiado de fornecer aos alunos bússolas cognitivas que
19
os orientam nos complexos processos implicados nos atos de significação
(BRUNER, 2003) e indispensáveis ao protagonismo cultural.
A complexidade de sua natureza, a multiplicidade de seus
elementos, os contextos de seu desenvolvimento, as metodologias e
recursos para seu ensino-aprendizagem, são questões implicadas na
problemática dos saberes informacionais, os quais demandam dispositivos
informacionais igualmente complexos implicando projetos específicos e
especiais passíveis de serem concretizados a médio e longo prazos.
10
A concepção geral da Estação do Conhecimento, que inclui espaço, linguagens
e práticas, foi do Prof. Edmir Perrotti, com a participação da Profa. Ivete
Pieruccini, responsável pelo projeto documentário; e da Profa. Cibele H. Taralli,
responsável pelo projeto arquitetônico. Para mais informações, consultar
(http://estacaodoconhecimentoeinstein.blogspot.com.br/)
20
A Estação do Conhecimento é um “conceito norteador à formulação
de novas configurações concretas, palpáveis, objetivas reunindo diferentes
mídias e processos educacionais e culturais, tendo em vista aprendizagens
de saberes informacionais, (... como também) instância planejadora,
articuladora e implementadora de recursos e processos culturais
previamente existentes, mas que se acham dispersos e não desenvolvem
de forma sistemática e orgânica programas e projetos visando às
aprendizagens de saberes informacionais” (PERROTTI; VERDINI, 2008).
Nesse sentido, quando nos referimos à Biblioteca escolar como
Estação do Conhecimento, está implicada, portanto, a noção de um
dispositivo informacional, cujos elementos técnicos (materiais),
semiológicos (linguagens/repertórios) e pragmáticos (práticas
informacionais e culturais) se encontram em articulação dinâmica; que
dialoga com a instituição e com outros circuitos e dispositivos culturais
próximos e a distância; que toma os sujeitos que ali transitam, não como
usuários, mas como protagonistas culturais; que realiza programas
sistemáticos, orgânicos e permanentes destinados a aprendizagens de
saberes informacionais que permitam aos sujeitos se apropriarem de uma
cultura da informação, fundamental na Sociedade da Informação/
Conhecimento.
Nesse processo, ações formativas também foram realizadas visando
preparar os educadores da instituição para as mediações infoeducativas
compatíveis com as premissas do projeto. Um conjunto de atividades
diversificadas e em fluxo contínuo no espaço da Estação (oficinas de
pesquisa, de leitura, de memória, dentre outras) foram planejadas e
realizadas com grupos de crianças e jovens atendidos pelo Programa
Einstein na Comunidade de Paraisópolis.
De modo concomitante, a criação da EC permitiu dar continuidade
aos estudos que geraram o conceito de Ordem informacional dialógica11,
originariamente nomeado a partir de trabalho de pesquisa realizado com
11
A tese de doutorado Ordem informacional dialógica: estudo sobre a busca de
informação em Educação, realizada por Ivete Pieruccini, foi defendida em 2004.
21
base na implantação, desenvolvimento e acompanhamento da Biblioteca
Escolar do Colégio Termomecanica (BECT), do Centro Educacional
Fundação Salvador Arena (CEFSA), em São Bernardo do Campo/SP.
Nesta pesquisa fora possível evidenciar de modo concreto que todo
dispositivo informacional é uma configuração complexa, constituída por
elementos heterogêneos: ambiente, técnicas e tecnologias, processos e
produtos, regras e regulamentos, conteúdos materiais e imateriais e que
tais elementos são signos portadores de sentidos, incrustados nos
conteúdos guardados pelos dispositivos informacionais, constituindo-se
elementos de sua natureza. Entretanto, tornava-se fundamental dar
continuar ao desenvolvimento do conceito, como contribuição capaz de
fazer frente à ordem discursiva monológica, responsável por gerar
dificuldades, por vezes intransponíveis, aos processos de apropriação
cultural, característica do paradigma que, em geral e infelizmente, rege as
bibliotecas.
22
participação plena nas várias esferas da vida social. Além disso, é
fundamental a criação de uma relação ativa, interessada e permanente
com o conhecimento, destinada a ultrapassar o período restrito e
obrigatório de frequência aos bancos escolares.
Nesse sentido abrangente de educação para o conhecimento, a
apropriação e integração das bibliotecas escolares à vida educacional e
cultural demandam não só iniciativas para sua implantação nas escolas do
país, segundo perspectivas contemporâneas como ocorrera com a REBI,
desde 1999, mas, também, e especialmente, a constituição de uma trama
de saberes e fazeres indispensáveis que deem sustentação a tais
iniciativas.
Dentre os principais desafios, entende-se que a formação de
quadros capazes não somente de operar a biblioteca escolar, mas,
sobretudo de atualizar seus processos e práticas, localiza-se como
prioridade absoluta. Em outros termos, a existência de dispositivos de
qualidade, produzidos sob referenciais inovadores no campo, não se
sustentariam, todavia, se desprovidos de sujeitos/mediadores que, além
de compreenderem o quadro histórico que definiu o locus residual
consagrado à biblioteca escolar, possam dispor, eles próprios, de saberes
e fazeres capazes de criar/recriar, reinventar a biblioteca da escola.
O referido programa de formação (PBE) foi inicialmente configurado
a partir de eixos, que incluíam cursos, publicações temáticas, seminários e
plataforma virtual de formação, esta dedicada ao acesso a informações e
orientações especializadas e trocas de experiências. Os cursos, eixo
privilegiado do PBE, contemplavam temas visando uma biblioteca escolar
como dispositivo cultural diferenciado. Dados os quadros funcionais, o
programa fez opção metodológica pela modalidade de oficinas, tendo em
vista possibilidades de apropriação dos referenciais pelos mediadores, a
partir dos respectivos modus operandi, todavia, articulando conceitos e
práticas. Dentre os conteúdos propostos para os cursos, especial ênfase
foi dada àqueles ligados às noções de Biblioteca escolar como Estação do
Conhecimento; pesquisa na Biblioteca Escolar: conceitos e práticas;
23
Linguagens e Práticas Culturais diversificadas; Memória local; Dispositivos
e Circuitos Culturais; Elaboração de Programas para a Biblioteca/
Infoeducação.
O interesse em potencializar os resultados dessas formações e
socializar resultados concretos das aprendizagens nos contextos das
bibliotecas escolares mobilizou transformações na metodologia de
desenvolvimento da formação presencial. Mostrava-se interessante reunir
as ações e práticas informacionais e culturais já em desenvolvimento nas
bibliotecas, porém articulando-as a quadro de referências capaz de
dimensionar sua importância face aos saberes informacionais,
apresentados como parâmetro geral.
Face a essa perspectiva, optou-se, a partir de 2012, pela formação
em rede, constituída pelos próprios mediadores, organizados em Núcleos
que reúnem conjuntos de Bibliotecas Escolares da REBI (NREBI).
Configurados em seis Núcleos, coordenados cada qual por 01 bibliotecário
da REBI, tais grupos incluem os profissionais que atuam nas bibliotecas
(auxiliares e agentes de bibliotecas), elementos da equipe pedagógica das
escolas (professores, coordenadores pedagógicos) e elementos
especializados da equipe do ColaborI, que acompanham as reuniões
preparatórias com a Coordenação dos Núcleos, os Encontros gerais
abertos aos integrantes de todas as bibliotecas e escolas, e o
acompanhamento individualizado aos coordenadores, tendo em vista o
apoio conceitual e metodológico ao desenvolvimento da formação.
Os encontros de formação em rede incluem oficinas/palestras aos
participantes, de acordo com os temas definidos no programa inicial. Tais
atividades estão associadas a outros cursos/oficinas que visam aprofundar
o conceito de biblioteca escolar, tomada como instância privilegiada na
definição de planos, programas e projetos de Infoeducação.
Como pressuposto, além do domínio da materialidade dos
dispositivos escolares de informação e cultura, é indispensável que tais
profissionais apropriem-se dos referenciais acerca dos saberes
informacionais e de seus processos, em suas dimensões procedimentais,
24
conceituais e atitudinais e que, sobretudo, a formação contribua para a
construção do sentido educativo da biblioteca escolar no quadro
informacional contemporâneo.
Nesse aspecto, o PBE inscreve-se em pesquisa que visa discutir
categorias constitutivas da formação de mediadores para as bibliotecas
escolares, tomadas como Estações de Conhecimento, a saber: o
infoeducador. Definido preliminarmente como profissional de interface, o
infoeducador é um terceiro ponto que emerge com a contemporaneidade
e que, em razão dos contextos, vem se objetivando em função específica,
cujos processos formativos demandam ser descritos e categorizados.
Da mesma forma, dados os quadros concretos de inexistência de
profissional específico, a pesquisa sobre a formação em rede parece
ensejar possibilidades de desdobramentos contemplando modos de
atuação de equipes transdisciplinares, constituídas por professores,
bibliotecários, técnicos em educação, dentre outros, que tenham sob sua
responsabilidade os desafios de desenvolver programas destinados à
construção de saberes informacionais pelos alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
25
educação e cultura no país, opção metodológica que se articula a
repertório conceitual relevante, face os desafios que a Informação coloca
aos processos educativos contemporâneos, numa busca permanente por
contribuições epistemológicas que permitam compreender e superar
desafios iniciais propostos em nossos estudos.
REFERÊNCIAS
26
APÊNDICE
O ColaborI tem enfrentado os desafios implicados nas questões aqui
discutidas, por meio do desenvolvimento de pesquisas individuais e
coletivas, levadas a efeito por pesquisadores seniores, doutorandos e
mestrandos, bem como por alunos de Graduação. Atualmente, destacam-
se:
27
BUSCANDO O ESPAÇO DA BIBLIOTECA NA
ESCOLA: AÇÕES DO GRUPO DE ESTUDOS EM
BIBLIOTECA ESCOLAR
Bernadete Campello*
Paulo da Terra Caldeira*
Vera Lúcia Furst Gonçalves Abreu*
Maria da Conceição Carvalho*
Adriana Bogliolo Sirihal Duarte*
Carlos Alberto Ávila Araújo*
Júlia Gonçalves da Silveira*
Márcia Milton Vianna**
28
Palavras-chave:
Grupo de Estudos em Biblioteca Escolar – GEBE; Bibliotecas Escolares;
Bibliotecas Escolares e Educação; Bibliotecas Escolares – Brasil; Escola de
Ciência da Informação - Universidade Federal de Minas Gerais.
Keywords:
Research Group on School Library - GEBE; School Libraries, School
Libraries and Education, School Libraries - Brazil; School of Information
Science - Federal University of Minas Gerais, Brazil.
29
INTRODUÇÃO
AÇÕES
PESQUISA
12
CAMPELLO, B. S. O Grupo de Estudos em Biblioteca Escolar da UFMG e as idéias que
fundamentaram sua criação. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA,
DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 22., 2007, Brasília. Anais ... Brasília:
FEBAB/ABDF, 2007. CD-ROM.
* Professores da Escola de Ciência da Informação da UFMG
** Pesquisadora da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais
13
O 2º Seminário aconteceu em Vitória/ES em 1999, organizado pela Prefeitura
Municipal.
30
Refletindo a preocupação do GEBE em criar uma estrutura para o
desenvolvimento de estudos relevantes, que possam contribuir para
conhecer melhor a realidade da biblioteca escolar, está realizando
atualmente a pesquisa “Documentando o conhecimento sobre biblioteca
escolar no Brasil: diagnósticos, pesquisas e legislação”. A justificativa para
o estudo consiste em refletir sobre o que foi já foi feito sobre o tema, para
que se possam planejar futuras ações. É importante também que se
documentem as realizações e o conhecimento disponíveis sobre biblioteca
escolar já produzido por bibliotecários e pesquisadores brasileiros, para
permitir que se tenha uma visão abrangente da questão.
O objetivo geral da pesquisa fundamenta-se na análise e síntese de
três aspectos relativos à biblioteca escolar no Brasil, constituindo cada um
desses aspectos um subprojeto.
1) diagnósticos realizados sobre a situação dessas bibliotecas;
2) pesquisas realizadas sobre o assunto;
3) legislação que trata dessas bibliotecas.
A metodologia utilizada será a análise documental, sendo o
referencial teórico constituído pela noção da biblioteca escolar como
espaço de ação educativa. Nesse sentido, a biblioteca se coloca no centro
do processo de aprendizagem, não apenas como um lugar de leitura, mas
como recurso didático. Tal abordagem envolve o conceito de letramento
informacional, segundo o qual os estudantes aprendem, durante sua
escolarização, a lidar com informações e desenvolvem habilidades que os
capacitem a aprender de maneira independente, ao longo da vida
(IFLA/UNESCO, 2006).
31
1979 a 2011, de forma a se obter uma visão do que já se estudou e se
conhece a respeito das condições das bibliotecas escolares brasileiras.
Foram analisados: os objetivos dos diagnósticos, a metodologia utilizada e
a técnica de coleta de dados, o referencial teórico, os resultados obtidos,
as conclusões e recomendações feitas pelos autores. A variedade de
procedimentos de coleta e análise dos dados utilizados em cada
diagnóstico impossibilitou inferências e conclusões mais aprofundadas. No
conjunto, esses trabalhos compõem um retrato parcial da biblioteca
escolar no país, revelando a situação dessas instituições e tornando mais
visíveis os problemas existentes.
32
TABELA 1 – Pesquisas sobre Biblioteca Escolar
Categoria Quantidade de
trabalhos
Pesquisa escolar 10
Fontes de informação 07
Leitura 18
Bibliotecário / professor 11
Usuários 15
Outros 12
Total 73
33
Documentos de políticas públicas do setor educacional costumam
mencionar a importância da biblioteca para a aprendizagem da leitura. Os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), por exemplo, vêem a biblioteca
como a primeira das condições favoráveis para a formação de bons
leitores (CAMPELLO; SILVA, 2000, p. 61). O Plano Nacional do Livro e
Leitura (PNLL) usa a expressão “dínamo cultural” para descrever a
biblioteca ideal, que seria “um dinâmico pólo difusor de informação e
cultura, centro de educação continuada, núcleo de lazer e entretenimento,
estimulando a criação e a fruição dos mais diversificados bens artístico-
culturais [...] promovendo a interação máxima entre os livros e esse
universo que seduz as atuais gerações” (BRASIL, 2006, p. 22).
No documento de avaliação do PNBE (Programa Nacional Biblioteca
na Escola), feita em 2005, as autoras entendem a biblioteca como
“potência geradora de conhecimentos, [...] fonte de desenvolvimento da
autonomia de pensamento e de criatividade, [...] instrumento
indispensável na formação da identidade dos atores da escola e da
comunidade” (PAIVA; BEREBLUM, 2006, p. 185).
Os resultados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
(Saeb), de 2003, indicaram com mais precisão a influência da biblioteca
na aprendizagem da leitura, mostrando que
34
Com o presente subprojeto pretende-se ampliar o entendimento a
respeito de como a biblioteca escolar é vista pela sociedade a partir da
ótica do legislador. O objetivo é verificar, no âmbito de documentos
legais, como o legislador compreende a importância da instituição.
Pretende-se, em primeiro lugar, identificar legislação sobre biblioteca
escolar e, em seguida, analisar esses documentos para compreender qual
é a concepção de biblioteca escolar revelada pela legislação.
A análise poderá revelar a concepção de biblioteca escolar acolhida
pela legislação. Para sustentar esta análise será usado principalmente o
Manifesto UNESCO/IFLA para biblioteca escolar, documento aprovado em
1999, que estabelece princípios básicos sobre a biblioteca escolar14, além
dos parâmetros elaborados pelo GEBE, consolidados no documento
Biblioteca escolar como espaço de produção do conhecimento: parâmetros
para bibliotecas escolares15.
Outra vertente de pesquisa do GEBE focaliza a aprendizagem pela
busca e uso da informação e de que maneira essa prática pode contribuir
para o desenvolvimento de habilidades informacionais. O projeto de
dissertação “Como estudantes buscam e usam a informação no ambiente
escolar: estudo de caso com estudantes do último ano do ensino médio
integrado e egressos” integra um conjunto de estudos que, utilizando o
modelo ISP, de Carol Kuhlthau, foram realizados anteriormente pelo
GEBE16.
14
http://www.ifla.org/publications/iflaunesco-school-library-manifesto-1999. Acesso em: 10
abr. 2012.
15
http://gebe.eci.ufmg.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13&Itemid=11
. Acesso em: 10 abr. 2012.
16
Destes, o mais recente é:
CAMPELLO, B. S. et al. Aprendizagem pela pesquisa: busca e uso de informações na
produção do conhecimento. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA
INFORMAÇÃO, 11., 2010, Rio de Janeiro. Anais eletrônicos. Rio de Janeiro: Associação
Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação, 2010.
35
EVENTOS
PUBLICAÇÕES
36
periódicos e/ou como trabalhos em eventos científicos. Além dessa
vertente acadêmica, o GEBE investe ainda em publicações que possam
atingir a comunidade profissional de bibliotecários, estudantes de
biblioteconomia e professores de educação básica. Nessa direção, o
trabalho do GEBE é visto na perspectiva de extensão universitária,
atingindo um público externo que pode beneficiar-se dos conhecimentos
acumulados pelos membros do Grupo, advindos dos resultados de suas
pesquisas, da participação em eventos e dos contatos com a comunidade
biblioteconômica em âmbito nacional e internacional. Tais publicações são
abordadas no item Atividades de Extensão, a seguir.
ATIVIDADES DE EXTENSÃO
37
nos anais do evento em versão em inglês. A versão em português está
publicada em um artigo de 201117.
Biblioteca Escolar: conhecimentos que embasam a prática18
38
de ensino da educação básica, contribuindo, assim, para a formação
continuada e permanente do professor. O capítulo: A biblioteca escolar
como espaço de aprendizagem trata das diversas dimensões que a
biblioteca escolar pode assumir e, especialmente, de seu papel como
estimuladora do desenvolvimento de habilidades de busca e uso de
informações.
20
CAMPELLO, Bernadete. O bibliotecário e a pesquisa escolar. Presença Pedagógica, Belo
Horizonte, v. 16, n. 93, p. 24-29, maio/jun. 2010.
39
ATIVIDADES DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
40
• Palestra: O conceito de letramento informacional como base para a
ação educativa na biblioteca, proferida para os alunos e professores do
Curso de Especialização em Gestão de Biblioteca Escolar da UEL
(2012);
• Palestras: Biblioteca escolar: como ocupar esse espaço? e Biblioteca
escolar: que espaço é esse? destinadas a auxiliares de bibliotecas,
durante o Seminário: A Biblioteca e os Espaços Escolares do
Conhecimento, organizado pela Magistra, instituição de formação de
professores do Governo de Minas Gerais (2012);
• Palestra: Gostar de ler, gostar de aprender: a biblioteca escolar como
espaço de aprendizagem, para bibliotecários e professores de escolas
de ensino básico do SESI/MG (2012).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
41
No que diz respeito à formação profissional, as perspectivas são de
ampliar o oferecimento de disciplinas sobre o tema no curso de graduação
em Biblioteconomia, da Escola de Ciência da Informação da UFMG, a fim
de preparar bibliotecários que sejam aptos para atuarem em instituições
educacionais, tendo em vista a aplicação da Lei 12244/2010, que dispõe
que, no prazo de 10 anos a partir de sua promulgação, as escolas de
ensino básico criem bibliotecas e que contem com bibliotecários
graduados.
A formação de mestres e doutores é também uma perspectiva
promissora, que permite capacitar pessoas com perfil adequado para
atuação em atividades acadêmicas e de pesquisa, o que ensejará o
incremento de novos estudos sobre biblioteca escolar.
O GEBE pretende continuar a exercer seu importante papel para
propulsionar a consolidação de uma estrutura colaborativa nacional,
articulando ações entre diversos grupos interessados na biblioteca escolar,
que levem ao aperfeiçoamento dessa instituição e de suas possibilidades
de contribuir para a qualidade da educação no Brasil.
42
SUGESTÕES DE AÇÕES PARA PUBLICAÇÕES
SOBRE A BIBLIOTECA ESCOLAR
Palavras-chave:
Bibliotecas Escolares; Bibliotecas Escolares e Educação; Bibliotecas
Escolares – Eventos e Pesquisas; Curso de Ciências da Informação e da
Documentação - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão
Preto - Universidade de São Paulo.
This article reports actions and activities, including events and research,
addressing the issue of school libraries in the Brazilian context. It
highlights some of the events and publications resulting from research
undertaken within the School of Information Sciences and Documentation,
Faculty of Philosophy, Sciences and Literature of Ribeirão Preto, University
of São Paulo, Brazil.
Keywords:
School Libraries, School Libraries and Education, School Libraries - Events
and Research; Information Sciences and Documentation Course, Faculty
of Philosophy, Sciences and Literature of Ribeirão Preto, University of São
Paulo, Brazil.
INTRODUÇÃO
21
Professor do Curso de Ciências da Informação e da Documentação, da Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
43
educacional, sendo que na área escolar concretizou algumas ações,
envolvendo o público infanto-juvenil, no acesso aos recursos
informacionais e ao incentivo á leitura. A partir desse momento, verificou
a importância de estudar e pesquisar no campo da biblioteca escolar.
AÇÕES
44
sentido de que uma biblioteca escolar é um espaço de objetos fora de uso,
livros antigos, professores desmotivados e alunos não-leitores?
45
Como resultado do II Encontro foi publicado o Livro Dizeres sobre
Biblioteca Escolar: palavras em movimento, organizado por Claudio
Marcondes de Castro Filho e Lucília Maria de Sousa Romão.
PESQUISAS
46
Pesquisa 3: Estudo das novas tendências nos Estados Unidos
sobre as práticas de incentivo a leitura em
biblioteca escolar (2010)
47
para biblioteca escolar. Porém, cabe à comunidade escolar, aos
professores, aos bibliotecários, reivindicar sua aplicação, de forma a
impedir que seja esquecida e suprimida por outros interesses.
A implantação de bibliotecas escolares nas escolas municipais de
Ribeirão Preto será possível se ocorrer o reconhecimento da importância
da biblioteca escolar por parte da Secretaria Municipal de Educação. Em
seguida serão necessárias algumas adequações na infraestrutura das
escolas e no quadro de servidores da Secretaria de Educação, com a
contratação de bibliotecários, envolvendo a comunidade escolar de cada
unidade de ensino.
Legislação específica, diretrizes e padrões já representam uma
realidade para a implantação das bibliotecas escolares, no entanto, o agir
dos responsáveis pela educação municipal e o envolvimento da
comunidade escolar consolidará essa conquista na rede municipal de
ensino de Ribeirão Preto, possibilitando a milhares de crianças e
adolescentes o acesso à informação, cultura e cidadania.
48
publicações nacionais e internacionais, existentes no acervo das
bibliotecas universitárias dos cursos de Biblioteconomia e Ciência da
Informação, no contexto nacional, ou seja, das Universidades federais,
estaduais e municipais e Faculdades particulares no Brasil. Nesse aspecto,
questiona-se: Quais as dificuldades que encontramos para a busca da
informação sobre o tema biblioteca escolar? Que pesquisadores são esses
que buscam contato com o tema biblioteca escolar? Que universidades
brasileiras pesquisam o tema biblioteca escolar? Qual a bibliografia
existente sobre biblioteca escolar nos acervos das bibliotecas
universitárias dos cursos de Biblioteconomia e Ciência da Informação? A
pesquisa envolve a obtenção de dados descritivos e de algumas técnicas
como: as fontes documentais, entrevistas e aplicação de questionários,
como instrumento de avaliação. A divulgação da pesquisa será
apresentada no formato de um guia bibliográfico por meio eletrônico e
impresso.
49
de informações, as bases dados nacionais e internacionais de periódicos
eletrônicos.
É importante frisar que, no contexto da chamada sociedade da
informação, com a disseminação do acesso à Internet, torna-se relevante
refletir sobre os novos desafios, parâmetros e papéis exigidos para a
biblioteca escolar, Sendo assim, conhecer as fontes de informação sobre a
biblioteca escolar, é fundamental para que os estudantes e profissionais
da área de Biblioteconomia e Ciência da Informação, além de outros
envolvidos no processo, como os professores, possam contribuir para o
desenvolvimento de uma biblioteca escolar “a ser construída com
parâmetros corretos e com agentes de educação/informação
conscientizados para trabalhar em conjunto no processo de
ensino/aprendizagem...” (MACEDO, 2005, p.70).
50
FFCLRP/ USP de Ribeirão Preto interessados em pesquisar o tema e,
sobretudo, desestabilizar os sentidos tão repetidos no cotidiano, que
denotam abandono da biblioteca escolar, acervo restrito e desatualizado,
falta de profissional especializado, tédio e enfado em relação à leitura.
Deseja-se soprar a poeira dos livros e varrer o que parece inevitável,
fomentando com os escritos outros espaços de dizer.
O presente número conta com o artigo Situação das bibliotecas
escolares no Brasil: o que sabemos? de Bernadete Santos Campello, Paulo
da Terra Caldeira, Maura Alvarenga e Laura Valladares de Oliveira Soares
que aborda a questão da situação das bibliotecas escolares no Brasil e
tem como objetivo apresentar, por meio de diagnósticos, o que se
estudou e se conhece a respeito da situação das bibliotecas escolares
brasileiras. Com discurso de diversos autores e trabalhos analisados, os
autores apresentaram um retrato das bibliotecas escolares com
recomendações dirigidas aos bibliotecários, à escola, aos pais e aos
órgãos públicos. O intuito não poderia ser outro: fortalecer a biblioteca
escolar.
O segundo artigo, Biblioteca escolar e a lei nº 12.244/2010:
caminhos para implantação apresentado por Cláudio Marcondes de Castro
Filho e Claudinei Coppola Junior, retrata a situação da biblioteca escolar,
nas escolas municipais de ensino fundamental de Ribeirão Preto, com
relação à Lei nº 12.244, de 24 de maio de 2010, que determina a
obrigatoriedade de o profissional bibliotecário nas bibliotecas escolares.
Aborda, também, os aspectos básicos da biblioteca escolar e da sua
importância, bem como o papel do bibliotecário neste contexto. Propõe
um modelo de biblioteca escolar às instituições de ensino, destacando os
padrões mínimos para existência da biblioteca, bem como sugere
aproximar a comunidade escolar deste novo espaço, integrando-se à
escola, como parte dinâmica de ações educacionais e culturais.
O terceiro artigo, Educação Básica, biblioteca e espírito científico:
circunstâncias e oportunidade, Eliane Fioravante Garcez discorre sobre a
escola e os reflexos das mudanças sociais, inserindo a importância da
51
pesquisa escolar e a utilização das tecnologias de informação e
comunicação. Aponta para a necessidade de melhorias na educação a
começar pelo investimento no acesso à informação para que o aluno
aprenda a buscar dados, relacionar-se com o mundo dos livros e da
materialidade digital.
Ainda nesse número, foi incluída a resenha do livro: Leitura:
mediação e mediador, de Barros, Bortolin e Silva, elaborada por Márcia
Regina da Silva, no qual os autores discutem os aspectos que envolvem a
estrutura, o funcionamento e a gestão de bibliotecas escolares, além de
avaliar a mediação da leitura no contexto da biblioteca. O foco principal do
livro refere-se à mediação da leitura e a relação da escolha da literatura
pelo adolescente, do suporte eletrônico na biblioteca infanto-juvenil,
perpassando pelo ato de ler do bibliotecário e do professor como
mediadores da leitura.
Na seção de Relato de Experiência, Roseli Venâncio Pedroso
apresenta um relato de sua experiência como bibliotecária do Colégio
Dante Alighieri, em São Paulo. Com bom humor, ela descreve algumas
histórias engraçadas, bizarras e até tristes, mas, com algo em comum,
pois os atores principais são os adolescentes e estão inseridos no cenário
da biblioteca escolar. Com esse painel de trabalhos, almeja-se que esse
primeiro passo da Revista contribua efetivamente para que os
interessados no mundo dos livros e, sobretudo, dos leitores em potencial
na biblioteca escolar possam refletir e dialogar a respeito da biblioteca
escolar.
O endereço da revista é o seguinte: http://revistas.ffclrp.
usp.br/BEREV.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
52
pretende dar continuidade na pesquisa, com a inserção de um Programa
de Pós-graduação em Ciência da Informação, nível mestrado profissional,
que conta com uma linha de pesquisa direcionada para o campo da
biblioteca escolar, com o intuito de ampliar os horizontes, para os
bibliotecários e educadores, que exercem atividades, ações e mediações
no espaço chamado biblioteca escolar. Nesse sentido, a formação de
mestres profissionais no campo da biblioteca escolar, permitirá habilitar
pessoas, para atuarem com conhecimento nas atividades profissionais no
campo da biblioteca escolar.
O Curso de Ciências da Informação e da Documentação da FFCLRP
pretende ampliar e unir esforços no campo da biblioteca escolar, com
grupos, com os cursos de Biblioteconomia e Ciência da Informação, e com
os profissionais envolvidos no sistema de ensino, no sentido de
compreender a importância da biblioteca escolar, no panorama
educacional na sociedade brasileira.
53
O CURSO DE BIBLIOTECONOMIA E GESTÃO DE
UNIDADES DE INFORMAÇÃO DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO E SUA
EXPERIÊNCIA COM A GESTÃO DE BIBLIOTECAS
ESCOLARES
Mariza Russo22
Palavras-chave:
Curso de Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação;
Graduação em Biblioteconomia; Ensino de Biblioteconomia; Gestão de
bibliotecas escolares; Bibliotecas escolares - Universidade Federal do Rio
de Janeiro.
22
Professora e Coordenadora CBG/FACC/UFRJ; M.Sc. Ciência da Informação, IBICT/
UFRJ; D.Sc. Engenharia de Produção, COPPE/UFRJ.
54
The article describes the implementation of the Library and Information
Management Course of the Federal University of Rio de Janeiro, Brazil. It
highlights the history of its creation, as well as the emphasis in the
management of information units. Among the disciplines it emphasizes
management of school libraries, which aims to train librarians with skills
and competencies necessary to provide access to information for young
people. It presents some indicators relating to the first four years of the
course and draws attention to the fact that the course also utilizes
distance education platforms in some disciplines.
Keywords:
Course in Library and Information Management; Undergraduate Library
Education; Management of school libraries; School Libraries - Federal
University of Rio de Janeiro, Brazil.
INTRODUÇÃO
55
avanços tecnológicos e o domínio das tecnologias avançadas para
organização do conhecimento registrado em suportes e locais
diversificados, a serviço da sociedade, para garantir o seu acesso e
recuperação relevante em redes globais de informação, e para utilizar os
recursos informacionais disponíveis (PROPOSTA..., 2005).
Pesquisa realizada pelo Instituto Euvaldo Lodi, do Distrito Federal
(IEL/DF), e pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e
Tecnologia (IBICT) apresentou um diagnóstico sobre o perfil do
profissional da informação no Brasil, o qual deveria ser incluído no Plano
de Trabalho Plurianual - 1996/2000, proposto para o desenvolvimento de
uma Política de Informação Tecnológica e de Negócios do IEL/DF.
56
de suas funções e ajudá-los a serem reconhecidos como pessoas-chave
em suas organizações (JAMES apud OLIVEIRA, 2000).
AÇÕES
57
A Biblioteconomia passou, também, por esta trajetória,
principalmente, nos Estados Unidos, do século XIX, buscando sua
identidade profissional. Melvil Dewey criou o Library Journal e a American
Library Association, e foram então implementados os primeiros cursos na
área (SOUZA, 2001).
No Brasil, o Decreto no 8.835, de 11 de julho de 1911, oficializou o
primeiro curso de Biblioteconomia, em nível de graduação, na Biblioteca
Nacional, do Rio de Janeiro, cuja primeira turma teve início em abril de
1915. O modelo deste curso pioneiro se inspirou no programa francês, da
École des Chartes, enfatizando os aspectos cultural, humanista e
informativo, mais do que os aspectos técnicos, do modelo norte-
americano. Em seguida, o Colégio Mackenzie23 criou um curso de
Biblioteconomia, em 1929, calcado nos padrões americanos. Em 1936, a
Prefeitura Municipal de São Paulo absorve este curso, que em 1940 foi
incorporado à Escola de Sociologia e Política de São Paulo, funcionando
até os dias de hoje24 (CALDIN, 1999).
As décadas de 1950 e 1960 são consideradas promissoras para a
Biblioteconomia, no Brasil, porque neste período surgiram as primeiras
entidades de classe, tais como a Federação Brasileira de Associações de
Bibliotecários (FEBAB), em 1959, a Associação de Bibliotecários do Distrito
Federal (ABDF) e o Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), em 1962,
e a Associação Brasileira de Ensino de Biblioteconomia e Documentação
(ABEBD), em 1967. Ainda em 1962, a profissão de bibliotecário foi
reconhecida, no Brasil, como sendo de nível superior pela Lei nº 4.084,
promulgada em 30 de junho de 1962 e regulamentada pelo Decreto Lei nº
56.725, de 16 de agosto de 1965.
A criação de outros cursos - cada um com suas características -
suscitou a normatização dos mesmos, no que diz respeito à duração e
conteúdos curriculares. A FEBAB, afiliada à International Federation of
Library Associations and Institutions (IFLA), empenhou-se na solução
23
Hoje, Universidade Mackenzie, de São Paulo.
24
Na atual Fundação Escola de Sociologia Política de São Paulo (FESP).
58
desta questão, o que resultou na emissão, pelo Conselho Federal de
Educação (CFE), da Resolução de 18 de novembro de 1962, que fixou o
Primeiro Currículo Mínimo e a duração dos cursos de Biblioteconomia no
Brasil.
Este currículo mínimo foi, também, revisto e, em 1982, o CFE
implementou o Segundo Currículo Mínimo, que não só alterou a duração
dos cursos de três para quatro anos, como também especificou as
matérias de Fundamentação Geral, as Matérias Instrumentais e as
Matérias de Formação Profissional.
Este modelo, no entanto, não permitia alterações nos conteúdos
ministrados, pois seguia o sistema educacional brasileiro, muito
burocrático, inviabilizando mudanças rápidas na estrutura curricular.
A partir da nova Lei de Diretrizes e Bases para a Educação (LDB),
Lei no 9.394, sancionada no dia 20 de dezembro de 1996, a qual revogou
toda a legislação anterior relativa aos cursos de graduação, os
profissionais das áreas de Biblioteconomia vêm debatendo as Diretrizes
Curriculares para a área. Este debate resultou em um documento, mais
dinâmico e ágil, denominado “Diretrizes Curriculares para o Curso de
Biblioteconomia”, que flexibiliza a estrutura curricular dos cursos
formadores do profissional bibliotecário, estando muito mais direcionado
aos anseios da sociedade brasileira.
Os 43 cursos existentes no país seguem essas diretrizes, no
estabelecimento de seus currículos. Destes cursos, 72% estão vinculados
a instituições públicas e 28 % a instituições privadas, prevalecendo sua
localização na região sudeste (44%).
O QUADRO 1, a seguir, apresenta a lista dos cursos de formação de
bacharéis em Biblioteconomia no Brasil, 2012.
59
QUADRO 1 - Cursos de formação de bacharéis em biblioteconomia
no Brasil
60
Janeiro (UFRJ) mia e
Gestão de
Un.Inf.
SE Rio de Universidade Federal Fluminense (UFF) Bibliotecono Pública
Janeiro mia e
Documentaç
ão
SE Rio de Universidade Santa Úrsula (USU) Bibliotecono Privada
Janeiro mia
SE São Paulo Pontifícia Universidade Católica Campinas Ci. da Privada
(PUC-Campinas) Informação
SE São Paulo Universidade Federal de São Carlos Bibliotecono Pública
(UFSCar) mia
SE São Paulo Universidade Estadual Paulista Júlio de Bibliotecono Pública
Mesquita (UNESP) mia
SE São Paulo Universidade de São Paulo (USP) Bibliotecono Pública
mia
SE São Paulo Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Ci. da Pública
Preto Informação
e
Documentaç
ão
SE São Paulo Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Bibliotecono Privada
Informação (FABCI) mia.
SE São Paulo Faculdades Integradas Coração de Jesus Bibliotecono Privada
(FAINC) mia
SE São Paulo Faculdades Integradas Tereza D´Ávila Bibliotecono Privada
(FATEA) mia
SE São Paulo Centro Universitário Assunção – UNIFAI Bibliotecono Privada
mia
SE São Paulo Instituto Manchester Paulista de Ensino Bibliotecono Privada
Superior (IMAPES) mia
S Paraná Universidade Estadual de Londrina (UEL) Bibliotecono Pública
mia
S Paraná Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Bibliotecono Privada
Cascavel (FCSAC) mia
S R. Grande Universidade Federal do Rio Grande (FURG) Bibliotecono Pública
Sul mia
S R. Grande Universidade Federal do Rio Grande do Sul Bibliotecono Pública
Sul (UFRGS) mia
S Santa Fundação Universidade do Estado de Santa Bibliotecono Pública
Catarina Catarina (UDESC) mia
S Santa Universidade Federal de Santa Catarina Bibliotecono Pública
Catarina (UFSC) mia
CO Brasília Universidade de Brasília (UnB) Bibliotecono Pública
mia
61
CO Goiás Universidade Federal de Goiás (UFG) Bibliotecono Pública
mia
CO Mato Universidade Federal de Mato Grosso Bibliotecono Pública
Grosso (UFMT) mia
CO Mato Centro Universitário Cândido Rondon Bibliotecono Privada
Grosso (UNIRONDON) mia
CO Mato Instituto de Ensino Superior da Funlec Bibliotecono Privada
Grosso Sul (IESF) mia
Fonte: Fundamentado em dados do E-MEC (mar. 2012).
O CURSO DA UFRJ
Histórico do Curso
62
quando se pensou em construir um prédio de oito andares - que abrigasse
esta Biblioteca – cujo último piso seria dedicado ao Curso de
Biblioteconomia.
Este Projeto baseava-se na visão vanguardista da primeira Diretora
da Biblioteca Central – a bibliotecária Lydia de Queiroz Sambaqui – que
vislumbrava a relevância de uma grande proximidade entre as bibliotecas
da Universidade e o curso de formação em Biblioteconomia, a qual
permitiria uma troca de experiências que beneficiaria ambas as partes.
Ao longo dos anos, esta idéia foi se sedimentando, culminando com
a iniciativa da então Coordenadora do SiBI/UFRJ de criar um grupo de
trabalho, constituído por bibliotecários da Universidade, que em 2000
retomaram essa discussão, com vistas a atender – com a implementação
de um novo curso – às demandas da Sociedade.
Em outubro de 2001, foi instituída uma comissão de trabalho –
composta por onze bibliotecários, mestres e especialistas em
Biblioteconomia e áreas afins - para desenvolver a proposta político-
pedagógica do Curso. A Portaria no 2.325, de 7 de outubro de 2003,
emitida pelo Magnífico Reitor da UFRJ, Professor Aloísio Teixeira,
designou, oficialmente, esta Comissão, a qual foi integrada por cinco
docentes, doutores, para assessoramento em questões inerentes ao
processo de implantação deste novo Curso.
Fundamentando-se na experiência dos integrantes dessa Comissão,
como diretores de bibliotecas, a grade curricular do Curso foi planejada
com um enfoque diferencial das demais oferecidas pelos cursos existentes
no país. Foi, então, desenhada uma proposta contemplando não só a área
de Biblioteconomia (37% das disciplinas), como também a área de
Administração (30%) e as áreas de Tecnologia e outras complementares
(33%). Esta composição se justifica visto que os bibliotecários do
Ambiente 21 precisam estar capacitados para administrar, com eficiência
e eficácia, todos os recursos que integram as Unidades de Informação,
fazendo uso das ferramentas tecnológicas mais atuais. Essas ações
resultaram na proposta político-pedagógica para o CBG, encaminhada em
63
novembro de 2003, às instâncias competentes da UFRJ, para fins de
análise e aprovação.
Como outro ponto diferencial, essa proposta apresenta parcerias
com nove Unidades da UFRJ, as quais foram convidadas a participar de
disciplinas curriculares, integrando o CBG na diretriz de
interdisciplinaridade apontada pela linha de ação da Universidade;
proposta essa que foi apreciada pela Congregação de cada uma destas
Unidades, com o objetivo de garantir a aprovação da participação dos
Departamentos envolvidos na oferta das disciplinas.
Estas Unidades são: Escola de Belas Artes (EBA), Escola de
Comunicação (ECO), Escola Politécnica (POLI), Faculdade de Letras (FL),
Instituto de Economia (IE), Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS),
Instituto de Matemática (IM), Instituto de Psicologia (IP) e Núcleo de
Tecnologia Educacional para a Saúde (NUTES).
Em 29 de junho de 2005, o Curso foi aprovado pelo Conselho de
Ensino de Graduação (CEG) e, em 14 de julho pelo Conselho Universitário
(CONSUNI), para ser incorporado às ofertas de Graduação da UFRJ.
O CONSUNI aprovou o início da primeira turma do CBG para agosto
de 2006, sendo incluído no concurso vestibular, conforme edital no35, de
15 de julho de 2005, publicado no Diário Oficial da União (DOU), de 19 de
julho de 2005, seção 3, p. 35-37.
Currículo do Curso
64
O QUADRO 2 relaciona, a título de exemplo, as disciplinas
obrigatórias oferecidas no 1º e no 7º períodos do CBG.
CARG
CRÉ
A
PERÍ CÓDIGO TÍTULO DITO
HORÁ
ODO S
RIA
Fundamentos de Biblioteconomia e Ciência
ACA575
da Informação 60 4
IEE 117 Introdução à Economia 45 3
1º ACA 115 Fundamentos de Administração 60 4
LEV 110 Língua Portuguesa 60 3
ECA 112 Comunicação e Realidade Brasileira 60 4
ACA576 História do Registro da Informação 60 4
Disciplina Optativa 45 3
TOTAL 390 25
ACA602 Planejamento e Gestão de Projetos 60 4
ACA593 Sistema de Recuperação da Informação 60 3
ACA597 Arquitetura da Informação 60 3
7º ACA594 Comunicação Científica 60 4
ACA600 Extensão Cultural em Unidades de
45 3
Informação
ACA601 Gerenciamento Eletrônico de Documentos 45 3
ACAX01 Projeto Final I 60 1
TOTAL 390 22
65
QUADRO 3 - Disciplinas optativas
66
O CBG e a Biblioteca Escolar
67
Impulsionado por este ambiente desfavorável e alinhado com as
recentes ações governamentais25, o CBG oferece regularmente a disciplina
Gestão de Bibliotecas Escolares, com a finalidade de preparar profissionais
para atuar neste segmento com a devida competência para exercer as
atividades demandadas pelo público infanto-juvenil.
Os tópicos da ementa desta disciplina são discriminados a seguir:
• Caracterização da Biblioteca Escolar;
• Adequação do bibliotecário ao perfil dos usuários;
• Integração biblioteca-escola-comunidade;
• Recursos, atividades e divulgação;
• Legislação da biblioteca escolar;
• Responsabilidade do bibliotecário no ensino, na aprendizagem e na
pesquisa escolar;
• Dinâmica das atividades-fim da biblioteca escolar;
• A biblioteca escolar como laboratório de aprendizagem;
• Atividades educacionais e culturais;
• Literatura infanto-juvenil.
Como objetivos a referida disciplina apresenta:
OBJETIVO GERAL:
Desenvolver, nos alunos, competências e habilidades que deverão
estimular seu interesse para atuar em Bibliotecas Escolares (BE), a fim de
que se sintam capazes de promover o acesso à informação para a
população jovem (infantil e infanto-juvenil) inserida no contexto escolar
brasileiro.
25
Iniciativa do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) sobre o segmento das
bibliotecas escolares foi a sanção da Lei no 12.444/10, de autoria do deputado federal
pelo estado de São Paulo, Lobbe Neto, que determina a instalação de bibliotecas em
todas as instituições de ensino do país, incluindo públicas e privadas, até 2020. Esta lei
que foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 24 de maio de 2010, e
publicada no Diário Oficial da União (DOU), de 25 maio 2010, Seção 1, p. 3, exige que
cada biblioteca deve ter, no mínimo, um título para cada aluno matriculado, prevendo ser
atendida no prazo máximo de dez anos e, ainda, que a criação dessas bibliotecas esteja,
compatibilizada com a Lei 4.084, de 30/06/1962, que rege a profissão de bibliotecário.
68
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Destacar a importância do papel da BE dentro da instituição
educacional, para consecução dos objetivos educacionais;
• Fornecer aos alunos informações relativas à nova configuração das
BE no âmbito da Sociedade da Informação, contribuindo para o
fomento das discussões relativas ao tema;
• Observar, analisar e sistematizar o trabalho da BE, da sua gestão,
desenvolvimento e avaliação dos serviços, no âmbito da Escola;
• Favorecer a mudança das práticas profissionais na Gestão da BE,
dignificando este espaço dentro da comunidade escolar;
• Promover atividades de animação que coloquem a BE no centro da
vida cultural da escola;
• Ressaltar a importância da divulgação do trabalho de uma BE.
O método empregado na disciplina inclui além das aulas expositivas
sobre os tópicos apresentados na ementa, palestras e mesas redondas
integradas por especialistas no tema de BE e de Literatura Infantil e,
ainda, visitas técnicas a Bibliotecas Escolares do Rio de Janeiro (públicas,
privadas e confessionais).
Primeiros Resultados
69
d) Ofertas de estágios estão sendo disponibilizadas para alunos do CBG
em bibliotecas escolares;
e) Participação de alunos e professores em eventos que focalizam o
tema de Bibliotecas Escolares;
f) Elaboração de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) – três em
2010 e dois em 201126;
g) Alunos do CBG estão sendo empregados em Bibliotecas Escolares do
estado do Rio de Janeiro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
26
No Apêndice são apresentados os resumos dos TCC já desenvolvidos no CBG.
70
REFERÊNCIAS
71
Apêndice – Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) elaborados no CBG
72
BE. O estudo da biblioteca do CAp teve como finalidade verificar se a
mesma está de acordo com os parâmetros, ou caso não esteja, se
pretende alcançá-los. Os resultados obtidos, por meio das técnicas de
estudo de caso e observação direta, na comparação com os indicadores do
GEBE, constataram que os indicadores dessa biblioteca se encontram mais
para o nível básico do que para o exemplar, considerando-se que a
qualidade principal a ser alcançada é que ela seja uma biblioteca mais
dinâmica, principalmente no que diz respeito ao seu contato com os
demais projetos desenvolvidos na escola.
73
Estudo sobre o papel educacional da biblioteca escolar e sua importância
na formação dos alunos para a participação no cenário educacional.
Apresenta os principais objetivos inerentes à biblioteca escolar e como
esta se insere no ambiente educacional. Analisa a maneira como o
profissional bibliotecário pode trabalhar em parceria com os professores
para a formação educacional de alunos, ao realizar atividades diretamente
com eles, procurando despertar o prazer pela leitura, o pensamento
crítico, a prática da pesquisa escolar e a busca pela informação e
conhecimento. Sugere como deve ser o perfil do bibliotecário escolar e a
nova Lei da Biblioteca Escolar. Disponibiliza o questionário utilizado nas
dez bibliotecas escolares selecionadas e os resultados.
74
EXPERIÊNCIAS EM BIBLIOTECAS ESCOLARES DE
LONDRINA – PARANÁ
Sueli Bortolin 28
Palavras-chave:
Bibliotecas escolares – Universidade Estadual de Londrina; Bibliotecas
escolares e Educação; Bibliotecas escolares – projetos; Bibliotecas
escolares – pesquisas e publicações.
27
Professora no Departamento de Ciência da Informação da Universidade Estadual de
Londrina
28
Professora no Departamento de Ciência da Informação da Universidade Estadual de
Londrina
75
including: scientific research, events, publications and academic papers;
extension activities, training activities. It depicts the School Library
Network of the City of Londrina. It emphasizes the need that local
authorities change their attitude in relation to school libraries, in order to
understand them as subsystems of the school that need to be valued. It
concludes that changes are needed in order to improve the city’s school
libraries.
Keywords:
School libraries - State University of Londrina; School Libraries and
Education; School libraries - projects; School libraries - research and
publications.
INTRODUÇÃO
76
Não existe o cargo de bibliotecários nas escolas estaduais do
Paraná. Em geral, os bibliotecários que atuam nas bibliotecas escolares,
ocupam cargos administrativos, com salários nada animadores. Temos
notícias ainda de professores que foram retirados de sala de aula por
estarem doentes, estressados, depressivos e alocados em bibliotecas
escolares, ou seja, o professor não tem condições de atender uma turma
de alunos de 40 alunos, mas pode trabalhar com todos os discentes da
escola.
Pela inexistência de dados não é possível fazer estimativa dos
egressos do curso de Biblioteconomia da UEL que atuam nas bibliotecas
escolares estaduais; informaremos apenas que o número de escolas
estaduais de Londrina que contam com bibliotecários chega a seis, sendo
que uma delas tem dois profissionais, totalizando sete profissionais.
Em seguida apresentaremos as iniciativas em prol da biblioteca
escolar em Londrina utilizando as seções: pesquisa científica; eventos;
trabalhos acadêmicos e publicações; atividades de extensão; atividades
de formação profissional e Rede de Bibliotecas Escolares da Prefeitura do
Município de Londrina.
AÇÕES
Pesquisa Científica
77
de Campinas a dissertação: “A biblioteca escolar na rede estadual de
ensino de 1º grau do Paraná; diagnóstico e avaliação”. Possivelmente, o
primeiro trabalho de pesquisa de docentes do departamento tendo como
locus de pesquisa as bibliotecas escolares.
Atualmente, o único projeto do departamento de Ciência da
Informação que tem como seu principal enfoque a biblioteca escolar é o
projeto intitulado: A Oralidade na Mediação da Informação, da Literatura e
da Memória, que tem como objetivo: construir um corpus teórico a
respeito das mediações seja ela informacional, da leitura, da literatura na
perspectiva da oralidade, visando provocar no bibliotecário em serviço29
reflexões sobre seu fazer cotidiano e a sua memória pessoal e
institucional. Esse projeto iniciou-se em 2011 tendo como motivação a Lei
no. 12.244 “Universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do
País”. É coordenado pela Profa. Sueli Bortolin tendo como colaboradores
externos o Prof. Oswaldo Francisco de Almeida Júnior e a bibliotecária Ana
Lúcia Antunes de Oliveira Bicheri. Além disso, participam do projeto os
docentes do departamento de Ciência da Informação, Luciane de Fátima
Beckman Cavalcante e Richele Grenge Vignoli.
a) Procedimentos
29
Bibliotecário em serviço - profissionais atuando em bibliotecas.
78
para os bibliotecários proporem soluções; Esse instrumento está sendo
construído na medida em que as visitas estão sendo feitas;
- Utilizando a metodologia colaborativa serão realizadas reuniões e
eventos para e com os bibliotecários das referidas bibliotecas.
A justificativa para a escolha dessa metodologia deve-se a
concordância da coordenadora com o pensamento de Perrotti e Pieruccini
(2007, p. 64-65) quando afirmam que as
Eventos
79
- I Colóquio Internacional Bibliotecas Escolares e Laboratórios de
Informática em Meios Escolares – Brasil e França (Unesp/Marília/São
Paulo) (setembro 2012).
1985
MADUREIRA, Maria Aparecida Elke. A biblioteca escolar na rede
estadual de ensino de 1º. grau do Paraná: diagnóstico e avaliação.
1985. 134f. Dissertação (Mestrado em Biblioteconomia) – Pontifícia
Universidade Católica de Campinas, Campinas, 1985.
1986
HERECK, Aglaé Fierli. Sucesso escolar x uso de bibliotecas. 1986. 67f
Monografia (Especialização em Metodologia do Ensino Superior) –
Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 1986.
1996
CRUZ, Vilma Aparecida Gimenes; GONDO, Teresinha J. F. Treinamento de
professores da área de Comunicação e Expressão, em atividades de
leitura: relato de experiência. Semina. Ciências Sociais e Humanas,
Londrina, v. 17, n. 3, p. 350-353, 1996.
1999
OLIVEIRA, Sonia Maria Marques de; MORENO, Nádina Aparecida; CRUZ,
Vilma Aparecida Gimenes. Diagnóstico da pesquisa escolar, no curso de
5ª. a 8ª. série do 1º grau, nas escolas de Londrina – Paraná.
80
Informação & Informação, Londrina, v. 4, n. 1, p. 37-50, jan./jun.
1999.
1997
MALAGOLINI, Aparecida. Relacionamento biblioteca-educando:
propostas de educação e treinamento de usuários. 32f. Monografia (Curso
de Especialização em Metodologia da Ação docente ) – Universidade
Estadual de Londrina, 1997.
1999
BICHERI, Ana Lúcia Antunes de Oliveira. A Biblioteca escolar no processo
de ensino-aprendizagem: uma experiência. Ensaios APB, São Paulo, n.
66, 1999.
2001
SILVA, Rovilson José da. Proposta para o desenvolvimento da Hora do
Conto nas bibliotecas escolares da rede municipal de ensino de Londrina.
In: SEMINÁRIO EM CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO, 2001, Londrina. Anais...
[s. L.]: [s. n.], 2001.
2002
SANBUDIO, Mônica. Qualidade no atendimento em biblioteca
escolar: a situação do Colégio Vicente Rijo. 2002. Monografia
(Especialização em Gerência de Unidades de Informação) - Universidade
Estadual de Londrina, 2002.
2003
TANZAWA, Elaine C. L. Contribuições da biblioteca Abrahan Lincon
do Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos no processo de ensino
81
aprendizagem do idioma inglês como língua estrangeiras: um
diagnóstico. 2003. 115f. Monografia (Especialização em Informação,
Conhecimento e Sociedade) – Universidade Estadual de Londrina, 2003.
2004
BORTOLIN, Sueli; MARTINS, Elizandra. O bibliotecário escolar afinando o
foco na leitura. In: SIMPÓSIO DE ESTUDOS SOBRE LINGUAGEM E
SIGNIFICAÇÃO; SIMPÓSIO DE LEITURA DA UEL, 4., 2004, Londrina.
Anais... [S. l.]: [s. n.], 2004.
2006
SILVA, Rovilson José da; BORTOLIN, Sueli. Fazeres cotidianos na
biblioteca escolar. São Paulo: Polis, 2006. Esgotado.
82
Elizandra Martins
2006
BARROS, Maria Helena T.C. de; BORTOLIN, Sueli; SILVA, Rovilson José
da. Leitura: mediação e mediadores. São Paulo: FA, 2006.
SILVA, Rovilson José da; BORTOLIN, Sueli. Das prateleiras à mãos. In:
BARROS, Maria Helena T.C. de; BORTOLIN, Sueli; SILVA, Rovilson José
da. Leitura: mediação e mediadores. São Paulo: FA, 2006. p. 75-87.
83
BORGES, Silvia Bortolin; BORTOLIN, Sueli. Hora da história: toda criança
merece. In: BARROS, Maria Helena T.C. de; BORTOLIN, Sueli; SILVA,
Rovilson José da. Leitura: mediação e mediadores. São Paulo: FA, 2006.
p. 139-145.
2006
SILVA, Rovilson José da. O professor mediador de leitura na
biblioteca escolar da rede municipal de Londrina: formação e
atuação. 2006. 231f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de
Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2006.
2007
MARTINS, Elizandra. A revitalização das bibliotecas escolares de rede
municipal de ensino: espaços de mediação da leitura. Revista
Consciência Regional, v. 1, p. 63-82, 2007.
2008
BICHERI, Ana Lúcia Antunes de Oliveira. A mediação do bibliotecário
na pesquisa escolar face a crescente virtualização da
informação. 2008. 197f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Filosofia
e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2008.
2009
ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de; BORTOLIN, Sueli. Bibliotecário:
um essencial mediador de leitura. In: SOUZA, Renata Junqueira de (Org.).
Biblioteca escolar e práticas educativas: o mediador em formação.
Campinas: Mercado de Letras, 2009. p. 205-218.
84
educativas: o mediador em formação. Campinas: Mercado de Letras,
2009. p. 115-135.
d) Previsão de publicação
2012
GOMES, Luciano Ferreira; BORTOLIN, Sueli. Biblioteca escolar e a
mediação da leitura. Revista Semina: Ciências Humanas, Londrina,
2012. Aguardando avaliação.
2013
BORTOLIN, Sueli. A Ética na Mediação da Leitura na Biblioteca Escolar.
Ensino Em Re-vista, Uberlândia. (Colóquio/Unesp Marília, 18 e 19 set.
2012). Aguardando publicação.
Atividades de Extensão
85
de extensão denominado “Formação do Mediador de Leitura: diálogos e
orientação pedagógica”. Esse projeto tem como proposta inicial de
atuação os seguintes espaços: as duas unidades do Colégio de Aplicação
da Universidade Estadual de Londrina, Instituto Estadual de Educação de
Londrina e a Rede de Bibliotecas Escolares do Município de Londrina
(Palavras Andantes). Há pretensão do Departamento de Ciência da
Informação, especialmente com o Laboratório de Tecnologia – LabFree.
86
e as Bibliotecas Escolares da Rede Pública de Silva
Londrina
Critérios de Qualidade para avaliação de Fontes Elielsa Isabel da Silva
para Biblioteca Escolar
A linguagem não-verbal e a contação de Juliana Cristina
histórias nas escolas Gonçalves Meirelles
Proposta de Readequação Espacial e Leda Maria Araujo
Pedagógica da Biblioteca Escolar Abílio Codatto
Programas e Projetos Governamentais de Liliane C. S. Camargo
Incentivo à Leitura: impacto dessas ações na
atuação do bibliotecário
A competência informacional dos alunos pré- Luciana dos Santos
vestibulandos das escolas estaduais de Rolân- Silva
dia, Prof. Francisco Villanueva e Souza Naves
Diários de Leitura com crianças de 7 anos Rociangela Fleuringer
Silva
O Serviço de Referência em Bibliotecas Escola- Rosângela Romero
res: experiências e possibilidades no uso de TIC Carriça
A Mediação da Literatura nas Bibliotecas Rubens Ramos de
Estaduais de Londrina: atuação do bibliotecário Miranda
A biblioteca escolar como agente de transfor- Tania Ap. Munhoz de
mação no ensino provocando mudanças na Lima
escola
Automação de Biblioteca Escolar: abordagem Viviane Gomes de
de softwares livres disponíveis no Brasil Alvarenga
Análise da Competência Informacional dos Alu- Silmara do Prado Silva
nos do Colégio de Aplicação Prof. Aloísio Aragão
Produção Científica sobre Biblioteca Escolar e Suzana Rodrigues
Leitura (2000-2012): estudo na base de dados
LISA
A Leitura Recreativa dos Adolescentes do Insti- Zineide Pereira dos
87
tuto Federal do Paraná – Campus de Paranavaí Santos
88
O projeto “Palavras Andantes” está sendo coordenado pela Profa.
Márcia Batista de Oliveira desde 2010.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
89
REFERÊNCIAS
90
ESPECIALIZAÇÃO EM BIBLIOTECAS ESCOLARES E
ACESSIBILIDADE: CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
LATO SENSU EM EAD
SPECIALIZATION COMPUTER-MEDIATED
DISTANCE LEARNING COURSE ON SCHOOL
LIBRARIES: THE EXPERIENCE OF THE SCHOOL OF
LIBRARY SCIENCE AND COMMUNICATION OF
FEDERAL UNIVERSITY OF RIO GRANDE DO SUL,
BRAZIL
Eliane L. da Silva Moro30
91
bibliotecas escolares e na melhoria da educação básica, segundo as novas
tendências de aprendizagem baseada em tecnologia digital.
Palavras-chave:
Bibliotecas Escolares - Acessibilidade; Bibliotecas Escolares - Cursos de
Especialização a Distância; Bibliotecas Escolares - Educação a Distância;
Bibliotecas Escolares - Educação continuada; Bibliotecas Escolares e
Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Bibliotecas escolares -
Departamento de Ciências da Informação - Faculdade de Biblioteconomia
e Comunicação da UFRGS.
Keywords:
School Libraries - Accessibility; School Libraries - Specialization Distance
Learning Courses; SchoolLlibraries - Distance Education, School Libraries -
Continuing Education; School libraries - Federal University of Rio Grande
do Sul; School Libraries -Information Science Department, School of
Library Science and Communication, UFRGS.
92
INTRODUÇÃO
93
uma política de recursos humanos qualificados para atuar nas mesmas.
Vigora também a Lei Estadual Nº 8.884, de 09/11/1988, além da atual Lei
Federal Nº 12.244, de 24/05/2010, que dispõe sobre a universalização
das bibliotecas nas instituições de ensino do país. A biblioteca deve ser a
extensão da sala de aula e vice-versa, onde professores e bibliotecários
tenham como prioridade estimular o encantamento da leitura e o acesso à
informação em todos os espaços de vida dos alunos e onde professores,
bibliotecários e pedagogos atuem conjuntamente, sendo fundamental que
exista uma relação de colaboração e cooperação para que realmente a
biblioteca se torne o coração da escola.
94
otimizando o uso das TICs existentes na escola e contribuindo para o
benefício coletivo da comunidade.
95
FIGURA 1 - Logo EBEA
96
FIGURA 3 - Estrutura do AVA TelEduc
97
As avaliações das disciplinas ministradas em EAD, a apresentação
das disciplinas em EAD do módulo subsequente e a realização de
disciplinas presenciais e visitas foram realizadas na modalidade presencial,
tendo como local a FABICO/UFRGS. Além disso, foram desenvolvidas
dinâmicas de grupos, palestras com especialistas da área e visitas de
estudo a instituições focadas na temática das disciplinas ministradas:
Biblioteca da Escola Marista (Canela/RS), Biblioteca da PUCRS e Biblioteca
do Instituto Santa Luzia – POA/RS (FIG. 5 e 6).
98
exercício, nas funções profissionais (FIG. 7). Dentre os alunos do Curso
EBEA a proposta de acessibilidade transformou-se também em ação
inclusiva, pois participou do Curso uma bibliotecária com deficiência
visual, a quem foi disponibilizado o acesso e o uso das ferramentas e
conteúdos do Curso adaptados e acessíveis.
MA
99
CONTRIBUIÇÕES DO CURSO EBEA NA DEMOCRATIZAÇÃO DO
ACESSO AO ENSINO
100
resultados que os alunos demonstraram participação, interação,
comprometimento e que, a participação de uma aluna com limitação
visual, foi possível devido à acessibilidade das ferramentas e materiais
produzidos e a interação com os colegas, professores e tutores do Curso.
101
Acessibilidade, possibilitando o contato com profissionais que atuam em
bibliotecas escolares de diferentes locais do Brasil e do Rio Grande do Sul
e oportunizando momentos de trocas, de colaboração, de cooperação e
de compartilhamento entre alunos, tutores e professores.
102
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CURSO EBEA
32
BEHR, A.; MORO, E. L. S.; ESTABEL, L. B. Gestão da Biblioteca Escolar: metodologias, enfoques
e
aplicação de ferramentas de gestão e serviços de biblioteca. Ciência da Informação, Brasília, v. 37,
p. 32-42, 2008.
103
dos Usuários da Biblioteca Escolar por Meio do Benchmarking e do
Sensemaking’.
As atividades realizadas no decorrer do Curso se caracterizaram em
síncronas (previamente estabelecidas pelo professor de cada Disciplina)
e nos módulos presenciais e assíncronas (horários selecionáveis pelos
alunos) no AVA TelEduc. O Curso finalizou com 26 alunos (bibliotecários e
professores). As Monografias, no final do Curso (março de 2010) foram
realizadas de forma presencial, seguindo um Cronograma, e, também,
através de Videoconferência com alunos de outros Estados e do interior
que optaram pelo uso das tecnologias, apresentando o trabalho final para
a Banca Avaliadora. (FIG. 8).
104
Vou sentir muita saudade de ti depois que terminar o curso. Não sabes o
quanto aprendi contigo e o quanto mudei depois de ter visto teu
entusiasmo e amor pelo que fazes. Hoje sou muito melhor do que quando
iniciei o curso. Aprendi que se não posso mudar o mundo, pelo menos
posso mudar o lugar onde trabalho e como mudei. (M.J.C.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
105
REFERÊNCIAS
106
CURSO DE GESTÃO DE BIBLIOTECAS ESCOLARES -
MODALIDADE A DISTÂNCIA, DESENVOLVIDO NO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO DA
UFSC
Palavras-chave:
Ciência da Informação – Curso a distância; Curso à distância –
Universidade Federal de Santa Catarina
33
Professora do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Federal de
Santa Catarina.
107
professionals (librarians and teachers) working in school libraries (public
and private) and in documentation and/or information centers, reading
rooms, study rooms, and other spaces related to the delivery of
information for students.
Keywords:
Information Science - School Library Distance Learning Course;
School Library Distance Learning Course - Federal University of Santa
Catarina, Brazil.
INTRODUÇÃO
108
AÇÕES
109
contribuindo, desta forma, para o aprimoramento das atividades de
ensino-aprendizagem. O curso foi dividido em cinco temáticas, cada uma
contendo três disciplinas, com exceção da primeira e última temáticas que
contavam com quatro e uma disciplinas, respectivamente. No QUADRO 2,
encontra-se a relação das temáticas e disciplinas a ela ligadas.
HORAS
TEMÁTICAS DISCIPLINAS
/ AULA
Introdução à educação a distância 15
Temática 1
Políticas públicas para bibliotecas escolares 30
Sociedade e 105
Novos rumos da biblioteca escolar 30
Informação
Pesquisa bibliográfica 30
Organização de bibliotecas escolares 30
Temática 2
Gestão da qualidade e dos serviços em
Gestão de 30
bibliotecas escolares 120
bibliotecas
Desenvolvimento, conservação e
escolares 60
recuperação das coleções
Temática 3 Organização da documentação e da
30
Tratamento da informação I: registro e catalogação
informação em Organização da documentação e da 90
30
bibliotecas informação II: classificação e indexação
escolares Informatização de bibliotecas 30
Temática 4 Pesquisa escolar 30
Mediação e Leitura e literatura infanto-juvenil 30
serviços em 90
Disseminação da informação em bibliotecas
bibliotecas 30
escolares
escolares
Temática 5
Elaboração da Monografia - -
Monografia
Total de h/a 405
Fonte: Projeto político pedagógico do curso.
110
Centro de Ciências da Educação. O Lantec foi o responsável pelo apoio
técnico e pedagógico às atividades desenvolvidas.
111
c) produção de textos, resenhas, artigos e sua disponibilização nas
mídias indicadas;
i) Revista Indexa;
j) avaliações presenciais.
112
O Trabalho de Conclusão do Curso foi realizado com a orientação
dos professores do curso e de professores convidados. Os trabalhos foram
desenvolvidos em forma de monografia, sendo individuais. As defesas
ocorreram de forma presencial, sendo realizadas no campus da
Universidade Federal de Santa Catarina, com banca composta por três
professores, sendo dois da casa e um membro externo.
Foram desenvolvidos trabalhos bastante interessantes, podendo ser
citados como exemplos dos títulos apresentados, os que se seguem:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
113
EDUCAÇÃO CONTINUADA DO BIBLIOTECÁRIO
ESCOLAR: A EXPERIÊNCIA DA FACULDADE DE
BIBLIOTECONOMIA DA UFPA
Palavras-chave:
Bibliotecas escolares – Universidade Federal do Pará; Bibliotecários
escolares – Educação continuada; Bibliotecas escolares e Educação.
34
Doutor em Ciência da Informação, Professor da Faculdade de Biblioteconomia/
ICSA/UFPA.
35
Mestre em Ciência da Informação, Professora da Faculdade de Biblioteconomia/
ICSA/UFPA.
114
school librarians, through an specialization course on school library. It
highlights the effort of the Federal University of Pará in order to offer
continuing education to students with an undergraduate diploma in
Librarianship. It points as one of the main goals of the actions undertaken
the training of professionals who are able to understand their context of
action and the possible contributions of the school library to improve the
quality of education.
Keywords:
School libraries - Federal University of Pará, Brazil; School Librarians -
Continuing Education, School Libraries and Education.
INTRODUÇÃO
115
bibliotecários serão requisitados nos próximos anos para desenvolver
atividades nas bibliotecas escolares, visto que foi aprovada, em 24 de
maio de 2010, a Lei Federal no. 12.244, que dispõe sobre a
universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País,
estabelecendo um prazo de 10 anos para que todas as escolas possuam
bibliotecas em sua estrutura e, portanto, um profissional qualificado em
cada uma delas. O cenário posto pela nova lei impõe às instituições de
ensino superior no País, públicas ou privadas, um maior zelo quanto à
formação de quadros que possam atender a exigência legal.
AÇÕES
116
A partir da implantação do SIEBE foi proposta e viabilizada a criação
do cargo de bibliotecário no quadro funcional da SEDUC o que permitiu a
realização de concurso público e a nomeação de 30 bibliotecários.
Observe-se que os mesmos foram precedidos por bibliotecários
contratados na condição de temporários.
117
Municipal de Educação (SEMEC), do Município de Belém e de outros que
atuam em bibliotecas de escolas mantidas pelo setor privado.
118
para a qualidade do ensino, para o que deverá conhecer o contexto
educacional, sua lógica e seus princípios, para assim, dentro do que for
necessário, inserir a biblioteca no contexto pedagógico da escola.
119
Uma dificuldade adicional dos profissionais que atuam na área de
Biblioteconomia, comum ao setor cultural, é a falta dos meios financeiros
necessários a promoção dos seus serviços e produtos. Nesse sentido, o
curso de especialização propõe, como estratégia, a capacitação na
elaboração de projetos para a captação de recursos. A expectativa
consiste em que o egresso possa lidar melhor com as mínimas dotações
orçamentárias dos governos para com as bibliotecas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
120
A Faculdade de Biblioteconomia, do Instituto de Ciências Sociais
Aplicadas, da UFPA, com a proposta do Curso de Especialização em
Bibliotecas Escolares, entende que contribui para o desenvolvimento
socioeconômico da região e do País, tendo por base a ação humana
qualificada pela reflexão e pelo uso do conhecimento acumulado sobre
fazeres específicos, nesse caso: planejamento, organização e serviços de
acesso à informação para a educação e para a cidadania.
121
PANORAMA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA
BIBLIOTECAS ESCOLARES NO ESTADO DE GOIÁS
Palavras-chave:
Bibliotecas Escolares – Estado de Goiás; Bibliotecas Escolares e Políticas
Públicas; Bibliotecas Escolares e Educação.
This article presents a scenario of public policies for school libraries in the
state of Goiás, Brazil. It describes programs, changes in legislation and
other actions taken within the network of public and private schools, with
the objective to define and strengthen the role of school libraries and of
librarians in the educational context. Emphasizes the action of the Course
on Librarianship at the Federal University of Goiás, Brazil, which has
developed an internship program in school libraries and a requirement of
36
Mestre em Comunicação. Professora do Curso de Biblioteconomia da UFG.
37
Doutora em Ciência da Informação. Professora do Curso de Biblioteconomia da UFG.
122
papers for completion of course that include the theme of the school
library.
Keywords:
School Libraries - State of Goiás, Brazil; School Libraries and Public Policy;
School Libraries and Education.
INTRODUÇÃO
123
Ainda conforme apontado por Silveira (2010), o acervo foi
formado por livros de literatura e livros informativos de Língua
Portuguesa, Matemática, Língua Estrangeira: Inglês e Espanhol,
Sociologia, Filosofia, Geografia, História, Ciências, Artes e Educação Física.
O autor prossegue em seu delineamento histórico, verificando que, em
2009, foram criadas ações voltadas para a capacitação de professores
dinamizadores de biblioteca, que deveriam ser professores leitores,
responsáveis por metodologias e ambientes propícios ao desenvolvimento
do hábito de leitura nas bibliotecas/escolas.
Como se pode perceber, nenhum desses programas contava com
a presença de bibliotecários para administrar as bibliotecas e os acervos.
No caso do PBEE, alguns bibliotecários ministraram treinamento para os
dinamizadores de bibliotecas e forneceram instruções voltadas à
organização do acervo. Esses programas passam, atualmente, por
"descontinuidades". Entre uma gestão pública e outra, o que se observa é
um descaso em relação a esse tipo de ação política. Entretanto, estudos
como o de Silveira (2010) foram o ponto de partida para uma nova
reflexão sobre a situação das bibliotecas nas escolas estaduais.
AÇÕES
124
Goiás; do Ministério Público do Estado de Goiás; da Secretaria de Estado
da Educação de Goiás; do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial;
do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial; do Serviço Social da
Indústria; do Sindicato das Escolas Particulares do Estado de Goiás; do
Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Goiás e da
Universidade Federal de Goiás. Nessa audiência foi discutida a importância
da biblioteca escolar como instrumento de ensino-aprendizagem na
formação de estudantes da rede pública e privada. Foi uma audiência
bastante produtiva, na qual as autoridades que ganharam vozes
reconheceram a importância desse espaço no cotidiano da escola.
O encaminhamento proposto após a audiência foi a identificação de
um grupo de trabalho composto por membros da Associação de
Bibliotecários do Estado de Goiás, pela Profª Eliany Alvarenga de Araújo e
por representantes da Secretaria Estadual de Educação, tendo como
objetivo discutir e elaborar um texto para constar na resolução do CEE. O
documento deveria prever o papel da biblioteca e do bibliotecário no
ambiente escolar. Nesse ínterim, foi aprovada a Lei Federal n.º 12.244, de
2010, que trata da universalização da biblioteca escolar na rede pública e
privada de ensino do país. Essa lei foi importante no sentido de fortalecer
a inclusão de um parágrafo sobre biblioteca escolar, na atual resolução do
CEE.
Assim, após intensas discussões e articulações políticas entre a UFG,
a Associação de Bibliotecários e o Conselho Estadual de Educação, foi
acrescentado na Resolução CEE/CP no. 05, de 10 de Junho de 201138, o
seguinte parágrafo:
125
escolar, auxiliando no processo de ensino-aprendizagem; suas
funções educativa, recreativa, cultural e social tornam - se
indispensáveis para o desenvolvimento da competência
informacional de seus usuários.
126
Parágrafo único. O Conselho de Classe é constituído pelo diretor,
pela coordenação pedagógica, pelo bibliotecário, por todos os
professores que atuam naquela classe, pela representação legal dos
alunos e dos pais e demais componentes, previsto no projeto
político pedagógico da unidade e no regimento escolar.
127
sociedade, perspectivas e desafios contemporâneos. O Curso de
Biblioteconomia, representado pelas referidas professoras, ministrou o
mini-curso “Competência informacional em Biblioteca Escolar” e promoveu
a divulgação da Lei 12.244 e da resolução do CEE. O público presente era
constituído por professores da rede pública e pela bibliotecária
responsável pelas bibliotecas de Aparecida de Goiânia.
Na rede privada, a situação da biblioteca escolar não é muito
diferente. Em Goiânia, algumas escolas tradicionais possuem bibliotecários
atuantes, mas a realidade está longe do que é desejável e necessário: que
todas as escolas particulares tenham bibliotecas bem estruturadas com,
pelo menos, um profissional formado e equipes de auxiliares de biblioteca
altamente capacitadas. Não há um estudo detalhado sobre a situação nas
escolas privadas do interior do estado, mas há demanda constante de
profissionais para atuarem em instituições privadas de ensino superior.
Assim, percebe-se que a formação de bibliotecários preparados para
assumir cargos em bibliotecas escolares constitui um dos desafios dos
cursos de biblioteconomia. No curso da Universidade Federal de Goiás,
esse desafio está sendo enfrentado por meio de um programa de estágios
e de trabalhos de conclusão de curso (TCCs), que oferece aos estudantes
oportunidade para trabalharem com questões específicas da biblioteca
escolar, conforme descrito a seguir.
128
seus estágios extracurriculares e obrigatórios em ambientes educacionais,
particularmente nas bibliotecas das escolas de Goiânia. Pelo levantamento
relativo aos anos de 2010 e 2011, verificou-se cerca de 10 estágios
obrigatórios desenvolvidos em bibliotecas escolares, sob supervisão do
profissional bibliotecário, nas seguintes instituições: Externato São José,
Colégio Marista, Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação –
CEPAE -, Colégio Salesiano Ateneu Dom Bosco e Colégio Pio Vargas.
As atividades desenvolvidas nesses locais procuraram tornar as
bibliotecas espaços interativos e interessantes para toda a comunidade
escolar e inseri-las na proposta pedagógica da escola. Dessa forma, os
estudantes de Biblioteconomia têm proposto em seus estágios ações
específicas como visitas técnicas orientadas, contação de estórias,
incentivo ao hábito de leitura, planos para formação e desenvolvimento de
acervo, criação de blogs e pesquisa escolar orientada, envolvendo a
participação de professores e bibliotecários das escolas.
Os trabalhos de Conclusão de Curso, considerados como disciplina
obrigatória no sétimo e oitavo períodos são realizados sob supervisão do
professor orientador. Tem sido produzidos no curso trabalhos de
qualidade, os quais vêm contribuindo para se traçar um panorama do
desenvolvimento da biblioteca escolar no estado de Goiás. Dentre esses,
pode-se citar o trabalho de Carlos Eduardo da Silveira: “Políticas públicas
para biblioteca escolar em Goiás: análise do Programa de Bibliotecas das
Escolas Estaduais- PBEE, da SEDUC - Goiás”39.
As demais monografias desenvolvidas no curso, tomando-se por
referência os anos de 2010 e 2011, têm se focado em temas como o
comportamento informacional dos estudantes da educação básica,
letramento informacional, vandalismo em acervos de bibliotecas escolares,
leitura, documentos audiovisuais em bibliotecas escolares e formação
profissional do bibliotecário. Os trabalhos que vêm sendo realizados estão
relacionados a seguir e estarão disponíveis em repositório digital que está
129
sendo desenvolvido pela Comissão Integrada de TCCs, da Faculdade de
Comunicação e Biblioteconomia (FACOMB):
QUADRO 1 - Produção Acadêmica
Título Autor
A biblioteca do Colégio Estadual Waldemar Mundim Karla
na percepção dos professores e alunos do 3º ano do Rodrigues da
ensino médio Silva
A biblioteca escolar e os documentos audiovisuais: MilenaBruno
uma investigação nas escolas de ensino fundamental Henrique
em Goiânia Guimarães
A formação acadêmica dos educadores para atuarem Morgana
na formação de leitores em escolas: análise dos Bruno
cursos de Letras Licenciatura Português, Pedagogia e Henrique
Biblioteconomia UFG Guimarães
Biblioteca escolar, necessidade e busca da Tatyane
informação: estudo sobre o comportamento Cristina
informacional dos estudantes da rede privada de Camargo dos
ensino da cidade de Goiânia Santos
Busca e uso de informação no contexto escolar: Caio
estudo de comportamento informacional de Filgueiras
estudantes da 2ª fase do ensino fundamental Viana
Estudo do comportamento informacional dos alunos Suzane
do ensino médio do Colégio Estadual Miriam Gonçalves
Benchimol Ferreira
Duarte
Informação em contexto educacional: Dayane
comportamento informacional de estudantes do Basílio
ensino fundamental II do Colégio Estadual Waldemar
Mundim na cidade de Goiânia-Goiás
Leitura na escola: análise da atuação das salas de Maria Sônia
leitura da rede municipal de ensino de Goiânia-Goiás dos Santos
de Aquino
Letramento informacional: uma análise dos Bethânia
formandos em Biblioteconomia da Universidade Oliveira Silva
Federal de Goiás no ano de 2010
Navegando na Internet: estudo de cultura Varlene
informacional de alunos concluintes do ensino médio Rocha
da rede estadual de ensino em Goiânia Brandão
Bandeira
Políticas públicas para biblioteca escolar em Goiás: Carlos
análise do Programa de Bibliotecas das Escolas Eduardo da
Estaduais-PBEE, da SEDUC-Goiás Silveira
Vandalismo em acervos de bibliotecas escolares Izaura F.
Neta
130
Dentre os 32 TCCs apresentados nos anos de 2010 e 2011, 12
incluíram temas de pesquisa envolvendo diretamente a biblioteca escolar,
o que correspondeu a quase 40% dos trabalhos produzidos pelos
estudantes do curso nos respectivos anos, conforme o gráfico a seguir:
70
60 62,5
50
40 37,5
30
20
10
0
S1
Biblioteca escolar
Outros temas
131
necessidade de formação do bibliotecário para atuar como educador,
principalmente sua capacitação para o desenvolvimento do letramento
informacional em diferentes unidades de informação. A pesquisa de Silva
(2011) indicou que o curso de Biblioteconomia da UFG oferece disciplinas
ligadas diretamente ao desenvolvimento do letramento informacional, mas
é necessário que disciplinas da área de Educação sejam acrescidas ao
currículo. Um dos grandes desafios das instituições educacionais é
incentivar os estudantes a tornarem-se letrados no uso da informação e,
no curso de Biblioteconomia, o desafio é ainda maior, pois se trabalha
com a perspectiva de formar profissionais que irão contribuir para a
formação e educação de novos usuários da informação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
132
SILVA, Bethânia Oliveira. Letramento informacional: uma análise dos
formandos em Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás no ano
de 2010. 2011. 62 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Biblioteconomia) – Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia,
Universidade Federal de Goiás, Goiânia. 2011.
133
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO E
FORTALECIMENTO DA REDE DE BIBLIOTECAS
ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA - ES
Palavras-chave:
Rede de Bibliotecas Escolares do Município de Vitória – ES; Bibliotecas
escolares municipais – relato de experiências; Bibliotecas escolares -
Brasil
40
Coordenação de Bibliotecas Escolares da Secretaria Municipal de Educação de Vitória,
ES.
134
of Vitória, in order to improve, revitalize and promote local school
libraries. These actions reflect the intentions of librarians and other staff
members to guide policies to be defined for the School Library Network, as
well as to create opportunities for reflections on practices, challenges and
processes of integration between schools, libraries and community.
Keywords:
School Library Network of the Municipality of Vitória – ES, Brazil;
Municipal School Libraries - Report of Experiences; School Libraries -
Brazil
INTRODUÇÃO
135
disponibilização de acervos, mas também pela viabilização dos saberes
presentes e subsidiados pela sua existência, tomando por base a realidade
da escola, seu projeto político-pedagógico e a cultura que fundamenta o
modo de vida dos membros da comunidade escolar.
Revisitando os registros dos trabalhos que inciaram a
implementação da Rede de Bibliotecas Escolares no Município de Vitória a
contar do ano de 1999, momento no qual houve o projeto de revitalização
dos espaços escolares, identifica-se um processo de mobilização de
equipes multidisciplinares incluindo bibliotecários, professores de artes,
educação física, língua portuguesa e estagiários de biblioteconomia com
especial atenção à revitalização dos espaços e ações das bibliotecas
escolares do Município.
Em 2005, motivado pelo satisfatório movimento instituinte realizado
junto às escolas e especialmente junto às bibliotecas, o município
concretiza a concepção de fortalecer e potencializar ainda mais o trabalho
inciado há seis anos realizando concurso público para diversos cargos de
magistério, assistentes administrativos e, principalmente, para o cargo de
bibliotecário, com a abertura inicial de 47 vagas para assunção imediata e
posteriormente totalizando, poteriormente, 54 bibliotecários atuando
diretamente nos espaços da Secretaria Municipal de Educação. Tais ações
propiciaram o atendimento antecipado à Lei Federal nº 12.244, publicada
no ano de 2010, que trata da universalização das bibliotecas escolares
num prazo máximo de dez anos, a contar de sua publicação Lei e, ainda, a
instalação de bibliotecas em todas as instituições de ensino do país, sejam
elas públicas ou privadas com a exigência de atuação de profissional
qualificado em cada unidade, bem como quantitativo mínimo de livros em
seu acervo, levando em consideração o número de alunos matriculados.
Para além do atendimento antecipado à lei nº 12.244, destaca-se o
investimento no processo de formação continuada pensada para nossos
bibliotecários por meio da realização das seguintes ações nos últimos
quatro anos.
136
AÇÕES
137
Dando seguimento ao contínuo processo formativo dos
bibliotecários, em 2012 está sendo oferecida formação de 80 horas, que
tratará de “Aspectos introdutórios de políticas educacionais” com a
perspectiva de embasar teoricamente a atuação dos bibliotecários
escolares abordando conteúdos de História de Educação, Currículo,
Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos e Alfabetização. Vale
destacar que mais de 70% da carga horária dessa formação está sendo
realizada dentro do horário de trabalho, o que explicita a meta da
Secretaria Municipal de Vitória em potencializar junto aos bibliotecários da
Rede, reflexões acerca do tema educação, colocando em pauta discussões
sobre o processo de integração escola/biblioteca/comunidade para que,
dessa forma, se aproximem os bibliotecários e professores em ações
colaborativas sistemáticas.
Além dos fóruns e seminários acima apresentados, a equipe de
bibliotecários tem a disposição vasta opção de formações organizadas pela
Gerência de Formação e Desenvolvimento em Educação que são ofertadas
ao longo de todo o ano durante e fora do horário de trabalho bem como a
possibilidade de formação continuada em outros cursos oferecidos,
inclusive de pós-graduação, ofertados via edital, pelo Pólo Vitória da
Universidade Aberta do Brasil e Escola de Governo de Vitória, conforme
disponibilidade dos servidores.
Em relação ao desenvolvimento de coleções, vêem sendo realizados
importantes investimentos nos últimos três anos, com a aquisição de
amplo acervo literário voltado para as demandas de cada unidade de
ensino, trazendo o foco para o atendimento de alunos do ciclo inicial de
aprendizagem (1º, 2º e 3º ano do Ensino Fundamental), perfazendo um
total de cerca de R$850.000,00 de investimento somente no ano de 2011
totalizando mais de 5500 títulos de livros. Além da renovação dos
acervos, ressalta-se a modernização dos mobiliários específicos de
bibliotecas para adultos e infantis (estantes e expositores, bibliocantos e
caixas bibliográficas) com um design moderno, alegre e resistente
trazendo, com isso, melhores condições físicas de atendimento à
138
comunidade escolar. Além das aquisições feitas diretamente pela
Secretaria de Educação, vem sendo estimulado continuamente os
diretores e bibliotecários a utilizarem verbas municipais e federais que são
repassadas diretamente às escolas para que sejam incluidas em seus
planejamentos, segundo suas especificidades, na melhoria da estrutura de
suas bibliotecas.
Outro ponto que a destacar é a inclusão da biblioteca escolar como
uma das possibilidades de oficinas oferecidas pelo Programa de Escola
Aberta (PEA), que funciona em 30 unidades municipais de ensino de
Vitória. Para qualificar o atendimento foram contratados estagiários com
carga horária de 20 horas semanais, sendo que 12 horas são cumpridas
durante a semana útil, com orientação direta do bibliotecário e do
pedagogo responsável pela unidade de ensino, além de 8 horas nos finais
de semana, com orientação do coordenador do PEA. Dessa forma procura-
se garantir à comunidade escolar e à população que reside em seu
entorno, mais uma possibilidade de espaço de formação cultural, leitura e
pesquisa.
Além das bibliotecas escolares, os profissionais do sistema municipal
de ensino contam com um espaço especializado para consulta a fontes
bibliográficas em diversas áreas de conhecimento: a Biblioteca do
Professor. Com amplo acervo bibliográfico voltado para o auxílio à
pesquisa e à normalização de trabalhos acadêmicos, a biblioteca tem
como proposta, amparar e prover ações pedagógicas de ensino.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
139
bibliotecas escolares. Com essa implantação, pretende-se fortalecer o
trabalho em rede, permitindo que o tratamento e a organização da
informação se qualifique continuamente.
Outro desafio, se caracteriza pelo fortalecimento de um trabalho de
bibliotecas escolares que conte com bibliotecários educadores integrados
ao coletivo da escola e não somente com técnicos de um setor isolado,
ressaltando as diversas possibilidades de atividades pedagógicas que
podem ser implementadas a partir da biblioteca escolar, como a
orientação à pesquisa escolar, a formação do leitor, a promoção da leitura
como prática cotidiana, a produção cultural e outras mais. Com esse
objetivo, a coordenação de bibliotecas escolares participará de um
momento de formação com todos os pedagogos da rede de ensino
fundamental, com o intuito de propiciar o estabelecimento desse elo de
conexão entre alunos, famílias, professores, bibliotecários e comunidade
escolar como um todo, de forma que essas possibilidades sejam
concretizadas segundo o perfil de cada território. Concomitante a isso,
destaca-se a participação no processo de elaboração do Projeto Político
Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação, que pretende escriturar
as concepções teóricas e filosóficas que norteiam a atuação da
coordenação seja na condição de gestores públicos, seja como agentes
educadores nos diversos espaços de Vitória que vem se consolidando a
cada dia como uma cidade verdadeiramente educadora.
REFERÊNCIAS
140
SISTEMA CRB/ CFB. Projeto mobilizador: biblioteca escolar: construção
de uma rede de informação para o ensino público. Brasília, DF: CFB/CRB,
2008.
141
A TRAJETÓRIA DE UM GRUPO ESPECIALIZADO DE
PROFISSIONAIS BIBLIOTECÁRIOS NA ÁREA
ESCOLAR EM SANTA CATARINA
Palavras-chave:
Biblioteca Escolar - Bibliotecário Escolar; Associação Profissional –
GBAE/SC – Santa Catarina, Brasil.
142
municipalities. Exposes a design management based on partnership with
institutions related to school library. It records the history of the Group,
encouraging school librarians to participate, to form similar groups, to
collaborate to strengthen the associations and the library profession.
Keywords:
School Library - School Librarian – Professional Association – GBAE /SC –
Santa Catarina, Brazil.
INTRODUÇÃO
42
O GEBE vincula-se à Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG) e integra pesquisadores e acadêmicos em atividades de ensino,
pesquisa e extensão, relacionadas à função educativa da biblioteca. O objetivo é buscar
compreender o potencial da biblioteca escolar como espaço de ação pedagógica.
Disponível em: <http://gebe.eci.ufmg.br/>. Acesso em: 26 abr. 2012.
43
A Associação Catarinense de Bibliotecários (ACB) foi instituída em 15 ago. 1975. Nela
encontram-se vinculados cinco grupos especializados – o Grupo de Bibliotecários da Área
143
Lima (1998) diz que:
144
necessidades específicas ao desenvolvimento da comunidade bibliotecária,
nos mais diferentes âmbitos da profissão. É preciso lutar contra o
recrudescimento das associações de classe e dar apoios irrestritos a esses
organismos. (MACEDO, 2005, p. 140).
145
O GRUPO DE BIBLIOTECÁRIOS DA ÁREA ESCOLAR DE
SANTA CATARINA – GBAE/SC
44
Programação disponível em: <http://www.ced.ufsc.br/bibliote/acb/forumbe.html>.
Acesso em: 07 abr. 2012.
146
alcançaram êxito, mesmo tendo, no primeiro ano (2000) promovido o II
Fórum Estadual de Bibliotecas Escolares. Foi somente em 2002, a partir
da palestra GBAE/SC – Grupo de Bibliotecários da área Escolar:
compromisso com a cidadania (GARCEZ, 2002), a qual integrou a Mesa
Redonda Cenários X Rumos da Profissão, composta por representantes
dos grupos especializados, no XXI Painel Biblioteconomia em Santa
Catarina (21 e 22 nov. 2002), que a ACB consegue mobilizar profissionais
e acadêmicos de Biblioteconomia dispostos a pensar e a fazer o GBAE/SC.
Em 2003, com novos integrantes e tendo superado a prioridade inicial de
contar com uma coordenação, o Grupo passou a buscar mais
simpatizantes enquanto, simultaneamente, definia o Calendário de
Reuniões Ordinárias e o Plano de Metas para aquele ano, os quais, por
determinação estatutária (ASSOCIAÇÃO..., 2008), passaram a ser
encaminhados à ACB. Nesse mesmo ano o GBAE/SC realiza dois
importantes eventos, o encontro Educar na Biblioteca Escolar (fev. 2003)
e o III Fórum Estadual de Bibliotecas Escolares (out. 2003) cujas
programações podem ser conferidas no subcapítulo 2.4. A partir de 2004,
com a aprovação do seu Regimento Interno, possuindo um site e com
uma identidade visual, o GBAE/SC consegue avançar e alcançar outros
espaços.
Nos subcapítulos que seguem serão abordadas questões
relacionadas à estrutura e gestão desse Grupo, além de pormenores
quanto às atividades desenvolvidas, que revelam o compromisso de suas
coordenações ao propósito de:
147
Estrutura e Gestão
45
Subgrupo Logomarca (Ana Beatriz A. Hernanpérez, Ana Luiza de Oliveira Mattos,
Maiara Danusa de Medeiros e Sandra M. Lohn Vargas), Subgrupo Estatuto (Eliane
Fioravante Garcez, Eliana Paula Turmina, Lidyani Mangrich dos Passos e Michelle
Pinheiro), Subgrupo Cadastro de membros (Ana Luiza de Oliveira Mattos e Sandra M.
Lohn Vargas), Subgrupo Relato de Experiência e Trabalhos Científicos (Ana Beatriz
A. Hernanpérez e Maiara Danusa de Medeiros), Subgrupo Levantamento de
Bibliotecas Escolares em SC (Denise Maria Gomes da Rocha, Eliane Fioravante Garcez,
Lidyani Mangrich dos Passos, Michelle Pinheiro e Sandra M. Lohn Vargas), e Subgrupo
Levantamento da Legislação sobre Bibliotecas Escolares (Ana Luiza de Oliveira
Mattos, Eliana Paula Turmina e Eliane Fioravante Garcez).
148
respectivamente, em 1982 e em 1997; naquele momento os únicos
grupos especializados vinculados à ACB. A partir desses documentos foi
construída a proposta de regimento interno para o GBAE/SC, que levada à
assembléia, foi aprovada.
O terceiro, subgrupo Cadastro de Membros, elaborou a “Ficha
Cadastral” de filiação (ver Anexo Único) na qual os interessados em
ingressar no Grupo registram seus dados pessoais e profissionais,
assinando-a. O quarto, subgrupo Relato de Experiência e Trabalhos
Científicos, coube fazer levantamento dos bibliotecários interessados em
relatar sua experiência profissional nas reuniões e fóruns realizados pelo
GBAE/SC. Também havia a ideia de incentivar esses profissionais a
registrarem essas experiências em artigos e submetê-los à subcomissão
de periódicos da área, o que colaboraria grandemente para o
enriquecimento da produção bibliográfica sobre biblioteca escolar em
Santa Catarina.
Os três primeiros subgrupos, ao concluírem seus trabalhos,
extinguiram-se. Já o quarto, o quinto e o sexto subgrupos, pela natureza
dos trabalhos, permanecem ativos.
É oportuno registrar que os trabalhos dos subgrupos cinco e seis
pouco avançaram. Talvez por exigirem maior sincronismo ou parceria de
seus membros com o Conselho Regional de Biblioteconomia (CRB-14),
com a própria Diretoria da ACB, com a Secretaria de Estado da Educação,
as Secretarias Municipais de Educação, o Sindicato dos Trabalhadores em
Educação na Rede Pública do Estado de Santa Catarina (SINTE/SC) e o
Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina (SINEPE/SC). Em
função da falta de articulação e de mais pessoas no Grupo para
desenvolvê-los, o Levantamento de dispositivos legais sobre bibliotecas
escolares, também estacionou.
Ainda, quanto à composição do GBAE/SC, o décimo quarto artigo do
Regimento Interno (GRUPO..., 2004, p. 3) preceitua que podem integrá-lo
bibliotecários e acadêmicos de Biblioteconomia, desde que sócios da ACB
e em situação regular perante esta Associação. No entanto, por entender-
149
se que as experiências de auxiliares de bibliotecas e de professores dos
cursos de graduação em Biblioteconomia fortalecem os princípios da
parceria necessária para a manutenção da Biblioteca Escolar, estes têm
participado das reuniões do Grupo, contudo sem direito a voto. Outro pré-
requisito regimental que se busca contornar é quanto à condição de que
apenas bibliotecários e acadêmicos associados à ACB possam integrar-se
ao Grupo. O Grupo tem permitido a participação de acadêmicos e
bibliotecários não associados à ACB em duas ou três reuniões, por
entender que estas subsidiam suas decisões quanto à filiação ao Grupo.
Reuniões
150
compreendidas como oportunidade de educação contínua. No QUADRO 1
constata-se, por exemplo, que as reuniões do Grupo que mais trouxeram
bibliotecários da Rede Municipal de Florianópolis, que conta com
aproximadamente 40 bibliotecários, além dos auxiliares de biblioteca,
foram àquelas precedidas por palestras, por coincidência, oferecidas pelos
próprios colegas bibliotecários dessa mesma Rede.
Palestras e Oficinas
46 GBAE/SC: Grupo de Bibliotecários da Área Escolar de Santa Catarina: um compromisso com a cidadania (XXI PBSC, 2002,
GARCEZ), GBAE/SC (8ª Fase, Biblioteconomia UDESC, 2002, GARCEZ), GBAE/SC – Grupo de Bibliotecários da Área Escolar de
Santa Catarina: atuação profissional e realizações (Comemoração 28 anos da ACB, ago. 2003, GARCEZ), Reunião Secretaria de
Estado da Educação (PRT 03/2003 sobre concurso contratação professor readaptado para atuar na BE, jun. 2003, GARCEZ et al.),
GBAE/SC (IV Fórum Estadual de Bibliotecas Escolares, out. 2004, GARCEZ),
Mesa Redonda: Os últimos 10 anos
da Biblioteconomia em Santa Catarina (XXIV PBSC, 2005, MATTOS), O Dia do
Bibliotecário e a Profissão (Programa “Falando Abertamente”, TV COM, Florianópolis,
mar. 2006, MATTOS), Grupo de Bibliotecários da Área Escolar de Santa Catarina – GBAE/SC: relatório de
atividades 2006 (Semana do Bibliotecário, mar. 2006, GARCEZ; KIESER), Audiência Pública
– criação do cargo do bibliotecário
nas escolas públicas estaduais (Plenário da Assembl Estado de Santa Catarina – ALESC, maio 2006, KIESER;
éia Legislativa do
MATTOS), Debate Bibliotecas Escolares (Programa Plantão Pedagógico, TV UDESC, out. 2006, GARCEZ).
151
QUADRO 1 - Palestras promovidas pelo GBAE/SC
152
QUADRO 2 - Oficinas promovidas pelo GBAE/SC
Eventos
153
quando os valores das inscrições estimulam a participação de seu público-
alvo – bibliotecários e acadêmicos de Biblioteconomia. O meio de
transporte para que os acadêmicos de Biblioteconomia cheguem aos
municípios onde, por exemplo, o fórum ocorre, é viabilizado através da
parceria com os professores da UFSC e da UDESC.
154
Fonte: Livro de Atas e Livro de Presença. (GBAE/SC).
(*) Dados não apurados pela Comissão Organizadora do 30º PBSC.
155
Escolares integra a programação do 30º PBSC, passando a ACB a prestar
todo o suporte administrativo e financeiro.
Os Fóruns Estaduais de Bibliotecas Escolares, que a partir de 2003
passaram a ser realizados pelo GBAE/SC, demonstram uma ação política
da classe bibliotecária catarinense. A itinerância do evento pelo território
catarinense é fruto dessa consciência da atuação política do profissional,
do Grupo e da ACB. Com ele, o objetivo é socializar e registrar práticas
biblioteconômicas e pedagógicas que aproximam sala de aula e biblioteca,
as quais revelam e/ou vêm fortalecer a atuação e a interação do
bibliotecário no ambiente escolar. O interesse dos professores de
educação básica e das universidades pelas atividades promovidas pelo
Grupo é entendido como salutar para o estabelecimento da interlocução
necessária para a realização das ações em prol da leitura e da pesquisa no
ambiente escolar. A participação de representantes do Executivo estadual
e do poder público municipal, dos municípios aonde os fóruns vêm sendo
realizados, transforma-se em oportunidade de acesso ao discurso desses
gestores públicos, tornando possível o estabelecimento de uma relação
entre esses discursos e as práticas que sustentam a formação do leitor e
do pesquisador-mirim nas escolas de Educação Básica nessas jurisdições,
haja vista o número restrito de Bibliotecas. A participação do Executivo é
também compreendida como um caminho para a desejada interlocução
com a categoria bibliotecária, que busca sensibilizar os governantes para
a criação do cargo de bibliotecário nas escolas municipais e estaduais.
Silva, Hillesheim e Fachin (2004, p. 8) afirmam que a temática
Biblioteca Escolar tem estado mais presente nos cursos de formação
bibliotecária. Estudo dessas autoras sobre o gosto pela leitura, associado
à presença da Biblioteca Escolar e do trabalho bibliotecário, revelou que os
profissionais estão procurando formar um “‘novo’ perfil bibliotecário para
atuar nas bibliotecas escolares.” O GBAE/SC é citado neste estudo por
colaborar na formação desse novo profissional.
156
os Fóruns de Bibliotecas Escolares (organizados pelo Grupo de
Bibliotecários Escolares GBAE/SC), já em sua terceira edição (realizados
anualmente em [...] SC), vem despertando em acadêmicos e profissionais
ligados a esta temática uma valorização da leitura para o público infantil.
(SILVA; HILLESHEIM; FACHIN, 2004, p. 8).
157
No QUADRO 3 foi elencado o conjunto dos eventos realizados pelo
GBAE/SC. Na sequência, será apresentado breve comentário sobre os
mesmos, seguido de quadros com as respectivas programações, e, ainda,
o registro de parte das palestras de Fernando Fernandes de Aquino (IV
Fórum BE, 2004), Elizete Vieira Vitorino (V Fórum BE, 2006), Celestino
Sachett, Lucília Maria Sousa, Iara Conceição Bitencourt Neves (VI Fórum
BE, 2009) e Luiz Augusto Milanesi (VII Fórum BE, 2011).
A publicação dos relatórios desses fóruns na Revista ACB:
Biblioteconomia em Santa Catarina transforma-se em oportunidade para
que os interessados conheçam a íntegra dos trabalhos apresentados
nesses eventos. Da mesma forma, encontram-se disponíveis no site do
GBAE/SC (http://gbaesc.acbsc.org.br/), os relatórios finais dos III, IV e V
Fóruns Estadual de Bibliotecas Escolares realizados, respectivamente, nos
municípios de Florianópolis (2003), Criciúma (2004) e Joinville (2006).
Complementando a documentação desses eventos e, simultaneamente, o
histórico desse Grupo, tem-se nesse mesmo endereço, seus respectivos
registros fotográficos.
158
QUADRO 5 - Programação – III Fórum Estadual de Bibliotecas Escolares
159
experiência escolares da Rede Bibliotecária- Secretaria
Municipal de Municipal da Educação de
educação de Blumenau (SC)
Blumenau: busca
de qualificação
Palestra Biblioteca Escolar: Maria Emília Ganzarolli
espaço de leitura e Profª Ma. em Educação e
produção de Cultura – Curso de
sentidos Biblioteconomia UDESC
Mesa Redonda Espaços públicos, Jacó Andrele – Secretário de
informação e Estado da Educação e
Cidadania Inovação
Telma Guilhermina Rezende
Hoeschel Secretária da
Educação do Município de
Florianópolis
Fonte: (III FÓRUM..., 2003/2004).
160
QUADRO 6 - Programação – IV Fórum Estadual de Bibliotecas Escolares
Tema: Biblioteca na escola: por que apostar nesta idéia – 16 out. 2004
(Criciúma – SC)
Tipo/apresentação Título Palestrante
Conferência Biblioteca Escolar: Fernando Fernandes de
realidade, Aquino
necessidade? Prof. Me. UDESC
Relato de A participação da Maria de Fátima Souza
Experiência biblioteca escolar no Almeida
processo de ensino Bibliotecária Especialista
aprendizagem Colégio Elisa Andreoli,
Florianópolis (SC)
Relato de projeto de Biblioteca Escolar Cláudia Araújo, Sérgia
extensão Guarani Regina Dubas Acadêmicas
UDESC
Elisa Cristina Delfini Corrêa
Profª. Ma. FAED/UDESC
Relato de projeto de Utilização de caixas- Andréa Collyer Neves e
pesquisa de estantes para Tatiana Vieira Fernandes –
extensão incentivo da leitura Acadêmicas UFSC
para alunos de 1ª a
4ª séries na Escola
Básica Municipal
Henrique Veras
Relato de Os 10 passos da Luana Arruda
Experiência pesquisa escolar Bibliotecária
Colégio São José – Tubarão
(SC)
Relato de Pesquisa A importância da Valmira Perucchi
biblioteca nas Bibliotecária
escolas públicas Escola Agrotécnica Federal
municipais de de Sombrio (SC)
Criciúma
Mesa Redonda Biblioteca, Educação Leila Lourenço
e Cultura Secretaria Mun. Educação
de Criciúma (SC)
Liberato Manoel Pinheiro
Neto
Prof., Escritor e poeta
Catarinense
Fonte: GARCEZ et al. (2008).
161
Como sinalizado anteriormente, o relatório desse evento encontra-
se disponível na Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, no
entanto daremos destaque em parte do pronunciamento da palestra de
abertura proferida pelo professor Fernando Fernandes de Aquino
(UDESC): Biblioteca Escolar: realidade, necessidade? Aquino deu ênfase a
três tópicos: a) a problemática que não é exclusiva da Biblioteconomia: a
ineficiência da profissionalização frente à realidade do ambiente de
trabalho, que é diferente daquela apresentada na academia via currículo e
bibliografias adotadas; b) a carência de bibliotecários nas escolas; c) o
bibliotecário como agente de mudança. (GARCEZ et al., 2008).
Por certo a participação do profissional em cursos, palestras,
eventos dentre outros diminuirá essa lacuna entre a formação e a
contínua transformação dos contextos profissionais. A falta do
bibliotecário nas escolas faz com que, segundo Aquino (apud GARCEZ et
al., 2008, p.489), na maioria das vezes encontremos nelas um professor
readaptado que, pela falta de formação, “apenas abre e fecha a biblioteca,
a mantém limpa e organizada, desconhecendo o verdadeiro significado e
compromisso que a biblioteca tem para com a sociedade.” Para que o
bibliotecário altere a realidade que encontra será necessário que ele não a
aceite, a compreenda, e não responsabilize o outro por aquilo que ele
pode fazer para transformá-la. Resumidamente, segundo Aquino (apud
GARCEZ et al., 2008):
162
Estas questões serão abordadas novamente por Elizete Vieira
Vitorino em sua fala sobre as competências do bibliotecário escolar,
durante o V Fórum Estadual de Bibliotecas Escolares (2006).
163
Relato de Atuação do Fernanda Cláudia Lückmann
experiência bibliotecário nas da Silva bibliotecária da
escolas da Rede Rede Municipal de Educação
Municipal de Ensino de Florianópolis – RME
de Florianópolis
Palestra Importância da Carla Floriana Martins,
biblioteca no Projeto bibliotecária e Analista
Político Pedagógico Educacional, responsável
da escola pelo Projeto de Revitalização
das Bibliotecas da Província
Marista do Brasil Centro –
Norte (Brasília - DF)
Conferência 2 O bibliotecário Roselete Fagundes de Aviz
narrador: um livro, de Souza
um abraço Profª. Ma. IESVILLE –
Joinville (SC)
Resultado de O bibliotecário Felícia de Oliveira Fleck
pesquisa escolar e sua relação Acadêmica e bolsista do
com a leitura CIN/UFSC
Resultado de Biblioteca na escola: Eliane Fioravante Garcez,
experiência sintonia com o fazer Bibliotecária Especialista,
pedagógico Colégio Policial Militar
Feliciano Nunes Pires – CFNP
– Florianópolis (SC)
Palestra O livro na construção Herta Kieser
do conhecimento Bibliotecária Especialista –
Colégio Jardim Anchieta –
Florianópolis (SC)
Palestra Competências Carla Floriana Martins
leitoras para o
século XXI
Mesa Redonda Ação pública para a Elisabete Anderle
construção do Secretária Estadual de
conhecimento na Educação, Ciência e
Biblioteca escolar Tecnologia do Estado de
Santa Catarina
Jorge dos Santos
Diretor da Biblioteca Pública
de Joinville
Gisele Alves
Secretaria de Educação de
Florianópolis
Magda Chagas Pereira
Profª. Drª. Biblioteconomia
CIN/UFSC
Fonte: GARCEZ; KIESER; SILVA (2008).
164
Com Base em Perrenoud (2000), Vitorino (apud BECKER et al.,
2011) entende que a competência do bibliotecário escolar engloba:
165
Aos inscritos, o evento ofereceu uma programação formada por
duas palestras e duas oficinas. Com os títulos, Competência
informacional: origem, evolução e fundamentos teóricos e Possibilidades
de aplicação do conceito de competência informacional em bibliotecas
brasileiras as palestras ocorreram nas manhãs dos dias 17 e 18,
respectivamente, e foram proferidas por Bernadete Santos Campello, no
Auditório da Escola Superior de Administração e Gerência (ESAG/UDESC),
em Florianópolis (SC).
Já as oficinas Pesquisa escolar: aprendendo a usar os recursos
informacionais e Leitura na escola: da competência informacional para a
leitura ou da leitura para a competência informacional? proferidas,
respectivamente, por Vera Lúcia Furst de Abreu e Maria da Conceição
Carvalho, foram oferecidas nas tardes dos dias 17 e 18.
A primeira oficina teve como objetivos refletir sobre a biblioteca
como espaço de mediação e propor novas estratégias para sua atuação no
processo de ensino-aprendizagem. A segunda teve como objetivo
promover reflexão sobre o processo de leitura e o papel do bibliotecário
como mediador entre o mundo do texto e o mundo do leitor e propor
novas estratégias metodológicas para a formação de leitores na biblioteca
escolar.
O evento obteve adesão de 77 profissionais e seu meio de
divulgação foi por meio de folder e da lista de discussão da ACB
([email protected]).
Os custos com o evento foram bancados pelo GBAE/SC com
reserva advinda dos III e IV Fóruns Estaduais de Bibliotecas Escolares,
ocorridos em 2003 e 2004.
166
Silva, bibliotecária da instituição, criou todas as condições para que o
evento fosse realizado neste local e recebesse apoio da direção.
Dividido em dois blocos, o primeiro, no período matutino, integrou
duas Conferências e o lançamento do livro Sentidos da Biblioteca escolar
organizado por Lucília Romão; o segundo, no período vespertino, contou
com três Conferências e uma Mesa Redonda. Entre esses dois blocos
aconteceram uma dramatização e uma contação de história.
Diferentemente dos fóruns anteriores este não contou com a apresentação
de trabalhos de profissionais bibliotecários, mas de formadores de
bibliotecários e de professores, conforme QUADRO 8.
167
Palhoça SC
Gisela Eggert Steindel
Profª. Drª.
Biblioteconomia/UDESC
Profª. Ma.Francisca Rasche –
UFSC
Fonte: BECKER et al. (2011).
Sachett (apud BECKER et al., 2011) salientou que o bibliotecário não pode
estar apenas a serviço do livro, da técnica; ele precisa lembrar-se do seu
leitor tendo a responsabilidade de contribuir na construção do
conhecimento pelo leitor, fazendo-o
sentir relevante diante do bibliotecário. [...] ser relevante para alguém não
está escrito em nenhum manual de serviço, muito menos em qualquer
manifestação de autoridade. Por isso, a necessidade do bibliotecário ser
diferente a cada dia e criar marca pessoal a cada contato com o outro.
Sugere aos bibliotecários presentes que enamorem-se do livro e do
leitor, mas acima de tudo, enamorem-se de si mesmos e de seu
trabalho, para que livros e leitores enamorem-se deles cada vez com
maior relevância. (SACHETT apud BECKER et al., 2011, p. 521, grifo meu).
168
Dessa forma, Sachett (apud BECKER, et al., 2011) trata de nos dizer
que é o profissional, no seu contexto singular de atuação, quem terá a
oportunidade de fazer algo personalizado. E essa personalização do seu
fazer será viabilizada pela interação dele com os que o cercam e pela
combinação do conhecimento e experiência biblioteconômica e
pedagógica.
O mesmo autor entende a biblioteca entrelaçada ao processo de
ensino e de aprendizagem e afirma que esse processo está alicerçado em
sete valores que comandam o comportamento e a liderança. São eles:
169
Fóruns Estadual de Bibliotecas Escolares. Na Conferência: A atuação da
biblioteca escolar e da sala de aula no processo de articulação de saberes,
Iara Conceição Bitencourt Neves (UFRGS), inclui outro ingrediente dessa
cultura, ao afirmar que:
170
QUADRO 9 - Programação – V Fórum Estadual de Bibliotecas Escolares
171
A ida de Milanesi a Florianópolis para participar do VII Fórum BE
oportunizou outra palestra proferida por ele na UFSC, na noite anterior ao
evento, no Auditório do CFH/UFSC. A palestra foi prestigiada por
profissionais bibliotecários, acadêmicos e professores das universidades
que oferecem o curso de Biblioteconomia em Florianópolis, tendo na
plateia Iara Conceição Bitencourt Neves e Oswaldo Francisco de Almeida
Junior, que vieram prestigiar o 30º PBSC e o VII Fórum BE. São encontros
dessa envergadura que colaboram para o envolvimento desses sujeitos
com questões a respeito da biblioteca escolar, sendo intenção do
GBAE/SC viabilizar a realização de outros eventos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
172
que a ela se dedicam pela vivência, pela docência, pela pesquisa, pela
gestão do poder público. Discutida nas diferentes instâncias dessa rede,
tecida pela interação e pela comunicação, em que os caminhos do usuário,
do bibliotecário, do professor, das instituições que formam esses
profissionais, dos gestores públicos e de tantos outros, entrecruzam-se.
Em 2011, durante o VII Fórum Estadual de Bibliotecas Escolares
conseguiu-se constituir a atual coordenação com integrantes de cinco
municípios catarinenses, e, com isso, cria-se a possibilidade de contar
com a participação de profissionais bibliotecários escolares dessas regiões
nas atividades do Grupo, além da realização de fóruns nesses municípios.
A intenção é acertar o foco, restabelecer a participação dos atuais
integrantes e despertar o interesse de outros para atuarem no Grupo.
Entre as aspirações da classe para que o bibliotecário e a biblioteca
escolar alcancem um ideal de reconhecimento e valorização e o
envolvimento dos representantes catarinenses desta classe em participar
do GBAE/SC há um hiato que pode ser explorado em estudo. Isso
certamente trará contribuições para o redesenho das estratégias de
atuação dos grupos vinculados à ACB e, quem sabe, de outros em outras
instâncias.
REFERÊNCIAS
173
BECKER, Caroline da Rosa Ferreira et al. Relatório do VI Fórum Estadual
de Bibliotecas Escolares [Palhoça, 24 out. 2009]. R. ACB:
Biblioteconom. SC, Florianópolis, v.16, n.2, p. 518-537, jul./dez., 2011.
Disponível em: <http://revista.acbsc.org.br/index.php/ racb/article/view/
793/pdf_64>. Acesso em: 09 abr. 2012.
174
GARCEZ, Eliane Fioravante et al. Relatório do IV Fórum Estadual de
Bibliotecas Escolares: Criciúma, 16 de outubro de 2004. R. ACB:
Biblioteconom. SC, Florianópolis, v.13, n.2, p.487-501, jul./dez., 2008.
Disponível em: <http://revista.acbsc.org.br/ index.php/ racb/article/
view/614/696>. Acesso em: 09 abr. 2012.
175
<http://www.acbsc.org.br/revista/ojs/viewarticle.php?id=
2698Layout=abastract>. Acesso em: 25 set. 2008.
176
ANEXO
GBAE/SC
Grupo de Bibliotecários da Área Escolar de Santa Catarina
FICHA CADASTRAL
DADOS PESSOAIS
Nome: ______________________________________________________________________
Graduação: ___________________________________________________________________
Instituição: _________________________________________________________
Ano:______
Pós-graduação: Especialização: ( ) Mestrado: ( ) Doutorado: ( )
Instituição:_________________________________________________________ Ano:______
CI: ______________________________________ CPF:_______________________________
Endereço:____________________________________________________________Nº:______
Complemento: (Edif., apart)______________________________________________________
Bairro:___________________________Município:________________________Estado:_____
CEP:_______________________________Telefone Residencial: ______________________
Celular:_________________________________ e-mail:_______________________________
CRB: _________________________ ACB: sócio ( ) nº _______________ não-sócio ( )
LOCAL DE TRABALHO:
Nome da Instituição:____________________________________________________________
Natureza da instituição: Particular ( ) Pública ( )
Público alvo: Séries iniciais ( ) Ensino fundamental ( ) Ensino Médio ( )
Pré-vestibular ( ) Ensino Superior ( )
Horário de trabalho:______________________________________ Carga horária:__________
Endereço:___________________________________________________________nº:_______
Bairro:________________________ Município:__________________________Estado:_____
CEP:_____________________________Telefone:____________________________________
Página na Web: _______________________________________________________________
Você tem disponibilidade de tempo para reunião de trabalho no GBAE/SC?
Sim ( ) Não ( )
Se afirmativo, indique abaixo, o(s) dia(s) da semana e o(s) horário(s)
Dia(s) da semana:______________________________________________________________
horário(s):____________________________________________________________________
Florianópolis, ___ de __________________ de 20___.
Assinatura:___________________________
177
DOCUMENTO FINAL DO 1º FÓRUM DE PESQUISA
EM BIBLIOTECA ESCOLAR
178
bibliotecas escolares, especialmente os esforços na implantação de cursos
de especialização na área.
A Mesa redonda Registro do conhecimento: publicações e
bibliografia reuniu os debatedores Prof. Cláudio Marcondes de Castro Filho
(USP/Ribeirão Preto), Profa. Kelley Cristine G. Dias Gasque (UnB), Profa.
Sueli Bortolin (UEL), tendo como moderador e relator o Prof. Carlos
Alberto Ávila Araújo (GEBE/UFMG), para discutir a produção bibliográfica
sobre biblioteca escolar e a necessidade de se constituir uma estrutura
colaborativa para a manutenção da bibliografia da área – a LIBES -
Literatura Brasileira em Biblioteca Escolar, criada e mantida pelo GEBE, e
sob a responsabilidade da Biblioteca Etelvina Lima da Escola de Ciência da
informação da UFMG. Nesta sessão, foi lançado o primeiro fascículo do
periódico Biblioteca Escolar em Revista, sob a direção do Prof. Cláudio
Marcondes de Castro Filho (USP/Ribeirão Preto), que pretende reunir
artigos, relatos de experiência e resenhas relativos ao tema biblioteca
escolar.
A Mesa redonda Pesquisa: tendências e perspectivas teve como
debatedores o Prof. Cesar Augusto Castro (UFMA), a Profa. Helen de
Castro Silva (UNESP) e a Profa. Ivete Pieruccini (ECA/USP), e como
moderadora e relatora a Profa. Adriana Bogliolo Sirihal Duarte
(GEBE/UFMG). Nesta mesa redonda foi relatado o panorama da pesquisa
em biblioteca escolar no Brasil, e apresentadas as pesquisas que vêm
sendo desenvolvidas, o que permitiu perceber tendências e perspectivas.
Na Mesa redonda Ações de extensão: o compartilhamento de
conhecimentos acadêmicos com a sociedade, as debatedoras Profa. Gleice
Pereira (UFES), Profa. Janaina Ferreira Fialho (UFG) e Katharina Berg
(Diretora da Associação Internacional de Biblioteconomia Escolar para a
América Latina e Caribe), sob a coordenação da Profa. Maria da Conceição
Carvalho (GEBE/UFMG), apresentaram ações que objetivam viabilizar o
compartilhamento de conhecimentos acadêmicos com a sociedade.
Na sessão de encerramento, coordenada pela Profa. Bernadete
Campello (GEBE/UFMG) e com a participação do Prof. Paulo da Terra
179
Caldeira (GEBE/UFMG), da Profa. Janaína F. Fialho (UFG/GEBE), da Profa.
Júlia Gonçalves da Silveira (GEBE/UFMG), responsáveis pela editoração
dos anais do evento, foi realizada a síntese das discussões e definidas as
seguintes ações:
180
▪ Recomendação para sugerir a aplicação de referências conceituais e
metodológicas da formação em rede de mediadores/infoeducadores
para atuarem em bibliotecas escolares, em desenvolvimento a partir
do Programa Biblioteca e Educação, da Rede de Bibliotecas Escolares
Interativas - REBI, de São Bernardo do Campo/SP, e que vem sendo
realizado por pesquisadores ligados ao Colaboratório de
Infoeducação, do Departamento de Biblioteconomia e Documentação,
da Escola de Comunicações e Artes (ECA), da Universidade de São
Paulo (USP).
181
Andréa Pereira dos Santos - Universidade Federal de Goiás
Antônio Afonso Pereira Júnior - Conselho Regional de
Biblioteconomia 6ª Região – Belo Horizonte
Antonio Jorge Rodrigues Pereira da Silva - Serviço Social da
Indústria (ES)
Antônio José Oliveira Silva - Conselho Regional de Biblioteconomia
1ª Região - Brasília
Bernadete Campello - Grupo de Estudos em Biblioteca
Escolar/ECI/UFMG
Carlos Alberto Ávila Araújo - Grupo de Estudos em Biblioteca
Escolar/ECI/UFMG
Carolina Teixeira de Paula - PBH/SMED/ Programa de Bibliotecas
Cecília Maria Silva de Morais - Não informado
Célia da Consolação Dias - Universidade Federal de Minas Gerais,
Escola de Ciência da Informação
Célia Regina Simonetti Barbalho - Universidade Federal do
Amazonas, Departamento de Biblioteconomia
César Augusto Castro - Universidade Federal do Maranhão,
Departamento de Biblioteconomia
Clarissa Jane de Assis Silva - Colégio Marista Dom Silvério Belo
Horizonte
Cláudio Marcondes Castro Filho - Universidade de São Paulo, USP -
Ribeirão Preto
Cleidivânia Janaina de Paula - Colégio Padre Eustáquio – Belo
Horizonte
Cristina Dotta Ortega - Universidade Federal de Minas Gerais, Escola
de Ciência da Informação
Dalgiza Andrade Oliveira - Universidade Federal de Alagoas – Curso
de Biblioteconomia
Débora Jardim Jardim - Conselho Regional de Biblioteconomia 10ª
Região – Porto Alegre
Ediene Souza de Lima - Colégio Marista Pio X – João Pessoa
182
Edna Gomes Pinheiro - Universidade Federal da Paraíba
Eduardo Valadares da Silva - Prefeitura Municipal de Vitória
Eliane Vaz Rodrigues Gomes - PBH/SMED/ Escola Municipal Aurélio
Pires
Heraldo José E. Botelho - Conselho Regional de Biblioteconomia 1ª
Região – Brasília
Gleice Pereira - Universidade Federal do Espírito Santo
Helen Castro Silva Casarin - Unesp Marília-SP
Hugo Oliveira Pinto e Silva - Conselho Regional de Biblioteconomia
6ª Região – Belo Horizonte
Ivete Pieruccini - Universidade de São Paulo – USP, Escola de
Comunicações e Artes
Ivone Guerreiro Di Chiara - Universidade Estadual de Londrina
Janaina Ferreira Fialho Costa - Universidade Federal de Goiás
Jourglade de Brito Benvindo Souza - PBH/SMED/ E. M. Francisco
Magalhães Gomes BH
Júlia Gonçalves da Silveira - Grupo de Estudos em Biblioteca
Escolar/ECI/UFMG
Katharina Berg - International Association of School Librarianship
Kelley Cristine Gonçalves Dias Gasque - Universidade de Brasília,
UnB – Faculdade de Ciências da Informação
Laura Valladares de Oliveira Soares - Universidade Federal de
Minas Gerais, Escola de Ciência da Informação
Lilia Virgina Martins Santos - PBH/SMED/E.M. Padre Francisco
Carvalho Moreira
Lizandra Brasil Estabel - Instituto Federal do Rio Grande do Sul -
Campus Porto Alegre
Lucilia Maria Lima Vieira - Secretaria de Educação do Estado da
Bahia
Magda Chagas - Universidade Federal de Santa Catarina
Margareth Egídia Moreira - PBH/SMED/Escola Municipal Maria de
Rezende Costa Biblioteca Cecília Meireles
183
Maria Ângela Mourão Mesquita - Colégio Santa Maria – Belo
Horizonte
Maria Clara Fonseca - Centro Universitário do Planalto de Araxá –
UNIARAXÁ
Maria da Conceição Carvalho - Grupo de Estudos em Biblioteca
Escolar/ECI/UFMG
Maria Marismene Gonzaga - Professora da Educação Básica
Maria Valderez de Barros Almeida Ferreira - PBH/SMED/ Escola
Municipal Padre Edeimar Massote
Mariza Russo - Universidade Federal do Rio de Janeiro
Maurício Amormino Júnior - Colégio Santa Maria – Belo Horizonte
Mônica Machado Messeder - Conselho Regional de Biblioteconomia
14ª região – Florianópolis
Nêmora Rodrigues - Conselho Federal de Biblioteconomia
Osmar Carmo Arouck Ferreira - Conselho Regional de
Biblioteconomia 1ª Região – Brasília
Paulo da Terra Caldeira - Grupo de Estudos em Biblioteca
Escolar/ECI/UFMG
Raimundo Martins de Lima - Universidade Federal do Amazonas
Rosa Zuleide Lima de Brito - Universidade Federal da Paraíba
Rosy Mara Oliveira - Biblioteca Municipal Baptista Caetano D´Almeida
(São João Del-Rei-MG), Universidade Presidente Antônio Carlos –
UNIPAC (Barbacena)
Rubeniki Fernandes - Não informado
Sabrina Rodrigues Sanches Brasil - PBH/SMED/ E. M. Professor
Tabajara Pedroso
Simone Lopes Dias - SESI – Serviço Social da Indústria (SP)
Sirlene Moreira de Pádua - PBH/SMED/ Escola Municipal Oswaldo
Cruz
Sônia Márcia Soares de Moura - PBH/SMED/ EM Carlos Drummond
de Andrade
184
Stefanie Kastner - Goethe-Institut São Paulo – Centro Cultural Brasil-
Alemanha
Sueli Bortolin - Universidade Estadual de Londrina
Suely Henrique de Aquino Gomes - Universidade Federal de Goiás/
FACOMB
Suely Oliveira Moraes - Universidade Federal do Amazonas
Telma Socorro Silva Sobrinho - Universidade Federal da Paraíba
Vera Lúcia Furst Gonçalves Abreu - Grupo de Estudos em Biblioteca
Escolar/ECI/UFMG
185
ANEXO 1
Coordenação:
Murilo Bastos Cunha (UnB)
Walda de Andrade Antunes (INL)
Participantes
186
Maria Alice Guimarães Borges – Bibliotecária, Governo do Distrito Federal
Debate sobre o Tema 1: A biblioteca escolar no contexto educacional
brasileiro
Reflexões sobre o desempenho da biblioteca escolar
187
Jaime Robredo – Chefe do Departamento de Biblioteconomia, UnB
Debate sobre o Tema 4: Recursos materiais para a biblioteca escolar
Considerações sobre os recursos materiais para a biblioteca escolar e
outros assuntos mais ou menos correlatos
188
ANEXO 2
189
190
191
ANEXO 3
Local
Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa
Anexo Professor Francisco Iglésias
Rua da Bahia, 1889 - 2º piso Bairro Funcionários
Belo Horizonte
Manhã
8:30 – 9:30hs
● Abertura: As possibilidades de participação da comunidade brasileira nas ações
da
International Association of School Librarianship - IASL
Ricardo Rodrigues Barbosa (diretor da Escola de Ciência da Informação da UFMG),
Bernadete Campello (coordenadora do GEBE/UFMG), Nêmora Arlindo Rodrigues
(presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia), Lília Virgínia Martins Santos
(Prêmio Da Vinci Huis)
Nesta sessão, com a finalidade de vislumbrar possibilidades de maior inserção do Brasil
no cenário da biblioteconomia escolar internacional, será relatada a participação
embrionária de pesquisadores e de profissionais brasileiros na Associação.
9:30 – 10:00hs
Café
10:00 – 12:00hs
● Mesa redonda - Formação profissional: educação do bibliotecário escolar
Debatedores: Lizandra Brasil Estabel (IFRS-Campus Porto Alegre), Magda Teixeira
Chagas (UFSC), Telma Socorro Silva Sobrinho (UFPA), Mariza Russo (UFRJ), Célia
Simonetti Barballo (UFAM)
Moderadora e relatora: Vera Lúcia F. G. Abreu (GEBE/UFMG)
Nesta mesa redonda serão apresentadas atividades de formação de bibliotecários para
atuarem em bibliotecas escolares, especialmente os esforços na implantação de cursos
de especialização na área.
Tarde
14:00 – 15:30hs
● Mesa redonda - Registro do conhecimento: publicações e bibliografia
Debatedores: Cláudio Marcondes de Castro Filho (USP/Ribeirão Preto), Kelley Cristine
G. Dias Gasque (UnB), Sueli Bortolin (UEL)
Moderador e relator: Carlos Alberto Ávila Araújo (GEBE/UFMG)
Esta mesa redonda tem como finalidade discutir a produção bibliográfica da área de
biblioteca escolar e a necessidade de se constituir uma estrutura colaborativa para a
manutenção da bibliografia da área – a LIBES - Literatura Brasileira em Biblioteca
Escolar, criada e mantida pelo GEBE.
15:30 – 16:00hs
Café
192
16:00 – 18:00hs
Lançamento do periódico Biblioteca Escolar em Revista (Cláudio Marcondes de Castro
Filho)
A Coleção Biblioteca Escolar da Autêntica Editora (Rejane Santos)
LIBES - Literatura Brasileira em Biblioteca Escolar (Eliane Maria Fernandes Lopes -
Biblioteca Etelvina Lima ECI/UFMG)
Manhã
8:30 – 9:30hs
● Mesa redonda – Pesquisa: tendências e perspectivas
Debatedores: Cesar Augusto Castro (UFMA), Helen de Castro Silva (UNESP), Ivete
Pieruccini (USP)
Moderadora e relatora: Adriana B. S. Duarte (GEBE/UFMG)
Nesta mesa redonda será relatado um panorama da pesquisa em biblioteca escolar no
Brasil, e apresentadas as pesquisas mais recentes da área, buscando-se identificar
tendências e perspectivas.
9:30 – 10:00hs
Café
10:00 – 12:00hs
Continuação da Mesa redonda
Tarde
14:00 – 16:30hs
● Mesa redonda – Ações de extensão: o compartilhamento de conhecimentos
acadêmicos com a sociedade
Debatedores: Célia Regina Simonetti Barbalho (UFAM), Gleice Pereira (UFES), Janaina
Ferreira Fialho (UFG), Katharina Berg (IASL)
Moderadora e relatora: Maria da Conceição Carvalho (GEBE/UFMG)
Esta mesa redonda tem como finalidade relatar ações que objetivam viabilizar o
compartilhamento de conhecimentos acadêmicos com a sociedade. Aqui será
discutida a possibilidade de realização da Conferência Internacional da IASL no Brasil,
em 2015.
16:30 – 17:00hs
Café
193