Apostila Crisma 2010
Apostila Crisma 2010
Apostila Crisma 2010
Temas Pág:
Em Busca da Felicidade 03
Ser Gente 04
O Mundo em que Eu Vivo 05
Verdades e Fundamentos de Nossa Fé 07
A Bíblia 10
A História do Povo de Deus e A História da Salvação 12
Os Mandamentos de Deus 15
Os Mandamentos da Igreja 18
Jesus Cristo – Sua Vida e Sua Missão 19
Jesus Cristo – Sua Divindade e Ação Libertadora 22
O Santo Sudário 24
Jesus Cristo – Sua Grande Promessa, Sua Morte e Ressurreição 31
O Pecado 33
Como Chegar à Santidade 37
Maria 39
As Orações do Cristão 42
O Santo Terço de Nossa Senhora 44
Jesus Funda Sua Igreja 46
O Que é a Igreja e Como Ela se Organiza 48
Pentecostes – O Nascimento da Igreja 50
Corpus Christi e a Importância da Missa 52
Os Sacramentos 54
- Batismo 56
- A Eucaristia 57
- Matrimônio 60
- Reconciliação ou Penitência 61
- Ordem 62
- Unção dos Enfermos 63
- A Crisma 64
- A Cerimônia da Crisma 65
Os Dons do Espírito Santo 66
Os Frutos do Espírito Santo 68
Ser Crismado é Ser Missionário 70
O Profeta, Porta-Voz de Deus 72
Vocação 74
As Religiões no Mundo e as Falsas Doutrinas 75
Nova Era 78
Vida Após a Morte 86
Sexo, drogas, aborto e violência 90
Eu, Jovem Me Confesso Assim... 97
O Dízimo 99
Cantos 101
A Vida de Santo Antônio 105
Bibliografia 107
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 2
Em Busca da Felicidade
Ao entrar na adolescência o jovem se distancia aos poucos, sem perceber, de sua família, e passa a viver as
novas amizades. Sai de seu pequeno mundo para ir ao encontro de outros, isso às vezes cria algumas dificuldades,
rejeição, decepção, etc..., mas também novas esperanças, aproximação, amor, compreensão, etc... esta saída para
novas amizades é sempre um risco que o jovem deve enfrentar. Geralmente, as primeiras amizades são do mesmo
sexo, mais tarde evoluem e aproximam pessoas de sexo oposto.
O jovem, nesta fase importante da vida, onde se define seu futuro espiritual e temporal, abre seu coração a
novas amizades, é aí que precisam ter uma boa estrutura familiar e cristã, para não deixar se influenciar por atitudes
banais, onde podemos citar a ilusão mostrada nas propagandas de TV, nas revistas, nos programas da TV, onde
mostram uma vida de amor, sexo, drogas, etc... um pouco fora do normal ou exagerando a vida da moda, onde a
traição, a riqueza, a prostituição, as bebidas sem controle sejam atitudes normais, num modo geral, fantasias que
podem prejudicar o adolescente.
Devemos ter em mente que ninguém deve ser como um objeto, levando dia a dia, imitando gestos e
costumes que na verdade não nos transmite a realidade da vida. Devemos nos unir para ajudar e sermos ajudados,
para fazer de nossa vida um projeto de felicidade, para isso podemos ler e discutir que DEUS convidou-nos a
cultivar e dominar a terra (Gênesis cap.1). Nosso futuro esta em nossas mãos.
O jovem já é menos dependente de sua família e tem que saber os valores da vida, se sentir responsável
pelas suas ações para não se tornar escravo de seus sentimentos, tem que acreditar na possibilidade de uma
liberdade responsável de viver.
A procura da felicidade é comum para todo o ser humano, mas a realidade do sofrimento esta sempre
presente. Porque sofrer? Sofrer porque não tenho dinheiro farto para comprar o que desejar, sofrer porque me
separei da família, sofrer porque não falo com meus parentes, sofrer porque não tenho uma boa profissão, sofrer e
sofrer.
A felicidade não pode ser confundida com o prazer, para os cristãos podemos dizer que a felicidade nasce
da mesma maneira que as Bem-Aventuranças (Mateus, cap.5 ,vers.1 ao 8). Por exemplo, atingirá a felicidade
àquele que passar pelos sofrimentos causados pela luta de vencer, de ser justo, de ser fiel, de ser responsável, de ser
amável, etc...
Por isso, devemos procurar para nós, a realidade da vida, procurando ser bom filho, bom amigo, bom
marido, bom pai, bom cristão. Digamos que o prazer é momentâneo, mas se cultivarmos a felicidade, este prazer
será quase constante, assim como DEUS o quer.
Ser Gente
Deve haver um motivo especial para você e eu estarmos aqui. 1) Qual é o seu motivo para estar aqui?
Todos nós temos em comum um mesmo desejo: queremos algo mais na vida, queremos melhorar a nós
mesmos e ao mundo em que vivemos. Certo? 2) Ou você tem outro desejo? Qual seria ele?
Para entendermos isso, é bom começarmos nossa reflexão, partindo de nós mesmos, para isso, responda:
3-) Quem sou eu? 4-) O que é o ser humano? 5-) O que é ser gente de verdade?
6-) Por que existo? 7-) Por que o ser humano nunca está satisfeito e sempre procura algo mais?
8-) É possível ser feliz? 9-) Como e onde achar minha verdadeira realização como pessoa?
Vivemos num planeta chamado Terra, num continente chamado América Latina, num país chamado Brasil.
Isso todos nós sabemos, então responda:
1) Como é este mundo dos homens?
2) O que você vê por aí, na realidade de cada dia?
3) O tipo de sociedade que os homens estão construindo está possibilitando que todos os seres humanos se
realizem como pessoa?
4) Há condições para todas as pessoas serem autenticamente livres e verdadeiramente irmãos, assim como é o
projeto de Deus, desde o começo da criação?
Situação Desumana
No mundo morrem, cada ano, uns 30 milhões de crianças, vítimas da subnutrição (fome!) ou por falta de
cuidados médicos. No Brasil, 300 mil crianças, cada ano, morrem antes de completar um ano de vida, a maioria
delas (69%) por causa da fome. E a cada ano, milhões de crianças são abortadas.
Cerca de 2/3 da humanidade passa fome, ou não pode alimentar-se suficientemente. O Brasil, um dos
maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, está entre os 6 países mais subnutridos do mundo. E
como o povo pode alimentar-se, suficientemente, com o salário miserável que recebe. Mais da metade do povo
brasileiro vive (vive?) com menos de um salário mínimo! Experimente fazer as contas para ver o que se pode
comprar com um “salário mínimo”? É fome, no duro!
Nosso país, produtor da maior hidroelétrica do mundo e que se orgulha de ser a oitava economia mais
poderosa do ocidente, permite que 30 milhões de crianças (80% de sua população infantil) sejam subnutridas,
doentes, raquíticas e com sua capacidade mental comprometida para sempre. Existem 13 milhões de doentes de
esquistossomose. O Rio de Janeiro é a cidade recordista mundial de leprosos. E você sabia que o Brasil não gasta
com saúde nem a metade do que gasta com armamentos?
No Brasil, 60% das pessoas são analfabetas. Das crianças que entram na escola, 57% não passa da lª série e
que só 13% terminam o lº grau. E, não é para menos: a maioria destas crianças ou tem de trabalhar para ajudar no
sustento da família, ou são incapazes de estudar, devido à subalimentação quando pequeninos!
É uma vergonha nacional! A terra que Deus criou para todos, está se concentrando, cada vez mais, nas mãos
de poucos latifundiários, ou de grandes companhias agropecuárias! Com tanta terra que há neste Brasil, 13 milhões
de lavradores vivem sem terra para trabalhar: vivem como miseráveis bóias-frias, ou são forçados a migrar. Cada
vez mais, o campo se esvazia e as cidades explodem de inchação. Incrível: nesta terra, o boi vale mais do que o
homem! A Reforma Agrária, sempre prometida, nunca é realizada! E a terra dos índios? Para eles, a terra é questão
de vida ou morte. E eles estão sendo exterminados, na medida em que sua terra é constantemente roubada pelo
branco!
Os passarinhos têm seus ninhos e os bois têm um pedaço de terra para morar, mas ao ser humano é negado
esse direito. Milhões de brasileiros não têm um pedaço de chão onde abrigar sua família, ou vivem em condições
subumanas, em barracos e favelas, sem as mínimas condições de higiene, sem água encanada, esgoto etc. Hoje este
fenômeno se estende a todas as cidades do interior. Nas periferias das cidades, as “invasões” são a única forma para
o povo conseguir um lugar para morar!
No Brasil, há 7 milhões de menores abandonados, sem o amparo e o carinho indispensável de uma família. O
sistema sócio-econômico, o êxodo rural, a miséria e a fome, os maus tratos, as agressões e os abusos por parte dos
adultos, a crescente desintegração familiar oprime, massacra e marginaliza estes pequenos que até perderam a
dignidade de serem chamados crianças e adolescentes, e passam a ser rotulados de menores! O lar e a mãe deles é a
rua!
Direito à vida, Direito à alimentação, Direito à saúde, Direito à educação, Direito à terra,
Direito à moradia, Direito à família! Onde estão estes nossos Direitos?
“Há uma situação de pobreza desumana, em que vivem milhões de pessoas, vítimas de salários de
fome, de desemprego e subemprego, da mortalidade infantil, da falta de moradia adequada, de
assistência médica... Há uma constante violação dos mais fundamentais direitos humanos...!”
(Puebla 29).
As Causas
“Ao analisarmos mais a fundo a situação desumana de miséria e de desrespeito dos direitos
fundamentais do ser humano, descobrimos que isso não é uma fase transitória, e sim o produto de
situações e estruturas econômicas, sociais e políticas, embora haja também outras causas da
miséria...” (Puebla 30).
O povo vive esmagado por um sistema injusto, que privilegia os “grandes” e oprime os “pequenos” e, pior ainda,
alimenta-se deles; um sistema que concentra na mão de poucos os bens da terra e os benefícios criados pela ciência
e pela cultura, de modo que - como dizia o Papa João Paulo II – “os ricos se tomam cada vez mais ricos, à custa dos
pobres que se tomam cada vez mais pobres!”. E isso seja em nível internacional, seja em nível nacional.
Profundamente interligada com o injusto sistema sócio-econômico, há toda uma situação de subversão de
valores, que atinge a todos. Vivemos numa sociedade, em que um super bem-montado sistema de comunicação
(televisão, rádio, jornais, revistas, etc.) tenta impingir ao homem hoje, como normais, uma porção de pseudovalores
(valores falsos):
- materialismo individualista e consumismo: o importante é ter, não ser!
- degradação da honra pública e privada: corrupção política, administrativa e judicial; pornografia, erotismo
desenfreado, devassidão, drogas etc.
- desintegração da família: valores básicos como casamento, fidelidade, união conjugal etc... são
constantemente bombardeados ou até ridicularizados.
Podemos resumir os pseudovalores, que dominam a nossa sociedade, nestes três: riqueza - poder - prazer. São
verdadeiros ídolos adorados pela sociedade moderna e pelos quais se sacrifica tudo. Ídolos que escravizam o
homem e que impedem que ele cresça em sua dignidade de pessoa, de irmão e de verdadeiro filho de Deus!
Em vez, de se deixar dirigir pelo Espírito de Deus, os homens querem agir de acordo com suas próprias cabeças, se
sentem donos da “ciência do bem e do mal”. E isso, desde o começo (conf. Gên 3,1-7 – “pecado original”). E aí é
fogo neste nosso pobre mundo: é irmão explorando e matando irmão, é violência, corrupção, lares destruídos,
guerras, sofrimento e morte; homens escravos de si mesmos; homens que não sabem amar!
E isso não vale só para os outros! Tristemente, também nós que nos consideramos “os bons”, nos deixamos
envolver pelo pecado e pelos ídolos do mundo. Também nós, nos fechamos aos irmãos e resistimos ao Espírito de
Deus!
“Também nós somos pecadores e acrescentamos o nosso grãozinho de areia ao grande monte de
crime e de violência em nossa pátria!” (Dom Romero).
Não!
Nós não podemos continuar cegos e surdos diante do grito angustiante de milhões de seres humanos! Não
podemos viver alienados de tudo e de todos, “na nossa”! Todos nós somos cidadãos do mundo e, como
cristãos, somos chamados a construir um mundo novo, mais justo e mais irmão!
A Existência
É um artigo de fé e nos abre uma dupla possibilidade de conhecer a Deus:
1-) Forma Natural: “Encontra-se Deus por meio da reflexão do mundo e em nós mesmos” (São Paulo).
Uma das maiores comprovações sobre a Existência de Deus é a tendência dos homens pela busca da felicidade. Em
cada homem esta necessidade não pode ser satisfeita apenas pelo mundo e pelos seus bens. Portanto, segundo Santo
Agostinho, é preciso que haja um bem eterno capaz de satisfazê-la e este bem é Deus.
O conhecimento de Deus pela forma natural baseia-se pelo fato de que como não vemos a Deus, O
conhecemos por meio de comparações devido às suas obras, pois não encontramos na Terra a essência de Deus,
mas sim suas obras. É através de suas criações que conhecemos que Deus existe, como sua causa.
2-) Forma Sobrenatural: “Deus é para nós que cremos um 'Deus desconhecido' ainda que à luz da fé o conheçam
muito melhor do que à luz da razão” (Santo Tomás de Aquino).
Segundo esta forma de conhecimento, crê-se em Deus em virtude de uma revelação sobrenatural que é dada
por meio da fé. A comunicação de Deus conosco e sua manifestação dá-se por meio das graças.
Paróquia Santa Rita de Cássia 7 Diocese de
Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 8
A Essência
Estuda o ser de Deus, sendo que a Existência e a Essência são inseparáveis em Deus. A essência de Deus é
compreendida através da revelação, onde Deus se revela e se dá conhecer aos homens.
Os Atributos
São as características através das quais podemos conhecer a Deus e distingui-lo das criaturas. São todas as
perfeições existentes em Deus, como por exemplo:
1º) Deus é UNO: a unidade de Deus é um dogma da Igreja. É entendido como uma unidade do indivíduo
levando ao monoteísmo. Este atributo foi mencionado em várias passagens:
“Vede que sou Eu somente e não há outro Deus exceto Eu”. (Dt 32, 39)
“Ouve Israel, o Senhor teu Deus é o único Deus”. (Mc 12, 29)
2º) Deus é SIMPLES (PURO): em Deus nada se acrescenta ou se tira. A simplicidade de Deus é entendida
como um Deus livre de qualquer multiplicidade e dispersões próprias das outras criaturas. É Deus em sua puríssima
espiritualidade. Como exemplo, podemos citar uma passagem onde Jesus atribui a Deus uma figura humana ao
chamado PAI e ao mesmo tempo lhe atribui estado e morada acima de tudo o que é material.
3º) Deus é IMUTÁVEL: Deus foi, é, sempre será o mesmo, com sua perfeição e seu amor sem limites.
Segundo Santo Tomás de Aquino: “Só Deus é”.
4º) Deus é ETERNO: Deus não teve início e não terá fim.
“O Senhor é um Deus Eterno que criou os extremos da Terra e que não se cansa nem se esgota”. (Is 40, 28)
5º) Deus é ONIPRESENTE: a onipresença de Deus nos oferece a possibilidade de nos unirmos espiritualmente
a Ele em qualquer tempo e condição e em qualquer lugar. Deus está sempre conosco. Entretanto, de que serve Deus
estar perto de nós se nós estivermos longe Dele? Por isso em sua Bondade Infinita ele nos dá sua Onipresença e
nós, com nossa Fé, podemos encontrá-lo sempre que quisermos.
6º) Deus é ONISCIENTE: Deus tudo sabe. A revelação é a maior prova da onisciência de Deus.
7º) Deus é ONIPOTENTE: Deus tudo pode. Algumas passagens revelam com exatidão esse atributo de Deus:
“Para os homens isto é impossível, mas para Deus tudo é possível”. (Mt 19, 25-26)
“Pai, tudo Te é possível”. (Mt 14, 36)
Quem não se sente pasmo, surpreso, arrebatado, maravilhado, com a observação de um céu estrelado e da
imensidão do universo? Tais coisas nada mais são da que frutos da Onipotência Divina. Quem deu a vida a estes
corpos celestes? Às propriedades e forças? Quem lhes indicou o caminho e a finalidade? Baseando-se apenas nessa
observação, como se pode recusar inserir-se na harmonia desejada pelo Todo-Poderoso?
Santíssima Trindade
A Santíssima Trindade é um mistério de um só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
Pai que é Deus, que é Amor: somente o Pai que ama respeita a liberdade de seu filho.
Filho que é Jesus Cristo: é o Deus visível que se fez homem, nascendo da Virgem Maria para
cumprir a vontade de Deus de libertar os homens do pecado. Jesus é Deus e as principais provas são:
a) O próprio Jesus diz-se Deus (Jo 10, 30 / 14, 7 e Lc 22, 67-70) .
b) Os milagres eram feitos pelo próprio Jesus, e não por meio de Jesus.
Espírito Santo que é o Amor do Pai e do Filho que nos é comunicado e transmitido. Segundo o
CREDO, Jesus foi concebido pelo Poder do Espírito Santo, nascido da Virgem Maria. Maria foi
então convidada a conceber Jesus e a concepção de Jesus foi obra do poder do Divino Espírito
Santo: “O Espírito virá sobre Ti...” A missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à
do Filho, ou seja, toda a vida de Jesus manifesta a vontade do Pai que por sua vez é manifestada pelo Espírito
Santo.
Um fato dos Evangelhos é que os Apóstolos estavam com muito medo após a morte de Jesus. Foi à descida
do Espírito Santo sobre eles que os transformou radicalmente e deu coragem para que saíssem anunciando o
Evangelho. O mesmo Espírito Santo que deu forças aos apóstolos e mártires é recebido no sacramento da Crisma, e
aí está a importância deste sacramento no fortalecimento da Fé e na profissão do Cristianismo de cada um.
Fé
A Fé não é apenas uma simples crença em algo superior, mas é uma adesão pessoal a um Deus pessoa que
exige compromisso. O homem é livre para decidir se aceita ou não a Deus e ao seu convite. Ao aderir a Deus e
exercer a fé, o homem assume o desafio da fé, aceitando também os Mandamentos, a vivência sacramental e a
fidelidade aos ensinamentos do evangelho. A partir daí, o homem passa a ter um compromisso que irá orientar toda
a sua vida.
Como exemplo de homem de fé, pode-se citar Abraão, que baseou sua vida e sua caminhada, bem como suas
aspirações, na promessa de Deus, quando a pedido de Deus saiu de sua terra em busca do local prometido por Deus
(Gn 12, 1-12) ou ainda quando Deus o provou pedindo-lhe seu único filho em sacrifício (Gn 22, 2).
Seguir a vontade de Deus não é escravidão, mas sim liberdade. Quanto mais aceitamos Deus em nossa vida,
mais livres somos, e só podemos aceitar Deus sem qualquer limite quando temos fé.
A mensagem de Jesus demonstra que a fé é o princípio da vida religiosa. Cristo começa sua pregação
exigindo a fé de seus ouvintes: “Convertei-vos e crede na Boa-Nova” (Mc 1, 15). A norma de salvação é acreditar
no Evangelho e ser adepto de Cristo.
A fé então é um encontro com Cristo. É uma aceitação tão plena Dele que vai nos transformando Nele.
Acreditar em Deus é colaborar no seu plano de crescimento, respeitando suas leis. Aceitar a Deus é confiar Nele,
acreditar em Seu amor por nós e deixar que Ele aja em nós.
A fé não se mede pela inteligência e não é um sentimento ou uma tradição. No dia-a-dia, a fé é aquela
entrega incondicional e amorosa de si a Deus Pai, Filho e Espírito Santo:
Nos entregamos ao Pai porque somos suas criaturas; Nos entregamos ao Filho para seguir seus exemplos e
viver como filhos de Deus; Nos entregamos ao Espírito Santo para que Ele nos impulsione e estimule na prática do
bem.
Crer é dizer sim a Deus e confiar Nele de maneira absoluta; e a fé nos compromete a realizar em nós,
momento por momento, à vontade de Deus como ela se manifesta, assim como fez Jesus Cristo. Dizer-se cristão,
fazer promessas, freqüentar eventos religiosos, usar distintivos, não é necessariamente sinal de Fé.
A Bíblia
Deus é o autor da Sagrada Escritura, pois os autores dos livros da Bíblia, apesar de terem utilizado suas
próprias capacidades, foram inspirados pelo Espírito Santo de Deus para escrevê-los.
A Bíblia é o livro fundamental do cristão. Ela é uma pequena biblioteca composta por 73 livros, sendo 46
do AT (Antigo Testamento) e 27 do NT (Novo Testamento). Estes livros nos contam a história da Antiga Aliança
e da Nova Aliança, unindo Deus com o seu povo.
Antigo Testamento
Os cinco primeiros livros da Bíblia formam o PENTATEUCO, que quer dizer Instrução ou Lei. Os
livros que formam o Pentateuco são:
Gênesis, o Livro das Origens – ele nos mostra como se deu a criação do mundo e da humanidade.
Êxodo – conta a trajetória do povo desde a saída do Egito, guiado por Deus, através de Moisés.
Levítico – é um manual redigido para o povo libertado do Egito, onde nos fala dos rituais e sacrifícios a Deus,
como os holocaustos, as oblações e as ofertas.
Números – é uma continuação do Êxodo, ele traz importantes listas com números e nomes de hebreus.
Deuteronômio – é um livro religioso e doutrinário, era o verdadeiro catecismo para os israelitas. E ainda hoje para
nós, é uma doutrina de Deus, pois nos mostra o que é certo ou errado e se o que fazemos para Deus, o agrada.
Vamos dar uma passada pelos cap. 6,1-6 e cap. 18,9-14.
Depois temos os LIVROS HISTÓRICOS, onde pessoas nos relatam suas vidas de lutas, perseguições, fé,
compromissos e amor a Deus. Eles são formados por 16 livros: Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis,
II Reis, I Crônicas, II Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, I Macabeus e II Macabeus.
Temos ainda no Antigo Testamento os LIVROS SAPIENCIAIS, formados por estes sete (7) livros: Jó,
Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico. Nestes livros temos, por
exemplo, Jó que nos fala de seu sofrimento, pois perde tudo, mas que não abandona Deus; e os Salmos, que era o
livro de orações dos judeus e hoje para nós é uma maneira de orar ou entrar em comunhão com Deus. Vamos ver o
que nos fala o Salmo 1.
Por último, temos o LIVROS PROFÉTICOS, são 18 livros designados pelo nome dos profetas: Isaías,
Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum,
Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Isaías, por exemplo, era o profeta da justiça, um homem que
lutava contra a idolatria e os abusos sociais dos ricos e poderosos, que elevava sua voz contra os hipócritas,
chamava o povo ao arrependimento e a fé, e profetizava sobre a vinda do Messias. Os 6 primeiros livros são
conhecidos como Profetas Maiores e os 12 últimos como Profetas Menores.
Novo Testamento
O Novo Testamento é composto por 27 livros, sendo quatro (4) EVANGELHOS: Mateus, Marcos, Lucas
e João. A palavra Evangelho é de origem grega e significa a Boa Nova, a vinda de Jesus. Antes de serem livros, os
Evangelhos representam a palavra de Deus pregada por Jesus, nos fala da anunciação do Anjo Gabriel à Maria, das
curas, libertações, salvação, vida e paixão de Jesus. Os Evangelhos são palavras para a nossa salvação.
Depois temos os Atos dos Apóstolos, que nos relata o nascimento da Igreja primitiva, a ascensão de Jesus, a
vinda do Espírito Santo, a 1ª primeira pregação de Pedro, onde foram convertidas, num só dia, 3 mil pessoas.
Temos ainda as Epístolas ou Cartas, formadas por 21 livros, sendo 14 escritas por Paulo, 2 por Pedro, 3 por
João, 1 por Tiago e 1 por Judas Tadeu, e que foram redigidas não à uma comunidade em particular, mas a um
conjunto de Igrejas, que precisavam de uma palavra de encorajamento para crescer cada vez mais na sua fé e
principalmente aprenderem a amar o próximo, como Jesus sempre sonhou. Hoje estas cartas são dirigidas a cada
um de nós, pois são palavras de encorajamento e ensinamentos, e com certeza podemos utilizar em nosso dia a dia.
E por último temos o Apocalipse (palavra grega que significa revelação) é obra do apóstolo João, que o
escreveu no fim de sua vida, por volta do ano 100, é uma mensagem de conforto e encorajamento, nos fala do bem
e do mal sobre a terra e prediz a Vitória de Deus. São palavras de força e esperança com a volta Gloriosa de Jesus.
Algumas observações:
1-) O hífen, ou tracinho (-), indica até qual versículo ou capítulo se deve ler, sem omitir os intermediários.
Exs: (Jo 15,13): lê-se apenas o versículo 13 do capítulo 15, do Evangelho de João.
(Jo 15,13-15): lê-se do versículo 13 até o versículo 15, do capítulo 15, do Evangelho de João.
(Jo 15-20): lê-se do capítulo 15 até o capítulo 20, do Evangelho de João.
2-) O ponto (.) separa os versículos, quando estes não são seguidos. Ler só o número que precede e o que segue.
Ex: (Mt 6,12.14), lê-se os versículos 12 e 14, do capítulo 6, do Evangelho de Mateus, e pula o versículo 13.
3-) O ponto e vírgula (;) é usado para separar citações, dentro de um mesmo livro ou de um livro para o outro.
Exs: (Jo 15,13-15; 18,36), lê-se os versículos de 13 até 15, do capítulo 15 e depois o versículo 36, do capítulo 18 ,
do Evangelho de João.
(Mt 6,9-15; Lc 11,2-4), neste caso lê-se os versículos de 9 até 15, do capítulo 6, do Evangelho de São Mateus e
depois os versículos de 2 até 4, do capítulo 11, do Evangelho de São Lucas. Este caso, indica que o mesmo texto,
ou a mesma idéia, pode ser encontrado em qualquer uma destas citações.
4-) Às vezes, há um número antes da abreviatura. Isso acontece quando há mais de um livro com o mesmo
nome. O número indica, então, de que livro se trata, mas nunca passa de 3.
Exs: 1Cr = 1º livro das Crônicas. 2Mc = 2º livro dos Macabeus. 3Jo = 3ª epístola, ou carta de São João.
5-) Um esse (s) indica o versículo imediatamente seguinte ao número que o precede: portanto, dois versículos.
Ex: (Rom 12,20s), ler os versículos 20 e 21, do capítulo 20, da Carta de São Paulo aos Romanos.
6-) Dois esses (ss) indica os dois versículos imediatamente posteriores ao número: portanto, três versículos. Para
mais de três versículos usa-se o hífen (-), que pode ser utilizado mesmo no lugar dos esses (s) (ss).
Ex: (Jer 32,27ss), ler os versículos 27, 28 e 29, do capítulo 32, do livro do profeta Jeremias.
7-) Quando a citação é muito extensa, que ultrapasse o capítulo, utiliza-se o traço maior, isto é, o travessão (–).
Ex: (Tob 5,5 – 12,22), ler quase oito capítulos do livro de Tobias, do versículo 5 do capítulo 5 até o versículo 22 do
capítulo 12.
8-) Caso não seja indicado o versículo, deve-se ler o capítulo inteiro. Neste caso não se usa a vírgula e os outros
sinais continuam com o mesmo significado, porém, com relação aos capítulos.
Exs: (Prov 1), ler o capítulo 1 inteiro, do livro dos Provérbios ; (Tob 5s ou Tob 5-6), ler, inteiros, os capítulos 5 e 6
do livro de Tobias ; (Sal 95ss ou Sal 95-97), ler os Salmos 95, 96 e 97 inteiros ; (Apoc 12.17.20), ler inteiros,
apenas, os capítulos 12, 17 e 20 do livro do Apocalipse.
9-) Se um versículo é muito comprido,ele é dividido em duas, três ou quatro partes. Neste caso usa-se as letras a, b,
c ou d após o número do versículo.
Os Patriarcas
Os patriarcas (Abraão - Isaac - Jacó) foram os “pais fundadores” do povo da Bíblia. Israel foi o nome que
Deus deu a Jacó (Gn 32,23-33).
Estadia no Egito
Um dos filhos de Jacó (José) foi vendido como escravo por seus irmãos, que tinham ciúmes dele, mas ele se
tornou primeiro ministro do Egito.
Por causa da seca e da fome, em busca de terra mais fértil e querendo melhorar de vida, Jacó, seus 12 filhos e
suas famílias foram parar no Egito. No começo, o povo foi muito bem recebido, graças à influência de José. Após a
morte de José e com o passar do tempo, o povo caiu na escravidão nas mãos dos faraós do Egito. Sem liberdade, o
povo foi também perdendo consciência da opressão em que vivia, esqueceu de suas raízes, assumindo a
mentalidade e a idolatria dos opressores.
Dois Reinos
Depois da morte do rei Salomão (935 a.C.), houve muitas lutas políticas e o Reino acabou dividido em dois
Reinos rivais: ISRAEL (o Reino do Norte (935-721); Capital: SAMARIA) e JUDÁ (o Reino do Sul (935-586);
Capital: JERUSALÉM). E, o que é pior, o povo se desuniu também na fé, muitos começaram a seguir religiões
alienantes e a adorar ídolos pagãos. A injustiça foi se alastrando. Os poderosos tornavam-se cada vez mais ricos, à
custa do povo, cada vez mais pobre. Povo desunido é povo fraco, em todos os sentidos!
O Cativeiro na Babilônia
As dez tribos do Norte que não aceitaram, como rei, o filho de Salomão. Tiveram apenas dois séculos de
existência. Em 721 a.C., os assírios conquistaram a capital Samaria (cativeiro assírio). As duas tribos do Sul
subsistiram até o ano de 586 a.C., quando os babilônios conquistaram Jerusalém. O Templo foi derrubado.
Boa parte do povo foi exilado na Babilônia. Tendo perdido tudo (pátria e templo), o povo gemia de dor. São
dessa época as Lamentações de Jeremias, O Servo Sofredor de Isaías, e as visões de Ezequiel.
O Judaísmo
Desta vez, os Persas, dominaram o mundo. Venceram os Babilônios e libertaram o povo judeu do exílio (“os
inimigos dos nossos inimigos são os nossos amigos”), em 538 a.C.
Com Esdras e Neemias começou a reconstrução de Jerusalém e do Templo. Insistiram muito sobre a
observância da Lei de Moisés, que tinha sido esquecida pelo povo. Assim nasceu o Judaísmo.
Depois dos Persas, vieram os Gregos (332 a.C.). Merecem especial atenção as lutas de libertação nacional,
na época dos irmãos Macabeus. Por um curto período, o Povo de Israel se tornou, de novo, independente (143 a 63
a.C.).
Apareceram, então, os ROMANOS que se apoderaram de Jerusalém, em 63 a.C.. Todos os livros da Bíblia,
até aqui redigidos, formam o Antigo Testamento.
Questões:
Os Mandamentos de Deus
O Decálogo
Nisto consiste o AMOR: “que vivamos segundo Seus Mandamentos” (II Jo 6). Estes Mandamentos são
compreendidos por dez (10) “Preceitos” distintos entre si. Estes “Preceitos” são o resumo da vida moral do cristão,
ou seja daqueles que crêem em Deus, respeitando, obedecendo, acatando e cumprindo sua Lei Divina. “Amar a
DEUS” significa colocar em “prática” estes Preceitos Divinos, através dos quais, o Homem edifica e equilibra sua
vida na terra, em relação à Deus, à Família, à Sociedade, e aos indivíduos de um modo geral.
Os Dez Mandamentos foram prescritos nas Tábuas da Lei por DEUS com manifestações sobrenaturais do
poder Divino, no monte Sinai à vista de Moisés, para que ele orientasse e guiasse o Povo Israelita no deserto, após
a libertação deles da escravidão do Faraó no Egito (Êx 19-24).
Para entender todo o sentido dos Dez Mandamentos é fundamental ver como Jesus observou e explicou a
Lei. JESUS atestou a perpetuidade do Decálogo, que é o conjunto dos Dez Mandamentos de Deus, praticando-o e
pregando-o. Jesus não veio tirar ou modificar os mandamentos, mas sim, dar-lhe seu sentido pleno. E prometeu
ainda: “Quem praticar os mandamentos e os ensinar será considerado grande no Reino do Céu” (Mt 5,17-20).
Fiel às Escrituras e conforme o exemplo de Jesus, a Igreja reconheceu no Decálogo um significado e uma
importância primordiais. O Decálogo forma uma unidade orgânica, onde cada mandamento está ligado a todo o
conjunto. Transgredir um mandamento é infringir toda a Lei.
A Lei é uma instrução paterna de Deus, onde apresenta os caminhos para a felicidade e afasta os
caminhos do mal, mas somente CRISTO, ensina e concede a Justiça de Deus, ou seja, a salvação que vem de
Deus. A nossa justificação foi merecida pela Paixão de Cristo, sendo-nos concedida pelo Batismo, através do qual
é apagada a culpa do pecado original, que herdamos dos primeiros pais (Adão e Eva), reconciliando-nos com Deus-
Criador.
Os Dez Mandamentos
PRIMEIRO MANDAMENTO:
“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o
entendimento”. – “Não terás outro Deus além de Mim”.
- Este mandamento convida o homem a crer em Deus, a esperar nele e a amá-Lo acima de tudo e de todos. O
homem tem o dever de cultuar e adorar a Deus, tanto individualmente quanto em sociedade. A superstição é um
desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus, demonstrado na idolatria, na adivinhação e na magia. Os que
colocam sua confiança e razão de ser em outros deuses são idólatras, pois, prostrando-se em adoração dos falsos
ídolos praticam a idolatria, que é abominada por Deus; sendo hoje em dia muito praticada através do culto da
televisão, do prazer e do dinheiro, da soberba e do orgulho, dos divertimentos e da impureza, do egoísmo e do ódio
(violência), e do culto que é dado a Satanás (seitas, feitiçaria, bruxaria, espiritismo, etc.). Enfim, negar o culto
devido só a Deus para dá-lo às criaturas (HOMEM) e ao próprio Satanás. São também pecados contra o primeiro
mandamento: o ateísmo, o sacrilégio, a simonia e a ação de tentar a Deus, seja por palavras ou por atos.
SEGUNDO MANDAMENTO
“Não pronunciarás em vão o Nome do Senhor teu Deus!”.
- O Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu Nome em vão. – “Santificado seja o Vosso Nome”. - Não jurar
pelo nome de Deus, nem pelo Céu que é Seu trono, nem pela Terra que é o escabelo dos Seus pés. Este
mandamento prescreve respeitar o nome do Senhor, que é Santo. Proíbe, assim, o uso impróprio do nome de Deus.
O juramento falso invoca Deus como testemunha de uma mentira e, por isso, é falta grave. “Eu Sou Aquele Que
Sou”, ou seja, não existe outro nome abaixo ou acima dos Céus. - Aqui cabe também, em “não blasfemar o nome
de Deus e do Seu Cristo de tantos modos enganosos e diabólicos, até reduzir o Seu nome a uma “marca” comercial
indecorosa e a fazer filmes ou piadas sacrílegas sobre Sua vida e sobre Sua Divina Pessoa”. Os Privilégios, a
“Imagem” e a Santidade da Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo devem ser também respeitados e venerados,
evitando assim, as falsas interpretações humanas e adaptações racionalistas, bem como, o nome e a vida dos Santos
de Deus. “Que o nome de Deus não esteja sempre na tua boca, e que não mistures nas tuas conversas o nome dos
santos, porque nisso não estarias isento de culpa” (Eclo 23,10).
TERCEIRO MANDAMENTO:
“Lembra-te do dia do Sábado para santificá-lo”.
- Guardar os Domingos, os Dias-santos e as Festas de preceito. O Sábado, que representava o término da Criação
(descanso de Deus), foi substituído pelo Domingo, dia da ressurreição de Cristo . No Domingo e também nos dias
de festa de preceito, os fiéis devem participar da Santa Missa, abstendo-se das atividades e negócios que impeçam
o culto a Deus. A instituição do Domingo contribui para que todos tenham tempo de repouso e lazer suficientes
para lhes permitir cultivar sua vida familiar, cultural, social e religiosa. - O Dia do Senhor é um dia abençoado, e
deve ser santificado, ou seja, não transformar o Domingo em “week-end”, no dia do esporte, das corridas, dos
divertimentos, do trabalho e dos negócios. “Trabalharás durante seis dias, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia,
que é um repouso em honra do Senhor, teu Deus, não farás trabalho algum” (Êx 20,9).
QUARTO MANDAMENTO:
“Honra teu pai e tua mãe”.
- Este é o único mandamento que é acompanhado de uma promessa do Senhor: “Honra teu pai e tua mãe, para
que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra” (Deut 5,16). Ele prescreve o fundamento da instituição da
Família, na visão de Deus Pai, através do Sacramento do Matrimônio, ficando portanto, excluídos novos modelos
de família fundados sobre a convivência, como a “união livre”, clandestinamente, alheios ao sacramento. Deus deu
autoridade aos pais sobre os filhos para o próprio bem deles. O casamento e a família estão ordenados para o bem
dos cônjuges, à procriação e à educação dos filhos, no temor ao Senhor. Os pais são os primeiros responsáveis pela
educação dos filhos, provendo-os de suas necessidades físicas e espirituais, inclusive a transmissão da Fé, da
oração e das virtudes, e também devem favorecer a vocação de seus filhos no seguimento a Cristo. São deveres dos
filhos quanto a seus pais: respeito, gratidão, ajuda e justa obediência aos seus princípios, conselhos e orientações,
evitando quanto possível as más companhias, que desvirtuam a boa educação e corrompem os bons costumes que
recebemos dos nossos pais. “Honra teu pai de todo coração, não esqueças os gemidos de tua mãe; lembra-te de que
sem eles não terias nascido, e faze por eles o que fizeram por ti” (Eclo 7,29-30).
QUINTO MANDAMENTO:
“Não matarás”.
- Desde o momento da concepção até a morte, a vida humana é sagrada já que foi criada à “imagem e semelhança”
de Deus vivo e Santo. Por isso, assassinar um ser humano ou tirar a própria vida é gravemente contrário à
dignidade da pessoa e à santidade do Criador, exceto quando em legítima defesa, quando se tira de um opressor
injusto a sua possibilidade de prejudicar. Significa este mandamento, observar e acatar o respeito devido ao valor
da vida humana, desde sua origem (concepção) até o término do curso natural da vida terrena, seja ela por velhice,
doença, acidentes, etc., sem contudo, legitimar e utilizar outros meios “artificiais”, clandestinos e perversos para
tirar a vida natural dos seres humanos. “Com efeito, quem quiser amar a vida e ver dias felizes, refreie sua língua
do mal e seus lábios de palavras enganadoras; aparte-se do mal e faça o bem, busque a paz e siga-a” (I Pd 3,8-11).
SEXTO MANDAMENTO:
“Não cometerás adultério”.
- “Não cometer atos impuros”. “O AMOR” é a vocação fundamental e originária do ser humano. Conforme
distribuído por Deus, cada um, deve reconhecer e aceitar sua identidade original, conforme a lei natural da Criação
de Deus, que é sábia e imutável. A aliança que os esposos contraíram livremente, implica um amor responsável e
fiel, que obriga a um casamento indissolúvel. Este mandamento prescreve que cada pessoa, segundo seu próprio
estado de vida, leve uma vida de castidade, da qual Jesus é o modelo perfeito, ou seja, abstendo-se de práticas
íntimas antes ou fora da união conjugal, que se realiza com o sacramento do Matrimônio. Todo indivíduo batizado
é chamado a levar uma vida casta, incluindo a aprendizagem do domínio pessoal. A observância da castidade
implica também em que qualquer “forma de impureza” (fornicação, adultério, pornografia, livre união, etc.) não
deve ser justificada, exaltada, acatada e propagada, a ponto de justificar até os atos contra a natureza
(homossexualismo, pedofilia). A castidade do corpo e da alma implica ainda, em usar de disciplina e pureza nas
palavras, nas conversas, nas atitudes, gestos, no lazer (diversão, programas, cinemas), etc..., seguindo os princípios
da moral cristã, não se conformando, contudo, com o que o “mundo” apresenta. - Todo pecado se comete fora do
corpo, mas o da impureza é uma usurpação contra a integridade do próprio corpo, porque mancha e destrói o
“templo” onde Deus soprou o Seu Espírito Santo, devendo portanto, ser conservado na pureza e na castidade.
“Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!” (Mt 5,8).
SÉTIMO MANDAMENTO:
“Não roubarás”.
- Este mandamento prescreve a prática da justiça e da caridade na administração dos bens terrenos e dos frutos do
trabalho humano. Implica em não usurpar ou tirar um bem ou coisa que é de outrem contra a vontade do
proprietário, trabalhando, por conseguinte, para não difundir cada vez mais os furtos, a violência, os seqüestros, e
os roubos; assim como, evitar quaisquer formas de desonestidades que se comete contra o “próximo”,
desrespeitando sua dignidade pessoal. Todas as formas de servidão humana são proibidas na lei moral, pois o
homem não é um mero objeto; bem como, os maus tratos dados aos animais irracionais. Quanto à “esmola” dada
aos pobres, é um testemunho de caridade fraterna e também prática de justiça que agrada a Deus. “Ao ladrão estão
reservados a confusão e o arrependimento” (Eclo 5,6).
OITAVO MANDAMENTO:
“Não prestarás falso testemunho contra teu próximo”.
- Este mandamento implica em praticar a virtude da VERDADE, mostrando-se verdadeiro no agir e no falar,
usando de lealdade e caridade para com o próximo, afastando-se do sensacionalismo, duplicidade, simulação e
hipocrisia. (OBS: a verdade dita sem nenhum propósito, que humilha e ridiculariza o “próximo” deve ser evitada,
devendo-se usar de discrição e boa educação, conforme se apresentarem as circunstâncias, ou seja, usar de
moderação e disciplina no falar). A mentira consiste em dizer o que é falso, com a intenção de querer enganar ou
prejudicar o irmão, que tem direito à verdade. A IGREJA orienta para que os meios de comunicação social sejam
usados com moderação e disciplina porque a sociedade tem direito a uma informação fundada na verdade, na
liberdade e na justiça. E ainda implica, na observância de que não se propague cada vez mais a lei do engano, da
mentira, da falsidade. “Nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que
for possível, e benfazeja aos que ouvem” (Ef 4,29).
NONO MANDAMENTO:
“Não cobiçarás a mulher do teu próximo”.
- Este mandamento adverte contra a concupiscência carnal, entendendo-se que não se deve cobiçar a filha, a esposa,
a namorada, a companheira, a serva, etc. do próximo, seguindo a mesma linha de discernimento na condição
oposta, distinguindo porém, em cada criatura humana a “imagem e semelhança de Deus”. Essa luta exige a pureza
do coração e a prática da temperança, isto é, a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar, o
pudor. Devemos nos lembrar que somente aqueles que tiverem o coração puro é que verão a Deus (Mt 5,8).
“Então, Adão pôs à sua mulher o nome de EVA, porque ela era a mãe de todos os viventes” (Gên 2,18 e 3,20).
DÉCIMO MANDAMENTO:
“Não cobiçarás coisa alguma que pertença ao teu próximo”.
- Aqui neste mandamento está prescrito que não é legítimo e oportuno cobiçar e querer os bens ou “direitos” que
pertencem ao próximo, tais como: a casa, o carro, os animais, a propriedade, os empregados, etc..., os quais, foram
conquistados por direito, ou com o suor do seu trabalho. Este mandamento proíbe a ambição desregrada, nascida da
paixão imoderada das riquezas e do poder, que leva a um vício capital: a inveja, que pode ser combatida pela
benevolência, humildade, confiança e abandono à Providência Divina. O desapego das riquezas é requisito
essencial para entrar no Reino dos Céus (Lc 6,20). Deus é um Pai exigente em relação à salvação das almas, mas é
também muito zeloso no que se refere ao bem-estar material de seus filhos providenciando os bens materiais de que
necessitam. “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua Justiça e tudo o mais vos será dado como
acréscimo, porque Vosso Pai Celeste sabe do que necessitais” (Mt 6,33-32).
Exercício
Cada mandamento quer combater uma das causas que fazia o povo sofrer na opressão do Egito, e quer
mostrar o que o povo deve fazer para manter-se verdadeiramente livre. Por isso, para perceber todo o alcance dos
mandamentos, também para a nossa vida, a gente pode perguntar-se: qual o mal e opressão que este mandamento
quer combater? E qual o bem, ou qual o valor que este mandamento quer introduzir na vida do povo?
Por exemplo, a respeito do 1º mandamento: no Egito, na “casa da escravidão”, a religião dos deuses era
usada para reforçar o sistema e o poder do faraó. Ele fazia grandes estátuas e templos para impressionar o povo e
mandava que o povo dobrasse os joelhos diante dele próprio, como se fosse um deus. O mandamento quer
combater esta situação. E, hoje em dia, quais os ídolos que o povo, que nós, fabricamos e “adoramos” ? Dinheiro?
Poder? Sexo? TV?
Outro exemplo, a respeito do 2º mandamento: no Egito, o faraó fazia tudo em nome dos deuses; em nome da
religião, justificava-se as injustiças, os roubos, as mordomias etc. “Não usar o nome de Deus em vão” significa
isso: o nome de Deus é “Javé”, que quer dizer “Deus conosco”, “presença libertadora” (ver Ex 3,13-15); ora, é
absurdo usar o nome libertador de Deus para justificar a opressão e a exploração do povo. Isso acontece ainda
hoje? Ainda se usa a religião para explorar o povo?
Mandamentos da Igreja
1º) Ouvir Missa inteira nos domingos e festas de guarda.
4º) Jejuar e abster-se de carne, quando manda a Santa Madre Igreja e fazer penitência em todas as sextas-feiras.
e entregá-lo aos seus inimigos. Sabia inclusive quem seria, mas era necessário que isso acontecesse. Era preciso ele
ser preso, condenado, crucificado e morto, para que pudesse ressuscitar dos mortos e ascender ao céu para a
salvação da humanidade.
Assim, sendo traído por Judas Iscariotes, Jesus foi condenado ao martírio da cruz pelos grandes do seu
tempo. A verdade sempre incomoda. Jesus morreu, de morte violenta, no meio de dois bandidos (Lc 23,32-43).
Mas ele ressuscitou “no terceiro dia” (Lc 24,46), isto é, no domingo da Páscoa (Mt 28,1). Para comemorar o
evento, os cristãos mudaram o dia santo de guarda do sábado para o domingo, o primeiro dia da semana, o dia do
Senhor. Para confirmar a fé de seus apóstolos e discípulos, Jesus apareceu-lhes durante um tempo privilegiado, de
40 dias (I Cor 15,3-8; At 1,3).
5, 14). Por isso imploramos ao Pai: “Pai, venha a nós o vosso Reino!” para o crescimento do Reino, em nós e no
mundo.
A Lei do Reino: O Amor
O Amor é o único caminho, a maior lei do Reino. Mas que amor é este?
É o amor do jeito que Jesus viveu e ensinou e que assim resumiu: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu
coração, de toda a tua alma e com todo o teu entendimento. Esse é o maior e primeiro mandamento. O segundo é
semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!” (Mt 22,36-39).
Muitos achavam que Jesus teria vindo para acabar com os 10 Mandamentos, mas ele explica claramente que
não queria acabar com eles, e sim lhes dar o verdadeiro sentido, pois para muitos (fariseus etc.), os mandamentos
haviam se tornado uma cerca que proíbe, e não um caminho a seguir. Eles acreditavam que eram bons e seriam
salvos só porque não roubavam, não matavam, freqüentavam o templo... Ele mostrou que os Dez Mandamentos são
ponteiros que indicam o caminho e que são os primeiros e indispensáveis passos, numa longa e difícil estrada que
leva ao amor. Quando Jesus apresenta o Amor como nova Lei do Reino nas bem-aventuranças (Mt 5,1-11), ele se
refere sempre à Lei de Moisés.
“Se alguém diz: - Eu amo a Deus e, no entanto, odeia seu irmão, esse tal é mentiroso; pois quem não ama o
seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê. E este é justamente o mandamento que recebemos
de Jesus: quem ama a Deus, ame também seu irmão!” (1 Jo 4,20-21). Mas como amar?
Jesus diz: “Amem-se uns aos outros, como eu vos amei!” (Jo 15,12). Eis o exemplo, Jesus, a fonte
inesgotável do verdadeiro amor. Amor com “A” maiúsculo. Amor que só aprendemos na escola de Jesus e num
único livro: o Evangelho. É um amor exigente: “para o cristão, o amor não é simbolizado por um coração, mas sim
por uma cruz!”
E Jesus nos prova através de suas obras, que são sua vida de amor e seus inúmeros milagres, que Ele é realmente o
Filho de Deus e como prova suprema de sua Divindade, Jesus ressuscita dos mortos!
Isso não aconteceu sem que fosse necessário. O Salvador do homem deveria der seu “parente próximo”,
escolhido dentre os irmãos e, ao mesmo tempo, sua vida santa deveria valer a justiça de Deus em favor do ser
humano – a Vida de Deus! (Heb 2,14-18). Somente assim Ele morreria, não apenas pelos pecados de um só, mas
por toda a humanidade. Deveria ser homem para segurar na mão da humanidade e, ao mesmo tempo ser Deus para
segurar na mão da Divindade.
Não é à toa que tantas declarações verdadeiras acerca de Jesus, à primeira vista possam parecer
contraditórias. Ele veio à Terra como Deus e como homem; mortal e imortal; finito e infinito; nosso Criador e
nosso irmão! Agora o Eterno Criador do Universo também é humano. Incalculável honra, insondável mistério,
abençoada segurança para a nossa redenção!
“... A reconciliação do homem com Deus só poderia ser realizada por um Mediador que fosse igual a Deus,
possuísse atributos que o dignificassem e o declarassem digno de tratar com o infinito Deus em favor do homem, e
também representasse Deus a um mundo caído. O substituto e penhor do homem tinha de ter a natureza do
homem, ligação com a família humana a quem deveria representar...” – Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 257.
“Cristo veio à Terra, tomando sobre Si a humanidade e constituindo-se representante do homem, para
mostrar, no conflito com Satanás, que o homem, tal como Deus o criou, unido ao Pai e ao Filho, poderia obedecer
a todo reclamo divino.” – Mensagens Escolhidas, Vol.1, pág. 253.
E mais uma coisa: com a encarnação, deus uniu-se de modo especial a toda a humanidade e cada ser humano
é, assim, um valor imenso, divino. Por isso Jesus nos diz: “Tudo o que fizerem ou deixarem de fazer, sobretudo
aos mais pequeninos e sofredores, é a mim que vocês farão ou deixarão de fazê-lo!” (Mt. 25,31-46).
Conclusão
Temos, portanto, em Jesus Cristo, um Salvador que venceu e Se tornou representante da raça humana. Todos
aqueles que O aceitam pela fé são parte de Sua vitória, são troféus de Seu sacrifício. São também companheiros de
Sua jornada neste mundo. São a nova humanidade redimida, pois Alguém lutou por eles, morreu no lugar deles,
santificou-Se e apresentou-Se perfeito à Deus por eles, para que recebam o Seu perdão, a Sua santidade, a Sua
vitória e, finalmente, o Seu reino e a Sua vida eterna!
Cabelos Trançados
Um historiador inglês chamou a atenção para o formato da longa mecha de cabelo que cai sobre o meio das
costas. Assemelha-se muito a uma trança desmanchada. Trançar os cabelos atrás do pescoço era uma moda comum
entre os homens judeus do tempo de Jesus. As numerosas marcas de ferimentos que aparecem no homem do
Sudário revelam que ele foi brutalmente açoitado, coroado com espinhos, crucificado e perfurado com lança do
lado direito do tórax. Estudos concluíram que elas correspondem, nos mínimos detalhes, às narrativas sobre a
flagelação, morte e sepultamento de Jesus que aparecem nos Evangelhos. E que acrescentam informações
desconhecidas pela tradição cristã, mas confirmados pela recente pesquisa histórica e arqueológica – como o fato
de o crucificado ter sido pregado à barra horizontal da cruz pelos pulsos e não pelo meio das mãos.
É impossível acreditar que falsificadores medievais pudessem saber de tudo isso. Além de dominar uma
técnica de impressão sem paralelos na história, eles precisariam ter conhecimentos de arqueologia, história,
anatomia e fisiologia que só se tornaram disponíveis no século 20.
Alguns estudiosos já chamaram o Sudário de “O Quinto Evangelho”. Pois, tanto quanto os textos de Marcos,
Mateus, Lucas e João, ele fornece informações preciosas sobre a tortura, a morte, o sepultamento e a ressurreição
de Jesus. A diferença é que esse Evangelho puramente visual quase nada oferece ao olhar apressado e desatento.
Ele exige uma observação respeitosa, acurada e paciente, de preferência medida pelos óculos da ciência. Aí sim, o
Sudário apresenta uma quantidade esmagadora de informações. E desvenda a história de um sacrifício capaz de
emocionar até o mais insensível dos observadores. É difícil sair ileso do confronto com as lições desse pano
milenar.
A coroa de espinhos não era uma simples tiara, mas um artefato que cobria
a cabeça toda. O soldado que a surdiu deve Ter usado seu próprio capacete
como molde. Os espinhos, com 5 cm de comprimento, causaram 72
perfurações na cabeça.
A flagelação foi tão
brutal que, por si só, teria
matado uma pessoa mais
frágil. Ela acelerou a
morte do homem do
Sudário, abreviando sua permanência na cruz. Oram contados
de 90 a 120 ferimentos de açoite. A forma das feridas
corresponde às produzidas pelo flagrum, o chicote romano.
Os condenados não carregavam a cruzes completas, mas
apenas as barras horizontais. Os mastros ficavam pré-fixados
no local de execução. Mesmo assim, o transporte da trave
provocou grandes hematomas nas costas do homem do Sudário. E quedas ao longo do percurso machucaram seus
joelhos e rosto. A rótula esquerda e o nariz apresentam contusões graves, com a provável separação da cartilagem
nasal.
Os pregos não foram fixados no meio das mãos, como se pensa. Mas numa
parte do pulso conhecida pelos anatomistas como “espaço de Destot”. Se o
traspassamento tivesse ocorrido no meio das mãos, estas teriam se rasgado
com o peso do corpo. Ao passo que, no “espaço de Destot”, a introdução dos
pregos assegurava uma fixação firme à cruz. A perfuração dos pulsos
secionou os nervos medianos, provocando a retratação dos polegares. Estes
estão dobrados para o interior das mãos na figura do Sudário.
O poste da cruz não era alto. E a barra horizontal se encaixava nele por
meio de uma fenda. O estudo dos rastros de sangue mostra que o homem foi pregado à barra sobre o chão, sendo
depois alçado até o topo do mastro. Seus pés, o esquerdo sobre o direito, foram fixados ao poste por um único
prego, com cerca de 18 cm.
A morte na cruz era causada por lenta asfixia, provocada pela posição dos braços. A
imagem do Sudário mostra que o homem se ergueu várias vezes para tomar ar. Visando
acelerar a morte, era costume quebrar as pernas dos condenados, impedindo tal
movimentação. Isso não ocorreu neste caso, o que concorda com o relato dos Evangelhos,
segundo os quais nenhum de seus ossos foi quebrado.
A estocada de lança, que era um golpe de misericórdia, ocorreu quando o homem já se
encontrava morto. O Sudário mostra que ela produziu um forte jato de hemácias (a parte
vermelha do sangue), seguido por um fluxo de plasma (a parte clara), prova de que grande
quantidade de sangue se acumulou e decantou no pericárdio. Isso converge com o texto
bíblico, que fala num jorro de “sangue e água”.
A deposição da cruz também ficou registrada no pano de linho. Nas manchas de
sangue na região dos pés, percebe-se nitidamente as marcas dos dedos das mãos de uma
pessoa que sustentou o morto da descida do patíbulo.
“Seriam os dedos do apóstolo João?”, perguntam-se alguns estudiosos.
O sepultamento foi feito após uma preparação sumária do corpo. Se ele tivesse sido lavado, conforme o
costume judaico, o sangue não haveria manchado o Sudário. Também aqui confere com a descrição bíblica, que
sugere um apressamento dos ritos funerários, devido à aproximação do Shabat, o dia do repouso judaico, que
começa a ser contado a partir do crepúsculo da sexta-feira.
R: Eram nobres, encarregados pelo papa de proteger as propriedades da Igreja, porém formavam uma sociedade
secreta e em suas cerimônias veneravam um estranho ídolo, representado pela cabeça de um homem com barba. Os
iniciados ficavam deitados ao chão e os chefes levantavam sua cabeça rapidamente para que vissem por instantes, a
Face de Nosso Senhor.
9- O Sudário em tempos remotos, era exposto publicamente?
R: Em 1036 era carregado em procissão pelas ruas de Constantinopla. Em 1353, um importante cavaleiro templário
exibiu publicamente o Santo Sudário na diocese de Lirey. Em 1453, Margherita de Charny deu a posse do Santo
Sudário ao Duque Luís di Savóia, de família real italiana. Em 1983 o rei da Itália, ao morrer, deixou-o na Santa Sé.
10-O que dizer sobre o “teste do carbono 14” que alega que o Santo Sudário não seja um Milagre e sim uma
pintura feita por algum artista medieval?
R: Esse teste foi realizado em 1988 nos Estados Unidos (Arizona) o qual realmente concluiu - erroneamente - ter
sido o Santo Sudário pintado entre os anos 1260 e 1390. Porém artista algum da Idade Média poderia ter criado
uma imagem negativa anatomicamente perfeita, levando em conta os princípios da fotografia, que só seria
inventada 500 anos mais tarde - entre tantas e tantas provas da autenticidade do Santo Sudário. Há 100 anos o
Santo Sudário passou a ser estudado com todo rigor científico, a começar por Pierre Barbet, médico e professor de
medicina legal. Examinado em microscópios eletrônicos não foi encontrado sequer um traço de corante ou tinta.
No Congresso de Turim em 1998, o professor Leôncio Garça Valdez apresentou o seguinte: examinando os fios do
tecido do Sudário, constatou que esses fios estão envoltos em uma capa bioplástica produzida por bactérias
presentes no tecido o que invalida completamente o teste do carbono 14. Em 1978 os cientistas da Nasa, através de
um projeto chamado STURP, realizaram o mais sofisticado estudo interdisciplinar já feito mundialmente e após
quatro anos de pesquisas a conclusão: o Sudário é incontestavelmente VERDADEIRO, um milagre ocorrido
certamente no momento de Sua Ressurreição. Os cientistas da Nasa afirmam com estas palavras: “foi causada por
uma irradiação calórico-luminosa, especial, instantânea, saída do corpo do Crucificado envolto no Sudário”. E tal
conclusão causou enorme espanto nos cientistas, como afirmou o Dr. D’Muhala, coordenador do projeto STURP.
Uma eclosão de luz e calor que saiu do corpo de Cristo, no momento de sua ressurreição. A imagem que se vê no
negativo fotográfico do Sudário é a imagem de feridas de um homem que foi brutalmente açoitado. Feridas que
correspondem com as descrições bíblicas da Crucificação.
11- Nos crucifixos mostram o cravo pregado nas palmas da mão de Jesus?
R: Exatamente pelos estudos feitos por esse cientista, concluiu-se que na palma da mão não existe suporte ósseo
suficiente para manter um crucificado na cruz. Rasga e o corpo cai. Portanto o cravo foi pregado nos pulsos de
Nosso Senhor, numa região denominada “Espaço de Destot”.
12- Como era esse chicote usado em Nosso Senhor?
R: Era feito de couro, com chumbinhos nas pontas e se chamava flagrum, que deriva da palavra flagelo.
13- Quem mandou chicotear Jesus?
R: Pilatos.
14- Como se portavam os soldados romanos diante d’Ele?
R: Divertiam-se com seu sofrimento, batiam-lhe, cuspiam-lhe à face, enterraram com pauladas, a coroa de espinhos
em Sua santa Cabeça.
15-Por que um dos soldados ainda transpassou-lhe o peito com uma lança, se Jesus já estava morto?
R: Era costume deixar os corpos dos crucificados até que apodrecessem e fossem comidos por aves de rapina.
Somente permitiam tirar o corpo da cruz, caso a família da vítima reclamasse o corpo. O soldado então o feriu com
um golpe mortal para autenticar que estava realmente morto, antes que o tirassem da cruz.
16- Dizem que tinham o costume de colocar uma moedinha sobre cada olho do cadáver, para que
permanecessem fechados. Isto é verdade?
R: Sim, é verdade. E por esta razão o professor de teologia da Universidade de Chicago descobriu, por meio de
ampliações fotográficas computadorizadas, duas moedinhas, as quais se dava o nome de litus, criadas por Pôncio
Pilatos durante seu governo.
17- A cruz que Jesus carregou e foi crucificado, tinha o mesmo formato que os artistas mostram?
R: Não. Era em formato de T, sem a continuidade que é mostrada.
18- Todos os perseguidos da Lei eram crucificados como foi Jesus?
R: Não. Normalmente amarravam os pulsos e parte do corpo com cordas. E aqui cabe ressaltar que nenhum homem
tido como criminoso fosse coroado de espinhos, como o foi Nosso Senhor.
Mataram Jesus!
Apesar de só ter amado e feito o bem a todos, Jesus de Nazaré tornou-se, para muitos, um problema! Como
dizia Simeão: “este menino vai ser um sinal de contradição!” (Lc 2,24).
Para os que tinham um coração reto, para os que buscavam a verdade e a justiça, para os pequenos e pobres
que esperavam a libertação e um mundo novo, para estes não havia dúvida: Jesus de Nazaré era o messias, o
libertador, o mestre, o santo, o próprio Filho de Deus feito gente, a única esperança.
Mas para os outros, Jesus era um motivo de escândalo, uma “pedra de tropeço” que devia ser eliminada. Para
estes, Jesus era um louco (Mc 3,21), um possuído pelo demônio (Mc 3,22), um malfeitor (Jo 18,29), um herege (Jo
8,48), um blasfemador (Mc 2,7), um subversivo (Lc 23,2). Os que rejeitavam Jesus eram: as autoridades religiosas
que estavam agarradas às suas verdades e tradições, que temiam perder seus privilégios e que achavam que Jesus,
com suas novas idéias, colocava em perigo a religião; os poderosos e os políticos, que consideravam a pregação de
Jesus perigosa para o regime e para seus interesses, já que, conscientizando o povo sobre sua dignidade humana de
filhos de Deus e de irmãos, podia criar confusões; enfim, todos os que nada esperavam, porque achavam que já
tinham tudo e que nada precisava mudar.
Quiseram silenciá-lo, mas não conseguiram! Difamado e ameaçado, Jesus não voltou atrás e continuou sem
medo a sua missão. Mesmo sabendo que isso iria custar-lhe a vida, Jesus cumpriu livre e fielmente a vontade do
Pai: obediente até o fim, até às últimas conseqüências. Enfim, recorreram ao argumento dos covardes: a calúnia e a
violência. Jesus, preso como “destruidor da religião e perigoso agitador da ordem”, foi torturado, condenado à
morte e crucificado como um criminoso!
A paixão e a morte de Jesus é a conseqüência de toda sua vida dedicada aos outros: “não há maior prova de
amor que dar a vida pelos amigos!” (Jo 15,13). Jesus queria que todos tivessem vida e vida em abundância (Jo
10,10) e por amor à vida, entregou sua própria vida! Ele mesmo já tinha dito:
“Como bom pastor, eu dou a vida pelas ovelhas... ninguém tira a minha vida... eu a dou livremente... assim
como tenho poder de retomá-la!” (Jo 10,14-17).
Jesus, o Filho de Deus feito gente, assume sobre seus ombros toda injustiça, todo mal, todo pecado da
humanidade e oferece sua vida, como cordeiro pascal, pela libertação e pela vida da humanidade. Ele viveu e
morreu pela nossa salvação.
Mas Ele Está Vivo!
Parecia um fracasso total naquela sexta-feira! Mas o amor é sempre mais forte do que o ódio, a vida é
sempre mais forte do que a morte, Deus é sempre mais forte do que o homem! E, assim, Jesus ressuscitou! Jesus
A Raiz do Pecado
Os Pecados Capitais
Paróquia Santa Rita de Cássia 32 Diocese de
Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 33
A Igreja, iluminada pela luz do Espírito Santo, seu guia infalível, em sua experiência bi-milenar, nos ensina
que os piores pecados são aqueles que ela chama de “capitais”. Capital vem do latim “caput”, que quer dizer
cabeça. Assim como, por exemplo, da capital de um estado ou de um país, procedem as ordens, decisões e
comandos, assim também, desses pecados “cabeças”, nascem muitos outros pecados. Por isso eles sempre
mereceram, por parte da Igreja, uma atenção especial. Os Pecados Capitais são sete: soberba, ganância, luxúria,
gula, ira, inveja e preguiça.
Houve um santo que disse que, se a cada ano vencêssemos um desses sete, ao fim de sete anos, seríamos
santos. Então, vale refletir sobre eles, afim de rejeitá-los, com o auxílio da graça de Deus e de nossa vontade.
O primeiro, e sem dúvida o pior de todos, é a soberba, também conhecida como orgulho. É o pior porque foi
exatamente este pecado que levou os anjos maus a se rebelarem contra Deus, e que levou Adão e Eva à
desobediência mortal.
A soberba consiste na pessoa sentir-se como se fosse a geradora dos seus próprios bens materiais e
espirituais. Acha-se cheia de si mesma, pensa, melancolicamente, que é a própria autora daquilo que tem ou faz de
bom, e se esquece de que tudo vem de Deus e é dom do alto, como disse São Tiago:
“Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes” (Tg 1,17).
O soberbo se esquece que é uma simples criatura, que saiu do nada pelo amor e pelo chamado de Deus, e
que, portanto, Dele depende em tudo. Como disse Santa Catarina de Sena, o orgulhoso “rouba a glória de Deus”,
pois quer para si as homenagens e os aplausos que pertencem somente a Deus, já que Ele é o autor de toda graça.
A soberba é o oposto da humildade. Essa palavra vem de “húmus”, daquilo que se acha na terra, pó. O
humilde, é aquele que reconhece o seu “nada”, a sua contingência, embora seja a mais bela obra de Deus sobre a
Terra, a sua glória, como dizia Santo Irineu, no século II.
Foi a soberba que perdeu a humanidade, foi a humildade que a salvou. São Leão Magno, Papa e doutor da
Igreja, garante que: “Toda a vitória do Salvador dominando o demônio e o mundo, foi iniciada na humildade e
consumada na humildade!”.
Adão e Eva sendo criaturas quiseram “ser como deuses” (Gen. 3,5), Jesus, sendo Deus, fez-se como a
criatura. Da manjedoura à cruz do Calvário, toda a vida de Jesus foi vivida na humildade e na humilhação. São
Paulo resume isso na carta aos filipenses: “Sendo Ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade
com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E,
sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e
morte de cruz” (Fil. 2,6-8).
Pela humildade e pela humilhação, Jesus se tornou o “novo Adão” que salvou o mundo (Rom. 5,12s). Ensina
a Igreja que Maria, a mãe do Senhor tornou-se a “nova Eva”, porque na sua humildade destruiu os laços da soberba
da primeira virgem.
Ser humilde é ser santo, é viver o oposto de tudo isso, é saber descer do pedestal, é não se auto-adorar, é
preferir fazer a vontade dos outros à própria, é ser silencioso, discreto, escondido, é fugir das pompas e dos
aplausos. São João Batista foi um modelo desta humildade e nos ensinou a sua essência. Ao falar de Jesus, ele
disse: “Importa que Ele cresça e que eu diminua!” (Jo 3,30). Isto diz tudo. Quando Jesus iniciou a sua vida
pública, João o apresentou para o povo: “eis o Cordeiro de Deus”, e desapareceu...até ser martirizado no cárcere de
Herodes. Que lição de humildade! Também Nossa Senhora, sendo “a Mãe do Senhor” (Lc 2,43), fez-se “a
escrava do Senhor” (Lc 1,38). Da mesma forma São José, escolhido por Deus entre todos os varões do seu tempo,
para ser o pai legal do Senhor (Lc 2,48), fez-se o servo humilde, obediente, escondido e vazio de si mesmo. E
assim como São José, todos os santos foram modelos de humildade.
O Pecado Social
Muita gente pensa que o pecado seja uma questão pessoal. Puro engano, o pecado que alguém comete afeta
todos os membros da comunidade. Vamos fazer um exemplo: quando você machuca um dedo, ou sofre do
estômago, ou tem dor de dentes, não é o corpo todo que sofre? Ou por acaso você tem vontade de cantar de alegria,
se está com dor dentes, só porque a sua garganta não dói?
A mesma coisa acontece quando você peca. E as conseqüências do pecado que cometemos estão diante de
todos: injustiças, pobreza, analfabetismo, prostituição, aborto, exploração do outro, salários injustos, e tantas outras
coisas mais.
Você pode perguntar: “Mas que culpa temos nós? Eu nasci num ambiente assim!” É bom recordar que
pecado não é só “fazer coisas erradas que desagradam a Deus”. Existe também o pecado da omissão. E talvez ele
seja uma das maiores culpas dos cristãos: simplesmente deixam de fazer coisas boas que agradam a Deus e
promovam o outro. A Igreja nos ensina que não basta não fazer o mal, é preciso fazer o bem! O bem que você
deixa de fazer é uma vitória dada ao mal! Quando nos rezamos: “Confesso a Deus todo-poderoso...”, dizemos:
“pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Sim! Aí está o pecado de omissão: cruzar os
braços diante do mal e das injustiças.
O que fazer então? A solução está em começar a combater esses males, livrando-nos do pecado de omissão.
Mas a primeira atitude deve ser interior: cada um procurar voltar-se totalmente para Deus. O pecado social – e
todos os pecados – começam a ser evitados a partir da mudança da mentalidade e do comportamento, pois pouco
adianta gritar contra o pecado social se não se é capaz de tirar o pecado da própria vida.
a consciência, e vai se perdendo o discernimento entre o bem e o mal. Não foi sem razão que o Papa Paulo VI,
disse certa vez que, o pior pecado neste mundo é achar que o pecado não existe. A prática do pecado,
continuamente, faz com que a pessoa perca a noção da sua gravidade. No entanto, por pior que seja, o pecado não
consegue, de todo, “destruir o senso moral até a raiz”.
Diante de nossos pecados, não adianta se desesperar ou desanimar;a única atitude correta é enfrentá-lo com
boa disposição interior e com a graça de Deus. São Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja, dizia que não
adianta ficar “pisando a própria alma”, depois de ter caído no pecado.
Até os nossos pecados, aceitos com humildade, podem nos ajudar a crescer espiritualmente. Santo Afonso de
Ligório dizia: “Mesmo os pecados cometidos podem concorrer para a nossa santificação, na medida que a sua
lembrança nos faz humildes, mais agradecidos às graças que Deus nos deu, depois de tantas ofensas”.
Jesus retomou os Dez Mandamentos que há mil anos antes Deus já tinha dado a Moisés, e levou-os à
plenitude no Sermão da Montanha. Quando aquele jovem perguntou-lhe: “Mestre, que devo fazer de bom para ter
a vida eterna?” (Mt 19,16), Jesus respondeu dizendo: “Se queres entrar na vida , guarda os Mandamentos”; e fez
questão de citá-los: “não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra
teu pai e tua mãe, amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Dt 5,16,20; Lv 19,18). Os Dez Mandamentos são a
salvaguarda contra o pecado. Por isso o primeiro compromisso de quem almeja a santidade deve ser o
compromisso se viver, na íntegra, os Mandamentos.
Santo Agostinho dizia que essas são as duas asas que Deus nos deu para voar alto e chegar aos céus: o
amor a Deus e o amor ao próximo.
Os Mandamentos nos ajudam a compreender e a viver este amor a Deus e aos irmãos, que nos levam à
santidade e ao rompimento com a desordem, como Santo Agostinho chamava o pecado.
Se ainda pecamos, se ainda não somos santos, é porque ainda o amor a Deus e ao próximo não atingiu a sua
plenitude em nós, pois a santidade é uma história de amor.
Certo dia, um casal ao chegar do trabalho, encontrou algumas pessoas dentro de sua casa. Achando que eram
ladrões, marido e mulher ficaram assustados, mas um homem forte e saudável, com corpo de halterofilista disse:
- Calma pessoal! Nós somos velhos conhecidos e estamos em toda parte do Mundo.
- Mas quem são vocês? – pergunta a mulher.
- Eu sou a Preguiça – responde o homem másculo. Estamos aqui para que vocês escolham um
de nós para sair definitivamente da vida de vocês.
- Como pode, você ser a Preguiça, se tem um corpo de atleta que vive malhando e praticando esportes? –
indagou a mulher.
- A Preguiça é forte como um touro e pesa toneladas nos ombros dos preguiçosos. Com ela, ninguém pode
chegar a ser um vencedor.
Uma mulher velha e curvada, com a pele muito enrugada, que mais parecia uma bruxa diz:
- Eu, meus filhos, sou a Luxúria.
- Não é possível! – diz o homem. Você não pode atrair ninguém com esta feiúra.
- Não há feiúra para a Luxúria, queridos. Sou velha porque existo há muito tempo entre os homens. Capaz de
destruir famílias inteiras, perverter crianças e trazer doenças para todos, até a morte. Sou astuta e posso me
disfarçar na mais bela mulher.
E um mau-cheiroso homem, vestindo roupas maltrapilhas, que mais parecia um mendigo, diz:
- Eu sou a Cobiça, por mim muitos já mataram, por mim muitos abandonaram suas famílias e pátria. Sou tão
antigo quanto a Luxúria, mas eu não dependo dela para existir.
- E eu sou a Gula, diz uma lindíssima mulher com um corpo escultural e cintura finíssima. Seus contornos
eram perfeitos, e tudo no corpo dela tinha harmonia de forma e movimentos.
Assustam-se os donos da casa, e a mulher diz:
- Sempre imaginei que a Gula seria gorda.
- Isso é o que vocês pensam! – responde ela. Sou bela e atraente, porque se assim não fosse, seria muito fácil
livrarem-se de mim. Minha natureza é delicada, normalmente sou discreta, quem tem a mim não se apercebe,
mostro-me sempre disposta a ajudar na busca da Luxúria.
Sentado em uma cadeira num canto da casa, um senhor, também velho, mas com o semblante bastante
sereno, com voz doce e movimentos suaves, diz:
- Eu sou a Ira. Alguns me conhecem como Cólera. Tenho muitos milênios também. Não sou homem, nem
mulher, assim como meus companheiros que estão aqui.
Paróquia Santa Rita de Cássia 35 Diocese de
Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 36
- Ira? Parece mais o vovô que todos gostariam de ter! – diz a dona da casa
- E a grande maioria me tem! – responde o vovô. Matam com crueldade, provocam brigas horríveis e
destroem cidades quando me aproximo. Sou capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim, posso estar
em qualquer lugar e penetrar nas mais protegidas casas. Pareço calmo e sereno para mostrar-lhes que a Ira pode
estar no aparentemente manso. Posso também, ficar contido no íntimo das pessoas sem me manifestar, provocando
úlceras, câncer e as mais temíveis doenças.
- Eu sou a Inveja. Faço parte da história do homem, desde a sua criação, diz uma jovem que ostentava uma
coroa de ouro cravada de diamantes, usando braceletes de brilhantes e roupas de fino pano, assemelhando-se a uma
princesa rica e poderosa.
- Como é a Inveja, se é rica, bonita e parece ter tudo o que deseja? – diz a mulher da casa.
- Há os que são ricos, os que são poderosos, os que são famosos e os que não são nada disso, mas eu estou
entre todos. A Inveja surge pelo que não se tem e o que não se tem é a felicidade. Felicidade depende de amor, e
isso é o que de mais carece a humanidade... Onde eu estou, está também a Tristeza.
Enquanto os invasores se explicavam, um garoto, que aparentava cerca de cinco a seis anos, brincava pela
casa. Sorridente e de aparência inocente, característica das crianças, sua face de delicados traços mostravam a
plenitude da jovialidade, olhos vívidos...
- E você, garoto, o que faz junto a esses que parecem ser a personificação do mal?
O garoto responde com um sorriso largo e olhar profundo:
- Eu sou o Orgulho.
- Orgulho? Mas você é apenas uma criança! Tão inocente como todas as outras.
O semblante do garoto tomou um ar de seriedade que assustou o casal, e ele então diz:
- O Orgulho é como uma criança mesmo, mostra-se inocente e inofensivo, mas não se enganem, sou tão
destrutível quanto todos aqui. Quer brincar comigo?
A Preguiça interrompe a conversa e diz:
- Vocês devem escolher quem de nós saíra definitivamente de suas vidas. Queremos uma resposta.
- E então? – pergunta a Gula.
- Queremos que o Orgulho saia de nossas vidas.
O garoto olha com um olhar fulminante para o casal, pois queria continuar ali. Porém, respeitando a decisão
dirige-se para a saída.
Os outros, em silêncio, iam acompanhando o garoto quando o homem da casa pergunta:
- Hei! Vocês vão embora também?
O menino, agora com ar severo e com a voz forte de um orador experiente, diz:
- Vocês escolheram que o Orgulho saísse de suas vidas e fizeram a melhor escolha, porque onde não há
Orgulho não há Preguiça, pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham de nada fazerem para viver, não
percebendo que na verdade vegetam.
- Onde não há Orgulho, não há Luxúria, pois os luxuriosos têm orgulho de seus corpos e julgam-se
merecedores.
- Onde não há Orgulho, não há Cobiça, pois os cobiçosos têm orgulho das migalhas que possuem,
juntando tesouros na terra e invejando felicidade alheia, não percebendo que na verdade são instrumentos
do dinheiro.
- Onde não há Orgulho, não há Gula, pois os gulosos se orgulham de suas condições e jamais admitem
que o são, arrumam desculpas para justificar a Gula, não percebendo que na verdade são marionetes dos
desejos.
- Onde não há Orgulho, não há Ira, pois os que se irritam com facilidade destroem aqueles que,
segundo o próprio julgamento, não são perfeitos,não percebendo que na verdade sua ira é resultado de suas
próprias imperfeições.
- Onde não há Orgulho, não há Inveja, pois os invejosos sentem o Orgulho ferido ao verem o sucesso
alheio, seja ele qual for. Precisam constantemente superar os demais nas conquistas, não percebendo que na
verdade são ferramentas de insegurança.
Saíram todos, um após o outro, sem olhar para trás e, ao baterem a porta, um fulminante raio de luz invadiu a
casa...
Como colaborar com o Espírito Santo para chegarmos à Santidade? “Esta é a vontade de Deus: a vossa
santificação; que eviteis a impureza, pois, Deus não nos chamou para a impureza, mas para a Santidade...” (1Tes
4,3.7)
A Palavra de Deus está nos dizendo que a vontade d’Ele é a nossa santificação, que sejamos santos e
evitemos o pecado, que nos conduz à impureza, que nos conduz às trevas. “Que cada um saiba possuir o seu
corpo, santa e honestamente, sem se deixar levar pelas paixões desregradas, como os pagãos que não conhecem a
Deus”. (1Tes 4,4) “Vigiai e orai para não cairdes em tentação...” Se não buscarmos a Jesus, acabaremos sendo
levados por essas paixões desregradas, assim como os pagãos. Só o Senhor nos dará forças, pois o mundo está aí,
nos convidando a viver esta vida de impureza, de pecados. Somos templos do Espírito Santo e só com a ajuda dele
é que venceremos, pois ele nos dará forças para fugirmos do pecado, da prática da impureza, pornografia, piadas.
Precisamos buscar o Espírito Santo e deixá-lo trabalhar em nós. Não há tentação alguma que nós não possamos
resistir, pois o Espírito Santo habita em nós e nos fortalece. As propostas não faltam: revistas, livros e novelas são
algumas das formas que o mundo usa para nos seduzir. Vigiemos, oremos e fujamos do que é mau e busquemos o
que é bom e o que nos conduza à santidade. As “coisas impuras”, sujam a nossa alma, enfraquecem a nossa
vontade, poluem os nossos olhos e ouvidos, enfim, nos contaminam.
“Ninguém oprima ou defraude a seu irmão...” (1Tes 4,6). Não podemos provocar os nossos irmãos, nem
despertá-los para o pecado contra a santidade, com a nossa madeira de nos vestir, ou de falar. Na medida que a
pessoa vai convertendo-se a Deus, o seu vestir, seu assentar, seu falar, vão modificando-se, e isso é uma benção.
Durante o namoro é preciso muita vigilância, para não caírem na impureza, pois se o casal começa a provocar um
ao outro, chegará a um ponto que não suportarão, portanto é preciso evitar e afastar-se dessas ocasiões de pecado.
“A ocasião faz o ladrão”, diz o ditado. “Procurai a paz com todos e, ao mesmo tempo a santidade, sem a qual
ninguém pode ver o Senhor” (Heb 12,14).
Deus nos chamou para sermos santos. Deus é puro, a sua natureza, a sua essência é a santidade. E nós só
poderemos nos aproximar d’Ele, à medida que formos santos. A santidade e a impureza, são como a água e o fogo,
que são naturezas diferentes, por isso precisamos vigiar para que sejamos santos e puros. “Bem-aventurados os
corações puros, porque verão a Deus” (Mt 5,8). Se nos consagrarmos verdadeiramente à Deus, à seu serviço,
chegaremos com Sua graça, à santidade.
Impedimentos à Santidade
Fé imperfeita: Fé não é um sentimento e sim uma atitude de vida, é buscar viver como Jesus viveu. A fé
sem ação é uma fé morta, imperfeita. “O nosso Evangelho vos foi pregado, não somente por palavras, mas também
com poder, com Espírito Santo e com plena convicção...Vos tornastes modelos para todos os fiéis...” (1Tes 1,5).
Com fé perfeita e adulta, chegaremos à santidade, então, busquemos esta fé para não cair diante das tribulações.
Consagração imperfeita: É também um impedimento à santidade. A pessoa que se consagra a Deus, terá de
renunciar a si mesmo. “Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mc 8,34).
Para uma consagração perfeita, é preciso deixar o coração aberto para que o Espírito Santo realize a obra de
santidade em nossa vida. É preciso passar, como São Paulo, de perseguidor a pregador. Faz-se necessário deixar de
perseguir o nosso irmão, tirar o ódio, rancor, ressentimento, mágoa de nosso coração.
Virtudes
“A caridade é paciente...não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo
crê, tudo suporta” (1Cor 13,4ss). O desejo de Deus, como já vimos, é que sejamos santos, separados do mal.
Somos portanto, pessoas eleitas, chamadas a esta santidade, e que devemos testemunhar a beleza de Deus lá fora,
ao mundo que ainda não o conhece. “O primeiro e mais necessário dom é a caridade, pela qual amamos a Deus e
aos irmãos por causa d’Ele”. A pessoa que descobre o amor de Deus começa a amar o próximo. “Mas a caridade,
como boa semente, cresce na alma e frutifica. Cada fiel deve, voluntariamente, ouvir a Palavra de Deus. Aplicar-se
constantemente à oração, à negação de si mesmo, ao serviço fraterno atuante e aos exercícios das virtudes”.
Santíssima, Mãe de Jesus e nossa, pelo especial carinho que lhe dispensamos.
Esta acusação não é procedente. Idolatrar é colocar alguém no lugar de DEUS, e isto nós não fazemos, pois é
certo que se compararmos Maria, a criatura mais pura saída das mãos do Criador com Ele próprio, concluímos
facilmente que nosso Deus Altíssimo e Onipotente é sempre independente e basta a si mesmo, e este não tem, ou
jamais teve necessidade de criatura alguma que fosse, para realizar Sua Divina Vontade, mas, como nos ensina S.
Luis Maria Grignon de Monfort: “já que Deus quis começar e acabar suas maiores obras por meio da Santíssima
Virgem, depois que a formou, é de crer que não mudará sua conduta nos séculos dos séculos, pois é Deus,
imutável em sua conduta e sentimentos.” (Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem). Maria não deve
ocupar o lugar de Deus em nossas vidas, mas deve ocupar o seu lugar, pois foi escolhida dentre todas as mulheres
para ter em seu ventre o Salvador,
Assim como não se pode falar de Jesus sem falar de sua mãe, Maria de Nazaré; não se pode falar da
verdadeira Igreja de Jesus Cristo sem tomar em consideração o amor e a devoção com que, desde o começo, o Povo
de Deus invoca Nossa Senhora; e não podemos deixar de falar do papel de Maria em nossa vida de cristãos. Como
os apóstolos que, nos dias que antecederam o dia de Pentecostes, reuniram-se junto com Maria, queremos que
Maria esteja junto da gente sempre, antes e após a nossa Confirmação. Precisamos dela: como mãe, modelo e
companheira de caminhada.
A Vida de Maria de Nazaré
É bom lembrarmos, um pouco, a vida de Maria. Na simplicidade dos fatos no Evangelho, é revelada a nós, a
humanidade e, ao mesmo tempo, toda grandeza de Nossa Senhora.
Quando os tempos chegaram à plenitude, apareceu no mundo aquela que seria a Mãe do Libertador, Maria. Ela
viveu há mais de 2.000 anos atrás. Era uma moça pobre, simples e piedosa. Como qualquer pessoa, poderia ter
abusado da sua liberdade para satisfazer o seu egoísmo e praticar o mal. Maria, porém, preferiu dizer “SIM” a
Deus, sempre. Soube amar, acolher e ajudar os outros, e em todas as situações foi humilde. Por isso, até hoje, o
povo gosta dela.
Maria é Mãe da Igreja
Maria estava presente quando a Igreja começou sua caminhada no dia de Pentecostes, e sempre continuou
presente, como Mãe, durante toda a longa peregrinação da Igreja. Maria que faz parte indispensável do mistério de
Cristo, faz parte também do mistério Igreja. Não se pode falar da igreja, se Maria não está presente.
Esta presença de Maria marcou o povo de Deus de todos os tempos. Trata-se de uma presença feminina, que
cria o ambiente familiar, o desejo do acolhimento, o amor e o respeito pela vida. É sinal de presença dos desvelos
maternos de Deus. É uma realidade tão profundamente humana e santa que se desperta nas fiéis preces de ternura,
de dor e de esperança. Foi o carinho para com a mãe de Deus, que fez com que o povo inventasse para ela uma
porção de nomes e imagens correspondentes. No Brasil, o povo escolheu, como forma predileta de venerar Maria, o
nome de N.S. Aparecida. É uma pequena imagem, coberta com um manto de glória, mas com o rosto de uma
mulher pobre e negra: símbolo do sofrimento e da esperança dos pequeninos, dos oprimidos, dos negros e de todos
os pobres brasileiros.
A profecia da moça de Nazaré (“Todas as gerações hão de chamar-me bem-aventurada”), tornou-se uma
realidade. Sim. Maria é nossa Mãe! Mãe que nos une, Mãe que ora conosco, e que intercede por nós, Mãe que nos
ensina e nos ajuda a amar, e a seguir seu Filho Jesus.
Maria é o Modelo dos Cristãos
A grandeza de Maria está na vida que ela levou: vida de moça, de noiva, de esposa, e de mãe; vida simples,
humilde, sem nenhum gesto heróico, com nossas mesmas angústias e lutas, vida de gente que soube viver como
gente; vida de fé verdadeira, sempre. Maria de Nazaré é a realização mais perfeita de todos os ideais, de tudo que
há de melhor dentro de nós. Precisamos nos espelhar nela, como modelo e exemplo a seguir, para sermos filhos,
com a cara da mãe!
Maria e a Luta dos Crismados
Vamos Refletir: (Gn 3,15 e Ap 12). E vocês também, crismandos, vão ter de entrar nesta luta! E não vai ser
mole, não! Há por aí muitos tipos de “Dragões, querendo devorar Cristo, a vida nova e todos os ideais que estão
dentro de vocês.” Não se deixem seduzir, não fujam, não desanimem, mas lutem!
Há um segredo nesta luta: fiquem junto com Maria, que ela esteja sempre ao seu lado, como companheira de
luta, como mãe que sempre ajuda e intercede por seus filhos, como modelo de vida. Invoquem Maria e orem junto
com ela. Rezem, com amor e com freqüência, a “Ave Maria” e aprendam a rezar o “terço”, como milhões de
cristãos já fazem.
Assim, “assíduos em oração, em companhia de Maria, mãe de Jesus”, (At 1 .14) como os primeiros cristãos,
vocês experimentarão a luz e a força do Espírito Santo, e confirmados, sairão por aí como corajosos missionários
de Cristo, para construir a “Civilização do Amor”.
reflexão da maneira que a Santíssima Trindade se relaciona com Nossa Senhora para que, tirando nós mesmos
nossas conclusões, possamos escolher o nosso relacionamento com ela, sem medo de qualquer tipo de idolatria.
Maria é a criatura que mais estreitamente se relaciona ou se relacionou com a Trindade Santa. Jamais outra
pessoa criada teve tal intimidade com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo como teve e tem Maria:
Deus Pai a criou cheia de graça, e fez com que o Arcanjo Gabriel assim lhe cumprimentasse na Anunciação
(Lc 1,28), e a fez bendita entre todas as mulheres, como o Espírito Santo inspirou a Isabel que lhe saudasse (Lc
1,42). Foi saudada como bendita e cheia de graça por Deus. Ser bendita é ser cheia de Deus! São Luis Maria já
afirmou: “Deus Pai ajuntou todas as águas e denominou-as mar, reuniu todas as graças e chamou-as Maria”. Deus a
quis separar desde todos os tempos para ser participante tão especial da Obra da Salvação. Fê-la pura e imaculada
para receber em seu ventre o Santo dos santos, o Rei dos reis.
Podemos dizer, segundo Santo Afonso, que Maria é a primogênita do Pai “por ter sido predestinada
juntamente com o Filho nos decretos divinos, antes de todas as criaturas. Ou então é a primogênita da graça como
predestinada para Mãe do Redentor, depois da previsão do pecado.” (Glórias de Maria). Antes dele, S. Bernardo
dirige à Maria estas palavras: “antes de toda a criatura fostes destinada na mente de Deus para Mãe do Homem-
Deus” (Glórias de Maria). Deus quando pensou em Jesus, pensou em Maria para que ela nos trouxesse Jesus.
Deus Filho é seu filho também. Toda a Igreja confessa que Maria é Mãe de Deus. De fato, Maria sendo mãe
de Jesus Cristo, Deus Filho, é mãe dele todo: de sua natureza humana e divina. Isto é incontestável.
Sim! Maria concebeu em seu ventre aquele a quem as escrituras chamam de Verbo Divino - o Filho de Deus
- pelo qual todas as coisas foram feitas (Jo 1,3) e cujo nome é Jesus, “Deus Salva” e cujo Reino jamais terá fim (LC
1,31.33) e o gerou , dando-lhe à luz virginalmente.
Ninguém jamais amou Maria como Jesus amou. Nenhum filho amou e honrou sua Mãe como Jesus o fez.
Jesus lhe foi submisso (Lc 2,51) e obediente, sendo esta uma das maiores glórias que Nossa Senhora recebeu de
Deus. Esta glória se estende também a S. José. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina: “A submissão de Jesus a
sua mãe e a seu pai legal cumpre com perfeição o quarto mandamento. Ela é a imagem temporal de sua obediência
filial a seu pai celeste.” É certo que Jesus é no céu tão filho de Maria como era na terra, como diz Santo Afonso:
“Tão grande é o prestígio de uma mãe, que nunca pode tomar-se súdita de seu filho, ainda que ele seja o rei. É
verdade que, sentado agora, à direita de Deus Pai no céu, Jesus reina e tem supremo domínio sobre todas as
criaturas e também sobre Maria...”. (Glórias de Maria).
Deus Espírito Santo é seu Esposo. Foi Sua ação Divina que fez com que Maria concebesse virginalmente
em seu ventre o Salvador. Nem ousamos imaginar como se deu tão milagrosa núpcias... (ver em Lc 1,35).
Desconhece-se outra criatura que tenha tido com a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade tal intimidade.
Intimidade própria dos esposos. Maria como esposa do Espírito Santo recebeu toda a riqueza de seu Divino Esposo.
Sendo plena do Espírito, é plena dos seus dons infusos (Is 11,2), é a Carismática das carismáticas por que é cheia
dos carismas, e é também a portadora de todos os frutos do Espírito (Gal 5,22). Seu Esposo comunicou seus dons
de modo pleno à Maria e, assim, ela pode ser medianeira destes dons como é medianeira de todas as graças.
Como o Seu Filho não resiste às súplicas de Maria, também Seu Esposo não resiste ás suas súplicas. Então o
que o Espírito Santo não fará em nossa alma se nela estiver Maria, pela intercessão de Sua amada esposa?
Fato importante é o de que em Pentecostes Maria estava junto com os Discípulos aguardando o cumprimento
da Promessa do Pai (At 1,14). Ali, com suas orações, Maria não só atraiu seu Esposo sobre a Igreja nascente mas
Maria gerou ali a Igreja por obra do Espírito!
Desta forma, se Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo quiseram desde todo o sempre privilegiar Maria
com Sua Graça, se Deus a quis inserir de modo tão particular em Seu Ministério Trinitário, porque nós, meras
criaturas, não a haveremos de amar e homenagear?
Que a Mãe do Deus Filho, Esposa do Espírito Santo e Filha Primogênita do Pai seja nossa intercessora para
que melhor nos relacionemos com o Deus Uno e Trino e gozemos na eternidade de Sua Divina Presença. Amém...
Vamos refletir: (Lc 1,26-56; 2,1-52), (Mt 1,18-25; 2,1-23), (Jo 2,1-12), (Jo l9,25-27), (At 1,12-14).
1) Ler estas passagens e fazer uma redação contando, com as suas próprias palavras, como você
compreendeu, a participação de Maria nos acontecimentos relatados e como ela pode nos ajudar em
nossas vidas.
2) E difícil encontrar uma família onde alguém não se chame “MARIA” ou que não tenha um nome relacionado
com ela, como: Mário, Aparecida, Aparecido, Fátima, Lourdes, Conceição, Miriam, Rosário,... Da mesma forma
são vários os nomes dados a Nossa Senhora, de acordo com o momento da vida, ou ligados aos lugares onde ela
viveu ou apareceu, como: N.S.da Glória, N.S. de Fátima, N.S. do Bom Parto, N.S.do Perpetuo Socorro, N.S. de
Nazaré, N.S. das Graças. etc. Escrever na mesma folha da redação pelo menos 10 nomes dados a Nossa Senhora.
Orações do Cristão
Credo
Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso
Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi
crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está
sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo,
na santa Igreja católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna.
Amém.
Pai-Nosso
Pai nosso que estais nos céus, santificado, seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa
vontade, assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos
tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação. Mas livrai-nos do mal. Amém.
Ave-Maria
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do
vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
Salve-rainha
Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degradados
filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Ei-a, pois, advogada nossa, esses
vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso
ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
- Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
- Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Ato de Contrição
Meu Jesus, meu bom Jesus, que por mim morreste na cruz, perdoa os meus pecados. Já não quero mais
pecar. Amém.
Ato de Contrição
Meu Deus, eu me arrependo dos meus pecados, porque pecando me afastei de ti. Prometo com a sua ajuda,
procurar não mais pecar. Amém.
Ato de Contrição
Meu Deus, eu me arrependo de todo o coração de vos ter ofendido, porque sois tão bom e amável. Prometo,
com a vossa graça, esforçar-me para ser bom. Meu Jesus, misericórdia!
Glória ao Pai
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
O Rosário
A palavra rosário vem da palavra latina Rosarium que significa “campo de rosas”.
A Rosa é uma flor que tem simbolismo cristão. A Rosa é símbolo das missões. Cada vez que se reza uma
Ave-Maria é uma Rosa que se oferece a Nossa Senhora. É na boca da tradição que se ouve “não há rosa sem
espinhos”, mostrando assim por um lado a beleza da rosa e o seu perfume e por outro as dificuldades e sacrifícios
que lhe estão associados, mas quando se oferece uma rosa a alguém, pensamos sempre na flor, no que é belo, frágil,
perfumado, doce...
O Rosário – é um conjunto de 15 x 10 Ave-Marias, e de 15 Pai Nossos que estão inseridos entre cada 10
Ave-Marias. Depois tem mais três Ave-Marias e uma Salve Rainha.
Para que quem reze não se perca na contagem ... utiliza-se um fio com contas de modo a ser possível
visualizar os conjuntos de Ave-Marias ...
O “Novo” Rosário - No dia 16/out/2002 nosso querido Papa João Paulo II propôs modificações no Rosário
então conhecido, acrescentando-lhe novas “rosas”: são os Mistérios Luminosos (ou da Luz), referindo-se ao
período da vida de Jesus compreendido entre os 12 anos (citado no 5o Mistério Gozoso) e sua prisão no Horto das
Oliveiras, em que se angustia ao extremo a ponto de suar sangue (1 o Mistério Doloroso). Todas as explicações
necessárias e as orientações, ele as expôs na Carta Apostólica ‘O Rosário da Virgem Maria’, que podemos
encontrar nas livrarias católicas (a preço acessível). Vale a pena lê-la.
Um Quarto ‘Terço’? - Os Mistérios Luminosos juntam-se, portanto aos três Terços já existentes,
formando um quarto “Terço”. Lembramos que chamava-se ‘Terço’, justamente, por ser a terça parte do Rosário.
Ano do Rosário - Nesta reflexão sobre o Rosário, somos convidados a, na companhia de Maria Santíssima
– Mãe de Jesus e nossa Mãe – contemplar o rosto de Cristo, numa uma coroação Mariana da Carta Apostólica
Novo Millenio Iineunte. Assim, de outubro/2002 até outubro/2003 teremos o Ano do Rosário.
O Terço
Para rezar um Rosário demora mais de 1 hora ... e por isso dividiu-se em três partes, rezando-se um terço de
cada vez. Por isso, o Terço é 1/3 do Rosário. O terço tem 5 mistérios. (demora ao todo cerca de 15 minutos)
Rezar o Terço é meditar sobre os fatos da vida de Maria e de Jesus, confrontando-os com os fatos de nossa
vida; com nossa busca de paz (Mistérios Gozosos), nossos sofrimentos (Mistérios Dolorosos). nossas esperanças
(Mistérios Gloriosos). Assim, o rosário de Maria, toma-se o rosário de nossa vida.
Assim, contemplando os mistérios do rosário, vamos aprendendo de Maria o jeito de ouvir e fazer a vontade
de Deus, de servir e de orar.
Nossa Senhora pediu em Fátima que se rezasse o terço todos os dias para que o mundo obtenha a paz. A paz,
é o desejo mais profundo de qualquer ser humano sobre esta Terra. Fala-se muito de modos de chegar à paz, quer
com tratados que não são cumpridos, guerras para estabelecer a paz, ... e o homem encontra-se impotente face a um
crescer tão acentuado de guerras, injustiças, ... que parece não terem solução. Nossa Senhora, pede-nos apenas uma
coisa simples. 15 minutos por dia, para rezar e pedir a paz. Se fosse algo complicado e difícil, teríamos de certo
uma desculpa com peso .... A paz é possível com a simplicidade e persistência da oração. A paz começa contigo,
esforça-te, se realmente a desejas.
Jaculatórias
São pequenas frases que se podem repetir, e às vezes são como que pequenas afirmações com uma resposta
que a confirma. A intenção das jaculatórias é apenas a de ter presente o pensamento na oração. São tiradas quer da
tradição oral da Igreja, quer da Bíblia, usualmente dos Salmos. As jaculatórias abaixo são algumas das que
habitualmente se dizem entre os mistérios do Terço, e estão pela ordem com que são rezadas:
“Glória ao Pai ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio agora e sempre, Amém”.
“Ó meu bom Jesus perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno, Levai as almas todas para o céu e socorrei
principalmente as que mais precisarem da vossa misericórdia”.
“Ó Maria concebida sem pecado, Rogai por nós que recorremos a vós”.
“Jesus que é manso e humilde de coração, Fazei os nossos corações semelhantes ao vosso”.
“Divino Espírito Santo, Iluminai-nos senhor”.
“Meu Deus eu creio, adoro, espero e vos amo, Peço-vos perdão pelos que não crêem, não adoram, não
esperam e não vos amam”.
Esta divisão do Rosário em mistérios ajuda a meditar sobre momentos importantes da vida de Maria e de Jesus.
5º Passo Agradecimentos
No final dos mistérios é feito o agradecimento:
“Infinitas graças vos damos, Soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossas mãos
liberais. Dignai-vos agora e para sempre tomar-nos debaixo do vosso poderoso amparo, para mais vos agradecer
vos saudamos com uma SALVE RAINHA”.
Este é o modo mais tradicional de rezar o Terço e habitualmente utilizado quando estamos reunidos com outras
pessoas que também o queiram rezar. Pode rezar-se no entanto de modo diferente e criativo quando previamente
preparado, por exemplo durante o mês de Maio, dedicado a Maria, ou em reuniões de grupos de Jovens, Casais,
Catequese, ..., e até individualmente. O essencial é rezar!
Jesus Funda a Sua Igreja
Introdução
Jesus veio à Terra para fazer a vontade de seu Pai. E a vontade de Deus é que sejamos salvos (Jo 6,38-40).
Por isso o Senhor morreu na cruz e ressuscitou dos mortos. Mas não parou por aí. Jesus fez a Igreja para que a
salvação chegasse à todos os povos, até os confins do mundo, pois ele não morreu somente para os homens do seu
tempo ou de seu país, mas para toda a humanidade até o fim dos tempos. A Igreja é obra-prima do Senhor. Desde o
início, Ele reuniu o grupo dos doze Apóstolos e o preparou para trabalhar em sua Igreja e espalhá-la pelo mundo.
Eis os nomes dos doze Apóstolos escolhidos por Jesus Cristo: Simão, chamado Pedro, que foi o líder do
grupo e se tornou o primeiro Papa; André, irmão de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu; João, irmão de Tiago e
discípulo que Jesus mais amava; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, chamado Menor,
filho de Alfeu e Judas Tadeu, parentes próximos de Jesus pelo lado materno; Simão, o cananeu e Judas
Iscariotes, que foi o traidor (Mt 10,2-4). Depois em lugar de Judas Iscariotes, que se suicidou, foi eleito Matias
para completar os doze Apóstolos de Jesus Cristo (cf. At 1,15-26).
A Missão da Igreja
E pouco antes de subir ao céu, Jesus deu aos Apóstolos o poder de ensinar, de administrar os sacramentos e
de dirigir as comunidades da Igreja. E disse que estaria com eles até o fim do mundo.
Assim lhes falou o Senhor:
“Toda a autoridade me foi dada, sobre o Céu e sobre a Terra. Ide, portanto, e fazei que todos os povos se
tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar
tudo quanto vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,18-20).
O Papa e os Bispos são os sucessores dos Apóstolos. Eles receberam, de Cristo, a missão de fazer a graça da
salvação chegar a todos os homens. E aqui alguém poderia perguntar:
“Salvar de quê ?” Então vamos lembrar:
Deus nos criou “à sua imagem e semelhança” para participarmos de sua vida e de sua amizade, mas pelo
pecado, o homem se afastou de Deus e encontrou a morte, Deus, porém, na sua bondade infinita, enviou seu Filho
Jesus para tirar o homem da morte e lhe dar a vida eterna. A isto chamamos, obra da redenção ou Salvação. Jesus
disse que Ele “veio para salvar o que estava perdido” (Mt 18,11).
Geralmente, o resgate é feito por um alto preço. Por exemplo: um pai dá muito dinheiro para libertar seu
filho das mãos do seqüestrador; um bombeiro arrisca sua vida para salvar pessoas envolvidas por um incêndio; e
Jesus morreu na cruz para nos tirar do pecado e da morte e nos dar a vida eterna. São Pedro fala que “não fomos
resgatados pelo preço de ouro ou prata, mas pelo sangue de Cristo” (Pd 1,18-19).
Portanto, da parte de Jesus, a salvação já está dada a todos. Agora, cada pessoa poderá aceitar todo o
Evangelho e seguir Jesus como Mestre.
A Igreja é a porta-voz da Boa Nova e portadora da salvação. É por meio dela que Cristo se faz presente e age
no mundo. Cristo e a Igreja são inseparáveis. Ela está unida a Ele, como o corpo está unido à cabeça (Ef 2,22-23).
Desprezar a Igreja é desprezar Jesus. Ele mesmo disse aos Apóstolos:
“Quem vos ouve, a mim ouve. E quem vos rejeita, a mim rejeita” (Lc 10,16). Embora Deus possa salvar
também fora da Igreja, ela é o “sinal” do Reino de Deus e o “caminho normativo” da salvação.
Já vimos na Bíblia, em Atos dos Apóstolos capítulo 2, o nascimento de nossa Igreja, que foi criada e fundada
por Jesus Cristo, mas que nasceu quando Jesus já havia subido aos Céus, no dia de Pentecostes, cinqüenta dias após
a Páscoa da Ressurreição. Os discípulos, junto com Maria, mãe de Jesus, estavam no cenáculo, escondidos e com
muito medo, enquanto oravam desceu sobre eles o Espírito Santo, conforme havia prometido Jesus Cristo. Então
eles perderam o medo e saíram para anunciar o Evangelho, por toda a terra e para todos os povos, seguindo a
ordem de Jesus. Foi a partir daí que nasceu a nossa Igreja, pois começaram a formar-se por toda a parte, as
primeiras comunidades cristãs, guiadas e orientadas pelos Apóstolos e discípulos, que agiam por obra do Espírito
Santo, inclusive curando e fazendo milagres.
1º) tem sua origem nos dias em Jesus estava na terra, e foi fundada por Ele;
2º) tem como chefe visível o Papa;
3º) tem os sete Sacramentos;
4º) celebra a Eucaristia ou Missa;
5º) crê na Ressurreição e não na reencarnação;
6º) está em comunhão com o Bispo Diocesano.
Já vimos que foi Jesus quem fundou a Igreja e como ela nasceu por obra do Espírito Santo. Vimos um pouco
da longa história da Igreja de Jesus Cristo, desde o começo até os nossos dias. Mas, o que é mesmo a Igreja? Qual é
exatamente sua missão no mundo?
c) A Paróquia
A paróquia é o centro de comunhão, de coordenação e animação de todas as pequenas comunidades, grupos e
movimentos de uma determinada área. O coordenador, e o animador geral da paróquia é um padre, enviado pelo
bispo, e que é chamado pároco. Mas ele não dirige sozinho a paróquia, mas sim com o Conselho Paroquial, que é
constituído por todos os coordenadores de comunidades e de atividades pastorais.
d) A Diocese
É a união de todas as comunidades e paróquias de uma determinada cidade ou região, presidida por um
bispo. Quando a diocese é muito grande (“Arquidiocese”), ela mantém a união entre as paróquias por meio de
“Vicariatos” e “Regiões pastorais”.
A união com o bispo, sucessor dos apóstolos, realiza e garante a união dos cristãos e de todas as
comunidades com a Igreja universal. Pois, o bispo deve viver em comunhão com os outros bispos e, de maneira
especial, com o bispo de Roma, o Papa, sucessor de São Pedro, a quem Jesus estabeleceu como pastor supremo e
pedra de alicerce, que mantém unida a Igreja na mesma e única fé.
A comunhão entre todos os bispos do Brasil chama-se “Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil” (CNBB)
e a comunhão entre os bispos da América Latina realiza-se através do “Conselho Episcopal Latino-Americano”
(CELAM). Todos os bispos do mundo estão unidos entre si e com o papa, sobretudo, por meio dos concílios
ecumênicos, dos sínodos romanos (cada três anos), dos encíclicos papais etc.
O Espírito Santo
Antes de falarmos na festa de Pentecostes, a vinda do Espírito Santo para a missão dos apóstolos em
continuarem a missão de Jesus, é preciso relembrar o que é Espírito Santo.
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, pois sabemos que há três pessoas: Pai, Filho e
Espírito Santo.
O Espírito Santo é a personificação do amor de Deus. É o próprio Deus que nos proporciona a força para
seguirmos no caminho certo. Ele nos proporciona dons gloriosos para a nossa vida (sabedoria, ciência, fortaleza,
entendimento, conselho, piedade e temor de Deus). É pouco o que podemos falar sobre esse sublime mistério,
porque sua profundidade excede a nossa inteligência.
O Espírito Santo é manifestado pelo fogo que significa, amor, purificação; pelo vento que é limpeza,
renovação, frescura; pela pomba que é paz, fecundidade; pela brisa que é calma, serenidade.
O Espírito Santo sempre esteve presente no povo de Deus, mesmo antes de Jesus Cristo se manifestar em
nosso meio. Já no primeiro livro da Bíblia, o Espírito Santo é citado (Gên 1,1-2), mas no Antigo Testamento o
Senhor revelou-se como Deus Único, e não como Deus trino. O motivo é fácil de entender. O povo judeu, rodeado
de povos politeístas, era facilmente atraído à adoração de vários deuses. A tarefa principal dos profetas era
repreender energicamente o povo para que permanecesse na adoração do Deus único e verdadeiro.
Se Deus houvesse revelado o mistério da Santíssima Trindade: um Deus em três pessoas, eles certamente
cairiam no erro de admitir três deuses, ao invés de três pessoas num único Deus. No Antigo Testamento apesar de
não se falar abertamente nas pessoas do Pai, Filho e Espírito Santo, não quer dizer que o Espírito Santo não fizesse
manifestações extraordinárias, os profetas pregavam impelidos pelo Espírito, os escritores da Bíblia recebiam
iluminação do Espírito, os juízes, condutores do povo, eram guiados pelo Espírito. Em resumo, eram pessoas
escolhidas que recebiam dons especiais para o bem da comunidade.
Jesus diz claramente: o Espírito Santo é um outro (Jo 14,16). Alguém intimamente ligado com ele e com o
Pai. Deus, como o Pai e o Filho. O Espírito Santo é a terceira divina pessoa da Santíssima Trindade. É o Amor do
Pai e do Filho que nos é comunicado. É o mesmo Espírito sempre presente na vida de Jesus.
É o Espírito Santo que transformou pobres homens em profetas, que fez a Virgem Maria ser mãe de Jesus,
que impulsionou os apóstolos a serem intrépidos missionários de Cristo.
É o Espírito Santo que leva a frente o Reino, a salvação de Cristo: no mundo e em cada um de nós.
É o Espírito Santo que faz nascer e crescer, que defende a pequena semente do Reino plantada por Jesus: a
Igreja.
É o Espírito Santo que nos torna “homens novos” no Batismo e na Crisma, que nos torna capazes de
conhecer e amar Jesus Cristo, para vivermos do jeito dele e como suas testemunhas no mundo. E o mesmo Espírito
de Deus que mora em nós (ICor 3,16), que nos impulsiona a sermos santos (não se espante, mas foi Jesus quem
pediu isso: “Sejam santos, como santo é seu Pai que está no céu”).
Deus continua agindo em cada um de nós: O Pai nos cria, e continuamente nos conserva. Somos
continuamente um dom do Pai; o Filho nos liberta sempre das amarras do mal e nos indica o verdadeiro caminho,
somos sempre modelados pelo Filho; e o Espírito Santo é a nossa força na transformação e na prática do bem.
primeiro resultado da ação do Espírito: aquele grupo de gente simples e medrosa sai na praça, para começar a
missão que Jesus lhes tinha confiado, pregando a todos, cheios de coragem e sabedoria. É que agora o Espírito de
Cristo está com eles! É que agora tem amor no peito, muito amor para dar!
E ainda tem mais! Naquela praça havia uma multidão de pessoas de diferentes nações e línguas: por obra do
Espírito, todos entendem os apóstolos falarem em sua própria língua! E três mil deles aceitam a mensagem de Cris-
to e são batizados. É o nascimento da Igreja, novo Povo de Deus, onde não há distinções de raça ou nação, onde
todos são irmãos. É o nascimento simbólico de uma nova humanidade, onde os homens, por obra do Espírito Santo,
começam a se entender, a falar a mesma “língua” (a linguagem do amor), a viver unidos conforme aquele projeto
de Deus, do qual os homens tinham se afastado desde o começo da humanidade (ver a História simbólica da torre
de Babel e da confusão das línguas).Veja o poder desse Espírito!
A Igreja nasceu como todo parto, numa hora de dores e de sangue do coração dilacerado de Cristo; mas é no
Pentecostes que é apresentada oficialmente pelo Espírito Santo aos homens de todas as línguas e nações,
misteriosamente representados, naquele dia diante do Cenáculo...
Não podemos nos esquecer que a Páscoa e Pentecostes eram festas agrícolas muito antigas em Israel. Com o
passar dos tempos, foram transformadas em festas religiosas: Páscoa revivia a saída do Egito; Pentecostes
recordava o dia em que Moisés no monte Sinai, recebeu a Lei, cinqüenta dias após a saída do Egito.
Lucas através da narrativa de Pentecostes (At 2,1-13), faz ver que a comunidade cristã é o novo Povo de
Deus, o povo da Nova Aliança, cuja Lei é o Espírito Santo. Não há fronteiras para esse povo, e o objetivo comum é
viver o projeto de Deus. Esse povo é capaz de se entender e se unir porque fala a língua do Espírito de Jesus. De
fato, o Espírito Santo é a memória sempre renovada e atualizada do que Jesus fez e disse (cf Jo 14,26). Entregando
seu Espírito, Deus realiza com a comunidade cristã a nova e definitiva Aliança, na consecução do projeto divino,
confiado agora aos que sonham com a humanidade livre de todas as formas de opressão, violência e morte.
No Pentecostes, todos nascemos e renascemos continuamente. Nascemos para a vida no Espírito e
renascemos para o projeto de Deus, procurando falar a linguagem do Espírito para o mundo de hoje. Bebendo o
mesmo Espírito que foi a base da ação e da palavra de Jesus.
O acontecimento de Pentecostes apresenta-se com uma grande riqueza:
1º) - É festa de mudança. Os apóstolos são renovados pela presença do Espírito que tira suas covardias e
medos, e lhes fortalece a fé.
2º) - Inaugura a Igreja, reúne os discípulos numa fraternidade e lhes ensina a conservar a união.
3º) - Com a força do Espírito, os apóstolos perseveram na doutrina de Jesus, nas reuniões em comum, na
fração do pão e nas orações (At 2,42) dando testemunho corajoso de sua fé em Jesus e enfrentando perseguições
tribunais.
4º) - O Espírito ensina a orar, a ter fé, a praticar o amor e a fazer sempre o bem, revela o sentido das coisas e
acontecimento da vida, dá coragem. Sem ele, tudo ficaria vazio e sem vida, sem o Espírito a obra iniciada por Jesus
podia ter terminado no fracasso, e a sua semente não teria crescido até a plenitude da colheita.
5º) - A festa antiga de Pentecostes ajuda a compreender melhor o seu sentido de obra consumada, pois era
uma festa associada às colheitas, a riqueza da vida, aos frutos do campo e do trabalho do homem.
6º) - A festa cristã de Pentecostes conserva também este sentido de plenitude: é o tempo da colheita de Deus,
da vida nova em Jesus Cristo.
E esse mesmo Espírito que os apóstolos receberam, está ao seu dispor através do Sacramento da Crisma. O
dia da Crisma pode ser considerado o dia de Pentecostes para o crismando. Pois, neste dia ele também recebe o
Espírito Santo, isto é, recebe “Força e Luz” para ser “profeta e testemunha” da salvação que já chegou. O Espírito
Santo é um Dom, um presente, que exige resposta por parte de quem o recebe (Jo 7,38-39). E a resposta implica
numa transformação radical de vida. O trabalho do Espírito Santo no mundo será sempre: unir os homens entre si e
com Deus. Foi o que mais Cristo recomendou em sua passagem pela terra: “Pai, que todos sejam UM como tu e
eu somos UM” (Jo 17,22)
Enfim, é o Espírito Santo que nos uniu aqui, neste catecumenato; que está criando laços de amizade entre nós
e de comunhão com a Igreja; que está esquentando nosso coração para Cristo e dando forças para continuarmos a
caminhada em vista de nosso Pentecostes (Confirmação).
Corpus Christi
Como nasceu a Festa de Corpus Christi ?
Esta festa comemora a instituição da Santa Eucaristia, na quinta-feira depois do domingo da Santíssima
Trindade. A Eucaristia foi instituída por Jesus Cristo na “Quinta-feira Santa”.
Deus utilizou-se de Santa Juliana de Mont Cornillon para propiciar esta festa. Santa Juliana, nasceu na
Bélgica em 1193 e morreu no dia 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses e foi enterrada em
Villiers.
Juliana, desde jovem, teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre desejou que houvesse
uma festa especial em sua honra. Este desejo foi se intensificando a partir de uma visão que ela teve da Igreja, sob a
aparição de lua cheia com uma mancha negra, que significava a ausência desta solenidade.
O bispo Roberto se impressionou favoravelmente com a visão e como naquele tempo os bispos tinham o
direito de ordenar festas para suas dioceses, convocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração passasse a
realizar-se no próximo ano; também o Papa ordenou, que fosse escrito um ofício para essa ocasião.
A partir de então, houve muita insistência pedindo ao Papa que estendesse a celebração ao mundo inteiro.
Outro fator importante foi um milagre ocorrido na cidade de Bolsena, na Itália, no ano de 1263:
Certa vez um sacerdote que se chamava Pedro da Praga partiu em viagem para Roma perturbado por uma
dúvida sobre o mistério da transubstanciação; duvidava se o pão e o vinho se transformavam realmente no corpo e
sangue de Cristo. Enquanto celebrava a missa na Igreja de Bolsena, na hora da Consagração a Hóstia começou de
repente a sangrar e o sangue caiu sobre sua batina e sobre o altar.
Os paramentos, assim manchados, foram levados ao Papa Urbano IV que residia em Orvieto, e este
reconheceu imediatamente o milagre e logo ordenou a construção de uma célebre Catedral na cidade, para colocar a
relíquia. No ano seguinte, no dia 8 de setembro de 1264, o Papa Urbano IV, como era admirador desta festa,
publicou a bula “Transiturus” na qual, depois de ter ressaltado o amor de nosso Salvador expresso na Santa
Eucaristia, ordenou que se celebrasse a solenidade de “Corpus Christi” na Quinta-feira depois do domingo da
Santíssima Trindade, ao mesmo tempo outorgando muitas indulgências a todos os fiéis que participassem da Santa
Missa e rezassem o ofício. Este oficio, composto por São Tomás de Aquino, a pedido do Papa, é um dos mais
bonitos no breviário Romano e foi elogiado e admirado até por Protestantes. Assim nasceu a Festa de Corpus
Domini - Corpus Christi, celebrada pelos católicos de todo o mundo.
A importância da Missa
A Missa é a Ceia do Senhor Jesus
Desde o começo, as primeiras comunidades cristãs reuniam-se, sobretudo no dia da ressurreição (Domingo),
para fazer o que Jesus tinha feito na Última Ceia e conforme ele tinha ordenado: “Fazei isso em memória de
mim!”.
Os primeiros cristãos celebravam a Ceia do Senhor durante uma refeição fraterna, que chamavam de “Fração
do pão” (At 2,46), ou também “Eucaristia” (palavra grega que quer dizer “ação de graças”), ou, simplesmente,
“Ceia do Senhor”. Mais tarde, o povo cristão passou á chamá-la, também, “missa”, que vem da palavra “missão”.
Nós, Igreja de Jesus Cristo, acreditamos que, quando celebramos a Santa Missa, não só lembramos Cristo,
mas ele se torna realmente presente no meio de nós; não só lembramos o sacrifício da Nova Aliança, mas o
tornamos presente e oferecemos ao Pai o sangue de Cristo derramado por nós e por todos; não só comemoramos a
Páscoa e Aliança, mas com Cristo e por Cristo, realizamos isso em nossa própria vida!
Depois da consagração, quando o padre repete as palavras de Jesus: “isto é o meu corpo... este é o meu
sangue”, ele exclama: “Eis o mistério da fé!”. Na Bíblia, a palavra “mistério” é o mesmo que “sacramento”: alguma
coisa que é sinal da presença e da ação de Deus. Missa é sacramento, pois ela contém e produz amor!
Resumindo, este que é o maior sacramento de nossa fé, podemos dizer isso: na missa, nós-Igreja, por ordem
do próprio Jesus, celebramos e atualizamos tudo o que Jesus fez na última ceia.
Missa: Encontro de família unido, encontro de irmãos! “Como há um único pão, nós, embora
sendo muitos, somos um só corpo, pois participamos todos deste único pão (lCor 10,17)!” Comer juntos é sinal de
amizade, de comunhão, de partilha. Quem come do mesmo prato é porque já é da família, amigo e companheiro de
caminhada. Na missa celebramos nossa vida de comunidade e colocamos em comum nossas alegrias, dores e
preocupações. Sem comunidade não há missa! O padre é o dirigente da missa, é ele que consagra o pão e o vinho,
repetindo as palavras de Jesus; mas são todos juntos, é a comunidade toda, que faz a missa!
Missa: encontro com Cristo ressuscitado. E ele quem nos convida em volta da mesa comum, que
Paróquia Santa Rita de Cássia 52 Diocese de
Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 53
nos fala e esquenta nosso coração com seu Evangelho, que se oferece por nós ao Pai, que nos une, que nos dá o
“Pão da vida” e o seu Espírito para continuarmos, juntos, na caminhada (cf. Lc 24,13-35). “O cálice da benção que
nós abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos, não é comunhão com o corpo de
Cristo?” (lCor 10,16)
Missa: encontro para celebrar e oferecer o sacrifício de Cristo. Pão e vinho são sinais
(sacramento) da morte de Jesus: o pão é o corpo entregue na cruz, o vinho é o sangue derramado. “Isto é o meu
corpo que é dado por vós.., este é o cálice do meu sangue, que é derramado por vós e por todos os homens, para o
perdão dos pecados!” Na missa, oferecemos ao Pai o sacrifício de Jesus, Cordeiro por nós imolado, mas também
nossa vida, nossa lula, nosso sacrifício, pela causa de Deus e dos irmãos.
Missa: encontro para celebrar e renovar a Páscoa, Páscoa de Cristo (sua vitória sobre a morte),
Páscoa nossa (nossa vitória sobre o pecado), Páscoa da humanidade (a vitória sobre todo o mal). Toda missa é festa
de Páscoa, festa de libertação, festa de esperança num mundo novo, um mundo de justiça e de partilha, onde todos
sejam livres, irmãos e filhos do Pai. Toda missa é sinal que este mundo novo começa aqui e agora, mas que ficará
pronto e acabado no novo céu e na nova terra, quando Jesus voltará para reunir todos no banquete do Pai, para
enxugar toda lágrima e apagar toda dor e sofrimento.
Missa: encontro para celebrar e renovar a Aliança. “Este é o cálice do meu sangue, o sangue da
nova e eterna aliança!” Aliança é acordo, é trato. Jesus assinou com seu próprio sangue este acordo entre nós e
Deus. O acordo é este: Deus nunca vai abandonar o seu povo e Jesus Ressuscitado estará sempre em nossa
caminhada; nós, novo Povo de Deus, aceitamos a Deus como nosso único Senhor e Pai, aceitamos viver seus
mandamentos e o novo mandamento do amor, para sermos irmãos e companheiros, e para lutar por um mundo de
irmãos. Cada vez que comemos o pão e bebemos o vinho, renovamos este acordo, que nos compromete na
comunidade e a viver do jeito de Jesus, amando até às últimas conseqüências!
Missa: encontro para dar graças a Deus. Eucaristia quer dizer “dar graças”, “agradecer”. “Jesus
tomou o pão, agradeceu.. .”. Por meio de Crista, juntos e unidos a ele, nós louvamos e agradecemos ao Pai, por
tudo o que ele nos tem dado, pela Páscoa e pela Aliança, pela Comunhão que nos une a Cristo e aos irmãos, pela
caminhada de nossa Igreja e de nossa comunidade, pela vida, pela saúde, até pela morte.
Missa: encontro para assumirmos nossa missão, E daí que vem a palavra missa. E a missão é
esta: vivermos a Palavra de Deus que temos ouvido; partilhar a fé e tudo o que lemos, com os outros, como Jesus
repartiu conosco o pão; servir a todos (missa é, também e sempre, lava-pés: “fazei isso em minta memória”.); viver
unidos a nossa comunidade; trabalhar e lutar pela libertação, para um mundo mais justo e fraterno etc. A missa não
acaba na igreja: continua, lá fora, em nossa vida e em nossa missão!
Enfim...
Missa é tudo isso! Agora vocês podem entender melhor porque, no começo, dizíamos que a missa é a raiz, o
centro e o cume da vida cristã e da Igreja. Mas, só compreende a missa quem tem fé em Jesus e vive essa fé com os
outros, na comunidade.
De pouco adianta ir à missa só por hábito ou por obrigação, ou ficar no fundo da igreja para “ver as modas”!
Vai à missa quem quer estar com Cristo e com os irmãos de fé; quem quer celebrar, participar, orar, cantar (não só
assistir!); quem sabe agradecer por tudo o que recebeu; quem quer oferecer a Deus sua vida, suas lutas, seus
sofrimentos; quem precisa do Pão da Vida para continuar lutando, amando, servindo. Vão à missa os que são
pobres também por dentro, que põem sua confiança no Senhor, que são humildes e puros de coração, que sabem
repartir o que têm, que sabem amar e sofrer pelo Reino de Deus!
Porém, não se vai à missa só quando a gente “está numa boa”, ou “sente vontade”... Na vida, há momentos
em que a gente não sente nada... é aí que mais precisamos fazer força (“Amar a Deus com todas as forças!”) para
não nos afastar da comunidade e continuar participando da Santa Missa!
Os Sacramentos
O que são os Sacramentos ?
A palavra Sacramento significa sinal, portanto dizemos que os Sacramentos são sinais do amor de Deus para
com a humanidade. Os sacramentos são “sinais sensíveis e eficazes da graça de Deus”, instituídos por Jesus Cristo
para a nossa salvação. No Batismo, por exemplo, os sinais sensíveis são a água e as palavras: “Eu te batizo, em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
O mais importante não é o sinal visível, mas a realidade invisível que o sinal representa. Os sacramentos nos
dão a graça de Deus. E a graça de Deus é um dom ou presente, por isso mesmo se chama “graça”, porque nos é
dado de graça (Ef 2,1-10). Jesus é a fonte da graça. Ele diz: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A
quem tem sede, darei gratuitamente água da fonte da vida” (Ap 21,6). Por isso costuma-se dizer que os sacramentos
são os “canais”, por meio dos quais a “água viva” da salvação chega até nós.
Sinal “eficaz” é aquele que sempre produz o seu efeito. São palavras e gestos que não falham. A nossa
palavra nem sempre é eficaz, porque não temos poder. Se eu mandar um paralítico andar, ele se esforça, mas não
sai do lugar. Deus, porém, tem poder, por isso sua palavra é eficaz.
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Na criação do mundo, o Senhor disse: “Haja luz”. E houve luz (Gn 1,3). A um paralítico, Jesus disse:
“Levanta-te, pega o teu colchão e anda”. E o paralítico se levantou e saiu andando (Jo 5,8). Na Ceia, Jesus pegou o
pão e disse aos Apóstolos: “Tomai e comei, isto é o meu corpo”. E embora permanecesse a aparência e o sabor do
pão, já não era mais pão, mas o corpo do Senhor (Mt 26,26).
Os Sacramentos são administrados por homens, mas são eficazes porque são feitos por ordem de Jesus.
Eles dão a salvação porque é Cristo que age através do padre. Na Missa, o pão e o vinho se tornam o corpo e o
sangue do Senhor , porque Jesus assim o fez na Ceia e disse aos discípulos: “Fazei isto em minha memória” (Lc
22,19). Na Confissão, o pecado fica perdoado, não porque o padre tenha poder pessoal para isso, mas porque Jesus
disse aos Apóstolos: “Os pecados que perdoarem serão perdoados” (Jo 20,23).
Batismo
Batizar quer dizer lavar, mergulhar. É o ponto de partida da vida de cristão. É o primeiro sacramento que
todos recebemos. É o sinal que nos indica qual é o nosso compromisso. O batismo tem significado para o cristão,
na medida em que assume os compromissos que dele derivam. Ao receber o batismo o cristão recebe vida nova.
Essa nova vida é o compromisso que ele deve vivenciar na família e na comunidade. Sem uma vivência o batismo
de nada valerá.
· O Batismo exige uma nova maneira de viver e colocar em prática o compromisso cristão;
· Precisamos fazer parte de uma comunidade. Só assim o batismo tem valor;
· O Batismo pode de nós atitudes concretas e coerentes.
O Batismo de antigamente
Os cristãos se preparavam para o batismo durante cerca de três anos, no catecumenato. Depois da
preparação, o Batismo era celebrado solenemente na Vigília da Páscoa juntamente com a Crisma e a primeira
participação na Eucaristia.
A comunidade se reunia para a grande Vigília Pascal. Celebrava a Páscoa de Cristo e dos cristãos e o
Batismo de seus filhos e filhas gerados na Fé.
Terminada a Liturgia da Palavra, a comunidade se dirigia para o batistério (um outro prédio vizinho ao
prédio da igreja). Aí chegando, o batizado se despia de suas vestes, era ungido com óleo e renunciava o mal. Em
seguida descia a piscina com a água até pela cintura, acompanhado pelo diácono. O presbítero interrogava a quem
descera à piscina para ser batizado: “Crês em Deus pai?”, e o batizado respondia: “creio” e era mergulhado pela
primeira vez. O presbítero interrogava pela segunda vez sobre a fé em Jesus Cristo. Ao responder creio, o batizado
era mergulhado uma segunda vez. Era interrogado uma terceira vez sobre a fé no Espírito Santo que age na Igreja.
Após responder creio, era mergulhado uma terceira vez.
Saia então da piscina, era ungido na cabeça com óleo do Crisma e se revestia de uma veste branca.
A partir desse rito compreendemos melhor toda a mística de São Paulo a respeito do batismo. “Batizados
para Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte. Como Ele fomos sepultados pelo batismo na morte para que assim
como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também andemos em novidade de vida” (Mc 6, 3-4).
“Com Ele foste sepultado no batismo e nele fostes também ressuscitados pela fé no poder de Deus que ressuscitou
dos mortos”(Gl 2, 12). “Todos vós que fostes batizados em Cristos, vos revestistes de Cristo” (Gl 3, 27).
Curiosidade: a primeira condição para entrar na comunidade dos seguidores de Jesus, era saber a verdade
sobre Jesus de Nazaré: conhecer sua origem, a razão de sua morte, ter a certeza de sua ressurreição, da sua
permanência no meio da comunidade através de sinais-sacramentos. Esse era o anúncio contendo as verdades
fundamentais nas quais acreditava esse grupo. Este tempo de preparação para o Batismo era chamado
catecumenato.
Para refletir:
1-) Lendo 1Cor 12, 12-21, qual a nossa opinião sobre as pessoas que querem o Batismo mas não querem
assumir nenhum compromisso?
2-) Ler Mateus 28, 16-20:
Qual tarefa Jesus atribuiu a cada cristão? Por quê?
O que significa observar e ensinar tudo o que Jesus ensinou?
A Eucaristia
A Raiz e o Centro da Comunidade Cristã
A Eucaristia toma um lugar central na celebração dos sacramentos. Todos os sacramentos estão voltados
para ela e encontram nela sua fonte e seu ponto culminante. É a raiz e o centro da comunidade cristã.
Na véspera de oferecer a sua vida pela salvação da humanidade, Jesus celebrou a Páscoa dos judeus como
eles costumavam fazer. Mas em que consistia essa páscoa?
Era uma refeição tomada em família em agradecimento e louvor a Deus pela libertação da escravidão do
Egito. Era a festa religiosa mais importante. Todo o povo devia celebrá-la a cada ano.
Entre a primeira Páscoa e a definitiva (celebrada por Jesus) passaram-se cerca de 1300 anos. Durante séculos
o povo eleito esperou por esse acontecimento. Agora a antiga e a primitiva Aliança se tornaram nova e eterna. De
agora em diante, a aliança não será mais reformulada ou aperfeiçoada. Quando o padre celebra a missa, não está
fazendo outro sacrifício como os sacerdotes da antiga aliança.
A Eucaristia é um memorial, uma lembrança atualizada do único sacrifício de Cristo, no qual ele mesmo se
apresenta como hóstia (vítima) perfeita. Não podemos fazer melhor do que Ele. Por isso, na missa, a gente lembra
e atualiza o verdadeiro mistério de Jesus.
O que é Eucaristia?
Os primeiros cristãos usavam a expressão “eucaristia”. É uma palavra grega que quer dizer: ação de graças.
Também usavam as expressões “fração do pão” e “Ceia do Senhor”.
A Eucaristia é o Cristo presente na Igreja. Ele, por sua vez, é o centro de nossa fé. Assim, a Eucaristia torna-
se a fonte de nossa fé, pois Cristo é a razão e esperança dessa fé (1Cor 15, 14). A Eucaristia também é o ápice de
nossa fé, uma vez que a finalidade de todo homem é o encontro com Cristo.
A Eucaristia é a presença de Jesus em nosso meio, é ele que alimenta nossa vida plenamente. Sem nos
alimentarmos de Cristo, ficamos fracos e sem ânimo para trabalhar como Jesus, viver a fraternidade, lutar por um
mundo de mais justiça. A Eucaristia é a comunhão dos irmãos, sinal das participações nas lutas, na dor e na divisão
de bens. A Eucaristia é a ceia da memória e ressurreição de Jesus. É a presença hoje de Jesus na comunidade, em
forma de seu corpo e sangue. É o sentido da comunhão: comer o corpo e beber o sangue do Senhor, unindo-nos
assim a Cristo no seu ato de extrema doação.
A Última Refeição
No meio de tantas refeições, a última refeição toma um lugar todo especial. É a refeição da despedida e, ao
História da Eucaristia
Jesus pertencia ao povo judeu. Os judeus viveram 400 anos de escravidão no Egito. Quando com a liderança
de Moisés conseguiram se libertar, celebraram a Páscoa: passagem da escravidão para a libertação.
Também Jesus celebrou a sua Páscoa em companhia de seus discípulos. Na última ceia, fez o resumo de sua
vida de doação ao pai, no serviço dos irmãos para a construção do Reino.
A páscoa agora é o próprio Cristo. Ele é a doação do Pai aos irmãos. É o novo cordeiro imolado. Ler: Lc 22,
14-20.
As primeiras Eucaristias revelam calor humano, partilha, presença viva de Jesus: “Eles se mostravam
assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunidade fraterna, à fração do pão e às orações” (At 2, 42). Elas eram
celebradas nas casas das famílias. Só no século III é que a missa começou a ter uma forma. Com o tempo as
comunidades foram crescendo. Surgiu a necessidade da construção de templos e igrejas. Quando a Igreja se uniu ao
Estado, a celebração da Eucaristia nas casas foi proibida. Passou a ser celebrada numa língua e com gestos que
poucos entendiam.
Apenas com o Concílio Vaticano II a celebração Eucarística sofreu algumas modificações para melhor:
passou a ser celebrada na língua do povo, mostrando a história e a esperança da comunidade.
As Refeições Continuam
As primeiras comunidades cristãs se reuniam freqüentemente para a fração do pão (At 2,46), especialmente
aos domingos. Repetiam os gestos de Jesus e celebravam assim a morte do Senhor ressuscitado. Na Bíblia
comemorar, celebrar, sempre quer dizer trazer o passado para o presente. Cada ceia pascal não somente lembrava a
libertação, mas trazia essa libertação para a atualidade. Assim também a celebração da morte do Senhor traz o
sacrifício de Cristo para o presente. O sacrifício de Cristo é único. Mas, em cada celebração da Eucaristia,
comemoramos e se torna atual o sacrifício de Cristo, para que nós, conscientemente, partilhemos da doação de
Jesus e vivamos de sua força.
Do passado: A Eucaristia é uma ceia comemorativa e festiva de ação de graças. Memória do que aconteceu:
“Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor” (1Cor 11, 26). É a
recordação do acontecimento salvador, da morte e ressurreição de Cristo.
De presente: A ceia do Senhor tem uma dimensão de presente, pois o mesmo Jesus que outrora comeu a ceia com
seus discípulos, torna-se presente de maneira sacramental na Eucaristia. Nisto se manifesta a graça de Deus. A
comunhão da comunidade com Cristo é um chamado constante à luta pela justiça e pela fraternidade.
Do futuro: A ceia Eucarística é antecipação do banquete do Reino dos Céus. É antecipação da vinda do Senhor.
Continua a obra de Deus que se centraliza em Cristo e pelo Espírito Santo se faz perpetuar na Igreja. Tem a missão
de realizar e fomentar a comunhão com Deus e com os homens. A Eucaristia dinamiza a vida da comunidade que,
entre conflitos e tensões, é chamada a buscar constantemente a comunhão.
Resumindo. . .
Podemos dizer que a Eucaristia é:
- um ato de louvor e de agradecimento ao Pai pelos benefícios recebidos em Cristo;
- comemoração, recordação eficaz, do sacrifício de Jesus na Nova Aliança;
- celebração da presença do Senhor Ressuscitado no meio da sua comunidade;
- refeição, alimento para a caminhada, encontro de irmãos;
- sinal do Reino que deve ser anunciado e construído por nós (compromisso).
Matrimônio
O matrimônio cristão é uma vocação, é um apelo à santidade. O ponto de partida da vocação a santidade é o
sacramento recebido. Na busca dessa santidade, o casal cuidará para que a oração conjugal e familiar faça parte do
programa de todos os dias.
No amor de Cristo por sua Igreja, o matrimônio cristão se apresenta como uma escola de perfeição pessoal e
de recíproca santificação. Deus criou homem e mulher a sua imagem e semelhança. Desde o dia em que cheios de
ternura e graça o homem e a mulher os descobrem, tornam-se "companheiros de eternidade".
Palavra de Deus
Paulo mostra como deve ser a vida e o relacionamento entre marido e mulher, par que sejam mais edificantes
e duradouros. Carta aos Efésios 5, 25-33
Responder:
1-) Segundo a Leitura acima, como deve ser o amor entre o casal?
2-) Será que os casais hoje fazer uma ato de doação recíproca? Os que não o fazer têm condições de fazer?
3-) Qual o sentido que se dá hoje para o sacramento do matrimônio?
4-) A família, hoje, é berço de vida e fé? O que falta?
Reconciliação ou Penitência
História da Penitência
A remissão dos pecados foi tida desde o começo da vida cristã como uma das dimensões do batismo. Ser
batizado era sinônimo de não ser pecador. Houve até uma corrente forte que era do parecer de que quem cometesse
pecados graves seria afastado da vida cristã. Tentou-se amenizar essa tendência com a possibilidade da recepção do
sacramento da penitência, uma vez na vida, (em caso de apostasia, homicídio e adultério). Era a penitência pública.
No século V, São Patrício insistiu na penitência privada (para as faltas menores aplicam-se os meios cotidianos:
jejum, esmola, etc.). Com o tempo desapareceu a celebração comunitária da penitência.
No século VI, surge com os monges irlandeses, a penitência particular: determinada penitência para
determinado pecado, segundo a sua gravidade. No século VII, surge o confessionário (diálogo secreto, que com o
tempo se tornou minucioso). A ênfase era dada à declaração dos pecados para receber a penitência tarifada.
Em 1215, o concílio de Latrão sanciona a confissão individual das faltas graves. O concílio de Trento
acentua mais ainda esse modelo de confissão.
Em 1974, o papa Paulo VI oferece a Igreja um novo ritual do sacramento da Penitência.
E sobre a celebração penitencial comunitária com absolvição geral, o que diz a Igreja?
As normas da Igreja já prevêem duas condições para esta forma de confissão e absolvição:
a. ) que a pessoa que tenha consciência de pecados mortais os confesse individualmente em tempo
oportuno;
b. ) os que tiverem perdoados pecados mortais, pela absolvição comum, devem procurar a confissão
auricular, antes de receber outra absolvição desse tipo, a não ser se impedidos por justa causa.
Para refletir:
Lucas 15, 11-32;
Lucas 18, 9-14;
Ordem
Pelo sacramento da Ordem, o Espírito Santo chama alguns cristãos para o serviço ministerial à comunidade.
O próprio Espírito escolhe entre os cristãos, convocando-os a um serviço: tomar Cristo presente, pelo sacramento
da Eucaristia, e também reunir e reconciliar o povo no sacramento da reconciliação.
A Missão do Padre
A missão do padre é basicamente anunciar o Evangelho, administrar os sacramentos e ajudar o povo a viver
e a celebrar a sua fé em família e em comunidade. O padre é missionário da paz, da justiça e da unidade. Ser padre
é promover a palavra de Deus, é anunciar o Cristo libertador; é imitar Jesus que nasceu, trabalhou e viveu no meio
do povo, entre os mais rejeitados pelos que controlavam o poder. Jesus viveu no meio do povo e por este morreu.
Ser padre hoje é escolher o caminho da luta pela defesa dos pobres, dos pequenos e daqueles que não tem
terra, moradia, trabalho. Dos operários, das famílias sofridas, dos jovens desorientados, dos menores abandonados
e de todos aqueles que não tem voz, nem vez. Ser padre é continuar a missão de Jesus.
A palavra de Deus nos oferece um conhecimento mais detalhado sobre a missão daqueles que são escolhidos
por Jesus e são consagrados para servir a comunidade: Mt 10, 1-16.
Responder
1-) Que missão Jesus confiou aos discípulos?
2-) De acordo com a leitura, como deve ser a vida daquele que se coloca de modo especial a serviço do
evangelho?
Experimentamos em nossa vida os limites da doença e da velhice. Deus, que nos acompanha sempre, está do
nosso lado com sua graça, através do sacramento da Unção dos Enfermos. Todos experimentamos a dor em nossa
vida, também Jesus, que veio a esse mundo para que todos tenham vida.
Ele teve um carinho especial para com os doentes e fracos. A Igreja continua a ação de Jesus em favor dos
doentes, especialmente com o sacramento da Unção dos Enfermos.
“O sacramento dos Enfermos tem por objetivo ajudar o doente e os seus a viver seus sentimentos e a
descobrir na doença e na morte um Dom e uma esperança que vem de Deus”.
Jesus e a Doença
No tempo de Jesus, a doença era tida como maldição. Jesus colocou-se contrário a esta mentalidade: curou
muitos doentes e de todos os males. Jesus restituiu, ao mesmo tempo a saúde e a paz. Seus discípulos foram
convidados a fazer o mesmo. A comunidade primitiva viveu com intensidade esse sacramento.
Com o tempo, esse sacramento que era dado para restituir a saúde aos doentes, foi sendo ministrado apenas
aos moribundos inconscientes, como uma espécie de passaporte para a eternidade. Houve uma redução demasiada
da Unção dos Enfermos, que passou a ser chamada de Extrema-Unção, a partir do século XII.
O concílio de Trento explica que este sacramento se chama extrema unção por ser o último da lista e por este
ser administrado em último lugar. Mas na cabeça do povo, o sentido que ficou foi outro: este é o sacramento do fim
da vida.
A doença é como uma prova: somos colocados frente ao ministério da vida e da morte. Aparentemente a
doença é um mal. Mas pode se tornar um bem. Com ela podemos reconhecer nossa pequenez humana. Também
com ela podemos reconhecer o Dom da vida e da saúde.
O Respeito ao Enfermo
A doença não diminui a dignidade da pessoa humana, criada à imagem de Deus (Gn 1, 26) e chamada
comunhão de vida com este mesmo Deus e com os irmãos em Cristo, o Filho e o Irmão.
Os doentes são sinais e imagens, além disso, do Cristo Jesus, pois servir aos doentes é servir ao próprio Jesus
em seus membros sofredores: “estive enfermo e me visitastes... Cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos
mais pequeninos, a mim fizestes”. (Mt 25, 36-40).
Curiosidade
Na antigüidade, o óleo era utilizado para curar os doentes. Jesus fala que o bom samaritano recebeu óleo em
suas feridas. O óleo estava associado a força de Deus. A Unção dos enfermos utiliza o óleo sagrado, bento na
Quinta- Feira Santa, como sinal de Cristo que alivia a dor e restitui a vida.
Responder
1. Você já esteve doente. Como se sentiu nesse momento?
2. Antes, você já tinha ouvido falar ou já participou de uma celebração de Unção dos Enfermos?
3. Qual é o sentido que Cristo dá ao milagre descrito em Jo 11, 19-27?
O Sacramento da Crisma
A Crisma ou o Crisma?
As duas formas estão corretas, mas cada uma tem um significado diferente. Quando queremos indicar o
sacramento se fala a Crisma, e quando falamos o crisma, estamos nos referindo ao óleo sagrado que é utilizado para
ungir os crismandos, durante a cerimônia.
A palavra crisma é um vocábulo grego que significa unção, ungido. A Crisma tem um nome mais
compreensível em nossa língua: é a Confirmação.
A Cerimônia da Crisma
Porque o óleo?
A água do Batismo indica água Viva, a vida divina da graça; o pão, na Eucaristia, após a Consagração é o
Pão da Vida, o Cristo. O óleo, símbolo de destreza e força para a luta, lembra o crismando que ele é ungido pelo
Espírito Santo para as lutas da vida cristã. O antigo Povo de Deus ungia seus profetas, sacerdotes e reis para sair em
missão.
O óleo usado na Crisma é consagrado pelo Bispo numa missa especial celebrada na 5ª feira Santa. O santo
óleo do crisma é azeite de oliveira e nele se misturam essências balsâmicas. O óleo fica perfumado, para indicar
que a vida do cristão deve ser uma vida limpa, transparente, de bom exemplo.O cristão deve ser alguém, junto do
qual qualquer pessoa possa sentir-se bem, possa respirar o perfume da justiça, do amor, da bondade, da confiança e
de todas as virtudes, ou seja, uma vida que espalhe o perfume de Cristo.
Crisma não é só compromisso, responsabilidade, missão: antes de qualquer coisa, é um maravilhoso Dom de
Deus! “RECEBE POR ESTE SINAL O DOM DO ESPÍRITO SANTO” - É isso que o bispo dirá, ao impor as
mãos sobre cada um de vocês, ungindo-os na fronte. Sim, no Sacramento da Crisma realiza-se também, para cada
um de vocês, a promessa que Jesus Cristo fez para todos os que o amam, o seguem e aceitam levar à frente sua
missão: “Eu pedirei ao Pai e Ele lhes dará outro auxiliador, o Espírito da verdade, para que permaneça com
vocês para sempre!” (Jo 14,16). “O Espírito Santo descerá sobre vocês e dele receberão força para serem minhas
testemunhas no mundo todo!” (At 1,8). Diz o apóstolo Paulo: “Quem nos fortalece juntamente com vocês, em
Cristo, e nos dá a unção, é Deus. Deus pôs sua marca em nós e colocou em nossos corações o Espírito Santo,
como garantia de tudo o que de maravilhoso reservou para nós!” (2Cor 1,21-22).
Sim, algo de maravilhoso já está começando! Não é simplesmente uma graça de Deus que vocês recebem ,
mas o próprio Espírito de Deus, alguém, a terceira pessoa da Santíssima Trindade! Diz Jesus: “O mundo não pode
aco1her o Espírito, porque não o conhece. Mas vocês o conhecem, porque ele mora em vocês, e estará com
vocês!” (Jo 4,17). Um dom. . . mas também uma responsabilidade grande! Devemos esforçar-nos daqui para frente,
para sermos uma morada digna do Espírito de Deus. Ao comentar isso, São Paulo diz: “vocês não sabem que são
templo de Deus e o Espírito de Deus habita em vocês? Portanto...” (1 Cor 3,16; e também Rm 8,9-12).
quando ele quer. São sempre dados para serem colocados a serviço da comunidade e são chamados “carismas”.
(Ler 1Cor 12,7 e Rm 12,6-8)
Cada crismando deve discernir qual o dom ou carisma que Deus lhe deu: para pô-lo a serviço da
comunidade. É para isso que a gente é crismado!
‘‘Sejam bons administradores dos diferentes dons que receberam de Deus! Que cada um use seu próprio dom para
o bem e para o serviço dos outros!’’ (1 Pd 4,10) .
Conclusão
Você já viu alguém receber um dom (presente) com os punhos fechados? Você já viu alguém querer botar
água numa caneca que já estivesse cheia de outra coisa? É isso: podemos receber o dom do Espírito de Cristo, na
medida em que nos abrirmos para ele, na medida em que nos esvaziarmos de toda “outra coisa”, como o egoísmo, o
pecado, e tivermos um coração totalmente aberto e disponível para Deus; na medida em que nos sentirmos pobres,
fracos, pequenos, necessitados do dom de Deus; na medida em que formos como aqueles apóstolos, lá no
Cenáculo, juntos com Maria, na véspera da sua Confirmação! O maior dom recebido tem que ser partilhado,
repartido, tornado vida. O confirmado é alguém que recebeu uma missão apostólica, um apostolado. Ao cumprir
sua missão, ele deverá falar sempre a “nova linguagem” que o Espírito lhe ensinou: a linguagem do amor.
Porque será que, depois de um ano inteiro de catecumenato e com tantos dons recebidos no Sacramento da
Confirmação, há jovens que logo desanimam, esquecem os compromissos assumidos e, muitas vezes, largam tudo?
Onde estão os frutos da Crisma?
É sobre isso que vamos refletir.
A Árvore e Os Frutos
Uma vez, Jesus contou esta parábola: “Certo homem havia plantado uma figueira em sua roça. Um dia, foi
lá para colher figos, mas não encontrou. Então disse ao lavrador: 'Olhe! Hoje faz três anos que eu venho buscar
figos nesta figueira, e não encontro nada! Corte-a! Ela só fica aí esgotando a terra! Mas, o lavrador respondeu:
'Senhor, deixa a figueira mais um ano. Vou cavar em volta dela e pôr adubo. Quem sabe, no futuro, ela dará fruto.
Se não der, então a cortarás!” (Lc, 13,6-9).
Outra vez, Jesus usou uma outra comparação, bem parecida com a da figueira. Foi durante a última ceia,
durante aquela conversa-testamento em que prometeu o dom do Espírito.
Jesus disse: “Eu sou a verdadeira videira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não dá fruto em mim, o
Pai cortará! Fiquem unidos a mim, e eu ficarei unido a vocês! Vocês não poderão dar fruto, se não ficarem unidos
a mim! Eu sou a videira e vocês os ramos. Quem fica unido a mim e eu a ele, dará muito fruto, porque sem mim
vocês não podem fazer nada. Quem não fica unido a mim, será jogado fora, como um ramo seco que só serve para
ser queimado! Vocês permanecerão em meu amor, se obedecerem aos meus mandamentos. O meu mandamento é
este: 'amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês!'... Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que
escolhi vocês. E eu os destinei para ir e dar fruto e para que o fruto de vocês permaneça... Eu disse isso a vocês,
para que minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa!” (Jo 15,1-17).
Os Frutos do Espírito
Diz São Paulo na Carta aos Gálatas: “Vivam segundo o Espírito e, assim, não farão mais o que os instintos
egoístas desejam. Porque os instintos egoístas têm desejos que são contra o Espírito. Mas se vocês forem
conduzidos pelo Espírito, vocês serão verdadeiramente livres!. As obras dos instintos egoístas são bem
conhecidas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ira, rivalidade, inveja,
bebedeira, orgias e outras coisas semelhantes. Os que fazem tais coisas, não herdarão o Reino de Deus! Mas, os
frutos do Espírito são: amor, alegria, paz, paciência, bondade, compreensão, fidelidade, mansidão, domínio de si.
Os que pertencem a Cristo, crucificaram os instintos egoístas, junto com suas paixões e desejos. Se vivemos pelo
Espírito, caminhemos também sob o impulso do Espírito!” (Gl 5,16-25).
São estes alguns dos frutos mais importantes que Cristo e a sua Igreja esperam de vocês, confirmados pelo
dom do Espírito:
• Liberdade e domínio de si - manter-se livre dos instintos egoístas
• Amor ao próximo - algumas manifestações concretas são a paciência, a compreensão, a bondade etc;
• Alegria e paz - são os sinais da presença de Deus em nós;
• Fidelidade e perseverança - na fé e nos compromissos assumidos.
Voltando á comparação da videira, não é suficiente o ramo querer dar fruto... é preciso que existam
determinadas condições. E assim acontece, também, em nossa vida de cristãos!
Então vejamos o que devemos fazer para que possamos dar frutos:
Portanto...
É este o programa mínimo de vida espiritual: para a perseverança dos crismandos e de qualquer cristão que
quer viver no Espírito de Cristo e dar muito fruto.
Quando alguém se casa, é para assumir o compromisso de vida a dois e dos filhos... ou quando alguém se
forma como professor, é para ensinar... E quando alguém se crisma? Certamente, não é só para ganhar um diploma,
nem para ter mais um padrinho, nem para cumprir uma obrigação e depois, pensar: “Pronto! Agora, já fiz tudo!”.
Com nossa Crisma, não termina nada... mas começa tudo: começa nossa missão! É para isso que somos
crismados: para sermos missionários de Cristo na construção do Reino.
Vamos falar um pouco mais sobre isso e aprofundar o sentido da missão que nos é confiada na Crisma.
vida pelas ovelhas. E daí que vem a palavra “pastoral”: pastoral da saúde, pastoral do menor abandonado, pastoral
penal, pastoral da terra, pastoral da juventude, pastoral do trabalhador etc.
Enfim...
Esta tríplice missão que Jesus confiou à sua Igreja não é só para alguns privilegiados. Todo leigo,
consagrado pelo Batismo e pela Crisma, participa desta missão profética, pastoral e sacerdotal. Lembre-se: você é
crismado para isso!
É muita coisa? Está com medo? É bom lembrar que também aos apóstolos faltava a coragem... mas, quando
receberam o dom do Espírito Santo, tudo mudou na vida deles! Se você topa mesmo ser missionário de Jesus
Cristo, o Espírito Santo virá também em sua vida, como fogo que ilumina e lhe mostra o caminho para ser um
autêntico missionário de Cristo, como vento impetuoso que empurra e dá força para cumprir a missão confiada.
A Vocação do Profeta
Ninguém se torna profeta por opção pessoal (só o falso profeta): o profetismo é uma vocação. Ao apelo de
Deus quem resistirá? “O leão ruge, quem não temerá? O Senhor falou, quem não profetizará?” (Am 3.8).
Ouvindo a voz de Deus, Samuel responde com a espontaneidade de uma criança: “Eis-me aqui” (1 Sm 3,4).
E Isaías responde com uma idêntica prontidão: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6,8).
Entretanto, diante de uma missão bastante difícil e perigosa, o profeta Jeremias procura, inutilmente, fugir:
Jr: Foi-me dirigida a Palavra de Deus nestes termos:
D: “Antes de formá-lo no seio materno, o conhecia; antes de seu nascimento o santifiquei e estabeleci profeta
das nações”.
Jr: Respondi: “Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, porque sou ainda uma criança!”. Mas o Senhor me disse:
D: “Não diga: ‘Eu sou ainda uma criança!’. Mas vá àqueles a quem eu o enviar e não os tema, porque estou
com você para protegê-lo. Eis que ponho as minhas palavras em sua boca, para arrancar e para destruir, para
construir e para plantar”
(Jr 1,6-10).
Sendo o profeta o mensageiro de Deus, ele denuncia as injustiças, os abusos do poder e qualquer tipo de
maldade. Ele é o defensor dos oprimidos, dos fracos, dos marginalizados. Ele se coloca ao lado dos pobres; é a voz
dos que não têm voz nem vez. Justamente por isso, os profetas foram sempre considerados como subversivos, pela
ordem constituída pelos poderosos. Eles se sentiam desmascarados por estes homens de Deus.
Porque a missão do profeta é tão difícil e perigosa, Elias desabafa: “Agora basta, Senhor! Retira-me a vida,
pois não sou melhor que meus pais” (lRs 19,4). Jonas também desanima: “Agora, Senhor, toma, eu te peço, a
minha vida, pois é melhor para mim a morte do que a vida” (Jn 4,3). Jeremias se queixa:
“Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir; tu tornaste forte demais para mim, tu me dominaste. Sirvo
de desprezo todo o dia, todos zombam de mim, porque sempre devo gritar, devo proclamar: ‘VIOLÊNCIA,
OPRESSÃO!’. A palavra de Deus tornou-se para mim desgraça todo dia. Estou cansado de suportar, não agüento
A Verdadeira Religião
Os profetas mostram ao povo como deve ser a verdadeira religião. E a primeira condição é de buscar o
Senhor (Amós 5,4). O que significa, na prática, procurar o Senhor? Temos a resposta no profeta ISAÍAS: “Cessai
de praticar o mal, aprendei a fazer o bem! Buscai o direito, corrigi o opressor! Fazei justiça ao órfão, defendei a
causa da viúva!” (Is 1,16-17).
O que Deus quer é uma religião verdadeiramente vivida, como condição indispensável para a Nova Aliança:
“Eis que dias virão - palavra do Senhor - em que farei com a casa de ISRAEL uma Aliança Nova... Eu porei
minha lei no seu seio e a escreverei em seu coração. Então serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (Jr 31,31-33).
O povo reduzia a religião à cultos e promessas. Os fiéis rezavam. mas o coração não acompanhava esses atos
de rotina, a vida de todos os dias continuava cheia de roubos, ódio, injustiças e exploração dos fracos. Os profetas
denunciavam essa hipocrisia religiosa. Lembram que a religião deve abraçar a vida toda, deve orientar o
comportamento da gente na Igreja, em casa, no trabalho, no relacionamento com os outros.
O Profeta Se Compromete
O profeta não fica na janela a observar os acontecimentos. Ele se compromete com a palavra de Deus e a luta
do povo. Ele está presente nos acontecimentos mais importantes da história social e política do povo. O fato de ser
enviado de Deus, de anunciar a sua mensagem, faz com que o profeta participe ativamente da vida cotidiana do
povo. Por sua participação ativa, o profeta é perseguido, marginalizado, condenado.
Um exemplo disso é o profeta Jeremias. Ele ficou sempre presente nos acontecimentos de seu tempo, num
período trágico que terminou com a queda do REINO DO SUL (Judá). Ele anunciou, de antemão, o que ia
acontecer se o povo não se convertesse. Alertou os reis para não se unirem com as nações pagãs. Ele queria que o
povo confiasse mais em si mesmo e em Deus. Chegou a ser acusado de subversão pelos militares e foi preso.
O Profeta de Hoje
Depois de vermos o que é um profeta, podemos afirmar: há profetas ainda hoje. São Paulo lembra que na
Igreja, Deus pôs tudo no lugar certo: “em primeiro lugar, os apóstolos; em segundo, os profetas...” (1Cor 12.28).
O profetismo ocupa uma posição de destaque na Igreja. Os cristãos são profetas porque neles foi derramado
o Espírito de Deus, que os torna capazes de anunciar e testemunhar o Evangelho. Sabem que a palavra de Deus não
está presa num livro, mas vive nos acontecimentos.
Os cristãos, reunidos em comunidade, iluminados pela Bíblia, orientados pelos documentos da Igreja,
procuram descobrir, nos acontecimentos, qual a vontade de Deus. É desse jeito que são os profetas.
Você é Profeta, quando procura viver, de verdade, a Palavra de Deus, no seu bairro, no trabalho, na escola,
em casa...
Você é Profeta, quando luta para construir um mundo novo, “a certeza na frente e a história na mão”.
No mês de agosto o tema forte é a vocação. O referido tema é rico em toda a Sagrada Escritura. No Antigo
Testamento Deus se manifesta por meio de uma Aliança, por meio da constituição de um povo, e da eleição de
instrumentos visíveis no meio deste povo para conduzi-lo à terra prometida. Não nos faltam figuras como Moisés,
Abraão, os profetas, os reis. Todos pessoas normais escolhidas por Deus para uma missão. Já no Novo Testamento,
é Jesus quem escolhe. Os apóstolos não vão atrás de Jesus por acaso; Jesus se encontra com eles e, a partir deste
encontro, cada apóstolo entra na escola de Jesus, onde o programa de ensino é sobretudo passar a fazer o bem...
Todos somos vocacionados. Já houve quem diga que o primeiro chamado é à vida. Sem negar isso, gostaria
de aprofundar e dizer que o primeiro chamado é à santidade. Fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. Esse
admirável intercâmbio (como diziam os Antigos Padres da Igreja: Santo Irineu, São Basílio, Santo Agostinho...) é a
fundamentação para a divinização do homem. "O Filho de Deus se fez homem para que o homem pudesse ser filho
de Deus." Antes de existirmos, Deus já nos havia destinado a sermos santos, como Ele é santo.
A santidade é o ponto de partida para entendermos a vocação. Quero ser semelhante a Deus, ser Cristo que
passa no meio do mundo: na fábrica, no escritório, na loja, no hospital, junto a minha esposa, aos meus filhos. Ou
também ser santo na vida religiosa, antecipando o céu na minha comunidade religiosa, vivendo intensamente o
carisma de uma congregação religiosa, dando a vida pelos demais. O sacerdócio tem uma dupla dimensão, ser
santo e santificar com o ministério. A melhor promoção vocacional de uma diocese é quando os jovens vêem em
seus sacerdotes um modelo de vida a seguir, porque santidade é traduzir em vida o que Cristo viveu. (cf. 1 Cor 1,
30). Não devemos esquecer as pessoas que, sem se consagrar com os votos religiosos, escolhem não casar para
estar mais disponíveis ao Reino, são os solteiros, ou celibatários. Existe uma tendência a esquecer estas inúmeras
pessoas, que têm o seu lugar na comunidade e, longe de qualquer frustração, servem aos irmãos em tudo.
Vida matrimonial, vida religiosa, vida sacerdotal e vida celibatária (pessoas que não se casam). Modos de
viver a santidade dos filhos de Deus. Da pia batismal todos saímos santos, em estado de graça. Depois desse tão
grandioso dia somos incorporados em Cristo na Igreja. Ninguém pode viver plenamente a sua vocação sem a
união com Cristo. Pela Eucaristia, pela oração, pela vivência das virtudes e pela constante conversão nós nos
assemelhamos a Cristo, e nessa semelhança está o centro de nossa santidade. Todos aqueles que vivem em estado
de graça, são Cristo que passa. Cada trabalho, cada palavra, cada pensamento, à medida que está unido a Deus,
torna-se para o mundo e para a pessoa fonte de graça e santificação. Santidade é estar unido a Cristo.
Neste mês vocacional, devemos pensar em todos nós. É fácil pensar somente nos outros. Cada um é chamado
a ser santo, esta é a vocação primordial, e dela deriva todos os modos de vida. É verdade que a família é o berço
das vocações, porque os filhos aprendem a viver a fé na família. Desta vivência da fé brota o desejo de ser como
Cristo, agir como Ele, pensar como Ele... e seguir a sua Palavra. O sacerdócio é também alvo realçado neste mês,
porque, como dissemos, ao exercer o sacerdócio numa comunidade santifica-se o sacerdote santificando aos
demais: distribuindo o Corpo de Cristo, perdoando em nome de Cristo os pecados, anunciando a Palavra de Deus.
Por isso é o sacerdote por excelência Cristo que passa, incorporando as pessoas no Corpo de Cristo, restituindo nas
almas o estado de Graça, curando todas espécies de mal... é o agente de libertação. Libertação do pecado em vista
da liberdade dos filhos de Deus: a verdadeira e única liberdade.
Agosto: tempo de rezar para que alimentemos em nossa comunidade o desejo ardente de sermos santos.
Santos de verdade, vivendo bem o nosso trabalho, vivendo a oração diária em nossa casa, participando
semanalmente (ou quando se pode diariamente) da comunhão eucarística. Todos os batizados são chamados a isso,
à santidade, a serem e viverem como filhos de Deus. Uns vivem como pai e mãe de família, outros como religiosas
ou religiosos, outros como celibatários e outros como sacerdotes.
Chegou o tempo em que os jovens precisam ser modelos. E o modelo fundamental é o Senhor. Esse é o
motivo pelo qual toda a iniciativa junto aos jovens que lhes propicie um encontro verdadeiro com Jesus faz-lhes
pensar no seu futuro. Às vezes lhes leva a pensar na situação de uma vida sem sentido, de uma necessidade de
preenchimento maior na suas vidas... Os jovens querem encontros... querem encontrar Alguém que seja um modelo
de personalidade, de caráter... Se as pessoas conhecem a Jesus, então descobrem que, a partir dele, nascem os
santos pais e mães de família, nascem os santos religiosos e religiosas, nascem os santos leigos e leigas solteiros,
nascem os santos sacerdotes. Quem realmente se encontra com Cristo, conhece-o e ama-o. A partir deste encontro,
conhecimento e amor, nasce o desejo: eu quero ser como Ele. E Ele é que se deixa encontrar, que se deixa conhecer
na Igreja, que nos amou primeiro, chama-nos para as diversas vocações. Por isso, não importa onde estejam os
filhos de Deus, nem sua situação interior ou sua condição social, todos estão chamados a ser santos, lá onde vivem.
Rezemos intensamente para que nasçam santas vocações para os diversos chamados específicos, pois sem
tirar as pessoas do seu lugar, Cristo, através de ti, quer estar no meio do mundo... Porque aquela pessoa que não se
encontrou com Cristo está dizendo a Jesus: "Dá-me de beber" e, por nós, Jesus quer chegar a eles para serví-los, e
para ajudá-los, quer por nosso modo de viver, testemunhar nossa vida de união com Deus.
"Para que busques a Cristo, para que encontres a Cristo, para que ames a Cristo."
verdade e de bem. Há umbandistas e espíritas sinceros, honestos, que amam a Deus e fazem o bem ao próximo
(quem sabe, até bem mais do que muitos católicos).
II) Porém, está errado concluir que toda religião é boa, desde que fale em Deus e faça o bem. Seria tornar inútil
a encarnação de Cristo, sua revelação, seu evangelho e sua Igreja. Só ele é o caminho, a verdade e a vida! Só ele
liberta!
III) A Umbanda é uma forma de religião primitiva, cósmica e mágica. Ao invés de libertar o homem (é para isso
que Cristo veio!) torna o homem prisioneiro e vítima de forças ocultas. O homem não é mais o dono de si próprio e
de sua história; daí a prática da feitiçaria, para afastar o mau olhado, encostos... e, por isso, uma religião alienante,
que não atinge a vida, que não modifica o comportamento humano, que não luta contra as causas reais do mal.
IV) A Umbanda, mesmo tendo um verniz de catolicismo, no fundo, não reconhece a verdade principal do
cristianismo: Jesus Cristo como verdadeiro Deus e único Salvador. A doutrina espírita da reencarnação é
diretamente oposta ao Evangelho e à salvação anunciada por Jesus Cristo. Não é verdade que as almas vão
salvando-se e purificando-se através de sucessivas reencarnações! É Jesus Cristo que nos salva. É aqui, nesta única
vida que temos, que devemos nos converter e viver do jeito que ele viveu e ensinou. Depois da morte, não há
reencarnação, mas sim, ressurreição para a vida eterna.
V) Nós que nos dizemos cristãos católicos, temos uma grande responsabilidade diante da realidade de milhões
de irmãos brasileiros que freqüentam terreiros ou seguem a doutrina espírita:
A) Antes de mais nada, precisamos viver nossa fé em Jesus Cristo de modo autêntico. Tristemente,
muitos católicos, mesmo não sendo umbandistas nem espíritas, vivem uma religiosidade não muito diferente da
deles: uma religiosidade mágica e alienante, feita de promessas, bênçãos e rezas para conjurar favores ou para
afastar males, uma religiosidade que não atinge a vida, que não nos torna irmãos, que não ajuda a vivermos como
verdadeiros filhos do Pai, que não luta por uma sociedade mais justa e mais humana.
B) Vivendo e testemunhando uma fé autêntica, precisamos também obedecer a ordem de Jesus:
“Evangelizai e fazei que todos sejam meus seguidores!”.
Outras Religiões
Há dezenas de religiões sobre a terra e em todas se percebe o esforço para o bem e a procura da salvação.
Vê-se nisso a ação de Deus e uma busca para ele. A união dos cristãos entre si e com os ortodoxos cresce dia-a-dia,
aumenta a abertura e a compreensão mútua. O Vaticano II, na declaração às Igrejas não cristãs, assim se expressa:
“A igreja rejeita, por conseguinte, como contrárias ao Espírito de Cristo, qualquer descriminação ou
perseguição, feitas a homens por causa de raça ou cor, posição ou religião.”
O apelo da Igreja para nós católicos é que vivamos bem, “procurando, como diz São Paulo, na medida do
possível e quanto depender de nós, viver em paz com todos os homens.” (Rm 12, 18).
Conclusões
Em todas as grandes religiões que há no mundo, há autênticos valores: há uma sincera busca do Absoluto,
para o ser humano ser mais livre e mais irmão; há sementes de verdade e de bem. Porém, nós sabemos que só Jesus
Cristo é a verdade total. Só nele e por meio dele, Deus se revelou plenamente e mostrou aos homens sua vontade e
seu amor de Pai. Só ele é “o caminho, a verdade e a vida”, para o homem ser mais gente e o mundo mais irmão. Só
ele é o libertador do homem e do mundo! O mundo precisa, com urgência, conhecer, amar e seguir Jesus Cristo, e
nós somos chamados a ser suas testemunhas e missionários para botar no mundo o fogo de seu Espírito!
Não é verdade que “toda religião dá no mesmo”, ou que “toda religião é boa, desde que fale em Deus!”
Olhando a história das religiões é fácil constatar quantos crimes e violências se cometeram contra o ser humano,
em nome da religião. E isso vale também para a religião, ou religiosidade, de muitos que se dizem católicos ou
cristãos. Não são as chamadas “nações cristãs” do Ocidente, que mataram milhões de pessoas, nas guerras desse
nosso século e que exploram, e se enriquecem à custa dos países do terceiro mundo? Não conhecemos diversas
pessoas que rezam, batizam, casam na Igreja, acendem velas aos santos, ou andam com a Bíblia debaixo do braço,
e que no dia-a-dia exploram os pobres ou mantém a situação desumana em que vivemos?
Tristemente, para muitos, a religião é só um conjunto de ritos interesseiros, para conseguir de Deus alguns
favores e afastar males, mas que em nada modifica a vida, não liberta, não torna mais irmão, não leva a viver em
comunidade não promove a justiça social, não ajuda a viver como verdadeiros filhos de Deus e a seguir o
Evangelho de Jesus Cristo, do jeito que ele viveu.
Fizeram o divórcio entre fé e vida; sobrou uma religião alienante, uma triste caricatura de cristianismo!
Nova Era
o início de uma pobre era ...
Paróquia Santa Rita de Cássia 77 Diocese de
Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 78
Nestes nossos dias tem-se alastrado uma verdadeira febre pelo esoterismo que se manifesta de diferentes
modos: mapa astral, astrologia, viagens para fora do corpo, comunicações telepáticas, pirâmides, ioga, cristais,
duendes, gnomos, anjos, livros de relaxamento, meditação, medicina alternativa, óvnis, novas seitas...
Que o Senhor nos ilumine a cada dia, vivendo neste mundo, para que possamos discernir o que é divino ou
não. É bom deixar bem claro que a Nova Era já existe há dois mil anos, com o Nosso Senhor Jesus Cristo vencendo
o pecado na cruz. Mas Satanás, o pai da mentira, tenta nos enganar dizendo através de milhares de seitas e
movimentos que a Nova Era esta por chegar. Se a verdadeira Nova Era já existe por Jesus Cristo, qual será a nova
mentira, opa, Nova Era que eles querem implantar?
“Estai vigilantes!” (Mt 25,13).
propagandas absurdas, não conseguem nem hospitais, nem remédios para se tratar.
A 1ª carta de São Pedro 5,8 nos diz: “Vigiai, nosso adversário, o diabo ronda qual leão a rugir, buscando a
quem devorar.”. Sejamos vigilantes, apoiados na força do Senhor e na proteção de Nossa Senhora. Cuidado com as
tentações, que podem ser pensamentos ou imagens, que o inimigo usa para tentar desviar os cristãos da prática da
vontade de Deus.
E o pior de tudo isto, é que por falta de conhecimento, devido à não leitura da Bíblia, de não participar das
Missas, de não ir à Igreja, acreditar neste tipo de coisas, e muitas vezes semear a confusão e a incerteza na cabeça
dos outros.
O Que Fazer?
Diante de tudo isso, torna-se urgente uma identidade Cristã de Evangelização, um desafio da Fé. Sabemos
que Deus é detentor do Poder e Domínio do universo criado por Ele. Portanto, significa que: o homem, os animais,
a natureza, plantas, demônios e o próprio Satanás não possuem capacidade de efetivarem o seu querer, sem o
consentimento do soberano Deus. A Nova Era existe, Deus o sabe e olha por isso. A vinda de Satanás investindo
contra a criatura, imagem de Deus, enganando-a com prodígios e sinais de mentiras, mostra a sua derrota, pois
assim nos diz a Palavra: “os fins dos tempos virão com os falsos profetas”, mas, essa palavra também diz: “Ao
nome de Jesus, se dobrará todo o joelho, no céu, na terra e até mesmo no inferno”. Jesus Cristo domina sobre todo
o poder no céu e na terra. Isto significa que Ele é mais poderoso que todos os pseudodeuses, Ele é o Filho de Deus
vivo que reina desde a eternidade. Virá o dia em que ele pedirá a cada pessoa, conta de seus atos. Ele é o único
santo e poderoso Deus. Os ensinos esotéricos prometem um mundo de fantasias que não existe. Parece o céu aqui
Paróquia Santa Rita de Cássia 79 Diocese de
Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 80
na terra, mas é demoníaco. Satanás é o manipulador por trás dos bastidores. A Bíblia o chama de Pai da mentira, a
velha serpente, o impostor, o príncipe deste mundo, que se disfarça até de anjo de luz, a fim de controlar as pessoas
e arruiná-las. Só Jesus é o Salvador. Só Ele tem o poder de perdoar pecados ou libertar da escravidão... Só Jesus ,
Só Ele. Assim, é possível para nós escaparmos da influência de Satanás e a garantia é Jesus. Só Ele pode nos
libertar das drogas, do álcool, do sexo e de outros vícios.
Nossa missão é ficarmos atentos, auxiliando a todos, esclarecendo os pontos perigosos dos dias que estamos
vivendo. Já perdemos muito tempo deixando que a propagação da Nova Era se alastrasse por todo o mundo.
Testemunhemos e vivamos, portanto, a nossa Fé, orando pelas pessoas que influenciadas e inocentemente caem nas
armadilhas e mentiras de Satanás. Incentivemos que os outros busquem uma experiência pessoal com Jesus, que
abandonem as práticas e vícios abomináveis ao Senhor, combatamos com a palavra de Deus, os que insistem em
dizer que tudo é bom e não há maldade nisto ou naquilo. A palavra do Senhor bem nos orienta dizendo:
“Que muitos serão chamados e poucos os escolhidos”
A DECISÃO É SUA!!!
Símbolo da Besta
Este número tem qualidades sagradas e por isso, deveria ser usado com maior freqüência
possível para representar a Nova era, segundo os ensinamentos da Alice Bailey, suma-
sacerdotiza da Sociedade Teosófica.
Arco-íris
É o símbolo principal da Nova Era, mas apresentado só a metade! Ele representa a ponte entre
a alma humana individual e a "Grande Mente Universal" ou "Alma Universal", que é Lúcifer.
Também é considerado como "Ponte Mental" entre o homem e as energias cósmicas e a
cidade de Shambala, governada por Lúcifer. Na Bíblia, o arco-íris é o símbolo da Aliança
entre Deus e o Seu povo.
Yin Yang
Representa o equilíbrio entre as forças contrárias: negativo e positivo, bem e mal, preto e
branco. O bem e o mal é a mesma coisa, apenas são vibrações altas ou baixas. Assim, a Nova
Era afirma que Deus e Lúcifer se completam, pois as forças opostas são parte da mesma
perspectiva divina.
Borboleta
A borboleta é o símbolo próprio dos adeptos da nova era ou dos "aquarianos". Como a lagarta
entra no casulo, transforma-se e sai em forma de borboleta, assim a humanidade passa de uma
era antiga, transforma-se em todos os sentidos e entra na nova era.
Signo de Lúcifer
Este sinal é o símbolo da bandeira de Lúcifer. O círculo representa o planeta Terra como reino de
satanás. O ponto são os homens, instrumentos a serviço deste reino.
Chifre
Usado em colares, pulseiras, brincos, etc. Simboliza o afastamento de fluídos
negativos (mal olhado, olho gordo...).
As duas pontas para cima, significam Lúcifer e seu reino; duas pontas para baixo, significa o homem como deus,
no lugar de Deus. e símbolo da adoração a Satanás já estabelecida em, várias partes do mundo. Alguns conjuntos
musicais de "Rock" adoram este símbolo para garantir sucesso.
Mão chifrada
Usado por artistas ligados à música (principalmente Rock) e seus fãs. Simboliza o louvor em
rituais satânicos.
Cruz virada para baixo
Usado por grupos de Rock e adeptos da Nova Era. Simboliza zombaria da cruz de Jesus. Usado
também em rituais satânicos.
SS
Usado por grupos nazistas e grupos de Rock também em roupas, broches, tatuagens, etc.
Simboliza o louvor e invocação de satanás.
Raio
É o reconhecimento do poderio de satanás, senhor, Satã, e a disposição de estar a seu serviço.
Besouro
Símbolo que mostra que a pessoa que usa tem poder dentro do satanismo
Lua-estrela
Usados em roupas, endereços, artes e também em centros espíritas. Simboliza poder para
transportar através do cosmos.
Pirâmide
É tida como elemento que capta a energia cósmica e beneficia as pessoas dando sorte nos
negócios.
Cruz suástica
Para o Movimento Nova Era simboliza o movimento cósmico . É bem conhecida sua conotação
com a pessoa de Adolf Hitler e seu movimento nazista que dizimou milhões de seres humanos
na Segunda guerra mundial. É conhecido, também no Brasil e em outras partes do mundo, o
renascimento deste movimento nazista. A cruz suástica é inspiração de chamberlain, um
vidente satânico e conselheiro de Hitler. Foi ele que inspirou a Hitler as idéias de um reino de
terror e poder.
Anarquia
O movimento prega a destruição de toda e qualquer organização que não queira se integrar ao
novo sistema. Declara a anarquia do inferno a essas organizações que resistem à adesão
universal.
Cruz de Nero
É uma cruz de cabeça para baixo, também chamada de "pé-de-galinha". Simboliza a
"verdadeira" paz sem Cristo. O pé-de-galinha é uma cruz com os braços quebrados e caídos. O
círculo representa o inferno. Na década de 60 foi usada pelos hippies; também foi símbolo de
ecologia no mundo, pois representa uma árvore de cabeça para baixo.
Urano
Amor à natureza que se expressa através dos movimentos ecológicos. Urano simboliza a harmonia com o cosmo,
adoração à deusa Gaia, o que eles chamam de "Lado feminino de Deus".
Unicórnio
É o símbolo da liberdade e promiscuidade sexual: homossexualismo, lesbianismo, heterossexualismo,
fornicacionismo, sexo grupal, etc.
Casal Transpessoal
Símbolo do fim do casamento representado pela letra ômega, última letra do alfabeto grego. Os adeptos da
Nova Era dizem que o ser humano não deve pertencer a nenhuma família possessiva, mas deve ficar sempre
livre para buscar outros parceiros.
Cabeça de bode
É um símbolo de zombaria ao contrário ao cordeiro de Deus "Jesus".
Mancha
Usada principalmente em automóveis. É uma gota de sangue em zombaria ao sangue
redentor de Jesus.
Netuno
Simboliza a transformação das crenças. A cruz para baixo significa que todas as crenças serão
destruídas para que o planeta Terra seja governado por Maitreya o "Novo Messias".
Plutão
Simboliza a "união planetária, construção da "Aldeia Global, é o novo nascimento do planeta
Terra com a união sem fronteiras, acima de credos, cor e raça. Simboliza também a "paz universal
" dentro da nova era.
Olho de Satã
Usado em roupas e outros meios. Simboliza o olho de satanás vendo tudo e chorando por aqueles
que estão fora do seu alcance (judeus e cristãos principalmente).
Olho de Lúcifer
Simboliza o olhar de satanás sobre as finanças do mundo. (ver nota de um dólar).
O Sinal do Pink Floyd - Boneco espiando sobre um muro, representa Satanás olhando para as pessoas que
ainda não se decidiram por ele. Relaciona-se à queda do muro de Berlim e ao conjunto de rock Pink Floyd
formado na Inglaterra em 1966, que gravou músicas de conteúdo satânico: Corra como o Diabo; O Gnomo;
Confortavelmente Anestesiado, e outras.
Fido Dido - Uma deturpação e vulgarização da imagem do homem como filho de Deus. Representado pela figura
de um ser humano com os cabelos arrepiados, olhar de espanto, fisionomia de terror; um estado de loucura, de
muito louco. Muito usado em camisetas. Vez por outra ouve-se gritos histéricos de jovens em determinados
programas televisivos ou em outros eventos: tô possuído , tô possuído ; tô muito louco , ao mesmo tempo em que
as pessoas balançam o corpo de forma desengonçada como se estivessem tresloucadas ou possuídas.
Camisetas, Adesivos, Ténis e Bonés Com Símbolos
O Dicionário de Símbolos de J.E. Cirlot diz que "o simbolismo genérico engloba tatuagem e ornamentação
como atividade cósmica, incluindo sentido sacrificial, místico e mágico. Veja alguns pontos:
Este estudo fala apenas da origem da tatuagem. Muitos a usam por razões próprias (I Co 8.9; Rm 14.12).
Mas, há riscos de contrair o vírus HIV, hepatite, infecções bacterianas e virais. Se você fez a tatuagem sem
orientação, a liderança da Igreja local lhe dirá como agir.
“... e escrita de tatuagem não porei em vós” (A Torá -tradução judaica). “Não façam cortes no corpo
por causa dos mortos, nem tatuagens em si mesmos” (Lv 19.28 - NVI - Nova Versão Internacional da Bíblia).
O Juízo Particular
E o que acontece então? No exato momento em que a alma abandona o corpo, é julgada por Deus. Quando
os que estão junto ao leito do defunto se ocupam ainda de fechar-lhe os olhos e cruzar-lhe as mãos, a alma já foi
julgada; já sabe qual vai ser o seu destino eterno. O juízo individual da alma imediatamente após a morte chama-se
Juízo Particular. É um momento terrível para todos, o momento para o qual fomos vivendo todos estes anos na
terra, o momento para o qual toda a vida esteve orientada. É o dia da retribuição para todos.
Provavelmente esse Juízo Particular ocorre no mesmo local em que morremos, para falar humanamente. Pois
depois desta vida, não há espaço ou “lugar” no sentido ordinário destas palavras. A alma não tem que ir a nenhum
lugar para ser julgada. Quanto à forma em que se realiza este Juízo Particular, só podemos fazer conjeturas: a única
coisa que Deus nos revelou é que haverá Juízo Particular. Descrevê-lo como um juízo terreno, em que a alma se
acha de pé ante o trono de Deus, com o diabo de um lado como acusador e o anjo da guarda do outro como
defensor, é, evidentemente, servir-se de uma mera imagem. Os teólogos conjeturam que provavelmente o que
acontece é que a alma se vê como Deus a vê, em estado de graça ou em pecado, e, conseqüentemente, sabe qual
será o seu destino segundo a infinita justiça divina. Este destino é irrevogável. O tempo de prova e de preparação
terminou. A misericórdia divina fez tudo que podia; agora prevalece a justiça de Deus.
O Inferno
Vejamos primeiro o caso mais desagradável, o caso de uma alma que preferiu a si mesma em vez de escolher
a Deus e morreu sem se reconciliar com Ele; ou seja, a sorte da alma que morre em pecado mortal. Tendo-se
afastado de Deus nesta vida por sua vontade, tendo morrido sem o vínculo de união com Ele, fica sem possibilidade
de restabelecer a comunicação com Deus. Perdeu-o para sempre. Para esta alma, morte, juízo e condenação são
simultâneos. Está no inferno.
A doutrina da Igreja afirma a existência do inferno e a sua eternidade. As almas dos que morrem em estado
de pecado mortal descem imediatamente, depois da morte, aos infernos, onde sofrem as penas do Inferno, o fogo
eterno. A principal pena do inferno consiste na separação eterna de Deus, único em Quem o homem pode ter a vida
e a felicidade para que foi criado e a que aspira.
Como é o inferno? Ninguém o sabe com certeza, porque ninguém de lá voltou para nos contar. Sabemos que
há nele fogo inextinguível, porque Jesus nos disse. Mas sabemos também que não é fogo que vemos nos fornos e
caldeiras: esse fogo não poderia afetar uma alma. Sabemos apenas é que no inferno há uma pena de sentido,
segundo a expressão dos teólogos, e que é de tal natureza que não há melhor maneira de descrevê-la em linguagem
humana que com a palavra “fogo”. Mas o mais importante não é a “pena de sentido”, e sim a pena de dano. E esta
pena - separação eterna de Deus - a que constitui o pior sofrimento do inferno. Mas não existem palavras ou pincel
que possam descrever o horror do inferno na sua realidade. Que Deus nos livre dele a todos!
Paróquia Santa Rita de Cássia 86 Diocese de
Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 87
O Céu
Certamente, há muito poucos tão otimistas que esperem que o Juízo Particular os apanhe livres de todo o
vestígio de pecado, custa-nos pensar que possamos morrer com a alma imaculadamente pura, apesar que, não há
razão que nos impeça de confiar nisso, pois foi para isso - para limpar a alma das relíquias do pecado - que se
instituiu o sacramento da Unção dos Enfermos; é para isso que se concedem as indulgências, especialmente a
plenária para o momento da morte, que a Igreja concede aos moribundos com a Última Bênção.
Mas suponhamos que morremos assim: confortados pelos últimos sacramentos e com uma indulgência
plenária bem ganha no momento da morte. Suponhamos que morremos sem a menor mancha nem vestígio do
pecado na nossa alma. O que nos espera? Se for assim, a morte, que o instinto de conservação nos faz parecer tão
temível, será o momento da nossa mais brilhante vitória: o juízo da alma será a imediata visão de Deus.
Visão beatifica é o gélido termo teológico que designa a resplandecente realidade que ultrapassa qualquer
imaginação ou descrição humana: o Céu. Não é apenas uma visão” no sentido de “ver” a Deus; designa também a
nossa união com Ele: Deus que toma posse da alma, e a alma que possui a Deus, numa unidade tão inteiramente
arrebatadora que supera sem medida a do amor humano mais perfeito. É, além disso, uma felicidade que nada
poderá arrebatar-nos. É um instante de ventura absoluta, que jamais terminará. É a felicidade para sempre: assim é
a essência da glória eterna.
Pela sua Morte e Ressurreição, Jesus Cristo abriu-nos o Céu. A vida dos bem-aventurados consiste na posse
em plenitude dos frutos da Redenção operada por Cristo, que associa à sua glorificação celeste aqueles que nEle
acreditaram e permaneceram fiéis à sua vontade. O Céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que estão
perfeitamente incorporados em Cristo.
Haverá também outras alegrias, outros gozos acidentais que se derramarão sobre nós. Teremos a ventura de
desfrutar da presença do nosso glorificado Redentor Jesus Cristo e da nossa Mãe Santa Maria, cujo doce amor tanto
admiramos à distância. Teremos também a felicidade de ver-nos em companhia dos anjos e dos santos, entre os
quais estarão membros da nossa família e amigos que nos precederam na glória. Mas estas alegrias serão como o
tilintar de umas campainhas ante a sinfonia esmagadora que será o amor de Deus derramando-se sobre nós.
O Purgatório
Mas o que acontecerá se, ao morrermos, o Juízo Particular não nos encontrar separados de Deus pelo pecado
mortal, mas também não com a perfeita pureza de alma que a união com o Santo dos Santos requer? Este é o nosso
mais provável destino, se nos conformamos com um nível espiritual medíocre: calculistas na oração, pouco
generosos na mortificação, em barganhas com o mundo. Os nossos pecados mortais, se os cometemos, foram
perdoados pelo sacramento da Penitência; mas, se a nossa religião foi cômoda, não será mais lógico que, no último
momento, não sejamos capazes de fazer esse perfeito e desinteressado ato de amor a Deus que a indulgência
plenária exige? E eis-nos no Juízo: não merecemos o céu nem o inferno; que será de nós?
Aqui se põe de manifesto como é razoável a doutrina sobre o purgatório. Mesmo que esta doutrina não
tivesse sido transmitida pela Tradição desde Cristo e os Apóstolos, a simples razão nos diria que deve haver um
processo de purificação final que lave até a menor imperfeição que se interponha entre a alma e Deus. Esta é a
função do estado de sofrimento temporário que chamamos purgatório.
A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é absolutamente distinta do castigo dos
condenados. [...]A Tradição da Igreja, com referência a certos textos da Escritura (por exemplo, 1 Cor 3, 15; 1 Pe 1,
7), fala dum fogo purificador.
No purgatório, como no inferno, há uma pena de sentido, mas, assim como o sofrimento essencial do inferno
é a perpétua separação de Deus, o sofrimento essencial do purgatório será a penosíssima agonia que a alma tem que
sofrer ao ver adiada, mesmo por um instante, a sua união com Deus. A grande diferença que existe entre o
sofrimento do inferno e o do purgatório é que no inferno há a certeza da separação eterna e no purgatório a certeza
da libertação. A alma do purgatório não quer aparecer diante de Deus no seu estado de imperfeição, mas tem a
felicidade de saber, no meio da sua agonia, que no fim se reunirá a Ele.
É evidente que ninguém sabe quanto tempo dura o purgatório para uma alma, mas embora haja duração
depois da morte, não há tempo no sentido em que o conhecemos: não há dias ou noites, horas ou minutos. No
entanto, se medirmos o purgatório quer em termos de duração ou de intensidade (um instante de tortura pode ser
pior que um ano de ligeiros incômodos), o certo é que a alma do purgatório não pode diminuir ou encurtar os seus
sofrimentos. Nós, os que ainda vivemos na terra, sim, podemos ajudar essas almas, pela misericórdia divina; a
freqüência e a intensidade da nossa oração, seja por uma determinada alma ou por todos os fiéis defuntos, dar-nos-á
a medida do nosso amor.
O Juízo Final
Se de alguma coisa estamos certos, é de desconhecer quando acabará o mundo. Poderá ser amanhã ou dentro
de um bilhão de anos. O próprio Jesus, segundo lemos no capítulo 24 do Evangelho de São Mateus, descreveu
alguns dos prodígios que precederão o fim do mundo. Haverá guerras, fome e pestes; virá o reino do Anticristo; o
sol e a lua se obscurecerão e as estrelas cairão do céu; aparecerá a cruz no firmamento. Só depois destes
acontecimentos veremos o Filho do homem vir sobre as nuvens do céu com grande poder e majestade (Mt 24, 30).
Mas tudo isto nos diz bem pouco; já houve guerras e pestes. Nos nossos dias, houve quem visse na dominação
comunista o reino do Anticristo, e os espetáculos celestiais poderiam acontecer em qualquer momento. Por outro
lado, as guerras, as fomes e as pestes que o mundo conheceu poderão não ser nada em comparação com as que
precederão o final do mundo. Não o sabemos. Só podemos preparar-nos.
Uma das coisas que sabemos com certeza sobre o fim do mundo é que, quando a história dos homens acabar,
os corpos de todos os que viveram se levantarão dos mortos para unir-se novamente às suas almas: é a
Ressurreição da carne. Já que foi o homem inteiro, corpo e alma, quem amou a Deus e o serviu, mesmo à custa da
dor e da sacrifício, é justo que seja o homem inteiro, alma e corpo, quem goze da união eterna com Deus, que é a
recompensa do amor. E já que é o homem inteiro quem rejeita a Deus ao morrer em pecado, impenitente, é justo
que o corpo partilhe com a alma a separação eterna de Deus, que o homem como um todo escolheu.
O nosso corpo ressuscitado será constituído de tal maneira que ficará livre das limitações físicas que o
caracterizam neste mundo. Já não precisará de alimento ou bebida, e, de certo modo, será espiritualizado. Além
disso, o corpo dos bem-aventurados será glorificado; possuirá uma beleza e perfeição que será participação da
beleza e perfeição da alma unida a Deus.
Como o corpo da pessoa em que a graça habitou foi certamente templo de Deus, a Igreja sempre mostrou
uma grande reverência pelos corpos dos fiéis defuntos: sepulta-os com orações cheias de afeto e reverência, em
túmulos bentos especialmente para este fim.
O mundo acaba, os mortos ressuscitam, e depois vem o Juízo Universal. Esse Juízo verá Jesus no trono da
justiça divina, que substitui a cruz, trono da sua infinita misericórdia. O Juízo Final não oferecerá surpresas em
relação ao nosso eterno destino. Já teremos passado pelo Juízo Particular; a nossa alma já estará no céu ou no
inferno.
“O Juízo final terá lugar quando for a vinda gloriosa de Cristo. Só o Pai sabe o dia e a hora, só Ele decide
sobre a sua vinda. Por seu Filho Jesus Cristo, Ele pronunciará então a sua palavra definitiva sobre toda a história.
Nós ficaremos a saber o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e
compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais a sua providência tudo terá conduzido para o seu fim
último. O Juízo Final revelará como a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas pelas suas criaturas e
como o seu amor é mais forte do que a morte” (n. 1040; cf. também os ns. 1038-9 e 1041).
O escopo do Juízo Final é, como vemos por esta citação do Catecismo, dar glória a Deus, manifestando a
toda a humanidade a sua justiça, sabedoria e misericórdia. O conjunto da vida - que com tanta freqüência nos
parece um emaranhado esquema de acontecimentos sem relação entre si, às vezes duros e cruéis, às vezes mesmo
estúpidos e injustos - desenrolar-se-á diante dos nossos olhos. Veremos que a minúscula parte da vida que
conhecemos se encaixa no magno conjunto do plano salvífico de Deus para os homens. Veremos que o poder e a
sabedoria de Deus, o seu amor e a sua misericórdia, foram sempre o motor do conjunto. “Por que Deus permite que
isto aconteça?” ou “Por que Deus faz isto ou aquilo?”, perguntamo-nos freqüentemente. Nesse momento
conheceremos as respostas.
A sentença que recebemos no Juízo Particular será confirmada publicamente. Todos os nossos pecados - e
todas as nossas virtudes - serão expostos diante de todos. O sentimentalóide superficial que afirmava “eu não creio
no inferno” ou “Deus é muito bom para permitir que uma alma sofra eternamente”, verá então que, afinal de
contas, Deus não é uma vovozinha complacente. A justiça de Deus é tão infinita como a sua misericórdia. As almas
dos condenados, apesar deles mesmos, glorificarão eternamente a justiça de Deus, assim como as almas dos justos
glorificarão para sempre a sua misericórdia. Quanto ao resto, abramos o Evangelho de São Mateus no capítulo 25
(versículos 34 a 46) e deixemos que o próprio Jesus nos diga como preparar-nos para esse dia terrível.
E assim termina a história da salvação do homem, essa história que a terceira Pessoa da Santíssima Trindade,
o Espírito Santo, escreveu. Com o fim do mundo, a ressurreição dos mortos e o Juízo Final, acaba a obra do
Espírito Santo. O seu trabalho santificador começou com a criação da alma de Adão. Para a Igreja, o princípio foi o
dia de Pentecostes. Para ti e para mim, o dia do nosso batismo. Quando terminar o tempo e só permanecer a
eternidade, a obra do Espírito Santo encontrará a sua consumação na comunhão dos santos, então um conjunto
reunido na glória sem fim.
Em Resumo:
1) Como é essa história de céu e purgatório?
Para algumas pessoas, a morte pode ser o fim, dependendo de como foi sua vida. Ela pode oferecer a
purificação e a felicidade no céu ou a condenação para sempre.
O céu significa ganhar a graça e a amizade de Deus; estar para sempre com Cristo, para sempre semelhante a
Deus. Viver em comunhão com a Virgem Maria, com os anjos... Isso se consegue vivendo com Cristo (Ap 2, 17).
O purgatório é a chance de purificação para se obter a santificação necessária para alcançar o céu. É garantia
de salvação eterna, e não castigo para condenados. Portanto, o purgatório não deve ser considerado como um
"lugar onde as almas ficam esperando". Significa a necessidade que todos temos de nos purificar de todo pecado,
durante a vida, ou pelo menos, no instante da morte. É em vista desta purificação, que há uma passagem na Bíblia
que diz: É pensamento bom e justo rezar pelos mortos (2 Mc 12,41-45).
O livro do Gênesis assegura que ao criar todas as coisas Deus “viu que tudo era bom” (Gen. 1,25). Portanto,
tudo o que Deus fez é belo, assim, também o sexo. O mal, muitas vezes, consiste no uso mau das coisas boas. Por
exemplo, uma faca é uma coisa boa; sem ela a cozinheira não faz o seu trabalho. Mas, se um criminoso usar a faca
para tirar a vida de alguém, nem por isso a faca se torna má. Não. O mal é o uso errado que se fez dela.
Da mesma forma o sexo é algo criado por Deus e maravilhoso. No plano de Deus a vida sexual só tem lugar
no casamento. São Paulo, há dois mil anos, já ensinava aos Coríntios: “A mulher não pode dispor do seu corpo: ele
pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa” (1 Cor 7,4).
O Apóstolo não diz que o corpo da namorada pertence ao namorado, e nem que o corpo da noiva pertence ao
noivo. A união sexual só tem sentido no casamento, porque só ali existe um “comprometimento” de vida conjugal,
vida a dois, onde cada um assumiu um compromisso de fidelidade com o outro para sempre. Cada um é
responsável pelo outro “até a morte”, em todas as circunstâncias fáceis e difíceis da vida. Sem este “compromisso
de vida” o ato sexual não tem sentido, e se torna vazio e perigoso
A melhor proposta para o namoro é uma vida de castidade, que é a melhor preparação para o casamento.
Sem dúvida, um casal de namorados que souber aguardar a hora do casamento para viver a vida sexual, é um casal
que exercitou o autocontrole das paixões e saberá ser fiel um ao outro na vida conjugal.
Também os noivos não estão aptos ainda para a vida sexual. O Catecismo da Igreja diz que: “Os noivos são
convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo, uma
aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus” (§ 2350). E ensina que a vida
sexual é legítima e adequada aos esposos.
“Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de
maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se
enriquecem com o coração alegre e agradecido”. (CIC, 2362; GS, 49).
Caro jovem, eu sei que esta proposta não é fácil, pois eu também passei por ela na minha juventude; mas eu
quero dizer-lhe que é muito bela. Eu sei que o mundo lhe diz exatamente o contrário, pois ele não quer “entrar pela
porta estreita” (Mt 7,14), mas que conduz à vida.
Peço que você faça esta experiência: veja quais são as famílias bem constituídas, veja quais são os
casamentos que estão estáveis, e verifique sob que bases eles foram construídos. Você verá que nasceram de casais
de namorados que se respeitaram e não brincaram com a vida do outro.
Drogas: Tô fora!
Consumo de drogas e álcool começa cada vez mais cedo
A produção de drogas aumenta 200% ao ano, segundo dados levantados pela CNBB.
A principal causa do alto consumo de entorpecentes nos países ricos é a perda do sentido de vida. Nos países
do Terceiro Mundo, as causas são o aumento da miséria, o processo rápido de urbanização e a falta de estabilidade
nas famílias.
Especialistas e médicos têm um motivo a mais para se preocupar com os índices de consumo de drogas no
Brasil. De acordo com dados da Secretaria Nacional Antidrogas, é cada vez mais jovem o perfil dos usuários:
crianças começam a consumir drogas por volta dos 10 anos de idade.
Outro dado que assusta especialistas diz respeito ao consumo de bebidas alcoólicas. Segundo a presidente do
Conselho de Entorpecentes do Distrito Federal, Rosilda Oliveira, o índice de jovens que consomem bebida tem
aumentado: “Antes, nossa preocupação era com jovens de 16 a 21 anos. Hoje, infelizmente, crianças de 10 anos já
bebem”, informou.
A preocupação é dividida entre médicos, especialistas, professores e pais. Na Semana Nacional Antidrogas,
o 0800 da Secretaria Antidrogas chega a receber cerca de mil ligações por dia. Este número representa mais que o
dobro de ligações em dias normais. Na maioria dos casos, são pessoas que pedem publicações sobre o tema ou
querem esclarecer dúvidas com os especialistas que participam da semana. Nesses momentos, os organizadores
chegam a registrar cerca de 60 ligações.
Dados da Escola Paulista de Medicina mostram que 25% dos jovens brasileiros já experimentaram algum
tipo de droga. O problema tem mobilizado setores do governo, como a Secretaria Nacional de Direitos Humanos.
O secretário Nilmário Miranda defende medidas inclusive contra as chamadas drogas lícitas, com um controle mais
rígido sobre a propaganda de bebidas nos meios de comunicação. Para ele, é preciso deixar de associar bebida a
comportamentos positivos e sadios, como acontece nas atuais propagandas exibidas na televisão.
Miranda explica que somente programas de geração de renda, inclusão social e educação podem contribuir
para reduzir o número de usuários.
De acordo com a diretora de Prevenção e Tratamento da Secretaria Antidrogas, Paulina Vieira, dados
comprovam que o consumo de drogas no Brasil, em comparação com outros países, é relativamente baixo.
Contudo, enquanto nos outros países o consumo tende a baixar, no Brasil existe uma tendência de crescimento e
consumo precoce.
Pastoralmente, a Igreja vem respondendo a este fenômeno em vários níveis. Em alguns países, onde o
problema é mais grave, as Conferências Episcopais têm publicado mensagens oficiais propondo críticas pastorais e
linhas de ação. O Pontifício Conselho pastoral no Campo da Saúde criou, a pedido do papa, um grupo informal de
estudos para reunir dados sobre os trabalhos realizados pela Igreja em todo o mundo. Este grupo organizou em
outubro de 1997 um simpósio sobre o tema, reunindo participantes de 45 países.
No Brasil existem as “Comunidades Esperança”, que trabalham na recuperação de dependentes químicos, e
também iniciativas de paróquias e dioceses que procuram dar apoio aos dependentes. Com o objetivo principal de
realizar um trabalho preventivo entre os jovens, o Setor Juventude da CNBB já realizou dois Encontros de
Instituições, Fraternidades e Associações que se dedicam a esta causa em 1977 e 1988.
A CNBB afirma que a igreja deve trabalhar pastoralmente em duas dimensões: a da prevenção e a do
trabalho assistencial e de recuperação dos dependentes. “A resposta da Igreja ao fenômeno da tóxico-dependência é
uma mensagem de esperança e um serviço que vai além do fato em si, chega ao núcleo central da pessoa humana.
Não se limita a eliminar o mal, propõe também a redescoberta do verdadeiro sentido da vida”, conclui.
Carta de um Jovem
Num determinado Hospital de São Paulo, um jovem de apenas 19 anos, endereçou a seu pai uma
comovedora carta de adeus, fato verídico ocorrido na Capital. Vale a pena divulgá-la pelo seu conteúdo
significativo. Dizia o jovem nessa carta:
“Acho que nesse mundo ninguém procurou descrever seu próprio cemitério. Não sei como meu pai vai
receber este relato, mas preciso de todas as forças enquanto é tempo. Sinto muito, meu pai, acho que este diálogo é
o ultimo que tenho com o senhor, sinto muito mesmo... Sabe pai está em tempo do senhor saber a verdade de que
nunca desconfiou. Vou ser breve e claro, bastante objetivo. O tóxico me matou. Travei conhecimento com o meu
assassino aos 15 anos de idade. É horrível, não pai? Sabe como eu conheci essa desgraça? Por meio de um cidadão
elegantemente vestido, bem elegante mesmo, e bem falante, que me apresentou ao meu futuro assassino: A Droga.
Eu tentei recusar. Tentei mesmo, mas o cidadão mexeu com o meu brio, dizendo que eu não era homem. Não é
preciso dizer mais nada, não é, pai? Ingressei no mundo do vício. No começo foi o devaneio; depois as torturas, a
escuridão. Não fazia nada sem que o tóxico estivesse presente. Em seguida veio a falta de ar, o medo, as
alucinações. E logo após a euforia do “pico”, novamente eu me sentia mais gente que as outras pessoas, e o tóxico,
meu amigo inseparável, sorria, sorria. Sabe meu pai, a gente começa a achar tudo ridículo e muito engraçado. Até
Deus eu achava cômico. Hoje, no leito de um hospital, reconheço que Deus é mais importante que todo mundo. E
que sem sua ajuda eu não estaria escrevendo essa carta. Pai, eu só estou com 19 anos e sei que não tenho a menor
chance de viver. É muito tarde para mim. Mas, ao senhor, meu pai, tenho meu último pedido a fazer: mostre essa
carta a todos os jovens que o senhor conhece. Diga-lhes que em cada porta de escola, em cada cursinho de
Faculdade, em qualquer lugar, há sempre um homem elegantemente vestido e bem falante que irá mostrar-lhes o
futuro assassino e destruidor de suas vidas e que os levará a loucura e à morte, como aconteceu comigo. Por favor,
faça isso meu Pai, antes que seja tarde demais para eles. Perdoe-me, pai... já sofri demais, perdoe-me também por
fazê-lo padecer pelas minhas loucuras, Adeus meu pai...”. Algum tempo depois de escrever essa carta, o jovem
morreu.
Esta carta, como foi dito no início, é uma carta verdadeira, que o pai atendendo ao pedido do filho, passou a
espalhá-la pela internet, nas escolas, hospitais, etc, com o único objetivo de evitar que outros pais sofram o que ele
e sua mulher sofreram. Infelizmente, assim como este jovem, outras centenas, milhares de jovens e crianças pelo
mundo afora, fazem os pais sofrer deste mesmo mal, um mal que não apenas mata o dependente, mas destrói
famílias inteiras.
Argumentos Polêmicos
1. O feto tem vida? É uma vida humana? Sim.
2. Em caso de estupro, é permitido provocar o aborto? Não.
Vida
Vida é a expressão da alma no tempo, enquanto se encontra unida ao corpo, desde sua concepção até sua
morte. Esta definição pode ser sintetizada, da seguinte forma:
Toda vida é concebida, cresce, multiplica-se e morre. Este é o ciclo vital. Onde o multiplicar lhe é essencial,
para a preservação da espécie, para a vida da espécie. A expressão da alma se dá no decorrer do ciclo vital. Deus
sentenciou, nos ensinando:
Ciclo vital
Assim é o ciclo de vida de um vegetal: normalmente, inicia-se na concepção da semente; há um
desenvolvimento formando-se uma árvore; e, finda-se com sua morte, quando seca-se por completo.
Desde a semente, passando-se pelo estado de árvore, até sua morte, fora uma única só sua vida. Não tivera
mais que uma única alma. A semente é a árvore em potência. Tudo que a árvore vai vir a ser, a semente já possui
em gérmen; falta-lhe tempo para o desenvolvimento através da nutrição. Ora, matando-se a semente, se está
matando também a árvore. Não existe efeito sem sua causa; assim como não existe árvore sem que se deixe viver a
semente.
É um só o ciclo de vida. Quem o interrompe no início é culpado de não existir o fim.
Assim também acontece com um animal volutivo e racional - o homem.
Seu ciclo de vida, indubitavelmente, inicia-se na concepção do embrião; através da nutrição forma-se um
feto, depois nasce, e forma-se um homem; e quando da sua morte, finda-se sua vida.
Paróquia Santa Rita de Cássia 94 Diocese de
Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 95
Desde o embrião até sua morte quando homem formado, por envelhecimento, passando-se por todas as
etapas do desenvolvimento: embrião, feto, bebê, criança, adolecente, homem; e este não tivera mais que uma única
alma. O embrião já é um homem em potência. Tudo que o homem vai vir a ser, o embrião já possui em gérmen;
falta-lhe o desenvolvimento através da nutrição. Ora, matando o embrião, se está matando também o homem que
viria a ser. Como visto, não existe efeito sem sua causa; assim como não existe homem sem que se deixe viver o
embrião. É um só o ciclo de vida. Quem o interrompe no início é culpado de não existir o fim.
E assim como uma semente se tornará uma bela árvore, também um embrião se tornará um belo homem.
Porém assim como matando a semente, mata-se a arvore; também, matando o embrião mata-se o homem que viria
a ser. Ora, o aborto provocado, visa matar o feto. Interrompe portanto a vida humana.
Quem interrompe a vida humana em qualquer fase de seu desenvolvimento, quer quando homem,
adolescente, criança, bebê ou feto; é assassino.
É assassina, portanto, a mãe que provoca o aborto. Seu crime é cheio de requinte de maldade:
- Mata alguém sem culpa e sem chance de defesa - o estorvo;
- Mata alguém completamente indefeso - um feto;
- Mata alguém em seu lugar de refúgio - no útero;
- Mata quem deveria defender - seu próprio filho;
- Mata das formas mais cruéis que se viu.
Vendo tais coisas o que nos resta senão chorar em súplicas aos vossos corações. Que deve o católico senão
optar pela justiça? Qual é a justiça senão gritar por aquele que não tem voz, nem culpa - o feto. Quando lhe
indagarem, a respeito do aborto, seja forte e diga em uma só voz uma expressão firme: NÃO!
Não ao infanticídio... Não à carnificina... Não à injustiça... Não ao aborto!
Parece que é justo abortar em caso de estupro, pois o filho é antes de tudo, fruto do amor... e a mãe jamais
amará um filho fruto de uma violência, fruto de um pai estuprador.
Isso é uma mentira. Pois: O estupro fora um ato mal, digno de punição. Mas também o aborto é um
assassinato, um infanticídio, a morte de uma vida humana, portanto também um ato mal. Por isso o erro cometido
pelo estuprador, não justifica outro erro, o erro de matar uma vida humana através do aborto.
4) Que o feto não tem vida e por isso pode ser arrancado do útero, através do aborto:
Parece que é justo abortar, pois o ser que se mover dentro do útero não é uma vida humana, nem nascera
ainda. Ora, matar uma coisa que não seja humana e que me estorva, não é crime . Outros ainda dizem que a coisa
que esta no útero da mãe faz parte do corpo da mãe e uma vez que o corpo pertence à mãe, ela poderia então, cortar
o cordão umbilical, eliminando o pedaço de seu corpo que a estorva.
Isso é uma mentira: Como vimos, o óvulo apartir do primeiro instante em que é fecundado, passa a ser um
ser humano. Muitos, insensatos, dizem que não existe vida humana no estado de feto. Outros tantos, conscientes,
dizem que sim. A filosofia da natureza diz que existe. Para os que a compreendem é o que basta. Logo, no mínimo,
aos que pouco vêem, e pouco compreendem, deve existir uma dúvida a respeito da vida humana no feto.
Ora, em caso de dúvida, ou ignorância, sempre se opta pela vida. Pois quem executaria uma sentença
contra a vida humana em caso de dúvida? Que mãe jogaria um embrulho em alto mar, com a suspeita de lá conter
seu filho? Que arquiteto implodiria um prédio na ignorância de existir ainda algum morador em um apartamento?
Que mãe cortaria em varias fatias seu filho, a ponto de se ver os bracinhos, as pernas, o rostinho e tudo mais muito
bem formado, se não tivesse a mais absoluta certeza daquilo não ser uma vida humana?
Destas perguntas só se tem uma resposta: Seja jogado em alto mar, seja esquartejado em vários pedacinhos,
se a mãe teve dúvida, ou se teve uma ignorância culposa, ou seja, não sabia por desleixo, será culpada da morte de
seu filho. E responderá pelo assassinato cometido.
Conclusão:
Que mais há de se falar? Nada... pois agora grite... grite do fundo de sua alma. Grite com toda sua força. E
gritaremos até os confins do mundo... para as orelhas caídas:
Católico, soerga seus ânimos. Levante suas orelhas, tal qual os cães de raça... sempre prontos para defender
seu dono. Nós também temos um Dono, e seu nome é Deus. Que fez de nós seus filhos por adoção. Um bom Pai
não quer a morte de seus filhos, muito menos dos mais pequeninos e indefesos. Não sejamos nós seus assassinos,
lhes tirando a vida humana, ainda quando não conseguem nem gritar em socorro. Sejamos antes fiéis à vontade de
Deus. Sejamos antes, verdadeiros católicos.
Reconhecer-se Pecador
Se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Mas se
confessarmos nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a culpa. (1ª
Carta de São João 1,8-9).
O pecado é aquele egoÍsmo que vai tomando conta de nós e faz com que negligenciemos os nossos deveres
para com DEUS para com os outros, (pecado social) e até para conosco mesmos.
Exame de Consciência
1. Deixei de rezar (de manhã, de tarde ou de noite). 26. Guardei raiva, pensei em vingança.
2. Faltei á Missa ou Celebração aos Domingos. 27. Xinguei os outros com palavras pesadas.
3. Na Santa Missa, fiquei fora da Igreja. 28. Bati gravemente nos outros.
4. Fui á Santa Missa só para agradar a meus pais, a 29. Desejei um grande mal aos outros.
namorada (o). 30. Fui culpado do pecado de outros.
5. Fui à Santa Missa com roupas indecentes. 31. Convidei os outros a pecar.
6. Por minha culpa, cheguei tarde à Santa Missa. 32. Maltratei os animais.
7. Por minha culpa, rezei mal. Conversei na Igreja. 33. Por querer, olhei e pensei coisas indecentes.
8. Deixei de estudar a Religião. 34. Li e conversei sobre coisas indecentes.
9. Duvidei de alguma verdade da Religião. 35. Não afastei os desejos de fazer coisas indecentes.
10. Tive vergonha de praticar minha Religião. 36. Fiz atos indecentes no meu corpo.
11. Perdi a fé em Deus. 37. Fiz atos indecentes com outras pessoas.
12. Fui ao espiritismo, à macumba, e á benzedeiras. 38. Tirei a honra de alguma menina.
13. Acreditei em horóscopo ou em Iemanjá. 39. Provoquei os rapazes a fazer coisas indecentes.
14. Falei o NOME DE DEUS sem respeito. 40. Usei roupas indecentes.
15. Jurei por Deus, jurei falso. 41. Assisti filmes, novelas e programas indecentes.
16. Blasfemei ou disse coisas injuriosas contra Deus. 42. Participei de divertimentos perigosos para a
17. Fiz promessas e depois não quis cumprir. minha moral.
18. Não fiz a Páscoa – (confissão e comunhão). 43. Fiquei com moças ou rapazes.
19. Sem necessidade, trabalhei nos Domingos. 44. Já me entreguei ao meu namorado (a).
20. Com meu mau comportamento, entristeci meus 45. Namorei pessoas casadas ou divorciadas.
pais. 46. Tomei pílulas anticoncepcionais para não ficar
21. Pensei mal dos outros, falei mal dos outros. grávida.
22. Falei mentiras, fiz fofocas, fiz intrigas. 47. Evitei filhos por meios proibidos pela Igreja.
23. Caluniei os outros em coisa grave. 48. Fiz aborto.*
24. Roguei pragas nos outros. 49. Aconselhei ou ajudei alguém a abortar.*
25. Briguei sério com alguém. 50. Roubei coisa importante, e ainda não restitui.
Paróquia Santa Rita de Cássia 97 Diocese de
Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 98
51. Comprei coisa roubada, sabendo da procedência, 57. Fumei maconha, usei drogas.
e não devolvi ao legítimo dono. 58. Por querer abandonei os estudos ou o emprego.
52. Dei prejuízo grande a outros e ainda paguei. 59. Vivo vadiando, sem fazer nada.
53. Comprei e não paguei, pedi emprestado e não 60. Fiz confissão mal feita, e mesmo ciente disso, não
devolvi. fui refazer minha confissão.
54. Gastei dinheiro à toa, fui ganancioso. 61. Por querer, comunguei com pecado grande.
55. Fui guloso (a). 62. Pequei dizendo antes de pecar: “depois vou me
56. Bebi demais e fiquei embriagado, ou levei outros confessar e pronto”.
a se embriagarem. 63. Ofendo e não escuto os conselhos de meus pais.
*A Igreja considera o aborto provocado, qualquer que seja o método e até técnicas caseiras, um pecado
gravíssimo. Impõe a excomunhão a todos os que tomam parte nele, consciente e voluntariamente. (Mulher,
marido, amante, pai, mãe, médicos, farmacêuticos, enfermeiras, parteiras, etc.). Direito Canônico – Ca.1398.
Eu Me Confesso
Depois do EXAME, eu rezo assim: Meu Deus, venho pedir perdão pelos meus pecados. Imploro vossa Graça
para fazer uma boa confissão. Enviai-me o Espírito Santo para conhecer o quanto eu pequei, as suas causas e os
meios de os evitar. Amém.
* Depois eu vou ao padre.
* O padre vai-me perdoar em nome de Deus.
Jesus Me Aconselha
* Filho, você pecou?...Não volte ao pecado. (JO 8,11)
* Não faça o mal, e ele não cairá sobre você.
* Honre seu pai...para descer sobre você a minha benção.
* Não despreze os conselhos de sua mãe. (Prov. 1,8)
* FUJA DO PECADO, como se foge de uma cobra. (Mt 26,41)
O Dízimo
1. O Que é o Dízimo?
A palavra DÍZIMO quer dizer 10%, ou dez de cada cem. Significa a entrega de 10% dos 100% que Deus nos
dá. O DÍZIMO é a devolução, contribuição, ato de amor e gesto de partilha. Nós não pagamos o Dízimo; nós
devolvemos o Dízimo, já que tudo o que somos e temos pertence a Deus.
DÍZIMO é uma íntima e profunda relação entre a criatura e o criador, pois Deus é o criador de todas as
coisas e de todos. Se produzimos é porque ele criou as condições.
Hoje quando se fala em Dízimo, antes da contribuição em dinheiro, devemos entender a participação do
cristão na comunidade. A oferta do dízimo será decorrência desta participação. Quando ofertamos o dízimo
devemos fazê-lo como oração e agradecimento a Deus, no íntimo do nosso coração, e não apenas depositar o
envelope, como muitas pessoas fazem.
O Dízimo não pode ser o que sobra, mas sim, a primeira coisa a ser paga, pois para Deus não podemos dar o
resto e sim as primícias, como diz a Bíblia no Gn 4,1-8 na passagem de Caim e Abel. Antes de definir o quanto
vamos devolver devemos pedir inspiração a Deus, para fazermos justiça com a comunidade.
Muitas pessoas ficam receosas de que dando 10% irá faltar em sua casa e ficam mendigando migalhas que
sobram para Deus: Deus não precisa de nossas migalhas! Ele nos dá tanta coisa que se percebêssemos ficaríamos
assustados com tanto amor e misericórdia.
Aquele que tem pouco, dê pouco, mas aquele que tem muito não precisa ter medo de dar muito. Conforme a
Bíblia, ele vai receber de Deus a recompensa, não é que Deus se deixa comprar. Mas quem dá de coração, mora no
coração de Deus. Quem dá com cálculos, recebe só calculado, no que ele mesmo deu. O Dízimo é assim, uma
maneira de nos libertar do egoísmo, da cobiça, da escravidão às coisas materiais, da solidão. Porque no Dízimo
expressamos o nosso compromisso com a comunidade a que pertencemos e assim seremos mais participantes.
Assim o Senhor nos diz: (Ml 3, 10-12)
“ Pagai Integralmente os Dízimos ao tesouro do templo para que haja alimento em minha casa. Fazei a
experiência, diz o Senhor dos exércitos, e vereis se não vos abro os reservatórios dos Céus e se não derramo a
minha benção sobre vós muito além do necessário ...”
2. A Pastoral do Dízimo
É bom lembrar que boa parte dos católicos possui uma visão muito incorreta do dízimo, muitas vezes devido
à falta de orientação clara. Por isso é fundamental o desenvolvimento de um trabalho de conscientização muito bem
feito pela equipe do dízimo de sua comunidade
Antes de qualquer coisa, Dízimo não é esmola, ofertório ou coleta. Oferecer com espontaneidade, com
alegria e regularmente, todos os meses, é dar o maior testemunho de nossa fé e de nossa gratidão. Isto porque
manifestamos por este gesto, a certeza de que tudo o que ganhamos e recebemos é por graça e amor do Senhor
Nosso Pai.
DEUS é a coisa mais importante em nossas vidas, porque Ele nos dá a vida e nos mantém. Como parte deste
louvor declaramos que tudo a Ele devemos; não somente os bens para o sustento nosso e de nossas famílias, mas
também a inteligência e a saúde para assim continuar. O maior pecado, o pai de todos os pecados, é viver afastado
de DEUS, não reconhecê-lo em nossos irmãos, achar-nos auto-suficientes. Com a oferta espontânea do DÍZIMO
combatemos a vanglória, justamente porque confessamos que sem a Divina Providência não somos nada.
Nos planos de DEUS, o homem e a mulher participam como seus aliados. Ele com todas as coisas do mundo
e nós com o trabalho. E porque esse trabalho só é possível graças aos dons gratuitos de Deus, que do fruto desse
trabalho, ao final de cada mês, parte retribuímos a Ele, por justiça e como sinal de agradecimento.
E isto se chama DÍZIMO.
4. Fundamentação Bíblica
mexe com o coração da gente Olha só quem vem lá, marchando pra nos salvar
É como um sonho (2x) eu me dou por inteiro, É o exército de Deus e eu também quero marchar
Teu é o meu coração e ao Teu lado, eu sempre sigo, E eu corro, e pulo, e giro e levanto os meus braços para o ar
Já não há mais talvez, basta querer Te ver outra vez Saldando o exército de Deus que vem para nos salvar
Levantai-vos, ó meu Deus, e estende Tuas mãos A alegria está no coração de quem já conhece a Jesus.
Tu és o meu refúgio nas minhas opressões, Senhor. A verdadeira paz só tem aquele que já conhece a Jesus.
Confio em Vós, revele Tua face para nós! O sentimento mais precioso que vem de Nosso Senhor.
Levanta-Te, e põe o Teu escudo sobre nós! É o amor que só tem quem já conhece a Jesus.
Posso pisar uma tropa e saltar as muralhas, aleluia, aleluia!
Ele é a rocha da minha salvação e com Ele não há mais
condenação.
EU TENHO UM BARCO
Eu tenho um barco que navega sobre o mar QUÃO GRANDE ÉS TU
e que Jesus é o capitão (2x)
E os marinheiros que navegam a seu lado, Senhor meu Deus, quando eu maravilhado,
Dizem ser lavado o seu pobre coração (2x) fico a pensar nas obras de tuas mãos
Jerusalém que bonita és. Ruas de ouro, mar de cristal (2x) No céu azul de estrelas pontilhado,
Por estas ruas, estas ruas andarei. Ruas de ouro, mar de cristal o teu poder mostrando a criação
Então minh'alma canta a ti, Senhor.
REUNIDOS AQUI Quão grande és Tú! Quão grande és Tu (2x)
Quando a vagar nas matas e florestas,
Reunidos aqui só pra louvar ao Senhor, o passaredo alegre ouço a cantar
novamente aqui, em união Olhando os montes, vales e campinas,
Algo bom há de acontecer, algo bom Deus tem para nós. em tudo vejo o teu poder sem par.
Reunidos aqui só pra louvar ao Senhor.
Quando eu medito em seu amor tão grande,
Seu Filho dando ao mundo pra salvar
QUERO MERGULHAR NAS PROFUNDEZAS Na cruz vertendo o seu precioso sangue,
Quero mergulhar nas profundezas do Espírito de Deus minh'alma pode assim purificar.
E descobrir suas riquezas em meu coração (bis) Quando enfim, Jesus vier em glória
É tão lindo, tão simples. e ao lar celeste então me transportar
Brisa leve tão suave doce Espírito Santo de Deus... te adorarei, prostrado e para sempre:
Tão suave brisa leve doce Espírito Santo de Deus... quão grande és tu, meu Deus, hei de cantar.
A ALEGRIA
ESPÍRITO, ENCHE A MINHA VIDA
Espírito, enche a minha vida Se eu me perder pelo caminho, quem me dará a mão?
Enche-me com teu poder Foi Deus quem consagrou você e eu para sermos bons
Pois de ti eu quero ser amigos num só coração
Espírito, enche o meu ser Por isso eu estarei aqui, quando tudo parecer sem solução.
As minhas mãos eu quero levantar Peço a Deus que te guarde
Em teu louvor te adorar (Que te guarde, abençoe e mostre a Sua face)
Meu coração eu quero derramar E te dê sua paz.
Diante do teu altar. Amigos pra sempre, dois amigos que nasceram pela fé.
Amigos pra sempre, para sempre amigos sim, se Deus
DESDE O NASCER AO PÔR-DO-SOL quiser.
Desde o nascer ao pôr-do-sol
Seja louvado o nome do Senhor.
Desde o nascer ao pôr-do-sol
Seja louvado o nome do Senhor Jesus.
Proclamai a todos os povos
A salvação que ele nos trouxe
Rendei-lhes hinos de glória e louvor
A Jesus o Salvador.
O CHAMADO
O mundo está a sua frente com tanta coisa pra mudar
esperando pelo amor que só você pode lhe dar.
Não tenha medo de se abrir, não tenha medo de ajudar,
pois sua força não é daqui, ela não é desse lugar.
Bem lá no fundo do seu ser, essa sua força vem brilhar.
É o Espírito de Deus que vem sua vida conquistar.
Comece agora a viver toda lição que Ele ensinou e
mostre ao mundo sem temer o que o Pai já lhe mostrou
Seja a luz do mundo! É o Senhor a te chamar!
Sinta esse amor profundo! Ele quer te ver lutar!
Pois só no seu caminho, é que tudo vai mudar.
Basta seguir em frente e a Ele se entregar.
Você não vai estar sozinho, Ele te ajuda a caminhar.
Ensine ao mundo o seu caminho,
e mostre sempre o que é amar.
Então seus olhos vão se abrir, seu coração se iluminar
quando o mundo descobrir que Ele veio nos salvar.
Só o Espírito de Deus pode nos trazer a paz
Ele é a vida eterna, que só Jesus Cristo nos traz
Deixe-o então agir, e a verdade aparecer
Vem receber a vida eterna que Ele quer te oferecer.
Vem lutar por essa vida, por um mundo melhor,
seja o sal da terra inteira, em nome de Deus,
seja vida, seja luz do mundo e aceite essa missão,
pois Jesus vai estar contigo, dentro do seu coração.
pois Jesus vai estar contigo dentro do seu coração.
AMIGOS PELA FÉ
Quem me dará um ombro amigo quando eu precisar?
E se eu cair, se eu vacilar, quem vai me levantar?
Sou eu quem vai ouvir você
quando o mundo não puder te entender.
Foi Deus quem te escolheu pra ser
o melhor amigo que eu pudesse ter.
Amigos pra sempre, dois amigos que nasceram pela fé.
Amigos pra sempre, para sempre amigos sim, se Deus
quiser.
Quem é que vai me acolher na minha indecisão?
Os Milagres
Santo Antônio é sem dúvida o “Santo dos Milagres” e, de todos, aquele que mais merece esse epíteto no mundo cristão.
A sua taumaturgia iniciada em vida com uma pluralidade de milagres que lhe valeram a canonização em menos de um
ano, é, na história da Igreja, a mais vasta e variada.
De Santo “casadoiro” a “restituidor do desaparecido”, passando por “livrador” das tentações demoníacas, a Santo
Antônio tudo se pede não como intercessor mas como autoridade celestial. No entanto, cingir-nos-emos a milagres operados
em vida como paradigmáticos dessa taumaturgia: Santo Antônio a pregar aos peixes, livrando o pai da forca e a aparição do
Menino Jesus em casa do conde Tiso.
- Santo Antonio prega aos peixes. Reza a lenda que estando a pregar aos hereges em Rimini, estes não o quiseram
escutar e viraram-lhe as costas. Sem desanimar, Santo Antônio vai até à beira da água, onde o rio conflui com o mar, e chama
os peixes a escutá-lo, já que os homens não o querem ouvir. Dá-se então o milagre: multidões de peixes aproximam-se com a
cabeça fora de água em atitude de escuta. Os hereges ficaram tão impressionados que logo se converteram. Este milagre
encontra-se citado por diversos autores, tendo sido mesmo objeto de um sermão do Padre Antônio Vieira que é considerado
uma das obras-primas da literatura portuguesa.
- Santo Antônio livra o pai da forca. Tinha havido um crime de morte em Portugal, onde nascera Santo Antônio.
Todas as suspeitas do crime recaíam sobre o pai do santo.
Chegou o dia do julgamento. Os juízes estavam reunidos para proferir a sentença condenatória. Assentado ali no banco
dos réus, seu pai não podia se defender.
Nesse momento Santo Antônio estava fazendo um sermão numa igreja da Itália. Conta-se que, em dado instante, ele
interrompeu o sermão e ficou imóvel, como se estivesse dormindo em pé. Durante esse mesmo tempo foi visto na sala do júri,
em Portugal, conversando com os juizes. Entre outras coisas, disse-Ihes o santo: Por que tanta precipitação? Posso provar a
inocência do meu pai. Venham comigo até o cemitério.
Aceitaram o convite. Frei Antônio mandou abrir a cova do homem assassinado e perguntou ao defunto: "Meu irmão,
diga perante todos, se foi meu pai quem matou você".
Para espanto dos juízes e de todos que ali estavam, o defunto abriu a boca e disse devagar, como se estivesse medindo as
palavras:
"Não foi Martinho de Bulhões quem me matou". E tornou a calar-se. Estava provada de maneira milagrosa a inocência
do seu pai. Mais uma vez a verdade triunfou sobre a mentira e a calúnia.
Operou-se aí dois fatos milagrosos, a bilocação, ou ato de uma pessoa estar (por milagre) em dois locais ao mesmo
tempo, e o poder de reanimar os mortos.
- Com o Menino Jesus nos braços: Outro milagre, também reportado na crônica do Santo, ocorre já no fim da sua vida
e foi contado pelo conde Tiso aos confrades de Santo Antônio após sua morte. Estando o Santo em casa do conde Tiso, em
Camposampiero, recolhido num quarto em oração, o conde, curioso, espreita pelas frinchas de uma porta a atitude de Frei
Antônio; depara-se então uma cena miraculosa: a Virgem Maria entrega o Menino Jesus nos braços de Santo Antônio. O
menino tendo os bracinhos enlaçados ao redor do pescoço do frade conversava com ele amigavelmente, arrebatando-o em doce
contemplação. Sentindo-se observado, faz conde Tiso jurar que só contaria o visto após a sua morte.
São estes os três mais famosos milagres de Santo Antônio, embora muitos mais pudessem ser referidos. Nas “Florinhas
de Santo Antônio” ou no “Tratado dos Milagres” é relatado um milagre praticamente para cada dia do ano, o que reafirma o
seu caráter taumaturgo.
Sua língua, que tanto pregara a palavra divina, foi preservada da corrupção e até hoje é venerada num relicário, em
Pádua. Foi cognominado o "Doutor Evangélico".
Curiosidades
- Conta-se que seu pai, Martinho, gostava de ir a uma fazenda que possuía nos arredores de Lisboa. Um dia, levou o
filho com ele. Ocorre que insaciáveis bandos de pássaros desciam continuamente para bicar os grãos de trigo. Era necessário
espantá-los para impedir grave dano à colheita. Martinho encarregou o garoto de manter longe os pequenos ladrões.
O pai se foi e Fernando permaneceu correndo de cá para lá no campo. Em pouco tempo começou a se aborrecer com
aquela ocupação. Não muito longe, uma capelinha rústica o convidava à oração. Mas o pai o mandava enxotar os passarinhos,
não podia desobedecer.
Gritou, então aos pássaros, convidando-os a segui-lo para dentro de uma sala da fazenda. Obedientes os pássaros
entraram. Quando todos estavam dentro, Fernando fechou as janelas e as portas, e foi tranqüilamente fazer sua visita ao
Senhor.
Retornando o pai veio procurá-lo. Andou pelo campo, chamando-o cá e lá, mas não encontrou ninguém. Preocupado,
dirigiu-se à capela e o descobriu, todo absorto na prece. Fernando tomou o pai pelas mãos e o conduziu ao salão repleto dos
vôos e dos cantos dos graciosos prisioneiros. Abriu a porta e, a um sinal seu, os pássaros, em bando, retomaram os livres
caminhos do espaço.
- Outra história muito conhecida é a provável responsável pela associação de Santo Antônio com a descoberta de
pessoas e objetos desaparecidos. Conta-se que, um dia, o frei descobriu que um noviço havia fugido do mosteiro e levado com
ele seus comentários sobre o Livro dos Salmos. Ele, então, rezou para o retorno de ambos. Em pouco tempo, o jovem
arrependido voltou para a vida religiosa, acompanhado, é claro, dos manuscritos.
Bibliografia
Esta apostila foi elaborada por Ricardo Fernandes Breda, coordenador comunitário da Crisma no ano de
2004 e seu conteúdo foi desenvolvido através de estudos e pesquisas realizados nos seguintes meios:
- Catecismo da Igreja Católica (CIC)– Edição Típica Vaticana – Edições Loyola
- Catecumenato Crismal – “Gente em busca de algo Mais” – Pe. Lúcio Zorzi – Edições Paulinas – 2000.
- Encontros de Catequese nas Comunidades – “Preparação para a Crisma” – Coordenação de Catequese
Diocese de Lins – SP – Edições Paulinas – 1988.
- Crisma – Sacramento do desafio – Frei Bernardo Cansi – Edições Paulina – 10ª edição – 1990.
- Livro da Crisma – Confirmados e Comprometidos – Centro catequético Diocesano – Diocese de Osasco
– Paulus – 2ª edição – 1997.
- Jesus, um projeto de vida – Jesus Guergué Sch. P. – Edições paulinas – 1988.
- A Fé Explicada – Pe. Leo J. Treze – Editora Quadrante – 6ª edição – 1995.
- Bíblia Sagrada – Edição Claretiana - Editora Ave-Maria – 1998.
- Diversos Sites Católicos.
As Músicas foram extraídas do livreto Louvemos o Senhor de várias edições e de contra-capas de alguns
CD’s.
O texto do tema Vocação foi extraído do Texto: Sementes de esperança de César Augusto Worst,
seminarista da Diocese de Novo Hamburgo e aluno de Teologia em Navarra.