Apostila Crisma 2010

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Indíce:

Temas Pág:
Em Busca da Felicidade 03
Ser Gente 04
O Mundo em que Eu Vivo 05
Verdades e Fundamentos de Nossa Fé 07
A Bíblia 10
A História do Povo de Deus e A História da Salvação 12
Os Mandamentos de Deus 15
Os Mandamentos da Igreja 18
Jesus Cristo – Sua Vida e Sua Missão 19
Jesus Cristo – Sua Divindade e Ação Libertadora 22
O Santo Sudário 24
Jesus Cristo – Sua Grande Promessa, Sua Morte e Ressurreição 31
O Pecado 33
Como Chegar à Santidade 37
Maria 39
As Orações do Cristão 42
O Santo Terço de Nossa Senhora 44
Jesus Funda Sua Igreja 46
O Que é a Igreja e Como Ela se Organiza 48
Pentecostes – O Nascimento da Igreja 50
Corpus Christi e a Importância da Missa 52
Os Sacramentos 54
- Batismo 56
- A Eucaristia 57
- Matrimônio 60
- Reconciliação ou Penitência 61
- Ordem 62
- Unção dos Enfermos 63
- A Crisma 64
- A Cerimônia da Crisma 65
Os Dons do Espírito Santo 66
Os Frutos do Espírito Santo 68
Ser Crismado é Ser Missionário 70
O Profeta, Porta-Voz de Deus 72
Vocação 74
As Religiões no Mundo e as Falsas Doutrinas 75
Nova Era 78
Vida Após a Morte 86
Sexo, drogas, aborto e violência 90
Eu, Jovem Me Confesso Assim... 97
O Dízimo 99
Cantos 101
A Vida de Santo Antônio 105
Bibliografia 107
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Em Busca da Felicidade
Ao entrar na adolescência o jovem se distancia aos poucos, sem perceber, de sua família, e passa a viver as
novas amizades. Sai de seu pequeno mundo para ir ao encontro de outros, isso às vezes cria algumas dificuldades,
rejeição, decepção, etc..., mas também novas esperanças, aproximação, amor, compreensão, etc... esta saída para
novas amizades é sempre um risco que o jovem deve enfrentar. Geralmente, as primeiras amizades são do mesmo
sexo, mais tarde evoluem e aproximam pessoas de sexo oposto.
O jovem, nesta fase importante da vida, onde se define seu futuro espiritual e temporal, abre seu coração a
novas amizades, é aí que precisam ter uma boa estrutura familiar e cristã, para não deixar se influenciar por atitudes
banais, onde podemos citar a ilusão mostrada nas propagandas de TV, nas revistas, nos programas da TV, onde
mostram uma vida de amor, sexo, drogas, etc... um pouco fora do normal ou exagerando a vida da moda, onde a
traição, a riqueza, a prostituição, as bebidas sem controle sejam atitudes normais, num modo geral, fantasias que
podem prejudicar o adolescente.
Devemos ter em mente que ninguém deve ser como um objeto, levando dia a dia, imitando gestos e
costumes que na verdade não nos transmite a realidade da vida. Devemos nos unir para ajudar e sermos ajudados,
para fazer de nossa vida um projeto de felicidade, para isso podemos ler e discutir que DEUS convidou-nos a
cultivar e dominar a terra (Gênesis cap.1). Nosso futuro esta em nossas mãos.
O jovem já é menos dependente de sua família e tem que saber os valores da vida, se sentir responsável
pelas suas ações para não se tornar escravo de seus sentimentos, tem que acreditar na possibilidade de uma
liberdade responsável de viver.
A procura da felicidade é comum para todo o ser humano, mas a realidade do sofrimento esta sempre
presente. Porque sofrer? Sofrer porque não tenho dinheiro farto para comprar o que desejar, sofrer porque me
separei da família, sofrer porque não falo com meus parentes, sofrer porque não tenho uma boa profissão, sofrer e
sofrer.
A felicidade não pode ser confundida com o prazer, para os cristãos podemos dizer que a felicidade nasce
da mesma maneira que as Bem-Aventuranças (Mateus, cap.5 ,vers.1 ao 8). Por exemplo, atingirá a felicidade
àquele que passar pelos sofrimentos causados pela luta de vencer, de ser justo, de ser fiel, de ser responsável, de ser
amável, etc...
Por isso, devemos procurar para nós, a realidade da vida, procurando ser bom filho, bom amigo, bom
marido, bom pai, bom cristão. Digamos que o prazer é momentâneo, mas se cultivarmos a felicidade, este prazer
será quase constante, assim como DEUS o quer.

Questionário Para Discussão Em Grupos


1. O que aconteceu com você, quando atingiu a idade da adolescência? Em se tratando de atitudes, como por
exemplo começou a trabalhar, ou a dormir fora de casa, etc.
2. Quando você vê um filme que fala sobre sexo, drogas e ou família você discute (comenta) com um amigo(a)
detalhes do filme?
3. O que te faz ficar chateado (descontente) na busca de sua liberdade? Por exemplo quando meu pai não me
deixa ir a praia com meus amigos....
4. Quando você se une a um grupo de amigos(as) para conversar na maioria das vezes vocês fala de futebol,
namoro, músicas e filmes, família, ou de religião?
5. Você acha que o jovem pode fazer sua vida ser bem melhor vivendo uma vida cristã? De que maneira?
6. Ler as Bem-Aventuranças e dizer como você entendeu cada uma delas. (Mateus 5,1-8)

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Ser Gente
Deve haver um motivo especial para você e eu estarmos aqui. 1) Qual é o seu motivo para estar aqui?
Todos nós temos em comum um mesmo desejo: queremos algo mais na vida, queremos melhorar a nós
mesmos e ao mundo em que vivemos. Certo? 2) Ou você tem outro desejo? Qual seria ele?
Para entendermos isso, é bom começarmos nossa reflexão, partindo de nós mesmos, para isso, responda:

3-) Quem sou eu? 4-) O que é o ser humano? 5-) O que é ser gente de verdade?
6-) Por que existo? 7-) Por que o ser humano nunca está satisfeito e sempre procura algo mais?
8-) É possível ser feliz? 9-) Como e onde achar minha verdadeira realização como pessoa?

1- Cada Pessoa é Um Ser Único


“Quem sou eu?” ... Já pensou? Se você respondeu: “Eu sou eu”, respondeu certo! Até nas impressões
digitais, cada um de nós é diferente dos outros! Deus não nos criou com papel carbono... eu não sou um grão de
areia entre inúmeros e idênticos grãos de areia na praia. Eu sou eu! Nunca existiu e nunca existirá alguém como eu!
Deus me criou com características únicas, deu-me dons e capacidades que outros não têm, tem um projeto
especial e único para mim e me ama, pessoalmente, assim como eu sou. O ser humano tem algo que o distingue,
essencialmente, de toda outra criatura. Ele é um ser em esperança, capaz de crescer e desenvolver as enormes
possibilidades que lhe são próprias: a capacidade de pensar e de julgar entre os valores e contra-valores que o
rodeiam, a capacidade de ser livre e de amar.
Ler Gênesis 1,26-30. É isso aí: Deus criou o homem para ser senhor responsável das coisas criadas, não para
ser dominado e escravizado por elas; livre para cultivar a natureza, não para destruí-la; livre para amar e fazer do
mundo um mundo de irmãos, onde os bens que Deus criou para todos, sejam distribuídos igualmente entre todos. O
homem é livre quando não se deixa dominar pelos instintos, mas sabe pensar e julgar antes de agir, quando não
anda na onda dos outros, nem se deixa escravizar pelos bens materiais, quando, libertando-se de todos os contra-
valores que o rodeiam e de seu próprio egoísmo, se abre para o amor. Podemos, então, concluir que:
“Alguém é Gente de Verdade, na medida em que se esforça para Ser Livre!”

2 - Cada Pessoa é Um Ser Comunitário


Há uma outra grande verdade: Ninguém se realiza e é feliz sozinho. Ninguém é uma ilha. Precisamos dos
outros, para podermos crescer como gente. Vejamos na Bíblia, o que Deus disse em Gênesis 2,18-23.
E assim os criou homem e mulher, para viver em comunidade, a sua imagem e semelhança. O que realiza o
ser humano e o faz feliz, é o diálogo, a comunhão, a participação, o amor que nos faz irmãos, é saber viver em
comunidade. Podemos, assim, tirar a segunda conclusão:
“Alguém cresce como Gente, na medida em que se esforça para Viver em Comunidade!”

3 - Cada Pessoa é Filho de Deus


Enfim, há um terceiro plano para o ser humano realizar-se plenamente e viver aquele “algo mais” que todos
sempre buscam. Olhe bem dentro de seu coração inquieto, na sua sede de paz e de amor, em suas fraquezas e
impotências... e você encontrará o realizador supremo de sua personalidade: Deus!
Um jovem, depois de ter “quebrado a cabeça”, correndo atrás de todo tipo de experiências e pseudo-ideais,
chegou a esta conclusão: “O nosso coração está inquieto, até que se encontre e repouse em Deus!”. O nome do
jovem que escreveu esta frase era Santo Agostinho.
Ainda naquele capitulo sobre a criação, a Bíblia diz: “Deus fez o homem a sua imagem e semelhança e
soprou nele o espírito de vida” (Gen 2,7). Sim, há algo de divino em cada ser humano. Há alguém acima de nós e
dentro de nós, que nos ama como Pai, que nos convida a vivermos como seus filhos e nos dá a capacidade de
sermos realmente livres e irmãos. Sim, é em Deus que os homens devem procurar para encontrar sua suprema
realização! Eis, portanto, a terceira conclusão:
“Alguém cresce como Gente, na medida em que se abre para o absoluto: DEUS.”
Podemos resumir toda esta primeira conversa, assim:
“Alguém se realiza como Pessoa Humana, quando é LIVRE, IRMÃO e FILHO.”
E, quando alguém luta para ser autenticamente livre... procura ser irmão de todos e construir um mundo de
irmãos... busca a Deus, a sua vontade, para viver como verdadeiro filho de Deus...
aí está o Espírito de Deus!

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O Mundo Em Que Eu Vivo

Vivemos num planeta chamado Terra, num continente chamado América Latina, num país chamado Brasil.
Isso todos nós sabemos, então responda:
1) Como é este mundo dos homens?
2) O que você vê por aí, na realidade de cada dia?
3) O tipo de sociedade que os homens estão construindo está possibilitando que todos os seres humanos se
realizem como pessoa?
4) Há condições para todas as pessoas serem autenticamente livres e verdadeiramente irmãos, assim como é o
projeto de Deus, desde o começo da criação?

Situação Desumana
No mundo morrem, cada ano, uns 30 milhões de crianças, vítimas da subnutrição (fome!) ou por falta de
cuidados médicos. No Brasil, 300 mil crianças, cada ano, morrem antes de completar um ano de vida, a maioria
delas (69%) por causa da fome. E a cada ano, milhões de crianças são abortadas.
Cerca de 2/3 da humanidade passa fome, ou não pode alimentar-se suficientemente. O Brasil, um dos
maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, está entre os 6 países mais subnutridos do mundo. E
como o povo pode alimentar-se, suficientemente, com o salário miserável que recebe. Mais da metade do povo
brasileiro vive (vive?) com menos de um salário mínimo! Experimente fazer as contas para ver o que se pode
comprar com um “salário mínimo”? É fome, no duro!
Nosso país, produtor da maior hidroelétrica do mundo e que se orgulha de ser a oitava economia mais
poderosa do ocidente, permite que 30 milhões de crianças (80% de sua população infantil) sejam subnutridas,
doentes, raquíticas e com sua capacidade mental comprometida para sempre. Existem 13 milhões de doentes de
esquistossomose. O Rio de Janeiro é a cidade recordista mundial de leprosos. E você sabia que o Brasil não gasta
com saúde nem a metade do que gasta com armamentos?
No Brasil, 60% das pessoas são analfabetas. Das crianças que entram na escola, 57% não passa da lª série e
que só 13% terminam o lº grau. E, não é para menos: a maioria destas crianças ou tem de trabalhar para ajudar no
sustento da família, ou são incapazes de estudar, devido à subalimentação quando pequeninos!
É uma vergonha nacional! A terra que Deus criou para todos, está se concentrando, cada vez mais, nas mãos
de poucos latifundiários, ou de grandes companhias agropecuárias! Com tanta terra que há neste Brasil, 13 milhões
de lavradores vivem sem terra para trabalhar: vivem como miseráveis bóias-frias, ou são forçados a migrar. Cada
vez mais, o campo se esvazia e as cidades explodem de inchação. Incrível: nesta terra, o boi vale mais do que o
homem! A Reforma Agrária, sempre prometida, nunca é realizada! E a terra dos índios? Para eles, a terra é questão
de vida ou morte. E eles estão sendo exterminados, na medida em que sua terra é constantemente roubada pelo
branco!
Os passarinhos têm seus ninhos e os bois têm um pedaço de terra para morar, mas ao ser humano é negado
esse direito. Milhões de brasileiros não têm um pedaço de chão onde abrigar sua família, ou vivem em condições
subumanas, em barracos e favelas, sem as mínimas condições de higiene, sem água encanada, esgoto etc. Hoje este
fenômeno se estende a todas as cidades do interior. Nas periferias das cidades, as “invasões” são a única forma para
o povo conseguir um lugar para morar!
No Brasil, há 7 milhões de menores abandonados, sem o amparo e o carinho indispensável de uma família. O
sistema sócio-econômico, o êxodo rural, a miséria e a fome, os maus tratos, as agressões e os abusos por parte dos
adultos, a crescente desintegração familiar oprime, massacra e marginaliza estes pequenos que até perderam a
dignidade de serem chamados crianças e adolescentes, e passam a ser rotulados de menores! O lar e a mãe deles é a
rua!
Direito à vida, Direito à alimentação, Direito à saúde, Direito à educação, Direito à terra,
Direito à moradia, Direito à família! Onde estão estes nossos Direitos?
“Há uma situação de pobreza desumana, em que vivem milhões de pessoas, vítimas de salários de
fome, de desemprego e subemprego, da mortalidade infantil, da falta de moradia adequada, de
assistência médica... Há uma constante violação dos mais fundamentais direitos humanos...!”
(Puebla 29).

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As Causas
“Ao analisarmos mais a fundo a situação desumana de miséria e de desrespeito dos direitos
fundamentais do ser humano, descobrimos que isso não é uma fase transitória, e sim o produto de
situações e estruturas econômicas, sociais e políticas, embora haja também outras causas da
miséria...” (Puebla 30).

O povo vive esmagado por um sistema injusto, que privilegia os “grandes” e oprime os “pequenos” e, pior ainda,
alimenta-se deles; um sistema que concentra na mão de poucos os bens da terra e os benefícios criados pela ciência
e pela cultura, de modo que - como dizia o Papa João Paulo II – “os ricos se tomam cada vez mais ricos, à custa dos
pobres que se tomam cada vez mais pobres!”. E isso seja em nível internacional, seja em nível nacional.
Profundamente interligada com o injusto sistema sócio-econômico, há toda uma situação de subversão de
valores, que atinge a todos. Vivemos numa sociedade, em que um super bem-montado sistema de comunicação
(televisão, rádio, jornais, revistas, etc.) tenta impingir ao homem hoje, como normais, uma porção de pseudovalores
(valores falsos):
- materialismo individualista e consumismo: o importante é ter, não ser!
- degradação da honra pública e privada: corrupção política, administrativa e judicial; pornografia, erotismo
desenfreado, devassidão, drogas etc.
- desintegração da família: valores básicos como casamento, fidelidade, união conjugal etc... são
constantemente bombardeados ou até ridicularizados.
Podemos resumir os pseudovalores, que dominam a nossa sociedade, nestes três: riqueza - poder - prazer. São
verdadeiros ídolos adorados pela sociedade moderna e pelos quais se sacrifica tudo. Ídolos que escravizam o
homem e que impedem que ele cresça em sua dignidade de pessoa, de irmão e de verdadeiro filho de Deus!
Em vez, de se deixar dirigir pelo Espírito de Deus, os homens querem agir de acordo com suas próprias cabeças, se
sentem donos da “ciência do bem e do mal”. E isso, desde o começo (conf. Gên 3,1-7 – “pecado original”). E aí é
fogo neste nosso pobre mundo: é irmão explorando e matando irmão, é violência, corrupção, lares destruídos,
guerras, sofrimento e morte; homens escravos de si mesmos; homens que não sabem amar!
E isso não vale só para os outros! Tristemente, também nós que nos consideramos “os bons”, nos deixamos
envolver pelo pecado e pelos ídolos do mundo. Também nós, nos fechamos aos irmãos e resistimos ao Espírito de
Deus!

“Também nós somos pecadores e acrescentamos o nosso grãozinho de areia ao grande monte de
crime e de violência em nossa pátria!” (Dom Romero).

Não!
Nós não podemos continuar cegos e surdos diante do grito angustiante de milhões de seres humanos! Não
podemos viver alienados de tudo e de todos, “na nossa”! Todos nós somos cidadãos do mundo e, como
cristãos, somos chamados a construir um mundo novo, mais justo e mais irmão!

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Verdades e Fundamentos de Nossa Fé


Deus
Em toda a história da humanidade o homem não cessa de buscar a Deus. Esta busca se dá através das
orações, sacrifícios, cultos, meditações, ações, entre outras formas. Mas como podemos conhecer a Deus, se nunca
O vimos?
Podemos conhecer a Deus mediante Suas obras e mediante a nossa Fé. A fé é a resposta do homem a Deus
que Se revela e a ele Se doa, trazendo ao mesmo tempo uma luz superabundante ao homem em busca do sentido
último de sua vida. Como podemos falar de Deus?
Nosso conhecimento de Deus é tão limitado, como também é limitada nossa a linguagem sobre Deus. Só
podemos falar de Deus através das criaturas vivas ou dos recursos naturais que conhecemos, e segundo nosso modo
humano limitado de conhecer e pensar.
De qualquer forma, temos que nos lembrar e ter sempre conosco, dentro de nossos corações, que todas as
criaturas trazem em si uma certa semelhança com Deus. O homem guarda características tão dignas como a
verdade, a bondade, a beleza, a caridade, o amor...Tais características não podem ter outro autor senão o Todo
Poderoso. Todas estas características contemplam, portanto, o Seu Autor.
Assim como uma obra de arte reflete sempre, de alguma forma, o seu autor, também nos devemos refletir
nosso Criador. “Sem o Criador a criatura se esvai”.

Como entender Deus Criador?


Deus criou o mundo segundo Sua sabedoria. O mundo procede da vontade livre de Deus que quis fazer as
criaturas participarem do Seu Ser, da Sua sabedoria e da sua bondade. Que haveria de extraordinário se Deus
tivesse tirado o mundo de uma matéria preexistente? Quando se dá um material a um artesão, ele faz do material
tudo o que quiser e souber. Se este fato confere a este artesão um lado criador, tanto mais será nada para criar tudo
o que Sua Vontade e Sabedoria desejam. Deus parte do Nada e cria o mundo e dentro dele, o homem.
Uma vez que Deus pôde criar do nada, pode, através do Espírito Santo, dar vida da alma aos homens, com o
objetivo de mantê-los sempre junto Dele, mas ao mesmo tempo, deixando o homem livre para escolher essa união.
Já que pela sua palavra pôde fazer resplandecer a luz a partir das trevas, pode também dar a luz da fé àquele que a
desconhecem. Dessa forma, a criação é uma obra querida por Deus como um dom que foi dirigido ao homem;
como uma herança que lhe é destinada e confiada.
Entretanto, Deus transcende a criação, pois é infinitamente maior que todas as Suas obras. Por ser o Criador
soberano e livre, causa primeira de tudo o que existe, Ele está presente no mais intimo das suas criaturas. Segundo
as sábias e inspiradas palavras de Santo Agostinho: “Ele é maior do que aquilo que há de maior em mim e mais
íntimo do que aquilo que há de mais intimo em mim”.
Deus mantém e sustenta a criação, pois não abandona a sua criatura a ela mesma. Não somente lhe dá o ser e
a existência, mas também a sustenta a todo instante e lhe dá o livre-arbítrio. Reconhecer esta dependência completa
em relação ao Criador é uma fonte de sabedoria e liberdade, de alegria e confiança.
Os estudos sobre Deus (assuntos da Teologia) são elaborados considerando Deus na Unidade da Natureza e
na Trindade das Pessoas.
Na Unidade da Natureza, o estudo de Deus é dividido em três partes: a Existência, a Essência e os Atributos.
Cada uma destas características existe em Deus ao mesmo tempo e só foram separadas para serem melhores
explicadas e compreendidas.

A Existência
É um artigo de fé e nos abre uma dupla possibilidade de conhecer a Deus:
1-) Forma Natural: “Encontra-se Deus por meio da reflexão do mundo e em nós mesmos” (São Paulo).
Uma das maiores comprovações sobre a Existência de Deus é a tendência dos homens pela busca da felicidade. Em
cada homem esta necessidade não pode ser satisfeita apenas pelo mundo e pelos seus bens. Portanto, segundo Santo
Agostinho, é preciso que haja um bem eterno capaz de satisfazê-la e este bem é Deus.
O conhecimento de Deus pela forma natural baseia-se pelo fato de que como não vemos a Deus, O
conhecemos por meio de comparações devido às suas obras, pois não encontramos na Terra a essência de Deus,
mas sim suas obras. É através de suas criações que conhecemos que Deus existe, como sua causa.
2-) Forma Sobrenatural: “Deus é para nós que cremos um 'Deus desconhecido' ainda que à luz da fé o conheçam
muito melhor do que à luz da razão” (Santo Tomás de Aquino).
Segundo esta forma de conhecimento, crê-se em Deus em virtude de uma revelação sobrenatural que é dada
por meio da fé. A comunicação de Deus conosco e sua manifestação dá-se por meio das graças.
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A Essência
Estuda o ser de Deus, sendo que a Existência e a Essência são inseparáveis em Deus. A essência de Deus é
compreendida através da revelação, onde Deus se revela e se dá conhecer aos homens.

Os Atributos
São as características através das quais podemos conhecer a Deus e distingui-lo das criaturas. São todas as
perfeições existentes em Deus, como por exemplo:
1º) Deus é UNO: a unidade de Deus é um dogma da Igreja. É entendido como uma unidade do indivíduo
levando ao monoteísmo. Este atributo foi mencionado em várias passagens:
“Vede que sou Eu somente e não há outro Deus exceto Eu”. (Dt 32, 39)
“Ouve Israel, o Senhor teu Deus é o único Deus”. (Mc 12, 29)
2º) Deus é SIMPLES (PURO): em Deus nada se acrescenta ou se tira. A simplicidade de Deus é entendida
como um Deus livre de qualquer multiplicidade e dispersões próprias das outras criaturas. É Deus em sua puríssima
espiritualidade. Como exemplo, podemos citar uma passagem onde Jesus atribui a Deus uma figura humana ao
chamado PAI e ao mesmo tempo lhe atribui estado e morada acima de tudo o que é material.
3º) Deus é IMUTÁVEL: Deus foi, é, sempre será o mesmo, com sua perfeição e seu amor sem limites.
Segundo Santo Tomás de Aquino: “Só Deus é”.
4º) Deus é ETERNO: Deus não teve início e não terá fim.
“O Senhor é um Deus Eterno que criou os extremos da Terra e que não se cansa nem se esgota”. (Is 40, 28)
5º) Deus é ONIPRESENTE: a onipresença de Deus nos oferece a possibilidade de nos unirmos espiritualmente
a Ele em qualquer tempo e condição e em qualquer lugar. Deus está sempre conosco. Entretanto, de que serve Deus
estar perto de nós se nós estivermos longe Dele? Por isso em sua Bondade Infinita ele nos dá sua Onipresença e
nós, com nossa Fé, podemos encontrá-lo sempre que quisermos.
6º) Deus é ONISCIENTE: Deus tudo sabe. A revelação é a maior prova da onisciência de Deus.
7º) Deus é ONIPOTENTE: Deus tudo pode. Algumas passagens revelam com exatidão esse atributo de Deus:
“Para os homens isto é impossível, mas para Deus tudo é possível”. (Mt 19, 25-26)
“Pai, tudo Te é possível”. (Mt 14, 36)
Quem não se sente pasmo, surpreso, arrebatado, maravilhado, com a observação de um céu estrelado e da
imensidão do universo? Tais coisas nada mais são da que frutos da Onipotência Divina. Quem deu a vida a estes
corpos celestes? Às propriedades e forças? Quem lhes indicou o caminho e a finalidade? Baseando-se apenas nessa
observação, como se pode recusar inserir-se na harmonia desejada pelo Todo-Poderoso?

Santíssima Trindade
A Santíssima Trindade é um mistério de um só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

Pai que é Deus, que é Amor: somente o Pai que ama respeita a liberdade de seu filho.

Filho que é Jesus Cristo: é o Deus visível que se fez homem, nascendo da Virgem Maria para
cumprir a vontade de Deus de libertar os homens do pecado. Jesus é Deus e as principais provas são:
a) O próprio Jesus diz-se Deus (Jo 10, 30 / 14, 7 e Lc 22, 67-70) .
b) Os milagres eram feitos pelo próprio Jesus, e não por meio de Jesus.

Espírito Santo que é o Amor do Pai e do Filho que nos é comunicado e transmitido. Segundo o
CREDO, Jesus foi concebido pelo Poder do Espírito Santo, nascido da Virgem Maria. Maria foi
então convidada a conceber Jesus e a concepção de Jesus foi obra do poder do Divino Espírito
Santo: “O Espírito virá sobre Ti...” A missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à
do Filho, ou seja, toda a vida de Jesus manifesta a vontade do Pai que por sua vez é manifestada pelo Espírito
Santo.

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Um fato dos Evangelhos é que os Apóstolos estavam com muito medo após a morte de Jesus. Foi à descida
do Espírito Santo sobre eles que os transformou radicalmente e deu coragem para que saíssem anunciando o
Evangelho. O mesmo Espírito Santo que deu forças aos apóstolos e mártires é recebido no sacramento da Crisma, e
aí está a importância deste sacramento no fortalecimento da Fé e na profissão do Cristianismo de cada um.

O Dogma da Santíssima Trindade


A Trindade é Una; não professamos três deuses, mas um só Deus em três Pessoas. Cada uma das três
Pessoas é a substância, a essência ou a natureza divina. As pessoas divinas são distintas entre si pela sua relação de
origem: o Pai gera; o Filho é gerado; o Espírito Santo é quem procede. Ou seja, ao Deus Pai atribui-se a Criação,
ao Deus Filho atribui-se a Redenção e ao Deus Espírito Santo atribui-se a Santificação.
Resumindo, o mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus pode nos
dar a conhecer, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo.
Pela graça do Batismo “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” somos chamados a compartilhar da
vida da Santíssima Trindade, aqui na Terra na obscuridade de nossa fé e para além da morte, na luz eterna. Pela
Confirmação ou Crisma, como o próprio nome diz, somos chamados a confirmar essa fé, ora recebida para que,
além de vivermos segundo a Palavra de Deus, darmos testemunho dela e levá-la por toda à parte.


A Fé não é apenas uma simples crença em algo superior, mas é uma adesão pessoal a um Deus pessoa que
exige compromisso. O homem é livre para decidir se aceita ou não a Deus e ao seu convite. Ao aderir a Deus e
exercer a fé, o homem assume o desafio da fé, aceitando também os Mandamentos, a vivência sacramental e a
fidelidade aos ensinamentos do evangelho. A partir daí, o homem passa a ter um compromisso que irá orientar toda
a sua vida.
Como exemplo de homem de fé, pode-se citar Abraão, que baseou sua vida e sua caminhada, bem como suas
aspirações, na promessa de Deus, quando a pedido de Deus saiu de sua terra em busca do local prometido por Deus
(Gn 12, 1-12) ou ainda quando Deus o provou pedindo-lhe seu único filho em sacrifício (Gn 22, 2).
Seguir a vontade de Deus não é escravidão, mas sim liberdade. Quanto mais aceitamos Deus em nossa vida,
mais livres somos, e só podemos aceitar Deus sem qualquer limite quando temos fé.
A mensagem de Jesus demonstra que a fé é o princípio da vida religiosa. Cristo começa sua pregação
exigindo a fé de seus ouvintes: “Convertei-vos e crede na Boa-Nova” (Mc 1, 15). A norma de salvação é acreditar
no Evangelho e ser adepto de Cristo.
A fé então é um encontro com Cristo. É uma aceitação tão plena Dele que vai nos transformando Nele.
Acreditar em Deus é colaborar no seu plano de crescimento, respeitando suas leis. Aceitar a Deus é confiar Nele,
acreditar em Seu amor por nós e deixar que Ele aja em nós.
A fé não se mede pela inteligência e não é um sentimento ou uma tradição. No dia-a-dia, a fé é aquela
entrega incondicional e amorosa de si a Deus Pai, Filho e Espírito Santo:
Nos entregamos ao Pai porque somos suas criaturas; Nos entregamos ao Filho para seguir seus exemplos e
viver como filhos de Deus; Nos entregamos ao Espírito Santo para que Ele nos impulsione e estimule na prática do
bem.
Crer é dizer sim a Deus e confiar Nele de maneira absoluta; e a fé nos compromete a realizar em nós,
momento por momento, à vontade de Deus como ela se manifesta, assim como fez Jesus Cristo. Dizer-se cristão,
fazer promessas, freqüentar eventos religiosos, usar distintivos, não é necessariamente sinal de Fé.

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A Bíblia
Deus é o autor da Sagrada Escritura, pois os autores dos livros da Bíblia, apesar de terem utilizado suas
próprias capacidades, foram inspirados pelo Espírito Santo de Deus para escrevê-los.
A Bíblia é o livro fundamental do cristão. Ela é uma pequena biblioteca composta por 73 livros, sendo 46
do AT (Antigo Testamento) e 27 do NT (Novo Testamento). Estes livros nos contam a história da Antiga Aliança
e da Nova Aliança, unindo Deus com o seu povo.

Antigo Testamento
Os cinco primeiros livros da Bíblia formam o PENTATEUCO, que quer dizer Instrução ou Lei. Os
livros que formam o Pentateuco são:
Gênesis, o Livro das Origens – ele nos mostra como se deu a criação do mundo e da humanidade.
Êxodo – conta a trajetória do povo desde a saída do Egito, guiado por Deus, através de Moisés.
Levítico – é um manual redigido para o povo libertado do Egito, onde nos fala dos rituais e sacrifícios a Deus,
como os holocaustos, as oblações e as ofertas.
Números – é uma continuação do Êxodo, ele traz importantes listas com números e nomes de hebreus.
Deuteronômio – é um livro religioso e doutrinário, era o verdadeiro catecismo para os israelitas. E ainda hoje para
nós, é uma doutrina de Deus, pois nos mostra o que é certo ou errado e se o que fazemos para Deus, o agrada.
Vamos dar uma passada pelos cap. 6,1-6 e cap. 18,9-14.
Depois temos os LIVROS HISTÓRICOS, onde pessoas nos relatam suas vidas de lutas, perseguições, fé,
compromissos e amor a Deus. Eles são formados por 16 livros: Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis,
II Reis, I Crônicas, II Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, I Macabeus e II Macabeus.
Temos ainda no Antigo Testamento os LIVROS SAPIENCIAIS, formados por estes sete (7) livros: Jó,
Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico. Nestes livros temos, por
exemplo, Jó que nos fala de seu sofrimento, pois perde tudo, mas que não abandona Deus; e os Salmos, que era o
livro de orações dos judeus e hoje para nós é uma maneira de orar ou entrar em comunhão com Deus. Vamos ver o
que nos fala o Salmo 1.
Por último, temos o LIVROS PROFÉTICOS, são 18 livros designados pelo nome dos profetas: Isaías,
Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum,
Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Isaías, por exemplo, era o profeta da justiça, um homem que
lutava contra a idolatria e os abusos sociais dos ricos e poderosos, que elevava sua voz contra os hipócritas,
chamava o povo ao arrependimento e a fé, e profetizava sobre a vinda do Messias. Os 6 primeiros livros são
conhecidos como Profetas Maiores e os 12 últimos como Profetas Menores.

Novo Testamento
O Novo Testamento é composto por 27 livros, sendo quatro (4) EVANGELHOS: Mateus, Marcos, Lucas
e João. A palavra Evangelho é de origem grega e significa a Boa Nova, a vinda de Jesus. Antes de serem livros, os
Evangelhos representam a palavra de Deus pregada por Jesus, nos fala da anunciação do Anjo Gabriel à Maria, das
curas, libertações, salvação, vida e paixão de Jesus. Os Evangelhos são palavras para a nossa salvação.
Depois temos os Atos dos Apóstolos, que nos relata o nascimento da Igreja primitiva, a ascensão de Jesus, a
vinda do Espírito Santo, a 1ª primeira pregação de Pedro, onde foram convertidas, num só dia, 3 mil pessoas.
Temos ainda as Epístolas ou Cartas, formadas por 21 livros, sendo 14 escritas por Paulo, 2 por Pedro, 3 por
João, 1 por Tiago e 1 por Judas Tadeu, e que foram redigidas não à uma comunidade em particular, mas a um
conjunto de Igrejas, que precisavam de uma palavra de encorajamento para crescer cada vez mais na sua fé e
principalmente aprenderem a amar o próximo, como Jesus sempre sonhou. Hoje estas cartas são dirigidas a cada
um de nós, pois são palavras de encorajamento e ensinamentos, e com certeza podemos utilizar em nosso dia a dia.
E por último temos o Apocalipse (palavra grega que significa revelação) é obra do apóstolo João, que o
escreveu no fim de sua vida, por volta do ano 100, é uma mensagem de conforto e encorajamento, nos fala do bem
e do mal sobre a terra e prediz a Vitória de Deus. São palavras de força e esperança com a volta Gloriosa de Jesus.

Um Recado para Você


Lembre-se: A Bíblia é feita, não para ser admirada, mas para ser utilizada. Leia, cada dia, um trecho da Bíblia,
pois lendo, a gente vai entendendo; e entendendo, vamos praticando a Palavra de Deus. Faça sempre sua leitura
com um lápis na mão, marcando na margem, as passagens de que você mais gosta. Assim, aos poucos, ela vai se
tornar um livro vivo, gostoso de meditar, a qualquer hora do dia e da noite.

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Como Procurar uma Citação Bíblica?


Regras práticas: Vamos procurar, por exemplo, a seguinte citação: Jo 15,13.
A-) A abreviatura, indica o nome do livro citado: (Jo) 15,13, temos, neste caso, o Evangelho de São João.
* Geralmente, a abreviatura retoma a primeira letra do livro, seguida da primeira consoante, menos nos casos
em que todas as outras letras sejam vogais (como em “João”).
B-) O capítulo do livro citado é indicado pelo número entre a abreviatura e a vírgula: Jo (15),13 .
* No texto de sua Bíblia, os números grandes indicam o início de cada capítulo.
C-) O versículo do capítulo citado, que corresponde à frase ou texto, é indicado pelo número situado depois da
vírgula no final da citação: Jo 15,(13).
* Na sua Bíblia, os números pequenos indicam o início de cada versículo.
No caso deste exemplo temos, o versículo 13, do capítulo 15, do Evangelho de São João. Ler (Jo 15,13).

Algumas observações:
1-) O hífen, ou tracinho (-), indica até qual versículo ou capítulo se deve ler, sem omitir os intermediários.
Exs: (Jo 15,13): lê-se apenas o versículo 13 do capítulo 15, do Evangelho de João.
(Jo 15,13-15): lê-se do versículo 13 até o versículo 15, do capítulo 15, do Evangelho de João.
(Jo 15-20): lê-se do capítulo 15 até o capítulo 20, do Evangelho de João.
2-) O ponto (.) separa os versículos, quando estes não são seguidos. Ler só o número que precede e o que segue.
Ex: (Mt 6,12.14), lê-se os versículos 12 e 14, do capítulo 6, do Evangelho de Mateus, e pula o versículo 13.
3-) O ponto e vírgula (;) é usado para separar citações, dentro de um mesmo livro ou de um livro para o outro.
Exs: (Jo 15,13-15; 18,36), lê-se os versículos de 13 até 15, do capítulo 15 e depois o versículo 36, do capítulo 18 ,
do Evangelho de João.
(Mt 6,9-15; Lc 11,2-4), neste caso lê-se os versículos de 9 até 15, do capítulo 6, do Evangelho de São Mateus e
depois os versículos de 2 até 4, do capítulo 11, do Evangelho de São Lucas. Este caso, indica que o mesmo texto,
ou a mesma idéia, pode ser encontrado em qualquer uma destas citações.
4-) Às vezes, há um número antes da abreviatura. Isso acontece quando há mais de um livro com o mesmo
nome. O número indica, então, de que livro se trata, mas nunca passa de 3.
Exs: 1Cr = 1º livro das Crônicas. 2Mc = 2º livro dos Macabeus. 3Jo = 3ª epístola, ou carta de São João.
5-) Um esse (s) indica o versículo imediatamente seguinte ao número que o precede: portanto, dois versículos.
Ex: (Rom 12,20s), ler os versículos 20 e 21, do capítulo 20, da Carta de São Paulo aos Romanos.
6-) Dois esses (ss) indica os dois versículos imediatamente posteriores ao número: portanto, três versículos. Para
mais de três versículos usa-se o hífen (-), que pode ser utilizado mesmo no lugar dos esses (s) (ss).
Ex: (Jer 32,27ss), ler os versículos 27, 28 e 29, do capítulo 32, do livro do profeta Jeremias.
7-) Quando a citação é muito extensa, que ultrapasse o capítulo, utiliza-se o traço maior, isto é, o travessão (–).
Ex: (Tob 5,5 – 12,22), ler quase oito capítulos do livro de Tobias, do versículo 5 do capítulo 5 até o versículo 22 do
capítulo 12.
8-) Caso não seja indicado o versículo, deve-se ler o capítulo inteiro. Neste caso não se usa a vírgula e os outros
sinais continuam com o mesmo significado, porém, com relação aos capítulos.
Exs: (Prov 1), ler o capítulo 1 inteiro, do livro dos Provérbios ; (Tob 5s ou Tob 5-6), ler, inteiros, os capítulos 5 e 6
do livro de Tobias ; (Sal 95ss ou Sal 95-97), ler os Salmos 95, 96 e 97 inteiros ; (Apoc 12.17.20), ler inteiros,
apenas, os capítulos 12, 17 e 20 do livro do Apocalipse.
9-) Se um versículo é muito comprido,ele é dividido em duas, três ou quatro partes. Neste caso usa-se as letras a, b,
c ou d após o número do versículo.

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A História do Povo de Deus e A História da Salvação

A caminhada do Povo de Deus


Vimos um pouco da realidade que nos rodeia: tantas injustiças, misérias e sofrimentos que impedem o
homem de realizar-se e de ser feliz! Os homens não se entendem e não entendem a Deus! E isso, desde o começo!
Desde o começo, a humanidade rompe a comunhão com Deus e com seu projeto, quebra a convivência fraterna,
perde o verdadeiro sentido da vida, destrói até a natureza que a sustenta!
Mas Deus nunca abandonou o homem. Sempre esteve presente na história da humanidade e no coração
dos homens, inspirando verdade, bondade, fraternidade, justiça. Escolheu, um povo, para junto com ele, ir
construindo o mundo conforme seu projeto inicial. Este povo de Deus, é o Povo da Bíblia, o Povo de Israel.
Durante sua longa história, de quase dois mil anos, Deus foi se revelando, aos poucos, e este povo conseguiu
enxergar claramente o rumo que devia dar à sua vida e à sua história. Por isso, a história deste povo, tornou-se
“história da salvação”, na qual, na “plenitude dos tempos”, o próprio Deus entrou pessoalmente, feito gente, na
pessoa de Jesus Cristo.
Vamos conhecer as grandes etapas da caminhada deste Povo: é a história da revelação de Deus, é a história
das raízes de nossa fé, é a história da salvação, que nós, Povo de Deus, continuamos e atualizamos em nossa
caminhada.

Os Patriarcas
Os patriarcas (Abraão - Isaac - Jacó) foram os “pais fundadores” do povo da Bíblia. Israel foi o nome que
Deus deu a Jacó (Gn 32,23-33).

Abraão (1800 a.C.)


É com ele que começa a história do Povo da Bíblia. Abraão era um pastor nômade, que vivia na
Mesopotâmia (onde hoje é o Iraque), uns 1800 anos antes de Cristo. Era um grande homem: um homem bom,
honesto e justo, aberto para Deus e obediente às inspirações, sempre em busca da verdade, sempre a caminho,
“esperando contra toda esperança”. Deus fez com Abraão um pacto de amizade, uma aliança eterna.
Em busca de novas terras para sua família e seu rebanho, Abraão veio morar na terra de Canaã (atual
Palestina). Aqui, nasceu seu filho Isaac e seu neto Jacó (chamado “Israel”, que quer dizer “aquele que lutou com
Deus”).

Estadia no Egito
Um dos filhos de Jacó (José) foi vendido como escravo por seus irmãos, que tinham ciúmes dele, mas ele se
tornou primeiro ministro do Egito.
Por causa da seca e da fome, em busca de terra mais fértil e querendo melhorar de vida, Jacó, seus 12 filhos e
suas famílias foram parar no Egito. No começo, o povo foi muito bem recebido, graças à influência de José. Após a
morte de José e com o passar do tempo, o povo caiu na escravidão nas mãos dos faraós do Egito. Sem liberdade, o
povo foi também perdendo consciência da opressão em que vivia, esqueceu de suas raízes, assumindo a
mentalidade e a idolatria dos opressores.

Moisés (1250 a.C.)


Depois de quase 300 anos de opressão, no meio do povo surgiu um líder: seu nome, Moisés. Deus revela-se a
Moisés como “Javé”: que quer dizer “aquele que é”, isto é, Deus quer ser a “presença libertadora no meio do
povo”. Moisés sentiu-se chamado por Javé a colaborar na libertação de seu povo. Depois de um longo trabalho para
unir e conscientizar o povo, depois de muita luta e, sobretudo, com muita ajuda de Deus (as dez pragas do Egito),
Moisés conseguiu fazer o povo sair do Egito: foi a Páscoa (passagem) de libertação!
Durante a caminhada pelo deserto (40 anos), aos pés do Monte Sinai, aquele povo fez, com Deus, uma
solene Aliança (pacto), e se comprometeu a viver como verdadeiro Povo de Deus e a seguir os 10 mandamentos.
A Páscoa de libertação e a Aliança foram os fatos que, mais profundamente, marcaram o Povo de Israel e
toda sua história. Anualmente, o Povo de Deus celebrava a Páscoa, com uma refeição sagrada, durante a qual se
comia um cordeiro, símbolo da Aliança e da Libertação. Com Josué (que significa, Deus salva), o povo voltou para
a terra de Canaã, a Terra Prometida.

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Os Juízes (mais ou menos 1200 a.C.)


Os Juízes foram personagens ilustres que, depois da morte de Josué (séc. 13 a C.) até a constituição do
Reino (séc. 11 a C.), libertaram o povo de Israel, que lutou, durante 200 anos, contra os cananeus e os filisteus, das
opressões inimigas. Os mais famosos são: Débora, Gedeão, Jefte, Sansão e Samuel.

Os Reis (1000 a.C.)


Houve muitas dificuldades e brigas pela posse da terra e o povo quis ter um exército e assim como os seus
vizinhos, o povo de Israel, também, reclamou um rei. Desta forma, mesmo a contra gosto, o líder Samuel, escolheu
e, como sinal de consagração, ungiu Saul como primeiro rei do povo. O segundo rei foi o grande Davi, o mais
importante de todos os reis. Com ele, terminou a conquista de Canaã. Jerusalém tornou-se a capital do Reino (1.000
a.C.). O terceiro foi o filho de Davi, Salomão, que construiu o templo de Jerusalém.
Foi nesta época que surgiram os primeiros escritos da Bíblia. Antes, as histórias do Povo de Deus eram
transmitidas de boca em boca, de pai para filho.

Dois Reinos
Depois da morte do rei Salomão (935 a.C.), houve muitas lutas políticas e o Reino acabou dividido em dois
Reinos rivais: ISRAEL (o Reino do Norte (935-721); Capital: SAMARIA) e JUDÁ (o Reino do Sul (935-586);
Capital: JERUSALÉM). E, o que é pior, o povo se desuniu também na fé, muitos começaram a seguir religiões
alienantes e a adorar ídolos pagãos. A injustiça foi se alastrando. Os poderosos tornavam-se cada vez mais ricos, à
custa do povo, cada vez mais pobre. Povo desunido é povo fraco, em todos os sentidos!

O Cativeiro na Babilônia
As dez tribos do Norte que não aceitaram, como rei, o filho de Salomão. Tiveram apenas dois séculos de
existência. Em 721 a.C., os assírios conquistaram a capital Samaria (cativeiro assírio). As duas tribos do Sul
subsistiram até o ano de 586 a.C., quando os babilônios conquistaram Jerusalém. O Templo foi derrubado.
Boa parte do povo foi exilado na Babilônia. Tendo perdido tudo (pátria e templo), o povo gemia de dor. São
dessa época as Lamentações de Jeremias, O Servo Sofredor de Isaías, e as visões de Ezequiel.

Os Profetas (mais ou menos 600 a.C.)


Assim, o império da Assíria invadiu e acabou com o povo do Norte. Depois, foi a vez do império da
Babilônia: Jerusalém foi invadida, o templo de Salomão destruído e o povo deportado e escravizado na Babilônia
(587 a.C.). É nesta época de divisões, injustiças e fracassos, que surgiram os PROFETAS. Entre eles, recordamos
alguns: Elias, Amós e Oséias, Isaias, Jeremias, Ezequiel, Daniel.
Os Profetas eram homens do povo que, em nome de Deus, relembravam o compromisso da Aliança,
denunciavam o que estava errado e anunciavam uma nova e grande esperança: o Messias, o libertador definitivo.
Vejam o que eles diziam do Messias prometido: ele será o filho do homem, o homem perfeito, cheio do
espírito de Deus; nascerá de uma virgem; será como um bom pastor e cuidará dos pobres e dos fracos; levará a
justiça aos povos, transformará os corações de pedra em corações de carne e o mundo num jardim; será rejeitado
pelos poderosos, ferido por causa de nossas iniqüidades, morto como uma ovelha levada para o matadouro; mas ele
vencerá e o seu Reino não terá fim!

O Judaísmo
Desta vez, os Persas, dominaram o mundo. Venceram os Babilônios e libertaram o povo judeu do exílio (“os
inimigos dos nossos inimigos são os nossos amigos”), em 538 a.C.
Com Esdras e Neemias começou a reconstrução de Jerusalém e do Templo. Insistiram muito sobre a
observância da Lei de Moisés, que tinha sido esquecida pelo povo. Assim nasceu o Judaísmo.
Depois dos Persas, vieram os Gregos (332 a.C.). Merecem especial atenção as lutas de libertação nacional,
na época dos irmãos Macabeus. Por um curto período, o Povo de Israel se tornou, de novo, independente (143 a 63
a.C.).
Apareceram, então, os ROMANOS que se apoderaram de Jerusalém, em 63 a.C.. Todos os livros da Bíblia,
até aqui redigidos, formam o Antigo Testamento.

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E Então Veio Jesus Cristo (ano 1)


O Povo de Israel era dominado pelo império romano e por uma classe sacerdotal: fariseus e saduceus,
sempre ao lado dos poderosos. Um “pequeno resto”, porém, permanecia fiel à Aliança e continuava esperando
ansiosamente o Messias, o libertador prometido pelos Profetas: eram os “pobres de Javé” para quem Deus e a
realização das promessas eram a única esperança que lhes restava. É no meio destes pobres e puros de coração que,
chegada a plenitude dos tempos (Gál 4,4), se espalhou a incrível e maravilhosa notícia: chegou o libertador! É
Jesus de Nazaré!

Questões:

1) Quem foram os Patriarcas do povo de Deus?


2) Como o povo de Deus foi parar no Egito?
3) Quanto tempo o povo andou no deserto?
4) Como foi a libertação do povo do Egito?
5) Quais foram os juízes mais famosos?
6) Quem foram os 3 reis do Reino unido de Israel?
7) Como se dividiu Israel e por que?
8) Quem eram os profetas?
9) Como os profetas anunciavam o Messias?
10) Como estava o povo de Israel, quando Jesus Cristo foi enviado?

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Os Mandamentos de Deus
O Decálogo
Nisto consiste o AMOR: “que vivamos segundo Seus Mandamentos” (II Jo 6). Estes Mandamentos são
compreendidos por dez (10) “Preceitos” distintos entre si. Estes “Preceitos” são o resumo da vida moral do cristão,
ou seja daqueles que crêem em Deus, respeitando, obedecendo, acatando e cumprindo sua Lei Divina. “Amar a
DEUS” significa colocar em “prática” estes Preceitos Divinos, através dos quais, o Homem edifica e equilibra sua
vida na terra, em relação à Deus, à Família, à Sociedade, e aos indivíduos de um modo geral.
Os Dez Mandamentos foram prescritos nas Tábuas da Lei por DEUS com manifestações sobrenaturais do
poder Divino, no monte Sinai à vista de Moisés, para que ele orientasse e guiasse o Povo Israelita no deserto, após
a libertação deles da escravidão do Faraó no Egito (Êx 19-24).
Para entender todo o sentido dos Dez Mandamentos é fundamental ver como Jesus observou e explicou a
Lei. JESUS atestou a perpetuidade do Decálogo, que é o conjunto dos Dez Mandamentos de Deus, praticando-o e
pregando-o. Jesus não veio tirar ou modificar os mandamentos, mas sim, dar-lhe seu sentido pleno. E prometeu
ainda: “Quem praticar os mandamentos e os ensinar será considerado grande no Reino do Céu” (Mt 5,17-20).
Fiel às Escrituras e conforme o exemplo de Jesus, a Igreja reconheceu no Decálogo um significado e uma
importância primordiais. O Decálogo forma uma unidade orgânica, onde cada mandamento está ligado a todo o
conjunto. Transgredir um mandamento é infringir toda a Lei.
A Lei é uma instrução paterna de Deus, onde apresenta os caminhos para a felicidade e afasta os
caminhos do mal, mas somente CRISTO, ensina e concede a Justiça de Deus, ou seja, a salvação que vem de
Deus. A nossa justificação foi merecida pela Paixão de Cristo, sendo-nos concedida pelo Batismo, através do qual
é apagada a culpa do pecado original, que herdamos dos primeiros pais (Adão e Eva), reconciliando-nos com Deus-
Criador.

Os Dez Mandamentos
PRIMEIRO MANDAMENTO:
“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o
entendimento”. – “Não terás outro Deus além de Mim”.
- Este mandamento convida o homem a crer em Deus, a esperar nele e a amá-Lo acima de tudo e de todos. O
homem tem o dever de cultuar e adorar a Deus, tanto individualmente quanto em sociedade. A superstição é um
desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus, demonstrado na idolatria, na adivinhação e na magia. Os que
colocam sua confiança e razão de ser em outros deuses são idólatras, pois, prostrando-se em adoração dos falsos
ídolos praticam a idolatria, que é abominada por Deus; sendo hoje em dia muito praticada através do culto da
televisão, do prazer e do dinheiro, da soberba e do orgulho, dos divertimentos e da impureza, do egoísmo e do ódio
(violência), e do culto que é dado a Satanás (seitas, feitiçaria, bruxaria, espiritismo, etc.). Enfim, negar o culto
devido só a Deus para dá-lo às criaturas (HOMEM) e ao próprio Satanás. São também pecados contra o primeiro
mandamento: o ateísmo, o sacrilégio, a simonia e a ação de tentar a Deus, seja por palavras ou por atos.

SEGUNDO MANDAMENTO
“Não pronunciarás em vão o Nome do Senhor teu Deus!”.
- O Senhor não terá por inocente o que tomar o Seu Nome em vão. – “Santificado seja o Vosso Nome”. - Não jurar
pelo nome de Deus, nem pelo Céu que é Seu trono, nem pela Terra que é o escabelo dos Seus pés. Este
mandamento prescreve respeitar o nome do Senhor, que é Santo. Proíbe, assim, o uso impróprio do nome de Deus.
O juramento falso invoca Deus como testemunha de uma mentira e, por isso, é falta grave. “Eu Sou Aquele Que
Sou”, ou seja, não existe outro nome abaixo ou acima dos Céus. - Aqui cabe também, em “não blasfemar o nome
de Deus e do Seu Cristo de tantos modos enganosos e diabólicos, até reduzir o Seu nome a uma “marca” comercial
indecorosa e a fazer filmes ou piadas sacrílegas sobre Sua vida e sobre Sua Divina Pessoa”. Os Privilégios, a
“Imagem” e a Santidade da Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo devem ser também respeitados e venerados,
evitando assim, as falsas interpretações humanas e adaptações racionalistas, bem como, o nome e a vida dos Santos
de Deus. “Que o nome de Deus não esteja sempre na tua boca, e que não mistures nas tuas conversas o nome dos
santos, porque nisso não estarias isento de culpa” (Eclo 23,10).

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TERCEIRO MANDAMENTO:
“Lembra-te do dia do Sábado para santificá-lo”.
- Guardar os Domingos, os Dias-santos e as Festas de preceito. O Sábado, que representava o término da Criação
(descanso de Deus), foi substituído pelo Domingo, dia da ressurreição de Cristo . No Domingo e também nos dias
de festa de preceito, os fiéis devem participar da Santa Missa, abstendo-se das atividades e negócios que impeçam
o culto a Deus. A instituição do Domingo contribui para que todos tenham tempo de repouso e lazer suficientes
para lhes permitir cultivar sua vida familiar, cultural, social e religiosa. - O Dia do Senhor é um dia abençoado, e
deve ser santificado, ou seja, não transformar o Domingo em “week-end”, no dia do esporte, das corridas, dos
divertimentos, do trabalho e dos negócios. “Trabalharás durante seis dias, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia,
que é um repouso em honra do Senhor, teu Deus, não farás trabalho algum” (Êx 20,9).

QUARTO MANDAMENTO:
“Honra teu pai e tua mãe”.
- Este é o único mandamento que é acompanhado de uma promessa do Senhor: “Honra teu pai e tua mãe, para
que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra” (Deut 5,16). Ele prescreve o fundamento da instituição da
Família, na visão de Deus Pai, através do Sacramento do Matrimônio, ficando portanto, excluídos novos modelos
de família fundados sobre a convivência, como a “união livre”, clandestinamente, alheios ao sacramento. Deus deu
autoridade aos pais sobre os filhos para o próprio bem deles. O casamento e a família estão ordenados para o bem
dos cônjuges, à procriação e à educação dos filhos, no temor ao Senhor. Os pais são os primeiros responsáveis pela
educação dos filhos, provendo-os de suas necessidades físicas e espirituais, inclusive a transmissão da Fé, da
oração e das virtudes, e também devem favorecer a vocação de seus filhos no seguimento a Cristo. São deveres dos
filhos quanto a seus pais: respeito, gratidão, ajuda e justa obediência aos seus princípios, conselhos e orientações,
evitando quanto possível as más companhias, que desvirtuam a boa educação e corrompem os bons costumes que
recebemos dos nossos pais. “Honra teu pai de todo coração, não esqueças os gemidos de tua mãe; lembra-te de que
sem eles não terias nascido, e faze por eles o que fizeram por ti” (Eclo 7,29-30).

QUINTO MANDAMENTO:
“Não matarás”.
- Desde o momento da concepção até a morte, a vida humana é sagrada já que foi criada à “imagem e semelhança”
de Deus vivo e Santo. Por isso, assassinar um ser humano ou tirar a própria vida é gravemente contrário à
dignidade da pessoa e à santidade do Criador, exceto quando em legítima defesa, quando se tira de um opressor
injusto a sua possibilidade de prejudicar. Significa este mandamento, observar e acatar o respeito devido ao valor
da vida humana, desde sua origem (concepção) até o término do curso natural da vida terrena, seja ela por velhice,
doença, acidentes, etc., sem contudo, legitimar e utilizar outros meios “artificiais”, clandestinos e perversos para
tirar a vida natural dos seres humanos. “Com efeito, quem quiser amar a vida e ver dias felizes, refreie sua língua
do mal e seus lábios de palavras enganadoras; aparte-se do mal e faça o bem, busque a paz e siga-a” (I Pd 3,8-11).

SEXTO MANDAMENTO:
“Não cometerás adultério”.
- “Não cometer atos impuros”. “O AMOR” é a vocação fundamental e originária do ser humano. Conforme
distribuído por Deus, cada um, deve reconhecer e aceitar sua identidade original, conforme a lei natural da Criação
de Deus, que é sábia e imutável. A aliança que os esposos contraíram livremente, implica um amor responsável e
fiel, que obriga a um casamento indissolúvel. Este mandamento prescreve que cada pessoa, segundo seu próprio
estado de vida, leve uma vida de castidade, da qual Jesus é o modelo perfeito, ou seja, abstendo-se de práticas
íntimas antes ou fora da união conjugal, que se realiza com o sacramento do Matrimônio. Todo indivíduo batizado
é chamado a levar uma vida casta, incluindo a aprendizagem do domínio pessoal. A observância da castidade
implica também em que qualquer “forma de impureza” (fornicação, adultério, pornografia, livre união, etc.) não
deve ser justificada, exaltada, acatada e propagada, a ponto de justificar até os atos contra a natureza
(homossexualismo, pedofilia). A castidade do corpo e da alma implica ainda, em usar de disciplina e pureza nas
palavras, nas conversas, nas atitudes, gestos, no lazer (diversão, programas, cinemas), etc..., seguindo os princípios
da moral cristã, não se conformando, contudo, com o que o “mundo” apresenta. - Todo pecado se comete fora do
corpo, mas o da impureza é uma usurpação contra a integridade do próprio corpo, porque mancha e destrói o
“templo” onde Deus soprou o Seu Espírito Santo, devendo portanto, ser conservado na pureza e na castidade.
“Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!” (Mt 5,8).

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SÉTIMO MANDAMENTO:
“Não roubarás”.
- Este mandamento prescreve a prática da justiça e da caridade na administração dos bens terrenos e dos frutos do
trabalho humano. Implica em não usurpar ou tirar um bem ou coisa que é de outrem contra a vontade do
proprietário, trabalhando, por conseguinte, para não difundir cada vez mais os furtos, a violência, os seqüestros, e
os roubos; assim como, evitar quaisquer formas de desonestidades que se comete contra o “próximo”,
desrespeitando sua dignidade pessoal. Todas as formas de servidão humana são proibidas na lei moral, pois o
homem não é um mero objeto; bem como, os maus tratos dados aos animais irracionais. Quanto à “esmola” dada
aos pobres, é um testemunho de caridade fraterna e também prática de justiça que agrada a Deus. “Ao ladrão estão
reservados a confusão e o arrependimento” (Eclo 5,6).

OITAVO MANDAMENTO:
“Não prestarás falso testemunho contra teu próximo”.
- Este mandamento implica em praticar a virtude da VERDADE, mostrando-se verdadeiro no agir e no falar,
usando de lealdade e caridade para com o próximo, afastando-se do sensacionalismo, duplicidade, simulação e
hipocrisia. (OBS: a verdade dita sem nenhum propósito, que humilha e ridiculariza o “próximo” deve ser evitada,
devendo-se usar de discrição e boa educação, conforme se apresentarem as circunstâncias, ou seja, usar de
moderação e disciplina no falar). A mentira consiste em dizer o que é falso, com a intenção de querer enganar ou
prejudicar o irmão, que tem direito à verdade. A IGREJA orienta para que os meios de comunicação social sejam
usados com moderação e disciplina porque a sociedade tem direito a uma informação fundada na verdade, na
liberdade e na justiça. E ainda implica, na observância de que não se propague cada vez mais a lei do engano, da
mentira, da falsidade. “Nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que
for possível, e benfazeja aos que ouvem” (Ef 4,29).

NONO MANDAMENTO:
“Não cobiçarás a mulher do teu próximo”.
- Este mandamento adverte contra a concupiscência carnal, entendendo-se que não se deve cobiçar a filha, a esposa,
a namorada, a companheira, a serva, etc. do próximo, seguindo a mesma linha de discernimento na condição
oposta, distinguindo porém, em cada criatura humana a “imagem e semelhança de Deus”. Essa luta exige a pureza
do coração e a prática da temperança, isto é, a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar, o
pudor. Devemos nos lembrar que somente aqueles que tiverem o coração puro é que verão a Deus (Mt 5,8).
“Então, Adão pôs à sua mulher o nome de EVA, porque ela era a mãe de todos os viventes” (Gên 2,18 e 3,20).

DÉCIMO MANDAMENTO:
“Não cobiçarás coisa alguma que pertença ao teu próximo”.
- Aqui neste mandamento está prescrito que não é legítimo e oportuno cobiçar e querer os bens ou “direitos” que
pertencem ao próximo, tais como: a casa, o carro, os animais, a propriedade, os empregados, etc..., os quais, foram
conquistados por direito, ou com o suor do seu trabalho. Este mandamento proíbe a ambição desregrada, nascida da
paixão imoderada das riquezas e do poder, que leva a um vício capital: a inveja, que pode ser combatida pela
benevolência, humildade, confiança e abandono à Providência Divina. O desapego das riquezas é requisito
essencial para entrar no Reino dos Céus (Lc 6,20). Deus é um Pai exigente em relação à salvação das almas, mas é
também muito zeloso no que se refere ao bem-estar material de seus filhos providenciando os bens materiais de que
necessitam. “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua Justiça e tudo o mais vos será dado como
acréscimo, porque Vosso Pai Celeste sabe do que necessitais” (Mt 6,33-32).

Segundo Jesus Cristo, estes dez mandamentos se encerram em


dois:
“Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si
mesmo”
(Mc 12,29-31).

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“FIZESTE-ME CONHECER OS CAMINHOS DA VIDA, E ME ENCHERÁS DE ALEGRIA COM


A VISÃO DA TUA FACE”. (Atos 2,28)

Exercício
Cada mandamento quer combater uma das causas que fazia o povo sofrer na opressão do Egito, e quer
mostrar o que o povo deve fazer para manter-se verdadeiramente livre. Por isso, para perceber todo o alcance dos
mandamentos, também para a nossa vida, a gente pode perguntar-se: qual o mal e opressão que este mandamento
quer combater? E qual o bem, ou qual o valor que este mandamento quer introduzir na vida do povo?
Por exemplo, a respeito do 1º mandamento: no Egito, na “casa da escravidão”, a religião dos deuses era
usada para reforçar o sistema e o poder do faraó. Ele fazia grandes estátuas e templos para impressionar o povo e
mandava que o povo dobrasse os joelhos diante dele próprio, como se fosse um deus. O mandamento quer
combater esta situação. E, hoje em dia, quais os ídolos que o povo, que nós, fabricamos e “adoramos” ? Dinheiro?
Poder? Sexo? TV?
Outro exemplo, a respeito do 2º mandamento: no Egito, o faraó fazia tudo em nome dos deuses; em nome da
religião, justificava-se as injustiças, os roubos, as mordomias etc. “Não usar o nome de Deus em vão” significa
isso: o nome de Deus é “Javé”, que quer dizer “Deus conosco”, “presença libertadora” (ver Ex 3,13-15); ora, é
absurdo usar o nome libertador de Deus para justificar a opressão e a exploração do povo. Isso acontece ainda
hoje? Ainda se usa a religião para explorar o povo?

Mandamentos da Igreja
1º) Ouvir Missa inteira nos domingos e festas de guarda.

2º) Confessar-se ao menos uma vez cada ano.

3º) Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição.

4º) Jejuar e abster-se de carne, quando manda a Santa Madre Igreja e fazer penitência em todas as sextas-feiras.

5º) Pagar dízimos segundo o costume.

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Jesus Cristo – Sua Vida e Sua Missão


A Vida Oculta de Jesus Cristo
Por volta do ano zero, uma jovem, de origem pobre, que era noiva de José, na aldeia de Nazaré, foi escolhida
por Deus para ser a mãe do seu Filho. Sem saber como isso ia acontecer, ela respondeu “SIM” ao chamado de
Deus. José apesar da dificuldade para entender isso, mas iluminado por Deus, respeitou a gravidez de Maria e a
recebeu por esposa (Mt 1,18-25; Lc 1,26-38). Assim, nasceu o tão esperado Messias, Homem e Deus. Nasceu
pobre no meio dos pobres, numa gruta de Belém. E isto nos é lembrado, todos os anos, pela festa do Natal.
Os primeiros a visitar o Menino Jesus e sua mãe são pessoas pobres: alguns pastores, mas vieram também
três sábios, de bem longe, do Oriente, seguindo a estrela que anunciava o nascimento de Jesus. Ofereceram a Jesus
incenso, porque é Deus, mirra (erva aromática), porque é homem, e ouro, porque é o Rei dos reis, o Senhor.
Herodes, tendo medo de perder o seu poder, mandou matar os meninos de até três anos de idade. Porém, José e
Maria conseguiram fugir com Jesus. Mas como esta história nós já conhecemos, então ver quem foi Jesus.
Ele nasceu como todos os bebês, foi amamentado, alimentado e foi crescendo ajudado por seus pais. Cresceu
em tamanho, sabedoria e em amor para com Deus e para com todo o mundo. Aprendeu a ler, escrever, conheceu as
Escrituras Sagradas e aprendeu a orar. Esta fase de sua vida é chamada de Vida Oculta, pois quase nada é relatado
nos Evangelhos. A única passagem desta fase que temos conhecimento, refere-se ao dia em que Jesus, aos doze
anos, separou-se de seus pais, que voltavam de Jerusalém, após os dias da festa de Páscoa, deixando-os aflitos.
Procuraram por Jesus, durante três dias, e o encontraram no templo, sentado junto aos doutores da lei, ouvindo e
interrogando-os. Todos estavam admirados com a sabedoria das respostas de Jesus. E ao ser informado da aflição
de seus pais, por conta de seu sumiço, Jesus respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo me ocupar
das coisas de meu Pai?” (Lc 2, 41-52).
No mais, nada sabemos sobre esta fase da vida de Jesus, mas ele deve ter sido uma criança normal como as
outras e na juventude, deve ter aprendido o ofício e trabalhado como carpinteiro com José. Só que Jesus agiu
sempre bem, sem cometer pecado.

A Vida Pública de Jesus Cristo


A partir dos 30 anos, começou a vida de Jesus Cristo que mais nos interessa. Foi a partir daí que começou
toda a sua história de amor, de ensinamentos, de curas e de milagres. Esta fase de sua vida, chamada Vida Pública,
teve cerca de 3 anos de duração, mas seu conteúdo é tão extenso e vivo quanto a vida inteira da maioria de nós.
O primeiro passo desta caminhada, foi quando Jesus encontrou seu primo João Batista, o Precursor, que
preparou o seu caminho e que o batizou nas águas do Rio Jordão. Durante o batismo, enquanto oravam, o céu se
abriu e o Espírito Santo desceu sobre Jesus, na forma de uma pomba, e uma voz veio do céu dizendo: “Tu és meu
filho bem-amado; em ti ponho minha afeição.” (Lc 3,21-22; Mt 3,13-17; Mc 1,9ss; Jo 1,31-34). Podemos perceber
que Jesus Cristo, foi batizado e crismado ao mesmo tempo. Aos discípulos de João Batista, que queriam saber se
Jesus era realmente o Messias, Jesus respondeu: “Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os
surdos ouvem, os mortos ressuscitam, os pobres são evangelizados, e feliz é aquele para quem não sou motivo de
escândalo!” (Lc 7,22b-23). Depois o Espírito Santo levou Jesus ao deserto, onde permaneceu por quarenta dias,
jejuou e foi tentado pelo demônio. Sem sucesso, o demônio afastou-se dele até outra ocasião e os anjos o serviram
(Mt 4,1-11; Mc 1,12; Lc 4,1-13).
Jesus então, cheio de graça e da força do Espírito Santo, voltou para a Galiléia, onde iniciou a escolha e a
preparação de seus discípulos. Ele ensinava e curava, e sua fama divulgou-se por toda a região. Jesus se aproximou
daqueles dos quais ninguém se aproximava: doentes; pecadores; estrangeiros; viúvas; prostitutas; adúlteros;
cobradores de impostos; mulheres; impuros; samaritanos; surdos; cegos; crianças; pequeninos e humildes;
bandidos; inimigos. A todos eles, ontem e hoje, Jesus oferece a sua palavra de esperança, que se encarna,
historicamente, num gesto de libertação.
Por todas estas obras de amor, e por anunciar a vinda do Reino de justiça e de amor, os poderosos
começaram a perseguir Jesus e seus discípulos. Mas Jesus já sabia de tudo o que teria que passar e sofrer, para a
libertação do mundo. Havia um grupo de 72 discípulos (Lc 10,1-20), do qual várias mulheres faziam parte (Lc 8,2;
Lc 23,49-24,10), e Jesus preparou, catequizando, 12 desses discípulos, durante estes 3 anos, para continuar a sua
missão após sua partida. Estes doze foram chamados “Apóstolos”. Ele sabia também, que um desses 12, iria traí-lo

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e entregá-lo aos seus inimigos. Sabia inclusive quem seria, mas era necessário que isso acontecesse. Era preciso ele
ser preso, condenado, crucificado e morto, para que pudesse ressuscitar dos mortos e ascender ao céu para a
salvação da humanidade.
Assim, sendo traído por Judas Iscariotes, Jesus foi condenado ao martírio da cruz pelos grandes do seu
tempo. A verdade sempre incomoda. Jesus morreu, de morte violenta, no meio de dois bandidos (Lc 23,32-43).
Mas ele ressuscitou “no terceiro dia” (Lc 24,46), isto é, no domingo da Páscoa (Mt 28,1). Para comemorar o
evento, os cristãos mudaram o dia santo de guarda do sábado para o domingo, o primeiro dia da semana, o dia do
Senhor. Para confirmar a fé de seus apóstolos e discípulos, Jesus apareceu-lhes durante um tempo privilegiado, de
40 dias (I Cor 15,3-8; At 1,3).

A Missão de Jesus Cristo


Jesus veio ao mundo com uma missão. E logo após ter sido tentado no deserto pelo demônio durante
quarenta dias, voltou e começou a pregar: “Fazei penitência, pois o Reino dos céus está próximo.” (Mt 4,17).
Ao ler esta passagem do profeta Isaías, na Sinagoga de Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim,
porque Ele me ungiu e consagrou para anunciar o Evangelho aos pobres; enviou-me para proclamar a
libertação aos presos e aos cegos a restauração da vista; para restituir a liberdade aos oprimidos e para
proclamar um ano de graça ao Senhor!”, Jesus, terminada a leitura, sentou-se com a maior simplicidade do
mundo, e comentou: “Aquilo que o profeta Isaías escreveu aqui, está se realizando hoje!”. Desta maneira Jesus
anunciou a todos a sua missão.

Jesus - A Mensagem do Reino


A boa nova chega entre nós, como é mencionado no Evangelho de São João (Jo 1, 14) “...e o verbo se fez
carne e habitou entre nós...”.
Deus envia seu filho amado, para dar ao povo o alimento da alma, o amor, a oração, ensinando-os a amar o
próximo, a partilhar o amor de Deus, a alcançar o Reino dos Céus através da oração e de seus próprios atos.
Durante toda a sua vida, Jesus, andou de aldeia em aldeia, fazendo aquilo que Deus lhe ordenou, ele dizia:
“O Reino de Deus está próximo! Convertam-se e acreditem nesta Boa Notícia” (Mc 1,15), podemos encontrar essas
mensagens em todos os Evangelhos. Você costuma ler os Evangelhos? Pois se procurarmos, encontraremos várias
passagens que nos fala do amor de Cristo: “Jesus andava por toda a Galiléia, ensinado e pregando a Boa Noticia do
Reino, curando todo tipo de doença e de enfermidade do povo.” (Mt 4,23), Jesus disse: “Devo anunciar a todos a
Boa Noticia do Reino de Deus, porque é para isso que eu fui enviado.” (Lc 4,43).
Para espalhar o anuncio da boa nova, então ele institui os seus apóstolos, que acreditam no que ele anuncia, e
manda que eles se espalhem pelo mundo, dizendo: “Vão e anunciem:- O Reino do Céu está próximo!” (Mt 10,7).
Jesus pregava para todos, humildes e poderosos, porém, quem mais acreditava eram os pobres e humildes,
pois conseguiam enxergar a Deus com o coração, isto muito alegrava a Jesus: “Felizes são vocês pobres, porque o
reino de Deus lhes pertence!” (Lc 6,20); “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, por que estes pequeninos
entendem e aceitam a minha mensagem, enquanto os poderosos, os que se acham importantes, nada entendem!”
(Mt 11,25).

O que é o Reino de Deus?


O Reino de Deus é o mundo do jeito que Deus quer, uma “terra sem males”, sem injustiça, sem fome, sem
pecado: onde os homens vivam unidos como irmãos e em profunda comunhão com Deus, como filhos do Pai.
O Reino de Deus é igual a uma pequena semente, ela vai crescer sem que se perceba. Essa é a missão de
Jesus, uma transformação que é pregada, e uma vez iniciada a transformação, a ação de Jesus cresce e produz fruto
de uma maneira imprevisível e irresistível (Mc 4, 26-34). E nós somos como um campo de trigo. Quando chega a
época da colheita seremos separados, o trigo, fruto de Deus, será acolhido, o joio e as ervas daninhas (os pecadores)
serão separadas e queimadas (Mt 13, 24-30.36-43). Todos nós estaremos à prova de nosso Pai.
Nesse dia seremos julgados por nossos atos, mas ninguém sabe qual será esse dia (Mc 13,32). Por enquanto
nos resta a esperança e a certeza de que o Reino de Deus vai crescer, que o mal será vencido e o mundo será
melhor, mas também temos uma enorme responsabilidade, pois Jesus nos chamou à ajudarmos para o crescimento
do Reino no mundo e esta é nossa missão de cristão, como Igreja de Jesus Cristo: ser semente, sinal e instrumento
do Reino, ser fermento na massa (Mt 13,33), ser como sal que dá sabor (Mt 5,13), ser como a luz que ilumina (Mt
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5, 14). Por isso imploramos ao Pai: “Pai, venha a nós o vosso Reino!” para o crescimento do Reino, em nós e no
mundo.
A Lei do Reino: O Amor
O Amor é o único caminho, a maior lei do Reino. Mas que amor é este?
É o amor do jeito que Jesus viveu e ensinou e que assim resumiu: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu
coração, de toda a tua alma e com todo o teu entendimento. Esse é o maior e primeiro mandamento. O segundo é
semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!” (Mt 22,36-39).
Muitos achavam que Jesus teria vindo para acabar com os 10 Mandamentos, mas ele explica claramente que
não queria acabar com eles, e sim lhes dar o verdadeiro sentido, pois para muitos (fariseus etc.), os mandamentos
haviam se tornado uma cerca que proíbe, e não um caminho a seguir. Eles acreditavam que eram bons e seriam
salvos só porque não roubavam, não matavam, freqüentavam o templo... Ele mostrou que os Dez Mandamentos são
ponteiros que indicam o caminho e que são os primeiros e indispensáveis passos, numa longa e difícil estrada que
leva ao amor. Quando Jesus apresenta o Amor como nova Lei do Reino nas bem-aventuranças (Mt 5,1-11), ele se
refere sempre à Lei de Moisés.
“Se alguém diz: - Eu amo a Deus e, no entanto, odeia seu irmão, esse tal é mentiroso; pois quem não ama o
seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê. E este é justamente o mandamento que recebemos
de Jesus: quem ama a Deus, ame também seu irmão!” (1 Jo 4,20-21). Mas como amar?
Jesus diz: “Amem-se uns aos outros, como eu vos amei!” (Jo 15,12). Eis o exemplo, Jesus, a fonte
inesgotável do verdadeiro amor. Amor com “A” maiúsculo. Amor que só aprendemos na escola de Jesus e num
único livro: o Evangelho. É um amor exigente: “para o cristão, o amor não é simbolizado por um coração, mas sim
por uma cruz!”

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Jesus Cristo – Sua Divindade e Ação Libertadora

A Divindade de Jesus Cristo


A lição desta semana aborda o mais extraordinário acontecimento do Universo: a encarnação da Segunda
Pessoa da Trindade.
Jesus era um homem igual a nós em tudo, menos no pecado. Ele se cansava, chorava, sofria, se alegrava,
sofria tentações e até passava por momentos de “fossa”, pois se aborrecia com as coisas erradas e com a falsidade.
Jesus foi um homem manso e humilde de coração, carinhoso com os necessitados que corriam até Ele; cheio
de ternura com seus familiares e amigos (como José e Maria, Lázaro, Marta e Maria, João Batista, Pedro, João e os
outros apóstolos, etc.); paciente e bondoso para com os pecadores; mas também enérgico e corajoso, como quando
chamou os chefões religiosos de hipócritas, mentirosos e opressores do povo, ou quando expulsou os que
transformavam o Templo de Deus em um simples local de comércio.
Ele foi também sábio e prudente, evitando atritos com os que o perseguiam e nunca caiu em suas armadilhas,
inclusive pedindo ao povo que não espalhassem seus milagres para evitar a ira dos que queriam sua cabeça.
Jesus era sempre perfeitamente coerente, positivo, sincero e livre. Jamais falava ou fazia algo apenas para
agradar alguém ou para adquirir popularidade. Ele era bom e tocava fundo nos corações, mas questionava e exigia
mudança de vida, renúncias e sacrifícios.
Enfim, Jesus é o homem perfeito, cheio do Espírito Santo de Deus, conforme havia anunciado o profeta
Isaías (Is 11,2-3). Analisando os Evangelhos com carinho, sobre esta personalidade de Jesus Cristo, podemos
concluir que: “humano assim, só Deus mesmo”. E Ele mesmo nos disse isso por várias vezes, vejamos:
“Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30) “Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9)
“Eu estou no Pai e o Pai está em mim” (Jo 14,11) “Eu sou o filho de Deus” (Mt 26,63)
“O que o Pai faz, o Filho também faz” (Jo 5,19) “Tudo que pertence ao Pai, é meu também” (Jo16,15)

E Jesus nos prova através de suas obras, que são sua vida de amor e seus inúmeros milagres, que Ele é realmente o
Filho de Deus e como prova suprema de sua Divindade, Jesus ressuscita dos mortos!
Isso não aconteceu sem que fosse necessário. O Salvador do homem deveria der seu “parente próximo”,
escolhido dentre os irmãos e, ao mesmo tempo, sua vida santa deveria valer a justiça de Deus em favor do ser
humano – a Vida de Deus! (Heb 2,14-18). Somente assim Ele morreria, não apenas pelos pecados de um só, mas
por toda a humanidade. Deveria ser homem para segurar na mão da humanidade e, ao mesmo tempo ser Deus para
segurar na mão da Divindade.
Não é à toa que tantas declarações verdadeiras acerca de Jesus, à primeira vista possam parecer
contraditórias. Ele veio à Terra como Deus e como homem; mortal e imortal; finito e infinito; nosso Criador e
nosso irmão! Agora o Eterno Criador do Universo também é humano. Incalculável honra, insondável mistério,
abençoada segurança para a nossa redenção!
“... A reconciliação do homem com Deus só poderia ser realizada por um Mediador que fosse igual a Deus,
possuísse atributos que o dignificassem e o declarassem digno de tratar com o infinito Deus em favor do homem, e
também representasse Deus a um mundo caído. O substituto e penhor do homem tinha de ter a natureza do
homem, ligação com a família humana a quem deveria representar...” – Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 257.
“Cristo veio à Terra, tomando sobre Si a humanidade e constituindo-se representante do homem, para
mostrar, no conflito com Satanás, que o homem, tal como Deus o criou, unido ao Pai e ao Filho, poderia obedecer
a todo reclamo divino.” – Mensagens Escolhidas, Vol.1, pág. 253.
E mais uma coisa: com a encarnação, deus uniu-se de modo especial a toda a humanidade e cada ser humano
é, assim, um valor imenso, divino. Por isso Jesus nos diz: “Tudo o que fizerem ou deixarem de fazer, sobretudo
aos mais pequeninos e sofredores, é a mim que vocês farão ou deixarão de fazê-lo!” (Mt. 25,31-46).

Jesus Cristo – O Libertador


Assumindo a profecia de Isaías, Jesus de Nazaré se apresenta como o libertador prometido e deixa bem claro
alguns pontos fundamentais de seu programa de ação. Seu próprio nome – Jesus – em língua hebraica, quer dizer:
“Deus liberta”. Seus discípulos o chamarão também pelo apelido de “Cristo”, que quer dizer “ungido”, isto é,
“consagrado para uma missão” (em hebraico: “Messias”). Jesus veio libertar todos os homens, mas com um
amor preferencial pelos pobres, pelos pequenos, por aqueles que a sociedade mais oprime e marginaliza.

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Mas Que Libertação é essa?


A missão de Jesus é libertar os homens de tudo o que escraviza e oprime. Ele veio libertar do egoísmo e da
cegueira que não nos deixa ver nem o irmão e nem Deus; libertar da opressão e da injustiça, da miséria e da fome,
do ódio e da violência, da ganância e da corrupção, da doença e da morte; libertar dos falsos conceitos religiosos
que alienam e oprimem o homem; libertar enfim, do pecado, a raiz de todo o mal e escravidão. Jesus veio libertar o
homem de si próprio para ele ser mais gente, mais irmão, mais filho de Deus.

Como Jesus liberta?


Jesus não veio trazer a salvação de mão beijada, como num passe de mágica. Ele veio nos mostrar e abrir o
caminho da libertação: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.” (Jo 14,6).

Jesus liberta pelo seu modo de ser


Jesus é gente de verdade! Um homem livre de tudo e de todos: não anda na onda dos outros; não se deixa
influenciar pelos poderosos e, mesmo ao ser tentado, como todos os homens são, não se deixa escravizar pelos
instintos ou por uma vida fácil. (Mt 4,1-11). Um homem pobre, despojado de todo bem material. Um homem
incrivelmente puro, sem maldade ou pecados: nele, tudo é amor!
Durante 30 anos viveu junto com sua família. Não foi à toa todos esses anos de vida familiar, ele quis
mostrar a importância dessa primeira e fundamental experiência de vida comunitária que é a família. Depois
durante os outros 3 anos de sua vida, Jesus vive como irmão, numa comunidade de amigos e discípulos, partilhando
com eles o pão, a alegria e as preocupações, trabalhando junto com eles para o bem do povo.
Vive em profunda comunhão com Deus, com amor e carinho, ele se dirige a Deus, chamando-o “Meu Pai”.
Desde garoto ele afirmava: “Eu devo fazer a vontade do Pai”.
Fez-se gente para ensinar-nos à viver como gente: verdadeiramente livres, irmãos uns dos outros e em
comunhão com Deus Pai.

Jesus liberta pelo seu modo de agir


Nascido e criado no meio dos pobres, Jesus conheceu o sofrimento de seu povo: um povo doente, com fome,
explorado, sem voz e sem vez, como ovelhas sem pastor. Jesus sofria e se angustiava com o sofrimento do povo e
andava, de aldeia em aldeia, fazendo o bem a todos: curava os doentes, alimentava os famintos, expulsava o mal do
coração das pessoas, libertando-as do demônio e do pecado, raiz de toda a escravidão. Jesus libertou até da morte.
Os milagres de Jesus são sinais do tipo de libertação que ele veio trazer e que Deus quer: libertação de tudo
que oprime e faz o ser humano sofrer, libertação de todos os males, suas causas e, sobretudo sua raiz que é o
pecado.
Jesus era irmão de todos, amava e ajudava a todos, mas tinha uma atenção e um carinho muito especiais para
com aqueles discriminados (mulheres e crianças), oprimidos (os mais pobres), marginalizados (leprosos,
prostitutas, etc.). Quer uma sociedade de irmãos, onde não haja discriminação e injustiças, onde todos sejam
respeitados e valorizados como irmãos e filhos do Pai.
Jesus denunciava tudo o que impede o ser humano de crescer como gente e como irmão: o egoísmo dos ricos
e poderosos, a falsidade dos religiosos, que usavam a religião, não para libertar, mas para oprimir e alienar o povo.
Ao mesmo tempo Jesus anunciava a todos uma Boa Notícia:
O Reino de Deus já chegou, o caminho da libertação está aí; a fraternidade universal é
possível: sua fonte é a comunhão com Deus Pai.

Conclusão
Temos, portanto, em Jesus Cristo, um Salvador que venceu e Se tornou representante da raça humana. Todos
aqueles que O aceitam pela fé são parte de Sua vitória, são troféus de Seu sacrifício. São também companheiros de
Sua jornada neste mundo. São a nova humanidade redimida, pois Alguém lutou por eles, morreu no lugar deles,
santificou-Se e apresentou-Se perfeito à Deus por eles, para que recebam o Seu perdão, a Sua santidade, a Sua
vitória e, finalmente, o Seu reino e a Sua vida eterna!

SER CRISTÃO É ISSO:


VIVER DO JEITO QUE JESUS VIVEU,
AGIR DO JEITO QUE JESUS AGIU.

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O Mistério do Santo Sudário


Santo Sudário é o pano de linho puro, que foi utilizado para envolver o corpo de Jesus Cristo após sua
crucificação, antes que este tenha sido levado ao Santo Sepulcro. Mede 4 metros e 36 centímetros de comprimento
por 1 metro e 10 centímetros de largura. Encontra-se hoje na cidade de Turim, na Itália. No tecido encontramos
manchas de sangue humano, com as marcas do flagelo e suplício sofridos por Jesus de Nazaré. Este pano é a prova
maior da existência de Cristo e do que este sofreu.
Após a fotografia tirada do Santo Sudário em 1898, ficou mais fácil estudá-lo à luz da ciência, devido à
nitidez da figura de frente e de costas. E desde então tem se discutido o assunto sem o apoio exclusivo da Fé,
facilitando assim a aceitação por qualquer ser humano, de qualquer raça ou religião. É, sem dúvida, uma relíquia
que tem muito a esclarecer sobre a História da Humanidade.
O desafio à fé e à ciência, a prova mais redundante de que um Homem chamado Jesus Cristo existiu e deixou
entre nós e principalmente para os ateus, a prova de Sua Divindade.

A Idéia da Falsificação Está Agora Descartada


O Sudário de Turim, abriga pólens de plantas que só podem ser encontradas na região de Jerusalém e cuja
data é anterior ao século 8 a.C., podendo provir de épocas bem mais antigas. Esta informação derruba
definitivamente a tese de que o Sudário seria uma falsificação produzida NA Europa durante a Idade Média. Essa
idéia, comunicada de maneira sensacionalista em 1988, baseava-se numa única prova: a datação da relíquia,
realizada pelo método carbono 14, que fixou como período de sua fabricação os anos compreendidos entre 1260 e
1390 d.C.. A opinião pública embarcou nesta tese, sem atentar para os seguintes fatos:
1-) O Sudário já passou por milhares de teste;
2-) De todos os experimentos, só o de carbono 14 contestou a autenticidade da peça;
3-) Os especialistas se opuseram à utilização desta técnica, devido à grande contaminação que o pano sofreu ao
longo dos séculos;
4-) Harry Gove, o principal responsável pela datação, admitiu que a contaminação poderia Ter falseado os
resultados do teste carbono 14.
Os autores da tese de falsificação se esqueceram de responder a uma pergunta:
“Como foi produzida a imagem no tecido?”
A Síndone, (outro nome pelo qual é conhecido o Sudário, pois deriva da palavra grega sindón, que significa
lençol) apresenta uma imagem muito tênue e invertida. Ela é reinvertida e revela detalhes espantosos, quando
observada no negativo fotográfico. Esse fato causou enorme surpresa a um advogado italiano, que em 1898, fez a
primeira foto do lençol. Surpresa ainda maior ocorreria quase cem anos mais tarde, em 1974, quando se descobriu
que a imagem comportava também uma informação tridimensional. Verificou-se que era possível relacionar de
maneira rigorosa a intensidade das marcas produzidas no tecido com a distância que supostamente havia separado
pontos do pano do corpo do morto.
Com base nisto, dois pesquisadores americanos utilizando um computador da Nasa, fizeram, em 1978 uma
reconstituição volumétrica integral do corpo. Para alguns, ela é uma proa da ressurreição de Jesus. Para outros,
continua sendo um mistério insondável que a Ciência ainda está longe de explicá-lo.

O Incêndio – As Chamas que Danificaram a Relíquia


O que primeiro chama a atenção de quem olha o Sudário é um conjunto de manchas simétricas, dispostas ao
longo de duas linhas longitudinais, que percorrem o pano de uma extremidade à outra. Elas são conseqüências do
incêndio que, na noite de 3 para 4 de dezembro de 1532, queimou a capela do castelo de Chambéry, na França,
onde estava guardada a relíquia. Dobrada em 48 camadas, a Síndone encontrava-se dentro de uma caixa de madeira
fechada, revestida de prata por fora e de veludo por dentro, Derretida pelo calor, a prata gotejou sobre uma das
bordas do tecido, produzindo uma queimadura que, devido às dobras, danificou simetricamente o Sudário. As
partes queimadas foram remendadas, dois anos mais tarde, pelas freiras clarissas da capela de Chambéry. Além do
fogo, também a água, utilizada para apagar o incêndio, produziu marcas na Síndone, formando halos ao longo do
eixo central e nas margens longitudinais do pano. O Sudário apresenta também quatro grupos de pequenos furos,
resultantes de uma queimadura bem mais antiga. O Código de Pray, um manuscrito de 1192 –1195 (portanto
anterior à suposta idade da Síndone estabelecida pelo teste do carbono 14), mostra o corpo de Jesus envolvido num
pano que exibe furos idênticos aos do Sudário. Parece que o autor do Código o utilizou como modelo.

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O Carbono – Como a Fumaça Confundiu o Exame


Há uma enorme probabilidade de que a fumaça produzida durante o incêndio de Chambéry, tenha
contaminado o Sudário, depositando em suas fibras o carbono de outras substâncias presentes. Isso é mais do que
uma simples hipótese. Um cientista russo resolveu reproduzir as mesmas condições em laboratório. “Apareceu com
clareza uma grande troca entre o gás carbônico do ambiente e o tecido, a qual modificou o conteúdo de carbono 14
do último”, disse. “A troca foi bem elevada: cerca de 25% do total. Isso falseou os resultados do exame, e realizado
o teste com radiocarbono, o linho apareceu muito mais recente do que era na realidade”. Esse experimento, por si
só desqualifica completamente a datação do Sudário feita pelo método carbono 14.

Os Pólens – Traços Deixados pela Coroa de Espinhos


Um botânico israelense analisou o pólen achado no Sudário e concluiu que ele provém de plantas que só
podem ser encontradas numa única localidade do mundo: a região de Jerusalém. E numa única época do ano: os
meses de março e abril. Um desses pólens corresponde à espécie Gundélia tournefortii, que segundo os
especialistas, teria sido utilizada na confecção da coroa de espinhos. Pólens dessa e de outras espécies também
foram encontrados no chamado Sudário de Oviedo, um lenço guardado na cidade do mesmo nome, na Espanha. De
acordo com vários estudiosos, essa peça de linho, de 83 por 52 centímetros, teria sido colocada sobre o rosto de
Jesus, já recoberto pela Síndone. De fato, o Evangelho de João refere-se a mais de um pano funerário (conf. Jo 20,
6-7) e as pesquisas mostraram que os vestígios presentes nos dois tecidos coincidem perfeitamente. Entre esses
vestígios, foram identificadas 70 manchas de sangue, que se sobrepõe de maneira exata.
Como a existência do sudário de Oviedo é documentada desde o século 8, os pesquisadores israelenses
concluíram que o lençol de Turim não poderia ser posterior a esta data.

O Pano – Fibras que Não Existiam na Europa


Peça contínua de puro linho, com 4,36 m de comprimento, 1,10 m de largura e 0,34 mm de espessura. O
pano, produzido em tear manual, é muito rústico. E as técnicas de afiação e tecelagem nele utilizadas eram
amplamente difundidas no Oriente Médio, na época de Jesus, tendo sido encontrados vários tipos similares. A
celulose das fibras apresenta-se degradada. E o tecido, originalmente branco-marfim, exibe uma coloração
amarelo-palha, por efeito da oxidação. Além do linho, o Sudário contém vestígios de fibras de um tipo de algodão
do Oriente Médio. Isso leva a crer que o pano tenha sido tecido num tear previamente utilizado na confecção de
peças de algodão. O que é mais um argumento a favor da origem oriental do Sudário.

A Impressão – A Luz Ofuscante que Chamuscou o Lençol


No esforço quase irracional de negar a autenticidade do Sudário, alguns estudiosos lançaram mão de todo o
tipo de hipótese para explicar a formação da imagem: pintura, compressão do tecido sobre o corpo de um cadáver
untado com óleos, frotagem do linho sobre um baixo-relevo e até uma fotografia produzida em plena Idade Média.
Nenhuma dessas idéias resistiu às análises científicas. As pesquisas mostraram que:
1-) a imagem não apresenta contornos nítidos, nem linhas que seguem direções preferenciais, como ocorre com
todo o desenho, pintura ou frotagem;
2-) apesar de o linho ser fino, a imagem é superficial e não aparece do outro lado do pano, ao contrário do que
ocorreria com uma pintura, compressão ou frotagem;
3-) não há vestígios de pigmentos, tintas ou vernizes, nem da difusão de líquidos através da trama do tecido (exceto
nas marcas de sangue e nas manchas de água);
4-) a imagem não apresenta as deformações que seriam inevitáveis se o lençol tivesse sido comprimido sobre um
cadáver (nesse caso, devido à tridimensionalidade do corpo, partes como o nariz, por exemplo, produziriam uma
impressão bem mais larga do que o normal);
5-) a imagem dorsal não é mais intensa nem mais profunda do que a frontal, o que seria de se esperar no caso de
uma impressão por contato; ambas tem características idênticas, como se, no instante da formação da figura, o
corpo, deitado, apresentasse peso zero;
6-) o tratamento da imagem por computador produziu uma forma tridimensional proporcionada e sem distorções, o
que jamais ocorre em caso de pintura ou fotografia.

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O Brilho Emanou do Corpo


Descartadas todas essas hipóteses, como explicar a impressão?
Alguns cientistas sugerem que a imagem como está só poderia ser produzida se, numa fração de segundos, o
corpo tivesse emitido um clarão equivalente ao da luz solar ou de uma explosão nuclear, como a bomba de
Hiroshima. Pela análise da figura, conclui-se que essa luz não foi refletida pelo corpo, como ocorre numa
fotografia, mas emanou dele mesmo, chamuscando o pano.

A Imagem Dramática que Aparece no Negativo Fotográfico


Entre 1978 e 1981, um grupo internacional de cientistas do mais alto nível, reunidos no Projeto de Pesquisa
do Sudário de Turim, dedicou, em conjunto, quase 150 mil horas de trabalho à análise do lençol mortuário. E
chegou à conclusão de que a figura que nele aparece não é uma representação, mas uma imagem misteriosamente
produzida pelo corpo que ele envolveu. Este apresenta uma grande quantidade de feridas, com uma precisão de
detalhes simplesmente espantosa. É o caso, por exemplo, dos halos formados em trono das manchas de sangue,
decorrentes da separação entre a parte sólida e o soro. Segundo os pesquisadores do projeto, o corpo exibe sinais
indiscutíveis de morte e rigidez, mas nenhum indício de decomposição – informação que foi interpretada por
muitos como uma das provas da ressurreição.

O Homem – Marcas do Açoite e da Crucificação


O lençol apresenta uma imagem dupla, ventral e dorsal, de um homem nú, em tamanho natural. Os
pesquisadores calculam que ele tinha entre 30 e 35 anos, cerca de 1,80 m e 81 kg, e que era um homem musculoso,
habituado ao trabalho manual. A barba, o cabelo e os traços faciais são característicos do grupo racial semita.

Cabelos Trançados
Um historiador inglês chamou a atenção para o formato da longa mecha de cabelo que cai sobre o meio das
costas. Assemelha-se muito a uma trança desmanchada. Trançar os cabelos atrás do pescoço era uma moda comum
entre os homens judeus do tempo de Jesus. As numerosas marcas de ferimentos que aparecem no homem do
Sudário revelam que ele foi brutalmente açoitado, coroado com espinhos, crucificado e perfurado com lança do
lado direito do tórax. Estudos concluíram que elas correspondem, nos mínimos detalhes, às narrativas sobre a
flagelação, morte e sepultamento de Jesus que aparecem nos Evangelhos. E que acrescentam informações
desconhecidas pela tradição cristã, mas confirmados pela recente pesquisa histórica e arqueológica – como o fato
de o crucificado ter sido pregado à barra horizontal da cruz pelos pulsos e não pelo meio das mãos.
É impossível acreditar que falsificadores medievais pudessem saber de tudo isso. Além de dominar uma
técnica de impressão sem paralelos na história, eles precisariam ter conhecimentos de arqueologia, história,
anatomia e fisiologia que só se tornaram disponíveis no século 20.

As Profecias do Santo Sudário


Existem diversas profecias relacionadas ao Santo Sudário. Tratam-se de uma lenda do fim do século
XVII, onde um senhor de nome Gerald, ia todas as semanas confiar suas penas ao Santo Linho, e certo dia,
quando rezava, ouviu uma voz dizer: “Volte amanhã em outra hora, que vou lhe confiar os destinos da
humanidade”. Geral voltou e a voz começou a dizer “palavras que pareciam não ter significado algum, mas que
depois revelaram um conteúdo profético”. Isto foi entre 1572 e 1577 e essas profecias estão atravessando os
tempos, provando serem muito mais do que uma lenda. Contemple as Profecias do Santo Sudário:
Profecias já concretizadas: Profecias que ainda não ocorreram:
• 1ª Guerra Mundial • Continuação dos terremotos
• 2ª Guerra Mundial • 3ª Guerra Mundial
• Queda da Monarquia • Bomba de cor branca fará parte da Terra estéril
• Morte de Kennedy • Anticristo em Roma
• Mussolini assassinado em praça pública • Um Papa será assassinado
• A conversão da Rússia
• Dias felizes por longo tempo

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SINAIS QUE CONFIRMAM A NARRATIVA DA BÍBLIA

Alguns estudiosos já chamaram o Sudário de “O Quinto Evangelho”. Pois, tanto quanto os textos de Marcos,
Mateus, Lucas e João, ele fornece informações preciosas sobre a tortura, a morte, o sepultamento e a ressurreição
de Jesus. A diferença é que esse Evangelho puramente visual quase nada oferece ao olhar apressado e desatento.
Ele exige uma observação respeitosa, acurada e paciente, de preferência medida pelos óculos da ciência. Aí sim, o
Sudário apresenta uma quantidade esmagadora de informações. E desvenda a história de um sacrifício capaz de
emocionar até o mais insensível dos observadores. É difícil sair ileso do confronto com as lições desse pano
milenar.
A coroa de espinhos não era uma simples tiara, mas um artefato que cobria
a cabeça toda. O soldado que a surdiu deve Ter usado seu próprio capacete
como molde. Os espinhos, com 5 cm de comprimento, causaram 72
perfurações na cabeça.
A flagelação foi tão
brutal que, por si só, teria
matado uma pessoa mais
frágil. Ela acelerou a
morte do homem do
Sudário, abreviando sua permanência na cruz. Oram contados
de 90 a 120 ferimentos de açoite. A forma das feridas
corresponde às produzidas pelo flagrum, o chicote romano.
Os condenados não carregavam a cruzes completas, mas
apenas as barras horizontais. Os mastros ficavam pré-fixados
no local de execução. Mesmo assim, o transporte da trave
provocou grandes hematomas nas costas do homem do Sudário. E quedas ao longo do percurso machucaram seus
joelhos e rosto. A rótula esquerda e o nariz apresentam contusões graves, com a provável separação da cartilagem
nasal.
Os pregos não foram fixados no meio das mãos, como se pensa. Mas numa
parte do pulso conhecida pelos anatomistas como “espaço de Destot”. Se o
traspassamento tivesse ocorrido no meio das mãos, estas teriam se rasgado
com o peso do corpo. Ao passo que, no “espaço de Destot”, a introdução dos
pregos assegurava uma fixação firme à cruz. A perfuração dos pulsos
secionou os nervos medianos, provocando a retratação dos polegares. Estes
estão dobrados para o interior das mãos na figura do Sudário.
O poste da cruz não era alto. E a barra horizontal se encaixava nele por
meio de uma fenda. O estudo dos rastros de sangue mostra que o homem foi pregado à barra sobre o chão, sendo
depois alçado até o topo do mastro. Seus pés, o esquerdo sobre o direito, foram fixados ao poste por um único
prego, com cerca de 18 cm.
A morte na cruz era causada por lenta asfixia, provocada pela posição dos braços. A
imagem do Sudário mostra que o homem se ergueu várias vezes para tomar ar. Visando
acelerar a morte, era costume quebrar as pernas dos condenados, impedindo tal
movimentação. Isso não ocorreu neste caso, o que concorda com o relato dos Evangelhos,
segundo os quais nenhum de seus ossos foi quebrado.
A estocada de lança, que era um golpe de misericórdia, ocorreu quando o homem já se
encontrava morto. O Sudário mostra que ela produziu um forte jato de hemácias (a parte
vermelha do sangue), seguido por um fluxo de plasma (a parte clara), prova de que grande
quantidade de sangue se acumulou e decantou no pericárdio. Isso converge com o texto
bíblico, que fala num jorro de “sangue e água”.
A deposição da cruz também ficou registrada no pano de linho. Nas manchas de
sangue na região dos pés, percebe-se nitidamente as marcas dos dedos das mãos de uma
pessoa que sustentou o morto da descida do patíbulo.
“Seriam os dedos do apóstolo João?”, perguntam-se alguns estudiosos.
O sepultamento foi feito após uma preparação sumária do corpo. Se ele tivesse sido lavado, conforme o
costume judaico, o sangue não haveria manchado o Sudário. Também aqui confere com a descrição bíblica, que
sugere um apressamento dos ritos funerários, devido à aproximação do Shabat, o dia do repouso judaico, que
começa a ser contado a partir do crepúsculo da sexta-feira.

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Saiba tudo sobre o Santo Sudário


1- O que vem a ser “o Santo Sudário”?
R: O lençol de linho branco que envolveu o
corpo de Nosso Senhor, antes de sepultá-lo, no
qual milagrosamente se vê sua imagem por
inteiro, de frente e de costas, imagem
tridimensional, e exatamente como estava
após sua crucificação, com todas as marcas de
Sua paixão.
2- Quem envolveu Nosso Senhor nesse
lençol?
R: José de Arimatéia e Nicodemos.
“Tomaram, pois, o corpo de Jesus, e
envolveram-no em lençóis com aromas,
segundo a maneira de sepultar usada entre os
Judeus (João 19-40)”.
3- Qual era a medida desse lençol, ou seja,
do Sudário?
R: 4,36 m de cumprimento por 1,10 m de
largura.
4- Qual era a altura de Nosso Senhor?
R: 1,83m e pesava aproximadamente 81
quilos.
5- Diz-se que uma bondosa mulher
chamada Verônica enxugou o rosto de
Jesus no caminho para o Calvário e Sua
Santa Face ficou impressa também naquele
tecido. É verdade?
R: Ao menos no que se lê nos Evangelhos,
essa passagem não é narrada. Possivelmente
trate-se, ao contrário do milagre do Santo
Sudário, de uma lenda. Como a lei judaica
proibia qualquer contato pessoal com objetos
que tivessem tocado um cadáver, os discípulos
apresentaram após algum tempo, o Santo
Sudário dobrado, onde mostrava somente a
Santa Face de Nosso Senhor. Alguns
estudiosos, porém, falam da existência de uma
peça de tecido conhecida como Mandylion de
Edessa que era adorada como sendo uma
imagem de Cristo e que comprovadamente
não era também feita por mãos humanas. Conta que mesmo o rei Abgar V se converteu ao cristianismo ao obter
uma cura, após lhe mostrarem essa Imagem.
6- Onde era encontrado o Santo Sudário?
R: Em Constantinopla, em um monastério chamado Santa Maria de Blakerne, onde era exposto todas as sextas-
feiras. Hoje está na Capela do Santo Sudário na catedral de São João Batista em Turin, na Itália.
7- Aconteceu alguma vez do santo Sudário ter sido roubado?
R: Sim, por Roberto de Clay, chefe da IV Cruzada, quando tomou a cidade de Constantinopla. Porém os
Templários sigilosamente o guardaram entre outras relíquias saqueadas.
8- Quem eram os Templários?
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R: Eram nobres, encarregados pelo papa de proteger as propriedades da Igreja, porém formavam uma sociedade
secreta e em suas cerimônias veneravam um estranho ídolo, representado pela cabeça de um homem com barba. Os
iniciados ficavam deitados ao chão e os chefes levantavam sua cabeça rapidamente para que vissem por instantes, a
Face de Nosso Senhor.
9- O Sudário em tempos remotos, era exposto publicamente?
R: Em 1036 era carregado em procissão pelas ruas de Constantinopla. Em 1353, um importante cavaleiro templário
exibiu publicamente o Santo Sudário na diocese de Lirey. Em 1453, Margherita de Charny deu a posse do Santo
Sudário ao Duque Luís di Savóia, de família real italiana. Em 1983 o rei da Itália, ao morrer, deixou-o na Santa Sé.
10-O que dizer sobre o “teste do carbono 14” que alega que o Santo Sudário não seja um Milagre e sim uma
pintura feita por algum artista medieval?
R: Esse teste foi realizado em 1988 nos Estados Unidos (Arizona) o qual realmente concluiu - erroneamente - ter
sido o Santo Sudário pintado entre os anos 1260 e 1390. Porém artista algum da Idade Média poderia ter criado
uma imagem negativa anatomicamente perfeita, levando em conta os princípios da fotografia, que só seria
inventada 500 anos mais tarde - entre tantas e tantas provas da autenticidade do Santo Sudário. Há 100 anos o
Santo Sudário passou a ser estudado com todo rigor científico, a começar por Pierre Barbet, médico e professor de
medicina legal. Examinado em microscópios eletrônicos não foi encontrado sequer um traço de corante ou tinta.
No Congresso de Turim em 1998, o professor Leôncio Garça Valdez apresentou o seguinte: examinando os fios do
tecido do Sudário, constatou que esses fios estão envoltos em uma capa bioplástica produzida por bactérias
presentes no tecido o que invalida completamente o teste do carbono 14. Em 1978 os cientistas da Nasa, através de
um projeto chamado STURP, realizaram o mais sofisticado estudo interdisciplinar já feito mundialmente e após
quatro anos de pesquisas a conclusão: o Sudário é incontestavelmente VERDADEIRO, um milagre ocorrido
certamente no momento de Sua Ressurreição. Os cientistas da Nasa afirmam com estas palavras: “foi causada por
uma irradiação calórico-luminosa, especial, instantânea, saída do corpo do Crucificado envolto no Sudário”. E tal
conclusão causou enorme espanto nos cientistas, como afirmou o Dr. D’Muhala, coordenador do projeto STURP.
Uma eclosão de luz e calor que saiu do corpo de Cristo, no momento de sua ressurreição. A imagem que se vê no
negativo fotográfico do Sudário é a imagem de feridas de um homem que foi brutalmente açoitado. Feridas que
correspondem com as descrições bíblicas da Crucificação.

11- Nos crucifixos mostram o cravo pregado nas palmas da mão de Jesus?
R: Exatamente pelos estudos feitos por esse cientista, concluiu-se que na palma da mão não existe suporte ósseo
suficiente para manter um crucificado na cruz. Rasga e o corpo cai. Portanto o cravo foi pregado nos pulsos de
Nosso Senhor, numa região denominada “Espaço de Destot”.
12- Como era esse chicote usado em Nosso Senhor?
R: Era feito de couro, com chumbinhos nas pontas e se chamava flagrum, que deriva da palavra flagelo.
13- Quem mandou chicotear Jesus?
R: Pilatos.
14- Como se portavam os soldados romanos diante d’Ele?
R: Divertiam-se com seu sofrimento, batiam-lhe, cuspiam-lhe à face, enterraram com pauladas, a coroa de espinhos
em Sua santa Cabeça.
15-Por que um dos soldados ainda transpassou-lhe o peito com uma lança, se Jesus já estava morto?
R: Era costume deixar os corpos dos crucificados até que apodrecessem e fossem comidos por aves de rapina.
Somente permitiam tirar o corpo da cruz, caso a família da vítima reclamasse o corpo. O soldado então o feriu com
um golpe mortal para autenticar que estava realmente morto, antes que o tirassem da cruz.
16- Dizem que tinham o costume de colocar uma moedinha sobre cada olho do cadáver, para que
permanecessem fechados. Isto é verdade?
R: Sim, é verdade. E por esta razão o professor de teologia da Universidade de Chicago descobriu, por meio de
ampliações fotográficas computadorizadas, duas moedinhas, as quais se dava o nome de litus, criadas por Pôncio
Pilatos durante seu governo.
17- A cruz que Jesus carregou e foi crucificado, tinha o mesmo formato que os artistas mostram?
R: Não. Era em formato de T, sem a continuidade que é mostrada.
18- Todos os perseguidos da Lei eram crucificados como foi Jesus?
R: Não. Normalmente amarravam os pulsos e parte do corpo com cordas. E aqui cabe ressaltar que nenhum homem
tido como criminoso fosse coroado de espinhos, como o foi Nosso Senhor.

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19- Qual tipo de madeira era a da Cruz de Nosso Senhor?


R: Uma espécie de carvalho, chamada “roble”. Não era de pinho como se pensava.
20- Qual era o tipo de sangue de Nosso Senhor?
R: Do grupo AB. Essa descoberta se deve ao Dr. John H. Heller, uma das maiores autoridades em hematologia.
21- Qual a opinião do papa João Paulo II?
R: Num domingo, 24 de maio de 1998, o Papa João Paulo II publicou a seguinte mensagem:
“... Para os cristãos o Sudário é um espelho do Evangelho. Na realidade, se nós refletirmos sobre o Linho Sagrado,
nós não podemos escapar da idéia que a imagem que apresenta tem uma relação profunda com o que os Evangelhos
contam: a paixão de Jesus e morte que toda pessoa sensível sente tocado intimamente. A imagem de sofrimento
humano é refletida no Sudário. A impressão, partida pelo corpo torturado do Crucificado, que atesta à tremenda
capacidade humana por causar dor e morte ao membro da mesma raça, está como um ícone do sofrimento do
inocente em todas as idades: das tragédias incontáveis que marcaram a história passada e os dramas que continuam
desdobrando no mundo. Chamando para prestar atenção a estas situações trágicas, o Sudário nos esporeia não só a
abandonar nosso egoísmo, mas nos leva a descobrir o mistério de sofrer, o qual, santificado pelo sacrifício de
Cristo, alcança salvação para toda a humanidade. Morte não é a última meta de existência humana”.
22-Qual a mensagem que nos deixa o Santo Sudário?
R: Existem réplicas perfeitas em alguns locais privilegiados, também em nosso país. Uma delas, está em São Paulo,
no Convento das mestras Pias Felipinas. Deparar-se com o Santo Sudário é dobrar de imediato os joelhos diante de
um verdadeiro Rei, em Majestade, Glória e Santidade. É um momento indescritível, em que uma mensagem nos
vem profundamente forte:
“É POSSÍVEL NÃO CRERDES DIANTE DE MEU SUDÁRIO, QUE EU, JESUS, SOU REALMENTE REI,
REALMENTE DEUS E QUE ME FIZ HOMEM POR VOS AMAR INFINITAMENTE E PARA VOS SALVAR?”

Jesus Cristo – Sua Grande Promessa, Sua Morte e


Ressurreição

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A Grande Promessa de Jesus Cristo: O Espírito Santo


Era noite de quinta-feira santa e Jesus estava reunido com seus discípulos, ao redor de uma mesa. Tinha
acabado de lavar os pés de seus amigos, num gesto-testamento: “Como eu sempre fiz, façam vocês também: sirvam
uns aos outros!” (Jo 13,15). Depois, com enorme tristeza, Jesus anunciara que um deles iria traí-lo... que chegara a
sua hora de glória e que estaria junto com eles por pouco tempo (cf. JO 13,31-33). Ao mesmo tempo, ele buscou
consolar a todos: “não se perturbe o vosso coração!” (Jo 14,1).
Com aquelas palavras de Jesus, os discípulos ficaram realmente perturbados, na maior “fossa”! Depois de
três anos de profunda amizade com aquele amigo extraordinário, depois de ter deixado tudo para seguí-lo, em
busca de algo mais... não era nada fácil aceitar a idéia de sua morte! E depois? Tudo ia acabar? Quem os ajudaria a
continuar a obra que Jesus tinha começado? Ainda existia tanta confusão na cabeça daqueles homens a respeito da
pessoa e da mensagem de Jesus! Quem os orientaria?
Jesus, amigo, conversa, consola e faz uma grande promessa: “Não fiquem tristes e preocupados! Confiem em
Deus, confiem também em mim... Se vocês me amam de verdade, obedeçam aos meus mandamentos. Então, eu
pedirei ao Pai, e ele dará a vocês outro Paráclito, para que permaneça sempre com vocês... Ele é o Espírito da
verdade, que o mundo não pode acolher, porque não o vê, nem o conhece. Vocês, porém, o conhecem, por que ele
mora em vocês e vive em vocês... Eu não os deixarei órfãos, mas voltarei... O Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai
vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem de tudo o que eu lhes disse!”
(Jo 14,1-26).
Em outra ocasião, logo antes da Ascensão, Jesus confirmou esta promessa: “Esperem que se realize a
promessa do Pai, da qual vocês já ouviram falar: dentro de poucos dias vocês serão batizados com o Espírito
Santo... O Espírito Santo descerá sobre vocês, e dele receberão força para serem minhas testemunhas até os
extremos da terra!” (At 1,4-8).

Mataram Jesus!
Apesar de só ter amado e feito o bem a todos, Jesus de Nazaré tornou-se, para muitos, um problema! Como
dizia Simeão: “este menino vai ser um sinal de contradição!” (Lc 2,24).
Para os que tinham um coração reto, para os que buscavam a verdade e a justiça, para os pequenos e pobres
que esperavam a libertação e um mundo novo, para estes não havia dúvida: Jesus de Nazaré era o messias, o
libertador, o mestre, o santo, o próprio Filho de Deus feito gente, a única esperança.
Mas para os outros, Jesus era um motivo de escândalo, uma “pedra de tropeço” que devia ser eliminada. Para
estes, Jesus era um louco (Mc 3,21), um possuído pelo demônio (Mc 3,22), um malfeitor (Jo 18,29), um herege (Jo
8,48), um blasfemador (Mc 2,7), um subversivo (Lc 23,2). Os que rejeitavam Jesus eram: as autoridades religiosas
que estavam agarradas às suas verdades e tradições, que temiam perder seus privilégios e que achavam que Jesus,
com suas novas idéias, colocava em perigo a religião; os poderosos e os políticos, que consideravam a pregação de
Jesus perigosa para o regime e para seus interesses, já que, conscientizando o povo sobre sua dignidade humana de
filhos de Deus e de irmãos, podia criar confusões; enfim, todos os que nada esperavam, porque achavam que já
tinham tudo e que nada precisava mudar.
Quiseram silenciá-lo, mas não conseguiram! Difamado e ameaçado, Jesus não voltou atrás e continuou sem
medo a sua missão. Mesmo sabendo que isso iria custar-lhe a vida, Jesus cumpriu livre e fielmente a vontade do
Pai: obediente até o fim, até às últimas conseqüências. Enfim, recorreram ao argumento dos covardes: a calúnia e a
violência. Jesus, preso como “destruidor da religião e perigoso agitador da ordem”, foi torturado, condenado à
morte e crucificado como um criminoso!
A paixão e a morte de Jesus é a conseqüência de toda sua vida dedicada aos outros: “não há maior prova de
amor que dar a vida pelos amigos!” (Jo 15,13). Jesus queria que todos tivessem vida e vida em abundância (Jo
10,10) e por amor à vida, entregou sua própria vida! Ele mesmo já tinha dito:
“Como bom pastor, eu dou a vida pelas ovelhas... ninguém tira a minha vida... eu a dou livremente... assim
como tenho poder de retomá-la!” (Jo 10,14-17).
Jesus, o Filho de Deus feito gente, assume sobre seus ombros toda injustiça, todo mal, todo pecado da
humanidade e oferece sua vida, como cordeiro pascal, pela libertação e pela vida da humanidade. Ele viveu e
morreu pela nossa salvação.
Mas Ele Está Vivo!
Parecia um fracasso total naquela sexta-feira! Mas o amor é sempre mais forte do que o ódio, a vida é
sempre mais forte do que a morte, Deus é sempre mais forte do que o homem! E, assim, Jesus ressuscitou! Jesus

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venceu a morte! Ele é o Senhor!


No terceiro dia após a morte de Jesus, num Domingo em que os judeus celebravam a antiga Páscoa de
libertação, as mulheres que acompanhavam Jesus desde a Galiléia, bem cedinho, foram ao sepulcro para lavar e
ungir o corpo de Cristo, mas ao chegar encontraram a pedra que fechava o sepulcro, removida e bem longe da
abertura, entraram, mas não encontraram o corpo de Jesus. Ao tomarem ciência do acontecido os discípulos, foram
ao sepulcro, e também o encontraram vazio (Jo 20,1-10). Jesus não estava mais aí: estava vivo! Naquele mesmo
dia, Jesus consolou Maria Madalena (Jo 20,11-18), esteve com os apóstolos reunidos no Cenáculo (Jo 20,19-29),
caminhou na estrada de Emaús com dois discípulos (Lc 24,13-35).
Durante quarenta dias, os amigos de Jesus fazem a experiência inesquecível da presença de Cristo
Ressuscitado. Jesus lhes dá a paz e os confirma na fé, entrega-lhes a missão de serem suas testemunhas no mundo e
renova a promessa do seu Espírito. Depois, Jesus sobe ao céu, isto é, tira para sempre sua presença sensível.
Mas, o fato da ressurreição de Jesus Cristo continua sendo o centro de nossa fé, a alegria, a certeza e a força
que impulsiona nossa vida de cristãos. O apóstolo e grande missionário, S. Paulo, última testemunha da
Ressurreição do Senhor, exclama: “Se Cristo não ressuscitou, nossa pregação é vazia e a fé que vocês tem é
ilusória, não vale nada... Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos!” (ICor 15,1-20).
Por que a ressurreição de Jesus era o centro da pregação dos apóstolos e continua sendo o centro de nossa fé?
a) “Jesus ressuscitou”, quer dizer que o Crucificado está vivo! Vivo na Glória do Pai, intercedendo por nós,
como Senhor do Universo! Vivo e sempre presente na história dos homens: como libertador e salvador da
humanidade. Vivo e presente, de modo especial, em sua Igreja e em nossa vida de cristãos: como nosso Senhor.
Mas reparem: em todas as aparições do Cristo Ressuscitado, os evangelhos fazem notar que seus discípulos
não o reconhecem imediatamente nem facilmente. Isso quer dizer que precisamos reconhecer Jesus presente em
nossa vida, com os olhos da fé. Há alguns momentos especiais em que podemos reconhecer e experimentar a
presença amiga de Jesus Cristo:
- quando estamos reunidos em seu nome (Jo 20,19-28);
- quando o acolhemos no irmão que sofre e caminha ao nosso lado (Lc 24,15-16; Mt 25,35-41);
- quando lemos as Escrituras Sagradas (Lc 24,32);
- quando repartimos o Pão da Eucaristia (Lc 24, 30-31).
b) “Jesus ressuscitou”, quer dizer que ele venceu o mal e o pecado da humanidade. As forças do mal, da
injustiça, da violência, do pecado, já foram vencidas pela raiz: Jesus Cristo é Senhor e Libertador! A vida, o amor,
a verdade e a graça de Deus é mais forte do que o mal: a Páscoa de libertação já está em andamento, dentro de cada
um de nós e no mundo todo.
É na força do Cristo Ressuscitado, nosso Senhor, que podemos realizar, cada dia, a nossa Páscoa: libertando-
nos do egoísmo e do pecado, para sermos homens novos e viver uma vida nova (Rm 6,4-10).
c) “Jesus ressuscitou”, quer dizer que, como ele e com ele, nós também havemos de ressuscitar, vencendo o
último mal, a morte. A ressurreição de Jesus é o penhor e a certeza de nossa própria ressurreição (ITs 4,13-14).
Mesmo sem conseguir entender tudo, é importante que saibamos, com clareza, algumas certezas que a Bíblia
nos dá a respeito do fim derradeiro de nossa vida:
- como Cristo ressuscitou da morte, nós também havemos de ressuscitar, transformando nossa
morte em vida, em vida eterna!
- todo nosso ser há de ressuscitar, também nosso corpo: “creio na ressurreição da carne!”. Trata-se de
um corpo glorioso, transformado, não igual, mas o nosso próprio corpo (ver ICor 15).
- com todo o nosso ser, estaremos para sempre com Deus e com o amor, no Reino do Céu... ou para
sempre longe de Deus. Depende de estarmos ou não “na dele”, já aqui, agora. Depende de nosso amor, sobretudo
com os mais pequeninos e sofredores. É nossa vida que nos julgará (Mt 25, 31-46). Para isso, vale a pena lutar!
Estas são as certezas de nossa fé, a verdade que Jesus nos ensinou. Todas as outras coisas que dizem por aí:
almas ou espíritos que “baixam” ou “encostam”, reencarnação de que fala o espiritismo etc. são todas crendices e
superstições inventadas pela fantasia dos homens!

A Raiz do Pecado
Os Pecados Capitais
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A Igreja, iluminada pela luz do Espírito Santo, seu guia infalível, em sua experiência bi-milenar, nos ensina
que os piores pecados são aqueles que ela chama de “capitais”. Capital vem do latim “caput”, que quer dizer
cabeça. Assim como, por exemplo, da capital de um estado ou de um país, procedem as ordens, decisões e
comandos, assim também, desses pecados “cabeças”, nascem muitos outros pecados. Por isso eles sempre
mereceram, por parte da Igreja, uma atenção especial. Os Pecados Capitais são sete: soberba, ganância, luxúria,
gula, ira, inveja e preguiça.
Houve um santo que disse que, se a cada ano vencêssemos um desses sete, ao fim de sete anos, seríamos
santos. Então, vale refletir sobre eles, afim de rejeitá-los, com o auxílio da graça de Deus e de nossa vontade.
O primeiro, e sem dúvida o pior de todos, é a soberba, também conhecida como orgulho. É o pior porque foi
exatamente este pecado que levou os anjos maus a se rebelarem contra Deus, e que levou Adão e Eva à
desobediência mortal.
A soberba consiste na pessoa sentir-se como se fosse a geradora dos seus próprios bens materiais e
espirituais. Acha-se cheia de si mesma, pensa, melancolicamente, que é a própria autora daquilo que tem ou faz de
bom, e se esquece de que tudo vem de Deus e é dom do alto, como disse São Tiago:
“Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes” (Tg 1,17).
O soberbo se esquece que é uma simples criatura, que saiu do nada pelo amor e pelo chamado de Deus, e
que, portanto, Dele depende em tudo. Como disse Santa Catarina de Sena, o orgulhoso “rouba a glória de Deus”,
pois quer para si as homenagens e os aplausos que pertencem somente a Deus, já que Ele é o autor de toda graça.
A soberba é o oposto da humildade. Essa palavra vem de “húmus”, daquilo que se acha na terra, pó. O
humilde, é aquele que reconhece o seu “nada”, a sua contingência, embora seja a mais bela obra de Deus sobre a
Terra, a sua glória, como dizia Santo Irineu, no século II.
Foi a soberba que perdeu a humanidade, foi a humildade que a salvou. São Leão Magno, Papa e doutor da
Igreja, garante que: “Toda a vitória do Salvador dominando o demônio e o mundo, foi iniciada na humildade e
consumada na humildade!”.
Adão e Eva sendo criaturas quiseram “ser como deuses” (Gen. 3,5), Jesus, sendo Deus, fez-se como a
criatura. Da manjedoura à cruz do Calvário, toda a vida de Jesus foi vivida na humildade e na humilhação. São
Paulo resume isso na carta aos filipenses: “Sendo Ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade
com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E,
sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e
morte de cruz” (Fil. 2,6-8).
Pela humildade e pela humilhação, Jesus se tornou o “novo Adão” que salvou o mundo (Rom. 5,12s). Ensina
a Igreja que Maria, a mãe do Senhor tornou-se a “nova Eva”, porque na sua humildade destruiu os laços da soberba
da primeira virgem.
Ser humilde é ser santo, é viver o oposto de tudo isso, é saber descer do pedestal, é não se auto-adorar, é
preferir fazer a vontade dos outros à própria, é ser silencioso, discreto, escondido, é fugir das pompas e dos
aplausos. São João Batista foi um modelo desta humildade e nos ensinou a sua essência. Ao falar de Jesus, ele
disse: “Importa que Ele cresça e que eu diminua!” (Jo 3,30). Isto diz tudo. Quando Jesus iniciou a sua vida
pública, João o apresentou para o povo: “eis o Cordeiro de Deus”, e desapareceu...até ser martirizado no cárcere de
Herodes. Que lição de humildade! Também Nossa Senhora, sendo “a Mãe do Senhor” (Lc 2,43), fez-se “a
escrava do Senhor” (Lc 1,38). Da mesma forma São José, escolhido por Deus entre todos os varões do seu tempo,
para ser o pai legal do Senhor (Lc 2,48), fez-se o servo humilde, obediente, escondido e vazio de si mesmo. E
assim como São José, todos os santos foram modelos de humildade.

O Pecado Social
Muita gente pensa que o pecado seja uma questão pessoal. Puro engano, o pecado que alguém comete afeta
todos os membros da comunidade. Vamos fazer um exemplo: quando você machuca um dedo, ou sofre do
estômago, ou tem dor de dentes, não é o corpo todo que sofre? Ou por acaso você tem vontade de cantar de alegria,
se está com dor dentes, só porque a sua garganta não dói?
A mesma coisa acontece quando você peca. E as conseqüências do pecado que cometemos estão diante de
todos: injustiças, pobreza, analfabetismo, prostituição, aborto, exploração do outro, salários injustos, e tantas outras
coisas mais.
Você pode perguntar: “Mas que culpa temos nós? Eu nasci num ambiente assim!” É bom recordar que
pecado não é só “fazer coisas erradas que desagradam a Deus”. Existe também o pecado da omissão. E talvez ele
seja uma das maiores culpas dos cristãos: simplesmente deixam de fazer coisas boas que agradam a Deus e
promovam o outro. A Igreja nos ensina que não basta não fazer o mal, é preciso fazer o bem! O bem que você

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deixa de fazer é uma vitória dada ao mal! Quando nos rezamos: “Confesso a Deus todo-poderoso...”, dizemos:
“pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões”. Sim! Aí está o pecado de omissão: cruzar os
braços diante do mal e das injustiças.
O que fazer então? A solução está em começar a combater esses males, livrando-nos do pecado de omissão.
Mas a primeira atitude deve ser interior: cada um procurar voltar-se totalmente para Deus. O pecado social – e
todos os pecados – começam a ser evitados a partir da mudança da mentalidade e do comportamento, pois pouco
adianta gritar contra o pecado social se não se é capaz de tirar o pecado da própria vida.

Pecados Veniais e Pecados Mortais


Segundo a gravidade, a Igreja classifica os pecados em veniais e mortais, seguindo a sua própria tradição.
O pecado mortal leva o pecador a perder o “estado de graça”, isto é, a “graça santificante”. O Catecismo
afirma que:
“Se este estado não for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus, causa à exclusão do
Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, já que nossa liberdade tem o poder de fazer opções para sempre, sem
regresso.” (§ 1861)
O Catecismo ainda ensina que “o pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por uma infração
grave da lei de Deus, desvia o homem de Deus, que é seu fim último e bem-aventurança, preferindo um bem
inferior.”
“É pecado mortal todo pecado que tem como objeto uma matéria grave, e que é cometido com plena
consciência e deliberadamente.” (§ 1857; RP,17)
Portanto a gravidade dos pecados pode ser maior ou menor conforme o dano provocado pelo mesmo.
Também a qualidade da pessoa ofendida entra em consideração. Ofender ao pai, por exemplo, é mais grave do que
ofender a um estranho.
Santo Afonso de Ligório, doutor da Moral, diz que o “pecado mortal é um monstro tão horrível, que não
pode entrar numa alma que por longo tempo o detestou, sem se fazer claramente conhecido.”
Dizia ainda outro santo doutor, que o pecado mortal é aquele que se comete de “olhos abertos”, isto é, sem
dúvidas do mal que se está praticando.
O pecado venial acontece quando não se observa a lei moral em matéria leve, ou então quando se
desobedece à lei moral em matéria grave, sem perfeito conhecimento ou consentimento. Não nos torna contrários à
vontade de Deus e à sua amizade;não quebra a comunhão com Ele, e portanto, não priva da graça de Deus e do céu.
Contudo, não se deve descuidar dos pecados veniais,pois eles enfraquecem a caridade, impedem a alma de
crescer na virtude, e, quando é aceito deliberadamente e fica sem arrependimento, leva a pessoa, pouco a pouco, ao
pecado mortal.
Santo Agostinho lembra que “o acúmulo dos pequenos vícios traz consigo a desesperança da conversão”.
Portanto, em resumo, podemos dizer que o pecado venial é aquele que se comete sem pleno conhecimento
do erro que se está praticando.
“O homem não pode enquanto está na carne, evitar todos os pecados, pelo menos os pecados leves. Mas
esses pecados, que chamamos leves, não os considerem insignificantes: se os consideras insignificantes ao pesá-los,
treme ao contá-los. Um grande número de objetos leves faz uma grande massa; um grande número de gotas enche
um rio; um grande número de grãos faz um montão. Qual é então a nossa esperança? Antes de tudo a confissão...”
(Ep. Jo 1,6; CIC §1863)

O Pecado contra o Espírito Santo


Muitos perguntam o que é o pecado contra o Espírito Santo. A Igreja ensina que é o daquela pessoa que
rejeita livremente acolher pelo arrependimento, a misericórdia de Deus, “rejeita o perdão de seus pecados e a
salvação oferecida pelo Espírito Santo”. É o endurecimento do coração, a tal ponto, que leva a pessoa a rejeitar até
a penitência final. Se morrer neste triste estado, experimentará a perdição eterna (CIC §1864). Também Jesus nos
fala sobre este pecado, vamos conferir (Mt 12,31-37).

O que fazer diante do Pecado?


O pecado gera na pessoa uma tendência ao próprio pecado. Podemos dizer que quanto mais se peca, mais se
está próximo de pecar. A repetição torna-se vício. E assim, nasce na pessoa a inclinação à perversão, obscurece-se

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a consciência, e vai se perdendo o discernimento entre o bem e o mal. Não foi sem razão que o Papa Paulo VI,
disse certa vez que, o pior pecado neste mundo é achar que o pecado não existe. A prática do pecado,
continuamente, faz com que a pessoa perca a noção da sua gravidade. No entanto, por pior que seja, o pecado não
consegue, de todo, “destruir o senso moral até a raiz”.
Diante de nossos pecados, não adianta se desesperar ou desanimar;a única atitude correta é enfrentá-lo com
boa disposição interior e com a graça de Deus. São Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja, dizia que não
adianta ficar “pisando a própria alma”, depois de ter caído no pecado.
Até os nossos pecados, aceitos com humildade, podem nos ajudar a crescer espiritualmente. Santo Afonso de
Ligório dizia: “Mesmo os pecados cometidos podem concorrer para a nossa santificação, na medida que a sua
lembrança nos faz humildes, mais agradecidos às graças que Deus nos deu, depois de tantas ofensas”.
Jesus retomou os Dez Mandamentos que há mil anos antes Deus já tinha dado a Moisés, e levou-os à
plenitude no Sermão da Montanha. Quando aquele jovem perguntou-lhe: “Mestre, que devo fazer de bom para ter
a vida eterna?” (Mt 19,16), Jesus respondeu dizendo: “Se queres entrar na vida , guarda os Mandamentos”; e fez
questão de citá-los: “não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra
teu pai e tua mãe, amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Dt 5,16,20; Lv 19,18). Os Dez Mandamentos são a
salvaguarda contra o pecado. Por isso o primeiro compromisso de quem almeja a santidade deve ser o
compromisso se viver, na íntegra, os Mandamentos.
Santo Agostinho dizia que essas são as duas asas que Deus nos deu para voar alto e chegar aos céus: o
amor a Deus e o amor ao próximo.
Os Mandamentos nos ajudam a compreender e a viver este amor a Deus e aos irmãos, que nos levam à
santidade e ao rompimento com a desordem, como Santo Agostinho chamava o pecado.
Se ainda pecamos, se ainda não somos santos, é porque ainda o amor a Deus e ao próximo não atingiu a sua
plenitude em nós, pois a santidade é uma história de amor.

Os Sete Pecados Capitais

Certo dia, um casal ao chegar do trabalho, encontrou algumas pessoas dentro de sua casa. Achando que eram
ladrões, marido e mulher ficaram assustados, mas um homem forte e saudável, com corpo de halterofilista disse:
- Calma pessoal! Nós somos velhos conhecidos e estamos em toda parte do Mundo.
- Mas quem são vocês? – pergunta a mulher.
- Eu sou a Preguiça – responde o homem másculo. Estamos aqui para que vocês escolham um
de nós para sair definitivamente da vida de vocês.
- Como pode, você ser a Preguiça, se tem um corpo de atleta que vive malhando e praticando esportes? –
indagou a mulher.
- A Preguiça é forte como um touro e pesa toneladas nos ombros dos preguiçosos. Com ela, ninguém pode
chegar a ser um vencedor.
Uma mulher velha e curvada, com a pele muito enrugada, que mais parecia uma bruxa diz:
- Eu, meus filhos, sou a Luxúria.
- Não é possível! – diz o homem. Você não pode atrair ninguém com esta feiúra.
- Não há feiúra para a Luxúria, queridos. Sou velha porque existo há muito tempo entre os homens. Capaz de
destruir famílias inteiras, perverter crianças e trazer doenças para todos, até a morte. Sou astuta e posso me
disfarçar na mais bela mulher.
E um mau-cheiroso homem, vestindo roupas maltrapilhas, que mais parecia um mendigo, diz:
- Eu sou a Cobiça, por mim muitos já mataram, por mim muitos abandonaram suas famílias e pátria. Sou tão
antigo quanto a Luxúria, mas eu não dependo dela para existir.
- E eu sou a Gula, diz uma lindíssima mulher com um corpo escultural e cintura finíssima. Seus contornos
eram perfeitos, e tudo no corpo dela tinha harmonia de forma e movimentos.
Assustam-se os donos da casa, e a mulher diz:
- Sempre imaginei que a Gula seria gorda.
- Isso é o que vocês pensam! – responde ela. Sou bela e atraente, porque se assim não fosse, seria muito fácil
livrarem-se de mim. Minha natureza é delicada, normalmente sou discreta, quem tem a mim não se apercebe,
mostro-me sempre disposta a ajudar na busca da Luxúria.
Sentado em uma cadeira num canto da casa, um senhor, também velho, mas com o semblante bastante
sereno, com voz doce e movimentos suaves, diz:
- Eu sou a Ira. Alguns me conhecem como Cólera. Tenho muitos milênios também. Não sou homem, nem
mulher, assim como meus companheiros que estão aqui.
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- Ira? Parece mais o vovô que todos gostariam de ter! – diz a dona da casa
- E a grande maioria me tem! – responde o vovô. Matam com crueldade, provocam brigas horríveis e
destroem cidades quando me aproximo. Sou capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim, posso estar
em qualquer lugar e penetrar nas mais protegidas casas. Pareço calmo e sereno para mostrar-lhes que a Ira pode
estar no aparentemente manso. Posso também, ficar contido no íntimo das pessoas sem me manifestar, provocando
úlceras, câncer e as mais temíveis doenças.
- Eu sou a Inveja. Faço parte da história do homem, desde a sua criação, diz uma jovem que ostentava uma
coroa de ouro cravada de diamantes, usando braceletes de brilhantes e roupas de fino pano, assemelhando-se a uma
princesa rica e poderosa.
- Como é a Inveja, se é rica, bonita e parece ter tudo o que deseja? – diz a mulher da casa.
- Há os que são ricos, os que são poderosos, os que são famosos e os que não são nada disso, mas eu estou
entre todos. A Inveja surge pelo que não se tem e o que não se tem é a felicidade. Felicidade depende de amor, e
isso é o que de mais carece a humanidade... Onde eu estou, está também a Tristeza.
Enquanto os invasores se explicavam, um garoto, que aparentava cerca de cinco a seis anos, brincava pela
casa. Sorridente e de aparência inocente, característica das crianças, sua face de delicados traços mostravam a
plenitude da jovialidade, olhos vívidos...
- E você, garoto, o que faz junto a esses que parecem ser a personificação do mal?
O garoto responde com um sorriso largo e olhar profundo:
- Eu sou o Orgulho.
- Orgulho? Mas você é apenas uma criança! Tão inocente como todas as outras.
O semblante do garoto tomou um ar de seriedade que assustou o casal, e ele então diz:
- O Orgulho é como uma criança mesmo, mostra-se inocente e inofensivo, mas não se enganem, sou tão
destrutível quanto todos aqui. Quer brincar comigo?
A Preguiça interrompe a conversa e diz:
- Vocês devem escolher quem de nós saíra definitivamente de suas vidas. Queremos uma resposta.
- E então? – pergunta a Gula.
- Queremos que o Orgulho saia de nossas vidas.
O garoto olha com um olhar fulminante para o casal, pois queria continuar ali. Porém, respeitando a decisão
dirige-se para a saída.
Os outros, em silêncio, iam acompanhando o garoto quando o homem da casa pergunta:
- Hei! Vocês vão embora também?
O menino, agora com ar severo e com a voz forte de um orador experiente, diz:
- Vocês escolheram que o Orgulho saísse de suas vidas e fizeram a melhor escolha, porque onde não há
Orgulho não há Preguiça, pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham de nada fazerem para viver, não
percebendo que na verdade vegetam.
- Onde não há Orgulho, não há Luxúria, pois os luxuriosos têm orgulho de seus corpos e julgam-se
merecedores.
- Onde não há Orgulho, não há Cobiça, pois os cobiçosos têm orgulho das migalhas que possuem,
juntando tesouros na terra e invejando felicidade alheia, não percebendo que na verdade são instrumentos
do dinheiro.
- Onde não há Orgulho, não há Gula, pois os gulosos se orgulham de suas condições e jamais admitem
que o são, arrumam desculpas para justificar a Gula, não percebendo que na verdade são marionetes dos
desejos.
- Onde não há Orgulho, não há Ira, pois os que se irritam com facilidade destroem aqueles que,
segundo o próprio julgamento, não são perfeitos,não percebendo que na verdade sua ira é resultado de suas
próprias imperfeições.
- Onde não há Orgulho, não há Inveja, pois os invejosos sentem o Orgulho ferido ao verem o sucesso
alheio, seja ele qual for. Precisam constantemente superar os demais nas conquistas, não percebendo que na
verdade são ferramentas de insegurança.
Saíram todos, um após o outro, sem olhar para trás e, ao baterem a porta, um fulminante raio de luz invadiu a
casa...

Como Chegar à Santidade


Como alcançar a Santidade?

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Como colaborar com o Espírito Santo para chegarmos à Santidade? “Esta é a vontade de Deus: a vossa
santificação; que eviteis a impureza, pois, Deus não nos chamou para a impureza, mas para a Santidade...” (1Tes
4,3.7)
A Palavra de Deus está nos dizendo que a vontade d’Ele é a nossa santificação, que sejamos santos e
evitemos o pecado, que nos conduz à impureza, que nos conduz às trevas. “Que cada um saiba possuir o seu
corpo, santa e honestamente, sem se deixar levar pelas paixões desregradas, como os pagãos que não conhecem a
Deus”. (1Tes 4,4) “Vigiai e orai para não cairdes em tentação...” Se não buscarmos a Jesus, acabaremos sendo
levados por essas paixões desregradas, assim como os pagãos. Só o Senhor nos dará forças, pois o mundo está aí,
nos convidando a viver esta vida de impureza, de pecados. Somos templos do Espírito Santo e só com a ajuda dele
é que venceremos, pois ele nos dará forças para fugirmos do pecado, da prática da impureza, pornografia, piadas.
Precisamos buscar o Espírito Santo e deixá-lo trabalhar em nós. Não há tentação alguma que nós não possamos
resistir, pois o Espírito Santo habita em nós e nos fortalece. As propostas não faltam: revistas, livros e novelas são
algumas das formas que o mundo usa para nos seduzir. Vigiemos, oremos e fujamos do que é mau e busquemos o
que é bom e o que nos conduza à santidade. As “coisas impuras”, sujam a nossa alma, enfraquecem a nossa
vontade, poluem os nossos olhos e ouvidos, enfim, nos contaminam.
“Ninguém oprima ou defraude a seu irmão...” (1Tes 4,6). Não podemos provocar os nossos irmãos, nem
despertá-los para o pecado contra a santidade, com a nossa madeira de nos vestir, ou de falar. Na medida que a
pessoa vai convertendo-se a Deus, o seu vestir, seu assentar, seu falar, vão modificando-se, e isso é uma benção.
Durante o namoro é preciso muita vigilância, para não caírem na impureza, pois se o casal começa a provocar um
ao outro, chegará a um ponto que não suportarão, portanto é preciso evitar e afastar-se dessas ocasiões de pecado.
“A ocasião faz o ladrão”, diz o ditado. “Procurai a paz com todos e, ao mesmo tempo a santidade, sem a qual
ninguém pode ver o Senhor” (Heb 12,14).
Deus nos chamou para sermos santos. Deus é puro, a sua natureza, a sua essência é a santidade. E nós só
poderemos nos aproximar d’Ele, à medida que formos santos. A santidade e a impureza, são como a água e o fogo,
que são naturezas diferentes, por isso precisamos vigiar para que sejamos santos e puros. “Bem-aventurados os
corações puros, porque verão a Deus” (Mt 5,8). Se nos consagrarmos verdadeiramente à Deus, à seu serviço,
chegaremos com Sua graça, à santidade.

Quem são os santos?


Na expressão bíblica são aqueles que são consagrados a Deus. É aquele que deixa todo o pecado, é aquele
que é separado do impuro, que é dedicado e consagrado a Deus. “Vós sois uma raça escolhida, um sacerdócio
régio, uma nação santa, um povo adquirido para Deus”. Todos nós batizados temos a missão sacerdotal de sermos
instrumentos de Deus para a conversão e para a salvação de nossos irmãos.
Ser santo é buscar também a santificação de nosso irmão. O pecado nos separa de Deus, portanto, quanto
mais próximos de Deus, mais longe do pecado e se, próximos ou em vida de pecado, mais longe de Deus
estaremos. Não podemos ver nossos irmãos em pecado e não sermos instrumentos de Deus em suas vidas. Por isso
precisamos ser evangelizadores, propagadores da Boa Nova. Todos os cristãos têm a obrigação de buscar a
santidade para si e para o próximo, pregando a Boa Nova, através da evangelização pelo poder do Espírito Santo.
“Deus pai nos escolheu n’Ele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de Seus
olhos” (Ef 1,4). Ele não se alegra com a queda de seus filhos, Ele nos quer santos. “Não vos conformeis com este
mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de
Deus, o que é bom, o que o agrada e o que é perfeito” (Rom 12,2).
Buscai a sabedoria de Deus e deixai a sabedoria do mundo, para assim alcançar a santidade. Na medida de
nossa conversão, com estudos, orações, sacramentos, vamos sendo transformados e já não nos conformamos com
as coisas deste mundo, não aceitamos a forma do mundo e assumimos na forma de Deus. O Espírito Santo vai
trabalhando em nossa vida e realizando esta obra de renovação em nós. Glórias a Deus por isso. É preciso que a
santidade irrepreensível ressuscite em nós, para que o próprio Jesus Cristo viva em nós. Ser santo é isso, buscar
Jesus Cristo, sendo um só n’Ele..., é abandonar, é abjurar, e renunciar todo o mal, isto é, tudo o que impede a nossa
união com Deus.
É esta a nossa missão, conversão dia-a-dia.

Impedimentos à Santidade
Fé imperfeita: Fé não é um sentimento e sim uma atitude de vida, é buscar viver como Jesus viveu. A fé
sem ação é uma fé morta, imperfeita. “O nosso Evangelho vos foi pregado, não somente por palavras, mas também

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com poder, com Espírito Santo e com plena convicção...Vos tornastes modelos para todos os fiéis...” (1Tes 1,5).
Com fé perfeita e adulta, chegaremos à santidade, então, busquemos esta fé para não cair diante das tribulações.
Consagração imperfeita: É também um impedimento à santidade. A pessoa que se consagra a Deus, terá de
renunciar a si mesmo. “Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mc 8,34).
Para uma consagração perfeita, é preciso deixar o coração aberto para que o Espírito Santo realize a obra de
santidade em nossa vida. É preciso passar, como São Paulo, de perseguidor a pregador. Faz-se necessário deixar de
perseguir o nosso irmão, tirar o ódio, rancor, ressentimento, mágoa de nosso coração.

Virtudes
“A caridade é paciente...não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo
crê, tudo suporta” (1Cor 13,4ss). O desejo de Deus, como já vimos, é que sejamos santos, separados do mal.
Somos portanto, pessoas eleitas, chamadas a esta santidade, e que devemos testemunhar a beleza de Deus lá fora,
ao mundo que ainda não o conhece. “O primeiro e mais necessário dom é a caridade, pela qual amamos a Deus e
aos irmãos por causa d’Ele”. A pessoa que descobre o amor de Deus começa a amar o próximo. “Mas a caridade,
como boa semente, cresce na alma e frutifica. Cada fiel deve, voluntariamente, ouvir a Palavra de Deus. Aplicar-se
constantemente à oração, à negação de si mesmo, ao serviço fraterno atuante e aos exercícios das virtudes”.

O que é Virtude e Como Exercitar as Virtudes para Chegar à Santidade?


Virtude é uma força interior, dada por Deus, para buscar e fazer o bem. Deus nos dá sua virtude, a sua força
para que renunciemos à vida velha, renunciemos às propostas do maligno e pratiquemos o bem. A Igreja nos ensina
que, para praticar as virtudes, é preciso praticar de forma concreta, não basta ter esta força. Existem três virtudes
que vêm do próprio Deus. Pelo Batismo, já recebemos esta graça especial. São chamadas virtudes teologais: a Fé, a
Esperança e a Caridade.
Virtude de Fé: O que é Fé? Fé é atitude de confiança em Deus, de acreditar n’Ele, de depender e de
precisar d’Ele. A pessoa que vive na Fé, é uma pessoa que depende da vontade Deus, ela não faz as coisas
do seu jeito, nem resolve pelos seus sentimentos. Já uma pessoa sem fé faz pelos seus sentimentos. Na
medida em que exercitamos “pra valer”, as nossas virtudes, seremos fortalecidos. Para crescer na Fé
precisamos exercitar, pedir mais coisas a Deus. Pedir e aguardar com Fé, não se precipitar, mas fazer como
Deus quer. Se estivermos doentes, peçamos a cura com fé, acreditemos no Seu poder e Ele agirá, desta
forma, Deus vai nos aperfeiçoando na Fé, na confiança n’Ele.
Virtude de Esperança: Temos uma mentalidade fatalista e conformista, e não exercitamos a Esperança.
Oramos a Deus, mas no coração não há Esperança de que Deus possa manifestar a Sua graça. Vivemos
orando, pedindo e não esperamos que Deus faça sua obra. Somos desesperançosos, não há Esperança em
nosso coração. Precisamos exercitar a nossa Esperança diante das dificuldades, das tribulações, e
reconhecer que Jesus é o Senhor de tudo e de todos, que Ele tudo pode, e sem Ele nada somos e assim
descansar n’Ele e Ele agirá.
Virtude de Caridade: Precisamos, igualmente, exercitar a Caridade, o amor fraterno, que vem de Deus,
não é descargo de consciência, é doar-se aos irmãos, é fazer tudo por amor a Deus e ao próximo. Perdoar,
amar, servir o inimigo. Sozinho não damos conta, mas Deus enche, com o seu amor, o nosso coração e
assim vamos amar os nossos inimigos. É preciso exercitar as virtudes para que aconteçam os frutos.
Existem ainda as virtudes, que são como cabos que giram em torno das virtudes da Fé, da Esperança e da
Caridade, como um eixo, sendo que a principal, a central é a Caridade. Estas virtudes, chamadas cardeais são: a
Justiça, a Temperança, a Fortaleza e a Prudência.
Virtude de Justiça: É ir além da lei e fazer tudo o que deve ser feito por amor. É fazer as coisas certas,
corretas, que se encaixam. Justiça tem muito a ver com misericórdia, é ser como Jesus.
Virtude de Temperança: É ser moderado, equilibrado, temperado. Não exagerar nas suas ações, ou
palavras e nem se omitir. Agir de maneira correta.
Virtude de Fortaleza: O Espírito Santo vai nos dando a fortaleza, para suportar os impactos do dia-a-dia.
É ser forte em Jesus. Deus nos quer fazer uma rocha como Ele.
Virtude de Prudência: Ser prudente, é fazer o que deve ser feito com cuidado. É examinar tudo, abraçar o
que é bom e desprezar o que é mau. Não passar para frente o que não edifica, ou o que destrói.
Maria Em Nossa Vida
Nós Católicos Apostólicos Romanos somos acusados por nossos irmãos separados de idolatrarmos Maria

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Santíssima, Mãe de Jesus e nossa, pelo especial carinho que lhe dispensamos.
Esta acusação não é procedente. Idolatrar é colocar alguém no lugar de DEUS, e isto nós não fazemos, pois é
certo que se compararmos Maria, a criatura mais pura saída das mãos do Criador com Ele próprio, concluímos
facilmente que nosso Deus Altíssimo e Onipotente é sempre independente e basta a si mesmo, e este não tem, ou
jamais teve necessidade de criatura alguma que fosse, para realizar Sua Divina Vontade, mas, como nos ensina S.
Luis Maria Grignon de Monfort: “já que Deus quis começar e acabar suas maiores obras por meio da Santíssima
Virgem, depois que a formou, é de crer que não mudará sua conduta nos séculos dos séculos, pois é Deus,
imutável em sua conduta e sentimentos.” (Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem). Maria não deve
ocupar o lugar de Deus em nossas vidas, mas deve ocupar o seu lugar, pois foi escolhida dentre todas as mulheres
para ter em seu ventre o Salvador,
Assim como não se pode falar de Jesus sem falar de sua mãe, Maria de Nazaré; não se pode falar da
verdadeira Igreja de Jesus Cristo sem tomar em consideração o amor e a devoção com que, desde o começo, o Povo
de Deus invoca Nossa Senhora; e não podemos deixar de falar do papel de Maria em nossa vida de cristãos. Como
os apóstolos que, nos dias que antecederam o dia de Pentecostes, reuniram-se junto com Maria, queremos que
Maria esteja junto da gente sempre, antes e após a nossa Confirmação. Precisamos dela: como mãe, modelo e
companheira de caminhada.
A Vida de Maria de Nazaré
É bom lembrarmos, um pouco, a vida de Maria. Na simplicidade dos fatos no Evangelho, é revelada a nós, a
humanidade e, ao mesmo tempo, toda grandeza de Nossa Senhora.
Quando os tempos chegaram à plenitude, apareceu no mundo aquela que seria a Mãe do Libertador, Maria. Ela
viveu há mais de 2.000 anos atrás. Era uma moça pobre, simples e piedosa. Como qualquer pessoa, poderia ter
abusado da sua liberdade para satisfazer o seu egoísmo e praticar o mal. Maria, porém, preferiu dizer “SIM” a
Deus, sempre. Soube amar, acolher e ajudar os outros, e em todas as situações foi humilde. Por isso, até hoje, o
povo gosta dela.
Maria é Mãe da Igreja
Maria estava presente quando a Igreja começou sua caminhada no dia de Pentecostes, e sempre continuou
presente, como Mãe, durante toda a longa peregrinação da Igreja. Maria que faz parte indispensável do mistério de
Cristo, faz parte também do mistério Igreja. Não se pode falar da igreja, se Maria não está presente.
Esta presença de Maria marcou o povo de Deus de todos os tempos. Trata-se de uma presença feminina, que
cria o ambiente familiar, o desejo do acolhimento, o amor e o respeito pela vida. É sinal de presença dos desvelos
maternos de Deus. É uma realidade tão profundamente humana e santa que se desperta nas fiéis preces de ternura,
de dor e de esperança. Foi o carinho para com a mãe de Deus, que fez com que o povo inventasse para ela uma
porção de nomes e imagens correspondentes. No Brasil, o povo escolheu, como forma predileta de venerar Maria, o
nome de N.S. Aparecida. É uma pequena imagem, coberta com um manto de glória, mas com o rosto de uma
mulher pobre e negra: símbolo do sofrimento e da esperança dos pequeninos, dos oprimidos, dos negros e de todos
os pobres brasileiros.
A profecia da moça de Nazaré (“Todas as gerações hão de chamar-me bem-aventurada”), tornou-se uma
realidade. Sim. Maria é nossa Mãe! Mãe que nos une, Mãe que ora conosco, e que intercede por nós, Mãe que nos
ensina e nos ajuda a amar, e a seguir seu Filho Jesus.
Maria é o Modelo dos Cristãos
A grandeza de Maria está na vida que ela levou: vida de moça, de noiva, de esposa, e de mãe; vida simples,
humilde, sem nenhum gesto heróico, com nossas mesmas angústias e lutas, vida de gente que soube viver como
gente; vida de fé verdadeira, sempre. Maria de Nazaré é a realização mais perfeita de todos os ideais, de tudo que
há de melhor dentro de nós. Precisamos nos espelhar nela, como modelo e exemplo a seguir, para sermos filhos,
com a cara da mãe!
Maria e a Luta dos Crismados
Vamos Refletir: (Gn 3,15 e Ap 12). E vocês também, crismandos, vão ter de entrar nesta luta! E não vai ser
mole, não! Há por aí muitos tipos de “Dragões, querendo devorar Cristo, a vida nova e todos os ideais que estão
dentro de vocês.” Não se deixem seduzir, não fujam, não desanimem, mas lutem!
Há um segredo nesta luta: fiquem junto com Maria, que ela esteja sempre ao seu lado, como companheira de
luta, como mãe que sempre ajuda e intercede por seus filhos, como modelo de vida. Invoquem Maria e orem junto
com ela. Rezem, com amor e com freqüência, a “Ave Maria” e aprendam a rezar o “terço”, como milhões de
cristãos já fazem.

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Assim, “assíduos em oração, em companhia de Maria, mãe de Jesus”, (At 1 .14) como os primeiros cristãos,
vocês experimentarão a luz e a força do Espírito Santo, e confirmados, sairão por aí como corajosos missionários
de Cristo, para construir a “Civilização do Amor”.

Assunção de Nossa Senhora


Pe. Zezinho – SCJ (Extraído da Revista Família Cristã)

E Deus Levou Maria...


Define-se como dogma de fé que a Virgem Maria, Mãe de Deus, foi assunta à glória celeste em corpo e
alma. [...]
Alguns cristãos acham difícil acreditar na Assunção de Maria. Nós, não! Deus levou Maria de um jeito
especial, da mesma forma que a escolheu de modo todo particular.
Então, Maria não morreu? Claro que morreu! Não é isso o que a Igreja quer dizer quando festeja a Assunção.
Não é que ela estava dormindo e, como bela adormecida, quando acordou já estava no céu com o seu Filho. A idéia
é outra! Envolve o conceito de morrer.
Maria é imaculada desde o momento em que Deus criou a alma dela, isto é, nunca experimentou o pecado e,
portanto, nunca esteve sujeita a satanás. Adão e Eva também foram criados imaculados, livres do pecado e da
dominação do demônio. Adão e Eva, por livre vontade, cometeram o pecado, submetendo-se assim à dominação de
satanás. Antes do pecado, Adão e Eva possuíam a Vida Eterna - aquele sopro que Deus infundiu em Adão logo
após tê-lo criado. A vida eterna foi perdida por Adão e Eva assim que cometeram o primeiro pecado. Tendo
perdido a vida eterna, o homem não pôde conservar a vida física para sempre. Uma das conseqüências da perda da
vida eterna foi a perda da vida física posteriormente. A morte física da forma que nós a conhecemos é
conseqüência do pecado.
Para nós, a morte é o desconhecido, o medo de não saber o depois, de não querer ir, enfim, o mistério do
porvir. Para Maria, deve ter sido bem diferente, já que levou no seu ventre o mistério vivo de Jesus e passou a vida
meditando nessas coisas do céu.
Fica difícil imaginar Maria não querendo ir para o Filho; não sabendo para onde iria. Viveu em Deus e Ele,
nela. Queremos mais o que? Que ela ainda tivesse dúvidas sobre qual opção escolher? Por muito menos, os três
discípulos de Jesus, lá no Tabor, não queriam mais voltar. Pedro propôs que fizessem três tendas e que o céu
começasse ali mesmo (Lc 9,33).
Quem vê o que eles viram não quer mais viver aqui neste mundo! Moisés quis ver a luz de Deus, o qual não
deixou. Ele iria querer morrer e nunca mais viver depois dessa experiência (Ex 33,20). É tão grande a experiência
de ver e sentir Deus em si que a pessoa quer mesmo é ir para ele. Depois do que aconteceu com Maria, fica tão
difícil imaginá-la fechando os olhos e querendo ir?
Esta é a festa que nós, católicos, comemoramos no dia 15 de agosto. Festejamos uma mãe amorosa morrendo
de amores e querendo ir para seu Filho. Para ela, morrer doeu menos do que para nós. Nosso trânsito é bem mais
difícil. Deus, que a assumiu em vida, fez o mesmo na morte. Maria está no céu. E onde está o corpo dela não tem
importância. Sua morte foi um passar sereno para a outra fase da vida.
Teve uma maternidade e uma morte milagrosas. Mais! Se temos certeza de que alguém, além de Jesus, esta
no céu, este alguém é a mãe dele, salva por ele. É nessas coisas que cremos quando falamos da sua Assunção de
Maria: Deus a assumiu aqui e lá.

Maria e a Santíssima Trindade


Neste mês dedicado à Maria, esta criatura tão especial, nada nos é mais propício do que fazermos uma breve

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reflexão da maneira que a Santíssima Trindade se relaciona com Nossa Senhora para que, tirando nós mesmos
nossas conclusões, possamos escolher o nosso relacionamento com ela, sem medo de qualquer tipo de idolatria.
Maria é a criatura que mais estreitamente se relaciona ou se relacionou com a Trindade Santa. Jamais outra
pessoa criada teve tal intimidade com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo como teve e tem Maria:
Deus Pai a criou cheia de graça, e fez com que o Arcanjo Gabriel assim lhe cumprimentasse na Anunciação
(Lc 1,28), e a fez bendita entre todas as mulheres, como o Espírito Santo inspirou a Isabel que lhe saudasse (Lc
1,42). Foi saudada como bendita e cheia de graça por Deus. Ser bendita é ser cheia de Deus! São Luis Maria já
afirmou: “Deus Pai ajuntou todas as águas e denominou-as mar, reuniu todas as graças e chamou-as Maria”. Deus a
quis separar desde todos os tempos para ser participante tão especial da Obra da Salvação. Fê-la pura e imaculada
para receber em seu ventre o Santo dos santos, o Rei dos reis.
Podemos dizer, segundo Santo Afonso, que Maria é a primogênita do Pai “por ter sido predestinada
juntamente com o Filho nos decretos divinos, antes de todas as criaturas. Ou então é a primogênita da graça como
predestinada para Mãe do Redentor, depois da previsão do pecado.” (Glórias de Maria). Antes dele, S. Bernardo
dirige à Maria estas palavras: “antes de toda a criatura fostes destinada na mente de Deus para Mãe do Homem-
Deus” (Glórias de Maria). Deus quando pensou em Jesus, pensou em Maria para que ela nos trouxesse Jesus.
Deus Filho é seu filho também. Toda a Igreja confessa que Maria é Mãe de Deus. De fato, Maria sendo mãe
de Jesus Cristo, Deus Filho, é mãe dele todo: de sua natureza humana e divina. Isto é incontestável.
Sim! Maria concebeu em seu ventre aquele a quem as escrituras chamam de Verbo Divino - o Filho de Deus
- pelo qual todas as coisas foram feitas (Jo 1,3) e cujo nome é Jesus, “Deus Salva” e cujo Reino jamais terá fim (LC
1,31.33) e o gerou , dando-lhe à luz virginalmente.
Ninguém jamais amou Maria como Jesus amou. Nenhum filho amou e honrou sua Mãe como Jesus o fez.
Jesus lhe foi submisso (Lc 2,51) e obediente, sendo esta uma das maiores glórias que Nossa Senhora recebeu de
Deus. Esta glória se estende também a S. José. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina: “A submissão de Jesus a
sua mãe e a seu pai legal cumpre com perfeição o quarto mandamento. Ela é a imagem temporal de sua obediência
filial a seu pai celeste.” É certo que Jesus é no céu tão filho de Maria como era na terra, como diz Santo Afonso:
“Tão grande é o prestígio de uma mãe, que nunca pode tomar-se súdita de seu filho, ainda que ele seja o rei. É
verdade que, sentado agora, à direita de Deus Pai no céu, Jesus reina e tem supremo domínio sobre todas as
criaturas e também sobre Maria...”. (Glórias de Maria).
Deus Espírito Santo é seu Esposo. Foi Sua ação Divina que fez com que Maria concebesse virginalmente
em seu ventre o Salvador. Nem ousamos imaginar como se deu tão milagrosa núpcias... (ver em Lc 1,35).
Desconhece-se outra criatura que tenha tido com a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade tal intimidade.
Intimidade própria dos esposos. Maria como esposa do Espírito Santo recebeu toda a riqueza de seu Divino Esposo.
Sendo plena do Espírito, é plena dos seus dons infusos (Is 11,2), é a Carismática das carismáticas por que é cheia
dos carismas, e é também a portadora de todos os frutos do Espírito (Gal 5,22). Seu Esposo comunicou seus dons
de modo pleno à Maria e, assim, ela pode ser medianeira destes dons como é medianeira de todas as graças.
Como o Seu Filho não resiste às súplicas de Maria, também Seu Esposo não resiste ás suas súplicas. Então o
que o Espírito Santo não fará em nossa alma se nela estiver Maria, pela intercessão de Sua amada esposa?
Fato importante é o de que em Pentecostes Maria estava junto com os Discípulos aguardando o cumprimento
da Promessa do Pai (At 1,14). Ali, com suas orações, Maria não só atraiu seu Esposo sobre a Igreja nascente mas
Maria gerou ali a Igreja por obra do Espírito!
Desta forma, se Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo quiseram desde todo o sempre privilegiar Maria
com Sua Graça, se Deus a quis inserir de modo tão particular em Seu Ministério Trinitário, porque nós, meras
criaturas, não a haveremos de amar e homenagear?
Que a Mãe do Deus Filho, Esposa do Espírito Santo e Filha Primogênita do Pai seja nossa intercessora para
que melhor nos relacionemos com o Deus Uno e Trino e gozemos na eternidade de Sua Divina Presença. Amém...

Vamos refletir: (Lc 1,26-56; 2,1-52), (Mt 1,18-25; 2,1-23), (Jo 2,1-12), (Jo l9,25-27), (At 1,12-14).
1) Ler estas passagens e fazer uma redação contando, com as suas próprias palavras, como você
compreendeu, a participação de Maria nos acontecimentos relatados e como ela pode nos ajudar em
nossas vidas.
2) E difícil encontrar uma família onde alguém não se chame “MARIA” ou que não tenha um nome relacionado
com ela, como: Mário, Aparecida, Aparecido, Fátima, Lourdes, Conceição, Miriam, Rosário,... Da mesma forma
são vários os nomes dados a Nossa Senhora, de acordo com o momento da vida, ou ligados aos lugares onde ela
viveu ou apareceu, como: N.S.da Glória, N.S. de Fátima, N.S. do Bom Parto, N.S.do Perpetuo Socorro, N.S. de
Nazaré, N.S. das Graças. etc. Escrever na mesma folha da redação pelo menos 10 nomes dados a Nossa Senhora.
Orações do Cristão

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Credo
Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso
Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi
crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está
sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Espírito Santo,
na santa Igreja católica, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna.
Amém.

Pai-Nosso
Pai nosso que estais nos céus, santificado, seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa
vontade, assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos
tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação. Mas livrai-nos do mal. Amém.

Ave-Maria
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do
vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

Oração de Invocação do Espírito Santo


Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis, e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o
vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que
apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre de Sua consolação. Por Cristo
Senhor nosso! Amém!

Salve-rainha
Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degradados
filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Ei-a, pois, advogada nossa, esses
vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso
ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
- Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
- Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Ato de Contrição
Meu Jesus, meu bom Jesus, que por mim morreste na cruz, perdoa os meus pecados. Já não quero mais
pecar. Amém.

Ato de Contrição
Meu Deus, eu me arrependo dos meus pecados, porque pecando me afastei de ti. Prometo com a sua ajuda,
procurar não mais pecar. Amém.

Ato de Contrição
Meu Deus, eu me arrependo de todo o coração de vos ter ofendido, porque sois tão bom e amável. Prometo,
com a vossa graça, esforçar-me para ser bom. Meu Jesus, misericórdia!

Glória ao Pai
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

O Rosário
A palavra rosário vem da palavra latina Rosarium que significa “campo de rosas”.

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A Rosa é uma flor que tem simbolismo cristão. A Rosa é símbolo das missões. Cada vez que se reza uma
Ave-Maria é uma Rosa que se oferece a Nossa Senhora. É na boca da tradição que se ouve “não há rosa sem
espinhos”, mostrando assim por um lado a beleza da rosa e o seu perfume e por outro as dificuldades e sacrifícios
que lhe estão associados, mas quando se oferece uma rosa a alguém, pensamos sempre na flor, no que é belo, frágil,
perfumado, doce...
O Rosário – é um conjunto de 15 x 10 Ave-Marias, e de 15 Pai Nossos que estão inseridos entre cada 10
Ave-Marias. Depois tem mais três Ave-Marias e uma Salve Rainha.
Para que quem reze não se perca na contagem ... utiliza-se um fio com contas de modo a ser possível
visualizar os conjuntos de Ave-Marias ...
O “Novo” Rosário - No dia 16/out/2002 nosso querido Papa João Paulo II propôs modificações no Rosário
então conhecido, acrescentando-lhe novas “rosas”: são os Mistérios Luminosos (ou da Luz), referindo-se ao
período da vida de Jesus compreendido entre os 12 anos (citado no 5o Mistério Gozoso) e sua prisão no Horto das
Oliveiras, em que se angustia ao extremo a ponto de suar sangue (1 o Mistério Doloroso). Todas as explicações
necessárias e as orientações, ele as expôs na Carta Apostólica ‘O Rosário da Virgem Maria’, que podemos
encontrar nas livrarias católicas (a preço acessível). Vale a pena lê-la.
Um Quarto ‘Terço’? - Os Mistérios Luminosos juntam-se, portanto aos três Terços já existentes,
formando um quarto “Terço”. Lembramos que chamava-se ‘Terço’, justamente, por ser a terça parte do Rosário.
Ano do Rosário - Nesta reflexão sobre o Rosário, somos convidados a, na companhia de Maria Santíssima
– Mãe de Jesus e nossa Mãe – contemplar o rosto de Cristo, numa uma coroação Mariana da Carta Apostólica
Novo Millenio Iineunte. Assim, de outubro/2002 até outubro/2003 teremos o Ano do Rosário.

O Terço
Para rezar um Rosário demora mais de 1 hora ... e por isso dividiu-se em três partes, rezando-se um terço de
cada vez. Por isso, o Terço é 1/3 do Rosário. O terço tem 5 mistérios. (demora ao todo cerca de 15 minutos)
Rezar o Terço é meditar sobre os fatos da vida de Maria e de Jesus, confrontando-os com os fatos de nossa
vida; com nossa busca de paz (Mistérios Gozosos), nossos sofrimentos (Mistérios Dolorosos). nossas esperanças
(Mistérios Gloriosos). Assim, o rosário de Maria, toma-se o rosário de nossa vida.
Assim, contemplando os mistérios do rosário, vamos aprendendo de Maria o jeito de ouvir e fazer a vontade
de Deus, de servir e de orar.
Nossa Senhora pediu em Fátima que se rezasse o terço todos os dias para que o mundo obtenha a paz. A paz,
é o desejo mais profundo de qualquer ser humano sobre esta Terra. Fala-se muito de modos de chegar à paz, quer
com tratados que não são cumpridos, guerras para estabelecer a paz, ... e o homem encontra-se impotente face a um
crescer tão acentuado de guerras, injustiças, ... que parece não terem solução. Nossa Senhora, pede-nos apenas uma
coisa simples. 15 minutos por dia, para rezar e pedir a paz. Se fosse algo complicado e difícil, teríamos de certo
uma desculpa com peso .... A paz é possível com a simplicidade e persistência da oração. A paz começa contigo,
esforça-te, se realmente a desejas.

Jaculatórias
São pequenas frases que se podem repetir, e às vezes são como que pequenas afirmações com uma resposta
que a confirma. A intenção das jaculatórias é apenas a de ter presente o pensamento na oração. São tiradas quer da
tradição oral da Igreja, quer da Bíblia, usualmente dos Salmos. As jaculatórias abaixo são algumas das que
habitualmente se dizem entre os mistérios do Terço, e estão pela ordem com que são rezadas:
“Glória ao Pai ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio agora e sempre, Amém”.
“Ó meu bom Jesus perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno, Levai as almas todas para o céu e socorrei
principalmente as que mais precisarem da vossa misericórdia”.
“Ó Maria concebida sem pecado, Rogai por nós que recorremos a vós”.
“Jesus que é manso e humilde de coração, Fazei os nossos corações semelhantes ao vosso”.
“Divino Espírito Santo, Iluminai-nos senhor”.
“Meu Deus eu creio, adoro, espero e vos amo, Peço-vos perdão pelos que não crêem, não adoram, não
esperam e não vos amam”.

O Santo Terço de Nossa Senhora

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1º Passo Oferecimento do Terço


“Divino Jesus, nos vos oferecemos este terço que vamos rezar, meditando nos mistérios da vossa redenção.
Concedei-nos, por intercessão da Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, as virtudes que nos são necessárias
para bem rezá-lo e a graça de ganharmos as indulgências desta santa devoção”.

2º Passo Creio Em Deus Pai


Em seguida, segurando a cruz do rosário ou terço, para atestar nossa fé em todas as verdades ensinadas por
Cristo, reza-se o Creio ou Credo.

3º Passo Homenagem a Santíssima Trindade


Terminado o Credo, presta-se a homenagem a Santíssima Trindade.
Rezando um Pai-Nosso, três Ave-Marias e um Glória ao Pai sendo que a 1ª Ave-Maria e oferecida em Honra
a Deus Pai que nos Criou. A 2ª Ave-Maria e oferecida a Deus Filho que nos remiu e a 3ª Ave-Maria é oferecida ao
Espírito Santo que nos santifica.
Em cada Mistério se reza um Pai-Nosso, dez Ave-Marias, um Glória-ao-Pai e as Jaculatórias.

4º Passo Os Mistérios do Santo Terço


A cada conjunto de dez Ave-Marias, um Pai Nosso e das jaculatórias chama-se um Mistério. De modo a
rezar mistérios diferentes em cada Terço, a Igreja sugere a seguinte distribuição ao longo da semana:

Mistérios Gozosos (de Alegria) – (2ª feira e Sábado)

1º - A anunciação do anjo a Maria, para ser Mãe de Jesus (Lc 1 ,26-38)


2º - Maria visita e ajuda sua prima Isabel (Lc 1,39-45)
3º - O nascimento de Jesus na gruta de Belém (Lc 2,1-7)
4º - A apresentação de Jesus no Templo (Lc 2,22-35)
5º - Jesus com os doutores do Templo (Lc 2,41-50)

Mistérios Dolorosos (de Sofrimento) – (3ª e 6ª feira)

1º - A agonia de Jesus no Horto das Oliveiras (Mt 26,36-42)


2º - A flagelação de Jesus (Mt 27,24-26)
3º - Jesus é coroado de espinhos (Mt 27,27-30)
4º - Jesus levando a cruz para o monte Calvário (Mt 27,31-32)
5º - Jesus morre na cruz (Jo 19,25-30)

Mistérios Gloriosos (de Glória) – (4ª feira e Domingo)

1º - A ressurreição de Jesus Cristo (Jo 20,19-22)


2º - A Ascensão de Jesus Cristo ao céu (At 1,6-9)
3º - A descida do Espírito Santo sobre os apóstolos (At 2,1-4)
4º - Assunção de Maria ao céu em corpo e alma (Ap 12,1-18)
5º - A coroação de Nossa Senhora no céu, como Rainha (Lc 1,46-49)

Mistérios Luminosos (de Luz) – (5ª feira)

1º - O Batismo de Jesus (Mt 3,13-17)


2º - As Bodas de Caná (Jo 2,1-12)
3º - O anúncio do Reino de Deus (Lc 4,14-22)
4º - A Transfiguração de Jesus (Lc 9,28-36)
5º - A instituição da Eucaristia (Mt 26,17-29)

Esta divisão do Rosário em mistérios ajuda a meditar sobre momentos importantes da vida de Maria e de Jesus.
5º Passo Agradecimentos
No final dos mistérios é feito o agradecimento:

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“Infinitas graças vos damos, Soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossas mãos
liberais. Dignai-vos agora e para sempre tomar-nos debaixo do vosso poderoso amparo, para mais vos agradecer
vos saudamos com uma SALVE RAINHA”.

6º Passo Salve Rainha


Reza-se a Salve Rainha.

Este é o modo mais tradicional de rezar o Terço e habitualmente utilizado quando estamos reunidos com outras
pessoas que também o queiram rezar. Pode rezar-se no entanto de modo diferente e criativo quando previamente
preparado, por exemplo durante o mês de Maio, dedicado a Maria, ou em reuniões de grupos de Jovens, Casais,
Catequese, ..., e até individualmente. O essencial é rezar!
Jesus Funda a Sua Igreja

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Introdução
Jesus veio à Terra para fazer a vontade de seu Pai. E a vontade de Deus é que sejamos salvos (Jo 6,38-40).
Por isso o Senhor morreu na cruz e ressuscitou dos mortos. Mas não parou por aí. Jesus fez a Igreja para que a
salvação chegasse à todos os povos, até os confins do mundo, pois ele não morreu somente para os homens do seu
tempo ou de seu país, mas para toda a humanidade até o fim dos tempos. A Igreja é obra-prima do Senhor. Desde o
início, Ele reuniu o grupo dos doze Apóstolos e o preparou para trabalhar em sua Igreja e espalhá-la pelo mundo.
Eis os nomes dos doze Apóstolos escolhidos por Jesus Cristo: Simão, chamado Pedro, que foi o líder do
grupo e se tornou o primeiro Papa; André, irmão de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu; João, irmão de Tiago e
discípulo que Jesus mais amava; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, chamado Menor,
filho de Alfeu e Judas Tadeu, parentes próximos de Jesus pelo lado materno; Simão, o cananeu e Judas
Iscariotes, que foi o traidor (Mt 10,2-4). Depois em lugar de Judas Iscariotes, que se suicidou, foi eleito Matias
para completar os doze Apóstolos de Jesus Cristo (cf. At 1,15-26).

A Missão da Igreja
E pouco antes de subir ao céu, Jesus deu aos Apóstolos o poder de ensinar, de administrar os sacramentos e
de dirigir as comunidades da Igreja. E disse que estaria com eles até o fim do mundo.
Assim lhes falou o Senhor:
“Toda a autoridade me foi dada, sobre o Céu e sobre a Terra. Ide, portanto, e fazei que todos os povos se
tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar
tudo quanto vos ordenei. E eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,18-20).
O Papa e os Bispos são os sucessores dos Apóstolos. Eles receberam, de Cristo, a missão de fazer a graça da
salvação chegar a todos os homens. E aqui alguém poderia perguntar:
“Salvar de quê ?” Então vamos lembrar:
Deus nos criou “à sua imagem e semelhança” para participarmos de sua vida e de sua amizade, mas pelo
pecado, o homem se afastou de Deus e encontrou a morte, Deus, porém, na sua bondade infinita, enviou seu Filho
Jesus para tirar o homem da morte e lhe dar a vida eterna. A isto chamamos, obra da redenção ou Salvação. Jesus
disse que Ele “veio para salvar o que estava perdido” (Mt 18,11).
Geralmente, o resgate é feito por um alto preço. Por exemplo: um pai dá muito dinheiro para libertar seu
filho das mãos do seqüestrador; um bombeiro arrisca sua vida para salvar pessoas envolvidas por um incêndio; e
Jesus morreu na cruz para nos tirar do pecado e da morte e nos dar a vida eterna. São Pedro fala que “não fomos
resgatados pelo preço de ouro ou prata, mas pelo sangue de Cristo” (Pd 1,18-19).
Portanto, da parte de Jesus, a salvação já está dada a todos. Agora, cada pessoa poderá aceitar todo o
Evangelho e seguir Jesus como Mestre.
A Igreja é a porta-voz da Boa Nova e portadora da salvação. É por meio dela que Cristo se faz presente e age
no mundo. Cristo e a Igreja são inseparáveis. Ela está unida a Ele, como o corpo está unido à cabeça (Ef 2,22-23).
Desprezar a Igreja é desprezar Jesus. Ele mesmo disse aos Apóstolos:
“Quem vos ouve, a mim ouve. E quem vos rejeita, a mim rejeita” (Lc 10,16). Embora Deus possa salvar
também fora da Igreja, ela é o “sinal” do Reino de Deus e o “caminho normativo” da salvação.

Pedro, o Chefe da Igreja


A igreja precisava de um chefe visível. E Jesus escolheu Pedro e deu à ele a responsabilidade geral do
pastoreio do grande rebanho (Jo 21,15-17). Já antes, diante de todos os Apóstolos, o Senhor lhe havia dito:
“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. E o poder de inferno jamais terá domínio sobre
ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: o que ligares na terra, será ligado nos céus, e o que desligares na
terra, será desligado nos céus” (Mt 16,18-19).
Como se vê, Jesus prometeu à Pedro uma graça especial: a graça de não errar nas coisas da fé. Por isso,
dizemos que o Papa é “infalível”, quando fala em nome de Jesus: porque ele está no lugar de Pedro, que recebeu tal
poder do próprio Jesus.
O nascimento da Igreja

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Já vimos na Bíblia, em Atos dos Apóstolos capítulo 2, o nascimento de nossa Igreja, que foi criada e fundada
por Jesus Cristo, mas que nasceu quando Jesus já havia subido aos Céus, no dia de Pentecostes, cinqüenta dias após
a Páscoa da Ressurreição. Os discípulos, junto com Maria, mãe de Jesus, estavam no cenáculo, escondidos e com
muito medo, enquanto oravam desceu sobre eles o Espírito Santo, conforme havia prometido Jesus Cristo. Então
eles perderam o medo e saíram para anunciar o Evangelho, por toda a terra e para todos os povos, seguindo a
ordem de Jesus. Foi a partir daí que nasceu a nossa Igreja, pois começaram a formar-se por toda a parte, as
primeiras comunidades cristãs, guiadas e orientadas pelos Apóstolos e discípulos, que agiam por obra do Espírito
Santo, inclusive curando e fazendo milagres.

A Identidade da Igreja de Jesus Cristo


Nós dizemos: Creio na Igreja “Una, Santa, Católica e Apostólica”. Essas quatro características indicam a
identidade da Igreja fundada por Jesus Cristo. Vejamos:
UNA – É “una” e única porque Jesus fundou somente ela e nenhuma outra.
SANTA – É “santa” porque Santo é Jesus que a fez, e porque nela está o Espírito Santo, e mesmo sendo
administrada hoje por homens, sensíveis ao pecado, é errado dizer que também é pecadora, pois continua sendo
Santa já que a Santíssima Trindade nela habita.
CATÓLICA – É “católica” porque se destina à toda a humanidade. “Católico” quer dizer universal.
APOSTÓLICA – É “apostólica” porque vem dos doze Apóstolos. Eles é que a divulgaram pelo mundo.
ROMANA – É “romana” porque o Papa mora em Roma, onde morava São Pedro, primeiro Papa da Igreja.
As novas igrejas, inventadas por homens, criaram muita confusão. Por isso, lembramos que a Igreja fundada
por Jesus Cristo se distingue das outras pelo seguinte:

1º) tem sua origem nos dias em Jesus estava na terra, e foi fundada por Ele;
2º) tem como chefe visível o Papa;
3º) tem os sete Sacramentos;
4º) celebra a Eucaristia ou Missa;
5º) crê na Ressurreição e não na reencarnação;
6º) está em comunhão com o Bispo Diocesano.

O que é a Igreja e como ela se organiza


O Que é a Igreja?
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Já vimos que foi Jesus quem fundou a Igreja e como ela nasceu por obra do Espírito Santo. Vimos um pouco
da longa história da Igreja de Jesus Cristo, desde o começo até os nossos dias. Mas, o que é mesmo a Igreja? Qual é
exatamente sua missão no mundo?

Imagens Bíblicas da Igreja


Nos Evangelhos e nos outros livros do N.T., há muitas imagens e comparações, que nos ajudam a entender
melhor o que é mesmo a Igreja.
- A Igreja é o Povo de Deus: como o antigo Povo de Deus, povo de Abraão, de Moisés e dos Profetas, nós
somos um povo que luta para realizar a Páscoa de libertação e que caminha em busca da Terra Prometida, o Reino;
um povo nascido nas águas do Batismo e alimentado pelo pão da vida; um povo que celebra a nova e eterna
Aliança com Deus, selada com o sangue do Cordeiro; um povo que se compromete a viver o novo mandamento, a
lei do amor. Igreja é povo de Deus, quer dizer que ela não é feita apenas de padres e bispos, mas de todo o povo
dos batizados, dos que amam e seguem Jesus. Nós todos somos a Igreja de Jesus Cristo!
- A Igreja é a Família de Deus: nós cristãos somos os que acreditam que Deus é Pai e que, por isso, nós
somos irmãos. É daí que nasce a exigência de vivermos em comunidade, querendo bem uns aos outros, partilhando
alegrias e tristezas, participando com responsabilidade da vida e da missão de nossa família cristã, que é a Igreja.
- A Igreja é o Corpo de Cristo: Jesus Cristo é a cabeça, o Espírito Santo é a alma que dá vida, todos nós
somos os membros. Como no corpo humano, cada membro tem sua função específica, assim, na Igreja, cada um
tem um serviço concreto a cumprir. E, como uma mão, por exemplo, não pode considerar-se mais importante que
qualquer outro membro, assim, na Igreja, todos são igualmente importantes e indispensáveis! E, quando um
membro do corpo está doente ou paralítico, todo o corpo sente as conseqüências, assim também acontece na Igreja
(ICor 12,12-31; Rm 12,4-8; Ef 4,12-16).
- A Igreja é a videira de Cristo: Jesus é o tronco e nós somos os ramos. Unidos a Cristo e aos outros,
formamos a Igreja e daremos muitos frutos... (ver Jo 15,1-17).
- Outras imagens da Igreja: a Igreja é como um rebanho, do qual Jesus é o Bom Pastor (Jo 10,11-15); é
como uma construção, da qual Jesus é a pedra fundamental, os apóstolos, o alicerce e nós, as pedras vivas (Mt
21,42; At 4,11; ICor 3,11; lPd 2,5); é como nossa Mãe, porque nos dá a vida de Deus (Gl 4,26; Ap 12,17); é como
uma esposa, que Jesus muito ama (Ap 19,7; 21,12; 22,7; Ef 5,26).

A Igreja é Sinal e Instrumento do Reino


Está aí uma bonita e profunda definição: “A Igreja é sinal e instrumento do Reino” (Puebla).
Já vimos que Jesus entendia por Reino de Deus: um mundo do jeito que Deus quer, onde os homens sejam livres e
vivam como irmãos e filhos do Pai. Já vimos que o Reino de Deus já está presente no mundo, lá onde há justiça,
fraternidade, amor e busca sincera de Deus.
A Igreja não é o Reino (este, está também fora da Igreja!). Mas, a Igreja deve ser:
“Sinal do Reino”: a Igreja deve viver de tal forma, que todos os que olharem para ela, para sua vida de
fraternidade e de amor a Deus, possam entender o que é o Reino anunciado por Jesus.
“Instrumento do Reino”: a Igreja deve continuar a obra de Jesus, trabalhar para que a semente do Reino
cresça no coração dos homens e do mundo, lutar sem cansar para construir a “civilização do amor”.

Como a Igreja se Organiza


Como sabemos qualquer povo, comunidade, ou grupo de pessoas, para poder funcionar, deve ter um mínimo
de organização, ter suas lideranças, dividir tarefas ou cargos etc. Assim também o Povo de Deus, que é a Igreja,
tem sua própria organização e suas lideranças.

Centros de Comunhão e Participação


a) A família cristã
A família, santificada pelo Sacramento do Matrimônio, é a célula menor do grande Corpo da Igreja, o 1º
centro de comunhão, participação e evangelização. Por isso, a família cristã é chamada Igreja “doméstica”.
É numa família cristã que os filhos fazem sua primeira e indispensável experiência de fé, de amor a Cristo e à
Igreja, de oração, de serviço fraterno e de solidariedade. É, em sua própria família, que o casal cristão pode e deve
exercer sua missão de catequista e de sacerdote do lar. É numa família, onde Cristo realmente é o centro de tudo,
onde se ora juntos e se procura viver do jeito dele, que se realiza, ao pé da letra, a promessa de Jesus: “Onde dois
ou três estão reunidos em meu nome, eu estou no meio deles!”.

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b) A Comunidade Eclesial de Base (CEB)


A CEB é aquele pequeno grupo que integra os cristãos (famílias, adultos, jovens, crianças) de um
determinado ambiente (bairro, rua, conjunto habitacional, vila, favela etc.). Vejamos o que é e o que faz uma CEB:
Comunidade: é um pequeno grupo de pessoas, que permite a vivência concreta da comunhão fraterna e a
participação ativa de todos os seus membros. A comunidade se reúne num centro comunitário ou numa capela.
Eclesial: é Igreja, é gente reunida em nome de Jesus Cristo e em comunhão com toda a Igreja e com seus
pastores. É uma comunidade de fé e de oração, de evangelização e de solidariedade. Seus membros reúnem-se para
ler e refletir sobre a Palavra de Deus, que procuram, sempre, colocar no chão de sua vida concreta. Preocupam-se
com os problemas da localidade, trabalham nas associações de moradores, ajudam os pobres, visitam os doentes,
dão catequese às crianças, aos jovens e aos adultos, lutam pelo bem comum etc,
de Base: é a célula básica da Igreja e da Paróquia. É “de base” também no sentido que é constituída e
dirigida pelo povo, base da sociedade e da Igreja. É a Igreja-povo.

c) A Paróquia
A paróquia é o centro de comunhão, de coordenação e animação de todas as pequenas comunidades, grupos e
movimentos de uma determinada área. O coordenador, e o animador geral da paróquia é um padre, enviado pelo
bispo, e que é chamado pároco. Mas ele não dirige sozinho a paróquia, mas sim com o Conselho Paroquial, que é
constituído por todos os coordenadores de comunidades e de atividades pastorais.

d) A Diocese
É a união de todas as comunidades e paróquias de uma determinada cidade ou região, presidida por um
bispo. Quando a diocese é muito grande (“Arquidiocese”), ela mantém a união entre as paróquias por meio de
“Vicariatos” e “Regiões pastorais”.
A união com o bispo, sucessor dos apóstolos, realiza e garante a união dos cristãos e de todas as
comunidades com a Igreja universal. Pois, o bispo deve viver em comunhão com os outros bispos e, de maneira
especial, com o bispo de Roma, o Papa, sucessor de São Pedro, a quem Jesus estabeleceu como pastor supremo e
pedra de alicerce, que mantém unida a Igreja na mesma e única fé.
A comunhão entre todos os bispos do Brasil chama-se “Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil” (CNBB)
e a comunhão entre os bispos da América Latina realiza-se através do “Conselho Episcopal Latino-Americano”
(CELAM). Todos os bispos do mundo estão unidos entre si e com o papa, sobretudo, por meio dos concílios
ecumênicos, dos sínodos romanos (cada três anos), dos encíclicos papais etc.

Agentes de Pastorais - Membros da Igreja, ou seja, Membros do Corpo de


Cristo!
A missão específica de cada membro da Igreja chama-se ministério, que quer dizer “serviço”. Pelos
diferentes ministérios ou serviços confiados a cada um, costuma-se denominar os membros da Igreja, assim: leigos,
religiosos ou sacerdotes, todos porém, são “Agentes de Comunhão e Participação”, responsáveis pela vida e pela
missão da Igreja de Jesus Cristo.
a) Os leigos: - A palavra “leigo”, do grego “laikós”, quer dizer “membro do Povo de Deus”. Leigos são todos os
membros da Igreja, consagrados pelo Batismo. A primeira e mais específica missão dos leigos é no mundo: na
família, na escola, no ambiente de trabalho, no sindicato, na política, no bairro etc. É lá que, em nome de Cristo e
da Igreja, os leigos devem evangelizar e ser fermento-sal-luz para construir a “civilização do amor”, o Reino. Os
leigos podem e devem assumir também muitos ministérios concretos dentro de sua comunidade cristã, como
coordenadores de CEB’s, catequistas, ministros da Palavra, agentes de pastorais etc.
b) Os religiosos: - São leigos ou sacerdotes, que consagram sua vida a serviço do Reino e da Igreja, fazendo parte
de uma “Congregação”, “Ordem”, ou “Instituto Religioso”. Cada congregação religiosa realiza uma missão
específica, conforme o carisma de seu fundador: oração, catequese, escola, doentes, promoção humana, etc.
c) Os sacerdotes: - Alguns leigos e religiosos são chamados e consagrados para servir o Povo de Deus, como
dirigentes e principais responsáveis da Igreja. São: os bispos, os presbíteros (padres) e os diáconos (estes, podem
ser homens casados).
Pentecostes - O Nascimento da Igreja

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O Espírito Santo
Antes de falarmos na festa de Pentecostes, a vinda do Espírito Santo para a missão dos apóstolos em
continuarem a missão de Jesus, é preciso relembrar o que é Espírito Santo.
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, pois sabemos que há três pessoas: Pai, Filho e
Espírito Santo.
O Espírito Santo é a personificação do amor de Deus. É o próprio Deus que nos proporciona a força para
seguirmos no caminho certo. Ele nos proporciona dons gloriosos para a nossa vida (sabedoria, ciência, fortaleza,
entendimento, conselho, piedade e temor de Deus). É pouco o que podemos falar sobre esse sublime mistério,
porque sua profundidade excede a nossa inteligência.
O Espírito Santo é manifestado pelo fogo que significa, amor, purificação; pelo vento que é limpeza,
renovação, frescura; pela pomba que é paz, fecundidade; pela brisa que é calma, serenidade.
O Espírito Santo sempre esteve presente no povo de Deus, mesmo antes de Jesus Cristo se manifestar em
nosso meio. Já no primeiro livro da Bíblia, o Espírito Santo é citado (Gên 1,1-2), mas no Antigo Testamento o
Senhor revelou-se como Deus Único, e não como Deus trino. O motivo é fácil de entender. O povo judeu, rodeado
de povos politeístas, era facilmente atraído à adoração de vários deuses. A tarefa principal dos profetas era
repreender energicamente o povo para que permanecesse na adoração do Deus único e verdadeiro.
Se Deus houvesse revelado o mistério da Santíssima Trindade: um Deus em três pessoas, eles certamente
cairiam no erro de admitir três deuses, ao invés de três pessoas num único Deus. No Antigo Testamento apesar de
não se falar abertamente nas pessoas do Pai, Filho e Espírito Santo, não quer dizer que o Espírito Santo não fizesse
manifestações extraordinárias, os profetas pregavam impelidos pelo Espírito, os escritores da Bíblia recebiam
iluminação do Espírito, os juízes, condutores do povo, eram guiados pelo Espírito. Em resumo, eram pessoas
escolhidas que recebiam dons especiais para o bem da comunidade.
Jesus diz claramente: o Espírito Santo é um outro (Jo 14,16). Alguém intimamente ligado com ele e com o
Pai. Deus, como o Pai e o Filho. O Espírito Santo é a terceira divina pessoa da Santíssima Trindade. É o Amor do
Pai e do Filho que nos é comunicado. É o mesmo Espírito sempre presente na vida de Jesus.
É o Espírito Santo que transformou pobres homens em profetas, que fez a Virgem Maria ser mãe de Jesus,
que impulsionou os apóstolos a serem intrépidos missionários de Cristo.
É o Espírito Santo que leva a frente o Reino, a salvação de Cristo: no mundo e em cada um de nós.
É o Espírito Santo que faz nascer e crescer, que defende a pequena semente do Reino plantada por Jesus: a
Igreja.
É o Espírito Santo que nos torna “homens novos” no Batismo e na Crisma, que nos torna capazes de
conhecer e amar Jesus Cristo, para vivermos do jeito dele e como suas testemunhas no mundo. E o mesmo Espírito
de Deus que mora em nós (ICor 3,16), que nos impulsiona a sermos santos (não se espante, mas foi Jesus quem
pediu isso: “Sejam santos, como santo é seu Pai que está no céu”).
Deus continua agindo em cada um de nós: O Pai nos cria, e continuamente nos conserva. Somos
continuamente um dom do Pai; o Filho nos liberta sempre das amarras do mal e nos indica o verdadeiro caminho,
somos sempre modelados pelo Filho; e o Espírito Santo é a nossa força na transformação e na prática do bem.

Pentecostes: A Realização da Grande Promessa de Jesus


Agora sim, podemos falar sobre “Pentecostes” a festa do Espírito Santo.
Promessa é dívida! Com sua morte e ressurreição, Jesus expande sobre o mundo o seu Espírito. Já no dia de
Páscoa, ao se apresentar a seus discípulos, o Ressuscitado lhes dá seu Espírito (Jo 20,22).
Mas a festa de Pentecostes marca a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos, cinqüenta dias após a
ressurreição de Jesus Cristo, e por isso é comemorada cinqüenta dias após a Páscoa.
Este acontecimento especial, manifesta publicamente, a realização da promessa de Cristo e a nova era do
Espírito Santo. Foi no dia de Pentecostes, uma festa judaica, cinqüenta dias após a Páscoa. Jesus Ressuscitado já
tinha tirado definitivamente sua presença visível (Ascensão) e seus discípulos estavam reunidos naquele mesmo
salão onde Jesus tinha feito a grande promessa. Maria também estava lá com os amigos de seu Filho Jesus:
esperando e invocando o dom prometido.
“De repente, veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se
encontravam. Apareceram então umas como línguas de fogo, que se espalharam e foram pousar sobre cada um
deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo...” (At 2,1-4).
Foi uma experiência fantástica, indescritível! O Espírito do Senhor foi para eles como fogo que tudo purifica,
abrasa, transforma, ilumina! Foi como vento impetuoso que, com força, tudo impulsiona pra frente! E aí estava o
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primeiro resultado da ação do Espírito: aquele grupo de gente simples e medrosa sai na praça, para começar a
missão que Jesus lhes tinha confiado, pregando a todos, cheios de coragem e sabedoria. É que agora o Espírito de
Cristo está com eles! É que agora tem amor no peito, muito amor para dar!
E ainda tem mais! Naquela praça havia uma multidão de pessoas de diferentes nações e línguas: por obra do
Espírito, todos entendem os apóstolos falarem em sua própria língua! E três mil deles aceitam a mensagem de Cris-
to e são batizados. É o nascimento da Igreja, novo Povo de Deus, onde não há distinções de raça ou nação, onde
todos são irmãos. É o nascimento simbólico de uma nova humanidade, onde os homens, por obra do Espírito Santo,
começam a se entender, a falar a mesma “língua” (a linguagem do amor), a viver unidos conforme aquele projeto
de Deus, do qual os homens tinham se afastado desde o começo da humanidade (ver a História simbólica da torre
de Babel e da confusão das línguas).Veja o poder desse Espírito!
A Igreja nasceu como todo parto, numa hora de dores e de sangue do coração dilacerado de Cristo; mas é no
Pentecostes que é apresentada oficialmente pelo Espírito Santo aos homens de todas as línguas e nações,
misteriosamente representados, naquele dia diante do Cenáculo...
Não podemos nos esquecer que a Páscoa e Pentecostes eram festas agrícolas muito antigas em Israel. Com o
passar dos tempos, foram transformadas em festas religiosas: Páscoa revivia a saída do Egito; Pentecostes
recordava o dia em que Moisés no monte Sinai, recebeu a Lei, cinqüenta dias após a saída do Egito.
Lucas através da narrativa de Pentecostes (At 2,1-13), faz ver que a comunidade cristã é o novo Povo de
Deus, o povo da Nova Aliança, cuja Lei é o Espírito Santo. Não há fronteiras para esse povo, e o objetivo comum é
viver o projeto de Deus. Esse povo é capaz de se entender e se unir porque fala a língua do Espírito de Jesus. De
fato, o Espírito Santo é a memória sempre renovada e atualizada do que Jesus fez e disse (cf Jo 14,26). Entregando
seu Espírito, Deus realiza com a comunidade cristã a nova e definitiva Aliança, na consecução do projeto divino,
confiado agora aos que sonham com a humanidade livre de todas as formas de opressão, violência e morte.
No Pentecostes, todos nascemos e renascemos continuamente. Nascemos para a vida no Espírito e
renascemos para o projeto de Deus, procurando falar a linguagem do Espírito para o mundo de hoje. Bebendo o
mesmo Espírito que foi a base da ação e da palavra de Jesus.
O acontecimento de Pentecostes apresenta-se com uma grande riqueza:
1º) - É festa de mudança. Os apóstolos são renovados pela presença do Espírito que tira suas covardias e
medos, e lhes fortalece a fé.
2º) - Inaugura a Igreja, reúne os discípulos numa fraternidade e lhes ensina a conservar a união.
3º) - Com a força do Espírito, os apóstolos perseveram na doutrina de Jesus, nas reuniões em comum, na
fração do pão e nas orações (At 2,42) dando testemunho corajoso de sua fé em Jesus e enfrentando perseguições
tribunais.
4º) - O Espírito ensina a orar, a ter fé, a praticar o amor e a fazer sempre o bem, revela o sentido das coisas e
acontecimento da vida, dá coragem. Sem ele, tudo ficaria vazio e sem vida, sem o Espírito a obra iniciada por Jesus
podia ter terminado no fracasso, e a sua semente não teria crescido até a plenitude da colheita.
5º) - A festa antiga de Pentecostes ajuda a compreender melhor o seu sentido de obra consumada, pois era
uma festa associada às colheitas, a riqueza da vida, aos frutos do campo e do trabalho do homem.
6º) - A festa cristã de Pentecostes conserva também este sentido de plenitude: é o tempo da colheita de Deus,
da vida nova em Jesus Cristo.
E esse mesmo Espírito que os apóstolos receberam, está ao seu dispor através do Sacramento da Crisma. O
dia da Crisma pode ser considerado o dia de Pentecostes para o crismando. Pois, neste dia ele também recebe o
Espírito Santo, isto é, recebe “Força e Luz” para ser “profeta e testemunha” da salvação que já chegou. O Espírito
Santo é um Dom, um presente, que exige resposta por parte de quem o recebe (Jo 7,38-39). E a resposta implica
numa transformação radical de vida. O trabalho do Espírito Santo no mundo será sempre: unir os homens entre si e
com Deus. Foi o que mais Cristo recomendou em sua passagem pela terra: “Pai, que todos sejam UM como tu e
eu somos UM” (Jo 17,22)
Enfim, é o Espírito Santo que nos uniu aqui, neste catecumenato; que está criando laços de amizade entre nós
e de comunhão com a Igreja; que está esquentando nosso coração para Cristo e dando forças para continuarmos a
caminhada em vista de nosso Pentecostes (Confirmação).

Corpus Christi e a Importância da Missa

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Corpus Christi
Como nasceu a Festa de Corpus Christi ?

Esta festa comemora a instituição da Santa Eucaristia, na quinta-feira depois do domingo da Santíssima
Trindade. A Eucaristia foi instituída por Jesus Cristo na “Quinta-feira Santa”.
Deus utilizou-se de Santa Juliana de Mont Cornillon para propiciar esta festa. Santa Juliana, nasceu na
Bélgica em 1193 e morreu no dia 5 de abril de 1258, na casa das monjas Cistercienses em Fosses e foi enterrada em
Villiers.
Juliana, desde jovem, teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. E sempre desejou que houvesse
uma festa especial em sua honra. Este desejo foi se intensificando a partir de uma visão que ela teve da Igreja, sob a
aparição de lua cheia com uma mancha negra, que significava a ausência desta solenidade.
O bispo Roberto se impressionou favoravelmente com a visão e como naquele tempo os bispos tinham o
direito de ordenar festas para suas dioceses, convocou um sínodo em 1246 e ordenou que a celebração passasse a
realizar-se no próximo ano; também o Papa ordenou, que fosse escrito um ofício para essa ocasião.
A partir de então, houve muita insistência pedindo ao Papa que estendesse a celebração ao mundo inteiro.
Outro fator importante foi um milagre ocorrido na cidade de Bolsena, na Itália, no ano de 1263:
Certa vez um sacerdote que se chamava Pedro da Praga partiu em viagem para Roma perturbado por uma
dúvida sobre o mistério da transubstanciação; duvidava se o pão e o vinho se transformavam realmente no corpo e
sangue de Cristo. Enquanto celebrava a missa na Igreja de Bolsena, na hora da Consagração a Hóstia começou de
repente a sangrar e o sangue caiu sobre sua batina e sobre o altar.
Os paramentos, assim manchados, foram levados ao Papa Urbano IV que residia em Orvieto, e este
reconheceu imediatamente o milagre e logo ordenou a construção de uma célebre Catedral na cidade, para colocar a
relíquia. No ano seguinte, no dia 8 de setembro de 1264, o Papa Urbano IV, como era admirador desta festa,
publicou a bula “Transiturus” na qual, depois de ter ressaltado o amor de nosso Salvador expresso na Santa
Eucaristia, ordenou que se celebrasse a solenidade de “Corpus Christi” na Quinta-feira depois do domingo da
Santíssima Trindade, ao mesmo tempo outorgando muitas indulgências a todos os fiéis que participassem da Santa
Missa e rezassem o ofício. Este oficio, composto por São Tomás de Aquino, a pedido do Papa, é um dos mais
bonitos no breviário Romano e foi elogiado e admirado até por Protestantes. Assim nasceu a Festa de Corpus
Domini - Corpus Christi, celebrada pelos católicos de todo o mundo.

A importância da Missa
A Missa é a Ceia do Senhor Jesus
Desde o começo, as primeiras comunidades cristãs reuniam-se, sobretudo no dia da ressurreição (Domingo),
para fazer o que Jesus tinha feito na Última Ceia e conforme ele tinha ordenado: “Fazei isso em memória de
mim!”.
Os primeiros cristãos celebravam a Ceia do Senhor durante uma refeição fraterna, que chamavam de “Fração
do pão” (At 2,46), ou também “Eucaristia” (palavra grega que quer dizer “ação de graças”), ou, simplesmente,
“Ceia do Senhor”. Mais tarde, o povo cristão passou á chamá-la, também, “missa”, que vem da palavra “missão”.
Nós, Igreja de Jesus Cristo, acreditamos que, quando celebramos a Santa Missa, não só lembramos Cristo,
mas ele se torna realmente presente no meio de nós; não só lembramos o sacrifício da Nova Aliança, mas o
tornamos presente e oferecemos ao Pai o sangue de Cristo derramado por nós e por todos; não só comemoramos a
Páscoa e Aliança, mas com Cristo e por Cristo, realizamos isso em nossa própria vida!
Depois da consagração, quando o padre repete as palavras de Jesus: “isto é o meu corpo... este é o meu
sangue”, ele exclama: “Eis o mistério da fé!”. Na Bíblia, a palavra “mistério” é o mesmo que “sacramento”: alguma
coisa que é sinal da presença e da ação de Deus. Missa é sacramento, pois ela contém e produz amor!
Resumindo, este que é o maior sacramento de nossa fé, podemos dizer isso: na missa, nós-Igreja, por ordem
do próprio Jesus, celebramos e atualizamos tudo o que Jesus fez na última ceia.
Missa: Encontro de família unido, encontro de irmãos! “Como há um único pão, nós, embora
sendo muitos, somos um só corpo, pois participamos todos deste único pão (lCor 10,17)!” Comer juntos é sinal de
amizade, de comunhão, de partilha. Quem come do mesmo prato é porque já é da família, amigo e companheiro de
caminhada. Na missa celebramos nossa vida de comunidade e colocamos em comum nossas alegrias, dores e
preocupações. Sem comunidade não há missa! O padre é o dirigente da missa, é ele que consagra o pão e o vinho,
repetindo as palavras de Jesus; mas são todos juntos, é a comunidade toda, que faz a missa!
Missa: encontro com Cristo ressuscitado. E ele quem nos convida em volta da mesa comum, que
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nos fala e esquenta nosso coração com seu Evangelho, que se oferece por nós ao Pai, que nos une, que nos dá o
“Pão da vida” e o seu Espírito para continuarmos, juntos, na caminhada (cf. Lc 24,13-35). “O cálice da benção que
nós abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos, não é comunhão com o corpo de
Cristo?” (lCor 10,16)
Missa: encontro para celebrar e oferecer o sacrifício de Cristo. Pão e vinho são sinais
(sacramento) da morte de Jesus: o pão é o corpo entregue na cruz, o vinho é o sangue derramado. “Isto é o meu
corpo que é dado por vós.., este é o cálice do meu sangue, que é derramado por vós e por todos os homens, para o
perdão dos pecados!” Na missa, oferecemos ao Pai o sacrifício de Jesus, Cordeiro por nós imolado, mas também
nossa vida, nossa lula, nosso sacrifício, pela causa de Deus e dos irmãos.
Missa: encontro para celebrar e renovar a Páscoa, Páscoa de Cristo (sua vitória sobre a morte),
Páscoa nossa (nossa vitória sobre o pecado), Páscoa da humanidade (a vitória sobre todo o mal). Toda missa é festa
de Páscoa, festa de libertação, festa de esperança num mundo novo, um mundo de justiça e de partilha, onde todos
sejam livres, irmãos e filhos do Pai. Toda missa é sinal que este mundo novo começa aqui e agora, mas que ficará
pronto e acabado no novo céu e na nova terra, quando Jesus voltará para reunir todos no banquete do Pai, para
enxugar toda lágrima e apagar toda dor e sofrimento.
Missa: encontro para celebrar e renovar a Aliança. “Este é o cálice do meu sangue, o sangue da
nova e eterna aliança!” Aliança é acordo, é trato. Jesus assinou com seu próprio sangue este acordo entre nós e
Deus. O acordo é este: Deus nunca vai abandonar o seu povo e Jesus Ressuscitado estará sempre em nossa
caminhada; nós, novo Povo de Deus, aceitamos a Deus como nosso único Senhor e Pai, aceitamos viver seus
mandamentos e o novo mandamento do amor, para sermos irmãos e companheiros, e para lutar por um mundo de
irmãos. Cada vez que comemos o pão e bebemos o vinho, renovamos este acordo, que nos compromete na
comunidade e a viver do jeito de Jesus, amando até às últimas conseqüências!
Missa: encontro para dar graças a Deus. Eucaristia quer dizer “dar graças”, “agradecer”. “Jesus
tomou o pão, agradeceu.. .”. Por meio de Crista, juntos e unidos a ele, nós louvamos e agradecemos ao Pai, por
tudo o que ele nos tem dado, pela Páscoa e pela Aliança, pela Comunhão que nos une a Cristo e aos irmãos, pela
caminhada de nossa Igreja e de nossa comunidade, pela vida, pela saúde, até pela morte.
Missa: encontro para assumirmos nossa missão, E daí que vem a palavra missa. E a missão é
esta: vivermos a Palavra de Deus que temos ouvido; partilhar a fé e tudo o que lemos, com os outros, como Jesus
repartiu conosco o pão; servir a todos (missa é, também e sempre, lava-pés: “fazei isso em minta memória”.); viver
unidos a nossa comunidade; trabalhar e lutar pela libertação, para um mundo mais justo e fraterno etc. A missa não
acaba na igreja: continua, lá fora, em nossa vida e em nossa missão!

Enfim...

Missa é tudo isso! Agora vocês podem entender melhor porque, no começo, dizíamos que a missa é a raiz, o
centro e o cume da vida cristã e da Igreja. Mas, só compreende a missa quem tem fé em Jesus e vive essa fé com os
outros, na comunidade.
De pouco adianta ir à missa só por hábito ou por obrigação, ou ficar no fundo da igreja para “ver as modas”!
Vai à missa quem quer estar com Cristo e com os irmãos de fé; quem quer celebrar, participar, orar, cantar (não só
assistir!); quem sabe agradecer por tudo o que recebeu; quem quer oferecer a Deus sua vida, suas lutas, seus
sofrimentos; quem precisa do Pão da Vida para continuar lutando, amando, servindo. Vão à missa os que são
pobres também por dentro, que põem sua confiança no Senhor, que são humildes e puros de coração, que sabem
repartir o que têm, que sabem amar e sofrer pelo Reino de Deus!
Porém, não se vai à missa só quando a gente “está numa boa”, ou “sente vontade”... Na vida, há momentos
em que a gente não sente nada... é aí que mais precisamos fazer força (“Amar a Deus com todas as forças!”) para
não nos afastar da comunidade e continuar participando da Santa Missa!

Os Sacramentos
O que são os Sacramentos ?

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A palavra Sacramento significa sinal, portanto dizemos que os Sacramentos são sinais do amor de Deus para
com a humanidade. Os sacramentos são “sinais sensíveis e eficazes da graça de Deus”, instituídos por Jesus Cristo
para a nossa salvação. No Batismo, por exemplo, os sinais sensíveis são a água e as palavras: “Eu te batizo, em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
O mais importante não é o sinal visível, mas a realidade invisível que o sinal representa. Os sacramentos nos
dão a graça de Deus. E a graça de Deus é um dom ou presente, por isso mesmo se chama “graça”, porque nos é
dado de graça (Ef 2,1-10). Jesus é a fonte da graça. Ele diz: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A
quem tem sede, darei gratuitamente água da fonte da vida” (Ap 21,6). Por isso costuma-se dizer que os sacramentos
são os “canais”, por meio dos quais a “água viva” da salvação chega até nós.

Jesus é Sacramento do Pai e a Igreja é Sacramento de Cristo


Podemos dizer que Jesus Cristo e a Igreja também são Sacramentos. Vejamos porque:
Jesus Cristo é o sinal-sacramento primordial do Pai: Ele torna presente Deus no meio dos homens; seus
gestos, suas palavras, seus milagres, são sinais que tornam visível à ação de Deus no mundo. Em Cristo, em sua
palavra, no seu jeito de amar e de agir, nós encontramos Deus, portanto, Jesus é o maior sinal do amor de Deus
para com a humanidade.
A Igreja, por sua vez, foi deixada por Jesus para ser o seu Sacramento no mundo. Isto quer dizer que a Igreja
é sinal de Cristo e também instrumento de sua presença, de seu amor e de sua ação libertadora. Toda a vida e ação
da Igreja são sacramentos da presença e da ação de Cristo, porém, há sinais especiais que o próprio Jesus
confiou à sua Igreja, para serem sinais de sua presença e de sua ação. São os sete Sacramentos da Igreja Católica.

Os Sete Sacramentos na Vida do Cristão


Com os Sete Sacramentos, a Igreja celebra a presença e a ação de Jesus em todos os momentos marcantes de
nossa vida humana e cristã:
1-) Batismo – celebra o nascimento de um novo cristão;
2-) Crisma – celebra o crescimento do cristão, que se torna adulto na fé;
3-) Eucaristia – celebra a comunhão com Cristo e com os irmãos da comunidade, é o alimento para a nossa
caminhada;
4-) Reconciliação ou Penitência – celebra a conversão e o perdão do Pai;
5-) Unção dos Enfermos – celebra a esperança, tornado-se presente à ação libertadora de Cristo na hora do
sofrimento, da doença e da morte;
6-) Ordem – celebra a dedicação total de alguns cristãos ao serviço de Deus e de sua missão na Igreja;
7-) Matrimônio – celebra o amor conjugal e a formação de um novo lar cristão, unido pelo amor de Deus.
Os sacramentos são sinais de uma aliança: Cristo compromete-se conosco e nos dá o seu Espírito, e nós nos
comprometemos com Ele, para vivermos conforme o seu Espírito!
Ao mesmo tempo em que os Sacramentos devem manifestar nossa vida e nosso compromisso com a
comunidade, eles também constroem a Comunidade-Igreja:
1-) Batismo – é a entrada na comunidade cristã;
2-) Crisma – é tornar-se membro ativo na vida da comunidade e na missão da Igreja;
3-) Eucaristia – é a comum-união, é tomar parte do banquete que Jesus se fez;
4-) Confissão – é a volta para a Deus, do qual nos afastamos pelo pecado;
5-) Unção dos Enfermos – é a comunidade que, como Cristo, está ao lado dos irmãos doentes;
6-) Ordem – é a consagração ao serviço da comunidade;
7-) Matrimônio – é a formação da “Igreja doméstica”.
Sinais Sensíveis e “Eficazes”

Sinal “eficaz” é aquele que sempre produz o seu efeito. São palavras e gestos que não falham. A nossa
palavra nem sempre é eficaz, porque não temos poder. Se eu mandar um paralítico andar, ele se esforça, mas não
sai do lugar. Deus, porém, tem poder, por isso sua palavra é eficaz.
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Na criação do mundo, o Senhor disse: “Haja luz”. E houve luz (Gn 1,3). A um paralítico, Jesus disse:
“Levanta-te, pega o teu colchão e anda”. E o paralítico se levantou e saiu andando (Jo 5,8). Na Ceia, Jesus pegou o
pão e disse aos Apóstolos: “Tomai e comei, isto é o meu corpo”. E embora permanecesse a aparência e o sabor do
pão, já não era mais pão, mas o corpo do Senhor (Mt 26,26).
Os Sacramentos são administrados por homens, mas são eficazes porque são feitos por ordem de Jesus.
Eles dão a salvação porque é Cristo que age através do padre. Na Missa, o pão e o vinho se tornam o corpo e o
sangue do Senhor , porque Jesus assim o fez na Ceia e disse aos discípulos: “Fazei isto em minha memória” (Lc
22,19). Na Confissão, o pecado fica perdoado, não porque o padre tenha poder pessoal para isso, mas porque Jesus
disse aos Apóstolos: “Os pecados que perdoarem serão perdoados” (Jo 20,23).

Quando os Sacramentos Não Salvam


Os Sacramentos são eficazes da parte de Deus, mas podem tornar-se “ineficazes” por parte da pessoa que o
recebe, se os receber sem fé. Nesse caso, os Sacramentos não produzem os frutos da Santificação. São como a
semente boa semeada no asfalto. E se alguém recebe um sacramento com pouco caso, comete pecado. Sobre a
Eucaristia, São Paulo escreve: “Quem come e bebe o corpo e o sangue do Senhor indignamente, come e bebe a sua
própria condenação” (I Cor 11,29).
Sacramento não é “magia”. Nem opera automaticamente. Deus nos dá a sua graça na medida de nossa fé.
Aos doentes que pediam curas, Jesus dizia: “A tua fé te salvou” (Mt 9,22). E o doente ficava curado.
No caso do Batismo de criancinhas, ele é dado em consideração à fé que os pais têm e que prometem passar
ao filho. Ninguém vai entrar no Céu só com a certidão de Batismo. Jesus disse: “Quem crer e for batizado, será
salvo. Quem não crer, será condenado” (Mc 16,16).

Responder com suas próprias palavras, o que entendeu e como entendeu:


1-) Por que Jesus é Sacramento de Deus?
2-) Em que sentido, a Igreja é Sacramento de Cristo?
3-) O que são os Sacramentos da Igreja?
4-) O que celebra cada um dos sete Sacramentos e qual o significado de cada um deles na construção de
uma Comunidade?
5-) Os Sacramentos, por si só, podem salvar? Porquê?

Batismo

Ponto de Partida para uma Vida Cristã

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Batizar quer dizer lavar, mergulhar. É o ponto de partida da vida de cristão. É o primeiro sacramento que
todos recebemos. É o sinal que nos indica qual é o nosso compromisso. O batismo tem significado para o cristão,
na medida em que assume os compromissos que dele derivam. Ao receber o batismo o cristão recebe vida nova.
Essa nova vida é o compromisso que ele deve vivenciar na família e na comunidade. Sem uma vivência o batismo
de nada valerá.
· O Batismo exige uma nova maneira de viver e colocar em prática o compromisso cristão;
· Precisamos fazer parte de uma comunidade. Só assim o batismo tem valor;
· O Batismo pode de nós atitudes concretas e coerentes.

O Batismo de antigamente
Os cristãos se preparavam para o batismo durante cerca de três anos, no catecumenato. Depois da
preparação, o Batismo era celebrado solenemente na Vigília da Páscoa juntamente com a Crisma e a primeira
participação na Eucaristia.
A comunidade se reunia para a grande Vigília Pascal. Celebrava a Páscoa de Cristo e dos cristãos e o
Batismo de seus filhos e filhas gerados na Fé.
Terminada a Liturgia da Palavra, a comunidade se dirigia para o batistério (um outro prédio vizinho ao
prédio da igreja). Aí chegando, o batizado se despia de suas vestes, era ungido com óleo e renunciava o mal. Em
seguida descia a piscina com a água até pela cintura, acompanhado pelo diácono. O presbítero interrogava a quem
descera à piscina para ser batizado: “Crês em Deus pai?”, e o batizado respondia: “creio” e era mergulhado pela
primeira vez. O presbítero interrogava pela segunda vez sobre a fé em Jesus Cristo. Ao responder creio, o batizado
era mergulhado uma segunda vez. Era interrogado uma terceira vez sobre a fé no Espírito Santo que age na Igreja.
Após responder creio, era mergulhado uma terceira vez.
Saia então da piscina, era ungido na cabeça com óleo do Crisma e se revestia de uma veste branca.
A partir desse rito compreendemos melhor toda a mística de São Paulo a respeito do batismo. “Batizados
para Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte. Como Ele fomos sepultados pelo batismo na morte para que assim
como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também andemos em novidade de vida” (Mc 6, 3-4).
“Com Ele foste sepultado no batismo e nele fostes também ressuscitados pela fé no poder de Deus que ressuscitou
dos mortos”(Gl 2, 12). “Todos vós que fostes batizados em Cristos, vos revestistes de Cristo” (Gl 3, 27).
Curiosidade: a primeira condição para entrar na comunidade dos seguidores de Jesus, era saber a verdade
sobre Jesus de Nazaré: conhecer sua origem, a razão de sua morte, ter a certeza de sua ressurreição, da sua
permanência no meio da comunidade através de sinais-sacramentos. Esse era o anúncio contendo as verdades
fundamentais nas quais acreditava esse grupo. Este tempo de preparação para o Batismo era chamado
catecumenato.

Símbolos da celebração do Batismo


Sinal da Cruz: é traçado no peito e na testa da pessoa, para significar que pelo batismo, ela participa da
morte e ressurreição libertadora de Cristo. Ela vai viver a Boa Nova de Jesus preparando-se para enfrentar a
perseguição e o sofrimento que poderão vir.
Água: significa purificação e fonte de vida. Ninguém pode viver sem água.
Vela acesa: significa a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos. É sinal da presença do Espírito na vida da
pessoa.
Óleo: se uma gota de óleo cair na roupa logo se espalha no tecido. O Espírito de Cristo deve penetrar na vida
do cristão e fortalecê-lo na luta contra as forças do mal. Como o óleo penetra na pele da criança, assim Cristo
penetra na vida da pessoa.
Veste Branca: símbolo de que o cristão foi revestido de Cristo. Veste de graça.

Para refletir:
1-) Lendo 1Cor 12, 12-21, qual a nossa opinião sobre as pessoas que querem o Batismo mas não querem
assumir nenhum compromisso?
2-) Ler Mateus 28, 16-20:
Qual tarefa Jesus atribuiu a cada cristão? Por quê?
O que significa observar e ensinar tudo o que Jesus ensinou?
A Eucaristia
A Raiz e o Centro da Comunidade Cristã

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A Eucaristia toma um lugar central na celebração dos sacramentos. Todos os sacramentos estão voltados
para ela e encontram nela sua fonte e seu ponto culminante. É a raiz e o centro da comunidade cristã.
Na véspera de oferecer a sua vida pela salvação da humanidade, Jesus celebrou a Páscoa dos judeus como
eles costumavam fazer. Mas em que consistia essa páscoa?
Era uma refeição tomada em família em agradecimento e louvor a Deus pela libertação da escravidão do
Egito. Era a festa religiosa mais importante. Todo o povo devia celebrá-la a cada ano.
Entre a primeira Páscoa e a definitiva (celebrada por Jesus) passaram-se cerca de 1300 anos. Durante séculos
o povo eleito esperou por esse acontecimento. Agora a antiga e a primitiva Aliança se tornaram nova e eterna. De
agora em diante, a aliança não será mais reformulada ou aperfeiçoada. Quando o padre celebra a missa, não está
fazendo outro sacrifício como os sacerdotes da antiga aliança.
A Eucaristia é um memorial, uma lembrança atualizada do único sacrifício de Cristo, no qual ele mesmo se
apresenta como hóstia (vítima) perfeita. Não podemos fazer melhor do que Ele. Por isso, na missa, a gente lembra
e atualiza o verdadeiro mistério de Jesus.

O que é Eucaristia?
Os primeiros cristãos usavam a expressão “eucaristia”. É uma palavra grega que quer dizer: ação de graças.
Também usavam as expressões “fração do pão” e “Ceia do Senhor”.
A Eucaristia é o Cristo presente na Igreja. Ele, por sua vez, é o centro de nossa fé. Assim, a Eucaristia torna-
se a fonte de nossa fé, pois Cristo é a razão e esperança dessa fé (1Cor 15, 14). A Eucaristia também é o ápice de
nossa fé, uma vez que a finalidade de todo homem é o encontro com Cristo.
A Eucaristia é a presença de Jesus em nosso meio, é ele que alimenta nossa vida plenamente. Sem nos
alimentarmos de Cristo, ficamos fracos e sem ânimo para trabalhar como Jesus, viver a fraternidade, lutar por um
mundo de mais justiça. A Eucaristia é a comunhão dos irmãos, sinal das participações nas lutas, na dor e na divisão
de bens. A Eucaristia é a ceia da memória e ressurreição de Jesus. É a presença hoje de Jesus na comunidade, em
forma de seu corpo e sangue. É o sentido da comunhão: comer o corpo e beber o sangue do Senhor, unindo-nos
assim a Cristo no seu ato de extrema doação.

A Refeição na Bíblia e As Refeições de Jesus


Para entender toda a riqueza da Eucaristia, devemos olhar na Bíblia, tanto no Antigo, como no Novo
Testamento. Para os cristãos a refeição é muito mais do que somente a alimentação. É um sinal de união, de
amizade, de festa e de alegria partilhada. E na Bíblia, seu sentido é muito mais rico. Na Bíblia, a refeição é sinal de
amizade, hospitalidade, paz e perdão, presença de Deus (Gn 18,1-8; Gn 26,26-31). É sinal da aliança de Deus com
o Seu Povo; é sinal do Reino. Toda a refeição tem algo sagrado.
Lendo os Evangelhos, percebemos que também para Jesus a refeição é muito importante. Quantas vezes
encontramos Jesus à mesa com seus amigos (Lc 10,38-42; Jo 2,1-11; Lc 7,36) . Para Jesus, cada refeição é
celebração da vinda do Reino, da alegria que haverá de vir. Até depois da ressurreição , Jesus se dá a conhecer
através de refeições (Lc 24,30-31; Jo 21,4-14).
Jesus toma as refeições também com pecadores, causando grande escândalo aos Judeus. Mas ele faz questão
de fazê-lo para mostrar que o Reino de Deus, do qual a refeição é símbolo, é também para os pecadores
arrependidos. Todos são convidados a participar do banquete do Reino. Jesus anuncia o Reino tomando a refeição
com seus amigos, e também com os pecadores.
Também a Eucaristia é um sinal do Reino. É o banquete que antecipa a alegria do Reino, a união, a paz com
Deus, e com os irmãos a fraternidade e a partilha.
Já no Antigo Testamento, pão e vinho eram símbolos do Reino de Deus e Jesus toma esses símbolos para
celebrar sua refeição conosco.
No Evangelho de São João capítulo 6, lemos que Jesus se chama o “Pão da Vida”. Diz: “Quem comer desse
Pão, viverá eternamente”. “Comer” tem um sentido profundo na Bíblia, simboliza que devemos assimilar a Palavra
de Deus e dela viver. Jesus também usa esse simbolismo, quando diz: “É meu alimento fazer a vontade Daquele
que me enviou a realizar a Sua obra” (Jo 4,31-34). Dizendo que ele mesmo é o Pão da Vida, Jesus quer dizer
também que é necessário “assimilar” Cristo em nossa vida, fazer nosso o seu programa de vida: doação ao Pai,
doação aos irmãos; morrer com Cristo para poder ressuscitar com ele.
É por isso que na última ceia, Jesus vai dar de si mesmo como comida e bebida.

A Última Refeição
No meio de tantas refeições, a última refeição toma um lugar todo especial. É a refeição da despedida e, ao

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mesmo tempo, a sua ordem: “Façam isso em memória de mim”.


Para entender essa última ceia, devemos conhecer alguns costumes das refeições do tempo de Jesus.
Já vimos que cada refeição tinha ligação com Deus. Celebrava a presença de Deus no meio de seus amigos,
anunciando o Reino. Cada refeição começava com uma oração, pronunciada pelo pai de família (ou algum hóspede
indicado por ele). O pai tomava o pão, levantava-o pronunciava a oração. Os presentes respondiam, dizendo
“amém”. Em seguida, o pai repartia o pão, dando um pedacinho a cada um e todos, ao mesmo tempo, comiam o
pão. Este se chamava “o pão da benção”. Comendo juntos, expressavam sua adesão às palavras do pai. Depois da
refeição, recitava-se uma oração em agradecimento. O pai levantava “o cálice da benção” (1Cor 10,16) e
pronunciava uma oração. Os presentes respondiam “amém” e todos bebiam do cálice que passava por eles.
Quando Jesus, na última ceia, repartiu o pão e deu o cálice a beber, não fez algo novo. O novo está no
sentido que ele dá a esse gesto.
Conforme os evangelistas sinóticos, a última ceia foi uma ceia Pascal. Todos os anos, os judeus celebravam
sua libertação da escravidão do Egito na festa da Páscoa. Naquela festa preparava-se uma refeição, acompanhada
de cantos, orações e leituras. Era uma ação de graças, um ato de louvor a Deus pelos benefícios recebidos,
especialmente a libertação. Comemorava-se também a Aliança concluída no monte Sinai, quando Deus deu a
Tábua da Lei ao Seu Povo.
Fazia parte do ritual a explicação que o pai dava aos presentes sobre o sentido da ceia (Dt 6,20-25). Ele devia
explicar também o sentido do cordeiro, das ervas amargas e do pão ázimo. O cordeiro lembrava a libertação do
Egito, ocasião em que Deus poupou as casas, cujos umbrais tinham sido aspergidos com o sangue do cordeiro
pascal. As ervas amargas lembravam a amargura da escravidão e o pão ázimo lembra a pressa com que o povo saíra
do Egito, não tendo tempo de esperar o pão fermentar.
Assim como o pai explicava tais simbolismos, também Jesus explicou o novo sentido do pão e do vinho.
Depois de tomar o pão em suas mãos e pronunciar a benção, Jesus repartiu o pão e deu uma parte a cada um dos
seus discípulos, dizendo: “Isto é o meu corpo, que é dado por vocês”. No fim da ceia, tomou o vinho e explicou o
sentido: “Este vinho é o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vocês”. Assim como o sangue do
cordeiro libertou os israelitas da escravidão do pecado. Assim como o sangue dos animais oferecidos a Deus selava
a aliança no monte Sinai, o sangue de Cristo selará a Nova Aliança concluída na cruz.

História da Eucaristia
Jesus pertencia ao povo judeu. Os judeus viveram 400 anos de escravidão no Egito. Quando com a liderança
de Moisés conseguiram se libertar, celebraram a Páscoa: passagem da escravidão para a libertação.
Também Jesus celebrou a sua Páscoa em companhia de seus discípulos. Na última ceia, fez o resumo de sua
vida de doação ao pai, no serviço dos irmãos para a construção do Reino.
A páscoa agora é o próprio Cristo. Ele é a doação do Pai aos irmãos. É o novo cordeiro imolado. Ler: Lc 22,
14-20.
As primeiras Eucaristias revelam calor humano, partilha, presença viva de Jesus: “Eles se mostravam
assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunidade fraterna, à fração do pão e às orações” (At 2, 42). Elas eram
celebradas nas casas das famílias. Só no século III é que a missa começou a ter uma forma. Com o tempo as
comunidades foram crescendo. Surgiu a necessidade da construção de templos e igrejas. Quando a Igreja se uniu ao
Estado, a celebração da Eucaristia nas casas foi proibida. Passou a ser celebrada numa língua e com gestos que
poucos entendiam.
Apenas com o Concílio Vaticano II a celebração Eucarística sofreu algumas modificações para melhor:
passou a ser celebrada na língua do povo, mostrando a história e a esperança da comunidade.

As Refeições Continuam
As primeiras comunidades cristãs se reuniam freqüentemente para a fração do pão (At 2,46), especialmente
aos domingos. Repetiam os gestos de Jesus e celebravam assim a morte do Senhor ressuscitado. Na Bíblia
comemorar, celebrar, sempre quer dizer trazer o passado para o presente. Cada ceia pascal não somente lembrava a
libertação, mas trazia essa libertação para a atualidade. Assim também a celebração da morte do Senhor traz o
sacrifício de Cristo para o presente. O sacrifício de Cristo é único. Mas, em cada celebração da Eucaristia,
comemoramos e se torna atual o sacrifício de Cristo, para que nós, conscientemente, partilhemos da doação de
Jesus e vivamos de sua força.

As Três dimensões da Eucaristia

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Do passado: A Eucaristia é uma ceia comemorativa e festiva de ação de graças. Memória do que aconteceu:
“Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor” (1Cor 11, 26). É a
recordação do acontecimento salvador, da morte e ressurreição de Cristo.
De presente: A ceia do Senhor tem uma dimensão de presente, pois o mesmo Jesus que outrora comeu a ceia com
seus discípulos, torna-se presente de maneira sacramental na Eucaristia. Nisto se manifesta a graça de Deus. A
comunhão da comunidade com Cristo é um chamado constante à luta pela justiça e pela fraternidade.
Do futuro: A ceia Eucarística é antecipação do banquete do Reino dos Céus. É antecipação da vinda do Senhor.
Continua a obra de Deus que se centraliza em Cristo e pelo Espírito Santo se faz perpetuar na Igreja. Tem a missão
de realizar e fomentar a comunhão com Deus e com os homens. A Eucaristia dinamiza a vida da comunidade que,
entre conflitos e tensões, é chamada a buscar constantemente a comunhão.

Comungar exige comunhão real com os irmãos


A comunhão com o pão e o vinho eucarísticos tem uma exigência para todo os participantes dela: a
comunhão real com os irmãos.
O sacramento da Eucaristia não pode ser separado do mandamento da caridade, do amor. Não se pode
receber o corpo de Cristo e ficar longe dos que têm sede e fome, dos marginalizados, dos excluídos
Para refletir: Mt 25, 41-44; 1Cor 11, 17-26
Vida Fraterna
A comunhão da assembléia eucarística deve ser precedida pela comunhão grupal, familiar e comunitária.
Não pode haver Eucaristia sem haver reconciliação com Cristo. Comer do mesmo pão e celebrar o mesmo Pai é
tarefa dos irmãos.
Atitude de Sacrifício
Não se pode apresentar a Deus o sacrifício de Cristo se nossa vida não é contínuo sacrifício – oferta a ele nos
irmãos. A vida de Cristo foi constante doação ao Pai e a nós. O cristão, pela Eucaristia, participa da doação de
Cristo. Por isso, sua vida será sempre mais semelhante à de Cristo, que soube dar a vida.
Cultivo da gratuidade
A Eucaristia é dom gratuito de Deus à Igreja. É Cristo se doando. Ele nos ensina a doação, a gratuidade.
Assim como Cristo nos amou gratuitamente, assim espera nossos gestos contínuos marcados pela mesma
gratuidade. Ele é dom e desafio aos que se alimentam dele para que sejam “dom” aos outros.
Conversão progressiva
A Eucaristia se prolonga em nossa vida. Precisamos estar em contínua mudança. Não podemos ficar
acomodados diante do mal que está em nós, nos outros e em nosso meio. Participar da Eucaristia é sair do
individualismo e unir-se aos outros gerando comunhão e participação.

O que significa comungar?


Comungar significa alimentar-se do Corpo, do Sangue, da alma e divindade de Jesus Cristo. Há quem se diz
ser “católico praticante” por que comunga com freqüência. Mas não adianta estar presente na liturgia, se não aceitar
o convite que a liturgia faz: ouvir a palavra de Deus e colocá-la em prática.
A tentação que os cristãos têm constantemente é a de separar a liturgia da Eucaristia, da celebração do
compromisso, separar a festa da luta. A vida separada da liturgia deixa de ser verdadeiramente cristã.
Comer o pão e beber o vinho consagrados é comer e beber a vida de Jesus Cristo, para que possamos
prolongar em nós a sua missão. A Eucaristia é o sacramento da unidade.

Resumindo. . .
Podemos dizer que a Eucaristia é:
- um ato de louvor e de agradecimento ao Pai pelos benefícios recebidos em Cristo;
- comemoração, recordação eficaz, do sacrifício de Jesus na Nova Aliança;
- celebração da presença do Senhor Ressuscitado no meio da sua comunidade;
- refeição, alimento para a caminhada, encontro de irmãos;
- sinal do Reino que deve ser anunciado e construído por nós (compromisso).

Matrimônio

Paróquia Santa Rita de Cássia 59 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 60

O matrimônio cristão é uma vocação, é um apelo à santidade. O ponto de partida da vocação a santidade é o
sacramento recebido. Na busca dessa santidade, o casal cuidará para que a oração conjugal e familiar faça parte do
programa de todos os dias.
No amor de Cristo por sua Igreja, o matrimônio cristão se apresenta como uma escola de perfeição pessoal e
de recíproca santificação. Deus criou homem e mulher a sua imagem e semelhança. Desde o dia em que cheios de
ternura e graça o homem e a mulher os descobrem, tornam-se "companheiros de eternidade".

O Que é o Sacramento do Matrimônio


Não é simplesmente um contrato. É uma aliança, tão importante quanto a aliança de Cristo com a sua Igreja.
O amor entre homem e mulher deve ser cultivado em sua plenitude. Nessa relação em comunhão, eles vão
descobrindo:
- A si mesmos como filhos de Deus, com dignidade e responsabilidade;
- Um ao outro como alguém desejado, amado e também filho de Deus;
- A humanidade que vão alimentar através dos filhos.
- O próprio Deus, Pai generoso que cria o amor entre homem e mulher e faz desse amor caminho
privilegiado para o Reino.
Por meio das tensões de um casamento, o homem e a mulher crescem em sua humanidade, cultivando seus
dons e fazendo uma experiência profunda do amor de Deus. Nesse ambiente de amor e solidariedade acontece a
geração de novas vidas.
A geração de novas vidas não é tarefa sem importância. A vida de todos nós é devida à ação do Espírito
Santo de Deus. Por isso, a família é querida por Deus: para ser colaboradora no seu projeto de criar o ser humano.
O ambiente que a vida precisa para se desenvolver é o ambiente do amor. A família deve assumir o amor com todas
as suas conseqüências: alegria, fidelidade, liberdade, diálogo ...
Nenhum aspecto do amor pode ser negado ou desconsiderado. A falta de fidelidade, a violência, o divórcio,
são expressão de profunda falta de amor.
Hoje há muita gente que deseja o sacramento simplesmente como ato social. Casais de noivos que
participam a Igreja, de sua comunidade, exigem na celebração desse sacramento, buscando apenas uma festa
bonita, deixando de lado o verdadeiro sentido do sacramento.

O Amor Verdadeiro Requer Fidelidade (Mt 19, 3-8)


A fidelidade é a maior prova de amor. Ela encontra a sua fundamentação na fidelidade que Deus tem para
conosco. Deus nunca nega o que ele prometeu. O matrimônio cria um laço tão profundo que é difícil imaginar que
ele possa ser desfeito.

Palavra de Deus
Paulo mostra como deve ser a vida e o relacionamento entre marido e mulher, par que sejam mais edificantes
e duradouros. Carta aos Efésios 5, 25-33

Responder:
1-) Segundo a Leitura acima, como deve ser o amor entre o casal?
2-) Será que os casais hoje fazer uma ato de doação recíproca? Os que não o fazer têm condições de fazer?
3-) Qual o sentido que se dá hoje para o sacramento do matrimônio?
4-) A família, hoje, é berço de vida e fé? O que falta?

Reconciliação ou Penitência

Paróquia Santa Rita de Cássia 60 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 61

Reencontro com Deus e a Comunidade


Jesus deixou a seus apóstolos o poder de perdoar os pecados. Hoje o padre continua essa missão, em nome
de Jesus, na Igreja. O padre ajuda no arrependimento e procura através do diálogo encontrar os caminhos para
melhorar sua vivência cristã. Lembra-lhe a bondade e a misericórdia de Deus para com os pecadores arrependidos.
O sacramento da reconciliação contém em si um sinal de louvor a Deus. É o pecador que se volta para Deus
querendo seu amor.
A Igreja pede que o cristão se confesse ao menos uma vez por ano. Os pecados graves (pecados que nos
afastam perigosamente da amizade com Deus e com os outros) tem de ser confessados individualmente, em tempo
oportuno.

O Pecado Existe: é contra a Vida e é contra Deus


O pecado existe. Todos somos pecadores. O orgulho, o egoísmo, o individualismo de hoje em dia,
enfraquecem a nossa consciência e nos impedem de reconhecer a força do pecado e a nossa participação no mal
que existe no mundo.
O pecado quebra a unidade entre as pessoas, desoriente o pecador, afasta dos caminhos de Deus. Com isso
passamos a adorar e servir outros deuses: a riqueza, a ganância, o poder, o prazer, as drogas, a violência, o dinheiro,
etc. estes deuses se transformam em ídolos que destroem e matam a vida.
Podemos ver em nosso meio as conseqüências que esses falsos ídolos causam: lares destruídos pela
infidelidade, crianças abandonadas, miséria, divisão da comunidade, no bairro, doenças e sofrimentos que
poderiam ser evitados, marginalização, prostituição, assassinatos...
O pecado menos percebido é a omissão. A acomodação diante do mal, a indiferença diante da opressão e o
medo de lutar para mudar essa situação que destrói as pessoas, a família, a comunidade.
O evangelho nos ensina que podemos recorrer a misericórdia de Deus por meio de atos e atitudes honestas.
São os atos mais simples que revelam a presença de Deus em cada pessoa e na comunidade.

História da Penitência
A remissão dos pecados foi tida desde o começo da vida cristã como uma das dimensões do batismo. Ser
batizado era sinônimo de não ser pecador. Houve até uma corrente forte que era do parecer de que quem cometesse
pecados graves seria afastado da vida cristã. Tentou-se amenizar essa tendência com a possibilidade da recepção do
sacramento da penitência, uma vez na vida, (em caso de apostasia, homicídio e adultério). Era a penitência pública.
No século V, São Patrício insistiu na penitência privada (para as faltas menores aplicam-se os meios cotidianos:
jejum, esmola, etc.). Com o tempo desapareceu a celebração comunitária da penitência.
No século VI, surge com os monges irlandeses, a penitência particular: determinada penitência para
determinado pecado, segundo a sua gravidade. No século VII, surge o confessionário (diálogo secreto, que com o
tempo se tornou minucioso). A ênfase era dada à declaração dos pecados para receber a penitência tarifada.
Em 1215, o concílio de Latrão sanciona a confissão individual das faltas graves. O concílio de Trento
acentua mais ainda esse modelo de confissão.
Em 1974, o papa Paulo VI oferece a Igreja um novo ritual do sacramento da Penitência.
E sobre a celebração penitencial comunitária com absolvição geral, o que diz a Igreja?
As normas da Igreja já prevêem duas condições para esta forma de confissão e absolvição:
a. ) que a pessoa que tenha consciência de pecados mortais os confesse individualmente em tempo
oportuno;
b. ) os que tiverem perdoados pecados mortais, pela absolvição comum, devem procurar a confissão
auricular, antes de receber outra absolvição desse tipo, a não ser se impedidos por justa causa.

Para refletir:
Lucas 15, 11-32;
Lucas 18, 9-14;

Ordem

Paróquia Santa Rita de Cássia 61 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 62

Pelo sacramento da Ordem, o Espírito Santo chama alguns cristãos para o serviço ministerial à comunidade.
O próprio Espírito escolhe entre os cristãos, convocando-os a um serviço: tomar Cristo presente, pelo sacramento
da Eucaristia, e também reunir e reconciliar o povo no sacramento da reconciliação.

O que é o Sacramento da Ordem?


Todos os cristãos são sacerdotes pelo batismo, ou seja, todos são chamados a fazer ponte entre Deus e a
humanidade para a realização do reino. Contudo, na Igreja, há pessoas que se dedicam a assumir esse sacerdócio de
forma bem concreta. São representantes da Igreja, para concretizar entre nós os sinais (sacramentos) da presença de
Cristo em nosso meio. O ministro ordenado pode ser:
Diácono: vem de diakonia, em grego, que quer dizer serviço. Sua vocação é serviço à comunidade, em
todas as áreas. Anima as lideranças, forma catequistas, preside a celebração da palavra... Pode ministrar os
sacramentos do Batismo, Unção dos enfermos e Matrimônio.
Padre: é o pai espiritual, o guia da comunidade. Sua missão é a de servir como base e apoio para toda a
comunidade no processo de crescimento da fé. Além de administrar o Batismo, Matrimônio, confissão e unção dos
enfermos, o padre preside a celebração eucarística. É o padre que realiza o memorial da ceia de Jesus: a Eucaristia.
Bispo: preside e coordena a Igreja local, ou seja, a diocese. Sua figura nos lembra os apóstolos, líderes da
Igrejas nos primeiros tempos. Ele anima as pastorais e movimentos, coordena a comunicação entre as comunidades
e garante a ligação da Igreja local com a Igreja universal. Administra os sacramentos da Ordem e Crisma.

A Missão do Padre
A missão do padre é basicamente anunciar o Evangelho, administrar os sacramentos e ajudar o povo a viver
e a celebrar a sua fé em família e em comunidade. O padre é missionário da paz, da justiça e da unidade. Ser padre
é promover a palavra de Deus, é anunciar o Cristo libertador; é imitar Jesus que nasceu, trabalhou e viveu no meio
do povo, entre os mais rejeitados pelos que controlavam o poder. Jesus viveu no meio do povo e por este morreu.
Ser padre hoje é escolher o caminho da luta pela defesa dos pobres, dos pequenos e daqueles que não tem
terra, moradia, trabalho. Dos operários, das famílias sofridas, dos jovens desorientados, dos menores abandonados
e de todos aqueles que não tem voz, nem vez. Ser padre é continuar a missão de Jesus.
A palavra de Deus nos oferece um conhecimento mais detalhado sobre a missão daqueles que são escolhidos
por Jesus e são consagrados para servir a comunidade: Mt 10, 1-16.

Responder
1-) Que missão Jesus confiou aos discípulos?
2-) De acordo com a leitura, como deve ser a vida daquele que se coloca de modo especial a serviço do
evangelho?

Unção dos Enfermos

Paróquia Santa Rita de Cássia 62 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 63

Experimentamos em nossa vida os limites da doença e da velhice. Deus, que nos acompanha sempre, está do
nosso lado com sua graça, através do sacramento da Unção dos Enfermos. Todos experimentamos a dor em nossa
vida, também Jesus, que veio a esse mundo para que todos tenham vida.
Ele teve um carinho especial para com os doentes e fracos. A Igreja continua a ação de Jesus em favor dos
doentes, especialmente com o sacramento da Unção dos Enfermos.
“O sacramento dos Enfermos tem por objetivo ajudar o doente e os seus a viver seus sentimentos e a
descobrir na doença e na morte um Dom e uma esperança que vem de Deus”.

Jesus e a Doença
No tempo de Jesus, a doença era tida como maldição. Jesus colocou-se contrário a esta mentalidade: curou
muitos doentes e de todos os males. Jesus restituiu, ao mesmo tempo a saúde e a paz. Seus discípulos foram
convidados a fazer o mesmo. A comunidade primitiva viveu com intensidade esse sacramento.
Com o tempo, esse sacramento que era dado para restituir a saúde aos doentes, foi sendo ministrado apenas
aos moribundos inconscientes, como uma espécie de passaporte para a eternidade. Houve uma redução demasiada
da Unção dos Enfermos, que passou a ser chamada de Extrema-Unção, a partir do século XII.
O concílio de Trento explica que este sacramento se chama extrema unção por ser o último da lista e por este
ser administrado em último lugar. Mas na cabeça do povo, o sentido que ficou foi outro: este é o sacramento do fim
da vida.
A doença é como uma prova: somos colocados frente ao ministério da vida e da morte. Aparentemente a
doença é um mal. Mas pode se tornar um bem. Com ela podemos reconhecer nossa pequenez humana. Também
com ela podemos reconhecer o Dom da vida e da saúde.

O Respeito ao Enfermo
A doença não diminui a dignidade da pessoa humana, criada à imagem de Deus (Gn 1, 26) e chamada
comunhão de vida com este mesmo Deus e com os irmãos em Cristo, o Filho e o Irmão.
Os doentes são sinais e imagens, além disso, do Cristo Jesus, pois servir aos doentes é servir ao próprio Jesus
em seus membros sofredores: “estive enfermo e me visitastes... Cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos
mais pequeninos, a mim fizestes”. (Mt 25, 36-40).

Efeitos do Sacramento dos Enfermos


A presença de Cristo leva o doente ao conforto e a esperança. Na hora da dor ou da velhice, quando tantas
vezes o peso da desesperança torna-se forte, o conforto da presença do Cristo é fundamental para dar coragem.
Assim o doente não se sentirá abandonado.
Ainda o perdão dos pecados, sobretudo em casos de impossibilidade de confissão, trazem alento novo a vida
do enfermo. Há casos em que a saúde física se restabelece.

Quando se Pode Receber o Sacramento da Unção?


Quando a pessoa estiver em doença grave, deve chamar o sacerdote. Não esperar até que esteja “no fim”.
Quando a pessoa estiver idosa, também poderá receber este sacramento, pois a velhice não deixa de ser um
sofrimento e um peso para a pessoa. Ainda antes de uma cirurgia grave e para crianças que tenham atingido o uso
da razão.

Curiosidade
Na antigüidade, o óleo era utilizado para curar os doentes. Jesus fala que o bom samaritano recebeu óleo em
suas feridas. O óleo estava associado a força de Deus. A Unção dos enfermos utiliza o óleo sagrado, bento na
Quinta- Feira Santa, como sinal de Cristo que alivia a dor e restitui a vida.

Responder
1. Você já esteve doente. Como se sentiu nesse momento?
2. Antes, você já tinha ouvido falar ou já participou de uma celebração de Unção dos Enfermos?
3. Qual é o sentido que Cristo dá ao milagre descrito em Jo 11, 19-27?
O Sacramento da Crisma

Paróquia Santa Rita de Cássia 63 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 64

A Crisma ou o Crisma?
As duas formas estão corretas, mas cada uma tem um significado diferente. Quando queremos indicar o
sacramento se fala a Crisma, e quando falamos o crisma, estamos nos referindo ao óleo sagrado que é utilizado para
ungir os crismandos, durante a cerimônia.
A palavra crisma é um vocábulo grego que significa unção, ungido. A Crisma tem um nome mais
compreensível em nossa língua: é a Confirmação.

O Sacramento “Gata Borralheira”?


O Sacramento da Crisma ou Confirmação pode ser comparado com a história daquela mocinha do conto-
de-fadas: aquela pobrezinha e desconhecida no palácio do Rei e que era a eleita do príncipe...
Pois assim é o Sacramento da Crisma, tão desconhecido dos cristãos, a maioria vai crismar-se ou mandam
seus filhos à Crisma, sem bem saber bem o porquê, buscam apenas dar continuidade no costume ou são acionados
pelo antigo slogan simplificado da ignorância religiosa: “diz-qué-bão né?” (que traduzido quer dizer: dizem que é
bom, não é?).
Mas então, qual é o verdadeiro sentido do Sacramento da Crisma ou o que ele significa? É isso que vamos
começar a mostrar agora.

O Sacramento do Espírito Santo


O Espírito Santo, prometido pelo filho e enviado pelo Pai, está presente na Igreja, santificando-a
principalmente, através dos sacramentos, mas de modo especial o Sacramento da Crisma ou Confirmação é o
sacramento do Espírito Santo.
Pelo Batismo somos introduzidos na Igreja e passamos a fazer parte da família de Deus, mas para que
possamos, realmente cumprir nossa missão, Jesus nos encoraja com o Sacramento da Crisma. Pelo Batismo o
cristão nasce para a vida com Deus, tornando-se filho, já pela Crisma o cristão é revestido de uma graça especial, o
Espírito Santo, para que possa testemunhar diante dos homens essa vida. Pela Crisma o batizado torna-se adulto na
fé e passa a ser um mensageiro de Deus, um soldado de Cristo para que desta forma possa lutar contra as
impurezas, a tristeza, as maldades e contra a ação do demônio no mundo.
O crismado repleto do Espírito Santo torna-se um braço de Deus a favor da justiça e do direito entre os
homens, deixa-se usar pelo Espírito Santo para fazer da humanidade uma comunidade onde reine o amor, a alegria,
o respeito e o auxílio aos irmãos.
Assim, a Crisma é a vinda do Espírito Santo sobre nós, para nos fortalecer para a vida cristã. Do mesmo
modo foi com os apóstolos, quando em Pentecostes, o nascimento da Igreja foi visivelmente confirmado pela
descida do Espírito Santo, em forma de línguas de fogo, sobre eles e Maria, no cenáculo. Depois de receberem o
Espírito Santo, eles perderam os seus medos e saíram para evangelizar. Também Jesus, quando iniciava sua missão
evangelizadora, após o seu Batismo, por João Batista, nas águas do rio Jordão, recebeu o Espírito Santo, que em
forma de uma pomba, confirmava esta missão. Por isso nós consideramos a pomba e o fogo símbolos do Espírito
Santo.
Os efeitos da Confirmação são: a presença santificadora e profética do Espírito Santo, a dinamização dos sete
dons do Espírito Santo, a consolidação de nossa filiação divina, a união mais sólida com Jesus, fortificação da
presença na Igreja, a coragem para difundir e promover por atos e palavras a vida de Jesus, sua mensagem e
missão.

A Cerimônia da Crisma

Paróquia Santa Rita de Cássia 64 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 65

Rito da Imposição das mãos


O ministro ordinário da Crisma é o Bispo, ou um Padre, por ele indicado. A cerimônia começa com uma
oração invocando o Espírito Santo e seguem-se as leituras do Antigo e Novo Testamento e do Evangelho. Em
seguida, vem a imposição das mãos, que é um gesto bíblico de benção, consagração ou transmissão de algo
superior. Na Liturgia, é gesto que significa a tomada de posse de um ser pela potência de Deus e plenitude do
Espírito Santo, a fim de investi-lo de um poder espiritual, de uma aptidão, para cumprir uma missão. E com a
imposição das mãos a oração: “Roguemos a Deus Pai que derrame sobre estes seus filhos, já renascidos no
Batismo, a fim de confirmá-los pela riqueza de seus dons e configurá-los pela unção do Cristo, a seu filho”. Após a
imposição das mãos continua: “Ó Deus... que pela água e pelo Espírito Santo, fizestes renascer estes vossos servos,
enviai-lhes o Espírito Santo: dai-lhes, Senhor, o espírito de sabedoria e inteligência, o espírito de conselho e
fortaleza, o espírito de ciência e piedade e o espírito do vosso temor”. (*) As palavras grifadas correspondem
aos Sete Dons do Espírito Santo.

Rito da Unção da Crisma


Neste momento, o celebrante, depois de colocar a mão no ombro do crismando, impõe a mão sobre a sua
cabeça, e tendo mergulhado o dedo no crisma, traça em sua fronte o sinal da cruz com óleo, dizendo a oração
essencial, a fórmula da Crisma: “(Nome do crismando), recebe por este sinal, o dom do Espírito Santo”. Depois de
convidar a comunidade a orar pelos crismandos, o celebrante termina oficialmente a cerimônia com outra oração.

Porque o óleo?
A água do Batismo indica água Viva, a vida divina da graça; o pão, na Eucaristia, após a Consagração é o
Pão da Vida, o Cristo. O óleo, símbolo de destreza e força para a luta, lembra o crismando que ele é ungido pelo
Espírito Santo para as lutas da vida cristã. O antigo Povo de Deus ungia seus profetas, sacerdotes e reis para sair em
missão.
O óleo usado na Crisma é consagrado pelo Bispo numa missa especial celebrada na 5ª feira Santa. O santo
óleo do crisma é azeite de oliveira e nele se misturam essências balsâmicas. O óleo fica perfumado, para indicar
que a vida do cristão deve ser uma vida limpa, transparente, de bom exemplo.O cristão deve ser alguém, junto do
qual qualquer pessoa possa sentir-se bem, possa respirar o perfume da justiça, do amor, da bondade, da confiança e
de todas as virtudes, ou seja, uma vida que espalhe o perfume de Cristo.

A Crisma/Confirmação está na Bíblia?


Sem falar especificamente no sacramento, encontramos o Espírito Santo, como o fio-da-meada agindo na
história do povo de Deus, desde a criação do mundo.
No Novo Testamento, já nos Evangelhos, várias vezes, Jesus promete o Espírito Santo.
Mc 13,11 e Lc 12,12 – Jesus promete o Espírito Santo.
Mas a parte da Bíblia onde o Sacramento da Crisma encontra mais claras afirmações é o livro dos Atos dos
Apóstolos. Nos 28 capítulos de Atos dos Apóstolos encontram-se inúmeros textos a respeito da confirmação.
At 1,8 – ascensão de Jesus e suas últimas palavras.
At 2,1-13 – acontecimentos de Pentecostes.
At 8,18 – O Espírito Santo era dado através da imposição das mãos dos Apóstolos
At 19,6 – Paulo impõe sua mão enviando o Espírito Santo sobre alguns discípulos.

Os Dons do Espírito Santo

Paróquia Santa Rita de Cássia 65 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 66

Crisma não é só compromisso, responsabilidade, missão: antes de qualquer coisa, é um maravilhoso Dom de
Deus! “RECEBE POR ESTE SINAL O DOM DO ESPÍRITO SANTO” - É isso que o bispo dirá, ao impor as
mãos sobre cada um de vocês, ungindo-os na fronte. Sim, no Sacramento da Crisma realiza-se também, para cada
um de vocês, a promessa que Jesus Cristo fez para todos os que o amam, o seguem e aceitam levar à frente sua
missão: “Eu pedirei ao Pai e Ele lhes dará outro auxiliador, o Espírito da verdade, para que permaneça com
vocês para sempre!” (Jo 14,16). “O Espírito Santo descerá sobre vocês e dele receberão força para serem minhas
testemunhas no mundo todo!” (At 1,8). Diz o apóstolo Paulo: “Quem nos fortalece juntamente com vocês, em
Cristo, e nos dá a unção, é Deus. Deus pôs sua marca em nós e colocou em nossos corações o Espírito Santo,
como garantia de tudo o que de maravilhoso reservou para nós!” (2Cor 1,21-22).
Sim, algo de maravilhoso já está começando! Não é simplesmente uma graça de Deus que vocês recebem ,
mas o próprio Espírito de Deus, alguém, a terceira pessoa da Santíssima Trindade! Diz Jesus: “O mundo não pode
aco1her o Espírito, porque não o conhece. Mas vocês o conhecem, porque ele mora em vocês, e estará com
vocês!” (Jo 4,17). Um dom. . . mas também uma responsabilidade grande! Devemos esforçar-nos daqui para frente,
para sermos uma morada digna do Espírito de Deus. Ao comentar isso, São Paulo diz: “vocês não sabem que são
templo de Deus e o Espírito de Deus habita em vocês? Portanto...” (1 Cor 3,16; e também Rm 8,9-12).

Os Sete Dons do Espírito Santo


Antes do sinal da benção a assembléia toda invocará o dom do Espírito, num momento solene de oração
silenciosa. Depois, com os braços estendidos sobre vocês, o bispo fará esta prece: “Deus todo poderoso, Pai de N.
S. Jesus Cristo... enviai para eles o Espírito Santo! Dai-lhes, Senhor, o Espírito de sabedoria e de inteligência, o
Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de ciência e de piedade e enchei-os do Espírito de vosso temor”.
Os sete dons do Espírito a que se refere a oração, lembram uma frase do profeta Isaías a respeito do Messias,
aquele que deveria vir para transformar o mundo com seu Espírito: “Sobre ele repousará o espírito do Senhor,
espírito de sabedoria e de discernimento, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de ciência e de temor de
Deus. No temor de Javé estará sua inspiração. Ele não julgará segundo as aparências. . .” (Is 11,2—3).
Vimos que, na confirmação, recebemos o Espírito Santo como DOM (presente) de Deus. Ele, porém, não é
um dom passivo, pelo contrário, faz com que de dentro da pessoa brotem frutos, obras e ações que testemunham a
presença do Espírito Santo. Damos o nome de dons do Espírito Santo àquelas ações boas que fazemos sob a
inspiração dele.
Nós aprendemos que os dons do Espírito Santo são sete. Mas este número tem um significado especial:
significa plenitude, totalidade. Os sete dons (como os sete sacramentos) pretendem resumir toda a ação do Espírito
Santo nas pessoas. Os dons do Espírito são:
a) SABEDORIA: não é a sabedoria que a gente aprende nos livros escolas e cursos (embora a inteligência
seja um dom de Deus). A verdadeira sabedoria é o conhecimento de Deus. Sábio, segundo o Espírito, é aquele que
conhece o amor de Deus e experimenta sua bondade, praticando a justiça. O verdadeiro sábio é justo.
b) ENTENDIMENTO: é o dom que as pessoas recebem para descobrir a vontade de Deus nas coisas
grandes ou pequenas da vida.
c) CIÊNCIA: é o dom de distinguirmos o bem do mal. É ter o conhecimento da salvação que Deus nos
oferece, dia-a-dia, em Jesus Cristo e no Espírito Santo.
d) CONSELHO: é o dom de orientar e ajudar quem precisa; é o dom de dialogar fraternalmente, em família
e comunidade, a fim de encontrar soluções melhores; é o dom de animar os desanimados; é o dom do otimismo da
vida.
e) FORTALEZA: é o dom de enfrentar as dificuldades, de vencer as tentações, de não desanimar. É o dom
de assumir com alegria os deveres de pai, de animador da comunidade, etc.
f) PIEDADE: é a mesma coisa que misericórdia, ou seja, entregar o coração a Deus e aos outros que
precisam da gente. É a imitação de Cristo, manso e humilde de coração.
g) TEMOR DE DEUS: não é ter medo de Deus; não é considerá-lo um castigador. É o respeito que
devemos ter para com ele. É ter a humildade de saber que nunca o amaremos como merece.

Os Carismas do Espírito Santo


Além destes sete dons, a Bíblia nos fala de outros dons espirituais que o Espírito Santo dá a quem ele quer e

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quando ele quer. São sempre dados para serem colocados a serviço da comunidade e são chamados “carismas”.
(Ler 1Cor 12,7 e Rm 12,6-8)
Cada crismando deve discernir qual o dom ou carisma que Deus lhe deu: para pô-lo a serviço da
comunidade. É para isso que a gente é crismado!
‘‘Sejam bons administradores dos diferentes dons que receberam de Deus! Que cada um use seu próprio dom para
o bem e para o serviço dos outros!’’ (1 Pd 4,10) .

O Dom Maior é o Amor


O Espírito penetra toda a vida e ação do confirmado. Os sete dons querem ser o resumo de toda a atividade
do Espírito em nós. Mas existe um GRANDE DOM, que dá sentido a todos os demais: É o AMOR. Este é o maior
presente do Espírito. Sem ele, nossa vida não tem sentido. O amor (ou caridade) é a primeira ação de Deus: ele
criou o mundo por amor, e a última também: em Jesus, salvou e continua salvando os homens, até o fim. Todos os
dons que o Espírito Santo concede têm valor à medida que são feitos por amor e no amor.
Numa das mais bonitas e poéticas páginas do Novo Testamento, o apóstolo Paulo diz: “... ainda que eu
tivesse o dom de falar bonito, ou de fazer milagres. . . se eu não tivesse Amor, eu não seria nada! O Amor é
paciente, o Amor é prestativo; não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente,
não procura seu próprio interesse, não se irrita, nem guarda rancor. Não se alegra com a injustiça , mas se
regozija com a verdade. O Amor tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. . . Tudo vai desaparecer: só o
Amor não acaba nunca! ... Há três coisas importantes: a Fé, a Esperança e o Amor... A maior delas, porém, é o
Amor!” (l Cor 13,1-13).
A Bíblia usa o termo “caridade”, para designar que não se trata de simples amor humano, mas de um Amor
que vem de Deus; um Amor do jeito de Deus (‘‘Deus é caridade!’’); um Amor que, como a Fé e a Esperança, é
dom do Espírito de Deus em nós; um Amor com ‘‘A’’ maiúsculo!
É este o maior dom de nosso Crisma, mas também nosso maior compromisso: o AMOR.

Conclusão
Você já viu alguém receber um dom (presente) com os punhos fechados? Você já viu alguém querer botar
água numa caneca que já estivesse cheia de outra coisa? É isso: podemos receber o dom do Espírito de Cristo, na
medida em que nos abrirmos para ele, na medida em que nos esvaziarmos de toda “outra coisa”, como o egoísmo, o
pecado, e tivermos um coração totalmente aberto e disponível para Deus; na medida em que nos sentirmos pobres,
fracos, pequenos, necessitados do dom de Deus; na medida em que formos como aqueles apóstolos, lá no
Cenáculo, juntos com Maria, na véspera da sua Confirmação! O maior dom recebido tem que ser partilhado,
repartido, tornado vida. O confirmado é alguém que recebeu uma missão apostólica, um apostolado. Ao cumprir
sua missão, ele deverá falar sempre a “nova linguagem” que o Espírito lhe ensinou: a linguagem do amor.

Os Frutos do Espírito Santo

Paróquia Santa Rita de Cássia 67 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 68

Porque será que, depois de um ano inteiro de catecumenato e com tantos dons recebidos no Sacramento da
Confirmação, há jovens que logo desanimam, esquecem os compromissos assumidos e, muitas vezes, largam tudo?
Onde estão os frutos da Crisma?
É sobre isso que vamos refletir.

A Árvore e Os Frutos

Uma vez, Jesus contou esta parábola: “Certo homem havia plantado uma figueira em sua roça. Um dia, foi
lá para colher figos, mas não encontrou. Então disse ao lavrador: 'Olhe! Hoje faz três anos que eu venho buscar
figos nesta figueira, e não encontro nada! Corte-a! Ela só fica aí esgotando a terra! Mas, o lavrador respondeu:
'Senhor, deixa a figueira mais um ano. Vou cavar em volta dela e pôr adubo. Quem sabe, no futuro, ela dará fruto.
Se não der, então a cortarás!” (Lc, 13,6-9).
Outra vez, Jesus usou uma outra comparação, bem parecida com a da figueira. Foi durante a última ceia,
durante aquela conversa-testamento em que prometeu o dom do Espírito.
Jesus disse: “Eu sou a verdadeira videira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não dá fruto em mim, o
Pai cortará! Fiquem unidos a mim, e eu ficarei unido a vocês! Vocês não poderão dar fruto, se não ficarem unidos
a mim! Eu sou a videira e vocês os ramos. Quem fica unido a mim e eu a ele, dará muito fruto, porque sem mim
vocês não podem fazer nada. Quem não fica unido a mim, será jogado fora, como um ramo seco que só serve para
ser queimado! Vocês permanecerão em meu amor, se obedecerem aos meus mandamentos. O meu mandamento é
este: 'amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês!'... Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que
escolhi vocês. E eu os destinei para ir e dar fruto e para que o fruto de vocês permaneça... Eu disse isso a vocês,
para que minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa!” (Jo 15,1-17).

Os Frutos do Espírito

Diz São Paulo na Carta aos Gálatas: “Vivam segundo o Espírito e, assim, não farão mais o que os instintos
egoístas desejam. Porque os instintos egoístas têm desejos que são contra o Espírito. Mas se vocês forem
conduzidos pelo Espírito, vocês serão verdadeiramente livres!. As obras dos instintos egoístas são bem
conhecidas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ira, rivalidade, inveja,
bebedeira, orgias e outras coisas semelhantes. Os que fazem tais coisas, não herdarão o Reino de Deus! Mas, os
frutos do Espírito são: amor, alegria, paz, paciência, bondade, compreensão, fidelidade, mansidão, domínio de si.
Os que pertencem a Cristo, crucificaram os instintos egoístas, junto com suas paixões e desejos. Se vivemos pelo
Espírito, caminhemos também sob o impulso do Espírito!” (Gl 5,16-25).
São estes alguns dos frutos mais importantes que Cristo e a sua Igreja esperam de vocês, confirmados pelo
dom do Espírito:
• Liberdade e domínio de si - manter-se livre dos instintos egoístas
• Amor ao próximo - algumas manifestações concretas são a paciência, a compreensão, a bondade etc;
• Alegria e paz - são os sinais da presença de Deus em nós;
• Fidelidade e perseverança - na fé e nos compromissos assumidos.

Condições para Perseverar e Produzir Frutos

Paróquia Santa Rita de Cássia 68 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 69

Voltando á comparação da videira, não é suficiente o ramo querer dar fruto... é preciso que existam
determinadas condições. E assim acontece, também, em nossa vida de cristãos!
Então vejamos o que devemos fazer para que possamos dar frutos:

1. O ramo deve estar unido ao tronco...


Assim, o cristão deve estar profundamente unido a Cristo: por meio da oração diária, constante e amorosa;
por meio da leitura do evangelho; por meio do amor a Maria (ela é inseparável de seu Filho!).

2. O ramo deve estar unido aos demais ramos da árvore...


Assim, o cristão deve estar unido aos irmãos de sua comunidade. Ame sua Igreja, custe o que custar!
Participe ativamente de uma comunidade concreta: CEB, grupo de jovens, ou qualquer outro grupo ou pastoral da
Igreja. Um sinal indispensável para continuar unido á árvore da Igreja, é a participação fiel á Missa dominical!

3. O ramo precisa das raízes...


Assim, o cristão precisa da Eucaristia, raiz e fonte de vida cristã e de perseverança. “Eu sou o Pão da Vida:
quem come a minha carne e bebe o meu sangue, vive em mim e eu vivo nele... Quem come deste pão, viverá para
sempre!” (Jo 6,56-58)
É na comunhão com Cristo-Eucaristia, que ele renova em nós o dom de seu Espírito, alimento e força
indispensável para a nossa caminhada.

4. O ramo precisa de água...


Assim, o cristão precisa de momentos especiais para reavivar sua fé e sua vida cristã. “Eu sou água viva”,
diz Jesus. Retiro espiritual, semanas de formação, cursos de aprofundamento, encontro de oração etc., podem ser
fontes de água viva. Outro momento (indispensável) é o Sacramento da Penitência: água que purifica e que dá vida
nova!

5. O ramo precisa de ar e de luz...


Assim, o cristão precisa estar constantemente em contato com a realidade que o rodeia, com os problemas e
as lutas do povo, com o sofrimento dos pobres, com as esperanças e as angustias dos homens de hoje. O cristão não
pode ser um alienado, mas, sim, deve estar por dentro de tudo: para poder ser fermento na construção de um mundo
mais justo e fraterno.

Portanto...

É este o programa mínimo de vida espiritual: para a perseverança dos crismandos e de qualquer cristão que
quer viver no Espírito de Cristo e dar muito fruto.

Ser Crismado é Ser Missionário

Paróquia Santa Rita de Cássia 69 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 70

Quando alguém se casa, é para assumir o compromisso de vida a dois e dos filhos... ou quando alguém se
forma como professor, é para ensinar... E quando alguém se crisma? Certamente, não é só para ganhar um diploma,
nem para ter mais um padrinho, nem para cumprir uma obrigação e depois, pensar: “Pronto! Agora, já fiz tudo!”.
Com nossa Crisma, não termina nada... mas começa tudo: começa nossa missão! É para isso que somos
crismados: para sermos missionários de Cristo na construção do Reino.
Vamos falar um pouco mais sobre isso e aprofundar o sentido da missão que nos é confiada na Crisma.

O Que é Ser Missionário?


Ao pé da letra, a palavra “missionário” quer dizer “enviado”. O mesmo sentido tem a palavra “apóstolo”. Ser
enviado por Cristo, ser missionário, ou ser apóstolo, é dizer a mesma coisa!
O evangelho diz: “Jesus escolheu setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente,
dizendo: ‘a colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos... Vão! Eu estou enviando vocês como ovelhas
no meio de lobos...’” (Lc 10,1-20). Depois de sua ressurreição, Jesus renova, definitivamente, seu pedido e sua
ordem: “Como o Pai me enviou, eu também envio vocês!” (Jo 20,21).
E não há dúvida nenhuma: vocês também, pelo Sacramento da Confirmação e na força do Espírito, são
escolhidos, consagrados e enviados para continuar a missão de Jesus Cristo no mundo. Vocês também serão
missionários de Cristo!

Que Missão é Esta?


Em sua primeira declaração em público, Jesus definiu sua missão no mundo, vamos ler no Evangelho de
Lucas 4,18-19, e ver o que Ele disse.
Nestas palavras de Jesus, que repetem uma profecia de Isaias (Is 61,1-2), podemos perceber esta tríplice
missão: de profeta (“anunciar a Boa Notícia aos pobres”), de construtor do Reino de Deus ou rei (“libertar os
oprimidos”), de sacerdote (“proclamar um ano de Graça do Senhor”). De fato, ao apresentar-se como o ungido,
Jesus refere-se aos profetas, reis e sacerdotes do Antigo Testamento, que eram ungidos, isto é, consagrados, a
serviço do povo.
Quando nós fomos batizados, o padre marcou-nos na fronte com o óleo crismal, e disse: “Agora, vocês
fazem parte do povo de Deus; são membros do Corpo de Cristo, sacerdote, profeta e rei. Continuem no seu povo
até a vida eterna!”. É na Crisma, porém, que nós assumimos de modo consciente e responsável, esta tríplice missão
de Cristo, que nos foi dada ainda no Batismo: sermos, em união com toda a Igreja e como Cristo, sacerdotes,
profetas e reis.

Primeira Missão: Ser Profeta


Profeta é “a boca de Deus” no meio do povo. É aquele que fala em nome de Deus e não tem medo de
denunciar tudo o que está errado e anunciar a Palavra de Deus: como Isaias, Jeremias, Elias, Amós, João Batista...
como Jesus Cristo, o grande e definitivo profeta do Pai.
Ser profeta, como Jesus, é evangelizar, levando a Boa Notícia que Deus é Pai e que nós todos somos irmãos,
sobretudo aos pobres. É denunciar a injustiça que oprime e tudo o que não nos deixa sermos irmãos e verdadeiros
filhos do Pai.
Profeta não é “papo furado”: ele testemunha com sua própria vida o que afirma, “transpira o Espírito de Deus
por todos os poros!”. Profeta não anda na onda dos outros, nem se deixa enganar pelas aparências e pela
propaganda oficial; tem espírito crítico diante da realidade. Profeta verdadeiro pode ser caluniado e perseguido:
como Elias, como João Batista, como Jesus, como os apóstolos.

Segunda Missão: Ser Rei, ou melhor, Construtor do Reino de Deus


Já vimos que tipo de Reino é aquele que Jesus veio instaurar: uma terra sem males, onde todos vivam como
verdadeiros filhos de Deus e como irmãos uns dos outros. Neste Reino, Jesus é o rei que une o povo, que zela para
que haja justiça, que defende, sobretudo, os mais fracos, os “sem vez e sem voz”.
Participar da missão de Cristo Rei é trabalhar pela construção do Reino de Deus no mundo, por uma
sociedade mais justa e mais fraterna, pela “civilização do amor” (Puebla). É fazer como Jesus, que não veio para
ser servido, mas para servir a todos, sobretudo os pobres, os doentes, os fracos, os marginalizados.
Servir, para construir o Reino de Deus no mundo, é ser como Jesus Bom Pastor que cuida do rebanho e dá a

Paróquia Santa Rita de Cássia 70 Diocese de


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Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 71

vida pelas ovelhas. E daí que vem a palavra “pastoral”: pastoral da saúde, pastoral do menor abandonado, pastoral
penal, pastoral da terra, pastoral da juventude, pastoral do trabalhador etc.

Terceira Missão: Ser Sacerdote


Não estranhe! Sacerdote não é só o padre. Pelo Batismo e pela Crisma, “Jesus fez de nós sacerdotes para
Deus, seu Pai” (Ap 1,6), “um povo santo e sacerdotal” (lPd 2,5-9).
Por definição da própria palavra, sacerdote é aquele que lida com o sagrado, com as coisas de Deus.
Sacerdote é aquele que lembra ao povo que Deus está em primeiro lugar e deve ser amado com todo o coração e
com todas as forças. Sacerdote é o “pontífice” isto é, aquele que, com orações e sacrifícios, faz-se de ponte para
unir o povo a Deus e Deus ao povo.
Só Jesus Cristo é “o sumo e eterno sacerdote”, que, com sua vida e com seu sacrifício na cruz, liga os
homens ao Pai. Mas ele deu à sua Igreja também esta missão, a de ser “um sacerdócio santo, destinado a oferecer
sacrifícios espirituais que Deus aceita, por meio de Jesus Cristo” (lPd 2,5).
A liturgia é a expressão maior desta missão sacerdotal de todo Povo de Deus-Igreja. Não é só o padre que
“reza missa”, mas é toda a comunidade dos fiéis que, em união com o padre (sacerdócio ministerial), oferece ao Pai
o santo sacrifício da missa.

Enfim...
Esta tríplice missão que Jesus confiou à sua Igreja não é só para alguns privilegiados. Todo leigo,
consagrado pelo Batismo e pela Crisma, participa desta missão profética, pastoral e sacerdotal. Lembre-se: você é
crismado para isso!
É muita coisa? Está com medo? É bom lembrar que também aos apóstolos faltava a coragem... mas, quando
receberam o dom do Espírito Santo, tudo mudou na vida deles! Se você topa mesmo ser missionário de Jesus
Cristo, o Espírito Santo virá também em sua vida, como fogo que ilumina e lhe mostra o caminho para ser um
autêntico missionário de Cristo, como vento impetuoso que empurra e dá força para cumprir a missão confiada.

Você Topa Ser Profeta?


- Em sua família, no trabalho, na escola, no bairro, no meio dos outros jovens... sem medo de testemunhar o
evangelho e sem vergonha de professar-se cristão (por exemplo, no respeito com que você encara o sexo, mesmo
na “poluição” que nos rodeia!)
- Denunciando toda forma de injustiça e de violação dos direitos e da dignidade de cada ser humano...
- Falando de Deus, testemunhando e transmitindo sua fé e seu amor a Cristo, como evangelizador e
catequista...

Você Topa Ser Construtor do Reino de Deus?


- Construindo amor, união, fraternidade, justiça no seu ambiente de vida (quem sabe, começando em sua
própria casa?)
- Participando das lutas do povo pelo bem comum: na Associação de Moradores, Sindicato, Reforma Agrária,
e em todas as causas dos oprimidos (Índios, Sem-terra, Sem-casa etc.)
- Colaborando ativamente em alguma equipe de pastoral existente em sua paróquia: a serviço dos pobres,
doentes, menores, presidiários etc.
- Ajudando ativamente sua paróquia, sua CEB, seu grupo de jovens, para que possa crescer a comunhão e a
participação...

Você Topa Ser Sacerdote?


- Fazendo de toda a sua vida, uma oferta filial ao Pai, por meio de sua oração diária...
- Participando sempre e fielmente nas missas ou celebrações de sua comunidade, ajudando na liturgia (canto,
música, leituras, ofertório, coletas etc.)...
- Construindo uma família que seja autêntica “Igreja doméstica”, comunidade de amor e de fé, onde se reza
junto, onde se educam os filhos a amar a Deus sobre todas as coisas, a seguir a Jesus e a sua Igreja, onde os pais
são os verdadeiros “sacerdotes do lar”...
O Profeta, Porta-Voz de Deus

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Os Profetas, Guardiões da Aliança


Apesar de sua promessa: “Faremos tudo o que o Senhor disser” (Ex. 19,8); o povo foi, muitas vezes, infiel á
Aliança. Caiu no pecado e como uma esposa infiel, foi atrás de outros amores (os falsos deuses).
Por isso, de tempos em tempos, Deus tornava a mandar pessoas que lhe lembrassem a Lei da Aliança. Eram
os PROFETAS. Em nome de Deus, eles advertiam o povo. “Se continuarem assim, as coisas irão mal. Mudem de
atitude. Convertam-se!”. Mas os profetas não somente ameaçavam. Em tempo de grande sofrimento e perseguição,
falavam para dar ânimo ao povo. “Deus não se esqueceu da sua Aliança. Ele virá novamente libertar o seu povo”.
Assim, o povo foi descobrindo que apesar de suas infidelidades, Deus continua a ser o esposo amoroso que
vai educando sua esposa á fidelidade. Sempre espera a sua volta. Sempre dá uma nova chance. Sempre perdoa e
renova a sua aliança de amizade.

Profeta: O Alto-Falante de Deus


PROFETA é aquele que “fala em nome de Deus”.
Houve profetas que não escreveram, mas suas mensagens estão contadas em alguns livros do AT. (Natan,
Elias, Eliseu, etc. . .). Outros profetas deixaram escritos na Bíblia (Amós, Oséias, Isaías, etc...). Houve também
mulheres chamadas PROFETISAS (Miriam, Ana, Judite, Ester, Débora etc...).
Os profetas são pessoas de fé e de coragem: denunciam (as injustiças e o pecado) e anunciam (o fim das
desgraças e a vinda do Messias) através de palavras e/ou de gestos. Toda a Sagrada Escritura é inspirada por Deus e
útil para ensinar a verdade, repreender o erro, corrigir as faltas, e ensinar a maneira certa de viver (2TM 3,16).
A tarefa dos profetas é de lembrar a ALIANÇA CONCLUÍDA entre DEUS e o seu POVO. Não buscam a
sua própria promoção. Pelo contrário, muitas vezes, a perseguição é o fruto de suas profecias; eles querem agradar
a Deus e não aos homens. Os profetas rezam muito porque sabem que a oração é a sua força e a fraqueza de Deus.
A causa de Deus e a fé nele são mais poderosas que mil exércitos.
A maior parte dos profetas viveu do século VIII até o século II a.C., sendo que as figuras mais
representativas viveram entre o século VII e o século V a.C..

A Vocação do Profeta
Ninguém se torna profeta por opção pessoal (só o falso profeta): o profetismo é uma vocação. Ao apelo de
Deus quem resistirá? “O leão ruge, quem não temerá? O Senhor falou, quem não profetizará?” (Am 3.8).
Ouvindo a voz de Deus, Samuel responde com a espontaneidade de uma criança: “Eis-me aqui” (1 Sm 3,4).
E Isaías responde com uma idêntica prontidão: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6,8).
Entretanto, diante de uma missão bastante difícil e perigosa, o profeta Jeremias procura, inutilmente, fugir:
Jr: Foi-me dirigida a Palavra de Deus nestes termos:
D: “Antes de formá-lo no seio materno, o conhecia; antes de seu nascimento o santifiquei e estabeleci profeta
das nações”.
Jr: Respondi: “Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, porque sou ainda uma criança!”. Mas o Senhor me disse:
D: “Não diga: ‘Eu sou ainda uma criança!’. Mas vá àqueles a quem eu o enviar e não os tema, porque estou
com você para protegê-lo. Eis que ponho as minhas palavras em sua boca, para arrancar e para destruir, para
construir e para plantar”
(Jr 1,6-10).
Sendo o profeta o mensageiro de Deus, ele denuncia as injustiças, os abusos do poder e qualquer tipo de
maldade. Ele é o defensor dos oprimidos, dos fracos, dos marginalizados. Ele se coloca ao lado dos pobres; é a voz
dos que não têm voz nem vez. Justamente por isso, os profetas foram sempre considerados como subversivos, pela
ordem constituída pelos poderosos. Eles se sentiam desmascarados por estes homens de Deus.
Porque a missão do profeta é tão difícil e perigosa, Elias desabafa: “Agora basta, Senhor! Retira-me a vida,
pois não sou melhor que meus pais” (lRs 19,4). Jonas também desanima: “Agora, Senhor, toma, eu te peço, a
minha vida, pois é melhor para mim a morte do que a vida” (Jn 4,3). Jeremias se queixa:
“Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir; tu tornaste forte demais para mim, tu me dominaste. Sirvo
de desprezo todo o dia, todos zombam de mim, porque sempre devo gritar, devo proclamar: ‘VIOLÊNCIA,
OPRESSÃO!’. A palavra de Deus tornou-se para mim desgraça todo dia. Estou cansado de suportar, não agüento

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Carapicuíba/SP 73

mais” (Jr 20,7-9).


Geralmente, a verdadeira resposta ao chamado de Deus não é a primeira, espontânea (Samuel, Isaias). Ela
aparece quando a vocação é renovada, purificada, após provações e perseguições. Isso aconteceu com Jeremias:
Jr: “Ai de mim, minha mãe, porque tu me geraste homem de disputa e homem de discórdia para toda a Terra!
Todos me amaldiçoam. Na verdade, Senhor, não te servi do melhor modo possível? Agora, Senhor, lembra-te de
mim. Reconhece que eu suporto humilhação por tua causa. Por que a minha dor é contínua e minha ferida
incurável?”
L: Por isso, assim disse o Senhor:
D: “Se retornas ao meu serviço, tu serás como a minha boca. Eu te farei, para esse povo, uma muralha de
bronze, fortificada. Eles lutarão contra ti porque eu estou contigo para te salvar e te livrar, palavra do Senhor. Eu te
livrarei da mão dos perversos e te resgatarei do punho dos violentos” (Jr 15,10-21).

A Verdadeira Religião

Os profetas mostram ao povo como deve ser a verdadeira religião. E a primeira condição é de buscar o
Senhor (Amós 5,4). O que significa, na prática, procurar o Senhor? Temos a resposta no profeta ISAÍAS: “Cessai
de praticar o mal, aprendei a fazer o bem! Buscai o direito, corrigi o opressor! Fazei justiça ao órfão, defendei a
causa da viúva!” (Is 1,16-17).
O que Deus quer é uma religião verdadeiramente vivida, como condição indispensável para a Nova Aliança:
“Eis que dias virão - palavra do Senhor - em que farei com a casa de ISRAEL uma Aliança Nova... Eu porei
minha lei no seu seio e a escreverei em seu coração. Então serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (Jr 31,31-33).
O povo reduzia a religião à cultos e promessas. Os fiéis rezavam. mas o coração não acompanhava esses atos
de rotina, a vida de todos os dias continuava cheia de roubos, ódio, injustiças e exploração dos fracos. Os profetas
denunciavam essa hipocrisia religiosa. Lembram que a religião deve abraçar a vida toda, deve orientar o
comportamento da gente na Igreja, em casa, no trabalho, no relacionamento com os outros.

O Profeta Se Compromete

O profeta não fica na janela a observar os acontecimentos. Ele se compromete com a palavra de Deus e a luta
do povo. Ele está presente nos acontecimentos mais importantes da história social e política do povo. O fato de ser
enviado de Deus, de anunciar a sua mensagem, faz com que o profeta participe ativamente da vida cotidiana do
povo. Por sua participação ativa, o profeta é perseguido, marginalizado, condenado.
Um exemplo disso é o profeta Jeremias. Ele ficou sempre presente nos acontecimentos de seu tempo, num
período trágico que terminou com a queda do REINO DO SUL (Judá). Ele anunciou, de antemão, o que ia
acontecer se o povo não se convertesse. Alertou os reis para não se unirem com as nações pagãs. Ele queria que o
povo confiasse mais em si mesmo e em Deus. Chegou a ser acusado de subversão pelos militares e foi preso.

O Profeta de Hoje
Depois de vermos o que é um profeta, podemos afirmar: há profetas ainda hoje. São Paulo lembra que na
Igreja, Deus pôs tudo no lugar certo: “em primeiro lugar, os apóstolos; em segundo, os profetas...” (1Cor 12.28).
O profetismo ocupa uma posição de destaque na Igreja. Os cristãos são profetas porque neles foi derramado
o Espírito de Deus, que os torna capazes de anunciar e testemunhar o Evangelho. Sabem que a palavra de Deus não
está presa num livro, mas vive nos acontecimentos.
Os cristãos, reunidos em comunidade, iluminados pela Bíblia, orientados pelos documentos da Igreja,
procuram descobrir, nos acontecimentos, qual a vontade de Deus. É desse jeito que são os profetas.
Você é Profeta, quando procura viver, de verdade, a Palavra de Deus, no seu bairro, no trabalho, na escola,
em casa...
Você é Profeta, quando luta para construir um mundo novo, “a certeza na frente e a história na mão”.

VOCÊ É PROFETA MESMO?


Vocação

Paróquia Santa Rita de Cássia 73 Diocese de


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Carapicuíba/SP 74

No mês de agosto o tema forte é a vocação. O referido tema é rico em toda a Sagrada Escritura. No Antigo
Testamento Deus se manifesta por meio de uma Aliança, por meio da constituição de um povo, e da eleição de
instrumentos visíveis no meio deste povo para conduzi-lo à terra prometida. Não nos faltam figuras como Moisés,
Abraão, os profetas, os reis. Todos pessoas normais escolhidas por Deus para uma missão. Já no Novo Testamento,
é Jesus quem escolhe. Os apóstolos não vão atrás de Jesus por acaso; Jesus se encontra com eles e, a partir deste
encontro, cada apóstolo entra na escola de Jesus, onde o programa de ensino é sobretudo passar a fazer o bem...
Todos somos vocacionados. Já houve quem diga que o primeiro chamado é à vida. Sem negar isso, gostaria
de aprofundar e dizer que o primeiro chamado é à santidade. Fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. Esse
admirável intercâmbio (como diziam os Antigos Padres da Igreja: Santo Irineu, São Basílio, Santo Agostinho...) é a
fundamentação para a divinização do homem. "O Filho de Deus se fez homem para que o homem pudesse ser filho
de Deus." Antes de existirmos, Deus já nos havia destinado a sermos santos, como Ele é santo.
A santidade é o ponto de partida para entendermos a vocação. Quero ser semelhante a Deus, ser Cristo que
passa no meio do mundo: na fábrica, no escritório, na loja, no hospital, junto a minha esposa, aos meus filhos. Ou
também ser santo na vida religiosa, antecipando o céu na minha comunidade religiosa, vivendo intensamente o
carisma de uma congregação religiosa, dando a vida pelos demais. O sacerdócio tem uma dupla dimensão, ser
santo e santificar com o ministério. A melhor promoção vocacional de uma diocese é quando os jovens vêem em
seus sacerdotes um modelo de vida a seguir, porque santidade é traduzir em vida o que Cristo viveu. (cf. 1 Cor 1,
30). Não devemos esquecer as pessoas que, sem se consagrar com os votos religiosos, escolhem não casar para
estar mais disponíveis ao Reino, são os solteiros, ou celibatários. Existe uma tendência a esquecer estas inúmeras
pessoas, que têm o seu lugar na comunidade e, longe de qualquer frustração, servem aos irmãos em tudo.
Vida matrimonial, vida religiosa, vida sacerdotal e vida celibatária (pessoas que não se casam). Modos de
viver a santidade dos filhos de Deus. Da pia batismal todos saímos santos, em estado de graça. Depois desse tão
grandioso dia somos incorporados em Cristo na Igreja. Ninguém pode viver plenamente a sua vocação sem a
união com Cristo. Pela Eucaristia, pela oração, pela vivência das virtudes e pela constante conversão nós nos
assemelhamos a Cristo, e nessa semelhança está o centro de nossa santidade. Todos aqueles que vivem em estado
de graça, são Cristo que passa. Cada trabalho, cada palavra, cada pensamento, à medida que está unido a Deus,
torna-se para o mundo e para a pessoa fonte de graça e santificação. Santidade é estar unido a Cristo.
Neste mês vocacional, devemos pensar em todos nós. É fácil pensar somente nos outros. Cada um é chamado
a ser santo, esta é a vocação primordial, e dela deriva todos os modos de vida. É verdade que a família é o berço
das vocações, porque os filhos aprendem a viver a fé na família. Desta vivência da fé brota o desejo de ser como
Cristo, agir como Ele, pensar como Ele... e seguir a sua Palavra. O sacerdócio é também alvo realçado neste mês,
porque, como dissemos, ao exercer o sacerdócio numa comunidade santifica-se o sacerdote santificando aos
demais: distribuindo o Corpo de Cristo, perdoando em nome de Cristo os pecados, anunciando a Palavra de Deus.
Por isso é o sacerdote por excelência Cristo que passa, incorporando as pessoas no Corpo de Cristo, restituindo nas
almas o estado de Graça, curando todas espécies de mal... é o agente de libertação. Libertação do pecado em vista
da liberdade dos filhos de Deus: a verdadeira e única liberdade.
Agosto: tempo de rezar para que alimentemos em nossa comunidade o desejo ardente de sermos santos.
Santos de verdade, vivendo bem o nosso trabalho, vivendo a oração diária em nossa casa, participando
semanalmente (ou quando se pode diariamente) da comunhão eucarística. Todos os batizados são chamados a isso,
à santidade, a serem e viverem como filhos de Deus. Uns vivem como pai e mãe de família, outros como religiosas
ou religiosos, outros como celibatários e outros como sacerdotes.
Chegou o tempo em que os jovens precisam ser modelos. E o modelo fundamental é o Senhor. Esse é o
motivo pelo qual toda a iniciativa junto aos jovens que lhes propicie um encontro verdadeiro com Jesus faz-lhes
pensar no seu futuro. Às vezes lhes leva a pensar na situação de uma vida sem sentido, de uma necessidade de
preenchimento maior na suas vidas... Os jovens querem encontros... querem encontrar Alguém que seja um modelo
de personalidade, de caráter... Se as pessoas conhecem a Jesus, então descobrem que, a partir dele, nascem os
santos pais e mães de família, nascem os santos religiosos e religiosas, nascem os santos leigos e leigas solteiros,
nascem os santos sacerdotes. Quem realmente se encontra com Cristo, conhece-o e ama-o. A partir deste encontro,
conhecimento e amor, nasce o desejo: eu quero ser como Ele. E Ele é que se deixa encontrar, que se deixa conhecer
na Igreja, que nos amou primeiro, chama-nos para as diversas vocações. Por isso, não importa onde estejam os
filhos de Deus, nem sua situação interior ou sua condição social, todos estão chamados a ser santos, lá onde vivem.
Rezemos intensamente para que nasçam santas vocações para os diversos chamados específicos, pois sem
tirar as pessoas do seu lugar, Cristo, através de ti, quer estar no meio do mundo... Porque aquela pessoa que não se
encontrou com Cristo está dizendo a Jesus: "Dá-me de beber" e, por nós, Jesus quer chegar a eles para serví-los, e
para ajudá-los, quer por nosso modo de viver, testemunhar nossa vida de união com Deus.
"Para que busques a Cristo, para que encontres a Cristo, para que ames a Cristo."

As Religiões no Mundo e as Falsas Doutrinas


Paróquia Santa Rita de Cássia 74 Diocese de
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As Religiões são a Resposta do Homem para Deus


De uma forma ou de outra, todos os homens, de todos os tempos e de todos os lugares, são “religiosos”,
buscam, num ser Absoluto, a realização de sua personalidade, de seus ideais ou desejos.
A palavra “religião” quer dizer “religação”, isto é “ligar-se novamente com Deus”. É a tentativa dos homens
de se ligarem com um Ser Superior e Absoluto (Deus), para buscar nele as respostas aos grandes porquês da vida
(por que a vida? por que a morte? por que o mal? etc.), o bem, a felicidade, tudo o que o ser humano vive sempre
procurando. A religião é a maneira de um povo viver e manifestar o seu culto à divindade e de se aperfeiçoar
pessoal e coletivamente para conseguir a salvação.
Em princípio podemos dizer que todas as religiões nasceram de intenções retas e com bons objetivos, como
sendo o caminho mais certo para o homem encontrar a salvação. Contudo, afirmando que todas as religiões
originaram-se com finalidades consideradas boas, não queremos afirmar que todas são objetivamente verdadeiras.
Como todo homem tem suas maneiras naturais de agir, de defender-se, de procurar um lugar ao sol, uns
caracterizando-se pela bondade, outros pela compreensão; ou distingüindo-se pela atividade, pelo amor à arte ou à
ciência; assim também as religiões, cada uma apresenta caminhos característicos, considerados por seus iniciadores
como os melhores para alcançar a salvação e cultuar a Deus. Isso porém não prova que elas sejam verdadeiras.
É bom conhecermos um pouco desta busca de Deus presente nas muitas religiões que há no mundo.
Cidadãos do mundo, que somos nós (você sabia que “católico” quer dizer “universal”?), vale a pena abrir-nos para
este vasto mundo dos homens de Deus, então vejamos em linhas gerais as grandes religiões e as falsas doutrinas:
CRISTIANISMO: é professado por, mais ou menos, 1 bilhão e 500 milhões de pessoas: uns 30% da humanidade,
espalhados pelo mundo todo. São os seguidores de Jesus Cristo. Seu Livro sagrado é a Bíblia. Acreditam que Jesus
de Nazaré é o próprio Deus que se fez gente, para mostrar o que é mesmo ser gente, para reeducar o homem no
caminho da fraternidade. Acreditam e provam que o “projeto de Jesus é o único que tem chance de libertar a
humanidade da injustiça, da fome, do ódio, da violência”.
Infelizmente, os cristãos dividiram a única Igreja que Jesus tinha fundado, em muitas Igrejas: Igreja Católica
(886 milhões), Igreja Ortodoxa (171,4 milhões), Igreja Anglicana e centenas de outras Igrejas (ou seitas) diferentes,
chamadas Igrejas Protestantes (cerca de 450 milhões).
CRISTÃOS REFORMADOS OU PROTESTANTES: no século XVI aconteceu na Igreja Católica o que se
chamou de Reforma. A reforma, que explodiu em 1517, por questão de desentendimento entre Martin Lutero,
religioso agostiniano e a Igreja, deu origem às comunidades protestantes: Luterana, Anglicana, Calvinista, etc.
Houve por muitos anos uma profunda mágoa entre católicos e protestantes que ocasionou muitas intrigas e
desentendimentos. Hoje porém, depois das conclusões do Vaticano II, podemos falar dessa questão com mais
objetividade, com mais realismo e sem rancores.
Quais as diferenças entre católicos e cristãos reformados, se ambos admitem um Deus uno e trino, Cristo, o
Filho de Deus, nosso Redentor e a vida sobrenatural?
Numa observação superficial, as diferenças parecem pequenas, pois, na verdade, os pontos essenciais da
religião são os mesmos para católicos e protestantes, principalmente para algumas comunidades protestantes que se
aproximam do catolicismo. Contudo, há distinções bastante radicais “que atingem e modificam o homem em suas
raízes mais profundas: na sua atitude em face da culpa, do mundo, de Cristo, de Deus.”
Em poucas palavras podemos dizer que o católico acredita mais intensamente na ação de Deus no mundo
através dos seus representantes e dos sinais sensíveis para a comunicação da graça. Os nossos irmãos reformados
acreditam numa religião mais estritamente interior.
Para o católico através das palavras da consagração o pão e o vinho se transformam no corpo e sangue de
Cristo e acredita na assistência especial do Espírito Santo a favor do representante de Cristo, o Papa. Os cristãos
reformados, ao invés, professam uma salvação mais espiritual e se orientam pela experiência interior. A confissão,
por exemplo, para o católico é uma garantia sensível do perdão de Deus, da remissão dos pecados, se juntamente
com a confissão dos pecados há o sincero arrependimento do penitente. O protestante, ao invés, dispensa esse meio
externo: unicamente, através do arrependimento, da contrição, e assim crê ter alcançado de Deus o perdão.
Certamente os nossos irmãos reformados reconhecem conosco que o catolicismo é mais conforme a
psicologia humana, que necessita de motivação e manifestações externas. O próprio Cristo comunicava a graça
através de sinais sensíveis. Sabemos que o que dá vida é o espírito, que o corpo separado do espírito não tem
sentido, mas por outro lado, só o espírito, separado do corpo, no caso do homem, também não pode agir.
Reconhecemos grandes valores no protestantismo e sua grande contribuição para o crescimento da Igreja
universal. Por causa das divergências, houve de ambas as partes muito interesse, muito estudo, muito
aprofundamento, e conseqüentemente muito enriquecimento surgiu.
ISLAMISMO: é professado por 837 milhões de pessoas: na África do Norte e nos países árabes - Turquia, Irá,
Iraque etc. Os seguidores do Islamismo são chamados muçulmanos. Fundador: Maomé (570 d.C.). Livro sagrado: o

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Alcorão de Maomé. Professam a fé num único Deus: Alá.


HINDUÍSMO: é professado por 661 milhões de pessoas, sobretudo na Índia e Paquistão. É uma religião
antiguíssima, desde muitos séculos antes de Cristo. Livros sagrados: os Veda. Adoram um único Deus: Brahma. O
núcleo essencial do Hinduísmo é um relacionamento amoroso do homem crente com seu Deus.
BUDISMO: é professado por 300 milhões de pessoas, sobretudo no Nepal, Tibet, Índia, Tailândia, Japão. Foi
fundado por Buda (550 a.C.). É, sobretudo, uma filosofia de vida, que leva à contemplação de um caminho
purificador (muito sério!), em vista da felicidade definitiva: o Nirvana. O Budismo é, sobretudo, uma religião de
monges e monjas, chamados “bonzos”.
CONFUCIONISMO: é professado por 310 milhões de pessoas, sobretudo, na China e Indochina. Foi fundado por
Confúcio, no ano 551 a.C. O Confucionismo não fala diretamente de Deus: é um conjunto de doutrinas religiosas,
sociais e morais.
XINTOÍSMO: é a religião oficial do Japão, professado por 85 milhões de pessoas. E antiguíssima. Não há culto ao
deus supremo, mas a muitos seres divinos, benéficos ou malignos, espalhados por toda à parte. Uma divindade,
superior a todas, é Amaterasú, a deusa do sol.
JUDAÍSMO: é professado pelo povo hebreu (18 milhões). É a religião dos descendentes de Abraão, Moisés, etc...
A revelação de Deus está contida nas Sagradas Escrituras (Antigo Testamento). Ainda esperam o Messias, o
salvador prometido pelos profetas.
RELIGIÕES AFRICANAS: na África há centenas de povos ou tribos, cada qual com suas próprias
características culturais e religiosas. Há, porém, alguns elementos comuns, que caracterizam as religiões africanas:
o reconhecimento de um Ser Supremo (chamado Olurum, Zambi etc); muitas potências espirituais que se ocupam
das coisas deste mundo e, por isso, são invocadas (entre os iorubas são chamados orixás); danças religiosas;
curandeirismo e fetichismo (prática de feitiços, amuletos, etc.); ritos de iniciação; normas morais: as ações que
prejudicam a convivência humana são rigorosamente punidas ou reparadas com ritos religiosos, pois irritam os
espíritos e provocam desgraças.
A Umbanda e os outros cultos afro-brasileiros têm sua origem nas religiões africanas, misturado, porém, com
elementos religiosos da Igreja Católica, dos índios e do espiritismo.
ESPIRITISMO: o espiritismo, chamado “de mesa” ou “Kardecista”, é um movimento que foi fundado no final do
século passado pelas irmãs Fox e codificado pelo Francês Allan Kardec. A doutrina do espiritismo tem seu
fundamento na mediunidade, isto é, na possibilidade - assim dizem - das pessoas se comunicarem com os espíritos
(almas) dos falecidos e vice-versa. Médium é a pessoa dotada de poderes para realizar esta comunicação, através do
transe mediúnico, de passes terapêuticos, de fluídos, psicografia etc. Outra doutrina fundamental do espiritismo,
também assimilada na umbanda, é a reencarnação: os espíritos (almas) vão se purificando através de sucessivas
reencarnações em outras pessoas.

Nossa Atitude Diante dos Ateus


A Igreja preocupa-se pela quantidade crescente de homens que dizem não acreditar em Deus. No documento
conciliar sobre a Igreja no mundo de hoje, lê-se: “O remédio para o ateísmo deve esperar-se de uma apresentação
adequada da doutrina e da pureza de vida da Igreja e dos seus membros.” “Na formação do ateísmo, os cristãos
podem ter uma grande parte, na medida em que, pela negligência na educação da fé, pela apresentação falsa da
doutrina, e também pelas deficiências de sua vida religiosa, moral e social, se pode dizer que mais encobriram do
que revelaram a autêntica face de Deus e da religião”. Se foi nossa atitude fria e nossa religião mal vivida que
afastou nossos irmãos da verdadeira fé, procuremos reparar, dando-lhes o testemunho de um cristianismo mais
autêntico e de uma fé mais séria., procuremos demonstrar-lhes:
 Que só Deus pode encher o coração humano;
 Que não foram os homens que instituíram o catolicismo, mas o próprio Cristo, Filho de Deus que fundou
a Igreja, para que ela continuasse sua presença entre os homens;
 Que a fé é um compromisso com Deus e não com uma instituição humana;
 Que a Igreja tem também uma parte humana, e essa parte está sujeita a erros e a experiências que podem
fracassar.
Enfim tenhamos com eles diálogos construtivos e mostremos com nossas atitudes o que é ser cristão.

Idéias Claras na Cabeça:


I) Todas as religiões merecem o nosso respeito! Também nos cultos afro-brasileiros há valores, sementes de

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verdade e de bem. Há umbandistas e espíritas sinceros, honestos, que amam a Deus e fazem o bem ao próximo
(quem sabe, até bem mais do que muitos católicos).
II) Porém, está errado concluir que toda religião é boa, desde que fale em Deus e faça o bem. Seria tornar inútil
a encarnação de Cristo, sua revelação, seu evangelho e sua Igreja. Só ele é o caminho, a verdade e a vida! Só ele
liberta!
III) A Umbanda é uma forma de religião primitiva, cósmica e mágica. Ao invés de libertar o homem (é para isso
que Cristo veio!) torna o homem prisioneiro e vítima de forças ocultas. O homem não é mais o dono de si próprio e
de sua história; daí a prática da feitiçaria, para afastar o mau olhado, encostos... e, por isso, uma religião alienante,
que não atinge a vida, que não modifica o comportamento humano, que não luta contra as causas reais do mal.
IV) A Umbanda, mesmo tendo um verniz de catolicismo, no fundo, não reconhece a verdade principal do
cristianismo: Jesus Cristo como verdadeiro Deus e único Salvador. A doutrina espírita da reencarnação é
diretamente oposta ao Evangelho e à salvação anunciada por Jesus Cristo. Não é verdade que as almas vão
salvando-se e purificando-se através de sucessivas reencarnações! É Jesus Cristo que nos salva. É aqui, nesta única
vida que temos, que devemos nos converter e viver do jeito que ele viveu e ensinou. Depois da morte, não há
reencarnação, mas sim, ressurreição para a vida eterna.
V) Nós que nos dizemos cristãos católicos, temos uma grande responsabilidade diante da realidade de milhões
de irmãos brasileiros que freqüentam terreiros ou seguem a doutrina espírita:
A) Antes de mais nada, precisamos viver nossa fé em Jesus Cristo de modo autêntico. Tristemente,
muitos católicos, mesmo não sendo umbandistas nem espíritas, vivem uma religiosidade não muito diferente da
deles: uma religiosidade mágica e alienante, feita de promessas, bênçãos e rezas para conjurar favores ou para
afastar males, uma religiosidade que não atinge a vida, que não nos torna irmãos, que não ajuda a vivermos como
verdadeiros filhos do Pai, que não luta por uma sociedade mais justa e mais humana.
B) Vivendo e testemunhando uma fé autêntica, precisamos também obedecer a ordem de Jesus:
“Evangelizai e fazei que todos sejam meus seguidores!”.

Outras Religiões
Há dezenas de religiões sobre a terra e em todas se percebe o esforço para o bem e a procura da salvação.
Vê-se nisso a ação de Deus e uma busca para ele. A união dos cristãos entre si e com os ortodoxos cresce dia-a-dia,
aumenta a abertura e a compreensão mútua. O Vaticano II, na declaração às Igrejas não cristãs, assim se expressa:
“A igreja rejeita, por conseguinte, como contrárias ao Espírito de Cristo, qualquer descriminação ou
perseguição, feitas a homens por causa de raça ou cor, posição ou religião.”
O apelo da Igreja para nós católicos é que vivamos bem, “procurando, como diz São Paulo, na medida do
possível e quanto depender de nós, viver em paz com todos os homens.” (Rm 12, 18).

Conclusões
Em todas as grandes religiões que há no mundo, há autênticos valores: há uma sincera busca do Absoluto,
para o ser humano ser mais livre e mais irmão; há sementes de verdade e de bem. Porém, nós sabemos que só Jesus
Cristo é a verdade total. Só nele e por meio dele, Deus se revelou plenamente e mostrou aos homens sua vontade e
seu amor de Pai. Só ele é “o caminho, a verdade e a vida”, para o homem ser mais gente e o mundo mais irmão. Só
ele é o libertador do homem e do mundo! O mundo precisa, com urgência, conhecer, amar e seguir Jesus Cristo, e
nós somos chamados a ser suas testemunhas e missionários para botar no mundo o fogo de seu Espírito!
Não é verdade que “toda religião dá no mesmo”, ou que “toda religião é boa, desde que fale em Deus!”
Olhando a história das religiões é fácil constatar quantos crimes e violências se cometeram contra o ser humano,
em nome da religião. E isso vale também para a religião, ou religiosidade, de muitos que se dizem católicos ou
cristãos. Não são as chamadas “nações cristãs” do Ocidente, que mataram milhões de pessoas, nas guerras desse
nosso século e que exploram, e se enriquecem à custa dos países do terceiro mundo? Não conhecemos diversas
pessoas que rezam, batizam, casam na Igreja, acendem velas aos santos, ou andam com a Bíblia debaixo do braço,
e que no dia-a-dia exploram os pobres ou mantém a situação desumana em que vivemos?
Tristemente, para muitos, a religião é só um conjunto de ritos interesseiros, para conseguir de Deus alguns
favores e afastar males, mas que em nada modifica a vida, não liberta, não torna mais irmão, não leva a viver em
comunidade não promove a justiça social, não ajuda a viver como verdadeiros filhos de Deus e a seguir o
Evangelho de Jesus Cristo, do jeito que ele viveu.
Fizeram o divórcio entre fé e vida; sobrou uma religião alienante, uma triste caricatura de cristianismo!
Nova Era
o início de uma pobre era ...
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Nestes nossos dias tem-se alastrado uma verdadeira febre pelo esoterismo que se manifesta de diferentes
modos: mapa astral, astrologia, viagens para fora do corpo, comunicações telepáticas, pirâmides, ioga, cristais,
duendes, gnomos, anjos, livros de relaxamento, meditação, medicina alternativa, óvnis, novas seitas...
Que o Senhor nos ilumine a cada dia, vivendo neste mundo, para que possamos discernir o que é divino ou
não. É bom deixar bem claro que a Nova Era já existe há dois mil anos, com o Nosso Senhor Jesus Cristo vencendo
o pecado na cruz. Mas Satanás, o pai da mentira, tenta nos enganar dizendo através de milhares de seitas e
movimentos que a Nova Era esta por chegar. Se a verdadeira Nova Era já existe por Jesus Cristo, qual será a nova
mentira, opa, Nova Era que eles querem implantar?
“Estai vigilantes!” (Mt 25,13).

Como Surgiu A Nova Era


A Nova Era ou New Age na verdade não é nova. Dizem os estudiosos dos Astros e da Nova Era que os anos
se agrupam em séculos e os séculos em eras, com a duração de aproximadamente 2000 anos, assim, antes de Cristo
ouve a era de touro e de carneiro, depois de Cristo a era de peixes e agora a de aquário, usando sempre os signos.
Segundo os adeptos da astrologia com a passagem do equinócio do Sol no ano 2000, o Sol passou da constelação
de peixes para a de aquário que corresponde à era do homem que promete levá-lo à plenitude de todos os bens, a
dimensão mais elevada e profunda de si mesmo, a fonte da riqueza e da felicidade, através da força da mente, e
naturalmente desligado de Deus e de sua graça. (Eu sou o bom, o maior, o todo poderoso e não preciso de
ninguém.). Eles afirmam que Jesus teria nascido na era de peixes e como esta era já passou, teria Jesus passado
também e o cristianismo não teria mais lugar nesta terra. Vamos ver como este movimento se apresenta a
humanidade:
O terreno começou a ser preparado no século XIX, principalmente por meio da difusão da filosofia oriental,
carregada de conceitos contrários a Fé Cristã. Aquele século viu despertar a crença da comunicação com os mortos,
principalmente por meio do testemunho das irmãs Fox, em 1848, que mais tarde elas próprias revelaram ser tudo
uma fraude. O triste é constatar que o desmentido chegou tarde demais, porque em dez anos formou-se a doutrina
espírita. Em 1857, na França, Allan Kardec publicou o livro dos espíritos chamando de espiritismo o movimento
que nascia e apresentando-o como a verdadeira religião da humanidade. Portanto, foi a partir de uma mentira, das
irmãs Fox, que ele afirmou ter recebido uma revelação diferente daquela que havia sido dada por Jesus Cristo.
Em 1875, fundou-se em Nova York a sociedade teosófica (Sociedade da Sabedoria Humana Divina), pela
russa Helena Blavatscky, ela era espírita e por dez anos esteve sob o domínio de um espírito demoníaco que ela
denominava Mestre Cósmico. Possuída por este espírito, comandado por Satanás, ficou em êxtase por 21 dias,
recebendo as diretrizes do plano da Nova Era. Por meio desta sociedade fundada, começou a ser lançada as bases
das crenças atuais da Nova Era: reencarnação, mestres com outras vidas, viagem astral, conceitos do
Hinduísmo...etc.
O termo Nova Era foi criado entre (1880-1948) pela escritora Alice Bailey; ela anunciava a proximidade da
era de aquário quando então, o tempo do Cristianismo estaria terminado e aquário derramaria suas águas sobre a
Terra. Essas águas, são energias cósmicas que vem de mestres cósmicos do Xambala, onde reina a luz e existe um
ser que foi muito humilhado, caluniado, e este portador da luz é Lúcifer (Luci - Luz / Fer - aquele que é portador),
Jesus então daria lugar ao grande Líder Universal que se chama Maitreya, , que vive num lugar escondido que só
alguns discípulos mais próximos sabem onde é, de onde manda leis, mandamentos, escrituras editadas pela Lucis
Trust, ou traduzindo Editora Lúcifer, e ao líder Religioso Avatar que iria preparar as massas com sinais e prodígios
superiores aos de Jesus Cristo (São Paulo já nos previne sobre isto em 2Ts 2,9) pois, para eles, Jesus já está
superado.
Este plano deveria ficar secreto por 100 anos (1875-1975); para que suas bases pudessem ser bem
elaboradas. Mas em vista ao escândalo de Jim Jones, com o monstruoso suicídio coletivo na Guiana, os
organizadores da Nova Era viram que não era conveniente colocar esperanças e objetivos nas mãos de um único
líder, por isso organizaram a “network” ou a “Rede”, para envolver mais rapidamente todas as camadas sociais.
Desta maneira não importa que existam líderes visíveis. Cada pessoa se transforma em líder na sua escola, no seu
trabalho, grupo religioso ou qualquer organização.
Como podemos ver, tais práticas e crenças não combinam com o cristianismo e com tudo o que lemos na
Sagrada Escritura, tudo isto é paganismo e nos afasta de Deus. Vamos ver o que nos fala Levítico 20,6 e
Deuteronômio 18,9.
E olhem que esta ação mundial já está até no poder, entre prefeitos, governadores, ministros, etc., onde
acham melhor distribuir camisinhas para as pessoas e dizer façam “sexo seguro”, e também distribuir seringas para
que utilizem drogas com segurança, do que educar e coibir o sexo desregrado e o uso de drogas que temos visto por
aí. Eles se preocupam em fortalecer o pecado, mais tarde as pessoas que se deixaram levar por estas idéias e

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propagandas absurdas, não conseguem nem hospitais, nem remédios para se tratar.
A 1ª carta de São Pedro 5,8 nos diz: “Vigiai, nosso adversário, o diabo ronda qual leão a rugir, buscando a
quem devorar.”. Sejamos vigilantes, apoiados na força do Senhor e na proteção de Nossa Senhora. Cuidado com as
tentações, que podem ser pensamentos ou imagens, que o inimigo usa para tentar desviar os cristãos da prática da
vontade de Deus.
E o pior de tudo isto, é que por falta de conhecimento, devido à não leitura da Bíblia, de não participar das
Missas, de não ir à Igreja, acreditar neste tipo de coisas, e muitas vezes semear a confusão e a incerteza na cabeça
dos outros.

A Filosofia e Os Objetivos da Nova Era


A filosofia da Nova Era quer criar um mundo novo, perfeito pela integração cósmica de todas as coisas. Cada
pessoa deve sentir-se como uma parte da natureza e de todo o cosmo. Emprega todos os meios para criar uma nova
consciência nos indivíduos, por isso todos os padrões de vida devem ser mudados. Os valores éticos e morais
devem desmoronar; o bem e o mal não existem, são a mesma perspectiva divina, são apenas vibrações altas ou
baixas. Dentro dos padrões da Nova Era, a felicidade das pessoas consiste na satisfação pessoal e no êxito na vida.
Seus objetivos e planos, segundo a ordem dada pelo “mestre da sabedoria” para Alice Bailey, consiste no
estabelecimento de uma unidade na diversidade, consciência de grupo e espírito de cooperação, dentro de uma
nova ordem mundial, para obter o controle do mundo. Para isso querem estabelecer:
Um Novo Governo Mundial: um governo político centralizado que abrange todo o mundo.
Uma Nova Religião Mundial: A Nova Era não se apresenta como uma religião e nem pretende ser, mas quer criar
uma só religião, moldando as religiões já existentes às doutrinas da Nova Era. Deseja levar para seu lado o
Judaísmo, o Islamismo, o Cristianismo, etc..., promovendo a descaracterização da fé e da personalidade de Deus,
despertar no homem que ele pode ser deus e por meio da reencarnação eliminar a consciência do julgamento futuro
e do conceito de salvação, levando o homem a procurar as soluções para os seus problemas. Diz a Nova Era, que
todas as religiões são boas e que todas aguardam um grande líder - os Judeus, aguardam o Messias, os Cristãos,
Jesus Cristo, os Budistas, o Buda, os Hinduístas, o Krischna...etc. Assim a Nova Era quer levar as pessoas a crerem
que todos esperam o mesmo líder, embora com nomes diferentes, e que este líder é Maitreya, o cristo da Nova Era,
o anticristo da Bíblia.
Uma Nova Economia Mundial: o mundo será dividido em áreas políticas com fins econômicos (intercâmbio
comercial). A política de bens e alimentos será centralizada, sendo beneficiados somente os que se submeterem a
ela. As idéias fazem parte do Plano econômico mundial, através de um sistema universal de cartão de crédito e um
sistema mundial de imposto unificado. Ex: Comunidade Européia, ALCA, Globalização.

A Família Na Nova Era


A nova Era abomina a família tradicional. A família composta segundo os moldes ditados por Deus na Bíblia
é repugnada. Segundo o movimento não deverá haver família como conhecemos agora. Para eles deve existir
liberdade de expressão sexual, sendo que a troca de parceiros é benéfica no processo da divindade do homem; o
casal deve ser transpessoal, ou seja, é permitido o sexo grupal; o sexo deve expressar-se nas suas mais diferentes
formas, tais como: homossexualismo, lesbianismo, bissexualismo, etc... ; a estratégia é confundir o homem e a
mulher no seu papel, dentro do casamento, através da moda unissex e de movimentos de emancipação, como o
movimento feminista. E o pensamento é inibir a família individual, para que o homem tenha consciência de que ele
faz parte de um todo e pertencente ao todo, portanto, a família é global; a família será aberta, onde homem e
mulher não se pertencem. Os filhos têm mãe, o pai pode ser desconhecido, a chamada “produção independente”; o
plano prevê controle de natalidade através de várias formas, implicando numa drástica redução da população
mundial.

O Que Fazer?
Diante de tudo isso, torna-se urgente uma identidade Cristã de Evangelização, um desafio da Fé. Sabemos
que Deus é detentor do Poder e Domínio do universo criado por Ele. Portanto, significa que: o homem, os animais,
a natureza, plantas, demônios e o próprio Satanás não possuem capacidade de efetivarem o seu querer, sem o
consentimento do soberano Deus. A Nova Era existe, Deus o sabe e olha por isso. A vinda de Satanás investindo
contra a criatura, imagem de Deus, enganando-a com prodígios e sinais de mentiras, mostra a sua derrota, pois
assim nos diz a Palavra: “os fins dos tempos virão com os falsos profetas”, mas, essa palavra também diz: “Ao
nome de Jesus, se dobrará todo o joelho, no céu, na terra e até mesmo no inferno”. Jesus Cristo domina sobre todo
o poder no céu e na terra. Isto significa que Ele é mais poderoso que todos os pseudodeuses, Ele é o Filho de Deus
vivo que reina desde a eternidade. Virá o dia em que ele pedirá a cada pessoa, conta de seus atos. Ele é o único
santo e poderoso Deus. Os ensinos esotéricos prometem um mundo de fantasias que não existe. Parece o céu aqui
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na terra, mas é demoníaco. Satanás é o manipulador por trás dos bastidores. A Bíblia o chama de Pai da mentira, a
velha serpente, o impostor, o príncipe deste mundo, que se disfarça até de anjo de luz, a fim de controlar as pessoas
e arruiná-las. Só Jesus é o Salvador. Só Ele tem o poder de perdoar pecados ou libertar da escravidão... Só Jesus ,
Só Ele. Assim, é possível para nós escaparmos da influência de Satanás e a garantia é Jesus. Só Ele pode nos
libertar das drogas, do álcool, do sexo e de outros vícios.
Nossa missão é ficarmos atentos, auxiliando a todos, esclarecendo os pontos perigosos dos dias que estamos
vivendo. Já perdemos muito tempo deixando que a propagação da Nova Era se alastrasse por todo o mundo.
Testemunhemos e vivamos, portanto, a nossa Fé, orando pelas pessoas que influenciadas e inocentemente caem nas
armadilhas e mentiras de Satanás. Incentivemos que os outros busquem uma experiência pessoal com Jesus, que
abandonem as práticas e vícios abomináveis ao Senhor, combatamos com a palavra de Deus, os que insistem em
dizer que tudo é bom e não há maldade nisto ou naquilo. A palavra do Senhor bem nos orienta dizendo:
“Que muitos serão chamados e poucos os escolhidos”
A DECISÃO É SUA!!!

Como A Nova Era Entra Nas Famílias


A infiltração dos ensinamentos da Nova Era nas famílias, de maneira especial, acontece por meios sutis.
Como via de regra, os propagadores não se apresentam como adeptos da Nova Era, mas como portadores de uma
mensagem que vai beneficiar o homem econômica, mental e espiritualmente. Os métodos usados pela Nova Era
para implantação de seus planos e princípios é o da utilização de: saúde holística:
1- Medicina Alternativa (ela propõe tratar o homem como todo, tanto no aspecto físico como espiritual);
2- A astrologia médica, usa o horóscopo para diagnósticos e medicina preventiva, mapa astral, isto inclui ainda
dieta, suplemento, ervas, remédios homeopáticos, (que são freqüentemente muitos fracos, mas considerados como
fontes de energia que afetam o vigor das pessoas), essência de flores (florais de Bach), cristais (árvores da
felicidade, pirâmides, pedras, elefantes etc...) e jóias (pulseiras magnetizadas etc...), bem como referências para
vários tipos de trabalho do corpo e equilíbrio energético.
Toque terapêutico, reflexologia (faz o tratamento de órgãos adoecidos através de massageamento de algumas áreas
da mão ou do pé), empresas comprometidas com a Nova Era, já lançaram no mercado, palmilhas de calçados,
encosto para corpo, assentos, colchões, travesseiros etc... (São produtos magnetizados que irradiam energias para o
corpo); meditação transcendental, utilização de mantra (repetição de palavra ou frase com finalidade de levar a
pessoa a estar em união com a força divina em seu interior, muitas vezes estes meios e técnicas são utilizados pela
ioga), relaxamento. Até nas escolas, já existem técnicas de relaxamento, meditação transcendental, chamada de
“Educação Holística” (Global).

Veículos de Divulgação da Nova Era


Televisão; Livros e Revistas em Quadrinhos; A Ecologia; A Acumpultura; Cristal-Terapia; Rock (Música e
Conjuntos); Símbolos.

Religiões e Seitas à Serviço da Nova Era


Xamanismo; Esoterismo; Esoterismo; Teosofia; Zen; Astrologia; Monismo; Gnosticismo; Panteísmo; Ecologia;
Rosa – Cruz; Tarô; Pirâmides; Psicodélico; Seicho-No-Iê.

Termos Usados pela Nova Era


Nova Era ou New Age, Conspiração Aquariana, Era de Aquário ou Aquárius, Nova Ordem Mundial, Nova Ordem
Internacional, Nova Consciência, Interdependência, Fraternidade Universal, Família Global, Cidadão do mundo,
Holístico (quer dizer global), Colônia global, Paradigma (quer dizer padronização), Channeling (quer dizer
canalização), Canal, Nível de Consciência Superior, Mãe Terra, Nave Terra, Mãe d’Água, Mãe Gaia (deusa da
mitologia), Consciência Ecológica, Mestres Cósmicos, Mestres Universais, Espíritos Cósmicos, Extraterrestres ou
Ets., Eu Maior, Absoluto, Grande Mestre Universal, A força, Avatar, O ungido, Instrutor do Mundo, Senhor
Maitreya, Saint Germain, Bruxos (as), Magos, Sensitivos, Paranormais, Médiuns da Nova Era.

Símbolos da Nova Era

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Símbolo oficial da sociedade Teosófica


No alto, a cruz suástica, que simboliza o movimento cósmico; no centro a estrela de Davi, que
representa os processos de involução e evolução; dentro da estrela a cruz com laço, símbolo de
perversão sexual, contra a pureza sexual criada por Deus. E, em volta a serpente que representa
Satanás.

Símbolo da Besta
Este número tem qualidades sagradas e por isso, deveria ser usado com maior freqüência
possível para representar a Nova era, segundo os ensinamentos da Alice Bailey, suma-
sacerdotiza da Sociedade Teosófica.
Arco-íris
É o símbolo principal da Nova Era, mas apresentado só a metade! Ele representa a ponte entre
a alma humana individual e a "Grande Mente Universal" ou "Alma Universal", que é Lúcifer.
Também é considerado como "Ponte Mental" entre o homem e as energias cósmicas e a
cidade de Shambala, governada por Lúcifer. Na Bíblia, o arco-íris é o símbolo da Aliança
entre Deus e o Seu povo.

Yin Yang
Representa o equilíbrio entre as forças contrárias: negativo e positivo, bem e mal, preto e
branco. O bem e o mal é a mesma coisa, apenas são vibrações altas ou baixas. Assim, a Nova
Era afirma que Deus e Lúcifer se completam, pois as forças opostas são parte da mesma
perspectiva divina.

Fita entrelaçada – Sem Fim


Significa a vida entrelaçada, onde há sempre uma continuidade em outras encarnações. Também
representa o pacto de sangue entre os novaerinos, envolvendo pessoas ou organizações. É usado
para uma melhor obediência entre os aliados do movimento Nova Era.

Borboleta
A borboleta é o símbolo próprio dos adeptos da nova era ou dos "aquarianos". Como a lagarta
entra no casulo, transforma-se e sai em forma de borboleta, assim a humanidade passa de uma
era antiga, transforma-se em todos os sentidos e entra na nova era.

Signo de Lúcifer
Este sinal é o símbolo da bandeira de Lúcifer. O círculo representa o planeta Terra como reino de
satanás. O ponto são os homens, instrumentos a serviço deste reino.

Estrela de Davi em círculo


É usada pelo movimento Nova Era como símbolo da unificação da humanidade com as forças
cósmicas.

Chifre
Usado em colares, pulseiras, brincos, etc. Simboliza o afastamento de fluídos
negativos (mal olhado, olho gordo...).

Estrela de Davi com seis pontas


Simboliza os processos de involução e evolução. Com efeito; o triângulo que aponta para
baixo, apresenta a involução da energia divina que desce às formas mais boçais, ao passo que
o triângulo voltado para cima indica a ascensão dos seres quer entendem a se divinizar cada
vez mais.

Estrela de cinco pontas

Paróquia Santa Rita de Cássia 81 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 82

As duas pontas para cima, significam Lúcifer e seu reino; duas pontas para baixo, significa o homem como deus,
no lugar de Deus. e símbolo da adoração a Satanás já estabelecida em, várias partes do mundo. Alguns conjuntos
musicais de "Rock" adoram este símbolo para garantir sucesso.

Mão chifrada
Usado por artistas ligados à música (principalmente Rock) e seus fãs. Simboliza o louvor em
rituais satânicos.
Cruz virada para baixo
Usado por grupos de Rock e adeptos da Nova Era. Simboliza zombaria da cruz de Jesus. Usado
também em rituais satânicos.

SS
Usado por grupos nazistas e grupos de Rock também em roupas, broches, tatuagens, etc.
Simboliza o louvor e invocação de satanás.

Raio
É o reconhecimento do poderio de satanás, senhor, Satã, e a disposição de estar a seu serviço.

Besouro
Símbolo que mostra que a pessoa que usa tem poder dentro do satanismo

Lua-estrela
Usados em roupas, endereços, artes e também em centros espíritas. Simboliza poder para
transportar através do cosmos.

Pirâmide
É tida como elemento que capta a energia cósmica e beneficia as pessoas dando sorte nos
negócios.

Cruz suástica
Para o Movimento Nova Era simboliza o movimento cósmico . É bem conhecida sua conotação
com a pessoa de Adolf Hitler e seu movimento nazista que dizimou milhões de seres humanos
na Segunda guerra mundial. É conhecido, também no Brasil e em outras partes do mundo, o
renascimento deste movimento nazista. A cruz suástica é inspiração de chamberlain, um
vidente satânico e conselheiro de Hitler. Foi ele que inspirou a Hitler as idéias de um reino de
terror e poder.

Anarquia
O movimento prega a destruição de toda e qualquer organização que não queira se integrar ao
novo sistema. Declara a anarquia do inferno a essas organizações que resistem à adesão
universal.

Cruz Satânica ou Cruz da confusão


O nome por si já diz o que significa, qual o seu uso, e o objetivo do porque usa.

Cruz de Nero
É uma cruz de cabeça para baixo, também chamada de "pé-de-galinha". Simboliza a
"verdadeira" paz sem Cristo. O pé-de-galinha é uma cruz com os braços quebrados e caídos. O
círculo representa o inferno. Na década de 60 foi usada pelos hippies; também foi símbolo de
ecologia no mundo, pois representa uma árvore de cabeça para baixo.

Urano

Paróquia Santa Rita de Cássia 82 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 83

Amor à natureza que se expressa através dos movimentos ecológicos. Urano simboliza a harmonia com o cosmo,
adoração à deusa Gaia, o que eles chamam de "Lado feminino de Deus".

Unicórnio
É o símbolo da liberdade e promiscuidade sexual: homossexualismo, lesbianismo, heterossexualismo,
fornicacionismo, sexo grupal, etc.

Cruz com laço


Simboliza o desprezo da virgindade, troca da parceiros conforme a escolha pessoal. O
movimento Nova Era ensina que a sexualidade é a parte que purifica o ser humano, eleva o
espírito e embeleza o corpo. É a volta ao paganismo antigo, cujos "deuses" promoviam as danças
com barulho excessivo, as orgias, a prostituição ritual, etc.

Casal Transpessoal
Símbolo do fim do casamento representado pela letra ômega, última letra do alfabeto grego. Os adeptos da
Nova Era dizem que o ser humano não deve pertencer a nenhuma família possessiva, mas deve ficar sempre
livre para buscar outros parceiros.

Pomba com Ramo


Simboliza a paz à qual tendem os aquarianos, na esperança de que as águas de Peixes sequem para dar lugar
à Nova Era.

Cabeça de bode
É um símbolo de zombaria ao contrário ao cordeiro de Deus "Jesus".

Mancha
Usada principalmente em automóveis. É uma gota de sangue em zombaria ao sangue
redentor de Jesus.

Netuno
Simboliza a transformação das crenças. A cruz para baixo significa que todas as crenças serão
destruídas para que o planeta Terra seja governado por Maitreya o "Novo Messias".

Plutão
Simboliza a "união planetária, construção da "Aldeia Global, é o novo nascimento do planeta
Terra com a união sem fronteiras, acima de credos, cor e raça. Simboliza também a "paz universal
" dentro da nova era.

Olho de Satã
Usado em roupas e outros meios. Simboliza o olho de satanás vendo tudo e chorando por aqueles
que estão fora do seu alcance (judeus e cristãos principalmente).

Olho de Lúcifer
Simboliza o olhar de satanás sobre as finanças do mundo. (ver nota de um dólar).
O Sinal do Pink Floyd - Boneco espiando sobre um muro, representa Satanás olhando para as pessoas que
ainda não se decidiram por ele. Relaciona-se à queda do muro de Berlim e ao conjunto de rock Pink Floyd
formado na Inglaterra em 1966, que gravou músicas de conteúdo satânico: Corra como o Diabo; O Gnomo;
Confortavelmente Anestesiado, e outras.

Fido Dido - Uma deturpação e vulgarização da imagem do homem como filho de Deus. Representado pela figura
de um ser humano com os cabelos arrepiados, olhar de espanto, fisionomia de terror; um estado de loucura, de
muito louco. Muito usado em camisetas. Vez por outra ouve-se gritos histéricos de jovens em determinados
programas televisivos ou em outros eventos: tô possuído , tô possuído ; tô muito louco , ao mesmo tempo em que
as pessoas balançam o corpo de forma desengonçada como se estivessem tresloucadas ou possuídas.
Camisetas, Adesivos, Ténis e Bonés Com Símbolos

Paróquia Santa Rita de Cássia 83 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 84

1. Desenho de escorpião, serpentes e dragões (Lc 10.18-19; Ap 20.2)


2. Figuras egípcias (Ez 20.7; 30.13; Is 19.3; 31.1-3; Jr 43.12-13; 44.8)
3. Formas sensuais (I Pe 2.16; Mt 5.28; Ef 5.3; Cl 3.5-6; Is 57.8 e 17)
4. Magos e figuras esotéricas (Ez 8.5-18;13.18-21;Is 57.1-13; Lv 19.31)
5. Estampas de astros e signos (Is 47.13-14; Jr 8.2; Dt 4.19; 17.2-5)
6. Expressão de anjos e demônios (Ex 20.4; I Co 10.20, 23; I Ts 5.1-11)
7. 666 e símbolos satânicos (Ap 16.13; Ap 19.20; I Cor 10.20)
8. Gestos obscenos e maliciosos (I Pe 2.16; Ef 4.31; Ti 3.3-4; I Ts 5.22)
9. Caveira, morte e trevas (Jo 10.10; 3.19-21; Lc 23.33; Ez 37.1-12)
10. Danças ritualísticas (Analise Cl 3.17; I Pe 1.15; II Pd 3.9-12)

O Simbolismo e os Perigos da Tatuagem

O Dicionário de Símbolos de J.E. Cirlot diz que "o simbolismo genérico engloba tatuagem e ornamentação
como atividade cósmica, incluindo sentido sacrificial, místico e mágico. Veja alguns pontos:

1. A tatuagem pode ser um sinal de propriedade e pacto místico


No oriente (China, Japão), a tatuagem estava vinculada às divindades configuradas no símbolo. Os líbios
tatuavam-se para a deusa Neit, os egípcios para Atargatis e na Síria para deuses diversos.
“Na antiguidade, a tatuagem associava-se ao culto dos deuses-demoníacos e era praticada durante
ritos dedicados por feiticeiros. O sangue que brotava das feridas, o qual, segundo criam, levava consigo os
espíritos malignos.” “Dá idéia de consagração.” O pacto era feito para se incorporar a entidade do desenho:
escorpião, demônios (I Co 10.20-21)

2. A tatuagem pode identificar o grupo e ser usada como talismã.


Na Polinésia identificava o clã e a hierarquia. Na Europa do séc. XVII ela passou a ser propagada pelos
marujos como talismã, distinguindo-os dos demais. A máfia japonesa, yakuza, surfistas, metaleiros, presidiários,
fazem o mesmo. Os nazistas tatuavam judeus para ofenderem sua fé (I Co 3.16-17; 6.19-20; I Ts 5.5).

3. A tatuagem pode expressar anarquismo e rebeldia


A palavra tattoo, propagada por James Cook, refere-se ao som dos ossos finos usados na aplicação da
tatuagem. A máquina elétrica foi patenteada por Samuel O'Relly em 1891, em Nova York, e chegou ao Brasil em
1959. A onda atual que inclui o piercing vem dos hippies e punks e da influência do rock pesado. Essa herança
comunica rebeldia a Deus, à família e às autoridades. Defende a liberdade sexual e a Nova Era (Ef 5.6-13; I Ts
5.22; Cl 3.17; 2.6).

Os Perigos da Tatuagem e A Bíblia

Este estudo fala apenas da origem da tatuagem. Muitos a usam por razões próprias (I Co 8.9; Rm 14.12).
Mas, há riscos de contrair o vírus HIV, hepatite, infecções bacterianas e virais. Se você fez a tatuagem sem
orientação, a liderança da Igreja local lhe dirá como agir.
“... e escrita de tatuagem não porei em vós” (A Torá -tradução judaica). “Não façam cortes no corpo
por causa dos mortos, nem tatuagens em si mesmos” (Lv 19.28 - NVI - Nova Versão Internacional da Bíblia).

O Simbolismo e os Perigos do Piercing

A revista Época de 25/02/2002 aponta diversos perigos do piercing:


- Língua - Pode provocar fendas nos dentes e infecção geral.
- Sobrancelha - Inchaço e dor impedem a higienização correta do local e abre caminho para infecções.
- Umbigo - A pele pode ficar irritada com reações alérgicas.
- Nariz - Danifica os vasos sanguíneos e produz cicatrizes.
Em Ex 21.6 perfurar a orelha simbolizava um pacto de escravidão.
“As leis antigas da Mesopotâmia presumem que o escravo seja marcado, como uma rês, com uma
tatuagem, um estigma feito com ferro em brasa ou ainda com unia etiqueta presa a seu corpo (Dt 15.17).
...Sinal de identidade. como as tatuagens dos cultos helenísticos.”
Um Sinal de Escravidão

Paróquia Santa Rita de Cássia 84 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 85

Deus aprovaria algo que chega a mutilar o templo do Espírito Santo?


Veja o alerta que a Bíblia faz em I Cor 3.16-17. Existe a tese de que os locais mais perfurados estejam
relacionados à salvação e que, como certos adornos, o piercing constitui uma tranca que aprisiona a alma (Ez
13.18-21). Um sinal visível de escravidão espiritual.
Leia os textos abaixo, faça sua própria avaliação e tire suas conclusões:
1. Nariz - fôlego de vida (Gn 2.7; 7.22-24; Is 2.22, 42.5; Ec 3.19, 21)
2. Boca - confissão (Rm 10.8-9;IJo 1.9; Mt 15.18;21.16; Tg 3.10; Pv 21.23)
3. Sobrancelhas (olhos) - mente (Mt 6.22-23; Ef 1.17-18, 4.18; II Co 4.4)
4. Orelha - ouvir e crer (Rm 10.14-18; Hb 3.15; Is 6.10; Jr 17.23; Ap 3.6)
5. Umbigo (ventre) - sede da vida (Jo 7.38-39; 4.14; Fp 3.19; Rm 16.18)
Segundo a Clínica Mayo (EUA), numa pesquisa feita com 454 estudantes, um em cada dez usuários do
piercing sofreu infecção. A Universidade de Yale informou que uma garota de 22 anos sofreu infecção no cérebro,
causada por um piercing de língua. As bactérias da boca chegaram ao cérebro pelo sangue. Você sabia que a lei
9.828/97(SP) proíbe essa prática para menores e que A. La Vey, fundador da Igreja de Satanás, defendia a
tatuagem e o piercing, por entender que são rejeitados em Lv 19.28 e Dt 14.1-2, e que certas tatuagens são
propagandas do mal ?(Lc 10.18-20; 10.3; 20.2). O que você diz de Is 3.18-21,1 Cor 3.16.17; 6.19-20, Rm 12.1-2?

O cristão deve usar piercing ou tatuagem?


O pluralismo corrói insidiosamente o cristianismo. Para muitos o piercing e a tatuagem são apenas uma
questão cultural. Entretanto, “o Evangelho nunca é o hóspede da cultura; ele é sempre seu juiz e redentor, pois
parte dela é demoníaca.” O cristão está na contramão (Tg 4.4; I Jo 2.15; Rm 12.1-2). Que prática você deve
rejeitar?

1. Se traz escândalo ou fere a consciência alheia (Mt 18.7; Rm 14.21)


2. Se deforma a dignidade humana (II Cor 4.2;C13.17; I Cor 6.12)
3. Se a natureza da prática dá lugar à carne, envolve magia, ocultismo, idolatria, exploração, malignidade
(Gl 5.13;Cl 3.17;IPd 1.14-25)
4. Se apresenta alguma aparência do mal (I Ts 5.22; Ef 5.8; Mt 5.13-16)
5. Se viola a autoridade dos pais, da igreja, do governo (Rm 13.2; Tt 1.9-10)
6. Se traz dúvidas ao coração ou à consciência (Rm 14.22; I Jo 3.20)
7. Se não traz edificação ou a glória de Deus (I Cor 6.19-20; 10.23)

Paróquia Santa Rita de Cássia 85 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 86

Vida Após A Morte


A Morte
Vivemos e lutamos durante poucos ou muitos anos, e depois morremos. Bem sabemos que esta vida é um
tempo de prova e de luta; é o campo de provas da eternidade. A felicidade do céu consiste essencialmente na
plenitude do amor. Se não entrarmos na eternidade com amor a Deus no nosso coração, seremos absolutamente
incapazes de gozar da felicidade da glória. A nossa vida aqui em baixo é o tempo que Deus nos dá para
adquirirmos e provarmos o amor que lhe guardamos no nosso coração, um amor que devemos provar ser maior que
o amor por qualquer dos bens por Ele criados, como o prazer, a riqueza, a fama ou os amigos. Devemos provar que
o nosso amor resiste à investida dos males criados pelo homem, como a pobreza, a dor, a humilhação ou a injustiça.
Para alguns, o caminho será curto; para outros, longo. Para uns, suave; para outros, abrupto. Mas acabará para
todos. Todos morreremos.
A morte é a separação da alma e do corpo. Pelo desgaste da velhice ou da doença, ou por um acidente, o
corpo decai, e chega um momento em que a alma deixa de operar por seu intermédio. Então abandona-o, e dizemos
que tal pessoa morreu. Raras vezes se pode determinar o instante exato em que isso ocorre. O coração pode cessar
de bater, a respiração parar, mas a alma pode ainda estar presente, como se vê quando algumas vezes pessoas
aparentemente mortas revivem pela respiração artificial ou por outros meios. Se a alma não estivesse presente, seria
impossível que revivessem. Isto permite que a Igreja autorize os seus sacerdotes a dar a absolvição e a unção dos
enfermos condicionais até duas horas depois da morte aparente, para o caso de a alma ainda estar presente.
Vale lembrar que a morte é o fim da peregrinação terrena do homem. Quando acabar a nossa vida sobre a
terra, que é só uma, não voltaremos a outras vidas terrestres. Os homens morrem uma só vez (Heb 9, 27). Não
existe reencarnação depois da morte.

O Juízo Particular
E o que acontece então? No exato momento em que a alma abandona o corpo, é julgada por Deus. Quando
os que estão junto ao leito do defunto se ocupam ainda de fechar-lhe os olhos e cruzar-lhe as mãos, a alma já foi
julgada; já sabe qual vai ser o seu destino eterno. O juízo individual da alma imediatamente após a morte chama-se
Juízo Particular. É um momento terrível para todos, o momento para o qual fomos vivendo todos estes anos na
terra, o momento para o qual toda a vida esteve orientada. É o dia da retribuição para todos.
Provavelmente esse Juízo Particular ocorre no mesmo local em que morremos, para falar humanamente. Pois
depois desta vida, não há espaço ou “lugar” no sentido ordinário destas palavras. A alma não tem que ir a nenhum
lugar para ser julgada. Quanto à forma em que se realiza este Juízo Particular, só podemos fazer conjeturas: a única
coisa que Deus nos revelou é que haverá Juízo Particular. Descrevê-lo como um juízo terreno, em que a alma se
acha de pé ante o trono de Deus, com o diabo de um lado como acusador e o anjo da guarda do outro como
defensor, é, evidentemente, servir-se de uma mera imagem. Os teólogos conjeturam que provavelmente o que
acontece é que a alma se vê como Deus a vê, em estado de graça ou em pecado, e, conseqüentemente, sabe qual
será o seu destino segundo a infinita justiça divina. Este destino é irrevogável. O tempo de prova e de preparação
terminou. A misericórdia divina fez tudo que podia; agora prevalece a justiça de Deus.

O Inferno
Vejamos primeiro o caso mais desagradável, o caso de uma alma que preferiu a si mesma em vez de escolher
a Deus e morreu sem se reconciliar com Ele; ou seja, a sorte da alma que morre em pecado mortal. Tendo-se
afastado de Deus nesta vida por sua vontade, tendo morrido sem o vínculo de união com Ele, fica sem possibilidade
de restabelecer a comunicação com Deus. Perdeu-o para sempre. Para esta alma, morte, juízo e condenação são
simultâneos. Está no inferno.
A doutrina da Igreja afirma a existência do inferno e a sua eternidade. As almas dos que morrem em estado
de pecado mortal descem imediatamente, depois da morte, aos infernos, onde sofrem as penas do Inferno, o fogo
eterno. A principal pena do inferno consiste na separação eterna de Deus, único em Quem o homem pode ter a vida
e a felicidade para que foi criado e a que aspira.
Como é o inferno? Ninguém o sabe com certeza, porque ninguém de lá voltou para nos contar. Sabemos que
há nele fogo inextinguível, porque Jesus nos disse. Mas sabemos também que não é fogo que vemos nos fornos e
caldeiras: esse fogo não poderia afetar uma alma. Sabemos apenas é que no inferno há uma pena de sentido,
segundo a expressão dos teólogos, e que é de tal natureza que não há melhor maneira de descrevê-la em linguagem
humana que com a palavra “fogo”. Mas o mais importante não é a “pena de sentido”, e sim a pena de dano. E esta
pena - separação eterna de Deus - a que constitui o pior sofrimento do inferno. Mas não existem palavras ou pincel
que possam descrever o horror do inferno na sua realidade. Que Deus nos livre dele a todos!
Paróquia Santa Rita de Cássia 86 Diocese de
Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 87

O Céu
Certamente, há muito poucos tão otimistas que esperem que o Juízo Particular os apanhe livres de todo o
vestígio de pecado, custa-nos pensar que possamos morrer com a alma imaculadamente pura, apesar que, não há
razão que nos impeça de confiar nisso, pois foi para isso - para limpar a alma das relíquias do pecado - que se
instituiu o sacramento da Unção dos Enfermos; é para isso que se concedem as indulgências, especialmente a
plenária para o momento da morte, que a Igreja concede aos moribundos com a Última Bênção.
Mas suponhamos que morremos assim: confortados pelos últimos sacramentos e com uma indulgência
plenária bem ganha no momento da morte. Suponhamos que morremos sem a menor mancha nem vestígio do
pecado na nossa alma. O que nos espera? Se for assim, a morte, que o instinto de conservação nos faz parecer tão
temível, será o momento da nossa mais brilhante vitória: o juízo da alma será a imediata visão de Deus.
Visão beatifica é o gélido termo teológico que designa a resplandecente realidade que ultrapassa qualquer
imaginação ou descrição humana: o Céu. Não é apenas uma visão” no sentido de “ver” a Deus; designa também a
nossa união com Ele: Deus que toma posse da alma, e a alma que possui a Deus, numa unidade tão inteiramente
arrebatadora que supera sem medida a do amor humano mais perfeito. É, além disso, uma felicidade que nada
poderá arrebatar-nos. É um instante de ventura absoluta, que jamais terminará. É a felicidade para sempre: assim é
a essência da glória eterna.
Pela sua Morte e Ressurreição, Jesus Cristo abriu-nos o Céu. A vida dos bem-aventurados consiste na posse
em plenitude dos frutos da Redenção operada por Cristo, que associa à sua glorificação celeste aqueles que nEle
acreditaram e permaneceram fiéis à sua vontade. O Céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que estão
perfeitamente incorporados em Cristo.
Haverá também outras alegrias, outros gozos acidentais que se derramarão sobre nós. Teremos a ventura de
desfrutar da presença do nosso glorificado Redentor Jesus Cristo e da nossa Mãe Santa Maria, cujo doce amor tanto
admiramos à distância. Teremos também a felicidade de ver-nos em companhia dos anjos e dos santos, entre os
quais estarão membros da nossa família e amigos que nos precederam na glória. Mas estas alegrias serão como o
tilintar de umas campainhas ante a sinfonia esmagadora que será o amor de Deus derramando-se sobre nós.

O Purgatório
Mas o que acontecerá se, ao morrermos, o Juízo Particular não nos encontrar separados de Deus pelo pecado
mortal, mas também não com a perfeita pureza de alma que a união com o Santo dos Santos requer? Este é o nosso
mais provável destino, se nos conformamos com um nível espiritual medíocre: calculistas na oração, pouco
generosos na mortificação, em barganhas com o mundo. Os nossos pecados mortais, se os cometemos, foram
perdoados pelo sacramento da Penitência; mas, se a nossa religião foi cômoda, não será mais lógico que, no último
momento, não sejamos capazes de fazer esse perfeito e desinteressado ato de amor a Deus que a indulgência
plenária exige? E eis-nos no Juízo: não merecemos o céu nem o inferno; que será de nós?
Aqui se põe de manifesto como é razoável a doutrina sobre o purgatório. Mesmo que esta doutrina não
tivesse sido transmitida pela Tradição desde Cristo e os Apóstolos, a simples razão nos diria que deve haver um
processo de purificação final que lave até a menor imperfeição que se interponha entre a alma e Deus. Esta é a
função do estado de sofrimento temporário que chamamos purgatório.
A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é absolutamente distinta do castigo dos
condenados. [...]A Tradição da Igreja, com referência a certos textos da Escritura (por exemplo, 1 Cor 3, 15; 1 Pe 1,
7), fala dum fogo purificador.
No purgatório, como no inferno, há uma pena de sentido, mas, assim como o sofrimento essencial do inferno
é a perpétua separação de Deus, o sofrimento essencial do purgatório será a penosíssima agonia que a alma tem que
sofrer ao ver adiada, mesmo por um instante, a sua união com Deus. A grande diferença que existe entre o
sofrimento do inferno e o do purgatório é que no inferno há a certeza da separação eterna e no purgatório a certeza
da libertação. A alma do purgatório não quer aparecer diante de Deus no seu estado de imperfeição, mas tem a
felicidade de saber, no meio da sua agonia, que no fim se reunirá a Ele.
É evidente que ninguém sabe quanto tempo dura o purgatório para uma alma, mas embora haja duração
depois da morte, não há tempo no sentido em que o conhecemos: não há dias ou noites, horas ou minutos. No
entanto, se medirmos o purgatório quer em termos de duração ou de intensidade (um instante de tortura pode ser
pior que um ano de ligeiros incômodos), o certo é que a alma do purgatório não pode diminuir ou encurtar os seus
sofrimentos. Nós, os que ainda vivemos na terra, sim, podemos ajudar essas almas, pela misericórdia divina; a
freqüência e a intensidade da nossa oração, seja por uma determinada alma ou por todos os fiéis defuntos, dar-nos-á
a medida do nosso amor.

Paróquia Santa Rita de Cássia 87 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 88

O Juízo Final
Se de alguma coisa estamos certos, é de desconhecer quando acabará o mundo. Poderá ser amanhã ou dentro
de um bilhão de anos. O próprio Jesus, segundo lemos no capítulo 24 do Evangelho de São Mateus, descreveu
alguns dos prodígios que precederão o fim do mundo. Haverá guerras, fome e pestes; virá o reino do Anticristo; o
sol e a lua se obscurecerão e as estrelas cairão do céu; aparecerá a cruz no firmamento. Só depois destes
acontecimentos veremos o Filho do homem vir sobre as nuvens do céu com grande poder e majestade (Mt 24, 30).
Mas tudo isto nos diz bem pouco; já houve guerras e pestes. Nos nossos dias, houve quem visse na dominação
comunista o reino do Anticristo, e os espetáculos celestiais poderiam acontecer em qualquer momento. Por outro
lado, as guerras, as fomes e as pestes que o mundo conheceu poderão não ser nada em comparação com as que
precederão o final do mundo. Não o sabemos. Só podemos preparar-nos.
Uma das coisas que sabemos com certeza sobre o fim do mundo é que, quando a história dos homens acabar,
os corpos de todos os que viveram se levantarão dos mortos para unir-se novamente às suas almas: é a
Ressurreição da carne. Já que foi o homem inteiro, corpo e alma, quem amou a Deus e o serviu, mesmo à custa da
dor e da sacrifício, é justo que seja o homem inteiro, alma e corpo, quem goze da união eterna com Deus, que é a
recompensa do amor. E já que é o homem inteiro quem rejeita a Deus ao morrer em pecado, impenitente, é justo
que o corpo partilhe com a alma a separação eterna de Deus, que o homem como um todo escolheu.
O nosso corpo ressuscitado será constituído de tal maneira que ficará livre das limitações físicas que o
caracterizam neste mundo. Já não precisará de alimento ou bebida, e, de certo modo, será espiritualizado. Além
disso, o corpo dos bem-aventurados será glorificado; possuirá uma beleza e perfeição que será participação da
beleza e perfeição da alma unida a Deus.
Como o corpo da pessoa em que a graça habitou foi certamente templo de Deus, a Igreja sempre mostrou
uma grande reverência pelos corpos dos fiéis defuntos: sepulta-os com orações cheias de afeto e reverência, em
túmulos bentos especialmente para este fim.
O mundo acaba, os mortos ressuscitam, e depois vem o Juízo Universal. Esse Juízo verá Jesus no trono da
justiça divina, que substitui a cruz, trono da sua infinita misericórdia. O Juízo Final não oferecerá surpresas em
relação ao nosso eterno destino. Já teremos passado pelo Juízo Particular; a nossa alma já estará no céu ou no
inferno.
“O Juízo final terá lugar quando for a vinda gloriosa de Cristo. Só o Pai sabe o dia e a hora, só Ele decide
sobre a sua vinda. Por seu Filho Jesus Cristo, Ele pronunciará então a sua palavra definitiva sobre toda a história.
Nós ficaremos a saber o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e
compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais a sua providência tudo terá conduzido para o seu fim
último. O Juízo Final revelará como a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas pelas suas criaturas e
como o seu amor é mais forte do que a morte” (n. 1040; cf. também os ns. 1038-9 e 1041).
O escopo do Juízo Final é, como vemos por esta citação do Catecismo, dar glória a Deus, manifestando a
toda a humanidade a sua justiça, sabedoria e misericórdia. O conjunto da vida - que com tanta freqüência nos
parece um emaranhado esquema de acontecimentos sem relação entre si, às vezes duros e cruéis, às vezes mesmo
estúpidos e injustos - desenrolar-se-á diante dos nossos olhos. Veremos que a minúscula parte da vida que
conhecemos se encaixa no magno conjunto do plano salvífico de Deus para os homens. Veremos que o poder e a
sabedoria de Deus, o seu amor e a sua misericórdia, foram sempre o motor do conjunto. “Por que Deus permite que
isto aconteça?” ou “Por que Deus faz isto ou aquilo?”, perguntamo-nos freqüentemente. Nesse momento
conheceremos as respostas.
A sentença que recebemos no Juízo Particular será confirmada publicamente. Todos os nossos pecados - e
todas as nossas virtudes - serão expostos diante de todos. O sentimentalóide superficial que afirmava “eu não creio
no inferno” ou “Deus é muito bom para permitir que uma alma sofra eternamente”, verá então que, afinal de
contas, Deus não é uma vovozinha complacente. A justiça de Deus é tão infinita como a sua misericórdia. As almas
dos condenados, apesar deles mesmos, glorificarão eternamente a justiça de Deus, assim como as almas dos justos
glorificarão para sempre a sua misericórdia. Quanto ao resto, abramos o Evangelho de São Mateus no capítulo 25
(versículos 34 a 46) e deixemos que o próprio Jesus nos diga como preparar-nos para esse dia terrível.
E assim termina a história da salvação do homem, essa história que a terceira Pessoa da Santíssima Trindade,
o Espírito Santo, escreveu. Com o fim do mundo, a ressurreição dos mortos e o Juízo Final, acaba a obra do
Espírito Santo. O seu trabalho santificador começou com a criação da alma de Adão. Para a Igreja, o princípio foi o
dia de Pentecostes. Para ti e para mim, o dia do nosso batismo. Quando terminar o tempo e só permanecer a
eternidade, a obra do Espírito Santo encontrará a sua consumação na comunhão dos santos, então um conjunto
reunido na glória sem fim.

Paróquia Santa Rita de Cássia 88 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 89

Em Resumo:
1) Como é essa história de céu e purgatório?
Para algumas pessoas, a morte pode ser o fim, dependendo de como foi sua vida. Ela pode oferecer a
purificação e a felicidade no céu ou a condenação para sempre.
O céu significa ganhar a graça e a amizade de Deus; estar para sempre com Cristo, para sempre semelhante a
Deus. Viver em comunhão com a Virgem Maria, com os anjos... Isso se consegue vivendo com Cristo (Ap 2, 17).
O purgatório é a chance de purificação para se obter a santificação necessária para alcançar o céu. É garantia
de salvação eterna, e não castigo para condenados. Portanto, o purgatório não deve ser considerado como um
"lugar onde as almas ficam esperando". Significa a necessidade que todos temos de nos purificar de todo pecado,
durante a vida, ou pelo menos, no instante da morte. É em vista desta purificação, que há uma passagem na Bíblia
que diz: É pensamento bom e justo rezar pelos mortos (2 Mc 12,41-45).

2) E quanto ao inferno e ao Juízo Final?


O inferno é para quem, por LIVRE ESCOLHA, preferiu estar longe de Deus. Os pecados que nós
cometemos nos são perdoados por Deus, mas para isso precisamos nos arrepender. Quem morre com pecado
mortal, sem arrependimento e sem acolher a misericórdia de Deus, escolhe o inferno, e fica separado
definitivamente do Todo-Poderoso. É um fogo que não se apaga.
O Juízo Final é a revelação da justiça de Deus, que triunfa sobre qualquer injustiça, pois seu amor é mais
forte que a morte. Os justos reinarão com Cristo.

Paróquia Santa Rita de Cássia 89 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 90

Sexo, Drogas, Aborto e Violência

Sexo: Certo ou Errado?

Qual o sentido do sexo ?


O sexo tem duas dimensões, finalidades: unitiva e procriativa. Deus fez do casal humano “a nascente da
vida”, disse o Papa Paulo VI; e assim deu ao homem a missão de gerar e educar os filhos. Nenhuma outra é mais
nobre do que esta.
Se é belo construir casas, carros, aviões ..., mais belo ainda é gerar é educar um ser humano, imagem e
semelhança de Deus. Nada se compara à missão de ser pai e mãe. Um dia os computadores vão deixar de calcular,
os carros de rodar, os aviões de voar... mas jamais o ser humano acabará, pois tem uma alma imortal.
Na aurora da humanidade Deus disse ao casal: “multiplicai-vos”. “A dualidade dos sexos foi querida por
Deus, para que o homem e a mulher, juntos, fossem a imagem de Deus”, disse certa vez o Papa Paulo VI.
É através da atividade sexual que o casal se multiplica e se une profundamente; isto é um desígnio de Deus. O ato
sexual é o ato “fundante” da geração do filho, porque é por ele que a doação amorosa do casal acontece. É por isso
que a Igreja não aceita outra maneira de gerar a vida humana.
Por outro lado, a relação sexual une o casal mais fortemente. Há muitas maneiras de se manifestar o amor:
um gesto atencioso, uma palavra carinhosa, um presente, uma flor, um telefonema..., mas a mais forte manifestação
de amor entre o casal, é o ato sexual.
Ali cada um não apenas dá presentes ao outro, nem só palavras, mas se dá ao outro fisicamente e
espiritualmente. Ora, você só pode entregar a sua intimidade profunda a alguém que o ama e que tem um
compromisso de vida com você.

Sexo sem amor


Qual é a diferença entre o sexo no casamento, realizado com amor e por amor, e a prostituição? É o amor. Se
você tirar o amor, o sexo se transforma em prostituição, comércio. Já chegaram até ao absurdo de querer legalizar a
“profissão” de prostituta.
Aquele que tem uma relação sexual com a prostituta está preocupado apenas com o prazer, e não tem
qualquer compromisso com ela. Acabada a relação, paga e vai embora. Não importa se amanhã esta mulher está
grávida, doente, ou passando fome, não lhe interessa, ele pagou pelo “serviço” e só isso. Veja, isto é sexo sem
amor, sem compromisso de vida, sem uma aliança.
É o desvirtuamento do sexo, a prostituição.
No plano de Deus o sexo é diferente, é manifestação do amor conjugal; é uma verdadeira liturgia desse amor,
cujo fruto será o filho do casal. Na fusão dos corpos se celebra profundamente o amor de um pelo outro: a
compreensão recíproca, a paciência exercida, o perdão dado, o diálogo mantido, as lágrimas derramadas... é a festa
do amor conjugal. Por isso é o ato fundante da vida.
O ato sexual vai muito além de um mero ato físico; a união dos corpos sinaliza a união dos corações e dos
espíritos pelo amor. Não deveriam se unir fisicamente aqueles casais que não tivessem os corações unidos. É por
causa disto que há tanto desastre na vida sexual de certos casais; unem os corpos sem unir as almas.
Nesta “festa” do amor conjugal, o casal se une fortemente, e no ápice do seu prazer, Deus quis que o filho
fosse gerado. Assim, ele não é apenas carne e sangue dos seus pais, mas amor do seu amor. É por isso que a Igreja
ensina que o ato sexual, para não ser desvirtuado, deve sempre estar aberto à geração da vida, sem que isto seja
impedido por meios artificiais.
Ora, se o ato sexual gera a vida de um novo ser humano, ele precisa ser acolhido em um lar pelos seus pais.
É um direito da criança que vem a este mundo. Nem o namoro, nem o noivado oferece ainda uma família sólida e
estável para o filho. Não existe ainda um compromisso “até que a morte os separe”. É por isso que o sexo não deve
ser vivido no namoro e no noivado.
Ao contrário do que acontece hoje comumente, a última entrega ao outro deveria ser a do próprio corpo, só
depois que os corações e as vidas estivessem unidas e compromissadas por uma “aliança” definitiva. Se você
apanhar e comer uma maçã ainda verde, ela vai fazer mal a você, e se estragará. Se você viver a vida sexual antes
do casamento, você só terá problemas e não alegrias

O pecado não está no ato sexual


O sexo é belo e puro quando vivido segundo a lei de Deus; todos nós viemos ao mundo por ele. Se ele fosse
sujo, a criança recém nascida não seria tão bela e inocente. O que deturpa o sexo é o seu uso antes ou fora do
casamento.

Paróquia Santa Rita de Cássia 90 Diocese de


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Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
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O livro do Gênesis assegura que ao criar todas as coisas Deus “viu que tudo era bom” (Gen. 1,25). Portanto,
tudo o que Deus fez é belo, assim, também o sexo. O mal, muitas vezes, consiste no uso mau das coisas boas. Por
exemplo, uma faca é uma coisa boa; sem ela a cozinheira não faz o seu trabalho. Mas, se um criminoso usar a faca
para tirar a vida de alguém, nem por isso a faca se torna má. Não. O mal é o uso errado que se fez dela.
Da mesma forma o sexo é algo criado por Deus e maravilhoso. No plano de Deus a vida sexual só tem lugar
no casamento. São Paulo, há dois mil anos, já ensinava aos Coríntios: “A mulher não pode dispor do seu corpo: ele
pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa” (1 Cor 7,4).
O Apóstolo não diz que o corpo da namorada pertence ao namorado, e nem que o corpo da noiva pertence ao
noivo. A união sexual só tem sentido no casamento, porque só ali existe um “comprometimento” de vida conjugal,
vida a dois, onde cada um assumiu um compromisso de fidelidade com o outro para sempre. Cada um é
responsável pelo outro “até a morte”, em todas as circunstâncias fáceis e difíceis da vida. Sem este “compromisso
de vida” o ato sexual não tem sentido, e se torna vazio e perigoso

Conseqüências do sexo sem amor


As conseqüências do sexo vivido fora do casamento são terríveis: mães e pais solteiros; filhos abandonados,
ou criados pelos avós, ou em orfanatos. Muitos desses se tornam os “trombadinhas” e delinqüentes que cada vez
mais enchem as nossas ruas, buscando nas drogas e no crime a compensação de suas dores.
Quantos abortos são cometidos porque busca-se apenas egoisticamente o prazer do sexo, e depois elimina-se
o fruto, a criança! Só no Brasil são 4 milhões por ano. Quatro milhões de crianças assassinadas pelos próprios pais!
As doenças venéreas são outro flagelo do sexo fora do casamento. Ainda hoje convivemos com os horrores
da sífilis, blenorragia, cancro, sem falar do flagelo moderno da AIDS.
Por causa dessa desvalorização da vida sexual, e da sua vivência de modo irresponsável e sem compromisso,
assistimos hoje esse triste espetáculo de milhões de meninas adolescentes de 12 a 15 anos, grávidas.
A nossa sociedade é perversa e irresponsável. Incita o jovem a viver o sexo de maneira precoce e sem
compromissos, e depois fica apavorada com a tristeza das meninas grávidas. Isto é fruto da destruição da família,
do chamado “amor livre”, e do comércio vergonhoso que se faz do sexo através da televisão, dos filmes eróticos,
das revistas pornográficas e, agora, até através do telefone e da internet.
Como não acontecer que milhões de jovens - quase meninas - fiquem grávidas? Quando se põe fogo na palha
seca, é claro que ela queima ... E o que serão dessas crianças criadas por essas meninas, sem o pai ao lado, sem uma
família que a acolha amanhã?
Muitos jovens viciados no “crack” e nas drogas, assaltantes e ladrões, estão nesta vida porque faltaram-lhes
os pais, faltou uma família. Veja jovem, quanta tristeza pode causar o sexo fora e antes do casamento.
Quantos lares foram também destruídos por causa dos adultérios! Quantos filhos abandonados e carentes
porque os pais viveram aventuras sexuais fora do casamento e se separaram!
Não há hoje como negar que o triste espetáculo dos jovens carentes, abandonados, drogados, metidos na
violência, no álcool e no crime, é fruto da destruição familiar, que acontece porque viveu-se o sexo fora do
casamento. Quantos rapazes engravidaram a namorada, e tiveram de mudar totalmente o rumo de suas vidas! Às
vezes são obrigados a deixar os estudos para trabalhar; vão morar na casa dos pais ... sem poderem constituir uma
família como convém.
Se você quiser formar uma família bem constituída, que lhe dê alegria e realização, então, “não passe o carro
na frente dos bois”. A sua futura família começa a ser bem edificada no seu namoro, não vivendo nele a vida sexual
para não estragar os seus alicerces.

Uma proposta radical


É preciso dizer aqui que a parte que mais sofre com a vida sexual fora de lugar, é a mulher. A jovem, na sua
psicologia feminina, não esquece os menores detalhes da sua vida amorosa. Ela guarda a data do primeiro encontro,
o primeiro presente, etc...; será que ela vai esquecer a primeira relação sexual? É claro que não!
Esta primeira relação deve acontecer num ambiente preparado, na lua de mel, onde a segurança do
casamento a sustenta. A vida sexual de um casal não pode ser começada de qualquer jeito, às vezes dentro de um
carro numa rua escura, ou mesmo num motel, que é um antro de prostituição.
Além do mais, quando o namoro termina, as marcas que o sexo deixou ficam no corpo da mulher para
sempre. Para o rapaz tudo é mais fácil. Então, como é que você quer exigir da sua namorada o seu corpo, se você
não têm um compromisso de vida assumido com ela, para sempre. Não é justo e nem lícito exigir o corpo de uma
mulher antes de colocar uma aliança - prova de amor e de fidelidade - na sua mão esquerda.
O namoro é o tempo de conhecer o coração do outro, e não o seu corpo; é o momento de explorar a sua alma,
e não o seu físico. Para tudo tem a hora certa, onde as coisas acontecem com equilíbrio e com as bênçãos de Deus.
Espere a hora do casamento, e então você poderá viver a vida sexual por muitos anos e com a consciência em paz,
certo de que você não vai complicar a sua vida, a da sua namorada, e nem mesmo a da criança inocente.

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A melhor proposta para o namoro é uma vida de castidade, que é a melhor preparação para o casamento.
Sem dúvida, um casal de namorados que souber aguardar a hora do casamento para viver a vida sexual, é um casal
que exercitou o autocontrole das paixões e saberá ser fiel um ao outro na vida conjugal.
Também os noivos não estão aptos ainda para a vida sexual. O Catecismo da Igreja diz que: “Os noivos são
convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo, uma
aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus” (§ 2350). E ensina que a vida
sexual é legítima e adequada aos esposos.
“Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de
maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se
enriquecem com o coração alegre e agradecido”. (CIC, 2362; GS, 49).
Caro jovem, eu sei que esta proposta não é fácil, pois eu também passei por ela na minha juventude; mas eu
quero dizer-lhe que é muito bela. Eu sei que o mundo lhe diz exatamente o contrário, pois ele não quer “entrar pela
porta estreita” (Mt 7,14), mas que conduz à vida.
Peço que você faça esta experiência: veja quais são as famílias bem constituídas, veja quais são os
casamentos que estão estáveis, e verifique sob que bases eles foram construídos. Você verá que nasceram de casais
de namorados que se respeitaram e não brincaram com a vida do outro.

Drogas: Tô fora!
Consumo de drogas e álcool começa cada vez mais cedo
A produção de drogas aumenta 200% ao ano, segundo dados levantados pela CNBB.
A principal causa do alto consumo de entorpecentes nos países ricos é a perda do sentido de vida. Nos países
do Terceiro Mundo, as causas são o aumento da miséria, o processo rápido de urbanização e a falta de estabilidade
nas famílias.
Especialistas e médicos têm um motivo a mais para se preocupar com os índices de consumo de drogas no
Brasil. De acordo com dados da Secretaria Nacional Antidrogas, é cada vez mais jovem o perfil dos usuários:
crianças começam a consumir drogas por volta dos 10 anos de idade.
Outro dado que assusta especialistas diz respeito ao consumo de bebidas alcoólicas. Segundo a presidente do
Conselho de Entorpecentes do Distrito Federal, Rosilda Oliveira, o índice de jovens que consomem bebida tem
aumentado: “Antes, nossa preocupação era com jovens de 16 a 21 anos. Hoje, infelizmente, crianças de 10 anos já
bebem”, informou.
A preocupação é dividida entre médicos, especialistas, professores e pais. Na Semana Nacional Antidrogas,
o 0800 da Secretaria Antidrogas chega a receber cerca de mil ligações por dia. Este número representa mais que o
dobro de ligações em dias normais. Na maioria dos casos, são pessoas que pedem publicações sobre o tema ou
querem esclarecer dúvidas com os especialistas que participam da semana. Nesses momentos, os organizadores
chegam a registrar cerca de 60 ligações.
Dados da Escola Paulista de Medicina mostram que 25% dos jovens brasileiros já experimentaram algum
tipo de droga. O problema tem mobilizado setores do governo, como a Secretaria Nacional de Direitos Humanos.
O secretário Nilmário Miranda defende medidas inclusive contra as chamadas drogas lícitas, com um controle mais
rígido sobre a propaganda de bebidas nos meios de comunicação. Para ele, é preciso deixar de associar bebida a
comportamentos positivos e sadios, como acontece nas atuais propagandas exibidas na televisão.
Miranda explica que somente programas de geração de renda, inclusão social e educação podem contribuir
para reduzir o número de usuários.
De acordo com a diretora de Prevenção e Tratamento da Secretaria Antidrogas, Paulina Vieira, dados
comprovam que o consumo de drogas no Brasil, em comparação com outros países, é relativamente baixo.
Contudo, enquanto nos outros países o consumo tende a baixar, no Brasil existe uma tendência de crescimento e
consumo precoce.
Pastoralmente, a Igreja vem respondendo a este fenômeno em vários níveis. Em alguns países, onde o
problema é mais grave, as Conferências Episcopais têm publicado mensagens oficiais propondo críticas pastorais e
linhas de ação. O Pontifício Conselho pastoral no Campo da Saúde criou, a pedido do papa, um grupo informal de
estudos para reunir dados sobre os trabalhos realizados pela Igreja em todo o mundo. Este grupo organizou em
outubro de 1997 um simpósio sobre o tema, reunindo participantes de 45 países.
No Brasil existem as “Comunidades Esperança”, que trabalham na recuperação de dependentes químicos, e
também iniciativas de paróquias e dioceses que procuram dar apoio aos dependentes. Com o objetivo principal de
realizar um trabalho preventivo entre os jovens, o Setor Juventude da CNBB já realizou dois Encontros de
Instituições, Fraternidades e Associações que se dedicam a esta causa em 1977 e 1988.

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Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
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A CNBB afirma que a igreja deve trabalhar pastoralmente em duas dimensões: a da prevenção e a do
trabalho assistencial e de recuperação dos dependentes. “A resposta da Igreja ao fenômeno da tóxico-dependência é
uma mensagem de esperança e um serviço que vai além do fato em si, chega ao núcleo central da pessoa humana.
Não se limita a eliminar o mal, propõe também a redescoberta do verdadeiro sentido da vida”, conclui.

Drogas: Uma Viagem Sem Volta


O uso de drogas torna o organismo dependente de doses cada vez maiores, fazendo do usuário um escravo
do vício. Por isso, dizer não às drogas é tornar-se livre, independente. É dizer ao próprio corpo e ao desejo: Você
não manda em mim. Meu corpo é templo do Espírito Santo e casa de Deus. Aqui mandamos eu e o Criador, que
me fez à sua imagem e semelhança e que me ama.
Por outro lado, é preciso lembrar também que quem compra drogas financia a violência. Nada do que
fazemos começa e acaba em nós mesmos. Ao contrário, atinge toda a coletividade. Portanto, dizendo não às drogas
o jovem não apenas beneficia a própria saúde, mas também contribui para construir um mundo de paz.

Carta de um Jovem
Num determinado Hospital de São Paulo, um jovem de apenas 19 anos, endereçou a seu pai uma
comovedora carta de adeus, fato verídico ocorrido na Capital. Vale a pena divulgá-la pelo seu conteúdo
significativo. Dizia o jovem nessa carta:
“Acho que nesse mundo ninguém procurou descrever seu próprio cemitério. Não sei como meu pai vai
receber este relato, mas preciso de todas as forças enquanto é tempo. Sinto muito, meu pai, acho que este diálogo é
o ultimo que tenho com o senhor, sinto muito mesmo... Sabe pai está em tempo do senhor saber a verdade de que
nunca desconfiou. Vou ser breve e claro, bastante objetivo. O tóxico me matou. Travei conhecimento com o meu
assassino aos 15 anos de idade. É horrível, não pai? Sabe como eu conheci essa desgraça? Por meio de um cidadão
elegantemente vestido, bem elegante mesmo, e bem falante, que me apresentou ao meu futuro assassino: A Droga.
Eu tentei recusar. Tentei mesmo, mas o cidadão mexeu com o meu brio, dizendo que eu não era homem. Não é
preciso dizer mais nada, não é, pai? Ingressei no mundo do vício. No começo foi o devaneio; depois as torturas, a
escuridão. Não fazia nada sem que o tóxico estivesse presente. Em seguida veio a falta de ar, o medo, as
alucinações. E logo após a euforia do “pico”, novamente eu me sentia mais gente que as outras pessoas, e o tóxico,
meu amigo inseparável, sorria, sorria. Sabe meu pai, a gente começa a achar tudo ridículo e muito engraçado. Até
Deus eu achava cômico. Hoje, no leito de um hospital, reconheço que Deus é mais importante que todo mundo. E
que sem sua ajuda eu não estaria escrevendo essa carta. Pai, eu só estou com 19 anos e sei que não tenho a menor
chance de viver. É muito tarde para mim. Mas, ao senhor, meu pai, tenho meu último pedido a fazer: mostre essa
carta a todos os jovens que o senhor conhece. Diga-lhes que em cada porta de escola, em cada cursinho de
Faculdade, em qualquer lugar, há sempre um homem elegantemente vestido e bem falante que irá mostrar-lhes o
futuro assassino e destruidor de suas vidas e que os levará a loucura e à morte, como aconteceu comigo. Por favor,
faça isso meu Pai, antes que seja tarde demais para eles. Perdoe-me, pai... já sofri demais, perdoe-me também por
fazê-lo padecer pelas minhas loucuras, Adeus meu pai...”. Algum tempo depois de escrever essa carta, o jovem
morreu.
Esta carta, como foi dito no início, é uma carta verdadeira, que o pai atendendo ao pedido do filho, passou a
espalhá-la pela internet, nas escolas, hospitais, etc, com o único objetivo de evitar que outros pais sofram o que ele
e sua mulher sofreram. Infelizmente, assim como este jovem, outras centenas, milhares de jovens e crianças pelo
mundo afora, fazem os pais sofrer deste mesmo mal, um mal que não apenas mata o dependente, mas destrói
famílias inteiras.

Aborto: Discussão do Indiscutível

Argumentos Polêmicos
1. O feto tem vida? É uma vida humana? Sim.
2. Em caso de estupro, é permitido provocar o aborto? Não.

Vida
Vida é a expressão da alma no tempo, enquanto se encontra unida ao corpo, desde sua concepção até sua
morte. Esta definição pode ser sintetizada, da seguinte forma:
Toda vida é concebida, cresce, multiplica-se e morre. Este é o ciclo vital. Onde o multiplicar lhe é essencial,
para a preservação da espécie, para a vida da espécie. A expressão da alma se dá no decorrer do ciclo vital. Deus
sentenciou, nos ensinando:

Paróquia Santa Rita de Cássia 93 Diocese de


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Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 94

“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.” Portanto, Deus é a Vida.


Vida cuja participação nos foi dada, de forma analógica, ou seja, analogamente. Eu, apesar de ter vida, não
sou Deus. Muito menos, diferente de Deus. Sou imagem e semelhante a Deus. Ora, a imagem não é o foco. E, o
semelhante não é igual, nem diferente, mas tem algo de igual e algo de diferente. O conceito de vida é dos mais
importantes que existe. Pois vida é a alma no corpo desde a concepção até a morte.

Concepção: o instante em que a alma é aderia à matéria.


A alma não existia antes da matéria e é gerada, no instante da concepção, por Deus. Pelo contrário, a matéria
é fornecida pelos genitores da concepção, o macho e a fêmea.
Da adesão da alma à matéria, surge o corpo. Corpo vivo, corpo de vida própria, que move a si mesmo, pois
já possui sua própria alma.

Morte: o instante em que a alma se separa da matéria.


É exatamente o contrário da concepção. Com a morte, se tem a destruição do corpo.

Qual é a opinião dos cientistas?


O encontro cientifico mais importante das últimas décadas, a tratar desta questão do aborto, em
profundidade, foi a 1ª Conferência Internacional do Aborto, realizada em Washington, em outubro do ano de 1967.
Reuniu autoridades do mundo inteiro nos campos da medicina, direito, ética e das ciências sociais. A questão mais
importante, em estudo por um grupo de médicos, foi: “Quando, realmente, começa a vida humana?”
O grupo de médicos era formado por bioquímicos, professores de ginecologia e obstetrícia, geneticistas e
outros, com representação proporcional a cada especialidade científica, raça e religião. A decisão quase unânime
(19 a 1) a que chegaram foi a seguinte:
“Nosso grupo, em sua maioria, não foi capaz de determinar nenhum espaço de tempo entre a união do
espermatozóide e o óvulo, ou pelo menos, entre o estágio de blástula e o surgimento de uma criança, um ponto no
qual pudéssemos dizer que ali não estava uma vida humana. As mudanças que ocorrem entre a implantação (do
espermatozóide no óvulo) e um embrião de seis semanas, um feto de seis meses, um bebê de uma semana ou em
um adulto, não passam de estágios de desenvolvimento e nutrição.” (Blástula: fase embrionária logo após a
fertilização, e poderia ser dada como interligada a esta).

Qual a base da conclusão científica do mencionado grupo?


A ciência moderna, nas últimas décadas, tem-nos fornecido uma variedade de conhecimentos a respeito da
fertilização e início do desenvolvimento do feto, os quais anteriormente eram apenas imaginários. Sabe-se hoje que
o espermatozóide e o óvulo contribuem cada um com 50% para a nova vida em formação. O espermatozóide
contém o código genético do pai, e não tem vida ou função que vá além da única finalidade de sua existência, que é
a fertilização. O óvulo contém o código genético da mãe, sendo incontestavelmente parte do corpo desta. O óvulo
não tem outra função do que a de ser fertilizado, e não sendo, ele morre. Entretanto, quando ocorre a fertilização, os
23 cromossomos do espermatozóide se juntam aos 23 cromossomos do óvulo e cria-se um novo ser.
Nunca antes, nem depois, haverá no mundo outra vez um outro ser idêntico a esse. Trata-se de um ser
único, genética e totalmente diferente do corpo do pai ou da mãe, independente, programado intimamente,
prosseguindo num processo de maturação autocontrolada quanto ao crescimento, desenvolvimento e substituição
de células próprias, conforme seja um indivíduo masculino ou feminino. Nada mais, nenhum pedacinho será
acrescentado a esta vida humana que existe desde o momento da fecundação até que venha a morrer de velho, nada,
exceto a alimentação. Cada um de nós existe como um todo desde aquele momento, e tudo o que fizemos, a partir
de então, foi amadurecer.

Ciclo vital
Assim é o ciclo de vida de um vegetal: normalmente, inicia-se na concepção da semente; há um
desenvolvimento formando-se uma árvore; e, finda-se com sua morte, quando seca-se por completo.
Desde a semente, passando-se pelo estado de árvore, até sua morte, fora uma única só sua vida. Não tivera
mais que uma única alma. A semente é a árvore em potência. Tudo que a árvore vai vir a ser, a semente já possui
em gérmen; falta-lhe tempo para o desenvolvimento através da nutrição. Ora, matando-se a semente, se está
matando também a árvore. Não existe efeito sem sua causa; assim como não existe árvore sem que se deixe viver a
semente.
É um só o ciclo de vida. Quem o interrompe no início é culpado de não existir o fim.
Assim também acontece com um animal volutivo e racional - o homem.
Seu ciclo de vida, indubitavelmente, inicia-se na concepção do embrião; através da nutrição forma-se um
feto, depois nasce, e forma-se um homem; e quando da sua morte, finda-se sua vida.
Paróquia Santa Rita de Cássia 94 Diocese de
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Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
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Desde o embrião até sua morte quando homem formado, por envelhecimento, passando-se por todas as
etapas do desenvolvimento: embrião, feto, bebê, criança, adolecente, homem; e este não tivera mais que uma única
alma. O embrião já é um homem em potência. Tudo que o homem vai vir a ser, o embrião já possui em gérmen;
falta-lhe o desenvolvimento através da nutrição. Ora, matando o embrião, se está matando também o homem que
viria a ser. Como visto, não existe efeito sem sua causa; assim como não existe homem sem que se deixe viver o
embrião. É um só o ciclo de vida. Quem o interrompe no início é culpado de não existir o fim.
E assim como uma semente se tornará uma bela árvore, também um embrião se tornará um belo homem.
Porém assim como matando a semente, mata-se a arvore; também, matando o embrião mata-se o homem que viria
a ser. Ora, o aborto provocado, visa matar o feto. Interrompe portanto a vida humana.
Quem interrompe a vida humana em qualquer fase de seu desenvolvimento, quer quando homem,
adolescente, criança, bebê ou feto; é assassino.
É assassina, portanto, a mãe que provoca o aborto. Seu crime é cheio de requinte de maldade:
- Mata alguém sem culpa e sem chance de defesa - o estorvo;
- Mata alguém completamente indefeso - um feto;
- Mata alguém em seu lugar de refúgio - no útero;
- Mata quem deveria defender - seu próprio filho;
- Mata das formas mais cruéis que se viu.
Vendo tais coisas o que nos resta senão chorar em súplicas aos vossos corações. Que deve o católico senão
optar pela justiça? Qual é a justiça senão gritar por aquele que não tem voz, nem culpa - o feto. Quando lhe
indagarem, a respeito do aborto, seja forte e diga em uma só voz uma expressão firme: NÃO!
Não ao infanticídio... Não à carnificina... Não à injustiça... Não ao aborto!

O aborto não se justifica:


1) Quanto ao trauma causado pela violação do estupro:
Parece que é justo abortar em caso de violação, pois o trauma causado pelo estupro é grande pena para a mãe
e seu futuro filho lhe será sempre uma lembrança da sua desgraça. E continuam, erroneamente, dizendo que quando
a vítima é estuprada leva consigo um trauma, uma seqüela, que jamais se apagará. E que o filho, único bem que
advém do estupro, lhe aumentará a dor pela lembrança. Dizem que toda vez que a mãe contemplar seu filho,
contemplará a tragédia do estupro. E por isso a mãe deveria matar seu filho para lhe aliviar a dor proveniente
lembrança.
Isso é uma mentira. Pois, se esquecem que quando ela abortar ou, mais claramente, matar seu filho, levará
consigo, não um, más dois traumas: o estupro e o assassinato de seu próprio filho. Pior agora é a situação da mãe,
pois... quando ela se ver diante do espelho, quando ela contemplar a si mesma, em um momento de reflexão virá
que monstro é; em que monstro se transformou , assassinando seu filho. E, que gigantescos tormentos psicológicos
e mesmo fisiológicos isso não lhe acarreta? Ora, é mais fácil suportar um trauma do que dois traumas.
Assim, o trauma do estupro não justifica o aborto infanticida. Pelo contrário lhe é um agravante. Pois além
do estupro, a coitada da mulher, vítima de tal violência, levará em sua consciência o assassinato de seu próprio
filho.
2) Que a mãe não terá condições econômicas para criar o filho:
Parece que é justo abortar em caso de violação ou por controle da natalidade, pois a mãe não tendo condições
econômicas sumárias para a alimentação de seu próprio filho ou não tendo condições de custear a educação
primária e necessária para se viver hoje em dia; não estaria dando condições humanas para essa pessoa que esta
para vir criando um mal-educado, futuro “trombadinha” e ladrão.
Isso é uma mentira. Veja: um mal não justifica outro mal, nunca. Assim, quando dois têm fome, pois existe
comida só para um, não é justificativa para que um deles mate o outro. Do mesmo modo, o mal econômico da mãe
não justifica outro mal, o assassinato de seu filho.
Ademais, se negarmos este princípio, fatalmente cairemos em erros gravíssimos. Assim teremos que admitir
o infanticídio em qualquer situação que traga algum mal para a mãe. Teríamos que admitir, quando:
1) A mãe era muito nova. Ora, quem é muito nova não tem condições de cuidar do filho. Logo, morte para o
seu filho. Infanticídio nele.
2) Filho é fruto do amor, é antes de tudo um querer bem da mãe. Ora, no ato do estupro só houve violência
nunca a mãe quis ter um filho. Logo, em expressão do amor, morte para seu filho. Infanticídio nele.
3) A mãe sofre de insônia. Ora, com o nascimento do filho, perderá horas de sono ao cuidar do filho. Logo,
por preguiça, morte ao filho. Infanticídio nele.
4) A mãe não estava preparada economicamente. Ora, ela não terá condições de cuidar dignamente de seu
filho. Logo, o assassina. Infanticídio nele.
3) Pelo próprio estupro, uma vez que o filho é conseqüência do estupro:

Paróquia Santa Rita de Cássia 95 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 96

Parece que é justo abortar em caso de estupro, pois o filho é antes de tudo, fruto do amor... e a mãe jamais
amará um filho fruto de uma violência, fruto de um pai estuprador.
Isso é uma mentira. Pois: O estupro fora um ato mal, digno de punição. Mas também o aborto é um
assassinato, um infanticídio, a morte de uma vida humana, portanto também um ato mal. Por isso o erro cometido
pelo estuprador, não justifica outro erro, o erro de matar uma vida humana através do aborto.
4) Que o feto não tem vida e por isso pode ser arrancado do útero, através do aborto:
Parece que é justo abortar, pois o ser que se mover dentro do útero não é uma vida humana, nem nascera
ainda. Ora, matar uma coisa que não seja humana e que me estorva, não é crime . Outros ainda dizem que a coisa
que esta no útero da mãe faz parte do corpo da mãe e uma vez que o corpo pertence à mãe, ela poderia então, cortar
o cordão umbilical, eliminando o pedaço de seu corpo que a estorva.
Isso é uma mentira: Como vimos, o óvulo apartir do primeiro instante em que é fecundado, passa a ser um
ser humano. Muitos, insensatos, dizem que não existe vida humana no estado de feto. Outros tantos, conscientes,
dizem que sim. A filosofia da natureza diz que existe. Para os que a compreendem é o que basta. Logo, no mínimo,
aos que pouco vêem, e pouco compreendem, deve existir uma dúvida a respeito da vida humana no feto.
Ora, em caso de dúvida, ou ignorância, sempre se opta pela vida. Pois quem executaria uma sentença
contra a vida humana em caso de dúvida? Que mãe jogaria um embrulho em alto mar, com a suspeita de lá conter
seu filho? Que arquiteto implodiria um prédio na ignorância de existir ainda algum morador em um apartamento?
Que mãe cortaria em varias fatias seu filho, a ponto de se ver os bracinhos, as pernas, o rostinho e tudo mais muito
bem formado, se não tivesse a mais absoluta certeza daquilo não ser uma vida humana?
Destas perguntas só se tem uma resposta: Seja jogado em alto mar, seja esquartejado em vários pedacinhos,
se a mãe teve dúvida, ou se teve uma ignorância culposa, ou seja, não sabia por desleixo, será culpada da morte de
seu filho. E responderá pelo assassinato cometido.

Conclusão:
Que mais há de se falar? Nada... pois agora grite... grite do fundo de sua alma. Grite com toda sua força. E
gritaremos até os confins do mundo... para as orelhas caídas:
Católico, soerga seus ânimos. Levante suas orelhas, tal qual os cães de raça... sempre prontos para defender
seu dono. Nós também temos um Dono, e seu nome é Deus. Que fez de nós seus filhos por adoção. Um bom Pai
não quer a morte de seus filhos, muito menos dos mais pequeninos e indefesos. Não sejamos nós seus assassinos,
lhes tirando a vida humana, ainda quando não conseguem nem gritar em socorro. Sejamos antes fiéis à vontade de
Deus. Sejamos antes, verdadeiros católicos.

Paróquia Santa Rita de Cássia 96 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 97

Eu, Jovem Me Confesso Assim...


Eu Me Esclareço
Confissão é o meio certo de eu receber o perdão pelos meus pecados. Foi Jesus quem deu aos padres,
sucessores dos discípulos, o poder de perdoar os nossos pecados. Jesus falou: “A quem vocês perdoarem os
pecados, os pecados serão perdoados”. (Evangelho São João 20, 19-23).
Só a confissão bem feita é que perdoa os pecados.
Para a confissão ser bem feita eu preciso:
• Do EXAME – para eu achar os meus pecados;
• Do ARREPENDIMENTO – para eu ter mágoa de ter desobedecido a Deus (Lc 18,13; Mt 26,75; Lc 15,21);
• Do PROPÓSITO e da vontade séria de não pecar mais;
• Da CONFISSÃO – para eu contar os meus pecados ao padre;
• Da SATISFAÇÃO – para eu rezar aquilo que o padre mandar.
PECADO ESQUECIDO – na confissão fica perdoado, se eu fiz bem o exame de consciência.
PECADO ESCONDIDO – na confissão não fica perdoado e eu não posso comungar e tenho de fazer outra
confissão.
Está errado pôr comida limpa em prato sujo. Está errado receber a Jesus num coração sujo de pecado grande.
Primeiro a gente lava o prato e depois põe a comida. Primeiro eu tenho de lavar minha alma com uma confissão
bem feita e depois ir receber a Jesus na Hóstia. (São Paulo, na lª carta aos Coríntios 11,23-29, nos lembra disto).

Reconhecer-se Pecador
Se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Mas se
confessarmos nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a culpa. (1ª
Carta de São João 1,8-9).
O pecado é aquele egoÍsmo que vai tomando conta de nós e faz com que negligenciemos os nossos deveres
para com DEUS para com os outros, (pecado social) e até para conosco mesmos.

Exame de Consciência

1. Deixei de rezar (de manhã, de tarde ou de noite). 26. Guardei raiva, pensei em vingança.
2. Faltei á Missa ou Celebração aos Domingos. 27. Xinguei os outros com palavras pesadas.
3. Na Santa Missa, fiquei fora da Igreja. 28. Bati gravemente nos outros.
4. Fui á Santa Missa só para agradar a meus pais, a 29. Desejei um grande mal aos outros.
namorada (o). 30. Fui culpado do pecado de outros.
5. Fui à Santa Missa com roupas indecentes. 31. Convidei os outros a pecar.
6. Por minha culpa, cheguei tarde à Santa Missa. 32. Maltratei os animais.
7. Por minha culpa, rezei mal. Conversei na Igreja. 33. Por querer, olhei e pensei coisas indecentes.
8. Deixei de estudar a Religião. 34. Li e conversei sobre coisas indecentes.
9. Duvidei de alguma verdade da Religião. 35. Não afastei os desejos de fazer coisas indecentes.
10. Tive vergonha de praticar minha Religião. 36. Fiz atos indecentes no meu corpo.
11. Perdi a fé em Deus. 37. Fiz atos indecentes com outras pessoas.
12. Fui ao espiritismo, à macumba, e á benzedeiras. 38. Tirei a honra de alguma menina.
13. Acreditei em horóscopo ou em Iemanjá. 39. Provoquei os rapazes a fazer coisas indecentes.
14. Falei o NOME DE DEUS sem respeito. 40. Usei roupas indecentes.
15. Jurei por Deus, jurei falso. 41. Assisti filmes, novelas e programas indecentes.
16. Blasfemei ou disse coisas injuriosas contra Deus. 42. Participei de divertimentos perigosos para a
17. Fiz promessas e depois não quis cumprir. minha moral.
18. Não fiz a Páscoa – (confissão e comunhão). 43. Fiquei com moças ou rapazes.
19. Sem necessidade, trabalhei nos Domingos. 44. Já me entreguei ao meu namorado (a).
20. Com meu mau comportamento, entristeci meus 45. Namorei pessoas casadas ou divorciadas.
pais. 46. Tomei pílulas anticoncepcionais para não ficar
21. Pensei mal dos outros, falei mal dos outros. grávida.
22. Falei mentiras, fiz fofocas, fiz intrigas. 47. Evitei filhos por meios proibidos pela Igreja.
23. Caluniei os outros em coisa grave. 48. Fiz aborto.*
24. Roguei pragas nos outros. 49. Aconselhei ou ajudei alguém a abortar.*
25. Briguei sério com alguém. 50. Roubei coisa importante, e ainda não restitui.
Paróquia Santa Rita de Cássia 97 Diocese de
Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 98

51. Comprei coisa roubada, sabendo da procedência, 57. Fumei maconha, usei drogas.
e não devolvi ao legítimo dono. 58. Por querer abandonei os estudos ou o emprego.
52. Dei prejuízo grande a outros e ainda paguei. 59. Vivo vadiando, sem fazer nada.
53. Comprei e não paguei, pedi emprestado e não 60. Fiz confissão mal feita, e mesmo ciente disso, não
devolvi. fui refazer minha confissão.
54. Gastei dinheiro à toa, fui ganancioso. 61. Por querer, comunguei com pecado grande.
55. Fui guloso (a). 62. Pequei dizendo antes de pecar: “depois vou me
56. Bebi demais e fiquei embriagado, ou levei outros confessar e pronto”.
a se embriagarem. 63. Ofendo e não escuto os conselhos de meus pais.

*A Igreja considera o aborto provocado, qualquer que seja o método e até técnicas caseiras, um pecado
gravíssimo. Impõe a excomunhão a todos os que tomam parte nele, consciente e voluntariamente. (Mulher,
marido, amante, pai, mãe, médicos, farmacêuticos, enfermeiras, parteiras, etc.). Direito Canônico – Ca.1398.

Eu Me Confesso
Depois do EXAME, eu rezo assim: Meu Deus, venho pedir perdão pelos meus pecados. Imploro vossa Graça
para fazer uma boa confissão. Enviai-me o Espírito Santo para conhecer o quanto eu pequei, as suas causas e os
meios de os evitar. Amém.
* Depois eu vou ao padre.
* O padre vai-me perdoar em nome de Deus.

Eu Rezo o Ato de Contrição


Meu Jesus, crucificado por minha culpa, estou arrependido de ter pecado, pois ofendi a Vós, que és tão bom,
e mereci ser castigado neste mundo e no outro. Mas perdoai-me Senhor, não quero mais pecar.

Vou Mudar de Vida


* Vou rezar todos os dias. (No Sermão da Montanha; Mt 6,6-13)
* Vou reler os mandamentos. (Jesus e o jovem; Lc 18,18-23)
* Vou seguir Jesus. (JO 14,15-17)
* Vou ler a Bíblia ou um bom livro. (2Tm 3,16)
* Vou me confessar muitas vezes por ano.

Jesus Me Aconselha
* Filho, você pecou?...Não volte ao pecado. (JO 8,11)
* Não faça o mal, e ele não cairá sobre você.
* Honre seu pai...para descer sobre você a minha benção.
* Não despreze os conselhos de sua mãe. (Prov. 1,8)
* FUJA DO PECADO, como se foge de uma cobra. (Mt 26,41)

Santa Teresa e A Confissão


Um dia Sta. Teresa viu muitas almas caindo no inferno. Aí ela perguntou a Jesus por que aquelas almas
caíram no inferno. Jesus respondeu: “Por causa das confissões mal feitas”. Então Santa Teresa escreveu logo a um
padre: “Padre, pregue muitas vezes contra as confissões mal feitas, porque é esse o laço do demônio para pegar as
almas”.

Paróquia Santa Rita de Cássia 98 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 99

O Dízimo
1. O Que é o Dízimo?
A palavra DÍZIMO quer dizer 10%, ou dez de cada cem. Significa a entrega de 10% dos 100% que Deus nos
dá. O DÍZIMO é a devolução, contribuição, ato de amor e gesto de partilha. Nós não pagamos o Dízimo; nós
devolvemos o Dízimo, já que tudo o que somos e temos pertence a Deus.
DÍZIMO é uma íntima e profunda relação entre a criatura e o criador, pois Deus é o criador de todas as
coisas e de todos. Se produzimos é porque ele criou as condições.
Hoje quando se fala em Dízimo, antes da contribuição em dinheiro, devemos entender a participação do
cristão na comunidade. A oferta do dízimo será decorrência desta participação. Quando ofertamos o dízimo
devemos fazê-lo como oração e agradecimento a Deus, no íntimo do nosso coração, e não apenas depositar o
envelope, como muitas pessoas fazem.
O Dízimo não pode ser o que sobra, mas sim, a primeira coisa a ser paga, pois para Deus não podemos dar o
resto e sim as primícias, como diz a Bíblia no Gn 4,1-8 na passagem de Caim e Abel. Antes de definir o quanto
vamos devolver devemos pedir inspiração a Deus, para fazermos justiça com a comunidade.
Muitas pessoas ficam receosas de que dando 10% irá faltar em sua casa e ficam mendigando migalhas que
sobram para Deus: Deus não precisa de nossas migalhas! Ele nos dá tanta coisa que se percebêssemos ficaríamos
assustados com tanto amor e misericórdia.
Aquele que tem pouco, dê pouco, mas aquele que tem muito não precisa ter medo de dar muito. Conforme a
Bíblia, ele vai receber de Deus a recompensa, não é que Deus se deixa comprar. Mas quem dá de coração, mora no
coração de Deus. Quem dá com cálculos, recebe só calculado, no que ele mesmo deu. O Dízimo é assim, uma
maneira de nos libertar do egoísmo, da cobiça, da escravidão às coisas materiais, da solidão. Porque no Dízimo
expressamos o nosso compromisso com a comunidade a que pertencemos e assim seremos mais participantes.
Assim o Senhor nos diz: (Ml 3, 10-12)
“ Pagai Integralmente os Dízimos ao tesouro do templo para que haja alimento em minha casa. Fazei a
experiência, diz o Senhor dos exércitos, e vereis se não vos abro os reservatórios dos Céus e se não derramo a
minha benção sobre vós muito além do necessário ...”

2. A Pastoral do Dízimo
É bom lembrar que boa parte dos católicos possui uma visão muito incorreta do dízimo, muitas vezes devido
à falta de orientação clara. Por isso é fundamental o desenvolvimento de um trabalho de conscientização muito bem
feito pela equipe do dízimo de sua comunidade
Antes de qualquer coisa, Dízimo não é esmola, ofertório ou coleta. Oferecer com espontaneidade, com
alegria e regularmente, todos os meses, é dar o maior testemunho de nossa fé e de nossa gratidão. Isto porque
manifestamos por este gesto, a certeza de que tudo o que ganhamos e recebemos é por graça e amor do Senhor
Nosso Pai.
DEUS é a coisa mais importante em nossas vidas, porque Ele nos dá a vida e nos mantém. Como parte deste
louvor declaramos que tudo a Ele devemos; não somente os bens para o sustento nosso e de nossas famílias, mas
também a inteligência e a saúde para assim continuar. O maior pecado, o pai de todos os pecados, é viver afastado
de DEUS, não reconhecê-lo em nossos irmãos, achar-nos auto-suficientes. Com a oferta espontânea do DÍZIMO
combatemos a vanglória, justamente porque confessamos que sem a Divina Providência não somos nada.
Nos planos de DEUS, o homem e a mulher participam como seus aliados. Ele com todas as coisas do mundo
e nós com o trabalho. E porque esse trabalho só é possível graças aos dons gratuitos de Deus, que do fruto desse
trabalho, ao final de cada mês, parte retribuímos a Ele, por justiça e como sinal de agradecimento.
E isto se chama DÍZIMO.

3. Dízimo: Espontâneo e Livre


O Dízimo não foi inventado; ele nasceu espontaneamente, como resposta do homem e da mulher à bondade e
misericórdia de Deus. “Cada um que se dispõe a oferecer o Dízimo o faça conforme suas posses e de acordo com
seu coração” (2Cor 9,7).

Paróquia Santa Rita de Cássia 99 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 100

4. Fundamentação Bíblica

 “Honra ao Senhor com teus bens, ..” (Pr 3,9-10);


 “Todos os Dízimos da terra, ... são coisas consagradas ao Senhor.” (Lv 27,30);
 “Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com
alegria.” (2Coríntios 9,7);
 “Não digas no teu coração: A minha força, e a fortaleza da minha mão me adquiriram estas riquezas. Antes te
lembrarás do Senhor teu Deus, porque ele é o que te dá força para adquirires riquezas.” (Deuteronômio 8,17-18);
 “Mas digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em abundância, em
abundância também ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por
constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a
graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda boa obra.” (2Coríntios 9,6-8);
 “A alma generosa prosperará, e o que regar também será regado.” (Provérbios 11,25);
 “Não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos
de vestir? Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso.” (Mateus 6,31-32);
 “Como está escrito: Ao que muito colheu, não sobrou; e ao que pouco colheu, não faltou.” (2Coríntios 8,15).

5. Dízimo: Qual é a sua finalidade?


Quanto ao aspecto prático, as finalidades do Dízimo, basicamente são três:
1º) Religiosa: Muita gente acha que a Igreja não tem despesa nenhuma, ou seja, não precisa pagar água, luz,
telefone, salários, etc. Da mesma forma que em nossa casa, a Igreja também tem seus compromissos todo mês, daí
a necessidade do dízimo ser ofertado mensalmente, sem interrupções.
É bom ressaltar que além das despesas citadas a Igreja também têm gastos com folhetos, velas, vinho, manutenção
do templo, salário dos funcionários, e principalmente o sustento do padre. Muitas vezes quando mencionamos estes
fatos as pessoas levam um susto, pois nunca pararam para pensar nisso. Procure conscientiza-las de que manter a
casa de Deus é responsabilidade de todos os membros da sua comunidade, sem exceção.
2º) Social: Outra finalidade do dízimo muitas vezes desconhecida é a social. Em muitas paróquias as
famílias carentes são assistidas com cestas básicas, com a compra de remédios na farmácia do bairro ou mesmo em
alguma necessidade urgente com os recursos provenientes da oferta do dízimo.
É claro que você deve dar ênfase neste aspecto se sua paróquia desenvolve alguma atividade nesse sentido, pois
infelizmente em muitas paróquias o dízimo recebido mal consegue cobrir as despesas básicas, e praticamente não
sobra quase nada para o trabalho social. Porém se sua paróquia desenvolve algum trabalho social com os recursos
do dízimo não deixe de divulgá-lo amplamente, para que as pessoas saibam o que é feito com o dinheiro que é
ofertado.
3º) Missionária: O dízimo da comunidade também tem papel fundamental na formação de novos padres,
ajudando na manutenção dos seminários, apoiando as missões e também auxiliando na construção de novas igrejas
para as comunidades mais carentes. Desta forma, todo paroquiano ajuda a levar o evangelho aos necessitados
quando faz a oferta de seu dízimo.

Dez Boas Razões para Tornar-se um Dizimista

1. O dízimo é uma profunda relação entre você e Deus.


2. Ofertar o dízimo é reconhecer os dons gratuitos recebidos do Pai, retribuindo, de forma justa, parte do que
d'Ele você recebeu.
3. Com seu dízimo você ajuda a manter a comunidade religiosa, que é patrimônio de todos.
4. O dízimo é, também, para manter os que vivem para o Evangelho.
5. O dízimo que você oferece vai se transformar em Evangelho, em remédio, em pão, em missão.
6. Você vai se sentir extremamente gratificado ao ver, daqui a algum tempo, o que o seu dízimo tornou
possível.
7. Em vez de se sentir obrigado, você vai ficar agradecido a Deus por lhe dar condições de participar com seu
dízimo.
8. A prática do dízimo integra, cada vez mais, a pessoa à sua comunidade.
9. A sua oferta permanente tornará vitoriosa a Pastoral do Dízimo.
10. Com a oferta do dízimo, você será participante ativo na construção do Reino de Deus.
Paróquia Santa Rita de Cássia 100 Diocese de
Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 101

Cantos Para As Reuniões De Crisma


REI, SENHOR Bendito é o Nome do Senhor, bendito é o Nome do Senhor
Rei, Senhor (2x) Bendito é o Nome do Senhor para sempre.
1. Vem Louvar o Senhor, bendizer o seu Nome. VEM, AMIGO, VEM
E ver que esta dor do seu peito some. Vem, amigo, vem, vem para entregar este coraÇão
Levanta o braço, abre o coração. que Deus te deu para amar, não para odiar.
Morre pra ti mesmo e terás a paz então. Vem, abre teus braços até aquele que está lá.
2. Vem cantar ao Senhor, criador de tudo. Vem, abre teus braços ao teu irmão, ao teu amigo.
E receber a alegria que não tem o mundo. Dá-lhe um empurrão. Dá-lhe um empurrão
Bate palma, bate o pé, dá um sorriso com muita fé. que de pouco a pouco ele se achega ao Senhor, nosso Senhor.
3. Vai confessar ao Senhor os teus pecados.
Não, não tenhas medo, pois serás perdoado. VEM, ESPÍRITO
Jesus te ama Meu irmão Entrega-te a Ele E terás a Vem, Espírito, oh, vem, Espírito.
Salvação. Sozinho eu não posso mais. Sozinho eu não posso mais.
Sozinho eu não posso mais viver. (2x)
VEM, VEM LOUVAR Eu quero amar, eu quero ser aquilo que Deus quer.
Vem, Vem louvar, encher esse lugar de glória: Sozinho eu não posso mais. Sozinho eu não posso mais.
com a glória do Senhor (bis) Sozinho eu não posso mais viver. (2x)
1. Quando Deus envia o seu Espírito nos conduz à fé
E nos faz cantar o seu louvor, seu amor em cada coração. O MEU SENHOR TEM MUITOS FILHOS
Nos garante a paz e nos faz cantar o seu louvor. O meu Senhor tem muitos filhos.
(Cante forte ao Senhor... Cante a glória...) Muitos filhos ele tem.
2. E tão bom estar neste lugar de alegria e paz Eu sou um deles e você também, louvemos o Senhor:
Que nos faz cantar o seu louvor. Braço direito... Braço esquerdo... Perna direita... Perna
Eu também sou templo do Senhor esquerda...
E o meu coração vai cantar pra sempre o seu louvor. balança a cabeça... dá uma voltinha... abrace seu irmão...
(Cante a glória do Senhor...)
NINGUÉM TE AMA COMO EU
DEUS, QUERO LOUVAR-TE
Tenho esperado este momento, tenho esperado que viesses a
Deus quero louvar-te, quero adorar-te, quero te servir, mim.
quero transmitir. Deus quero louvar-te. Tenho esperado que me fales,
Deus quero louvar-te, quero adorar-te, sempre ao cantar eu só tenho esperado que estivesses assim.
quero dar glórias ao meu Deus. Eu sei bem o que tens vivido, sei também que tens chorado.
Eu vou caminhando, vivendo o amor, erguendo os meus Eu sei bem que tens sofrido, pois permaneço ao teu lado.
braços, Eu louvo ao Senhor. Ninguém te ama como eu, ninguém te ama como eu.
Quero proclamá-Lo no dia a dia, sempre cantando: Glória, Olhe pra cruz esta é a minha grande prova.
aleluia! A-le-lu-ia... Ninguém te ama como eu. Ninguém te ama como eu.
Olhe pra cruz, foi por ti, porque te amo,
FAÇO NOVAS TODAS AS COISAS ninguém te ama como eu.
Eis que faço novas todas as coisas, Eu sei o que me dizes ainda que nunca me fales.
que faço novas todas as coisas (2X) Eu sei bem o que tens sentido ainda que nunca me reveles.
É vida que brota da vida, é fruto que cresce do amor, Tenho andado a teu lado, junto a ti permanecido.
é vida que vence a morte, é vida que vem do Senhor. Eu te levo em meus braços, pois sou teu melhor amigo.
Deixei o sepulcro vazio a morte não me segurou
a pedra que então me prendia no terceiro dia rolou. EU TENHO PAZ COMO UM RIO
Eu hoje lhe dou vida nova, renovo em ti o amor Eu tenho paz como um rio (2x).
lhe dou uma nova esperança, tudo o que era velho passou. Eu tenho paz como um rio, em meu ser.
Eu tenho amor como um rio (2x).
VEM, ESPÍRITO SANTO Eu tenho amor como um rio, em meu ser.
Vem, vem, vem, Espírito Santo. Eu tenho gozo como um rio (2x).
Transforma minha vida, quero renascer. Eu tenho gozo como um rio, em meu ser.
Quero abandonar-me em seu amor. Eu tenho paz, amor e gozo como um rio...
Encharcar-me em seus rios, Senhor.
Derrubar as barreiras em meu coração. BASTA QUERER
Meu pensamento vive em Você, a luz do meu viver, Senhor,
FICO FELIZ basta entrar E eu me abrir pra te amar, nem precisa perguntar,
Te amo.
Fico feliz em vir em tua casa, erguer minha voz e cantar
Há um clima todo diferente, que aquece e
Fico feliz em vir em tua casa, erguer minhas mãos e adorar
Paróquia Santa Rita de Cássia 101 Diocese de
Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 102

mexe com o coração da gente Olha só quem vem lá, marchando pra nos salvar
É como um sonho (2x) eu me dou por inteiro, É o exército de Deus e eu também quero marchar
Teu é o meu coração e ao Teu lado, eu sempre sigo, E eu corro, e pulo, e giro e levanto os meus braços para o ar
Já não há mais talvez, basta querer Te ver outra vez Saldando o exército de Deus que vem para nos salvar

QUEM É ESTA QUE AVANÇA... ANJOS DE DEUS


Quem é esta que avança como a aurora, 1- Se acontecer um barulho perto de você
Temível como exército em ordem de batalha, É um anjo chegando para receber
Brilhante como o sol e como a lua, suas orações e levá-las a Deus
mostrando o caminho aos filhos seus. Então, abra o seu coração e comece a louvar
Ah,ah, minha alma glorifica ao Senhor, Sinta o gozo dos céus, se derrame no altar
meu espírito exulta em Deus, meu Salvador. Que o anjo já vem com a resposta nas mãos
Tem anjos voando neste lugar,
ESTA É A GENTE QUE LOUVA AO SENHOR no meio do povo, em cima do altar.
Esta é a gente que louva o Senhor (2x) Subindo e descendo em todas as direções,
Esta é a gente que tem alegria, Não sei se a Igreja subiu ou o céu desceu
que tem muita fé e que louva o Senhor. Só sei que está cheio de anjos de Deus,
Perna acima, perna abaixo, e movimento de lado a lado (2x) Porque o próprio Deus está aqui (2x)
Cintura, braço, ombro, cabeça... 2- Quando os anjos passeiam a Igreja se alegra,
ela canta, ela vibra, ela ri e congrega,
O SENHOR É REI enfrenta o inferno e expulsa o mal,
sinta o vento das asas dos anjos agora.
O Senhor é Rei, o Senhor é meu Pastor e Rei (2x) Confia, irmão, já chegou
O Senhor está no céu, o Senhor está no mar, na extensão do tua hora, A bênção já vem e você vai levar.
infinito
Está no céu, está no mar, na extensão do infinito (bis) GLÓRIA AO NOSSO DEUS
Quando eu vacilar, eu não temerei, pois o Senhor está comigo
Está no céu, está no mar, na extensão do infinito (bis) Quando a Igreja se levanta
para exaltar o Nome do Senhor Jesus
QUERO LOUVAR-TE O céu e a terra em harmonia
irão cantar o Nome do Senhor Jesus
Quero louvar-te, sempre mais e mais. (bis) O Espírito de Deus ao nosso encontro vem ...
Buscar o teu querer, Tua graça conhecer, quero louvar-te. As E os anjos se levantam pra cantar também ...
aves do céu cantam para ti,
Amém, Glória ao nosso Deus!
As feras do campo refletem o teu poder.
Santo é nosso Deus! Aleluia! (bis)
Quero cantar, quero levantar as minhas mãos a ti.
Nos louvores Deus habita,
RENOVA-ME vamos provar desta presença do Senhor.
Sentir que em nosso meio está Jesus,
Renova-me, Senhor Jesus, já não quero ser igual. o nosso Deus dominador.
Renova-me, Senhor Jesus, põe em mim seu coração.
Porque tudo que há dentro de mim precisa ser mudado, QUANDO O ESPÍRITO DO SENHOR SE MOVE EM
Senhor. MIM
Porque tudo o que há dentro do meu coração
precisa mais de ti. Quando o Espírito do Senhor se move em mim
1. Eu rezo como o Rei Davi
CONHEÇO UM CORAÇÃO 2. Eu canto corno o Rei Davi
3. Eu danço como o Rei Davi
1. Conheço um coração tão manso, humilde e sereno. 4. Eu luto como o Rei Davi
Que louva o Pai por revelar seu Nome aos pequenos. 5. Eu venço como o Rei Davi
Que tem o dom de amar, que sabe perdoar 6. Eu louvo como o Rei Davi
e deu a vida para nos salvar.
Jesus, manda teu Espírito ANJOS DE RESGATE
para transformar meu coração (2x)
2. Às vezes no meu peito bate um coração de pedra, Manda Teus anjos sobre nós
magoado, frio, sem vida, aqui dentro ele me aperta. e abençoa a todos que esperam em Vós
Não quer saber de amar nem sabe perdoar, Manda Teus anjos pra nos ensinar a Te louvar e
quer tudo e não sabe partilhar. glorificar
3. Lava, purifica e restaura-me de novo. 1. Envia também Teu Espírito de paz e amor
Serás o nosso Deus e nós seremos o teu povo. O meu coração tem sede do meu Criador
Derrama sobre nós a água do amor, Envia, Senhor, os Teus anjos pra nos resgatar
o Espírito de Deus, nosso Senhor. Pra nos proteger de todo mal, para nos guiar, Senhor.
2. Quando acordo, olho o céu e canto o meu louvor
EXÉRCITO DE DEUS De todas as manhãs, Tu és o meu Senhor

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Osasco/SP
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Carapicuíba/SP 103

Levantai-vos, ó meu Deus, e estende Tuas mãos A alegria está no coração de quem já conhece a Jesus.
Tu és o meu refúgio nas minhas opressões, Senhor. A verdadeira paz só tem aquele que já conhece a Jesus.
Confio em Vós, revele Tua face para nós! O sentimento mais precioso que vem de Nosso Senhor.
Levanta-Te, e põe o Teu escudo sobre nós! É o amor que só tem quem já conhece a Jesus.
Posso pisar uma tropa e saltar as muralhas, aleluia, aleluia!
Ele é a rocha da minha salvação e com Ele não há mais
condenação.
EU TENHO UM BARCO
Eu tenho um barco que navega sobre o mar QUÃO GRANDE ÉS TU
e que Jesus é o capitão (2x)
E os marinheiros que navegam a seu lado, Senhor meu Deus, quando eu maravilhado,
Dizem ser lavado o seu pobre coração (2x) fico a pensar nas obras de tuas mãos
Jerusalém que bonita és. Ruas de ouro, mar de cristal (2x) No céu azul de estrelas pontilhado,
Por estas ruas, estas ruas andarei. Ruas de ouro, mar de cristal o teu poder mostrando a criação
Então minh'alma canta a ti, Senhor.
REUNIDOS AQUI Quão grande és Tú! Quão grande és Tu (2x)
Quando a vagar nas matas e florestas,
Reunidos aqui só pra louvar ao Senhor, o passaredo alegre ouço a cantar
novamente aqui, em união Olhando os montes, vales e campinas,
Algo bom há de acontecer, algo bom Deus tem para nós. em tudo vejo o teu poder sem par.
Reunidos aqui só pra louvar ao Senhor.
Quando eu medito em seu amor tão grande,
Seu Filho dando ao mundo pra salvar
QUERO MERGULHAR NAS PROFUNDEZAS Na cruz vertendo o seu precioso sangue,
Quero mergulhar nas profundezas do Espírito de Deus minh'alma pode assim purificar.
E descobrir suas riquezas em meu coração (bis) Quando enfim, Jesus vier em glória
É tão lindo, tão simples. e ao lar celeste então me transportar
Brisa leve tão suave doce Espírito Santo de Deus... te adorarei, prostrado e para sempre:
Tão suave brisa leve doce Espírito Santo de Deus... quão grande és tu, meu Deus, hei de cantar.

QUANDO OS ANJOS CANTAM NOSSO GENERAL


Conversando com dois anjos que desceram lá do céu Pelo Senhor, marchamos, sim,
Comecei a perguntar então, se comigo eles andavam Seu exército poderoso é,
Responderam: “Quase sempre sim, Sua glória será vista em toda terra.
só num momento te deixamos” Vamos cantar o canto da vitória,
E preocupado imaginei assim: Glória a Deus, vencemos a batalha,
“é quando entra o pecado em mim” Toda arma contra nós perecerá.
Os dois olharam em meus olhos,
O nosso general é Cristo,
responderam dizendo que não.
Seguimos os Seus passos,
Com um sorriso em seus lábios revelaram ao meu coração:
Nenhum inimigo nos resistirá.
“Se souberes receber Jesus, do seu peito surge uma luz.
Em volta desta luz vamos ficar todos os anjos a cantar: Com o Messias, marchamos, sim,
Glória, glória, glória!” Em Sua mão a chave da vitória
Nos leva a possuir a terra prometida.
DEIXA A LUZ DO CÉU ENTRAR
IDA
Tu anseias, eu bem sei, por salvação,
tens desejo de banir a escuridão. Quem é que vai?
Abre, pois, de par em par teu coração Quem é que vai?
e deixa a luz do céu entrar. Quem é que vai nesta barca de Jesus? Quem é que vai?
Deixa a luz do céu entrar. Abre bem as portas do teu Tem muita gente, esperando por você, a caminhar, esperando
coração. E deixa a luz do céu entrar. por você, todos cantando, esperando por você, juntos com
Jesus, esperando por você. E tem lugar, esperando por você,
Cristo, a luz do céu, em ti quer habitar,
para sentar, esperando por você, A barca está esperando por
para as trevas do pecado dissipar,
você, para partir, esperando por você.
Teu caminho e coração iluminar e deixa a luz do céu entrar.
Jesus está esperando por você, com um sorriso, esperando
Que alegria andar ao brilho dessa luz.
por você, a caminhar, esperando por você, com a multidão,
Vida eterna e paz no coração produz.
esperando por você, A sua mão, esperando por você, a
Oh! aceita agora o Salvador Jesus.
acenar, esperando por você chamando, vem, esperando por
E deixa a luz do céu entrar.
você, de coração, esperando por você.

A ALEGRIA
ESPÍRITO, ENCHE A MINHA VIDA

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Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 104

Espírito, enche a minha vida Se eu me perder pelo caminho, quem me dará a mão?
Enche-me com teu poder Foi Deus quem consagrou você e eu para sermos bons
Pois de ti eu quero ser amigos num só coração
Espírito, enche o meu ser Por isso eu estarei aqui, quando tudo parecer sem solução.
As minhas mãos eu quero levantar Peço a Deus que te guarde
Em teu louvor te adorar (Que te guarde, abençoe e mostre a Sua face)
Meu coração eu quero derramar E te dê sua paz.
Diante do teu altar. Amigos pra sempre, dois amigos que nasceram pela fé.
Amigos pra sempre, para sempre amigos sim, se Deus
DESDE O NASCER AO PÔR-DO-SOL quiser.
Desde o nascer ao pôr-do-sol
Seja louvado o nome do Senhor.
Desde o nascer ao pôr-do-sol
Seja louvado o nome do Senhor Jesus.
Proclamai a todos os povos
A salvação que ele nos trouxe
Rendei-lhes hinos de glória e louvor
A Jesus o Salvador.

O CHAMADO
O mundo está a sua frente com tanta coisa pra mudar
esperando pelo amor que só você pode lhe dar.
Não tenha medo de se abrir, não tenha medo de ajudar,
pois sua força não é daqui, ela não é desse lugar.
Bem lá no fundo do seu ser, essa sua força vem brilhar.
É o Espírito de Deus que vem sua vida conquistar.
Comece agora a viver toda lição que Ele ensinou e
mostre ao mundo sem temer o que o Pai já lhe mostrou
Seja a luz do mundo! É o Senhor a te chamar!
Sinta esse amor profundo! Ele quer te ver lutar!
Pois só no seu caminho, é que tudo vai mudar.
Basta seguir em frente e a Ele se entregar.
Você não vai estar sozinho, Ele te ajuda a caminhar.
Ensine ao mundo o seu caminho,
e mostre sempre o que é amar.
Então seus olhos vão se abrir, seu coração se iluminar
quando o mundo descobrir que Ele veio nos salvar.
Só o Espírito de Deus pode nos trazer a paz
Ele é a vida eterna, que só Jesus Cristo nos traz
Deixe-o então agir, e a verdade aparecer
Vem receber a vida eterna que Ele quer te oferecer.
Vem lutar por essa vida, por um mundo melhor,
seja o sal da terra inteira, em nome de Deus,
seja vida, seja luz do mundo e aceite essa missão,
pois Jesus vai estar contigo, dentro do seu coração.
pois Jesus vai estar contigo dentro do seu coração.

AMIGOS PELA FÉ
Quem me dará um ombro amigo quando eu precisar?
E se eu cair, se eu vacilar, quem vai me levantar?
Sou eu quem vai ouvir você
quando o mundo não puder te entender.
Foi Deus quem te escolheu pra ser
o melhor amigo que eu pudesse ter.
Amigos pra sempre, dois amigos que nasceram pela fé.
Amigos pra sempre, para sempre amigos sim, se Deus
quiser.
Quem é que vai me acolher na minha indecisão?

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Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 105

RESTAURAÇÃO Você não agazalhou


Deus vê o coração, sonda com a compaixão Pedi para não levantar falso testemunho,
E sabe o tamanho da sua dor. Você levantou.
Ele não pode pôr limites no Seu amor, A vida de muitos coitados... Você destruiu, Você arrasou
Pois sabe até onde vai todo pecador. Meu pai lhe deu inteligência, Para salvar vidas
Lágrimas são suor de almas que lutam só, Você não salvou
Só Deus pode entender o que lhe causa a dor. Em vez de curar os enfermos,
Pense no seu Senhor, recorra ao Seu amor, Armas nucleares você fabricou
E creia, Ele é fiel, justo é o Seu amor. Usando a sua capacidade,
Pare de se maltratar, não queiras aos outros culpar, Você destruiu, Você se condenou.
Diga por hoje não, por hoje eu não vou mais pecar. A sua ganância foi tanta...
Estenda a sua mão e abra o seu coração, Que a você mesmo, você exterminou
Volta pro seu Senhor e se abra a restauração. O avião que você inventou
Com Cristo você vai superar, todas as barreiras passar, Foi para levar a paz e a esperança
Todo o pecado vencer, um novo homem vai nascer. Não para matar seus irmãos
em para jogar bombas nas minhas crianças
O ÚLTIMO JULGAMENTO Foi você que causou esta guerra
Destruiu a terra dos seus ancestrais
Senta aqui neste banco, pertinho de mim.
Vamos conversar. Você é chamado de homem
Mais é o pior dos animais
Será que você tem coragem de olhar nos meus olhos
E me encarar Agora que está acabado para sempre
Vou ver se você é culpado ou inocente
Agora chegou a sua hora, Chegou sua vez,
Você vai pagar Você é um monstro covarde e profano
É um grão de areia frente ao oceano
Eu sou a própria verdade, Chegou a momento
Eu vou te julgar Seu ouro falou alto, Você tudo comprou
Pisou nos mandamentos, Que a lei santa ensinou
Pedi para você não matar, Nem pra roubar
Roubou e matou A mim você não compra com dinheiro seu
Eu sou Jesus Cristo o filho de Deus.
Pedi pra você agazalhar a quem tem frio

Paróquia Santa Rita de Cássia 105 Diocese de


Osasco/SP
Pastoral da Crisma - Comunidade Santo Antônio de Pádua -
Carapicuíba/SP 106

A Vida de Santo Antônio


Do nascimento à Ordem de Santo Agostinho:
Santo Antônio nasceu em Lisboa, Portugal, dia 13 de setembro de 1191, e morreu com 36 anos, dia 13 de junho de
1231, nas vizinhanças de Pádua, Itália. Por isso, é chamado Santo Antônio de Lisboa e Santo Antônio de Pádua, um dos santos
mais populares da Igreja, ‘o santo do mundo todo’ chamou Leão XIII.
Filho de Martinho de Bulhões e Teresa Taveira, de famílias ilustres, recebeu o nome de Fernando no batismo. Aos 15
anos, entrou no convento da Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, próximo à Lisboa. Aí ficou dois anos e pediu
para ser transferido para o mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, porque eram tantas as visitas de parentes e amigos, que
perturbavam sua paz. Lá fez filosofia e teologia e foi ordenado padre.

O Ingresso na Ordem dos Franciscanos:


Nesse mosteiro de Coimbra, se hospedaram os frades Franciscanos do convento de Santo Antônio dos Olivais, quando
viajavam para converter os muçulmanos em Marrocos, na África. Pouco tempo depois, os restos mortais desses frades,
martirizados em Marrocos, voltaram a Portugal, para o sepultamento desses heróis em Coimbra, onde morava o Rei de
Portugal. Nessa ocasião, ‘Santo Antônio’ sentiu grande desejo de evangelizar Marrocos e imitar os mártires. Por isso, no verão
de 1220, entrou para a Ordem dos Franciscanos, mudou seu nome para Antônio, que era o titular do convento franciscano dos
Olivais, e foi mandado para Marrocos
No início de novembro de 1220, Antônio desembarcou em Marrocos, mas terrível enfermidade o reteve na cama todo o
inverno e resolveram devolve-lo para Portugal. O navio de volta a Portugal foi levado pelos ventos para a Itália. Desembarcou
na Sicília e se dirigiu para Assis, onde se encontrou pela primeira vez com São Francisco. Então, participou de um Capítulo
Geral da Ordem, que começou a 20 de maio de 1221, em Assis.
Logo se revelou como excelente orador e pregador, em setembro de 1221, fazendo o sermão em Forli, na ordenação
sacerdotal de franciscanos e dominicanos. Surpreendeu o Provincial e todos ficaram maravilhados.
Por isso, o Provincial o encarregou da ação apostólica contra os hereges na região da Romanha. e no norte da Itália,
quando se tornou extraordinário pregador popular. Em Rimini, os hereges impediam o povo de ir aos seus sermões. Então, foi
à costa do Adriático e começou pregar aos peixes, que acorreram em multidão, mostrando a cabeça fora da água. Este milagre
invadiu a cidade com entusiasmo e os hereges ficaram envergonhados.
Após alguns anos de frade itinerante, foi nomeado, por carta, por São Francisco, o primeiro ‘Leitor de Teologia’ da
Ordem. Mas, este magistério de teologia para os franciscanos de Bolonha demorou pouco porque o Papa mobilizou todos os
pregadores dominicanos e franciscanos para combater a heresia albigense na França.
Por isso, passou três anos, lecionando, pregando e fazendo milagres no sul da França – Montpellier, Toulouse, Lê Puy,
Bourges, Arles e Limoges. Como ocupava o cargo de custódio do convento de Limoges, foi para Assis participar do Capítulo
Geral da Ordem, convocado por Frei Elias, a 30 de maio de 1227. Nesse Capítulo foi eleito Provincial da Romanha, cargo que
ocupou com êxito até 1230. Em 1229, foi morar com os seus irmãos franciscanos, perto de Pádua, no convento de Arcella, em
Camposampiero.

A Morte de Santo Antonio:


Nesse lugar retirado, a pedido do Cardeal de Óstia, dedicou-se a escrever os sermões das festas dos grandes santos e de
todos os domingos do ano. Mas sempre saia para pregações, por exemplo, durante a Quaresma, até morrer, por uma hidropisia
maligna, na sexta-feira, de 13 de junho de 11231.
Foi tanta a repercussão de sua morte e tantos os milagres, que, onze meses após sua morte, foi canonizado pelo Papa
Gregório IX. Em 1263, quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta e continua intacta até hoje, numa redoma de
vidro, na Basílica de Santo Antônio, em Pádua, onde estão seus restos mortais.
Mais tarde, em 1934, foi declarado Padroeiro de Portugal. E em 1946, o Papa Pio XII proclamou Santo Antônio
‘Doutor da Igreja’, com o título de ‘Doutor Evangélico’. Santo Antônio não perdeu sua atualidade e é invocado pelo povo
cristão, até hoje, para curar doença, achar coisa perdida e ajudar no casamento.

Os Milagres
Santo Antônio é sem dúvida o “Santo dos Milagres” e, de todos, aquele que mais merece esse epíteto no mundo cristão.
A sua taumaturgia iniciada em vida com uma pluralidade de milagres que lhe valeram a canonização em menos de um
ano, é, na história da Igreja, a mais vasta e variada.
De Santo “casadoiro” a “restituidor do desaparecido”, passando por “livrador” das tentações demoníacas, a Santo
Antônio tudo se pede não como intercessor mas como autoridade celestial. No entanto, cingir-nos-emos a milagres operados
em vida como paradigmáticos dessa taumaturgia: Santo Antônio a pregar aos peixes, livrando o pai da forca e a aparição do
Menino Jesus em casa do conde Tiso.
- Santo Antonio prega aos peixes. Reza a lenda que estando a pregar aos hereges em Rimini, estes não o quiseram
escutar e viraram-lhe as costas. Sem desanimar, Santo Antônio vai até à beira da água, onde o rio conflui com o mar, e chama
os peixes a escutá-lo, já que os homens não o querem ouvir. Dá-se então o milagre: multidões de peixes aproximam-se com a
cabeça fora de água em atitude de escuta. Os hereges ficaram tão impressionados que logo se converteram. Este milagre

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encontra-se citado por diversos autores, tendo sido mesmo objeto de um sermão do Padre Antônio Vieira que é considerado
uma das obras-primas da literatura portuguesa.
- Santo Antônio livra o pai da forca. Tinha havido um crime de morte em Portugal, onde nascera Santo Antônio.
Todas as suspeitas do crime recaíam sobre o pai do santo.
Chegou o dia do julgamento. Os juízes estavam reunidos para proferir a sentença condenatória. Assentado ali no banco
dos réus, seu pai não podia se defender.
Nesse momento Santo Antônio estava fazendo um sermão numa igreja da Itália. Conta-se que, em dado instante, ele
interrompeu o sermão e ficou imóvel, como se estivesse dormindo em pé. Durante esse mesmo tempo foi visto na sala do júri,
em Portugal, conversando com os juizes. Entre outras coisas, disse-Ihes o santo: Por que tanta precipitação? Posso provar a
inocência do meu pai. Venham comigo até o cemitério.
Aceitaram o convite. Frei Antônio mandou abrir a cova do homem assassinado e perguntou ao defunto: "Meu irmão,
diga perante todos, se foi meu pai quem matou você".
Para espanto dos juízes e de todos que ali estavam, o defunto abriu a boca e disse devagar, como se estivesse medindo as
palavras:
"Não foi Martinho de Bulhões quem me matou". E tornou a calar-se. Estava provada de maneira milagrosa a inocência
do seu pai. Mais uma vez a verdade triunfou sobre a mentira e a calúnia.
Operou-se aí dois fatos milagrosos, a bilocação, ou ato de uma pessoa estar (por milagre) em dois locais ao mesmo
tempo, e o poder de reanimar os mortos.
- Com o Menino Jesus nos braços: Outro milagre, também reportado na crônica do Santo, ocorre já no fim da sua vida
e foi contado pelo conde Tiso aos confrades de Santo Antônio após sua morte. Estando o Santo em casa do conde Tiso, em
Camposampiero, recolhido num quarto em oração, o conde, curioso, espreita pelas frinchas de uma porta a atitude de Frei
Antônio; depara-se então uma cena miraculosa: a Virgem Maria entrega o Menino Jesus nos braços de Santo Antônio. O
menino tendo os bracinhos enlaçados ao redor do pescoço do frade conversava com ele amigavelmente, arrebatando-o em doce
contemplação. Sentindo-se observado, faz conde Tiso jurar que só contaria o visto após a sua morte.
São estes os três mais famosos milagres de Santo Antônio, embora muitos mais pudessem ser referidos. Nas “Florinhas
de Santo Antônio” ou no “Tratado dos Milagres” é relatado um milagre praticamente para cada dia do ano, o que reafirma o
seu caráter taumaturgo.
Sua língua, que tanto pregara a palavra divina, foi preservada da corrupção e até hoje é venerada num relicário, em
Pádua. Foi cognominado o "Doutor Evangélico".

Devoções a Santo Antonio


É invocado como protetor de coisas perdidas, porque em Montpellier, na França, onde lecionava e pregava, um noviço
franciscano saiu do convento e roubou seus comentários escritos sobre os salmos. Ele rezou para que o ladrão lhe devolvesse a
preciosa obra. Arrependido, o ladrão voltou e lhe devolveu o livro manuscrito. Daí o fato de ser invocado para encontrar coisas
perdidas.
Também, na França, uma senhora de Toulouse, por ter alcançado uma grande graça, por intercessão de Santo Antônio,
resolveu levar pães à igreja, para que fossem abençoados e distribuídos aos pobres. Daí vem a tradição de se abençoar os pães
de Santo Antônio, no dia 13 de junho, para se crescer no amor para com os pobres e para se buscar a restituição da saúde a
muitos de nossos doentes.
A devoção a Santo Antônio teve desenvolvimento popular surpreendente. O folclore brasileiro e italiano é rico em
alusões ao poder milagroso do santo para casamento e para encontrar coisa perdida.
O fato é que Santo Antônio não decepciona nunca seus devotos.

Curiosidades
- Conta-se que seu pai, Martinho, gostava de ir a uma fazenda que possuía nos arredores de Lisboa. Um dia, levou o
filho com ele. Ocorre que insaciáveis bandos de pássaros desciam continuamente para bicar os grãos de trigo. Era necessário
espantá-los para impedir grave dano à colheita. Martinho encarregou o garoto de manter longe os pequenos ladrões.
O pai se foi e Fernando permaneceu correndo de cá para lá no campo. Em pouco tempo começou a se aborrecer com
aquela ocupação. Não muito longe, uma capelinha rústica o convidava à oração. Mas o pai o mandava enxotar os passarinhos,
não podia desobedecer.
Gritou, então aos pássaros, convidando-os a segui-lo para dentro de uma sala da fazenda. Obedientes os pássaros
entraram. Quando todos estavam dentro, Fernando fechou as janelas e as portas, e foi tranqüilamente fazer sua visita ao
Senhor.
Retornando o pai veio procurá-lo. Andou pelo campo, chamando-o cá e lá, mas não encontrou ninguém. Preocupado,
dirigiu-se à capela e o descobriu, todo absorto na prece. Fernando tomou o pai pelas mãos e o conduziu ao salão repleto dos
vôos e dos cantos dos graciosos prisioneiros. Abriu a porta e, a um sinal seu, os pássaros, em bando, retomaram os livres
caminhos do espaço.

- Outra história muito conhecida é a provável responsável pela associação de Santo Antônio com a descoberta de
pessoas e objetos desaparecidos. Conta-se que, um dia, o frei descobriu que um noviço havia fugido do mosteiro e levado com

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Carapicuíba/SP 108

ele seus comentários sobre o Livro dos Salmos. Ele, então, rezou para o retorno de ambos. Em pouco tempo, o jovem
arrependido voltou para a vida religiosa, acompanhado, é claro, dos manuscritos.
Bibliografia

Esta apostila foi elaborada por Ricardo Fernandes Breda, coordenador comunitário da Crisma no ano de
2004 e seu conteúdo foi desenvolvido através de estudos e pesquisas realizados nos seguintes meios:
- Catecismo da Igreja Católica (CIC)– Edição Típica Vaticana – Edições Loyola
- Catecumenato Crismal – “Gente em busca de algo Mais” – Pe. Lúcio Zorzi – Edições Paulinas – 2000.
- Encontros de Catequese nas Comunidades – “Preparação para a Crisma” – Coordenação de Catequese
Diocese de Lins – SP – Edições Paulinas – 1988.
- Crisma – Sacramento do desafio – Frei Bernardo Cansi – Edições Paulina – 10ª edição – 1990.
- Livro da Crisma – Confirmados e Comprometidos – Centro catequético Diocesano – Diocese de Osasco
– Paulus – 2ª edição – 1997.
- Jesus, um projeto de vida – Jesus Guergué Sch. P. – Edições paulinas – 1988.
- A Fé Explicada – Pe. Leo J. Treze – Editora Quadrante – 6ª edição – 1995.
- Bíblia Sagrada – Edição Claretiana - Editora Ave-Maria – 1998.
- Diversos Sites Católicos.
As Músicas foram extraídas do livreto Louvemos o Senhor de várias edições e de contra-capas de alguns
CD’s.
O texto do tema Vocação foi extraído do Texto: Sementes de esperança de César Augusto Worst,
seminarista da Diocese de Novo Hamburgo e aluno de Teologia em Navarra.

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Osasco/SP

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