Manual de Tgi-Ccsa

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Centro de Ciências Sociais e Aplicadas

MANUAL DE TGI

São Paulo
2º semestre de 2010
ii

U58 Universidade Presbiteriana Mackenzie. Centro de Ciências Sociais e Aplicadas.


Manual de TGI: exemplar do professor / Universidade Presbiteriana
Mackenzie. Coordenação de TGI; elaborado pelos professores do CCSA- ed.
rev. e atual. -- São Paulo, 2010, 1. ed.
105 p. : il.; 23 cm.
Bibliografia: p.
1. Trabalhos Acadêmicos - Normatização. 2. Metodologia Científica. I.
Título
CDD 001.42
iii

Apresentação
No encerramento de um dos ciclos acadêmicos, o da graduação, o aluno de
Administração e de Ciências Contábeis é colocado em face de uma nova realidade e desafio
que o levam a problematizar, elaborar, criar e sistematizar uma proposta, provocada por um
tema, que dará origem a um trabalho de conclusão de curso.
O CCSA, por meio de sua Coordenadoria de TGI, tem traçado diretrizes para
alavancar áreas de fronteiras para o desenvolvimento da ciência. Os investimentos têm sido
direcionados para a capacitação de professores-pesquisadores, investimentos em infra-
estrutura, biblioteca e a normatização dos Trabalhos de Graduação Interdisciplinares – TGI,
por meio deste Manual do TGI.
É meta do CCSA conquistar um espaço no meio acadêmico-científico nessas áreas
do conhecimento e, para isso, torna-se necessário motivar alunos e professores para esta nova
cultura, desenvolvendo as suas habilidades científicas.
O Manual de TGI, em sua 5ª revisão, foi organizado para oferecer aos professores e
alunos, orientações essenciais para garantir a qualidade do trabalho e informações úteis para
atingir os padrões esperados pelo CCSA. Além disso, apresenta orientações de como se
elaborar um TGI tendo como parâmetros as Normas da ABNT.
O Manual está organizado em duas partes: a primeira é dedicada à elaboração do
projeto de pesquisa que é o produto final da disciplina TGI I e a segunda parte para a
elaboração do relatório final da pesquisa que é o produto de TGI II. Por conta de terem que
ser produzidos relatórios, as orientações serão apresentadas em três componentes, em cada
uma dessas partes:

 elementos pré-textuais com seus respectivos modelos;


 elementos textuais, que contêm a pesquisa propriamente dita, e
 elementos pós-textuais, com explicações e exemplos diversificados.

Os trabalhos de TGI são realizados em grupo com o objetivo de possibilitar ao aluno


compartilhar conhecimentos teóricos e práticos, produzir uma pesquisa mais robusta do que
faria se estivesse só, visando a tornar os trabalhos publicáveis em revistas científicas das áreas
de Administração e de Ciências Contábeis, tanto quanto participar de eventos científicos.

Outra expectativa é de que a elaboração dos trabalhos dos TGIs possa despertar
futuras vocações e talentos para a pesquisa, que se constitui uma importante contribuição ao
desenvolvimento da empresa nacional e ao país.
Bom trabalho a todos e sucesso na obtenção de resultados e aprendizados com as pesquisas!
iv

Agradecimento aos colaboradores deste Manual

Sem a colaboração, disponibilidade e dedicação de inúmeros professores


comprometidos com a qualidade da formação dos alunos de Administração e Ciências
Contábeis do Mackenzie, este Manual, com certeza, não estaria sendo ampliado e melhorado
a sua qualidade.

Agradecemos aos professores que participaram do IV Seminário de Metodologia, em


agosto de 2003, agosto de 2004 e agosto de 2005, que contribuíram para a revisão e melhoria
da qualidade do Manual de TGI, bem como aqueles que apresentaram desde então sugestões
de melhoria, com destaque para os abaixo mencionados:

Arilda Schmidt Godoy


Clóvis Cerretto Pinto
Darcy Mitiko Mori Hanashiro
Gilberto Perez
José Carlos Thomaz
Maria Campos Lage
Maria Thereza Pompa Antunes
Moises Ari Zilber
Reynaldo Cavalheiro Marcondes
Rodrigo Augusto Prando
Vânia Maria Jorge Nassif

Revisado pelo prof. José Albertoni de Pinho.

São Paulo, agosto de 2010

A Direção do CCSA
v

SUMÁRIO

1. LINHAS DE PESQUISA DO CCSA .................................................................................. 8


2. REDAÇÃO ............................................................................................................................ 9
2.1. Trabalho de Graduação Interdisciplinar ....................................................................................10
3. ESTRUTURA GERAL DO TGI ....................................................................................... 10
4. TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTERDISCIPLINAR I........................................... 11
5. ELABORAÇÃO DO TGI I................................................................................................ 11
6. ELEMENTOS DE APOIO ................................................................................................ 12
6.1. Tabelas (NBR 14724/dez/2005) ....................................................................................................12
6.1. Tabelas (NBR 14724/dez/2005) ....................................................................................................13
6.2. Quadros (NBR 14724/DEZ/2005) ................................................................................................13
6.3. Figuras (NBR 14724/DEZ/2005) ..................................................................................................14
6.4. Citações (NBR –10520 AGO 2002) ..............................................................................................15
6.5. Errata (NBR 14724/DEZ/2005) ....................................................................................................16
7. ESTRUTURA DO RELATÓRIO DE TGI I.................................................................... 17
7.1. Elementos Pré-Textuais do TGI I ................................................................................................18
7.1.1. Modelo de Capa do TGI I (NBR 14724/DEZ/2005) ................................................................................... 19
7.1.2. Modelo de Folha de Rosto de TGI I (NBR 14724/DEZ/2005) .................................................................... 20
7.1.3. Ficha de Avaliação - TGI- I ......................................................................................................................... 21
7.1.4. Sumário (NBR 14724/DEZ/2005 e 6027/maio/2003) ................................................................................. 22
7.1.4. Sumário (NBR 14724/DEZ/2005 e 6027/maio/2003) ................................................................................. 23
7.1.5. Listas (NBR 14724/DEZ/2005) ................................................................................................................... 24
7.2. Elementos Textuais do TGI I .......................................................................................................25
7.2.1. Introdução (NBR 14724/DEZ/2005) ........................................................................................................... 25
7.2.1. Introdução (NBR 14724/DEZ/2005) ........................................................................................................... 26
7.2.1.1. Justificativas ............................................................................................................................................. 26
7.2.1.2. Problema de Pesquisa ............................................................................................................................... 27
7.2.1.3. Objetivos – Geral e Específicos ................................................................................................................ 28
7.2.2. Referencial Teórico (NBR 14724/dez/2005) ............................................................................................... 29
7.2.3. Procedimentos Metodológicos .................................................................................................................... 30
7.2.3.1. Tipo da Pesquisa ....................................................................................................................................... 30
7.2.3.2. Método e Técnicas da Pesquisa ................................................................................................................ 32
7.2.3.2.1. Método e Técnicas Qualitativas............................................................................................................. 33
7.2.3.2.2. Método e Técnicas Quantitativos .......................................................................................................... 35
7.2.3.2.3. Diferenças entre Técnicas Qualitativas e Quantitativas ......................................................................... 38
7.2.3.2.4. Estudo de Caso ...................................................................................................................................... 38
7.2.3.3. Plano Amostral ......................................................................................................................................... 39
7.2.3.4. Instrumento de Coleta de Dados ............................................................................................................... 41
7.3. Elementos Pós-Textuais – TGI I ..................................................................................................44
7.3.1 Referências Bibliográficas - NBR 6023/AGO/2002.................................................................................... 45
7.3.2. Apêndices NBR 14724/DEZ/2005 .............................................................................................................. 45
7.3.3. Anexos NBR 14724/DEZ/2005 ................................................................................................................... 45
7.3.4. Cronograma de Atividades do TGI I ........................................................................................................... 46
8. TGI II – TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTERDISCIPLINAR II.......................... 47
8.1 Estrutura do TGI II ...........................................................................................................................47
vi

8.2. Cronograma de Atividades do TGI II .............................................................................................49


8.3. Elementos Pré-Textuais do TGI II ..............................................................................................50
8.3.1. Modelo de Capa do TGI II NBR 14724/DEZ/2005. ................................................................................... 51
8.3.2. Modelo de Folha de Rosto do TGI II NBR 14724/DEZ/2005 .................................................................... 52
8.3.3. Ficha de Avaliação - TGI- II ....................................................................................................................... 53
8.3.4. Resumo e Abstract NBR 14724/DEZ/2005 ................................................................................................. 55
9. ELEMENTOS TEXTUAIS - TGI II................................................................................. 56
9.1. Introdução (NBR 14724/dez/2005 e NBR 6024/89) ....................................................................57
9.2. Referencial Teórico (NBR 14724/dez/2005) ................................................................................57
9.3. Procedimentos Metodológicos ......................................................................................................57
9.3.1. Instrumento de Coleta dos Dados ................................................................................................................ 58
9.3.2. Tratamento dos Dados ................................................................................................................................. 58
9.3.2.1. Qualitativos .............................................................................................................................................. 58
9.3.2.1.1. Análise de Conteúdo .............................................................................................................................. 58
9.3.2.2. Quantitativos ............................................................................................................................................ 60
9.3.2.2.1. Análise de Regressão Linear ................................................................................................................. 61
9.3.2.2.2. Análise Fatorial ..................................................................................................................................... 61
9.3.2.2.3. Resumo das principais técnicas quantitativas ........................................................................................ 62
9.4. Análise dos Dados ou Resultados - NBR 14724/DEZ/2005 ........................................................63
9.5. Limitações do Estudo ....................................................................................................................63
9.6. Conclusões (NBR 14724/DEZ/2005) ...........................................................................................64
9.7. Recomendações ..............................................................................................................................64
10. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS - TGI II ................................................................... 65
10.1. Referências Bibliográficas (NBR 6023/agosto/2002) ...............................................................65
10.1. Referências Bibliográficas (NBR 6023/agosto/2002) ...............................................................66
10.2. Apêndices (NBR 14724/DEZ/2005) ............................................................................................66
10.3. Anexos (NBR 14724/DEZ/2005) ..............................................................................................66
11. REGRAS PARA AS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................... 67
12. COMO O TRABALHO DEVE SER DIGITADO (NBR 14724/DEZ/2005) ............... 72
13. ORIENTAÇÃO DO TRABALHO DE TGI .................................................................. 73
13.1. Papel do Orientador ....................................................................................................................74
13.2. Defesa do TGI II ..........................................................................................................................74
13.3. Procedimentos na Banca de Defesa ...........................................................................................76
13.4. Papel dos Alunos .........................................................................................................................76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DO MANUAL DE TGI ........................................ 77
INDICAÇÕES DE LEITURAS PARA ELABORAÇÃO DO TGI ................................... 78
FRAUDES NA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS ............................. 79
vii

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Áreas de conhecimento e temas de pesquisa do CCSA................................. 8


Quadro 2 – Definição de Problema de Pesquisa .............................................................. 27
Quadro 3 – Classificação dos Tipos de Pesquisa ............................................................ 31
Quadro 4 - Tipos de Variáveis ......................................................................................... 36
Quadro 5 – Diferenças entre pesquisas qualitativas e quantitativas................................. 38
Quadro 6 - Definição dos elementos do Plano Amostral................................................. 40
Quadro 7 – Instrumentos de Coleta de Dados e suas características ............................... 42
Quadro 8 - Técnicas quantitativas e recomendações de uso 65

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fluxo do TGI I e TGI II ...... .......................................................................... 10


Figura 2 – Esquema para elaboração do TGI I ................................................................ 11
Figura 3 – Estrutura do Relatório do TGI I ..................................................................... 17
Figura 4- Representação gráfica do problema de pesquisa.............................................. 28
Figura 5 - Formatos utilizados na entrevista.................................................................... 35
Figura 6 – Estrutura do TGI II ......................................................................................... 47
Figura 7 – Etapas da análise de conteúdo......................................................................... 62
Figura 8 - Esquema completo de uma Análise de Conteúdo............................................ 63
8

1. LINHAS DE PESQUISA DO CCSA

Estão definidas para os cursos do CCSA quatro linhas básicas de pesquisa, às quais
devem estar ligados todos os projetos de pesquisa, sejam dos professores, de Iniciação
Científica, bem como os Trabalhos Interdisciplinares de Graduação.
Foram estabelecidas pelo Documento Informativo da Reitoria 50/2003, nos termos da
Ordem Interna 30/2003 para o CCSA conforme segue:

Desenvolvimento socioeconômico
Finanças corporativas e públicas
Gestão de organizações e empreendedorismo
Economia e negócios internacionais

Para facilitar a escolha de temas pelos alunos, foram feitos desdobramentos


dessas linhas em forma de áreas do conhecimento para se chegar a temas mais
específicos e de escopo viável de se tornar objeto de pesquisas. O quadro 1 apresenta
as áreas de conhecimento e temas de pesquisa do CCSA.

Quadro 1 – Áreas de conhecimento e temas de pesquisa do CCSA


Área de Conhecimento Temas de Pesquisa
MARKETING
GESTÃO CONTÁBIL-FINANCEIRA
GESTÃO DE OPERAÇÕES
ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS e Os temas de pesquisa são oferecidos pelos professores
ADMINISTRAÇÃO GERAL com base na temática dos núcleos de pesquisa do
NEGÓCIOS INTERNACIONAIS CCSA e informados semestralmente no site, pela
ENSINO E PESQUISA EM coordenação de TGI
ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
EMPREENDEDORISMO
GESTÃO DE PESSOAS

Este quadro tem o objetivo de facilitar aos alunos a escolha do tema a ser pesquisado.
9

2. REDAÇÃO

Ao elaborar a redação do texto, algumas observações se fazem necessárias. Em


primeiro lugar, a Redação deve ser escrita na 3ª pessoa do singular e com o sujeito
indeterminado, devendo esta regra ser mantida até o final do texto.

TGI I TGI II
Por se tratar de PROJETO DE PESQUISA, o Por se tratar de RELATÓRIO FINAL DE
tempo do verbo deve vir no futuro PESQUISA, o tempo do verbo deve vir no passado.

Em ambos os trabalhos, a linguagem deve ser científica, com vocabulário comum,


claro e preciso, servindo-se de veículo de transmissão de informações e de conhecimento. A
linguagem enquanto instrumento de comunicação pode desempenhar distintas funções.

Salvador (1970) classifica as funções principais da linguagem-comunicação:

Função O que é
Expressiva Adequada à comunicação ou expressão de emoções, sentimentos
ou vivências psicológicas.
Persuasiva Adequada ao discurso (retórico) que pretende atuar sobre a
vontade para dirigir a conduta dos homens, como na propaganda.
Informativa Adequada à transmissão de conhecimento e informações.

Com respeito às formas de expressão, a linguagem pode revestir-se de caráter:

Tipo O que é
Coloquial Próprio da linguagem comum.
Literário Enquanto tem em vista objetivos estéticos
Técnico Característico da linguagem científica

As frases não devem ter períodos longos, ou seja, não mais que duas orações por
período composto, para não tornar a leitura maçante. É interessante que as informações sejam
transmitidas pausadamente, para evitar interpretações inadequadas; além de facilitar a leitura,
ajuda o leitor a fixar conceitos e acompanhar o desenvolvimento do texto.
10

2.1. Trabalho de Graduação Interdisciplinar

É uma atividade obrigatória dos currículos dos Cursos de Administração e de


Ciências Contábeis do CCSA, regulamentada de acordo com o Ato da Reitoria n. 12/01.

O Trabalho de Graduação Interdisciplinar, identificado daqui em diante por


TGI, é um trabalho de conclusão de curso (TCC) concretizado por uma pesquisa científica
que trata de tema específico, não necessariamente novo ou inédito, mas que revele leitura,
reflexão e interpretação sobre um assunto relacionado com a Administração ou as Ciências
Contábeis, resultante de uma construção intelectual e raciocínio crítico que constitui a
culminância da sua formação na graduação.

O TGI é um trabalho realizado durante as disciplinas TGI I e TGI II, demandando dois (2)
semestres letivos. A figura 1 que aparece no início do próximo item (seção 3 deste manual)
apresenta as atividades a serem desenvolvidas em cada uma das etapas.

3. ESTRUTURA GERAL DO TGI


O TGI I é base para a
Construção do TGI II.
REFERENCIAL
TEÓRICO
INTRODUÇÃO  Levantamento e análise da
•Tema e Justificativa literatura disponível sobre as
variáveis em estudo
•Lacuna do
conhecimento PROCEDIMENTOS
•Definição do Problema METODOLÓGICOS
Objetivos

TGI I
--------------------------------------------------------------------------------------------------------

TGI II Pesquisa de
campo
DEFESA
ORAL
Tratamento
CONCLUSÕES e Análise
dos
Revisão Geral do
Resultados
Texto

O TGI II é o relatório final e deve


Figura 1 – Fluxo do TGI I e TGI II contemplar todas as partes de
acordo com o roteiro
11

4. TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTERDISCIPLINAR I


Nesta primeira etapa, ou seja, no TGI I, os alunos desenvolvem, em grupo, sob a
orientação de um professor, um projeto de pesquisa que deve ser apresentado em forma de
um Relatório. Tem por objetivo estabelecer os rumos que irão direcionar o desenvolvimento
da pesquisa a ser aplicada na disciplina de TGI II.

O Projeto de Pesquisa desenvolvido em TGI I transcende a um trabalho conclusivo de


uma disciplina, pois a qualidade e o sucesso de um bom trabalho final depende,
essencialmente, de um bom projeto. Assim, necessita ter como meta o desenvolvimento de
um documento técnico-científico para sustentar uma pesquisa empírica de qualidade.

O relatório que conterá o projeto de pesquisa deverá obedecer a uma estrutura básica
proposta por este Manual de maneira a facilitar a sua elaboração, dado o fato de que um
projeto de pesquisa que atenda à qualidade científica mínima exigida pelo CCSA, demanda
profundidade e precisão metodológica.

5. ELABORAÇÃO DO TGI I

Segue abaixo (figura 2) um esquema orientador para elaborar o projeto de pesquisa.


É o fluxo para o desenvolvimento do TGI I.

Delimitação da Área/ Problema de Pesquisa


Tema de Pesquisa VI VD

Objetivos:
Referencial
Geral e
Teórico
Específicos

Procedimentos
Metodológicos

Figura 2 – Esquema para elaboração do TGI-I


12

6. ELEMENTOS DE APOIO

 TABELA

 QUADRO

 FIGURA

 CITAÇÕES

 ABREVIATURAS

 ERRATA
13

6.1. Tabelas (NBR 14724/dez/2005)


São elementos demonstrativos de síntese. O objetivo da tabela é apresentar dados
numéricos e valores comparativos tratados estatisticamente ou não, tornando-os mais
compreensíveis para o leitor. As tabelas apresentam informações tratadas estatisticamente.
Em sua apresentação:
 tem numeração independente e consecutiva;
 o título é colocado na parte superior, precedido da palavra Tabela e de seu número
de ordem em algarismos arábicos;
 as fontes citadas, na construção de tabelas, e notas eventuais aparecem no rodapé
após o fio de fechamento;
 caso sejam utilizadas tabelas reproduzidas de outros documentos, a prévia
autorização do autor se faz necessária, não sendo mencionada na mesma;
 devem ser inseridas o mais próximo possível do trecho a que se referem;
 se a tabela não couber em uma folha, deve ser continuada na folha seguinte e,
nesse caso, não é delimitada por traço horizontal na parte inferior, sendo o título e
o cabeçalho repetidos na folha seguinte;
 nas tabelas utilizam-se fios horizontais e verticais para separar os títulos das
colunas no cabeçalho e fechá-las na parte inferior, evitando- se fios verticais para
separar as colunas e fios horizontais para separar as linhas.

Exemplo:
Tabela 1 – Motivos da Preferência pela Loja ao Comprar Perfumes

MOTIVOS DA PREFERÊNCIA F %
Melhor preço 85 36,7
Melhor forma de pagamento 74 32,1
Atendimento 44 19,1
Ser cliente antigo 21 9,1
Melhor preço a vista 5 2,1
Não tem burocracia 2 0,9
Total 231 100
Fonte: sobrenome do autor (tudo maiúsculo), ano, p.
Legenda: F= freqüência

6.2. Quadros (NBR 14724/DEZ/2005)


Os quadros contêm informações textuais agrupadas em coluna. Apresentações, logo
após serem citadas, facilitam a informação para o leitor.
Possuem numeração independente e consecutiva e o título deve ser colocado na parte
superior precedido da palavra Quadro, seguido de seu número de ordem em algarismos
arábicos. Utilizam-se fios horizontais para separar os títulos das colunas no cabeçalho e fechar
o quadro no pé. Evitam-se fios verticais para separar as colunas.
Se o quadro não couber em uma folha, deve ser continuado na folha seguinte e, nesse
caso, não é delimitado por traço horizontal na parte inferior, sendo o cabeçalho repetido na
folha seguinte; neste caso os cabeçalhos devem ser acompanhados da palavra:

continua – no final da tabela ou continuação- no início da outra página.


14

Exemplo:
Quadro 1 – Táticas do Estudo de Caso
TESTES TÁTICA DO ESTUDO FASES DA PESQUISA
utiliza fontes múltiplas Coleta de dados
Validade do construto estabelece encadeamento Coleta de dados
rascunho do relatório Composição
revisão por informantes
adequação ao padrão Análise de dados
Validade interna construção da explanação Análise de dados
análise de séries temporais Análise de dados
Validade externa utiliza lógica de replicação em estudo Projeto de pesquisa
de casos múltiplos
Fonte: Yin (2001, p. 20)

6.3. Figuras (NBR 14724/DEZ/2005)

As figuras ilustram e complementam o texto devendo ser inseridas o mais próximo


possível do trecho onde são mencionadas. São considerados como ilustrações, gráficos,
diagramas, desenhos, fotografias, mapas, fluxogramas, esquemas, etc. Qualquer que seja seu
tipo, a palavra Figura aparece na parte inferior, seguida de seu número de ordem de
ocorrência no texto em algarismos arábicos e do respectivo título e/ou legenda explicativa.
Se o material reproduzido fizer parte de outro documento, será necessária a prévia
autorização do autor (quando houver direito autoral registrado), indicação e fonte.

Exemplo:

Figura 1 - O Difícil Equilíbrio


Fonte: sobrenome do autor (ano, p.)

OBS.: Quando for necessário, utilizar legenda nas tabelas, quadros ou ilustrações, ela deve ser
breve, clara, dispensando consulta ao texto.
15

6.4. Citações (NBR –10520 AGO 2002)


Citação é a menção de uma informação extraída de outra fonte. Constitui plágio e
falsidade intelectual1 a apropriação de idéias de outras pessoas sem a indicação do autor e da
fonte onde foi consultada. Podem ser:
 diretas – quando nelas se transcrevem fielmente as palavras textuais de outrem;
 indiretas – texto baseado na obra do autor consultado;
 citação da citação – citação direta ou indireta de um texto em que não se teve
acesso ao original.
Em qualquer um dos casos acima, é indispensável mencionar os dados necessários à
identificação da fonte da citação. Estes dados devem aparecer no texto, na forma:
 sobrenome do autor,
 ano de publicação,
 e quando for citação direta, indicação da página de onde o texto foi copiado.

EXEMPLOS:

CITAÇÃO INDIRETA

Nome do autor como parte do texto - (apenas a primeira letra do sobrenome do autor é
maiúscula)

Para Marras (2002), o perfil esperado e tido como ideal pela grande maioria das
empresas...

Nota: Se forem dois ou três autores, os nomes devem ser separados pela letra “e”. Mais que
três autores, usar et al. Exemplos: Juarez e Ferraz (2007), Marconi et al. (1998).

Nome do autor fora do texto – (entre parêntesis, totalmente em maiúsculo)

O perfil esperado e tido como ideal pela grande maioria das empresas... (MARRAS,
2002).

Nota: Se forem dois ou três autores, os nomes devem ser separados por ponto e vírgula. Mais
que três autores, usar et al. Exemplos: (JUAREZ; FERRAZ, 2007), (MARCONI et al., 1998).

CITAÇÃO DIRETA (textual)

 É a transcrição literal de um texto ou parte dele, devendo ser copiada da maneira como
está no original, confirmando-se a grafia, pontuação, uso de maiúsculas e idioma.

1
Mais informações sobre plágio e falsidade intelectual estão disponíveis na seção: FRAUDES NA
ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS.
16

Citações com até três linhas:

Segundo Robbins (2001, p. 372) “Os líderes não podem ser líderes sem seguidores.
Surpreendentemente, essa verdade evidente foi ignorada a até bem pouco tempo. Portanto é
preciso considerar o papel dos seguidores”.

“As informações contidas em um relatório de Capital Intelectual são relevantes tanto


para os usuários internos quanto para os usuários externos da Contabilidade” (ANTUNES,
2000, p.124).

Citações com mais de três linhas:

Quando a citação tiver mais de três linhas, recuar 4 cm da margem esquerda, reduzir a fonte
para tamanho 10, usar espaçamento simples, sem aspas.

Aí, então, ele faria uma lista ou “chapa” única dos candidatos.
4 cm Se fosse longa demais, ela seria diminuída pelas pessoas
competentes (como seu chefe). Por último, a chapa lhe seria
entregue e você teria o direito de entrevistar (somente) aquelas
pessoas e escolher uma (KOTTER, 1992, p.107).

A cultura organizacional e as capacidades derivadas do modo de gerenciamento das


pessoas estão, comparativamente, mais vitais. Segundo Ulrich (1998, p. 214):

4 cm Quando as promessas estratégicas se convertem em ações


cotidianas,as capacidades da organização precisam ser
redefinidas a fim de sustentar e integrar as competências
individuais

Nota: quanto ao número de autores, valem as mesmas regras usadas para as citações indiretas.

6.5. Errata (NBR 14724/DEZ/2005)

Elemento opcional que consiste em uma lista das folhas e linhas em que ocorrem
erros seguidos das devidas correções. Apresenta-se quase sempre em papel avulso ou papel
encartado, acrescido ao trabalho depois de impresso.

Exemplo de ERRATA

Folha Linha Onde se lê Leia-se


32 3 publicacao publicação
47 7 menor valor maior valor
76 4 Abrel Abreu
17

7. ESTRUTURA DO RELATÓRIO DE TGI I

O fluxograma da figura 2 deve resultar em um relatório composto pelas seguintes


partes, apresentadas na figura 3 abaixo.

Endereço, telefone e e-mail


dos alunos

Anexos Elementos Pós-Textuais


Apêndice

Referências Bibliográficas
Procedimentos Metodológicos

Referencial Teórico

Introdução

Elementos Listas de Quadros, Tabelas


Textuais ou Figuras

Sumário
Ficha de Avaliação

Folha de Rosto

Elementos Pré-Textuais Capa

Figura 3 – Estrutura do Relatório de TGI I

Ao seu final, o Projeto de TGI I deverá estar contido em um Relatório com esta estrutura.
18

7.1. Elementos Pré-Textuais do TGI I

 CAPA

 FOLHA DE ROSTO

 FICHA DE AVALIAÇÃO

 SUMÁRIO

 LISTAS
19

7.1.1. Modelo de Capa do TGI I (NBR 14724/DEZ/2005)

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (fonte 14)


Centro de Ciências Sociais e Aplicadas
(fonte 12, negrito, centralizado, digitado após a margem superior)

TÍTULO DO PROJETO
(fonte 16, maiúsculo, negrito, centralizado)

Nome dos alunos


(fonte 14, só as primeiras letras maiúsculas, negrito, centralizada)

São Paulo
200__
(fonte 14, negrito, maiúsculo e minúsculo, centralizado)
20

7.1.2. Modelo de Folha de Rosto de TGI I (NBR 14724/DEZ/2005)

Nome dos alunos


(fonte 14, só as primeiras letras maiúsculas, negrito, centralizada)

TÍTULO DO PROJETO
(fonte 14, maiúsculo, negrito, centralizado)

Projeto do Trabalho de Graduação


Interdisciplinar apresentado ao Centro de
Ciências Sociais e Aplicadas da
Universidade Presbiteriana Mackenzie,
como exigência para a elaboração da
pesquisa de TGI II
(Fonte 12,alinhado a 1 cm da margem direita, justificado,
negrito, espaço simples)

Orientador(a): Prof(a): _____________________________


Co-orientador(a): Prof(a): _____________________________ (se houver)

São Paulo
200__
(fonte 14, negrito, maiúsculo e minúsculo, centralizado)
21

7.1.3. Ficha de Avaliação - TGI- I

Deve ser anexada ao trabalho após a folha de rosto.

Esta ficha deve ser discutida entre o professor orientador e os alunos no 1º


encontro de trabalho.

Ficha de Avaliação - TGI- I

Título

Autores Turma/sem/ano
Autores
1. Cód.: Turma:
2. Cód.: Semestre:
3. Cód.: Ano:
4. Cód.:

Curso Orientador (a)

Estrutura Formal (3.0) 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1.0


1. Normatização: o trabalho está dentro dos requisitos
exigidos pela ABNT: capa, folha de rosto, formatação,
paginação, numeração, abreviaturas, quadros, tabelas,
figuras, citações bibliográficas.
2. Aspecto estrutural do trabalho: O trabalho apresenta
delimitação do tema, justificativa, objetivos, problema
de pesquisa, referencial teórico, procedimentos
metodológicos, referências bibliográficas completas e
cronograma.
3. Linguagem: A linguagem está clara, concisa,
gramaticalmente correta e com leitura fluída.

Análise do Conteúdo (7.0) 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1.0


4. O estudo está justificado e apresenta as contribuições
esperadas.
5. O Problema de Pesquisa é claro, compreensível e
viável (tempo e recurso)
6. Os Objetivos (Geral e Específico) foram formulados
com clareza e são factíveis.
7. O Referencial Teórico é adequado, coerente, relevante
e utilizado de forma consistente.
8. Os conceitos centrais que orientam a pesquisa estão
definidos claramente.
22

9. Os procedimentos metodológicos são consistentes


com o Problema de Pesquisa e o Instrumento de Coleta
de Dados (mesmo que em desenvolvimento) foi
minimamente idealizado com base na literatura.
10. Qualidade da apresentação: clareza e adequação da
linguagem, uso do tempo, participação de todos os
autores e domínio do trabalho.

Observações:
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________

Projeto:

Aprovado Reprovado Nota

Participação Individual:
Alunos Avaliação Projeto
Parcial Concluído Média Final
1.
2.
3.
4.

________________________________ ____/____/____
Professor(a) – Orientador(a) data

OBS: A nota final do projeto não reflete as notas individuais. O projeto pode ser aprovado
e membro(s) do grupo ser(em) reprovado(s).
23

7.1.4. Sumário (NBR 14724/DEZ/2005 e 6027/maio/2003)


O Sumário oferece ao leitor uma visão global do projeto realizado. Inclui todos os
títulos principais e suas subdivisões, na mesma ordem em que aparecem no texto e recebem
numeração própria. Seus elementos deverão ser devidamente alinhados entre si, sempre
obedecendo à margem esquerda e a numeração alinhada obedecendo à margem direita.
A palavra SUMÁRIO deve ser redigida com letra maiúscula e em negrito. As
divisões de capítulo devem ser digitadas em maiúsculo e as demais em maiúsculo e
minúsculo, sem negrito. Os números deverão ser ligados à última palavra dos respectivos
títulos por uma linha de pontos. O tamanho das letras, pontilhados e números receberão
tamanhos de letras distintos, conforme especificações indicadas a seguir.
O sumário é um elemento obrigatório e deve ser o último elemento pré-textual. Não
constam no Sumário: folha de rosto, folha de epígrafe, dedicatórias ou agradecimentos.

Exemplo:

SUMÁRIO (tam.14 – negrito – maiúsculo)


1 INTRODUÇÃO.......(tam. 12).............................................................................................. 10

1.1 Justificativa.............................................................................................................. 22

1.2 Problema de Pesquisa.............................................................................................. 23

1.3 Objetivos – Geral e Específico 24

2 REFERENCIAL TEÓRICO 25

2.1 27

2.2 32

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................................ 38

3.1

3.2 40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 55

APÊNDICES................................................................................................................... 58

ANEXOS ........................................................................................................................ 61

63

OBS.Os números das páginas devem ser alinhados a 1cm da margem direita – tam. 12 e sem
negrito.
24

7.1.5. Listas (NBR 14724/DEZ/2005)

As Listas de Tabelas, Quadros ou Figuras devem vir após o SUMÁRIO. Trata-se da


relação seqüencial dos títulos ou legendas das ilustrações, tabelas e quadros constantes no
trabalho, acompanhados dos respectivos números de página. Também devem ser escritas com
letras maiúsculas. Recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração.

Exemplos:

LISTA DE TABELAS (tam 14– negrito – maiúsculo)


(tam 12)
Tabela 1 Xxxxxxxxxxxxxx ......................................................................................................... 10

Tabela 2 Xxxxxxxxxxxxxx ......................................................................................................... 17

Tabela 3 Xxxxxxxxxxxxxx ......................................................................................................... 34

Tabela 4 Xxxxxxxxxxxxxx ......................................................................................................... 42

Tabela 5 Xxxxxxxxxxxxxx ......................................................................................................... 61

LISTA DE QUADROS (tam 14– negrito – maiúsculo)

Quadro 1 Xxxxxxxxxxxxxx ........................................................................................................ 10

Quadro 2 Xxxxxxxxxxxxxx ........................................................................................................ 15

Quadro 3 Xxxxxxxxxxxxxx ........................................................................................................ 39

Quadro 4 Xxxxxxxxxxxxxx ........................................................................................................ 45

LISTA DE FIGURAS (tam 14– negrito – maiúsculo)

Figura 1 Xxxxxxxxxxxxxx ........................................................................................................ 10

Figura 2 Xxxxxxxxxxxxxx ........................................................................................................ 15

Figura 3 Xxxxxxxxxxxxxx ........................................................................................................ 39


25

7.2. Elementos Textuais do TGI I

 INTRODUÇÃO

 REFERENCIAL TEÓRICO

 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
26

7.2.1. Introdução (NBR 14724/DEZ/2005)

A INTRODUÇÃO é a parte inicial do texto, abrindo o conteúdo do projeto. Deve


refletir e contemplar a definição do tema, sua justificativa, problema de pesquisa, os objetivos
(geral e específicos) – e outros elementos necessários para “vender” ao leitor que pretende
descobrir algo de valor para aumentar o conhecimento da área de Administração ou de
Ciências Contábeis.
A escolha da área poderá ser feita consultando-se o quadro 1 que também ajudará a
identificar o tema.
O Tema é a primeira delimitação dentro da área. Envolve a identificação de
fenômenos a serem estudados em suas relações entre si ou com o ambiente. Para facilitar a
sua formulação pode ser útil fazer-se uma introdução do tipo: “O tema a ser estudado trata da
relação entre... e ...”, em que são indicados os fenômenos de interesse do pesquisador.
Delimitar o tema a ser estudado, logo no início de sua formulação, é indispensável
para evitar que o pesquisador perca o seu foco e comprometa a viabilidade da pesquisa. É
muito comum que pesquisadores iniciantes queiram “resolver os problemas do mundo”,
acabando por não conseguirem estabelecer o que efetivamente querem revelar com a
pesquisa. Esta é a primeira e uma das mais árduas tarefas da relação entre o pesquisador e o
seu orientador: focar o objeto de estudo.
Santos (1999) sugere alguns critérios para a escolha adequada de um tema de
pesquisa:
 gosto pessoal, preparo técnico e tempo disponível;
 importância ou utilidade do tema para a academia e para o mundo das
organizações;
 existência de fontes acessíveis na Literatura, pois é impossível se pesquisar sem a
disponibilidade de dados ou informações.
Nunca será possível explorar todos os ângulos do fenômeno. Assim, selecionar e fazer
recortes dos aspectos mais relevantes e viáveis de serem pesquisados facilita atingir os
objetivos do estudo.

7.2.1.1. Justificativas
Outro componente da Introdução são as justificativas para a realização da pesquisa.
Estas explicitam os motivos de ordem teórica e prática com o intuito de responder às
perguntas: “por que se deseja fazer a pesquisa?”, “que importância ela tem no âmbito
acadêmico-científico e profissional?”. É a indicação da lacuna de conhecimento existente do
ponto de vista do pesquisador. A justificativa deve também indicar o “para que” realizar o
estudo: se para aumentar o conhecimento sobre o assunto ou para fundamentar a tomada de
uma decisão envolvendo uma necessidade prática. Estas definições são muito importantes
para a definição do foco do projeto.
27

7.2.1.2. Problema de Pesquisa


A Introdução deve encaminhar o raciocínio para culminar na proposição do problema
de pesquisa e desdobrar-se nos seus objetivos. Ela deve propiciar ao leitor a compreensão, de
forma sistematizada, do contexto no qual o trabalho será desenvolvido e os seus limites.
A investigação científica nas organizações traz na sua essência entender a relação
entre fenômenos. Isto é muito importante de ser considerado, pois os fatos tanto quanto as
decisões, processo, informações, sentimentos, percepções estão sempre inter-relacionados.
Nada na organização existe de maneira isolada.
São encontradas na literatura várias definições sobre problema de pesquisa. Por se
entender que este é o ponto crucial do projeto, são apresentadas a seguir (quadro 2) algumas
definições de autores importantes sobre metodologia científica com a intenção de tornar o seu
entendimento mais claro.

Quadro 2 – Definições de Problema de Pesquisa


Autores/Data Problema de Pesquisa
Koche (1997, p.108) É enunciado interrogativo que questiona sobre a
possível relação que possa haver entre (no
mínimo) duas variáveis, pertinentes ao objeto de
estudo investigado e passível de testes ou
observação empíricas.
Kerlinger (1980, p.35) É uma questão que pergunta como as variáveis
estão relacionadas.
Cervo e Bervian (2002, p.84) Problema é uma questão que envolve
intrinsecamente uma dificuldade teórica ou
prática, para a qual se deve encontrar uma
solução.
Fonte: Organizado pelos autores (2007)

Um dos caminhos para se elaborar um problema de pesquisa é fazendo a seguinte


pergunta:

O que se considera relevante saber, dentro da lacuna do conhecimento identificada?

Como seja necessário se trabalhar com conceitos precisos, a construção do problema


de pesquisa deve ser feita com a intenção de se definir os fenômenos que possam assumir a
forma de uma variável dependente a ser relacionada com uma ou mais variáveis
independentes. É oportuno ressaltar que nem todo o problema de pesquisa precisa ser
concebido com base nessa relação entre variáveis, mas para pesquisadores iniciantes facilita
bastante o desenvolvimento da pesquisa.

A redação de um problema de pesquisa exige atenção e precisão na sua formulação,


não devendo conter adjetivos ou advérbios.

O problema de pesquisa é sintetizado por meio de uma questão que constituirá o fio
condutor da pesquisa, pois com base nela é que se obtém a consistência do seu texto final.

Algumas reflexões sobre o problema de pesquisa:


28

 começa a partir da lacuna de conhecimento definida pelo pesquisador;


 a formulação da questão deve ser clara, compreensível e de fácil
operacionalização para que o pesquisador não tenha dúvidas sobre o que quer
descobrir;
 o problema de pesquisa é um trilho, a espinha dorsal que conduz a pesquisa,
separando o que deve ser estudado daquilo que não deve;
 deve merecer um período longo de reflexão e discussão até ser formulado de
maneira que possa ser entendido com facilidade.

A estrutura de um problema de pesquisa pode ser visualizada por meio do seguinte


esquema apresentado na figura 4:

(Variável [eis] (Variável dependente)


Independente [s])
TEMA DA PESQUISA

Figura 4- Representação gráfica do problema de pesquisa.

Em síntese;
 variável independente é aquela que influencia, determina ou afeta uma outra
variável, a dependente;
 variável dependente é aquela que costuma ser o objeto do estudo, em função de
ser influenciada, determinada ou afetada pela variável independente. É sobre ela
que o pesquisador geralmente está buscando explicações e conhecimentos.

7.2.1.3. Objetivos – Geral e Específicos

Os objetivos são as declarações do que se pretende descobrir com a pesquisa, ou


seja, o que se pretende revelar de valor ao final do processo. Podem ser formulados de
maneira ampla e/ou específica.
O objetivo geral deve ser único e conectado diretamente à questão de pesquisa.
Segundo Santos (1999), o objetivo geral deve expressar claramente aquilo que o pesquisador
pretende conseguir com a sua investigação. Ajuda a delimitar e dirigir os raciocínios e as
reflexões a serem desenvolvidos.
Os objetivos específicos, segundo Richardson (1999), desdobram-se do objetivo
geral, e destacam aspectos particulares dos fenômenos que se pretende conhecer. São
formulados para facilitar a definição do foco do objetivo geral, apresentando detalhes sobre as
variáveis independentes e dependentes inerentes à questão de pesquisa.
O enunciado dos objetivos geral e específicos inicia-se por um verbo no infinitivo.
No caso da pesquisa científica, que se caracteriza como “atividade intelectual”, o verbo que
abre os objetivos deve ser o que indique “ação intelectual” e ser passível de mensuração, isto
é, cujo produto final possa ser verificado (SANTOS, 1999).
É importante ressaltar que um objetivo é algo a ser obtido no “futuro” em forma de
produto de valor para a academia e para as organizações. Por isso, não se deve estabelecer
como objetivos os verbos estudar, pesquisar, entrevistar, porque são instrumentais, ou seja,
são meios de se pesquisar e não a finalidade da pesquisa. Além disso, um “estudo” ou uma
29

“entrevista”, por si só não levam a resultados de valor por tratarem apenas de uma parte do
processo.
Os verbos mais apropriados para se formularem objetivos são os que seguem:
conhecer, descobrir, identificar, caracterizar, descrever, correlacionar, associar.

7.2.2. Referencial Teórico (NBR 14724/dez/2005)


O Referencial Teórico visa a propiciar ao aluno o estado atual do conhecimento de
seu tema de pesquisa.
Esta etapa da pesquisa serve de fundamentação teórica para a definição operacional
das variáveis independentes e dependentes integrantes do problema de pesquisa, bem como
para a análise dos resultados obtidos com o tratamento dos dados coletados no campo.
Portanto deve ser entendido como a construção da base conceitual organizada e sistematizada
do conhecimento disponível pertinente ao problema de pesquisa. Buscam-se teorias e
conceitos que permitam compreender os fenômenos em questão, ou seja, se já existem estudos
anteriores sobre o mesmo tema ou sobre alguma das variáveis da pesquisa.
O levantamento bibliográfico inerente a esta etapa deve ser balizado pelas palavras-
chave constantes das varáveis, de maneira que o pesquisador não se perca na imensidão de
artigos e textos científicos disponíveis nas bibliotecas de acervo físico e virtuais.
Cabe ao pesquisador promover um “diálogo” entre os diferentes autores, sem
julgamento, de maneira a formar a sua opinião que resultará nas suas próprias opções
conceituais. Em essência a literatura disponível é que traz a cultura sobre o tema em estudo,
considerando-se que nas áreas da Administração e de Ciências Contábeis, que fazem parte das
Ciências Sociais Aplicadas, nenhum conhecimento começa do zero, mas é sempre a
evolução cumulativa de descobertas anteriores. De nada adianta se fazer um levantamento de
campo e depois não se saber como analisar os achados.
Segundo Cooper e Schindler (2003), o referencial teórico é útil para:
 estreitar o foco das variáveis em estudo;
 sintetizar o que é sabido sobre um objeto de estudo;
 sugerir se abordagem de pesquisa tem possibilidade de gerar o melhor resultado;
 indicar um esquema para o pesquisador ordenar os dados a fim de criar o seu
referencial para adotar nos Procedimentos Metodológicos;
 a teoria pode evidenciar elementos adicionais para enriquecer o estudo.

Como o entendimento sobre isto é muito difuso, considera-se oportuno apresentar o que não é
Referencial Teórico:

 “colcha de retalhos”; a colagem de trechos de vários textos;


 justaposição de resumos ou idéias;
 conjunto de sinopses, resenhas de livros, resumos de artigos;
 não é cópia de livros ou artigos ou sites da internet.
 transcrição e citação de artigos ou reportagens de jornais ou revistas de
circulação nacional ou não.

OBS.: É preciso que o Referencial Teórico esteja 80% pronto no Relatório do TGI I em
relação às demandas de conhecimento teórico para elaboração do TGI II.
30

7.2.3. Procedimentos Metodológicos

Os Procedimentos Metodológicos do projeto de pesquisa contemplam:

 tipo da pesquisa
 método e técnicas da pesquisa
 plano amostral
 instrumento de coleta de dados - indicação

As variáveis independentes e dependentes, quando estudadas de maneira associada e


não isoladamente, apresentam relações diferenciadas, e não apenas uma única, que devem ser
identificadas para melhor definir a sua operacionalização. Richardson et al. (1999, p.121)
mencionam quatro tipos de relação:
 co-variação: as variáveis mudam conjuntamente – por exemplo, a relação entre
peso e estatura;
 associação: as variáveis podem mudar conjuntamente, mas as mudanças em uma
não produzem necessariamente mudanças na outra – por exemplo, a relação entre
o desempenho escolar em matemática e o desempenho escolar em biologia;
 dependência: a variável dependente é influenciada pela variável independente -
relação entre posição social e renda pessoal;
 causalidade: a mudanças em uma variável causa necessariamente mudanças na
outra – por exemplo, a relação entre o preço do produto e a procura por esse
produto.
Segundo Cooper e Schindler (2003), a definição operacional das varáveis
independentes e dependentes é aquela declarada de maneira a ser objeto de testes específicos
ou a alguns critérios de mensuração.
É oportuno ressaltar que a forma como foi definido o problema de pesquisa, facilitará
ou dificultará a operacionalização das suas variáveis. Assim, se a pergunta incluiu as palavras
“influencia”, “provoca”, “altera”, ou seja, buscando uma nítida associação entre as variáveis,
possibilitará a sua operacionalização de maneira mais objetiva e mensurável. Por outro lado,
se forem utilizadas as palavras “como”, “por que”, “onde”, a associação não será tão nítida,
dificultando, ou mesmo impossibilitando, a sua operacionalização visando à mensuração.
De qualquer maneira é preciso considerar que o foco do problema de pesquisa é
diferente em cada uma das formas de perguntas acima referidas, vindo a gerar caminhos
diferentes quanto aos procedimentos metodológicos, conforme será visto mais adiante.

7.2.3.1. Tipo da Pesquisa


A indicação do Tipo de Pesquisa é importante para ficar claro logo no início dos
Procedimentos Metodológicos os caminhos que serão percorridos pelo pesquisador, pois cada
uma das opções indicadas mais adiante, implicará em métodos e técnicas de pesquisa muito
diferentes.
Antes disso, é preciso considerar que quando foi formulado o problema de pesquisa
as variáveis foram enunciadas de maneira ampla, sem que o pesquisador ainda tivesse maiores
conhecimentos sobre a existência de conceitos e teorias que pudessem torná-las mais claras e
objetivas. Após o trabalho de levantamento bibliográfico para o Referencial Teórico torna-se
mais fácil estabelecer as definições com mais firmeza e consistência.
31

É nessa parte do projeto que o pesquisador terá que tomar a sua decisão definitiva de
optar pelo método quantitativo ou qualitativo, pois o que encontrou na Literatura irá ajudá-
lo nesta opção. Caso tenha se deparado com algum estudo que tenha testado algum modelo
factível de ser replicado a outras realidades, ou que tenha conseguido encontrar inúmeros
conceitos que possam ajudá-lo a “estruturar” as variáveis, poderá escolher o método
quantitativo.
De qualquer maneira, é importante ressaltar que a forma com que se enuncia o
problema de pesquisa, por si só já se induz a uma ou a outra opção. Se, por exemplo, a
questão contém as palavras “quais”, “como” ou “por que”, provavelmente adotará o método
qualitativo em vez do quantitativo, para dar conta da resposta. As palavras “correlacionar”,
“associar”, por outro lado, conduzem à utilização do método quantitativo.
Tanto um método quanto o outro se desenvolvem em condições diferentes em
termos de ambiente e de procedimentos, importantes de serem caracterizados por que
demandam estratégias diferenciadas, já que as suas finalidades são também diferentes. Os
próximos parágrafos pretendem esclarecer esta dicotomia.
Tripodi, Fellin e Meyer (1981) pontuam que as pesquisas deveriam ser classificadas,
considerando-se os objetivos da pesquisa e dos vários métodos de pesquisa empregados para o
seu alcance de tais propósitos. Três categorias são propostas por estes autores: pesquisa
exploratória, pesquisa quantitativo-descritiva e pesquisa experimental (que não será tratada
neste manual dada a sua complexidade e pouca viabilidade de execução para um trabalho de
TGI). O quadro 3 apresenta a classificação dos tipos de pesquisa.

Quadro 3 – Classificação dos tipos de Pesquisa


Tipos de Pesquisa O que pretende Finalidade
Pesquisa Verificação de hipóteses Delinear ou analisar características
quantitativo- Avaliação de programa dos fenômenos, usando técnicas
descritiva Descrição de população quantitativas. O propósito recai na
A procura de relações de verificação de hipóteses e a
variáveis descrição de relações quantitativas
entre variáveis especificadas.
Pesquisa Exploratória descritiva Desenvolver idéias e hipóteses; de
exploratória Usa procedimentos refinar conceitos e enunciar questões
específicos e hipóteses para investigação
subseqüente.
Fonte: Baseado em Tripodi, Fellin e Meyer (1981)

Outros autores que tratam deste tema, como Selltiz et al. (1974, p. 60), afirmam que
“qualquer pesquisa pode conter estudos formuladores ou exploratórios e estudos descritivos”.
A seguir são apresentados os seus conceitos.

Estudos exploratórios:

Os estudos exploratórios têm como principal objetivo a formulação de um


problema para investigação mais exata ou para a criação de hipóteses. Apresentam
também algumas outras funções: aumentar o conhecimento do pesquisador acerca do
fenômeno que deseja investigar em estudo posterior, mais estruturado, ou da situação
em que pretende realizar tal estudo; o esclarecimento de conceitos; o estabelecimento
de prioridades para futuras pesquisas; a obtenção de informação sobre possibilidades
práticas de realização de pesquisas em situações de vida real; apresentação de um
recenseamento de problemas considerados urgentes por pessoas que trabalham em
determinado campo de relações sociais (SELLTIZ et al., 1974, p.60).
32

Os autores acima consideram que a maior relevância deste tipo de pesquisa refere-se
à “descoberta de idéias e intuições”. Por isso, o planejamento e o desenvolvimento da
pesquisa deve ser suficientemente flexível, de modo a permitir a consideração de muitos
aspectos diferentes e não identificados previamente.
No caso de problemas de pesquisa em que o conhecimento teórico é reduzido,
geralmente o estudo exploratório é o mais recomendado. Muitas vezes é considerado como o
passo inicial em um processo de pesquisa a ser continuado.

Estudos Descritivos:

Selltiz et al. (1974) ressaltam que, nos estudos descritivos, ao contrário do tipo
exploratório, as questões de pesquisa pressupõem conhecimentos anteriores sobre o problema
a ser pesquisado, ou seja, sobre as suas variáveis. O pesquisador precisa ser capaz de definir
claramente o que deseja medir e de encontrar técnicas adequadas para essa mensuração. Os
estudos descritivos não se limitam apenas a um método de coleta de dados. Podem empregar
quaisquer um, ou todos os métodos, tais como: entrevistas, questionários, observação
sistemática direta, análise dos registros e observação participante.
Os estudos descritivos têm o objetivo de apresentar precisamente as características
de uma situação, um grupo ou um indivíduo específico; verificar a freqüência com que algo
ocorre ou com que está ligado a outra coisa; verificar uma hipótese de relação entre variáveis.
Como é preciso obter informações completas e exatas, o projeto de pesquisa precisa prever
muito mais cuidados com o viés do que os estudos exploratórios.

Para efeito do TGI as pesquisas deverão sempre ser do tipo exploratório ou


descritivo.

Com isso, a pesquisa exploratória acabará sendo a conseqüência natural da opção


pelo método qualitativo e a pesquisa descritiva, pelo método quantitativo. É oportuno lembrar
que uma pesquisa exploratória pode também utilizar o método quantitativo, desde que seja em
um ambiente onde haja um número elevado de respondentes, cujas respostas permitam a
aplicação de técnicas estatísticas com um nível mínimo de significância. Um estudo de caso
pode contemplar esta alternativa.

7.2.3.2. Método e Técnicas da Pesquisa

Segundo Richardson et al. (1999, p.70), Método em pesquisa significa a escolha de


procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação dos fenômenos. Isto significa
delimitar um problema de pesquisa, realizar observações e interpretá-las com base nas
relações encontradas, fundamentando-se nas teorias e conceitos existentes.

A escolha do método precisa estar apropriada ao tipo de estudo que se deseja


realizar, dada a natureza do problema a ser investigado.
33

7.2.3.2.1. Método e Técnicas Qualitativas

Segundo Godoy (1995, p. 63)

Em função da natureza do problema que se quer estudar e das


questões e objetivos que orientam a investigação, a opção pelo enfoque
qualitativo muitas vezes se torna a mais apropriada. Quando estamos
lidando com problemas pouco conhecidos e a pesquisa é de cunho
exploratório, este tipo de investigação parece ser o mais adequado. Quando
o estudo é de caráter descritivo e o que se busca é o entendimento do
fenômeno como um todo, na sua complexidade, é possível que uma análise
qualitativa seja a mais indicada. Ainda quando nossa preocupação for a
compreensão da teia de relações sociais e culturais que se estabelecem no
interior das organizações, o trabalho qualitativo pode oferecer interessantes
e relevantes dados. Nesse sentido, a opção pela metodologia qualitativa se
faz após a definição do problema e do estabelecimento dos objetivos da
pesquisa que se quer realizar.

Van Maanen (1983) caracteriza o método qualitativo como um conjunto de “[...]


técnicas interpretativas que procuram descrever, decodificar, traduzir e, de alguma forma,
chegar a um acordo com o significado, não a freqüência (como é o caso do quantitativo), de
certos fenômenos que ocorrem de forma mais ou menos natural no mundo social.” (apud
EASTERBY-SMITH; THORPE; LOWE,1999, p. 71).
Pesquisadores que utilizam metodologias qualitativas para desenvolver seus estudos
não se preocupam com a enumeração e/ou mensuração dos eventos estudados, nem empregam
instrumental estatístico para proceder à análise dos dados. Partem de questões ou focos de
interesse amplos, que vão se definindo à medida que a pesquisa se desenvolve. Trabalham a
partir de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos obtidos por meio do
contato direto do pesquisador com a situação estudada, procurando compreender os
fenômenos segundo a perspectiva dos participantes da situação em estudo, ou seja, dos
entrevistados.
Sob o rótulo metodologias qualitativas, encontram-se variados tipos de
investigações, fundamentados em diferentes quadros de orientação teórica e metodológica
conforme demonstrado em Denzin e Lincoln (1994). As pesquisas qualitativas realizadas no
campo são conduzidas por meio de observações e entrevistas, demandando muito tempo do
pesquisador no local da pesquisa, em contato direto com as pessoas entrevistadas.
São feitas transcrições de trechos de conversas e diálogos, anotações paralelas,
analisados os dados e apresentados os resultados obtidos. Também costumam ser examinados
vários tipos de documentos escritos, em multimídia e Internet, de natureza pessoal e/ou
oficial. Fotos antigas coletadas ou tiradas na oportunidade da pesquisa também podem
compor o conjunto dos dados.
Godoy (1995) indica como elementos definidores da metodologia qualitativa, entre
outros, os que seguem:

Tem o ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como instrumento
fundamental.

Os estudos denominados qualitativos têm como preocupação fundamental o estudo e


a análise do mundo real em seu ambiente natural. Nesta abordagem valoriza-se o contato
direto do pesquisador com o ambiente e a situação que está sendo estudada. No trabalho de
34

campo, os dados são coletados utilizando-se equipamentos como gravadores e filmadoras


digitais, ou simplesmente fazendo-se anotações em um bloco de papel, especialmente quando
o entrevistado não aceita ser gravado. Para esses pesquisadores um fenômeno pode ser mais
bem observado e compreendido no contexto em que ocorre e do qual é parte.

É narrativa.
Não obstante os dados coletados aparecerem sob a forma de transcrições de
entrevistas, anotações de campo, fotos, vídeos, ou outros tipos de documentos, a palavra
escrita ocupa lugar de destaque na pesquisa qualitativa. Todos os dados da realidade que
envolvem os fenômenos em estudo são importantes e devem ser examinados. O ambiente e as
pessoas nele inseridas devem ser olhados em várias de suas dimensões e conexões, porque no
enunciado do problema de pesquisa não se consegue delimitar a amplitude dos fenômenos que
serão objeto de estudo.

O grande interesse das pesquisas qualitativas está em verificar como determinado


fenômeno se manifesta nas atividades, procedimentos e interações do cotidiano. Não é
possível entender e interpretar de maneira confiável o comportamento humano sem a
compreensão do quadro referencial dentro do qual os indivíduos desenvolvem seus
sentimentos, pensamentos e ações.

Utilizam o enfoque indutivo na análise de seus dados


Como as pesquisas qualitativas não partem de hipóteses estabelecidas a priori, não
há a preocupação com a busca de dados ou evidências que corroborem ou neguem tais
suposições, como ocorre com as quantitativas. Partem de questões ou focos de interesse
menos delimitado, que vão se tornando mais diretos e específicos no transcorrer da
investigação. As interpretações são construídas a partir dos dados, num processo de baixo
para cima ou de frente para trás.

É importante ressaltar que os dados qualitativos são expressos essencialmente na


forma de palavras.

TÉCNICAS QUALITATIVAS

Coleta de Dados Qualitativos

Para realizar pesquisa qualitativa pode-se recorrer a vários instrumentos, sendo o mais
utilizado a entrevista, que apresenta os seguintes formatos básicos da figura 5:
35

ENTREVISTA

Não-estruturada Semi-estruturada Estruturada


qualitativa em
profundidade

Não utiliza roteiro Roteiro fechado, com


A entrevista é livre perguntas objetivas e
Existe o roteiro com perguntas diretas.
abertas, focadas no objetivo da
pesquisa. O pesquisador tem
liberdade para abrir outras
discussões durante a
entrevista.

Figura 5: Formatos utilizados na entrevista. Elaborado pelos autores.

As entrevistas qualitativas constituem uma oportunidade para o pesquisador sondar


profundamente e descobrir novos indícios, explorar novas dimensões de um problema e
garantir relatos vívidos, precisos e abrangentes baseados na experiência pessoal (BURGES,
1982 apud EASTERBY-SMITH; THORPE; LOWE,1999). Têm por objetivo “compreender
os significados que os entrevistados atribuem a questões e situações em contextos que não são
antecipadamente estruturados pelas suposições do pesquisador” (EASTERBY-SMITH;
THORPE; LOWE, 1999, p. 37).

A entrevista qualitativa é utilizada para:


 provocar a expressão e opinião do entrevistado sobre as questões emanadas do
objetivo geral e dos objetivos específicos da pesquisa;
 buscar as conexões conceituais entre o “mundo” do respondente e o
Referencial Teórico;
 Entender a lógica, passo a passo, de uma situação que não está clara
(EASTERBY-SMITH; THORPE; LOWE, 1999)

7.2.3.2.2. Método e Técnicas Quantitativos

Caracterizam-se pelo emprego da quantificação da coleta de dados e o tratamento


destes por meio de técnicas estatísticas (simples ou complexas).

Voltados para garantir a precisão dos resultados, reduzir as distorções de análise e


interpretação, possibilitando uma margem de segurança mínima quanto às inferências.

São freqüentemente aplicados nos estudos descritivos, naqueles em que se procura


descobrir e classificar a relação entre as variáveis, bem como naqueles que investigam a
relação de causalidade entre fenômenos.
36

Definição Operacional das Variáveis

A continuidade do projeto de pesquisa que adotará o método quantitativo exigirá que


as variáveis do problema de pesquisa sejam operacionalizadas de maneira clara para que
sirvam de parâmetros para o seu desenvolvimento. Esta tarefa corresponde a definir com
precisão o significado de cada uma das variáveis, ou seja, com qual referência elas serão
tratadas, após concluir o levantamento bibliográfico para o Referencial Teórico da pesquisa.
É uma etapa muito importante porque é com esta definição que o pesquisador irá
orientar-se para as suas opções quanto às técnicas quantitativas de coleta, tratamento e análise
dos dados, nos Procedimentos Metodológicos.

Antes de entrar propriamente no assunto, serão feitas algumas considerações sobre as


variáveis independentes e dependentes, visando a aprofundar o seu entendimento.

Richardson et al. (1999) dizem que variável é um conceito que assume valores
numéricos. Segundo eles, as variáveis contêm os elementos mensuráveis de um fenômeno,
que podem apresentar diferentes valores ou ser agrupadas em categorias, apresentando duas
características fundamentais:
 são aspectos de um fenômeno observáveis objetivamente;
 devem apresentar variações ou diferenças em relação ao mesmo ou a outros
fenômenos.

O quadro 4 a seguir apresenta os tipos de variáveis de acordo com alguns autores.

Quadro 4 – Tipos de Variáveis

Autores/data Tipos de Variáveis Explicação


Kerlinger (1980, p.24). Variável Independente Variável que se supõe influenciar outra
variável, chamada variável dependente.
Richardson (1999, p.129). Variável Independente São as que afetam outras variáveis, mas não
precisam estar relacionadas entre elas; por
ex: idade e sexo.

Variável Dependente São aquelas afetadas ou explicadas pelas


variáveis independentes.
Koche (1997, p.113). Variável Independente É aquela que é fator determinante para que
ocorra um determinado resultado. É condição
ou a causa para um determinado efeito ou
conseqüência. É o estímulo que condiciona
uma resposta.

Variável Dependente É aquele fator ou propriedade que é efeito,


resultado, conseqüência ou resposta de algo
que foi estimulado.
Cooper e Schindler (2003, p. Variável Independente É a variável manipulada pelo pesquisador,
211) que causa efeito ou mudança na variável
dependente.

Variável Dependente É a variável mensurada, prevista ou


monitorada pelo pesquisador, que pode ser
afetada pela manipulação da variável
independente.
Fonte: Organizado pelos autores (2007)
37

As variáveis independentes e dependentes, quando estudadas de maneira associada e


não isoladamente, apresentam relações diferenciadas, e não apenas uma única, que devem ser
identificadas para melhor definir a sua operacionalização. Richardson et al. (1999, p.121)
mencionam quatro tipos de relação:

co-variação: as variáveis mudam conjuntamente – por exemplo, a relação entre


peso e estatura;
associação: as variáveis podem mudar conjuntamente, mas as mudanças em uma
não produzem necessariamente mudanças na outra – por exemplo, a relação entre
o desempenho escolar em matemática e o desempenho escolar em biologia;
dependência: a variável dependente é influenciada pela variável independente -
relação entre posição social e renda pessoal;
causalidade: mudanças em uma variável causam necessariamente mudanças na
outra – por exemplo, a relação entre o preço do produto e a procura por esse
produto.

Segundo Cooper e Schindler (2003), a definição operacional das variáveis


independentes e dependentes é aquela declarada em termos de testes específicos ou critérios
de mensuração. Esses termos devem ter referenciais empíricos (ou seja, devem ser capazes de
contar, mensurar ou, de alguma outra forma, reunir as informações por meio de nossos
sentidos).

É oportuno ressaltar que a forma como foi definido o problema de pesquisa, facilitará
ou dificultará a operacionalização das suas variáveis. Assim, se a pergunta incluiu as palavras
“influencia”, “provoca”, “altera”, ou seja, buscando uma nítida associação entre as variáveis,
possibilitará a sua operacionalização de maneira mais objetiva e mensurável. Por outro lado,
se forem utilizadas as palavras “como”, “por que”, “onde”, a associação não será tão nítida,
dificultando, ou mesmo impossibilitando, a sua operacionalização visando à mensuração. De
qualquer maneira é preciso considerar que o foco do problema de pesquisa é diferente em
cada uma das situações acima referidas, vindo a gerar caminhos diferentes quanto aos
procedimentos metodológicos, conforme será visto mais adiante.

TÉCNICAS QUANTITATIVAS

As técnicas quantitativas/estatísticas de análise de dados podem ser classificadas em


dois grupos: univariadas e multivariadas. As técnicas multivariadas são recomendadas quando
se tem um número grande de variáveis com relação de dependência ou inter-relações entre
elas (HAIR et al., 2005). Algumas dessas técnicas mostram-se mais adequadas para quem
utiliza amostra não probabilística por conveniência, como usualmente ocorre na elaboração de
trabalhos como o TGI.
Em pesquisas quantitativas procura-se mensurar e quantificar os dados obtidos na
etapa de coleta de informações, pelo emprego de recursos e técnicas estatísticas descritivas
simples tais como: percentagem, média e desvio padrão, até aquelas de uso mais complexo,
como: análise de regressão linear, análise fatorial, coeficiente de correlação, dentre outras. As
técnicas mais comumente utilizadas estão detalhadas na seção de metodologia deste manual.
38

7.2.3.2.3. Diferenças entre Técnicas Qualitativas e Quantitativas

O quadro 5 a seguir apresenta as principais diferenças entre as técnicas de pesquisa qualitativa


e quantitativa.

Quadro 5: Diferenças entre pesquisas qualitativas e quantitativas


Aspectos Pesquisa Qualitativa Pesquisa Quantitativa
Objetivo Alcançar uma compreensão Quantificar os dados e generalizar
qualitativa das razões e os resultados da amostra para a
motivações subjacentes população-alvo
Amostra O número de casos é pequeno e Um grande número de casos
não-representativos representativos
Coleta de dados Não-estruturada Estruturada (Padronizada)
Natureza dos dados Ricos e Aprofundados Duros e Confiáveis
Estratégia de Pesquisa Não estruturada Estruturada
Análise dos dados Não-estatística Quantitativa
Análise de Conteúdo Estatística
Análise de Discurso
Grounded Theory
Resultado Recomenda um curso final de Recomenda um curso final de
ação ação
Relação entre teoria/conceito e o Emergente Confirmação
pesquisador
Escopo dos achados da pesquisa Ideográfica Nomotética
Imagem da realidade social Processual e socialmente Estática e externa ao pesquisado
construída pelo pesquisado
Fonte: Adaptado de Bryman (2004, p.94).

7.2.3.2.4. Estudo de Caso

O Estudo de Caso tem sido uma estratégia de pesquisa de crescente utilização nas
áreas de Administração e de Ciências Contábeis, porque trata com ambientes organizacionais
delimitados e controlados que ajudam a entender os fenômenos de uma maneira concreta e
objetiva. Além disso, é uma das maneiras de viabilizar a pesquisa para o TGI porque pode ser
realizada em empresas do setor onde o aluno trabalha, ou mesmo incluindo a sua própria.
Antes de se comentar sobre o Método do Estudo de Caso é oportuno apresentar
alguns aspectos nele envolvidos.

O primeiro deles é que não se caracteriza como um método ou uma técnica de


pesquisa em si, mas como uma estratégia de pesquisa (YIN, 2001). Pode ser utilizado em uma
única organização ou em um pequeno número delas.

O segundo é que não deve ser confundido com o Método do Caso, o “Caso”
(didático), utilizado em sala de aula com fins de aplicação de conceitos ou como forma de
avaliação do aprendizado em uma disciplina. A preocupação do Caso está na aplicação do
conhecimento disponível na Literatura, enquanto no estudo de caso como estratégia de
pesquisa a intenção está na geração de novos conhecimentos. Portanto os seus objetivos são
totalmente diferentes.
39

O terceiro aspecto é que as perguntas que procura responder incluem na maioria das
vezes as palavras “como” e “por que” (YIN, 2001), que o associam com a utilização de
técnicas do método qualitativo. Além disso, a sua aplicação é também associada a estudos
exploratórios. O estudo de caso pode utilizar técnicas quantitativas desde que no ambiente
onde se desenvolva a pesquisa, em uma organização ou mais, for possível a aplicação de
questionários cujas respostas sejam em número suficiente para ser aplicada uma técnica
estatística que apresente um mínimo de significância.

O quarto é que o estudo de caso é uma estratégia adequada para analisar os


fenômenos na sua relação com o ambiente real imediato. Tal situação é mais facilmente
percebida nas organizações quando se estuda, por exemplo, o comportamento de um grupo de
supervisores de um departamento com relação às demandas originadas nos clientes externos
da empresa ou em relação a uma determinada política estabelecida pela direção.

O quinto aspecto é o fato de se estudar os fenômenos que ocorrem no tempo atual,


ou seja, na sua contemporaneidade (YIN, 2001). Isto é importante porque possibilita entender
o que está acontecendo nas organizações ou o que ocorreu em passado recente, já que neste
ambiente as mudanças costumam ser mais rápidas que em ambientes da comunidade de
maneira mais ampla.

O sexto aspecto a considerar no método do estudo de caso é a impossibilidade de se


formular inferências sobre os fenômenos observados, pois estes são estudados em um
ambiente delimitado, controlado, que é específico e não será encontrado em outro lugar. Esta
limitação não desaparece mesmo quando são utilizados mais que um caso como ambiente de
estudo.

7.2.3.3. Plano Amostral


O Plano Amostral é a delimitação concreta do ambiente onde a pesquisa deverá ser
desenvolvida. É indispensável se definir este espaço porque há sempre limitações de tempo e
de recursos para a execução de qualquer pesquisa.

A escolha da amostra pode ser facilitada, pensando-se primeiramente na unidade de


referência e no nível (hierárquico) em que será considerado o objeto de estudo. A unidade de
análise pode ser a opinião de consumidores, de executivos, as suas percepções sobre algum
assunto, e assim por diante. O nível da análise é a posição que essas pessoas estão ocupando
em um conjunto, ou seja, uma ou mais lojas de um shopping center, o shopping center como
um todo, de um bairro; no caso de executivos, seria o departamento, a diretoria de uma ou
mais empresas. As definições da unidade e do nível da análise são importantes para que o
pesquisador consiga entender com mais clareza o alcance das suas descobertas e formular as
suas conclusões.

Consiste em um conjunto de definições, conforme exposto no quadro 6 a seguir:


40

Quadro 6 – Definição dos elementos do Plano Amostral


Elementos O que é Exemplo
População É a caracterização qualitativa de quem Empresas do setor têxtil
será pesquisado
Universo Quantidade de unidades amostrais que Número total de empresas
atendam a caracterização da população nacionais do setor têxtil
Amostra Ambiente de fornecimento das Supermercado S1
informações sobre algo que esteja sendo Empresa E2
estudado Departamento D1
Setor D1
Respondentes São pessoas que participam do processo Presidentes de Empresas
de coleta de dados, respondendo a Gerentes de Produção
questionários ou a perguntas em uma Técnicos
entrevista. Consumidores
Extensão geográfica Área geográfica onde será realizada a Região metropolitana
pesquisa Região centro-oeste do Estado de
São Paulo
Bairro
Rua
Fonte: Organizado pelos autores (2007)

Há uma definição crucial na elaboração do Plano Amostral, o tamanho da amostra.


Para isto, são apresentadas as considerações a seguir:

Tipos de Amostra:
 probabilística – em que se identifica a probabilidade de sortear o elemento
amostral, permitindo a extrapolação dos resultados amostrais para toda a
população, dentro de certos limites de confiança.
 não probabilística – em que se desconhece a probabilidade de sorteio dos
elementos amostrais, não permitindo a extrapolação de resultados da amostra
para a população. Neste caso, os resultados valem apenas para o grupo
pesquisado.
Na maioria das vezes, as amostras de trabalhos acadêmicos nas áreas de
Administração e de Ciências Contábeis são não probabilísticas, devido a um
conjunto de circunstâncias que limitam a utilização das probabilísticas, entre elas
as já mencionadas restrições de tempo e custo, e do fato do nível de análise
concentra-se mais no das organizações.

Tamanho da Amostra:
 na seleção probabilística, é necessária a aplicação de fórmula que considera o
erro amostral desejado, o grau de confiança e/ou universo considerado;
 na seleção não probabilística, fica a critério do pesquisador definir o tamanho da
amostra de acordo com as especificações e restrições de seu projeto.

A pesquisa quantitativa exige a realização de alguns testes preliminares para a


aplicação da estatística paramétrica. São eles:

 Normalidade
 Homocedasticidade
 Independência
 Aleatoriedade
41

Estes testes encontram-se no pacote estatístico SPSS ou Planilha Excell. Caso esses
requisitos não sejam atendidos, a estatística não paramétrica deverá ser utilizada.

Na pesquisa qualitativa o plano amostral é bem mais simples de ser elaborado


porque o objeto de estudo costuma envolver as razões da ocorrência ou do relacionamento
entre os fenômenos, o que dispensa a adoção de uma amostra probabilística. Aqui as
inferências são formuladas em um ambiente mais facilmente delimitado e restrito, por
exemplo, quando se estudam uma ou duas empresas, as conclusões só têm valor dentro do seu
ambiente interno. De qualquer maneira, nas pesquisas qualitativas também deve ser indicada a
sua “amostra”.

No estudo de caso a definição prévia da amostra pode ter pouco significado para a
pesquisa quando o nível de análise for, por exemplo, o grupo de funcionários de um setor
específico da organização ou o dos seus diretores, pois não há razão para se testar a sua
representatividade em relação à população dos funcionários. Contudo, uma pesquisa de clima
interno pode exigir a definição de uma amostra para se saber o quanto os seus resultados
podem ser inferidos para a organização como um todo.

7.2.3.4. Instrumento de Coleta de Dados


Trata-se de uma etapa de trabalho detalhista e minucioso que requer do pesquisador
habilidades e clareza quanto ao que irá coletar e o como obterá as informações. Após a
escolha do método de pesquisa, a etapa seguinte consiste em selecionar qual ou quais os
instrumentos que melhor coletarão os dados.

O instrumento escolhido para coleta de dados deve estar conectado diretamente aos
objetivos geral e específicos. É outra tarefa crucial, envolvendo a escolha e a elaboração do
instrumento de coleta e a programação da sua aplicação. Os instrumentos mais utilizados em
trabalhos de TGI são a entrevista e o questionário.

A entrevista é o instrumento essencial da pesquisa qualitativa, usualmente apoiada


por um roteiro semi-estruturado, ou seja, com perguntas abertas e que podem incorporar
outras não constantes do roteiro em função do comportamento do entrevistado. Geralmente é
realizada com um número reduzido de entrevistados dado o tempo gasto com cada entrevista.

O questionário é um instrumento para ser aplicado a um número grande de pessoas,


elaborado com questões fechadas associadas a uma escala numérica que assume o formato
decorrente da técnica de tratamento e análise que foi escolhida previamente, dentro do método
de pesquisa adotado.

O quadro 7 apresenta algumas características dos instrumentos mais utilizados para a


coleta de dados.
42

Quadro 7 – Instrumentos de coleta de dados e suas características


Instrumentos Características
Entrevistas  não é uma simples conversa;
 é uma conversa orientada para um objetivo definido;
 recorre-se à entrevista quando não há fontes mais seguras para a obtenção
das informações desejadas;
 necessária para obter informações que não podem ser fornecidas por
certas pessoas;
 requer treino e orientação do pesquisador para manter a neutralidade e a
discrição;
 a postura do entrevistador deve ser fator fundamental para a criação de
confiança, evitando ser inoportuno;
 o entrevistador deve desenvolver sua sensibilidade para perceber as
condições dos entrevistados de tal forma que haja bom aproveitamento
da entrevista;
 pode-se utilizar roteiro estruturado ou semi-estruturado;
 a decisão pelo tipo de entrevista deve ser tomada durante o planejamento
da pesquisa e com base no foco do trabalho;
 recomenda-se que as entrevistas sejam gravadas com a concordância dos
entrevistados;
 esta recomendação corrobora com a fidedignidade dos dados colhidos.
Questionário  é a forma mais usada para coletar dados;
 contém um conjunto de questões logicamente relacionadas ao problema
de pesquisa e aos objetivos do estudo;
 pode ser enviado pelo correio, entregue aos respondentes da pesquisa ou
aplicado diretamente pelos pesquisadores;
 deve ser impessoal e assegurar uniformidade na avaliação de uma
situação para outra;
 os respondentes podem sentir-se mais confiantes, dado o anonimato,
facilitando a obtenção de respostas mais próximas do real;
 as perguntas podem ser abertas ou fechadas, acompanhadas de uma escala
de importância, concordância, julgamento ou outra;
 as perguntas devem ser claras, evitando dupla interpretação, que conduza
facilmente à resposta de forma a não insinuarem outras colocações.
Fonte: Organizado pelos autores (2007)

Na pesquisa qualitativa, as técnicas específicas têm sido:


 entrevista em profundidade;
 observação (participante ou não);
 análise de documentos;
 técnicas projetivas;
 grupo de foco.

Na pesquisa quantitativa, as técnicas específicas têm sido:


 questionário;
 entrevista estruturada;
43

Antes da aplicação definitiva de quaisquer dos instrumentos de coleta de dados é


preciso proceder a um pré-teste ou teste piloto, pois a sua deficiência em expressar os
objetivos da pesquisa pode causar desvios ou omissões de dados acabando por comprometer a
qualidade dos resultados da pesquisa.

Pode-se aplicar instrumentos já prontos utilizados em outras pesquisas, desde que:

 atenda aos objetivos da pesquisa.


 a qualidade e validade do instrumento tenham sido comprovadas.
 a fonte seja citada integralmente.

OBS.: O projeto de pesquisa para o TGI I deve conter o instrumento de coleta


de dados como o seu último elemento, mesmo que não tenha sido objeto de pré-teste,
independentemente de ser um questionário ou um roteiro de entrevistas em profundidade. Este
deve aparecer como Apêndice do relatório.
44

7.3. Elementos Pós-Textuais – TGI I

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 APÊNDICES

 ANEXOS

 PLANEJAMENTO DO TGI I

 CRONOGRAMA DO TGI II
45

7.3.1 Referências Bibliográficas - NBR 6023/AGO/2002.

Trata-se da relação das obras consultadas e efetivamente mencionadas no trabalho.


Não incluir obras e textos que não tenham sido utilizados na elaboração do Referencial
Teórico.
Mais adiante neste Manual estão apresentados modelos de Referências
Bibliográficas de acordo com a norma específica.

7.3.2. Apêndices NBR 14724/DEZ/2005

É um item opcional, que consiste de textos ou documentos elaborados pelo autor do


projeto a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do
trabalho. Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos
respectivos títulos.Exemplos:

APÊNDICE A – Orçamento proposto para um programa de pesquisa.

APÊNDICE B – Comparação das abordagens de comunicação

7.3.3. Anexos NBR 14724/DEZ/2005

Elemento opcional que consiste em textos ou documentos não elaborados pelo autor
mas que servem de comprovação e ilustração de algo referido no projeto ou no relatório final
do TGI. Os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos
respectivos títulos.

Exemplos:

ANEXO A – Questões de mensuração para o estudo da MindWriter

ANEXO B – Seções do relatório de pesquisa e sua ordem de inclusão


46

7.3.4. Cronograma de Atividades do TGI I

Para a elaboração do TGI-I, um cronograma de atividades deve ser elaborado, para


que as tarefas/atividades possam ser avaliadas quanto à sua realização. Vide exemplo a seguir.

Exemplo:
março/
fevereiro/ abril/ maio/
Atividades setembro
agosto outubro novembro

Escolha do tema da pesquisa e


x
suas justificativas

Problema
x x
de Pesquisa

Definição dos Objetivos/


x x

Referencial
Teórico x x

Procedimentos Metodológicos x

Revisão do texto do Relatório


x
Final

Apresentação
do projeto x
47

8. TGI II – TRABALHO DE GRADUAÇÃO


INTERDISCIPLINAR II

Vem a ser a etapa de execução do projeto de pesquisa elaborado em TGI I. É no


TGI II que se produz o artigo com a revelação das descobertas feitas pelo pesquisador.

É uma disciplina obrigatória, oferecida no último semestre do currículo dos Cursos


de Administração e de Ciências Contábeis.

No TGI II os alunos dão continuidade em grupo, sob a orientação de um professor,


ao projeto desenvolvido no TGI I.

O TGI II tem por objetivos:

I. propiciar a geração de conhecimentos sobre determinados fenômenos que


abordem temas de relevância científica para as organizações e sociedade;

II. iniciar os alunos da graduação nas atividades de pesquisa que possibilitem


identificação, coleta, tratamento, análise, interpretação e apresentação de dados, com a
utilização de metodologia científica para chegarem a um resultado concreto;

III. aplicar os procedimentos científicos que são utilizados para a obtenção e


apresentação das informações desejadas;

IV. refletir e propiciar uma nova maneira de ver, observar e analisar fenômenos ,
com curiosidade e criatividade, e com fundamentação na argumentação.

8.1 Estrutura do TGI II


O Relatório Final do TGI II é elaborado no formato de artigo acadêmico, com limite
mínimo de 20 e máximo de 25 páginas (sem contar os elementos pré-textuais).
A critério do orientador, os grupos poderão elaborar inicialmente um relatório
abrangente dos resultados obtidos e conclusões e, posteriormente, trabalhar o texto para o
formato de artigo ou redigir os capítulos elaborados no TGI II já no formato final.
Independentemente da estratégia adotada pelo orientador, para a formatação final
haverá a necessidade de adequar os capítulos elaborados no TGI I (Introdução, Referencial
Teórico e Procedimentos Metodológicos), para o formato de artigo acadêmico.
A Figura 6 a seguir ilustra os diversos componentes do artigo a ser produzido no
TGI II.
48

Anexos Elementos Pós-Textuais

Apêndices

Referências
Bibliográficas
Conclusões OU
Considerações finais
Procedimentos
Metodológicos

Referencial Teórico

Introdução
Abstract
Elementos
Resumo
Textuais
Ficha de Avaliação

Folha de Rosto

Capa
Elementos Pré-
Textuais

Figura 6 – Estrutura do TGI II


49

8.2. Cronograma de Atividades do TGI II

Logo no início das orientações de TGI-II, os alunos devem elaborar um cronograma de


atividades junto com o seu orientador, que contemple as atividades necessárias para a
consecução da pesquisa. Segue-se um modelo de cronograma de atividades do TGI-II. Para a
elaboração do cronograma é importante observar as datas e recomendações publicadas pela
coordenação de TGI.

fevereiro/ março/ abril/ maio/


Atividades
agosto setembro outubro novembro

Ajustar o Referencial
x
Teórico
Rever os Procedimentos
Metodológicos x

Coleta de
x x
Dados
Tratamento dos Dados e
x x
Análise dos Resultados
Conclusão
x
Redação Final e
x
Revisão do texto
Preparação para
apresentação oral e x
Defesa do Trabalho
50

8.3. Elementos Pré-Textuais do TGI II

 CAPA

 FOLHA DE ROSTO

 FICHA DE AVALIAÇÃO

 RESUMO E ABSTRACT
51

8.3.1. Modelo de Capa do TGI II NBR 14724/DEZ/2005.

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (fonte 14)


Centro de Ciências Sociais e Aplicadas
(fonte 12, negrito, centralizado, digitado após a margem superior)

TÍTULO DO TRABALHO
(fonte 16, maiúsculo, negrito, centralizado)

Nome dos alunos


(fonte 14, só as primeiras letras maiúsculas, negrito, centralizada)

São Paulo
200__
(fonte 14, negrito, maiúsculo e minúsculo, centralizado)
52

8.3.2. Modelo de Folha de Rosto do TGI II NBR 14724/DEZ/2005

Nome dos alunos


(fonte 14, só as primeiras letras maiúsculas, negrito, centralizada)

TÍTULO DO TRABALHO
(fonte 14, maiúsculo, negrito, centralizado)

Trabalho de Graduação Interdisciplinar


apresentado ao Centro de Ciências Sociais e
Aplicadas da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, como exigência parcial para a
obtenção do grau de Bacharel em
____________________________
(Fonte 12,alinhado a 1 cm da margem direita, justificado,
negrito, espaço simples)

Orientador(a): Prof(a)_______________________________________
(Fonte 12, alinhado a margem esquerda, negrito, maiúsculo)

Orientador(a) de TGI I – Prof(a) ________________________________

São Paulo
200__
(fonte 14, negrito, maiúsculo e minúsculo, centralizado)
53

8.3.3. Ficha de Avaliação - TGI- II


Esta ficha deve estar disponível no 1º encontro entre o grupo e o professor-orientador, bem
como no dia da defesa para avaliação da banca julgadora.

Ficha de Avaliação - TGI- II

Ficha de Avaliação - TGI- II


título
autores Turma/sem/ano
1. Cód.: Turma:
2. Cód.: Semestre:
3. Cód.: Ano:
4. Cód.:

Estrutura Formal (15%) 0 1 2 3 4 5


1.Normatização: o trabalho está dentro dos requisitos exigidos pela
ABNT: capa, folha de rosto, ficha catalográfica, formatação,
paginação, numeração, abreviaturas, quadros, tabelas, figuras,
citações bibliográfica.
2.Aspecto estrutural do trabalho: O trabalho apresenta delimitação
do tema, objetivos geral e específicos, justificativa, problema de
pesquisa/hipóteses, referencial teórico, procedimentos
metodológicos, resultados, conclusão e referências bibliográficas.
3. Linguagem: A linguagem está clara, concisa, gramaticalmente
correta e com leitura fluída.

Análise do Conteúdo (50%) 0 1 2 3 4 5


1. A Escolha do Assunto: o tema é contemporâneo, oportuno e de
interesse para a comunidade acadêmica e empresarial.
2. O Problema de Pesquisa é claro, compreensível e viável;
relaciona duas variáveis.
3. . O Objetivo Geral e os Específicos são claros, bem definidos e
coerente com a proposta do trabalho.
4. As variáveis Independente e Dependente são articuladas e
complementares.
5. O Referencial Teórico está focado utilizando vários autores e
abordagens.
6. Pertinência dos procedimentos metodológicos (método
justificado, adequado ao problema, amostra e instrumento de coleta
de dados).
7. Os Resultados foram colhidos adequadamente e são consistentes
com a proposta do trabalho.
8. A Discussão dos Resultados está clara e proporciona uma análise
coerente e consistente.
9. A Conclusão está coerente e contempla o trabalho como um todo.
Os autores se posicionaram frente a pesquisa.
10. A referência bibliográfica apresentada está citada no referencial
teórico e/ou no procedimento metodológico.
54

Apresentação Oral (35%) 0 1 2 3 4 5


1.Clareza na apresentação.
2.Coerência nas argumentações.
3. Uso equilibrado do tempo.
4. Domínio da norma culta (concordância verbal)
5. Participação de todos os autores na apresentação do trabalho.
6. Todos os autores demonstraram conhecimentos do trabalho como
um todo.
7. Qualidade do material de apoio para a apresentação.
55

8.3.4. Resumo e Abstract NBR 14724/DEZ/2005


O Resumo é o texto que apresenta uma síntese dos objetivos, dos procedimentos
metodológicos, dos resultados obtidos e das conclusões a que se chegou. Deve ser redigido na
terceira pessoa do singular e o verbo na voz ativa. Para tanto, deve indicar de maneira sucinta
o objetivo principal do trabalho, o método e a técnica de pesquisa utilizados e apresentar, em
linhas gerais, as suas conclusões.
Deve ter apenas um parágrafo, no início do texto, e as demais frases sem parágrafo.
Não deve conter fórmulas, equações, diagramas e símbolos. Não deve incluir também citações
bibliográficas. O resumo deve ter no máximo 300 palavras.
O Abstract é o mesmo texto apresentado no Resumo, vertido para o Inglês.
Abaixo do texto do Resumo devem constar entre três (3) e cinco (5) palavras-chave
que reflitam as referências principais do trabalho. No Abstract o mesmo procedimento deve
ser adotado, substituindo-se o nome palavras-chave por key words.
A seguir está apresentado um exemplo de Resumo.

RESUMO (tam 16 - negrito – maiúsculo – da margem esquerda)

Este artigo trata da identificação dos fatores-chave de retenção de clientes, no


setor de máquinas e equipamentos. A pesquisa que lhe deu suporte utilizou uma amostra
não probabilística composta de 38 executivos de empresas associadas à ABIMAQ
(Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). Para o tratamento dos
dados foram aplicadas técnicas da estatística descritiva, indutiva e da análise
multivariada, tendo os resultados revelado que: os dez fatores-chave de retenção podem
ser resumidos a dois fatores principais, denominados “Fator Principal” e “Fator
Secundário”; a “Qualidade dos Produtos” é o fator preponderante na retenção de clientes;
mesmo alterando-se a técnica de tratamento dos dados, apenas a “Qualidade dos
Produtos” evidenciou-se como o fator principal, enquanto os demais fatores-chave não
mantiveram suas posições; a influência dos diferentes cargos gerenciais ocupados pelos
respondentes nos resultados obtidos não foi significante; que entre as empresas da
amostra a ênfase principal é dada ao produto, muito mais que às questões de
confiabilidade, velocidade e flexibilidade, mostrando não haver ainda uma visão ampla e
integrada do processo do negócio.

Palavras-chave: clientes; fatores de retenção; máquinas


56

9. ELEMENTOS TEXTUAIS - TGI II

 INTRODUÇÃO

 REFERENCIAL TEÓRICO
 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
 CONCLUSÕES

 RECOMEDAÇÕES
57

9.1. Introdução (NBR 14724/dez/2005 e NBR 6024/89)


A Introdução desenvolvida no TGI I deve servir de base para a elaboração final da
Introdução do TGI II.

Como a execução do projeto da pesquisa certamente traz uma evolução na


compreensão e na redação das suas justificativas, das lacunas, do problema de pesquisa e dos
objetivos. Por essa razão a Introdução no relatório final do TGI II precisa passar por uma
revisão de maneira a aprimorar a sua clareza e a sua consistência com as outras partes do
trabalho.

O único item a acrescentar na Introdução é uma indicação bem resumida dos


conteúdos das demais partes do texto, ao seu final, de maneira a que o leitor tenha uma visão
rápida e antecipada dos caminhos que irá percorrer.

9.2. Referencial Teórico (NBR 14724/dez/2005)

O Referencial Teórico elaborado no TGI I deve ser revisado no TGI II, para incorporar
novos autores, melhorar o seu alinhamento com a Introdução e com as análises nos
Procedimentos Metodológicos, para dar sustentação às Conclusões.

9.3. Procedimentos Metodológicos

Os Procedimentos Metodológicos apresentados no TGI I devem ser revisados e


aprofundados no TGI II, incluindo-se as explicações e os esclarecimentos sobre o que foi
efetivamente realizado. Para facilitar o entendimento são apresentados abaixo os itens que
deverão ser apresentados nesta parte no relatório final:

 tipo da pesquisa (do TGI I);


 método e técnicas da pesquisa (do TGI I);
 plano amostral (do TGI I);
 instrumento de coleta dos dados (do TGI I);
 tratamento dos dados;
 análise dos dados (quantitativos) ou dos resultados (qualitativos);
 limitações do estudo.

Os quatro primeiros itens que constaram do TGI I precisam agora ser atualizados em
função do que foi efetivamente realizado, pois compunham um projeto a ser executado.

OBS.: É preciso haver a mudança do tempo verbal – do futuro (intenções do


projeto) para o passado (o que efetivamente aconteceu), considerando que este é o momento
de redigir o Relatório Final. Notar ainda que, no formato artigo, deve haver uma síntese do
texto estruturado no TGI I.
58

9.3.1. Instrumento de Coleta dos Dados


No projeto do TGI I foi indicado o instrumento de coleta dos dados que seria
utilizado na pesquisa, incluído o seu desenho básico.
Nesse item do TGI II é preciso que seja feito o relato sobre a sua real aplicação, o
que o pré-teste ajudou a melhorar o instrumento e a sua configuração definitiva. Colocar no
Apêndice uma cópia da versão efetivamente aplicada e remeter o leitor à sua leitura naquela
parte do trabalho, para facilitar o seu entendimento.
O relato do instrumento deve também mostrar a sua conexão com os objetivos
específicos do trabalho, para que o leitor tenha clareza sobre a razão de ser das perguntas.
Este procedimento é importante para se captar o “fio condutor” do relatório, que é o
determinante da sua consistência.

9.3.2. Tratamento dos Dados


O tipo de instrumento escolhido para coletar os dados da pesquisa define o
tratamento de dados a ser aplicado.

9.3.2.1. Qualitativos
A transcrição fiel das entrevistas é a matéria-prima a ser tratada pelo pesquisador,
constituída essencialmente por frases nem sempre de fácil entendimento, incompletas,
divagações em relação ao roteiro das perguntas, cujo desafio é torná-las compreensíveis de
maneira que se possam interpretar os seus significados à luz dos objetivos da pesquisa.
Nas pesquisas qualitativas deve-se ter cautela ao se transcrever as informações
obtidas nas entrevistas que foram previamente gravadas. Recomenda-se ouvir pequenos
trechos para então se começar a digitação do texto correspondente. É importante voltar um
trecho da fita, caso não ocorra um perfeito entendimento do que foi gravado. A transcrição da
entrevista é trabalhosa e deve ser feita em ambiente isento de maiores ruídos. Um gravador
digital e fones de ouvido podem ajudar a transcrição.
Existem inúmeras técnicas de tratamento de dados qualitativos, mas para o trabalho de
TGI a mais utilizada é a Análise de Conteúdo que será comentada a seguir. Isso não impede
do trabalho utilizar outras técnicas mais elaboradas desde que o professor orientador
reconheça que o grupo tenha maturidade e comprometimento suficientes para assumir este
desafio.

9.3.2.1.1. Análise de Conteúdo


A análise de conteúdo, segundo Bardin (1977, p. 42):
é um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por
procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens,
indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos
relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens.

De maneira mais operacional pode-se entender a análise de conteúdo como um


processo de tratamento e análise de dados qualitativos em que se busca encontrar
convergências e incidências de palavras e frases que aparecem nas entrevistas e que pela
59

quantidade de vezes ou a sua ênfase indicam o que efetivamente os entrevistados pensam


sobre as perguntas formuladas. Quando são lidas as transcrições, é fácil se perceber que os
entrevistados se utilizam de muitas palavras e expressões para dizerem algo simples. Assim, a
“arte” do pesquisador está em saber separar aquilo que tem a ver com tema em estudo.
A análise de conteúdo utiliza-se de codificações e de identificações de padrão de
respostas, com elaboração de quadros , gráficos e até mesmo de aplicações da estatística
descritiva para identificação de freqüências de palavras e conceitos.

De acordo com Bardin (1977), a análise de conteúdo deve seguir as seguintes etapas
apresentadas na figura 7:

Preparação do material
Pré-análise
Leitura Flutuante

Escolha da unidade
de registro
Tratamento e análise dos dados Exploração do
material
Codificação Escolha das categorias

Análise dos Dados

Figura 7: Etapas da análise de conteúdo


Fonte: Bardin (1977)

A pré-análise compreende duas fases: a preparação do material e a leitura flutuante.


Na preparação do material os conceitos obtidos são agrupados em um único arquivo,
registrando integralmente as expressões e observações apresentadas pelos respondentes. Na
leitura flutuante são realizados os seguintes procedimentos:
 realizar leituras livres deixando-se absorver por idéias, intuições e primeiras
impressões;
 lentamente as leituras vão começando a ser dirigidas, sistematicamente, para um
plano de análise;
 as leituras vão se tornando mais precisas, em função das hipóteses emergentes e da
teoria.
Esta etapa visa a gerar uma relação de conceitos com o objetivo de estabelecer um
contato com o material transcrito e conhecer o seu conteúdo. Ela precede a identificação das
unidades de registro para posterior categorização.

A exploração do material é o processo pelo qual os dados brutos são transformados


sistematicamente e agregados em unidades que permitem uma descrição exata das
características pertinentes ao conteúdo. Nesta etapa, a exploração do material visa estabelecer
uma lógica, que possibilita o surgimento de aspectos que se destacam. As palavras mais
significativas são identificadas no contexto, sendo necessário definir uma forma de
operacionalizá-los (BARDIN, 1977).
60

São destacadas palavras, palavras-chaves, categorias de palavras (substantivos,


adjetivos, verbos, advérbios) em frente da maior freqüência e a intensidade com que cada
respondente se refere ao tema.
A elaboração do tema é importante para fazer uma análise temática que consiste em
descobrir os “núcleos de sentido”. Por exemplo, estudar motivações de opiniões, de atitudes,
de valores, de crenças, de tendências, etc.
A unidade de contexto é a unidade de compreensão para que outras pessoas possam
compreender a significação exata da unidade de registro. Se a unidade de codificação for a
palavra, a unidade de contexto será a frase. Se for o tema, será o parágrafo.

A partir da identificação das unidades de registro, são criadas categorias de análise.


Após sucessivas análises, são definidas as categorias que abrangem de forma coerente, todos
os temas e enfoques abordados.

A categorização “é uma operação de classificação de elementos constitutivos de um


conjunto, por diferenciação e, seguidamente, por reagrupamento segundo o gênero, com os
critérios previamente definidos” (BARDIN, 1977, p.117). A figura 8 apresenta o esquema
completo de uma análise de conteúdo.

Preparação Tratamento dos Dados Interpretação

 Criar um roteiro  Definir unidade de


 Transcrever registro/ do contexto  Processo de
literalmente o  Definir regras e critérios inferência
conteúdo da de enumeração  Resgate da
entrevista (objetivas e subjetivas) teoria
 Fazer a imersão  Definir categorias de
em uma leitura análise
flutuante, várias
vezes.

Figura 8 - Esquema completo de uma Análise de Conteúdo


Fonte: Bardin (1977)

9.3.2.2. Quantitativos
Nas pesquisas quantitativas pode-se utilizar ferramental de processamento estatístico
de dados como o Excel® ou SPSS®. Neste caso, recomenda-se, em uma primeira etapa, fazer
a “limpeza” dos dados obtidos, eliminando-se valores fora dos intervalos esperados e valores
não informados. Recomenda-se cuidado ao transcrever os dados do questionário para o meio
eletrônico, a fim de se evitar erros de digitação. Também é importante levar em conta as casas
decimais, para não se perder a precisão.
Para o caso de TGI as técnicas apresentadas a seguir são as mais aplicadas, dado o
nível da exigência de profundidade deste tipo de trabalho. A depender da maturidade e da
61

motivação dos alunos, o professor orientador poderá ajudar na utilização de outras técnicas
mais robustas e mais sofisticadas.

9.3.2.2.1. Análise de Regressão Linear


A análise de regressão é uma técnica estatística que analisa uma relação de
dependência entre variáveis. Essa técnica de análise pode ser utilizada para se determinar a
existência de uma relação entre as variáveis independentes e a variável dependente, bem
como, a intensidade da relação, ou quanto da variação na variável dependente pode ser
explicada pelas variáveis independentes. Para Hair et al. (2005), caso o problema em estudo
envolva apenas uma variável independente, a técnica estatística é denominada, então,
regressão simples. O ponto central da técnica consiste na avaliação do coeficiente de
regressão parcial, da intensidade de associação, do teste de significância e avaliação de
resíduos (MALHOTRA, 2004).
Cada variável independente deve ser ponderada por meio de procedimentos de análise de
regressão para se assegurar a capacidade máxima de predição do conjunto de variáveis
independentes. Os pesos evidenciam a contribuição relativa das variáveis independentes à
predição conjunta e facilitam a interpretação quanto à influência de cada variável ao se fazer a
predição (HAIR et al., 2005).
A técnica de análise de regressão múltipla oferece uma gama enorme de
possibilidades, parâmetros e opções para a sua utilização. Apresentam-se a seguir alguns dos
parâmetros mais freqüentemente utilizados.

Coeficiente de determinação (R2). Este coeficiente indica a medida da proporção da


variância da variável dependente em torno de sua média que é explicada pelas variáveis
independentes. O coeficiente de determinação múltipla pode variar de 0 a 1. Caso a regressão
esteja adequadamente aplicada e estimada, quanto maior o valor de R2, maior o poder
explicativo da equação de regressão e, portanto, maior a capacidade de explicação ou de
predição da variável dependente, segundo Hair et al. ( 2005).

Coeficiente de regressão (bn). Este coeficiente é um valor numérico da estimativa do


parâmetro que está diretamente associado a uma variável independente. Por exemplo, na
equação Y = bo + b1X1, o valor de b1 é o coeficiente de regressão para a variável X1. O
coeficiente de regressão representa a proporção de variação da variável dependente em
relação a uma unidade de variação na variável independente.

9.3.2.2.2. Análise Fatorial


A análise fatorial é um título genérico dado a uma classe de métodos estatísticos
multivariados, que é utilizada para analisar o inter-relacionamento (correlação) entre um
grande número de variáveis, representando-as em termos de alguns fatores fundamentais.
Nesse caso, não estão definidas previamente as variáveis independentes e a dependente. É
uma técnica de interdependência, pois examina todo um conjunto de relações
interdependentes entre um grande número de variáveis (HAIR et al., 2005; MALHOTRA,
2004). A análise fatorial tem como finalidade encontrar uma forma de condensar as
informações contidas nas variáveis originais pelo uso de um novo e menor conjunto de
variáveis estatísticas (fatores), de modo a minimizar a perda de informação.
Ao utilizar a análise fatorial em dados obtidos por escores de testes ou respostas de
questionários que utilizam perguntas fechadas associadas a escalas de valor, o pesquisador
62

pode identificar fatores comuns e avaliar o grau em que cada variável é explicada por cada um
destes fatores. As duas principais aplicações da análise fatorial têm sido para obter um resumo
de fatores comuns e para a explicação de cada variável (HAIR et al., 2005). Cabe ao
pesquisador,analisar e nomear tais fatores, de maneira a poder avaliar o grau de
relacionamento entre alguns deles.
A análise fatorial também oferece uma gama enorme de possibilidades, parâmetros e
opções para a sua aplicação.

9.3.2.2.3. Resumo das principais técnicas quantitativas


O Quadro 8 a seguir apresenta um resumo de algumas técnicas quantitativas e o tipo
de relação entre as variáveis que as mesmas identificam, incluídas outras não destacadas
acima. Para a adoção da técnica adequada é necessária a avaliação de quantas variáveis estão
envolvidas no estudo, bem como, a determinação se as mesmas são métricas, ou não métricas,
em adição ao tipo de relação examinado.

Quadro 8: Técnicas quantitativas e recomendações de uso


Técnica Aplicação recomendada Tipo de Relação
entre as variáveis
Análise Fatorial Analisar inter-relações entre variáveis e explicar essas Interdependência
variáveis em termos de fatores.

Análise de Aplicações analíticas para o desenvolvimento e identificação Interdependência


Agrupamentos de subgrupos significativos de indivíduos ou objetos.
(Cluster)

Análise de O problema de pesquisa envolve uma única variável Dependência


Regressão dependente métrica e uma ou mais variáveis independentes
também métricas.

Análise de A variável dependente é dicotômica (masculino-feminino), ou Dependência


Discriminante multicotômica (alto-médio-baixo). A amostra total pode ser
dividida em grupos baseados em uma variável dependente
que caracteriza diversas classes conhecidas.

Anova / Manova Análise de variância. Usada para explorar simultaneamente as Dependência


relações entre variáveis independentes categóricas
(geralmente chamadas de tratamentos) e duas ou mais
variáveis dependentes métricas.

Correlação Pode ser utilizada como uma extensão lógica da análise de Dependência
Canônica regressão múltipla. O objetivo é correlacionar
simultaneamente diversas variáveis dependentes e diversas
variáveis independentes que sejam métricas.
Fonte: Elaborado a partir de Hair et al. (2005)
63

9.4. Análise dos Dados ou Resultados - NBR 14724/DEZ/2005


A Análise dos Dados ou dos Resultados é a busca da interpretação do que foi
descoberto como conseqüência do tratamento dos dados, independentemente de ter sido
utilizada uma técnica estatística ou não estatística. Quando for utilizada uma técnica
qualitativa, é mais apropriado referir-se à Análise dos Resultados porque envolve uma
elaboração intelectual sem a consideração de dados numéricos para sustentar as avaliações.
Nesta etapa o pesquisador volta ao Referencial Teórico para buscar as conexões
com a literatura sobre o assunto, visando identificar se as descobertas provenientes dos
levantamentos no campo confirmaram ou não os conceitos existentes.
Quanto mais cuidadoso e conectado com os objetivos da pesquisa for o
levantamento da literatura, mais fácil e eficaz resultará a análise dos dados.
Recomenda-se que se adote a mesma estrutura dos objetivos específicos, de maneira
a se perceber se estes foram totalmente ou em parte alcançados.
Esta é a seção que geralmente exige mais reflexões no processo da pesquisa. Trata-
se de explicar os dados obtidos no levantamento de campo realizado. Não cabe aqui tirar
conclusões. A característica básica deste item é a de ser essencialmente analítica, revelando o
que foi descoberto ou os porquês dos fenômenos.
Cervo e Bervian (2003) pontuam que na Análise as posições não podem ainda ser
pessoais, pois os pesquisadores só poderão afirmar ou negar, concordar ou discordar a partir
de evidências contempladas no próprio texto.
É importante apontar os achados de maneira simples e clara para facilitar a
compreensão do leitor, podendo utilizar diagramas, gráficos e tabelas para dar visibilidade aos
resultados obtidos.

9.5. Limitações do Estudo


As Limitações do Estudo são aquelas a que toda pesquisa está sujeita, sem
exceções, independentemente da pouca ou grande experiência do pesquisador. Esta parte é
onde se demonstra grande parte da ética e responsabilidade intelectual perante a comunidade
científica, apontando o que não foi possível atender ou o procedimento não cumprido.
As limitações geralmente ocorrem como conseqüência de fatores, tais como:
 tema com pouca literatura disponível;
 tamanho mínimo ou insuficiente da amostra para se aplicar alguma técnica
estatística que permitisse alguma inferência;
 questionário que dificultou o entendimento por parte dos respondentes;
 atraso no retorno de questionários ou postergação de entrevistas;
 dificuldades ou impossibilidade de acesso a pessoas relevantes ou a dados
considerados sigilosos.
É oportuno ressaltar que muitos pesquisadores colocam esta parte no final do
trabalho, depois das conclusões e recomendações. Esta prática, contudo, pode levar o leitor a
considerar a pesquisa como um todo tendo limitações, depreciando o seu valor, quando estas
se concentram usualmente nos Procedimentos Metodológicos. Assim, não obstante as suas
limitações, uma pesquisa pode atender a padrões mínimos de consistência, integração,
confiabilidade e validade.
64

9.6. Conclusões (NBR 14724/DEZ/2005)


As Conclusões ou Considerações Finais (para pesquisas qualitativas e estudos de
caso) devem sempre ser iniciadas em nova página. É a parte final do texto, na qual se
apresentam os aprendizados e as descobertas propiciadas pela pesquisa.
A sua apresentação deve estar conectada aos objetivos, pois estes constituem a razão
de ser da pesquisa. Portanto, é preciso que se mostre e avalie o que de valor foi descoberto
após todo o esforço empregado.
É por meio das Conclusões que se apresenta um novo conhecimento ou reformula-se
algum conhecimento existente, acrescentando-se ou contradizendo-se conceitos encontrados
na Literatura. É o momento do pesquisador se posicionar, fazer as suas críticas, apresentar o
que foi revelado de novo ou de surpreendente, enfim, o saldo do seu aprendizado. É nas
Conclusões que ele passa a ter a sua opinião considerada, ajudando-o a ser reconhecido na
comunidade de pesquisadores científicos.

9.7. Recomendações

As Recomendações no relatório final têm a finalidade de oferecer ao leitor aquilo


que o pesquisador considera relevante sugerir, decorrente do seu aprendizado com a pesquisa,
ou que tenha extrapolado os limites do trabalho.
As recomendações devem ser dirigidas para dois aspectos:
1. em qual ou quais novos temas de pesquisa o trabalho poderia ser continuado,
expandido ou ser incorporado;
2. o que, onde e como os resultados da pesquisa poderiam ser aplicados pelas
organizações, de maneira geral, ou por aquelas que foram objeto de estudo de
caso.
Esta parte ajuda o pesquisador a refletir sobre a contribuição objetiva e concreta do
que aprendeu com a pesquisa.
65

10. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS - TGI II

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 APÊNDICES

 ANEXOS
66

10.1. Referências Bibliográficas (NBR 6023/agosto/2002)

Trata-se da relação das obras consultadas e mencionadas no trabalho.

O item 11 deste manual apresenta modelos de referências


bibliográficas de acordo com a norma citada.

10.2. Apêndices (NBR 14724/DEZ/2005)

Elemento opcional que consiste em um texto ou documento elaborado pelo autor, a


fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho. Os
apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos
títulos.

Exemplo:
APÊNDICE A – Orçamento proposto para um programa de pesquisa.

APÊNDICE B – Comparação das abordagens de comunicação

10.3. Anexos (NBR 14724/DEZ/2005)


Elemento opcional que consiste em um texto ou documento não elaborado pelo
autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Os anexos são identificados
por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.

Exemplo:
ANEXO A – Questões de mensuração para o estudo da MindWriter

ANEXO B – Seções do relatório de pesquisa e sua ordem de inclusão


67

11. REGRAS PARA AS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A seção de referências bibliográficas apresenta a relação das obras


consultadas e mencionadas no trabalho, de acordo com a última norma editada pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas, em dezembro de 2005.

Não se pode confundir referências bibliográficas com bibliografia.

Bibliografia é a relação de obras consultadas que tratam de determinado


assunto, mas que não foram citadas no corpo do trabalho. As Referências
Bibliográficas são a relação das obras consultadas e mencionadas no trabalho pelo
pesquisador.

As referências bibliográficas devem ser colocadas em ordem alfabética pelo


sobrenome dos autores, em lista única.

A seguir, são apresentados exemplos sobre como redigir as Referências


Bibliográficas. Para efeito didático, os exemplos estão classificados por tipo de obra.

Livros
ANTUNES, Maria Thereza P. Capital intelectual. São Paulo: Atlas, 2000.

BERNARDES, Cyro; MARCONDES, Reynaldo C.. Teoria geral da administração. 3. ed..


São Paulo: Saraiva, 2002.

Quando houver indicação explícita de responsabilidade pelo conjunto da obra, em coletâneas


de vários autores, a entrada deve ser feita pelo nome do responsável.

PAQUAY, Léopold (Org.) Formando professores profissionais: quais estratégias? Quais


competências?. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

Quando existirem dois autores, colocar os DOIS com ponto e vírgula. Mais de TRÊS
autores, indica-se apenas o primeiro, acrescentando-se a expressão et al.

HAIR, J. F. et al. Análise Multivariada de dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

Dissertações e Teses
AVILA, Ricardo T. A pressão pela redução de preços nos novos produtos das autopeças e
a inovação em automações industriais. 2001,198p. Dissertação (Mestrado em
68

Administração de Empresas). Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas,


Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo.

MOORI, Roberto G. Um modelo de procedimento para a avaliação da produtividade na


administração dos materiais. 1993. 152p. Tese (Doutorado em Engenharia). Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo.

Dicionários
DINIZ, Maria Helena. Dicionário jurídico. São Paulo: Saraiva, 1998. 4 v.

PINHO, M. O. de M. Dicionário de termos de negócios: português-inglês: english-


portuguese. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

Catálogos
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE. Catálogo de dissertações e teses:
resumos, 1999. São Paulo, 2000. 218 p.

HEWLETT-PACKARD. Test & measurement catalog 1998. Englewood: Hewlett-Packard


Press, 1999. 668 p.

Anais de Congressos, Seminários, Encontros

HANASHIRO, Darcy M. M; TEIXEIRA, Maria Luisa Mendes. Os papéis desempenhados


pelos profissionais de recursos humanos contribuem para a vantagem competitiva
sustentável? In: ENAMPAD 2001. Campinas- São Paulo. Anais dos Resumos dos trabalhos.
Hotel Royal, 2001. 312p.

Periódicos
Revista considerada no todo (coleção)

REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO MACKENZIE. São Paulo: Ed. Mackenzie, 2001 -.


Semestral. ISSN 1518-6776

Artigos de revista

NASSIF, Vânia M. J.; HANASHIRO, Darcy.M.M. A competitividade das universidades


particulares à luz de uma visão baseada em recursos. Revista de Administração Mackenzie,
São Paulo, ano 3, n.1, p.97-114, 2001.

HU, Osvaldo R. T.; RAUNHEITTE, Luís Tadeu. M. Padrão JPEG de compactação de


imagens. Revista Mackenzie de Engenharia e Computação, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 139-
152, jul./dez. 2000.
69

Artigo de Jornal

FONSECA, Roberto. Gabinete “paga” campanha de vereador. Jornal da Tarde, São Paulo, 9
maio 2001. Cidade, Caderno A, p.12.

Parte de livros e artigos

ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; SCHIMIDT, J.
(Org.). História dos jovens 2. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. P.7-16.

Artigo e matéria de Revistas e Boletins

AS 500 maiores empresas do Brasil. Conjuntura Econômica, Rio de Janeiro, v. 38, n.9, set.
1984. Edição especial.

Parte de Revistas e Boletins

DINHEIRO: revista semanal de negócios. São Paulo: Ed. Três, n. 148, 28 jun. 2000. 98p.

Artigo de reportagem e resenhas

LEAL, L. N. MP fiscaliza com autonomia total. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p.3, 25 abr.
1999.

Legislação

BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional n. 9, de 9 de novembro de 1995. Lex:


legislação federal e marginalia, São Paulo, v.59, p.1966, out./dez. 1995.

Jurisprudência

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n.14. In: ______. Súmulas. São Paulo:
Associação dos Advogados do Brasil, 1994. P.16.

Códigos
BRASIL. Código civil. Coordenação de Maurício Antonio Ribeiro Lopes. 6. Ed. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2001.

Decreto

BRASIL.Decreto n. 3.704, de 27 de dezembro de 2000. Altera a Nomenclatura Comum do


MERCOSUL (NCM) e as alíquotas do imposto de importação dos produtos que menciona, e
dá outras providências. LEX – Coletânea de Legislação e Jurisprudência: Legislação Federal
e Marginália. São Paulo, v. 65, 2001.
70

Mapa
Sistema cartográfico metropolitano da Grande São Paulo: levantamento aerofotogramétrico:
Consolação. São Paulo: Emplasa, [1972?]. 1 mapa, 64 x 84 cm. Escala 1:2000. Projeção
transversa de Mercator, Meridiano Central 45º.

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PROQUEST: banco de dados. Disponível em : <http://www.umi.com/pqdauto>. Acesso em:


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Lista de Discussão

BIBLIOTECAS Universitárias. Lista mantida pela FEBAB, Brasil. Disponível em:


<[email protected]>. Acesso em 03 abr.2001.

Home Page Institucional

DIRETÓRIO Acadêmico Eugênio Gudin (DAEG). Desenvolvido pelo Diretório Acadêmico


da Faculdade de Ciências Econômicas, Contábeis e Administrativas da Universidade
Presbiteriana Mackenzie. Apresenta informações acadêmicas dos cursos da universidade.
Disponível em: <http://www.daeg.com.br>. Acesso em: 03 abr. 2001.

Arquivo em Disquete

PETROBRÁS. Informe Técnico. Rio de Janeiro, ago.1999.1 disquete, 31/2. Windows 98.

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Nov.1999. Disponível em: <http://proquest.umi.com/pqdweb> Acesso em : 9 maio 2001.

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http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm. Acesso em: 10
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71

Livros/Monografias no todo

KOOGAN, André; HOUAISS, Antonio (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. Direção
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SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Tratados e organizações ambientais em


matéria de meio ambiente. In: ________. Entendendo o meio ambiente. São Paulo, 1999. V.
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Revista e Boletim

SILVA, M. M. L. Crimes da era digital..Net, Rio de Janeiro, nov.1998. Seção Ponto de Vista.
Disponível em: http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.htm. Acesso em: 28
nov.1998.

Artigo e matéria de jornal

SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro.O Estado de São Paulo, São Paulo,
19 set. 1998. Disponível em: http:///www.providafaília.org/pena_morte_nascituro.htm.
Acesso em: 19 set.1998.

Trabalho apresentado em evento em meio eletrônico

GUNCHO, M. R. A educação à distância e a biblioteca universitária. In: SEMINÁRIO DE


BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 10., 1998, Fortaleza. Anais...Fortaleza: Tec Treina,
1998. 1 CD-ROM.

Documento cartográfico
PERCENTAGEM de imigrantes em São Paulo, 1920. 1 mapa, color. Escala indeterminável.
Neo Interativa, Rio de Janeiro, n.2, inverno 1994. 1 CD-ROM.
72

12. COMO O TRABALHO DEVE SER DIGITADO (NBR


14724/DEZ/2005)
A digitação do trabalho de TGI I e II deve ser feita respeitando-se o tipo de letra,
espaçamento, bordas, margens, parágrafos e formato. Solicita -se o uso de:
 Papel Sulfite branco tamanho A4 (210X297mm);

Letra
 Letra tipo: times new roman;
 Fonte: tamanho 12 para o corpo do trabalho e referências bibliográficas
 Fonte: tamanho 10 para citações longas, epígrafes; fonte de quadros, tabelas e
figuras;

Espaço entre linhas


 No TGI I, espaço 1,5 para o texto
 No TGI II, espaço simples para o texto
 Para citações longas (mais de três linhas), tabelas, quadros e referências bibliográficas
podem ser digitados em espaço simples;
 Os Títulos das Seções devem ser separados do texto que os precede ou que os sucede
por um espaço duplo.
 O texto deve ser JUSTIFICADO, obedecendo as margens estabelecidas.
 No texto, utilizam-se PARÁGRAFOS com 1 TAB.

Numeração
 A numeração das páginas deve ser colocada na borda superior direita (2 cm da
margem superior e 2 cm do lado direito da folha).
 O número da página só estará grafado a partir da página inicial da INTRODUÇÃO,
entretanto, a contagem deve ser iniciada na página de rosto;

Margens
 Margens Laterais:
o Esquerda e margem superior = 3 cm,
o Direita e margem inferior = 2 cm.

Encadernação
 Espiral com capa transparente e contracapa preta.
73

13. ORIENTAÇÃO DO TRABALHO DE TGI

 PAPEL DO ORIENTADOR

 DEFESA DO TGI II

 PROCEDIMENTOS NA BANCA DE DEFESA

 PAPEL DOS ALUNOS


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13.1. Papel do Orientador


Cabe ao professor-orientador de TGI:
 Acompanhar o grupo de trabalho, semanalmente e presencialmente;
 Orientar os passos e etapas da construção do trabalho;
 Não aceitar orientações individuais em nome do grupo;
 Sistematizar o controle de freqüência semanal para evitar que alguns alunos
compareçam esporadicamente na supervisão;
 Gerenciar possíveis conflitos internos do grupo;
 Desenvolver um sistema de avaliação parcial e registrar no TIA, bem como as
faltas, para que os alunos observem o acompanhamento;
 Comprometer-se com o trabalho para que haja envolvimento de ambas as partes;
 Dar feedback periódico do andamento dos trabalhos, evitando transtornos no
final do mesmo;
 Indicar aos alunos as informações disponibilizadas no site, pela coordenação de
TGI;
 Executar os procedimentos administrativos junto à coordenação de TGI.

Especificamente ao professores-orientadores de TGI I:

 Acompanhar os grupos, procurando dividir o tempo de orientação de forma


equilibrada;
 Amparar, metodologicamente os grupos;
 No final do semestre, organizar, com os alunos, a elaboração do Pôster que será
colocado no site e que deve ser enviado para a coordenação de TGI;
 No final do semestre organizar a banca de TGI-I, a qual será composta por um
professor que conhece o tema desenvolvido;
 No final do semestre avisar a coordenação de TGI se continuará a orientar o
TGI-II e a data/hora da orientação (antes do período de férias/recesso).

Para os professores-orientadores de TGI II:

 Ser presencial e pontual nas orientações, exigindo o mesmo dos alunos;


 Considerar, em primeiro lugar, o Projeto de TGI I, mesmo que este necessite
de reajustes;
 Exigir do grupo, a presença de todos os alunos para orientação;
 No final do semestre, organizar as defesas, atentos com a distribuição dos
trabalhos, antecipadamente, aos membros da banca, bem como o agendamento
do dia e horário e confirmação com os membros da banca;
 Por ocasião da defesa, elaborar a “ata de defesa” a partir do modelo do site;
 É de responsabilidade do orientador, entregar, para a coordenação de
TGI (imediatamente após a banca), uma cópia da ata de defesa e cópia do
trabalho (em um só arquivo) em mídia (Disquete, ou CD);
 Lançar a nota dos alunos no TIA.

13.2. Defesa do TGI II


1. A Coordenação de TGI deverá ser informada, por meio do ATO DE DEFESA (em
anexo), a data, horário e membros da banca;
75

2. Utilizar a FICHA DE AVALIAÇÃO para a obtenção da nota do trabalho;


3. Todos os alunos do grupo devem ter uma participação na apresentação do trabalho;
4. O tempo para a apresentação do trabalho é de 25 minutos;
5. Após a apresentação dos alunos, dar a palavra em primeiro lugar para o convidado
externo ao Mackenzie e depois para o professor da casa. Se ambos forem da casa, o
critério para a escolha do primeiro é livre;
6. Os membros da banca devem ser orientados, antes do início da defesa, de que todos
os alunos devem ser argüidos e não apenas um ou outro, pois poderão ter notas
diferentes. A avaliação não deve se pautar apenas na apresentação do trabalho, mas
na participação de todos no desenvolvimento do trabalho. Para isso, o parecer do
orientador tem peso relevante na diferenciação das notas.
7. Cabe lembrar que nem todas as pessoas – professores ou profissionais de mercado –
têm experiência com esta atividade. Sendo assim, umas palavrinhas no momento do
convite ou na sala dos professores fazem-se necessárias para explicar este
procedimento;
8. A cada pergunta dirigida ao aluno este deverá respondê-la imediatamente; convém
lembrar que todos os alunos devem ser argüidos.
9. Ao término da apresentação e das argüições, os alunos e público presentes deverão se
retirar para que a banca e orientador discutam a avaliação. Para isso utilizem a Ficha
de Avaliação.
10. Feito este procedimento, convidar as pessoas para retornarem à sala e o orientador
divulgará o resultado.
11. Vale lembrar que os alunos podem ter notas diferentes e isso deve ser colocado em
todos os formulários;
12. Após a definição das notas, solicitamos o preenchimento COMPLETO dos
instrumentos, principalmente as ASSINATURAS DOS MEMBROS DA BANCA,
conforme orientação a seguir:

Documento Quantidade O que fazer


Ficha de 1 Preencher juntamente com os membros da banca
avaliação para elaborar a nota do trabalho.
Deve estar encadernada no trabalho.
Ata de defesa 1 para o grupo e 1 para a Você receberá a ata pronta. Terá que colocar a nota
coordenadoria de TGI e colher assinaturas.
Não encadernar no trabalho.
Trabalho de 1 para cada membro da banca Orientar os alunos para que cada um tenha a sua
TGI (com antecedência de pelo menos cópia, pois não disponibilizaremos a cópia da
uma semana) Coordenadoria.
Enviar para os membros da banca examinadora um
exemplar completo.
Cópia do 1 Salvar o trabalho (em um só arquivo) em disquete /
trabalho em CD etiquetado e passar o antivírus e anexar o mesmo
Disquete / CD no trabalho que será entregue para a Coordenação de
TGI.
Títulos dos 1 Preencher o formulário com título do trabalho. O
trabalhos mesmo título é informado no sistema de notas (para
todos os alunos). Vale lembrar, que os títulos
enviados pelos professores, serão impressos nos
diplomas dos alunos. Portanto não poderão sofrer
alterações.
76

13.3. Procedimentos na Banca de Defesa


O professor-orientador do trabalho deve verificar a sala em que ocorrerá a defesa e
proceder da seguinte maneira:

 Abrir solenemente a sessão de defesa, apresentando os alunos, título do trabalho e banca;


 Agradecer aos membros da banca, disponibilidade de tempo e atenção para com o
trabalho;
 Explicar como vai ocorrer a sessão: todos os alunos deverão falar, totalizando 25 minutos
e depois cada membro da banca fará as argüições para os alunos e estes responderão. O
período total da defesa deve ficar entre 1h e, no máximo1h30.
 Passar, então, a palavra aos alunos e controlar o tempo.
 Após a apresentação dos alunos, dar prioridade para o membro da banca convidado (se
tiver) e depois para o professor da casa. Se ambos forem da casa, utilize o critério que
julgar melhor.
 Ao término desta fase, solicitar que todos se retirem da sala e procurar deixar a banca
bem tranqüila para avaliar o trabalho. Procure não ser defensivo para com eles em relação
às possíveis críticas. Estamos todos aprendendo com esta experiência.
 Utilizar a Ficha de Avaliação que deverá estar encadernada no trabalho. Ela apresenta
parâmetros que excluem a subjetividade e ajudam a medir o desempenho.
 Obter necessariamente as assinaturas nas Atas.
 Após estes procedimentos, convidar os alunos para entrar na sala e fazer a leitura da
Ata ou, então, divulgar as notas publicamente.
 Fechar a sessão e agradecer a todos os presentes.

Procedimentos após a defesa:

Para os alunos Para os membros da Para a Coordenação de TGI


Banca
Entregar uma cópia da Entregar Certificado de Entregar Cópia do Trabalho em um só
Ata para o grupo após a Participação. arquivo em Disquete / CD
divulgação dos
resultados Cópia da Ata assinada pelos membros
da banca

O professor orientador deverá então lançar as notas no Sistema

13.4. Papel dos Alunos


Cabe a cada aluno de TGI I e TGI II:

 Freqüentar presencialmente as orientações de TGI;


 Desenvolver o espírito de equipe para trabalhar o consenso;
 Sentir-se 100% responsável pelo trabalho;
 Não “carregar” o grupo, assumindo individualmente o trabalho;
 Despertar e exigir responsabilidade dos colegas;
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 Aproveitar todo o tempo da aula para investir na elaboração do projeto e do


trabalho;
 Não substituir o horário da orientação por outra atividade;
 Solicitar ajuda do professor, depois de tentativas com o próprio grupo, sobre
possíveis conflitos entre os colegas do grupo;
 Procurar discutir, de maneira saudável com o grupo, as tensões emocionais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DO MANUAL DE TGI


ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Informação e
documentação, referências, elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: Informação e


documentação, apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Informação e


documentação, trabalhos acadêmica-apresentação. Rio de Janeiro, 2005.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.


BRYMAN, A. Quantity and quality in social research. New York, USA: Routledge, 2004

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall,
2002.
COOPER, D. R.; SCHINDLER, P. S. Método de pesquisa em administração. Porto Alegre:
Bookman, 2003.

DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico.São Paulo: Atlas, 2000.

DIETERICH, Heinz. Novo guia para a pesquisa científica. Blumenau: FURB, 1999. 263p.

EASTERBY-SMITH, M.; THORPE, R.; LOWE, A.. Pesquisa Gerencial em


Administração: um guia para monografias, dissertações, pesquisas internas e trabalhos em
consultoria. São Paulo: Pioneira, 1999.

FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. São Paulo: Saraiva, 2003.

GODOY, Arilda S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de


Administração de Empresas, v.35, n.2, p.57-83, mar/abr.1995.

GODOY, Arilda S. A pesquisa qualitativa e sua utilização em administração de empresas.


Revista de Administração de Empresas, v.35, n.4, p.65-71, jul/ago.1995.

GOODE, William J.; HATT, Paul K. Métodos em pesquisa social. São Paulo: Nacional,
1979.
HAIR, J. F. et al. Análise Multivariada de dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
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KERLINGER, Fred N. Metodologia da pesquisa em ciências sociais. São Paulo: EPU:


EDUSP, 1980.

KOCHË, José C. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática da


pesquisa.Petrópolis: Vozes, 1997.

MALHOTRA, N. Pesquisa de Marketing. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.

MARTINS, G.A. Guia para elaboração de monografias e trabalhos de conclusão de


cursos. São Paulo: Atlas, 2000.

MARTINS, G. A.; PINTO, R. L. Guia para elaboração de trabalhos acadêmicos. São


Paulo: Atlas, 2001.

MATTAR, Fauze N. Pesquisa de marketing. Edição compacta. São Paulo: Atlas, v.1, 1997,
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RICHARDSON, Roberto.J. et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas,
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SALVADOR, Ângelo Domingos. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica: elaboração


de trabalhos científicos. Porto Alegre: Sulina, 1986.

SANTOS, Antonio Raimundo. Metodologia científica: a construção do conhecimento. Rio


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SELLTIZ, C . et al. Métodos de pesquisa das relações sociais. São Paulo: EPU, 1975.

YIN, Robert K. Estudo de caso. Porto Alegre: Bookman, 2001.

ZILBER, M. A.; PEREZ, G.; LEX, S. Inovação Tecnológica e Obtenção de Vantagens


Competitivas: um estudo duplo qualitativo na Indústria Brasileira de Equipamentos Eletro-
Médicos. Revista O&S - Organização e Sociedade, v.16, n.51, p.707-723, out./dez., 2009.

INDICAÇÕES DE LEITURAS PARA ELABORAÇÃO DO TGI


ACEVEDO, C. R.; NOHARA, J. J. Monografia no curso de Administração – Guia
completo e forma. São P aulo: Atlas, 2004.

BOOTH, Wayne C., COLOMB, Gregory G.,WILLIAMS, Joseph M. A arte da pesquisa.


São Paulo: Martins Fontes, 2005.

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall,
2006.

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas.


São Paulo: Atlas, 2009.
79

FRAUDES NA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

Prof.ª Dr.ª Maria Thereza Pompa Antunes


Prof. MSc. Rodrigo Augusto Prando

Ao se abordar o tema “Elaboração de Trabalhos Acadêmicos”, ou especificamente no


CCSA o Trabalho de Graduação Interdisciplinar (TGI), além do rigor científico em termos da
construção do conhecimento e dos seus aspectos formais, uma outra questão emerge e é
considerada de extrema importância. Trata-se da fidelidade em relação às idéias alheias.
Manter-se fiel às idéias alheias significa identificar o autor e a obra consultada pelo
pesquisador. Quando isso não ocorre, ou seja, o pesquisador usa as idéias de outrem sem
mencionar a fonte, diz-se que o pesquisador cometeu um plágio, isto é, copiou ipsis litteris
(literalmente) o que já fora escrito sem dar os créditos da autoria ao seu idealizador.
A Lei n. 9.610/98, Lei dos Direitos Autorais, estabelece em seu artigo 46 o que não
constitui ofensa aos direitos autorais. Com relação às citações, assim expressa:

“A citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de


passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada
para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra.”
Entretanto, é importante chamar a atenção para um outro tipo de fraude acadêmica que
não se enquadra literalmente no texto da Lei supracitada, ou seja, na sua forma, mas que, na
essência, se caracteriza como plágio e que, nem por isso, deixa de ser uma atitude antiética.

Esse tipo de plágio é assim caracterizado por Furtadoi (2005, p. 3):


O plagiário recorre dolosamente aos expedientes mais sutis, porém não
menos recrimináveis, e não reluta em fazer inserções, alterações, enxertos nas idéias
e pensamentos alheios, muitas vezes apenas modificando algumas palavras, a
construção das frases, a fim de ludibriar intencionalmente e, assim, prejudicar, de
forma covarde, o trabalho original de alguém e ofendendo os direitos morais do seu
verdadeiro autor.” (Grifo nosso)

Como se pode observar, o autor está se referindo ao que se denomina plágio moral, ou
seja, não se enquadra no texto da Lei 9.610/98, por não ser cópia literal, mas trata-se de uma
utilização maquiada das idéias do autor original, por assim dizer.
Adicionalmente, a realidade atual, caracterizada por um ambiente virtual que
proporciona muitas vantagens, pode se transformar em uma grande armadilha, visto à
facilidade de acesso a uma ampla quantidade de obras publicadas em diversos periódicos e,
também, a bibliotecas de universidades nacionais e internacionais.
Um exemplo bastante recente é a criação do site acadêmico lançado pela Googleii. Se
por um lado essa ferramenta possibilita o enriquecimento do trabalho escolar, dado o alcance
de suas buscas, por outro lado pode levar o aluno a cair em tentação e copiar os textos seja de
forma literal ou as idéias com pequenas modificações conforme já exposto, mas que em suma
contribui para que o aluno fraude.
Nesse sentido, deve-se ressaltar que toda escolha implica em conseqüências que
devem ser avaliadas. Ao mesmo tempo em que os sites de buscas possibilitam o acesso aos
alunos para realização dos trabalhos, permite aos professores a verificação da autenticidade e
autoria das idéias.
80

i
FURTADO, J. A. X. Trabalhos acadêmicos em Direito e a violação de direitos
autorais através de plágio. Jus Navigandi, Teresina, a.7, n.60, 2002. Disponível em:
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3493.Acesso em 26/10/2005.
ii
Google lança site acadêmico no País. O Estado de São Paulo, 12/01/06.

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