Plano Estadual de Saude 2016 2019
Plano Estadual de Saude 2016 2019
Plano Estadual de Saude 2016 2019
2016 - 2019
ORGANIZAÇÃO
José Dínio Vaz Mendes
Rosana Marques Ferro Cruz
Silvany Lemes Cruvinel Portas
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Departamento de Planejamento da CPS
PROJETO GRÁFICO
Id Artes e Eventos
EDIÇÃO
Carolina Lopes Zanatta - CPS
Naide Oliveira - CPS
Paulo Ribeiro de Calais Jesus - CPS
Rosana Marques Ferro Cruz - CPS
Telma Regina Attizani - CPS
Thaís Sune Christiano Pipolo - CPS
Vivian Silva de Oliveira - CPS
Helma Kátia Senna da Silva - Id Artes e Eventos
Pablo Valença - Id Artes e Eventos
Jadson Alves - Id Artes e Eventos
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA-APOIO
Id Artes e Eventos
REVISÃO
Departamento de Planejamento da CPS
SECRETÁRIO ADJUNTO
Wilson Modesto Pollara
CHEFE DE GABINETE
Nilson Ferraz Paschoa
COORDENADORES
Benedicto Accácio Borges Neto - Coordenadoria de Regiões de Saúde (CRS)
Eduardo Ribeiro Adriano - Coordenadoria de Gestão de Contratos de Serviços de Saúde (CGCSS)
Eloiso Vieira Assunção Filho - Coordenadoria de Gestão Orçamentária e Financeira (CGOF)
Geraldo Reple Sobrinho - Coordenadoria de Serviços de Saúde (CSS)
Haino Burmester - Coordenadoria de Recursos Humanos (CRH)
Jorge Alberto Lopes Fernandes - Coordenadoria Geral de Administração (CGA)
Marcos Boulos - Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD)
Sérgio Swain Muller - Coordenadoria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos de Saúde (CCTIES)
Silvany Lemes Cruvinel Portas - Coordenadoria de Planejamento de Saúde (CPS)
COORDENAÇÃO GERAL
Coordenadoria de Planejamento de Saúde (CPS)
COMISSÃO DE ELABORAÇÃO
Alethea Matos Hayashida - CPS
Carolina Lopes Zanatta - CPS
Naide Oliveira - CPS
Paulo Ribeiro de Calais Jesus - CPS
Telma Regina Attizani - CPS
Thaís Sune Christiano Pipolo - CPS
Rosana Marques Ferro Cruz - CPS
Vivian Silva de Oliveira - CPS
PARTICIPAÇÃO
Conselho Estadual de Saúde do Estado de São Paulo (CES)
Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS-SP)
COORDENAÇÃO REGIONAL
Departamentos Regionais de Saúde
PARTICIPAÇÃO REGIONAL
Grupos de Vigilância Epidemiológica
Grupos de Vigilância Sanitária
Instituto Adolfo Lutz – Centros Regionais
SUCEN - Escritórios Regionais
CONTRIBUIÇÃO TÉCNICA
APRESENTAÇÃO
15
INTRODUÇÃO
I - ASPECTOS DEMOGRÁFICOS
18
E SOCIOECONÔMICOS
II - Perfil da Morbimortalidade
26
6 6 0 6 4 8 4 0 6 0
e da atenção à saúde
EIXO II - Desenvolvimento de
programas e ações para segmentos
específicos da população
EIXO V - Fortalecimento da
participação da comunidade e do
controle social na gestão do SUS
Referências bibliográficas
Anexos
12
APRESENTAÇÃO
13
Foto Ken Chu
14
INTRODUÇÃO
15
Em 2006 passa a ser implantado o PlanejaSUS, que surge por
iniciativa do Ministério da Saúde juntamente com gestores e
técnicos de planejamento de governos estaduais e municipais, com
o objetivo de coordenar/organizar o processo de planejamento no
âmbito do SUS e de garantir resolutividade e qualidade na gestão
das ações e serviços prestados.
Dentre as características principais do PlanejaSUS temos:
objetivos claramente definidos a respeito das responsabilidades
de cada esfera de gestão (federal, estadual e municipal); nenhuma
forma de subordinação entre as três esferas de governo;
organização e operacionalização baseadas em processos que
permitam seu funcionamento harmônico entre todas as esferas do
SUS; processos resultantes de pactos objetivamente definidos, com
estrita observância dos papéis específicos de cada um; proximidade
dos níveis de decisão do SUS, buscando permanente pactuação
das bases de funcionamento do planejamento, monitoramento e
avaliação do SUS.
O PlanejaSUS utiliza-se de instrumentos que lhe dão concretude.
São eles: o Plano de Saúde (PS), as Programações Anuais de Saúde
(PAS) e os Relatórios Quadrimestrais e Anuais de Gestão (RQG) e
(RAG). Esses instrumentos compõem os produtos básicos a serem
promovidos inicialmente pelo PlanejaSUS.
O Plano Estadual de Saúde que será aqui apresentado é um
instrumento de planejamento contemplado no PlanejaSUS e
concretiza desta forma uma das fases do planejamento de saúde
no nível estadual.
O Plano Estadual de Saúde tem o objetivo de apresentar as
intenções e os resultados a serem buscados pela gestão de saúde
no período de quatro anos expressos em objetivos, diretrizes
e metas. A elaboração do presente Plano Estadual de Saúde foi
constituída por esses dois momentos e será descrita de forma
detalhada a seguir.
Desenvolvimento do Plano
Estadual de Saúde 2016-2019
16
Inicialmente foi elaborado e apresentado ao grupo de trabalho o diagnóstico da
situação de saúde do estado de São Paulo com o intuito de subsidiar a definição
dos eixos, diretrizes e objetivos para o próximo quadriênio.
Posteriormente foi elaborada, pelo grupo de trabalho, uma versão preliminar
do PES 2016-2019, que foi apresentada ao Conselho Estadual de Saúde (CES) em
2 oficinas realizadas em agosto e setembro de 2015. O objetivo das oficinas foi o
de compatibilizar as propostas oriundas da 7ª Conferência Estadual de Saúde de
São Paulo aos eixos, diretrizes e objetivos do novo PES. Os encontros propiciaram
uma ampla interação entre técnicos de todas as Coordenadorias da SES/SP e dos
Departamentos Regionais de Saúde (DRS) com os Conselheiros de Saúde.
Em dezembro de 2015, o PES 2016-2019 foi apreciado e aprovado pelo Pleno
do Conselho Estadual de Saúde de São Paulo e será o principal subsídio para a
elaboração de ações pela SES/SP no próximo quadriênio.
17
18
19
Foto Miguel Schincariol
O Estado de São Paulo é uma das 27 o componente migratório do crescimento
unidades federativas do Brasil. Localizado paulista se reduziu fortemente, passando de
no sudeste brasileiro, possui apenas 3% 42% na década de 70 para 11% na primeira
do território nacional, mas conta com 42,6 década do século XXI1.
milhões de habitantes (estimativa SEADE/2014)
A Taxa de Fecundidade Total (o número
o que representa cerca de 22% da população
médio de filhos de uma mulher ao final do seu
do país, constituindo-se na terceira unidade
período fértil) no estado de São Paulo manteve
administrativa mais populosa da América do
sua queda nos últimos anos, passando de 1,78
Sul.
em 2009 para 1,63 em 20132 (no Brasil passou
Responsável por mais de 31% do PIB do país, de 1,94 para 1,77 no mesmo período), valores
São Paulo abriga o maior parque industrial com muito inferiores aos encontrados duas décadas
a maior produção econômica do Brasil e figura atrás (Brasil – 2,73 e São Paulo - 2,22 em 19913).
entre os estados brasileiros com alto Índice de
A Taxa Bruta de Natalidade (número de
Desenvolvimento Humano, sendo superado
nascidos vivos por mil habitantes) também
apenas por Santa Catarina e pelo Distrito
apresentou queda no estado, passando de
Federal, embora mantenha desigualdades
19,99 em 1991 para 14,68 em 20112.
socioeconômicas regionais e concentrações de
pobreza em seu território. Verifica-se o aumento da Expectativa de
Vida ao Nascer no estado de São Paulo, que
Segundo a Fundação SEADE, o crescimento
em ambos os sexos, passou de 69,5 anos em
populacional de São Paulo na última década foi
1991 para 77,2 anos em 2013 (Tabela 1), com
o menor desde 1950, fruto de uma acentuada
diferença de cerca de sete anos entre os sexos
queda da fecundidade, combinada à redução
neste último ano, que em grande parte ocorre
do ritmo migratório, e por estes motivos a taxa
pela mortalidade maior do sexo masculino
de crescimento na primeira década do século
em faixas etárias mais jovens, principalmente
XXI (de 1,09% ao ano) foi um pouco inferior
relacionada com as mortes violentas e
àquela registrada pelo total da população
acidentes, como pode ser observado no
brasileira (1,17%), que deve ficar em 1,6% no
capítulo que trata das causas de mortalidade.
primeiro quinquênio do Século XXI. Além disso,
20
Estas mudanças, entre outras, ocasionaram de 60 anos, que representava 7,7% em 1999,
gradativo envelhecimento da população passou a ser 11,6% em 2010 e 12,5% em 2014.
paulista, com modificação expressiva na forma Em estudo referente ao ano de 2010, já se
das pirâmides populacionais do estado de observava que oito regiões dos DRS da SES/
São Paulo de 1991, 2000 e 2010 (Figuras 1, 2 SP registravam percentual de idosos superior
e 3), com estreitamento das bases (redução a 13%5.
das faixas etárias mais jovens e ampliação da
O envelhecimento da população traz óbvias
largura no topo - faixas etárias mais idosas).
consequências para o setor saúde, como a
Esta redução proporcional das faixas etárias modificação dos padrões de morbimortalidade
mais jovens na pirâmide populacional do (predomínio de doenças crônico-degenerativas,
estado, também ocorreu, com intensidade atendimento geriátrico e saúde mental),
variável, nas regiões dos Departamentos cujo tratamento envolve medicamentos de
Regionais de Saúde – DRS, da Secretaria uso contínuo e ampliação de custos. Além
de Estado da Saúde de São Paulo – SES/SP, disso, estudos comprovam que as taxas de
conforme apontado em trabalho que compara internação, as médias de permanência e os
inúmeros dados demográficos e de saúde no valores das internações são bem superiores no
estado, nos anos de 1998 a 20084. grupo de idosos com mais de 60 anos. De fato,
segundo dados levantados em 2010, nesta
No estado, em 1991, o grupo de crianças e
faixa etária as internações no SUS/SP são mais
adolescentes até 19 anos representava 40,1%,
que o dobro da população geral; os valores
no ano de 2010 representava 29,5% e em
médios das internações são 30% maiores e as
2014, 28,3%. Por outro lado, o grupo de mais
médias de permanência 20% maiores5.
21
Figura 2 - Pirâmide Populacional do Estado de São Paulo, 2000.
22
No estado de São Paulo, o Índice de Envelhecimento (proporção de pessoas de
60 anos e mais por 100 indivíduos de 0 a 14 anos) atinge 64% em 2014, conforme
o Quadro 1, que também apresenta outros indicadores e informações que
permitem a visão do perfil geral do estado do ponto de vista socioeconômico.
Nota-se no Quadro 1 que 96% da população do estado já habita em situação
urbana, que quase 100% da população é atendida pela coleta de lixo e por
abastecimento de água tratada e 95% pela coleta de esgotamento sanitário. A
Taxa de Analfabetismo é baixa e está caindo, passando de 4,75 em 2009 para
3,71 em 2013.
As médias dos indicadores sintéticos calculados pela Fundação SEADE para o
estado de São Paulo para o Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS,
nas dimensões riqueza, longevidade e escolaridade, atingem valores que são
classificados na categoria alta para cada uma das três dimensões.
Por outro lado, no que se refere à divisão político-territorial, a população do
estado é distribuída por 645 municípios, dos quais a maioria constitui-se de
pequenos municípios (278 com menos de 10 mil habitantes), sendo que a maior
parte da população (76%) se concentra em apenas 75 municípios com mais de
100 mil habitantes (Tabela 2).
Esta característica da divisão político-territorial do estado, acrescida ao
envelhecimento da população e a modificação dos padrões de morbimortalidade
anteriormente referidos, tem óbvias consequências para o sistema público de
saúde, trazendo novos desafios na estruturação adequada da rede de serviços,
para o desenvolvimento da assistência integral aos problemas de saúde da
população, com eficiência e qualidade.
Embora o valor médio do estado nos indicadores sintéticos do Índice Paulista
de Responsabilidade Social – IPRS seja classificado em categorias altas, quando
se observam os municípios, grande quantidade deles (297 ou 46%) possui baixo
desenvolvimento econômico segundo a classificação do IPRS, de 2010 (versão
2012). Embora o número de municípios nestas categorias seja relativamente
alto, a população que neles vive é proporcionalmente menor (15,1%) (Tabela 3).
Em algumas regiões é alto o percentual de municípios mais pobres (87% na
região de Registro, 70% em São João da Boa Vista e 69% na região de Presidente
Prudente), indicando as desigualdades regionais que persistem no estado,
apesar de seu desenvolvimento econômico.
23
Quadro 1 - Perfil Geral do Estado.
24
Tabela 2 - Municípios do Estado de São Paulo segundo faixas populacionais – 2012.
Faixa da Nº de População
% de Municípios % Pop.
população Municípios Total
< 10 mil 278 43,1 1.380.447 3,3
Fonte: IBGE/DATASUS/MS.
Fonte: IBGE e Fundação SEADE. Nota (*): Grupo 4 - Baixo Desenvolvimento econômico
e em transição social e Grupo 5 - Baixo desenvolvimento.
25
26
27
Foto Rubens Chiri
2.1 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DA
MORTALIDADE NO ESTADO DE SÃO PAULO
28
No Gráfico 1, pode-se observar a evolução dos coeficientes brutos entre 2000 e
2013 para as principais causas: fica mais clara a relativa estabilidade nos coeficientes
do aparelho circulatório e a ampliação dos coeficientes de neoplasias e aparelho
respiratório, bem como uma queda acentuada das causas externas que passaram
de 90,5 em 2000 para 56,3 em 2013. As causas mal definidas mantêm-se com valores
abaixo de 6% do total de óbitos. O aumento verificado nos coeficientes brutos entre
2000 e 2013, em especial para as neoplasias, podem estar refletindo a mudança da
estrutura etária da população neste período (envelhecimento proporcional).
29
2.1.1 - Mortalidade por sexo, faixa etária e causas
específicas no Estado de São Paulo em 2013
Fonte: SIM/SES. Pop. FSEADE. Obs. Não considerados os óbitos com sexo ignorado.
30
Gráfico 2 - Principais Grupos de Mortalidade pela CID-10
para o sexo masculino no Estado de São Paulo - 2013.
31
2.1.2 - Mortalidade por doenças do aparelho circulatório
32
Gráfico 4 - Coeficiente de mortalidade (óbitos/100 mil hab.) por Doença do Ap.
Circulatório, por sexo e faixa etária no Estado de São Paulo – 2013.
Com relação às neoplasias verifica-se que apenas oito tipos de neoplasias são
responsáveis por 56% do total de óbitos deste grupo de doenças (Tabela 7).
O câncer de pulmão é a principal causa de morte deste grupo no estado,
representando 12% do total em 2013. Entre os homens o coeficiente bruto de
câncer de pulmão é bem superior ao feminino (17,9 a 11,1). O hábito de fumar, ainda
mais preponderante entre os homens que entre as mulheres, pode ser apontado
como uma das justificativas para esta diferença significativa. Entretanto, estudo da
SES/SP demonstrou que o coeficiente de mortalidade padronizado de câncer de
pulmão no estado está diminuindo nos homens entre os biênios de 1999/2000 e
2009/2010 e aumentando entre as mulheres no mesmo período7, provavelmente
um efeito da ampliação do tabagismo entre as mulheres em décadas anteriores.
Entre as mulheres no estado de São Paulo, o câncer de mama é o mais frequente,
seguido do câncer de cólon e o de pulmão ocupa a terceira posição. Este quadro
já era apontado no decênio de 87/989, com crescimento nos coeficientes destes 3
tipos de câncer e redução do câncer de colo de útero, doença evitável, por meio da
realização do exame de Papanicolaou (colpocitologia oncótica).
Entre os homens, a segunda posição é do câncer de próstata, seguido do câncer
de estômago e de cólon. Finalmente nota-se que o câncer de fígado e vias biliares
também é superior no sexo masculino.
33
34
Foto Rubens Chiri
Tabela 7 - Óbitos e Coeficiente Bruto de Mortalidade (óbitos/100 mil
hab) por tipo de Neoplasia e Sexo – Estado de São Paulo - 2013.
Masculino Feminino Total
Causa(CID10 lisBR) Óbitos % Coef Óbitos % Coef Óbitos % Coef
. 039 Neopl malig da traquéia,brônquios e pulmões 3.695 13,8 17,9 2.408 10,4 11,1 6.103 12,2 14,4
. 035 Neoplasia maligna do cólon,reto e ânus 2.382 8,9 11,6 2.460 10,6 11,3 4.843 9,7 11,4
. 041 Neoplasia maligna da mama 31 0,1 0,2 3.732 16,1 17,2 3.763 7,5 -
. 034 Neoplasia maligna do estômago 2.317 8,7 11,3 1.318 5,7 6,1 3.635 7,3 8,6
. 045 Neoplasia maligna da próstata 2.734 10,2 13,3 - - - 2.734 5,5 -
. 037 Neoplasia maligna do pâncreas 1.212 4,5 5,9 1.236 5,3 5,7 2.448 4,9 5,8
. 036 Neopl malig do fígado e vias bil intrahepát 1.345 5,0 6,5 870 3,8 4,0 2.215 4,4 5,2
. 047 Neopl malig mening,encéf e out partes SNC 1.057 4,0 5,1 997 4,3 4,6 2.054 4,1 4,9
. 032 Neopl malig do lábio, cav oral e faringe 1.546 5,8 7,5 320 1,4 1,5 1.866 3,7 4,4
. 033 Neoplasia maligna do esôfago 1.400 5,2 6,8 264 1,1 1,2 1.664 3,3 3,9
. 042 Neoplasia maligna do colo do útero - - - 828 3,6 3,8 828 1,7 -
Todas as demais 9.006 33,7 43,7 8.766 37,8 40,4 17.772 35,6 42,0
Total de neoplasias 26.725 100,0 129,8 23.199 100,0 106,8 49.925 100,0 118,0
35
2.1.4 - Mortalidade por doenças do aparelho respiratório
As doenças crônicas das vias aéreas inferiores referidos pelo Ministério da Saúde10, o
são a segunda maior causa de óbito deste grupo consumo de tabaco relaciona-se com até 85%
e representam 27,5% do total. Os homens das mortes por doença pulmonar obstrutiva
têm coeficiente de mortalidade superior às crônica (enfisema). Também para este grupo
mulheres, fato que pode ser explicado em de doenças, os coeficientes masculinos são
parte pelo tabagismo mais frequente no sexo superiores aos femininos, a partir dos 40 anos,
masculino, uma vez que, conforme estudos mantendo-se mais altos até os grupos etários
mais idosos (Gráfico 6).
36
2.1.5 - Mortalidade por acidentes e violências
37
Gráfico 7 - Coeficiente de mortalidade (óbitos por 100 mil hab) por Causas
Externas, por sexo e faixa etária no Estado de São Paulo - 2013.
38
Os coeficientes de mortalidade entre os homens são significativamente
maiores que entre as mulheres, fato provavelmente relacionado ao
alcoolismo masculino, mais predominante que o feminino. Por faixas
etárias, pode-se notar que a partir dos 30 anos, os coeficientes masculinos
tornam-se bem superiores e somente aos 80 anos os coeficientes entre
os sexos voltam a se aproximar (Gráfico 8).
39
Tabela 11 - Óbitos e Coeficiente de Mortalidade (óbitos/100 mil hab.) Sexo nas 30
principais causas de morte (Lista BR da CID 10) – Estado de São Paulo – 2013.
40
41
Foto Rubens Chiri
Há causas de mortalidade que não são Como exemplo, são apresentados os
de inteira governabilidade do setor saúde, Mapas 1 – 8 com a distribuição do coeficiente
como é o caso da violência e dos acidentes de mortalidade, por câncer de próstata,
de trânsito. Porém o sistema de saúde câncer de mama, homicídios, acidentes de
precisa estar preparado, não somente para transporte, doenças isquêmicas do coração,
oferecer o tratamento mais adequado (por doenças cerebrovasculares, diabetes mellitus e
exemplo, os atendimentos da rede de urgência pneumonia, segundo as regiões dos colegiados
e emergência), como também para agir de gestão regional – CGR para 2013 (a tabela
preventivamente, em conjunto com outros com os coeficientes específicos de cada região
setores sociais, como no caso da prevenção de está no quadro 4 que se segue aos Mapas).
alcoolismo e tabagismo.
Podem-se observar as grandes diferenças
Por outro lado, perfis regionais precisam entre as regiões dos CGR e por este motivo,
ser conhecidos pelos gestores locais, pois torna-se fundamental que o diagnóstico de
inúmeros trabalhos mostram as grandes saúde seja detalhado em cada região, com
diferenças regionais no estado. análise pormenorizada das principais causas
de mortes e estratégias diferenciadas para
atuação do setor saúde.
Intervalos de Coeficientes:
5,1 a 10,7 (13)
10,7 a 13,7 (17)
13,7 a 17,1 (20)
17,1 a 23,6 (13)
42
Mapa 2 - Coeficiente de mortalidade por Neoplasia de Mama segundo as
Regiões de Saúde de residência. Estado de São Paulo, 2013.
Intervalos de Coeficientes:
3,4 a 12 (12)
12 a 14,6 (11)
14,6 a 18,1 (26)
18,1 a 25,3 (14)
Fonte: Óbitos: SESSP/CCD – Sistemas de Informações sobre Mortalidade – SIM e População: FSEADE
Coeficiente por 100.000 habitantes
Nota: Coeficiente do Estado= 17,18 óbitos/100mil hab.
Intervalos de Coeficientes:
2,3 a 7,2 (13)
7,2 a 10,6 (18)
10,6 a 16,2 (22)
16,2 a 22,7 (10)
Fonte: Óbitos: SESSP/CCD – Sistema de informações sobre Mortalidade – SIM e População: FSEADE
Coeficiente por 100.000 habitantes
Nota: Coeficiente do Estado= 13,67 óbitos/100mil hab.
43
Mapa 4 - Coeficiente de Mortalidade por Acidentes de Transportes segundo
as Regiões de Saúde de residência. Estado de São Paulo, 2013.
Intervalos de Coeficientes:
9,9 a 17,1 (19)
17,1 a 22 (16)
22 a 26,9 (20)
26,9 a 36,1 (8)
Fonte: Óbitos: SESSP/CCD – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM e População: FSEADE
Coeficiente por 100.000 habitantes
Nota: Coeficiente do Estado = 16,38/100mil hab.
Intervalos de Coeficientes:
32,7 a 48,1 (14)
48,1 a 61,6 (22)
61,6 a 75,9 (17)
75,9 a 98 (10)
Fonte: Óbitos: SESSP/CCD – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM e População: FSEADE
Coeficiente por 100.000 habitantes
Nota: Coeficiente do Estado = 67,81 óbitos/100mil hab.
44
Mapa 6 - Coeficiente de Mortalidade por Doenças Cerebrovasculares
segundo as Regiões de Saúde de residência. Estado de São Paulo, 2013.
Intervalos de Coeficientes:
36,6 a 49,2 (17)
49,2 a 59 ( 22)
59 a 72,2 (19)
72,2 a 77,2 (5)
Fonte: Óbitos: SESSP/CCD – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM e População: FSEADE
Coeficiente por 100.000 habitates
Nota: Coeficiente do Estado = 50,89 óbitos/100mil hab.
Intervalos de Coeficientes:
10,6 a 22,9 (15)
22,9 a 29 (21)
29 a 35,4 (11)
35,4 a 45,1 (16)
Fonte: Óbitos: SESSP/CCD – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM e População: FSEADE
Coeficiente por 100.000 habitantes
Nota: Coeficiente do Estado=23,15 óbitos/100mil hab.
45
Mapa 8 - Coeficiente de Mortalidade por Pneumonia segundo
Regiões de Saúde e residência. Estado de São Paulo, 2013.
Intervalos de Coeficientes:
31 a 43,7 (14)
43,7 a 52,9 (21)
52,9 a 69,4 (17)
69,4 a 96,5 (11)
Fonte: Óbitos: SESSP/CCD – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM e População: FSEADE
Coeficiente por 100.000 habitantes
Nota: Coeficiente do Estado = 50,19 óbitos/100mil hab.
46
Quadro 2 - Coeficientes de Mortalidade (óbitos por 100 mil habitantes) selecionados
segundo os DRS e Regiões de Saúde – Estado de São Paulo – 2013.
(1ª parte)
Continua...
47
Quadro 2 - Coeficientes de Mortalidade (óbitos por 100 mil habitantes) selecionados
segundo os DRS e Regiões de Saúde – Estado de São Paulo – 2013.
(2ª parte)
48
2.1.7 - Mortalidade Infantil
Fonte: SIM/SINASC/SES/SP.
49
Em 2013, o estado de São Paulo teve 7.052 óbitos de menores de um ano (SIM,
atualizado até agosto de 2014) e 611.565 nascidos vivos. A TMI do Estado foi de 11,5, a
TMPN foi de 3,7 e a TMNN foi de 7,9. São valores inferiores aos nacionais, que também
tem se reduzido: em 2012 a TMI brasileira foi de 14,6, a TMPN foi de 4,3 e a TMNN foi
de 10,36.
Pode-se observar que nos últimos anos no estado de São Paulo, a curva da taxa
de mortalidade infantil praticamente estabilizou-se, embora ainda em níveis bem
superiores aos de nações desenvolvidas.
Com relação à redução dos óbitos em menores de um ano, saliente-se que
a mortalidade pós-neonatal é mais sensível às ações de saúde mais simples,
pertencentes ao escopo da atenção primária, como o pré-natal, as vacinações, a
terapia de reidratação oral, o estímulo ao aleitamento materno, a atenção adequada
às infecções respiratórias agudas, entre outras.
A mortalidade neonatal, por outro lado, reflete principalmente as condições de
assistência à gravidez, ao parto e ao período perinatal. Sua diminuição depende não
só da qualidade da assistência básica à gestante (pré-natal) ou ao recém nascido
(puericultura), como também da estruturação da assistência médica hospitalar, da
existência de uma rede de maternidades, berçários e UTI pediátricas e neonatais
com variados níveis de complexidade e com qualidade de atendimento, adequada
classificação de risco da mãe e do recém-nascido, protocolos adequados para as
intervenções, o que além de exigir pessoal tecnicamente habilitado, pode exigir
moderna tecnologia, o que a torna de implementação mais custosa e complexa.
Com relação ao tipo de causa dos óbitos em menores de um ano no estado, em 2013
as doenças perinatais (57%) e congênitas e anomalias cromossômicas (23%) tornam-
se as principais causas de mortalidade infantil acentuando-se a redução nas doenças
infecciosas como causas de óbito (4%).
Doenças do ap.
respiratório
386
5%
Fonte: SIM/SES/SP.
50
Nos dois capítulos da CID 10 com maior frequência de óbitos de menores
de um ano em 2013 é possível observar alguns destaques:
• Entre as malformações congênitas 41% dos óbitos são de malformações
do aparelho circulatório e 12% do aparelho nervoso (Tabela 12);
• Entre as perinatais, as septicemias bacterianas do recém-nascido
representam 15,5% dos óbitos e o desconforto respiratório 12,2%, que
somados com outras dificuldades respiratórias (asfixia ao nascer, outras
afecções respiratórias originadas no período perinatal e síndrome de
aspiração neonatal) atingem 24%. Os transtornos dos recém-nascidos
relativos às afecções maternas não obrigatoriamente relacionadas com
a gravidez, acrescidas com as complicações maternas relativas à gravidez
somam 18,5% dos óbitos e 8,6% dizem respeito à prematuridade e baixo
peso ao nascimento.
Fonte: SIM/SINASC/SES/SP.
Fonte: SIM/SINASC/SES/SP.
51
Finalmente, há que se destacar que a redução da TMI
não ocorre de forma homogênea no estado de São Paulo.
Enquanto alguns Departamentos Regionais de Saúde
- DRS tiveram reduções de até 42% (DRS de Presidente
Prudente) entre 2000 e 2013, outras tiveram reduções
de menos de 15% no mesmo período (Registro e Baixada
Santista), sendo a média estadual, redução de 32,7%.
Existem três DRS em 2013, com valores inferiores a 10
(São José do Rio Preto, Campinas e Piracicaba) e as
maiores taxas foram em Registro, na Baixada Santista e
Sorocaba, todas acima de 13 (Tabela 14).
Fonte: SIM/SINASC/SES/SP.
52
Apresentamos por meio do Mapa 9 a taxa de mortalidade infantil por regiões
dos Departamentos Regionais de Saúde (DRS) em 2013.
A redução contínua da TMI no estado de São Paulo oculta importantes diferenças
entre as regiões. Tanto o valor do indicador no ano de 2013, como sua evolução
histórica são peculiares a cada região do estado e, portanto, exigem a avaliação
da TMI de suas causas loco regionais, para elencar as prioridades de ação e de
intervenção, que devem ser efetuadas no sistema público de saúde.
Estas ações precisam abarcar desde a atenção básica em saúde, no estabelecimento
de condutas técnicas adequadas e estruturadas (linha de cuidado, avaliação de
risco das mães e dos recém-nascidos), na assistência ao parto (identificação de
riscos, encaminhamento regulado para unidades de referência), ao recém-nascido
(reanimação e cuidados intensivos neonatais) e no sistema de referência e contra
referência entre a assistência hospitalar e a atenção básica.
Da mesma forma são necessárias melhorias na investigação dos óbitos e no
aprimoramento de registros e sistemas de informação, principalmente na atuação
dos Comitês Regionais de Vigilância a Morte Materna e Infantil.
Finalmente o aperfeiçoamento da assistência depende do treinamento,
capacitação e acompanhamento de profissionais de saúde envolvidos.
Assim, os gestores do SUS precisam estabelecer um conjunto de medidas que
envolvam toda a rede de saúde do sistema, objetivando acelerar a queda do número
de óbitos infantis, ainda distante daquele verificado em países desenvolvidos.
Intervalos:
>= 8,9 a <= 10,2 (3)
>= 10,2 a <= 11,5 (7)
>= 11,5 a <= 14,6 (5)
>= 14,6 a <= 17,6 (2)
53
54
Foto Rubens Chiri
2.1.8 - Mortalidade Materna
55
Gráfico 11 - Razão de Mortalidade Materna (óbitos maternos/100 mil
nascidos vivos). Estado de São Paulo, 1960 a 2013 e Brasil, 1990 a 2012.
Fonte: Estado de São Paulo – 1960 a 1979 – Fundação SEADE apud Laurenti7.1980 a 1995 – Fundação SEADE
(Informações dos Municípios Paulistas – IM). 1996 a 2013 – SIM/SINASC/ DATASUS/MS. Brasil – 1990 a 2011 –
IDB 2012/DATASUS/MS. 2012 –Saúde Brasil 20136.
Obs.: A partir de 1996 as informações de São Paulo passaram a ser corrigidas pelos Comitês de
Mortalidade.2013 – informações preliminares.
56
2.1.9 - Causas de óbito materno
Fonte: SIM / SINASC / DATASUS /MS. * (por 100 mil Nascidos Vivos).
Entre as causas de morte materna obstétrica direta (63% do total de óbitos), as hemorragias (15%)
e a hipertensão na gestação (14%) permanecem como as causas diretas mais frequentes em 2013,
e dependem fundamentalmente de assistência hospitalar pronta e qualificada às emergências e
ao parto. Estas e outras causas podem ser prevenidas por meio da integração da atenção básica
em saúde de boa qualidade com a assistência hospitalar, pronta e qualificada às emergências e
ao parto.
Diversas medidas podem colaborar para a redução dos óbitos maternos no SUS: a implantação e
acompanhamento da linha de cuidados de Atenção a Gestante e a Puérpera no SUS-SP; a garantia
de vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro; a classificação de risco
da gestante, como por exemplo, a identificação adequada da pré-eclâmpsia; ações de educação
permanente para a qualificação de médicos e enfermeiros para a atenção pré- natal, ao parto e
às emergências obstétricas; o fortalecimento dos Comitês de Vigilância à Morte Materna para se
conhecer as dimensões verdadeiras do problema em cada região. Conhecer os fatos, identificar os
problemas assistenciais e propor soluções são fundamentais para desencadear as mudanças que
se fazem necessárias para a redução mais rápida do indicador.
57
58
Foto Ken Chu
2.2 - MORBIDADE HOSPITALAR NO SUS/SP
O número total de internações teve aumento muito pequeno (0,23%) nos dois
anos comparados (2010 e 2014). A gravidez, o parto e o puerpério representam
o capítulo da CID 10 com a maior proporção de internações no SUS/SP, atingindo
19% do total de internações nos dois anos comparados (2010 e 2014), com ligeiro
aumento (0,5%) no número absoluto de internações (Tabela 16).
A segunda causa mais frequente de internação são as doenças do aparelho
circulatório, que se reduziram no período passando de 11,3% para 10,9% (queda de
3,3% no número absoluto de internações).
Entre os demais capítulos da CID 10 mais frequentes, algumas variações podem
ser destacadas entre os anos considerados, como o grande crescimento no número
absoluto de internações de neoplasias (20%); o crescimento da ordem de 3% nas
internações de doenças do aparelho digestivo e 3,6% nas internações de lesões
por causas externas, assim como a queda de 8% nas internações por doenças do
aparelho respiratório, de 14% nas internações por transtornos mentais e de 12,5%
nas doenças endócrinas.
Fonte: SIHSUS.
59
Na Tabela 17 se apresentam os coeficientes de internação SUS
por mil habitantes para a população total e para a população
usuária exclusiva SUS no estado de São Paulo, nos anos de 2010 e
2014. Optou-se por apresentar os coeficientes de internação SUS
também pela população usuária exclusiva SUS porque o estado
de São Paulo tem grande proporção de população coberta pela
assistência médica de planos privados de saúde suplementar (45%
da população total em 2014), que também possuem a possibilidade
de internação na rede de hospitais da saúde suplementar.
Fonte: SIHSUS.
60
No Gráfico 12 apresenta-se o coeficiente de internação para a população total
pelos principais capítulos da CID 10, em três momentos, 2001, 2010 e 2014.
Nota-se a tendência de queda nas internações por gestação e partos, porém
com desaceleração nos dois anos mais recentes. Por outro lado há estabilização
das internações por doenças circulatórias. As causas externas apresentam
significativo aumento em 2001 e 2010 e estabilização no último período.
As neoplasias tem crescimento contínuo das internações e os transtornos
mentais tem redução em todo o período apresentado.
Quanto ao valor pago pelas internações SUS no estado de São Paulo (valores
da tabela de procedimentos do sistema), pode-se observar que as doenças
circulatórias estão em primeiro lugar nos dois anos considerados, com discreta
redução entre 2010 e 2014 (22,7% a 22%), seguidas pelas neoplasias (cujo
valor aumentou de 7,8% para 10,9%) e pelas lesões e causas externas (que
permaneceram com 9,7%) (Tabela 18).
O valor pago pelas internações por gravidez e doenças respiratórias que
representavam a segunda e terceira posições em 2010 teve redução para a
quarta e quinta posições, respectivamente, em 2014. O valor pago (da tabela de
procedimentos do SUS) pelas internações na média total do estado aumentou
21% entre os anos considerados.
61
Tabela 18 - Valor Pago* (R$) por internações SUS e percentual segundo Capítulos da
Classificação Internacional de Doenças (CID 10) - Estado de São Paulo, 2010 e 2014.
Fonte: SIHSUS.
62
Da mesma forma, quando separamos as 40 principais causas de internação
por sexo (Tabelas 20 e 21) podem ser observadas significativas diferenças.
Entre as 40 causas principais de internação masculinas, algumas se destacam
das femininas pela frequência com que aparecem, como as internações pelos
transtornos relativos ao uso de álcool (30ª posição) e de substâncias psicoativas
(34ª), o infarto agudo do miocárdio (10ª), o AVC (11ª) e as lesões e traumas que
se tornam causas bem mais importantes de internação masculina (2ª, 3ª e 8ª
causas) que feminina.
No sexo feminino nenhuma das duas causas de internação mais frequentes
por transtornos mentais citadas para os homens aparecem entre as 40 principais
causas de internação. Adquirem importância como causa de internação, a
neoplasia de mama (18ª), a colelitíase e colecistite (5ª), o aborto espontâneo
(12ª) e o leiomioma de útero (24ª).
A diabetes aparece para ambos os sexos, como 28ª causa de internação para
homens e 31ª causa entre as mulheres. O mesmo com a fratura de fêmur, 26ª
causa de internação para homens e 32ª causa entre as mulheres.
63
Fonte: SIH/SUS/. * Lista de Tabulação para a morbidade.
64
Tabela 20 - 40 Principais causas de internação SUS (CID 10*) no
sexo masculino. Estado de São Paulo - 2014.
65
Tabela 21 - 40 Principais causas de internação SUS (CID 10 *) no
sexo feminino. Estado de São Paulo - 2014.
66
67
Foto Rubens Chiri
2.3 - DOENÇAS ENDÊMICAS E EPIDÊMICAS E
OUTROS FATORES DE RISCO PARA A SAÚDE
2.3.1 - Meningites
Fonte: SinanNet.
68
No que se refere às meningites bacterianas, para 2 por 100.000 hab.) e da taxa de incidência
até a metade da década de 2000, de meningite pelo pneumococo (de 9 para 6
aproximadamente 50% eram classificadas por 100.000 habitantes).
como não determinadas, isto é, sem
No período de 2009 a 2013, o percentual de
identificação do agente etiológico. Em 2007,
sorogrupagem da doença meningocócica no
houve a redução deste percentual para 20%
estado de São Paulo foi de aproximadamente
com a introdução do exame da PCR (reação
60%, com predomínio do sorogrupo C. Neste
em cadeia de polimerase) em tempo real
período, a doença meningocócica apresentou
triplex (RT-PCR) para a Neisseria meningitidis,
taxa de letalidade de aproximadamente 10%
o Haemophilus influenzae e o Streptococcus
e a sepsis meningocócica 30%. Em relação
pneumoniae.
ao pneumococo, a taxa de letalidade foi de
No segundo semestre de 2010, foram aproximadamente 25%.
introduzidas no calendário de vacinação de
Os surtos representam um fenômeno
rotina a vacina conjugada contra o meningococo
epidemiológico fundamentalmente diferente
do sorogrupo C e a vacina 10 valente conjugada
da ocorrência endêmica da doença. Neste
contra o pneumococo, para as crianças acima
contexto, no decorrer do período, vários
de dois meses de idade e menores de dois anos.
surtos de doença meningocócica sorogrupo
A partir de 2011, constatou-se um decréscimo
C foram identificados no estado. As vacinas
gradativo e importante na taxa de incidência
polissacarídica e a conjugada C foram utilizadas
da doença meningocócica pelo meningococo
como medida adicional para o controle efetivo
sorogrupo C nos menores de dois anos (de 10
dos surtos no estado de São Paulo, aliadas às
medidas de controle complementares.
69
Desta maneira, a vigilância do sarampo e da rubéola tem como objetivo
manter a interrupção da circulação endêmica viral, por meio da detecção
precoce e resposta oportuna a qualquer introdução dos vírus no ESP.
Neste sentido, torna-se imprescindível manter o alerta para rápida
detecção, notificação, deflagração imediata das medidas de controle e
conclusão laboratorial de qualquer caso suspeito de sarampo e rubéola.
No período de 2010 a 2014, a taxa de notificação de casos suspeitos
de sarampo no ESP não atingiu a meta proposta pela Organização Pan-
Americana da Saúde (OPAS), de pelo menos dois casos por 100.000
habitantes. No mesmo período, a taxa de notificação de casos suspeitos
de rubéola no ESP ultrapassou esta meta, mas tem decrescido ao longo
destes anos (Figura 5).
Fonte: SinanNet.
70
2.3.3 - Poliomielite - Manutenção da Erradicação e
Vigilância das Paralisias Flácidas Agudas (PFA)
Ano Tx. Notif/100 mil < 15 anos Meta - 1 caso/100 mil < 15 anos
2010 0,91 1
2011 1.04 1
2012 1.02 1
2013* 0,85 1
2014* 1.00 1
71
A Meta da taxa de coleta oportuna de fezes
não tem sido atingida, o que pode ser explicado
devido a notificações tardias, com conclusão
de casos que descartam o diagnóstico de
poliomielite utilizando métodos diagnósticos
por imagem (IRM - imagem por ressonância
magnética, ENMG - Eletroneuromiografia) e
líquor, exames considerados mais avançados e
mais rápidos.
É importante ressaltar que todos os casos
são rigorosamente analisados pela vigilância
municipal, estadual e federal, verificando-se
os diagnósticos e como resultado, observa-
se 100% dos casos como não pólio, isto é,
descartados para pólio selvagem.
2.3.4 - Influenza/SRAG
72
73
Foto Ken Chu
laboratorial no Instituto Adolfo Lutz, para identificação e caracterização
antigênica e genômica do vírus de influenza. O diagnóstico diferencial por
IFI (imunofluorescência indireta) para outros vírus do painel respiratório é
realizado regularmente, apenas para amostras de cinco unidades sentinela
ou em situações especiais como surtos ou agregados de casos e óbitos. As
amostras positivas e classificadas por subtipo de influenza são liofilizadas
e remetidas ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta
(CDC), nos Estados Unidos, que é responsável pela complementação da
caracterização viral. Baseada nessas análises, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) determina a formulação anual da composição da vacina contra
a influenza para os laboratórios produtores, cuja recomendação é enviada
aos países membros da rede de vigilância global.
De acordo com os dados disponíveis no Sivep-Gripe, de 2010 a 2014,
observou-se, no estado de São Paulo, o cumprimento da meta de 80% dos
casos de SG com coleta de amostra respiratória em relação ao preconizado,
exceto em 2013 que coincidiu com o processo de reestruturação e
fortalecimento da rede sentinela de influenza no país.
A vigilância universal de casos suspeitos hospitalizados de SRAG foi iniciada
em 2009, em decorrência da pandemia de Influenza A(H1N1)pdm09. Na
ocasião, houve o incremento do diagnóstico com a adição da RT- PCR, pelo
laboratório de referência estadual.
Vale ressaltar a importância de ampliar e fortalecer o diagnóstico
etiológico dos vírus respiratórios constantes do painel respiratório, com a
descentralização da RT-PCR no âmbito estadual.
2.3.5 - Coqueluche
A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, por 100.000 habitantes. Este aumento ocorreu
que compromete especificamente o aparelho mais precisamente nos menores de dois e
respiratório inferior, sendo que as crianças seis meses, que não estão completamente
menores de um ano apresentam quadros mais imunizados, podendo contrair a infecção
graves da doença. geralmente transmitida por um membro da
família e evoluir com complicações e óbito. A
Há 15 anos, o ESP opera com a vigilância
letalidade média no período foi de 3,7%.
universal e o modelo de vigilância sentinela
da coqueluche, totalizando 33 unidades Em 2014, a vacina tríplice bacteriana acelular
sentinela, estrategicamente distribuídas, com foi incluída no calendário estadual para a
avaliações sistemáticas e periódicas por meio população de gestantes e de profissionais
de indicadores específicos. de saúde que trabalham em maternidade
e UTI neonatal, com o objetivo de reduzir a
No período de 2010 a 2014, a taxa de incidência
transmissão da coqueluche entre lactentes
da coqueluche no estado recrudesceu na faixa
jovens (com idade pré-vacinação).
etária dos menores de um ano, de 30 para 257
74
Atualmente, a coqueluche tem sido
considerada uma doença reemergente. Em
alguns países desenvolvidos com cobertura
vacinal alta, a doença tem ressurgido. Há relatos
de aumento de incidência, especialmente,
entre adolescentes e adultos jovens.
2.3.7 - Imunobiológicos
75
Nos últimos cinco anos, foram incluídas no de bolsões de pessoas suscetíveis à doença,
calendário básico nove vacinas que estavam possibilitando assim a reintrodução da mesma.
faltando para a proteção das doenças
Neste período observou-se o controle
imunopreveníveis:
das doenças imunopreveníveis. Destaca-
• 2010: as vacinas conjugadas pneumocócica se a tendência de queda das meningites
10-valente e a meningocócica C e a vacina por meningococo C e o pneumococo após
influenza para as crianças entre 6 meses e a introdução das vacinas, a manutenção da
menores de 2 anos de idade. erradicação da poliomielite e a não circulação
endêmica do vírus do sarampo, apesar da
• 2012: a vacina Pentavalente, uma vacina
circulação de ambos os vírus em vários países
combinada que protege contra a difteria,
do mundo. A redução de internações por
tétano, coqueluche, hemófilo e hepatite B e
diarréia em crianças após a introdução da
a vacina inativada contra a poliomielite (VIP)
vacina rotavírus e a drástica redução de casos
com a implantação do esquema sequencial.
de difteria sendo notificados no máximo dois
• 2013: a vacina HPV que irá prevenir contra casos por ano nesse período, e do tétano
o câncer do colo de útero e as verrugas neonatal que desde 1999 não há registro de
genitais e a vacina varicela. nenhum caso no estado de São Paulo.
• 2014: vacina hepatite A e a dTpa (tríplice A inclusão da vacina HPV para as adolescentes
bacteriana acelular do adulto), que irá de 9 a 13 anos de idade, terá um impacto
contribuir para a redução de casos de importante na redução dos casos de câncer
coqueluche entre os lactentes. de colo de útero e das verrugas genitais e a
No período de 2010 a 2014, observa-se que inclusão da vacina dTpa para as gestantes, para
no estado de São Paulo as coberturas vacinais redução de casos nos lactentes será um grande
são elevadas, mas não homogêneas, isto é, desafio.
algumas regiões apresentam altas coberturas, O Programa Estadual de Imunização contribui
enquanto outras podem levar a formação de forma decisiva para a proteção e promoção
da saúde da população paulista.
76
Tabela 24 - Distribuição proporcional da cobertura e
homogeneidade da vacina Hepatite B em menores de
um ano. Estado de São Paulo, 2009-2014.
77
2.3.8 - Vigilância das Infecções Hospitalares e
Vigilância Epidemiológica Hospitalar
78
2.3.8.2 - Vigilância Epidemiológica Hospitalar - VE
Fonte: NIVE/CVE.
2.3.9.1 - Dengue
Dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Desde a sua introdução
em 1987 no estado de São Paulo, o padrão epidemiológico da doença apresentou períodos
de baixa transmissão intercalados com epidemias geralmente associadas à introdução de
novo sorotipo ou à alteração do sorotipo predominante. Nos últimos cinco anos, os anos
de 2010, 2013 e 2014 foram considerados epidêmicos. Em 2014 o maior número de casos
ocorreu na região metropolitana de Campinas e da Capital, sendo que 60% do total de casos
do estado ocorreram em 10 municípios (Tabela 26).
79
Tabela 26 - Distribuição dos casos de dengue nos dez
municípios com maiores números de casos em 2014.
2.3.9.2 - Chikungunya
80
de vida da população, trazer prejuízos econômicos significativos
e sobrecarregar o sistema de saúde em seus diversos níveis de
atenção. Assim, torna-se de grande importância o alinhamento
das ações nas três esferas de governo: municipal, estadual e
federal e a adoção de medidas intersetoriais e interinstitucionais
para o controle da doença, que atendam aos objetivos de detectar
precocemente a ocorrência de casos de Chikungunya, evitar a
transmissão e expansão da doença, reduzir a incidência, descrever
aspectos clínicos e epidemiológicos da doença e preparar a rede
de serviços de saúde para atendimento aos pacientes.
2.3.9.3 - Zika
81
2.3.9.4 - Febre Amarela
2.3.9.5 - Cólera
Desde 2005 não existe o registro de casos de cólera autóctone em São Paulo,
entretanto a reemergência da doença na América Central e Caribe é um risco
para reintrodução do vírus no estado, em virtude do intenso trânsito de turismo e
comércio entre os países.
Em nível nacional, uma preocupação é a intensa migração de populações de locais
com condições sanitárias precárias, podendo favorecer não somente a entrada da
cólera por meio de outros estados da federação, bem como a disseminação de
outras doenças diarreicas e outros patógenos.
O monitoramento da DDA é fundamental para acompanhar as tendências da
diarreia nos municípios, assim como é fundamental a ação da vigilância sanitária
na fiscalização dessas fontes alternativas para a garantia de água segura, livre de
contaminantes. Esta ação deve se estender também às operadoras dos sistemas
públicos de água, considerando que interrupções no fornecimento da água, geram
pressões na rede de distribuição, pressão negativa, com introdução de patógenos
nocivos à saúde, que podem elevar o número de surtos e casos de diarreia.
82
Em 2014, a Crise Hídrica vivenciada no estado e no país levou a população ao
uso de fontes alternativas de água, como poços, minas, água mineral e caminhões
pipas. O uso destas fontes sem o devido controle de potabilidade pode contribuir
para a elevação de casos de diarreia e surtos.
2.3.10 - Doenças de
transmissão persistente
2.3.10.1 - Tuberculose
83
Figura 6 - Casos novos de tuberculose e coeficientes de
incidência no Estado de São Paulo, 1998 a 2014.
Fonte: TBWeb.
84
Tabela 28 - Encerramento de casos novos de tuberculose segundo
modalidade do tratamento. Estado de São Paulo, 2013.
2.3.10.2 - AIDS
No estado de São Paulo (ESP), no período de foi bem maior que entre os homens – queda
1980 a 30 de junho de 2014 foram registrados de 38,6% (de 19,7 para 11,3) e 12,0% (de 34,4
236.416 casos de AIDS, sendo 162.933 em para 23,4), respectivamente. A razão de sexo,
indivíduos do sexo masculino e 73.483 do sexo que vinha apresentando declínio desde 1986,
feminino. A taxa de incidência (TI) da doença passou a crescer a partir de 2008, passando de
foi reduzida em 28% nestes dez últimos anos, 2,05 homens para uma mulher em 2010, para
de 26,9 em 2003 para 19,3 casos por 100 mil 2,3/1, em 2012 (Figura 7).
habitantes/ano. Esta redução nas mulheres
85
Foto Ken Chu
86
Figura 7 - Taxa de incidência de aids por 100 mil habitantes ano* segundo sexo e relação
masculino/feminino por ano de diagnóstico, estado de São Paulo, 1983 a 2013**.
Fonte: Base Integrada Paulista de Aids (BIPAIDS) - Cooperação Técnica PEDST/Aids-SP e Fundação Seade, MS/SVS/Departamento
* Utilizada projeção populacional da Fundação Seade
‘** Dados preliminares até 30/06/14 (SINAN) e 31/12/12 (Seade), sujeitos a revisão mensal.
87
Desde 1985, foram a óbito por AIDS 106.020 pessoas no estado. A taxa de mortalidade
(TM) por AIDS mantém-se em queda; de 1995 para 2013 a redução foi de 71,5%, de
22,9 em 1995 para 6,5 óbitos por 100 mil habitantes-ano em 2013 - neste último ano
ocorreram 2.753 óbitos por AIDS, sete óbitos por dia (Figura 9).
Em 2013, foi proposta para as vigilâncias municipais e regionais junto aos programas
municipais e serviços de acompanhamento, a realização de investigação de todo caso
de óbito por AIDS com a finalidade de conhecer melhor seus condicionantes, atuar e
reduzir novas ocorrências fatais evitáveis.
Atualmente, um dos fatores que levam ao óbito por AIDS ainda é o diagnóstico
tardio de infecção pelo HIV; situação que tem apresentado melhora. A proporção de
portadores do HIV, cuja primeira contagem de células T-CD4 era menor que 200 células,
entre 2003 e 2006 foi 42%, e foi reduzida, de 30,5% em 2008, para 22,8% em 2014. Esse
panorama é resultado dentre outras medidas, da ampliação da oferta de testes para
detecção da infecção pelo HIV.
Ao atualizar a situação de vida dos casos notificados ao sistema de vigilância
epidemiológica, nos foi permitido saber que até 30/06/2014, 114.498 viviam com AIDS.
O conhecimento desses dados foi possibilitado por meio da construção da Base
Integrada Paulista de AIDS (BIP-Aids), trabalho que vem sendo desenvolvido em parceria
entre o Programa Estadual DST/AIDS e Fundação Seade, desde 1998.
O impacto da introdução dos antirretrovirais tem aumentado sobremaneira a
prevalência de pessoas vivendo com AIDS e apresentado maiores desafios, que merecem
políticas públicas específicas. Adolescentes e adultos jovens que adquiriram a infecção
por transmissão vertical, desde o início da epidemia necessitam de abordagem quanto
à revelação diagnóstica, saúde reprodutiva e sexualidade; assim como aqueles que
estão envelhecendo com AIDS demandam, além da readequação dos serviços diante
dessa população crescente, um olhar para a complexidade desses novos problemas.
Figura 9 - Taxa de Mortalidade por AIDS por 100 mil habitantes-ano segundo
sexo e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1985 a 2013.
88
2.3.10.2.1 - Portadores da infecção pelo HIV
89
2.3.10.2.2 - A transmissão vertical do HIV
90
Neste contexto, nem sempre as medidas de intervenção
estão no âmbito da saúde, sendo necessária a articulação com
outros órgãos governamentais e não governamentais. Dados
preliminares do rastreamento do HIV e da Sífilis, no sistema
prisional feminino do ESP, em 2013, mostraram uma prevalência
de 2,8%1 do HIV, enquanto que no último Estudo Sentinela
Parturiente Nacional (2010) a prevalência foi de 0,38%2.
1
Matida LH, Ramos Junior AN, Sparinger W, Lattari MCT, Souza TRC, Silva MA, et al. O HIV e a Sífilis no Sistema Prisional
Feminino do Estado de São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. 2013.
2
Brasil. Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância em Saúde – departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Boletim
epidemiológico – Aids e DST. 2013; Ano II (1):27.
91
Figura 12 - Casos notificados de sífilis adquirida e respectivas taxas
de detecção por 100.000 habitantes (hab.), segundo sexo e ano de
diagnóstico, estado de São Paulo, período de 2007 a 2013*.
Fonte: SINAN -Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual de DST/Aids-SP (VE-PE DST/AIDS-SP). Utilizada
projeção populacional Fundação SEADE.
Notas: * Sífilis adquirida: CID 10 = A53.0 Sífilis latente não especificada ,se recente ou tardia e A53.9 Sífilis
não especificada; Dados preliminares até 30/06/2014 sujeito a revisão mensal.
92
93
Foto Ken Chu
O aumento no número de casos de sífilis Ressalta-se aumento de 2,8 vezes do número
em gestantes notificados foi acompanhado da de casos de SC de mães com idade inferior
ampliação de 67% do número de municípios a 20 anos, entre 2010 e 2013 nesta faixa
e de 147% de unidades notificadoras. Este etária. Desde 2007 mais da metade das mães
aumento representa um resultado positivo realizaram o diagnóstico da sífilis durante o
para a eliminação da SC, traduz a possibilidade pré-natal. Entretanto, do total de casos de SC,
de diagnóstico, tratamento e notificação que as mães fizeram pré-natal, 25% apresentou
oportuna das gestantes com sífilis, entretanto, alguma falha na etapa de diagnóstico da
ainda existem regiões muito “silenciosas” no infecção por Treponema pallidum que deveria
estado, ou seja, com um número de gestantes ocorrer durante o pré-natal. Chama atenção o
com sífilis bem abaixo do esperado. aumento de relato de uso de drogas durante a
gestação pelas mães dos casos de SC, indicando
Chama atenção que em 2013, 20% dos casos
a possível elevação na vulnerabilidade das
de SG tinham de 10 a 19 anos de idade e
mulheres com crianças notificadas com SC.
aumento de 4,5 vezes entre os anos de 2009
a 2013. Com o aumento no número de casos
notificados com SC, ocorreu uma elevação
A adequação do tratamento para SG para
concomitante do número de casos notificados
prevenção da SC ainda permanece abaixo
como aborto, natimorto e óbitos. Este
da meta de 90% das gestantes tratadas
resultado aponta as dificuldades para o
adequadamente para a fase clínica da doença,
cumprimento do protocolo de diagnóstico
apesar da melhora discreta da proporção de
e tratamento da gestante com sífilis e, em
tratamentos adequados a partir de 2010. Em
especial, do tratamento precoce da gestante.
2013, 84% dos casos de SG foram tratados
Para a redução desses casos com evolução
adequadamente para a fase da doença e
muito desfavorável é imprescindível incentivar
somente 48% dos parceiros sexuais foram
o tratamento adequado e precoce da gestante.
tratados concomitantemente com a gestante.
Em 2013 foram notificados 2.388 casos de sífilis O tratamento adequado da criança ainda
congênita (SC) no ESP. constitui um desafio; em 2013, 71% das crianças
nascidas vivas foram tratadas adequadamente,
segundo protocolo padronizado.
2.3.10.4 - Leptospirose
94
Tabela 29 - Leptospirose – Casos Confirmados, Coeficiente de Incidência, Número de
Óbitos e Letalidade – Estado de São Paulo – período de 2010 a 2014.
Ano de Início
CC Óbito CI LET
de Sintomas
2010 892 99 2,16 11,10
2011 981 115 2,36 11,72
2012 784 73 1,87 9,31
2013 944 103 2,25 10,91
2014 743 88 1,77 11,84
Fonte: SINAN – VE Programa Estadual de DST/Aids – SP
Nota: Dados preliminares até 30/06/2014, sujeitos a revisão mensal.
95
Figura 14 - Casos autóctones confirmados de FMB no ESP de 2010 a 2014 por
município de LPI (Local Provável de Infecção).
Frequencia
Até 4 18 --|21
4 --|8 21 --|24
8 --|11 24 --|27
11 --|14 27 --|31
14 --|18 31 --|34
Fonte: SINAN, julho de 2015.
96
Tabela 30 - Distribuição do número de casos e óbitos
de Hantavírus. Estado de São Paulo, 2010 a 2014.
2.3.10.7 - Raiva
Gato
Cão
97
O Instituto Pasteur, dedicado à missão de 30% na cobertura vacinal em cães e gatos
de contribuir para a vigilância em saúde do estado. Os esforços do Instituto Pasteur,
no que se refere à raiva e, reconhecido junto ao Ministério da Saúde para garantir o
nacionalmente como referência do Ministério recebimento dos imunobiológicos e vacinas
da Saúde e internacionalmente como único em tempo oportuno e junto aos municípios por
Centro Colaborador em raiva da OPAS/OMS meio da realização de oficinas regionais para
na América Latina, coordena as ações do capacitação e apoio técnico, têm tido o objetivo
programa de vigilância e controle da raiva no de diminuir o risco de ocorrência da doença.
estado, entre as quais se destacam a profilaxia
Embora não haja casos humanos, o vírus da
da raiva humana, vacinação anual de cães e
raiva continua sendo isolado em mamíferos
gatos, envio de amostras para diagnóstico
domésticos e silvestres, sendo uma ação
laboratorial e apoio técnico aos municípios.
de vigilância extremamente importante, o
A profilaxia da raiva humana e a vacinação monitoramento da circulação do vírus no estado,
anual de cães e gatos são importantes ações realizado por meio de exames diagnósticos
de vigilância da raiva, entretanto enfrenta- de amostras de animais. Entretanto, tem sido
se com grande preocupação desde 2014, a observada uma diminuição anual significativa
crítica situação de desabastecimento de soro no número de amostras analisadas, bem
antirrábico (SAR) e imunoglobulinas antirrábicas como o aumento de municípios que não
humanas (IGHAR) para aplicação em pessoas enviam amostras de cães e gatos para análises
expostas ao risco de raiva, e o recebimento (Figuras 16 e 17), demonstrando a necessidade
tardio de vacinas animais no último trimestre do fortalecimento do sistema estadual de
do ano, provocando uma diminuição de cerca vigilância da raiva.
98
Figura 17 - Mapas demonstrativos do aumento de áreas do Estado sem envio de
amostras para monitoramento da circulação de vírus da raiva em gatos 2003-2013.
2.3.10.8 - Hanseníase
Fonte: DTVEH/CVE/CCD/SES.
99
Em 2014 o mesmo coeficiente é de 0,45/10.000 hab. referente a 1.945
casos, representando queda de 42%. Os GVE que ainda não alcançaram
a meta de eliminação (menos de 1 caso por 10.000 habitantes) são:
Jales, Caraguatatuba, Presidente Venceslau, Ribeirão Preto, Araçatuba e
Presidente Prudente.
No mesmo ano de avaliação, foram detectados 1.441 casos novos de
hanseníase, correspondendo ao coeficiente de detecção de 3,30/100.000
habitantes, detecção considerada de média intensidade, segundo os
parâmetros oficiais4.
O estado apresenta focos de transmissão recente evidenciados pela
detecção de casos em menores de 15 anos, tendo sido detectados 33
casos em crianças, em 2014, correspondendo ao coeficiente de detecção
específico de 0,04/100.000 hab.
Fonte: DTVEH/CVE/CCD/SES.
Se por um lado 51,0% dos municípios do casos novos de hanseníase examinados, ambos
estado tem detecção igual a zero, 20,0% tem analisados nas coortes de casos paucibacilares
detecção maior de 10,0/100.000 habitantes. e multibacilares.
Relevante é o fato de que os municípios e GVE
Desde 2012 a proporção de casos curados
com detecção ALTA fazem fronteira com Mato
alcança níveis acima de 90%, fato considerado
Grosso do Sul e estão em área de cluster de
de relevância, uma vez que a cura refletirá
casos novos de hanseníase identificada como
na redução dos focos de contágio da doença
sendo de menor risco de adoecimento e de
e contribuirá para prevenir incapacidades
área historicamente endêmica5.
físicas. Assim, também a proporção de exames
Os indicadores utilizados para o de contatos alcança níveis acima de 75,0% ,
monitoramento da endemia hansênica são aumentando a chance de detecção precoce de
a proporção de cura dos casos novos de outros casos da doença.
hanseníase e de contatos intradomiciliares de
100
2.3.10.9 - Tracoma
101
2.3.10.10 - Violências
Fonte: DTVEH/CVE/CCD/SES.
102
103
Foto Rubens Chiri
2.4 - PROMOÇÃO DA SAÚDE
104
Quadro 3 - Panorama do quantitativo de projetos cadastrados e de
projetos financiados pelo MS no OPS/SP, no período de 2012 à 2015.
Nº de projetos Acompanhamento de
Período
cadastrados projetos financiados
Até 2012 568 417
Até 2013 636 432
Até 2014 697 459
Até 2015 715 577
Fonte: OPS/SES-SP – 2015.
105
2.5 - SAÚDE AMBIENTAL
106
Atualmente, estão cadastradas cerca de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a
5.000 áreas contaminadas no estado. No Áreas Contaminadas – SISSOLO, do Ministério da
período considerado, reforçaram-se as Saúde. O Sistema integra a Vigilância em Saúde
diretrizes para avaliação e intervenção em de populações expostas a áreas contaminadas
cenários de riscos decorrentes desses passivos (VIGISOLO) que tem como principais objetivos:
ambientais, constantes do Comunicado CVS a) Identificar e priorizar áreas com populações
204/2009. Priorizou-se o apoio às ações expostas a solo contaminado; b) Conhecer as
regionais e municipais e a interlocução com o áreas, os contaminantes, a extensão das plumas
órgão ambiental (Cetesb), fundamentado, em de contaminação e sua relevância à saúde; c)
especial, nas Resoluções Conjuntas SS/SMA Conhecer a população sob risco de exposição
01/2002 e SMA/SERHS/SES 03/2006. Iniciativas e d) Orientar medidas de Vigilância em Saúde.
para qualificar as equipes regionais e municipais Até 2014, 3.063.103 habitantes, representando
de Vigilância Sanitária para intervenção nesses 7% da população paulista encontrava-se nas
fatores de risco é prioridade para o próximo áreas cadastradas. Estas ações manter-se-ão
período. como prioritárias para o próximo quadriênio.
Ações de vigilância epidemiológica para Na figura seguinte observa-se o incremento no
as populações potencialmente expostas a cadastro do SISSOLO das áreas contaminadas
estas áreas constituíram prioridade do CVE prioritárias com população potencialmente
com a implementação do cadastro de áreas exposta.
prioritárias no Sistema de Informação de
Fonte: CETESB
SISSOLO/Data SUS/SE/MS.
107
A realidade do aglomerado urbano-industrial do Estado de São
Paulo, considerando as atividades químicas, tem sido responsável por
transformações que se manifestam nas diversas regiões do Estado, de
complexidade não apenas funcional, mas também em sua estrutura
social, organização interna e na dinâmica espacial. Exercer a Vigilância
Ambiental em Saúde relacionada às substâncias químicas se mantém como
prioridade no próximo quadriênio.
No Estado de São Paulo, nos últimos 20 anos, Desastres Naturais
associados a inundações e enchentes foram identificados como os mais
recorrentes (54% dos eventos monitorados pela Defesa Civil). Ações
de Vigilância em Saúde foram desenvolvidas definindo como passíveis
de notificação a interrupção do fornecimento da água para consumo
humano, a existência de abrigos e o comprometimento de Unidades de
Saúde que interrompesse a prestação de serviços. O monitoramento
destas ocorrências permite o planejamento das ações de saúde em
situações emergenciais, elaboração de planos de contingência, adoção
de medidas preventivas, orientação à população em situação de risco e
apoio na identificação de doenças transmissíveis na população alojada
nos abrigos. A integração com o Sistema Integrado de Defesa Civil (SIDEC)
tem propiciado o monitoramento de desastres, como demonstrado na
tabela abaixo, caracterizando a importância de implementar junto às
regionais e aos municípios ações de vigilância dos riscos decorrentes dos
mesmos.
Nº de eventos
Ano Nº de eventos Desabrigados Desalojados Óbitos Total
com vítimas
2011 83 21 613 1296 15 1945
% 32 67 1 100
2012 346 93 2241 3456 46 5743
% 39 60 1 100
2013 297 118 1733 5677 71 7481
% 23 76 1 100
2014 436 145 856 6281 195 7332
% 12 86 2 100
2015* 218 60 113 367 28 508
% 22 72 6 100
(*) Jan-Mai
*Enchentes, deslizamentos, tempestades, incêndios, raios, outras.
Fonte: SIDEC e ADAN-SUS/SP.
108
A temática mudanças climáticas foi oficializada no Estado de São Paulo
com a promulgação da Lei Estadual Nº 13.798, de 9 de Novembro de
2009, que instituiu a Política Estadual de Mudanças Climáticas – PEMC,
regulamentada pelo Decreto Estadual Nº 55.947, de 24 de Junho de
2010. As propostas e deliberações das ações da PEMC-SP foram de se
trabalhar as ações setorialmente em Mitigação, Adaptação, Pesquisa e
Desenvolvimento Tecnológico e Educação e Cidadania Ambiental. O Plano
Setorial da Saúde foi desenvolvido em 2015 para direcionar medidas de
adaptação dos processos e serviços do SUS-SP e contribuir com medidas
de mitigação e frente aos impactos da mudança do clima. Para o próximo
quadriênio a implementação do Plano Setorial deve constituir prioridade
para a pasta da Saúde como eixo temático.
109
A regulação de riscos sanitários é justamente o exercício equilibrado desse
poder transformador. Regular riscos sanitários implica em avaliar, ponderar,
dialogar, influenciar e exercer com sabedoria o poder de polícia administrativa
que a lei lhe faculta. Trata-se, desse modo, de influenciar e intervir em setores
da sociedade, regrar condutas e procedimentos, estabelecer referências,
preservar grupos populacionais vulneráveis, se contrapor a tendências
estranhas ou desfavoráveis à saúde.
Intrínseca ao campo de práticas e saberes da Saúde Pública, a Vigilância
Sanitária é constituinte do Sistema Único de Saúde (SUS) e atua segundo
um conjunto consolidado de métodos e ações disciplinadas, hierarquizadas
e referenciadas em diretrizes constitucionais que lhe garantem atuação
descentralizada, nos locais onde se expressam os interesses mais prementes
do cidadão.
A política de descentralização das ações de Vigilância Sanitária teve início em
1996, a partir da implantação da Norma Operacional Básica do Sistema Único
de Saúde – NOB/SUS 01/96, favorecida pelo repasse de recurso financeiro
federal aos municípios. Nesse ano (1996), 237 (37%) municípios começaram
a se responsabilizar por alguma ação de Vigilância Sanitária, recebendo,
inclusive, recursos financeiros e materiais do estado como incentivo para
ações sanitárias em atividades econômicas classificadas como de média e alta
complexidade. Desde então, o processo de descentralização dessas ações tem
se mantido por meio de pactuação bipartite, atendendo às políticas nacional
e estadual de saúde.
O número de municípios que aderiu à pactuação em 1996 progrediu para
387 (60%) em 2000, quando foi instituído o Sistema Estadual de Vigilância
Sanitária (Sevisa), por meio do Decreto Estadual 44.954/2000. Nos anos
subsequentes este número foi crescente, atingindo a totalidade (645 = 100%)
a partir de 2009, conforme Gráfico 14.
110
A adesão mais maciça se deu após instituição nacional (2006) do Plano Diretor
de Vigilância Sanitária (PDVISA), norteando uma nova forma de pactuação no
estado de São Paulo, ou seja, em 2007 foi instituída a lógica de pactuar outras
ações que compõem o processo de controle do risco sanitário, além da inspeção,
definindo responsabilidades para as duas esferas de gestão, sendo elas: o
reconhecimento do universo de atuação da VISA, por meio do cadastramento
dos estabelecimentos sob a regulação sanitária; a elaboração ou revisão de
normas técnicas e legais regulamentadoras; a implantação e implementação
de roteiros específicos para atuação padronizada dos inspetores sanitários;
a capacitação e qualificação dos profissionais de VISA; a realização de coleta
de amostras de produtos de interesse da saúde considerados prioritários
pelo Sevisa; a contribuição no processo de contratação de serviços de saúde
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da oferta de relatórios sobre a
qualidade sanitária destes serviços; a divulgação de diagnóstico de situação
sanitária de estabelecimentos, equipamentos e locais inspecionados; e, a
realização de atividades de educação e comunicação para usuários, gestores
e gerentes de serviços regulados pela VISA. Esse conjunto de atribuições
que permeiam e se sintonizam com outras práticas de promoção e proteção
da saúde, situa o risco sanitário no contexto do controle da doença e da
assistência à saúde.
Esta estratégia tem se mostrado positiva, pois mantém fortalecido o
Sevisa que se baseia na responsabilidade solidária dos gestores estaduais e
municipais para o desenvolvimento das ações priorizadas para o estado de
São Paulo, definidas em consenso e formalizadas por meio da Programação
das Ações de Vigilância Sanitária (Pavisa), após submissão e aprovação dos
Conselhos Municipais de Saúde (Comus), Comissões Intergestores Regionais
(CIR) e Comissão Intergestores Bipartite (CIB).
Entretanto, o processo da descentralização das ações de VISA no estado
de SP aponta para a heterogeneidade das estruturas municipais de vigilância
sanitária que, quando fragilizadas – realidade da maioria dos municípios -
dificulta assumir integralmente as responsabilidades sanitárias que lhes cabem
constitucionalmente. Esta situação, por imperativo constitucional, exige que o
gestor estadual, também com limitações de recursos institucionais, continue
desenvolvendo ações, ora de forma compartilhada ou complementar, ora
de forma suplementar. Isso se deve ao fato de que parte significativa dos
municípios, principalmente aqueles de baixa densidade populacional, nem
sempre contam com recursos de diversas naturezas – número insuficiente
e falta de preparo e conhecimento técnico de profissionais, falta de
equipamentos e instrumentos para o trabalho, entre outros - para o efetivo
exercício do controle do risco sanitário em seu território.
Como intervir no risco sanitário é o objeto central de atuação do Sevisa é
essencial compreender o perfil epidemiológico da população, a história e o
comportamento das doenças.
111
À luz de cenários tão complexos e expectativas as ações a serem desenvolvidas nos diferentes
ampliadas, ganham relevo olhares abrangentes territórios. Ao longo das últimas décadas
– indissociáveis em termos de Vigilância as transformações no mercado mundial do
Sanitária – a respeito das substâncias, produtos, consumo e as evoluções tecnológicas fizeram
atividades e ambientes que podem contribuir com que o Sivisa buscasse maior performance
para o incremento do risco de adoecer, que técnica, sendo assim, a partir de 2012 o mesmo
concorrem para resultados não favoráveis em teve suas funcionalidades operacionalizadas
termos de saúde, ou seja, que se configuram em plataforma virtual (internet), facilitando
como fatores de risco à saúde. e agilizando sobremaneira as consultas ao
seu banco de dados, possibilitando acesso
É por este motivo que a regulação sanitária
às informações em tempo real. Atualmente,
aborda, dentre outros exemplos, a qualidade
70% (451) dos municípios paulistas já operam
do alimento na perspectiva do uso intensivo de
com esta nova tecnologia, e a perspectiva de
agrotóxicos no campo; a oferta de água para o
adesão da totalidade dos municípios e do setor
abastecimento público, os processos de diálise,
regulado como usuários do sistema, além da
a produção de medicamentos, o trabalhador
necessidade de dar transparência ao cidadão
nas frentes de trabalho, considerando a
das ações de vigilância sanitária, exige maior
qualidade dos mananciais e o uso e ocupação
investimento tecnológico para melhoria da
indisciplinada do solo; a segurança do
capacidade de armazenamento de dados,
trabalhador a partir da produção e comércio
de acesso e gestão das informações de VISA.
de fibras de amianto; o transporte de produtos
Neste mesmo período, deu-se continuidade à
de interesse à saúde a partir da circulação de
elaboração e padronização de instrumentos de
cargas perigosas; a segurança dos processos
registro dos procedimentos realizados pelas
transfusionais de sangue e hemoderivados; e,
Vigilâncias Sanitárias, visando a Gestão da
a segurança do paciente na assistência à saúde.
Qualidade no âmbito dos Sistemas de Vigilância
Desta forma, o Centro de Vigilância Sanitária, Sanitária estadual (Sevisa) e nacional (SNVS).
como órgão coordenador do Sevisa, vem
desenvolvendo estratégias de fortalecimento
da gestão em VISA, investindo em instrumentos
e ferramentas gerenciais que possibilitem o
monitoramento, a avaliação e a programação
de prioridades que contribuam com a
promoção da saúde.
Desde a década de 90, foram dedicados
esforços técnicos para a construção do Sistema
de Informação em Vigilância Sanitária - SIVISA
que, por ser utilizado tanto pelos serviços
estaduais (CVS e 28 GVS), quanto municipais
(645 VISA-M), é único no país. Vale ressaltar
que a institucionalização legal do Sistema
Estadual de Vigilância Sanitária - Sevisa e do
próprio sistema de informação Sivisa trouxe
segurança, transparência e controle ao longo
destes anos, tornando a Vigilância Sanitária
Paulista vanguarda no contexto nacional.
O Sivisa teve como enfoque inicial na sua
construção a quantificação do seu universo,
visto a necessidade preponderante de se
poder diagnosticar, avaliar, planejar e priorizar
112
Outro fator importante tem sido o trabalho Nenhum destes fatores, porém, contribui
na construção de uma política de informação para o efetivo exercício da Vigilância Sanitária
que consolide fluxos e indicadores da Vigilância quando esta se encontra destituída de quadros
Sanitária nas políticas públicas do estado e profissionais compatíveis com os complexos
da federação que demonstrem, por meio de problemas sanitários que se evidenciam em
análise de impacto das ações, o cumprimento um estado com alto grau de urbanização e
de sua missão de proteção e promoção da industrialização como São Paulo.
saúde e da qualidade de vida.
A Vigilância Sanitária é partícipe do
O Centro de Vigilância Sanitária vem se desenvolvimento econômico e social paulista,
dedicando à reflexão sobre o papel do estado sendo reconhecida em todo o país como
na regulação de riscos à saúde da população instância de referência e de vanguarda no
paulista e da necessária qualificação dos controle do risco sanitário, atuando sobre um
procedimentos desenvolvidos no âmbito do território que abriga atividades responsáveis
Sevisa, de modo a conferir maior efetividade na por um terço do Produto Interno Bruto (PIB)
atuação da VISA. nacional e que concentra 42% da indústria de
transformação, com cadeias produtivas de
Como mencionado, são muitas as variáveis
elevado nível tecnológico. Neste sentido, o CVS
que concorrem para um procedimento
mobiliza forças para que o controle do risco
qualificado de Vigilância Sanitária, dentre
sanitário se firme em patamares compatíveis
elas o financiamento das ações, a estrutura
com a grandeza de São Paulo.
normativa, a organização administrativa, os
recursos materiais, a organização integrada
da demanda e a pactuação das ações entre
os entes do Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária (SNVS).
113
2.7 - PRODUTOS RELACIONADOS À SAÚDE
114
Tabela 32 - Quantitativo de notificações de suspeitas de reações adversas e queixas
técnicas de medicamentos recebidos pelo sistema de notificações Periweb por ano, de
2010 a 2014 – Centro de Vigilância Sanitária/CCD/SES-SP, abril de 2015.
Reações
adversas a 15.047 17.638 21.620 25.034 27.123
15.047 17.638 21.620 25.034 27.123
medicamentos (100%) (100%) (100%) (100%) (100%)
(RAM)
Queixas
técnicas de 797 1.884 1.374
1150 0 (0%) 1750 0 (0%) 1871 1.517 1.377
medicamentos (42,6%) (100%) (100%)
(QT)
115
116
117
3.1 - DIVISÃO REGIONAL DE SAÚDE DO ESTADO
118
Quadro 4 - Composição Regional da Saúde, segundo Departamento
Regional de Saúde (DRS) e Região de Saúde, São Paulo, 2014.
119
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde-SP, 2014.
120
Mapa 11 - Regionalização do Estado de São Paulo segundo as Redes Regionais de Atenção
à Saúde e os Departamentos Regionais de Saúde (DRS) da Secretaria de Estado da Saúde.
Embora no Estado de São Paulo, tal como no Brasil, o SUS seja o principal sistema
responsável pelo atendimento da população, é preciso salientar que a proporção de
paulistas com acesso ao Sistema de Saúde Suplementar (planos privados de saúde)
é bem maior que a média nacional. No Estado como um todo, 44,5% da população
tem planos privados de saúde. Esta média oculta grandes diferenças regionais: a
região do Departamento Regional de Saúde da Grande São Paulo apresenta 52% de
cobertura de planos privados de saúde enquanto a região de Registro tem apenas
10% (Tabela 33 e Mapa 12).
Embora seja reconhecido que os planos de saúde em muitos casos não oferecem
boas coberturas para inúmeros procedimentos mais complexos de saúde ou para
assistência farmacêutica, o que leva seus beneficiários a buscar atendimento em
recursos do SUS - em especial aqueles de alta complexidade e custo - a cobertura
do setor privado de planos de saúde deve ser levada em conta no planejamento das
necessidades das redes regionais de saúde do SUS.
121
Procedimentos como mamografias, exames de patologia clínica,
consultas médicas, inclusive para pré-natal e outros procedimentos
fundamentais para o sistema público de saúde, são também realizados no
sistema de saúde suplementar e, por esta razão, o cálculo de indicadores de
cobertura deve tentar estimar os atendimentos privados, especialmente
naquelas regiões com grande cobertura de planos e seguros de saúde.
122
Mapa 12 - Percentual da População atendida pela Saúde Suplementar por local de
residência segundo Regiões de Saúde. Estado de São Paulo, Dezembro de 2014.
Intervalos (%):
10,1 a 25,6 (21)
25,6 a 35,9 (16)
35,9 a 45,1 (15)
45,1 a 58,9 (11)
123
3.3 - CAPACIDADE INSTALADA NO SUS/SP
A rede hospitalar total no Estado de São Paulo é composta por 899 hospitais
segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES no final de
2014. Entretanto, parte destes hospitais (327) são entidades privadas não vinculadas
ao SUS, atendendo exclusivamente a saúde privada suplementar.
Os 572 hospitais que participam do SUS (e apresentam produção para o sistema)
possuem 62,9 mil leitos no total disponibilizados para o sistema, com predomínio
de leitos clínicos (25%) e cirúrgicos (21%). Os leitos de longa duração (crônicos,
psiquiatria, tisiologia e reabilitação) representam 22,6% do total de leitos. Além
disso, o Estado apresenta também grande rede de leitos complementares (unidades
de terapia intensiva) (Tabela 35).
Os 572 hospitais vinculados ao SUS podem ser divididos em hospitais para
internações de caráter agudo/curtas (gerais ou especializados) que totalizam 501
unidades e os hospitais exclusivos para longa internação (crônicos, tisiologia,
psiquiatria e reabilitação) que representam 71 unidades.
Os 501 hospitais do SUS/SP para curta permanência ou agudos são apresentados
na Tabela 36, divididos segundo a região dos Departamentos Regionais de Saúde
da SES/SP e por porte do hospital. Entre eles, além dos hospitais próprios estaduais
e municipais, existe um importante contingente de natureza filantrópica (como, por
exemplo, as Santas Casas de Misericórdia) que pode reservar parcela de seus leitos
para atendimento privado (Sistema de Saúde Suplementar), razão pela qual são
apresentados os leitos totais e os leitos SUS (disponibilizados para o sistema) destes
hospitais.
124
Tabela 34 - Tipos de Unidades de Saúde do SUS por Departamento
Regional de Saúde – DRS da Secretaria de Estado da Saúde, 2014.
125
Tabela 35 - Leitos SUS por tipo de especialidade. Estado de São Paulo, 2014.
Fonte: CNES/2014. Nota: com retirada dos hospitais e leitos de psiquiatria e de crônicos.
126
Tabela 37 - Quantidade e percentual de Hospitais Gerais e
Especializados (agudos) menores de 50 leitos no SUS, segundo
Departamento Regional de Saúde (DRS) do Estado de São Paulo – 2014.
Fonte: CNES/2014. Nota: com retirada dos hospitais e leitos de psiquiatria e de crônicos.
A distribuição dos leitos SUS de hospitais para A instalação de leitos, que se desenvolveu
agudos nas regiões do estado também não é historicamente de maneira desordenada,
uniforme. A taxa de leitos por mil habitantes provoca dificuldades assistenciais para
para leitos gerais e especializados (agudos) determinadas regiões, nas quais a demanda
está em 1,13 variando de 0,81 a 1,79 entre as supera a oferta, enquanto em outros locais
regiões. Entretanto, há que se ter cautela na constata-se a ociosidade de leitos. Em muitos
análise destes indicadores, levando em conta casos, o desenvolvimento adequado de logística
a existência de pequenos hospitais com baixa de transporte, a implantação de um sistema de
resolubilidade, distribuídos pelas regiões de regulação de leitos efetivo entre as regiões e
forma diferente. Além disso, como já referido a mudança gradativa do modelo de assistência
anteriormente, o estado de São Paulo conta hospitalar, com adequada hierarquização e
com grande cobertura de saúde suplementar adequação dos serviços para a referência, pode
em muitas regiões. Torna-se interessante garantir a adequada internação dos pacientes
observar a taxa de leitos SUS pela população em hospitais de regiões próximas aos seus
usuária exclusiva do SUS (isto é, deduzida a municípios de residência. Mesmo assim, em
parcela de segurados dos planos privados de algumas regiões pode haver necessidades
saúde). Neste caso pode-se verificar o aumento específicas de novos serviços.
da relação para 2,03 leitos/mil usuários
exclusivos SUS, variando de 1,05 a 2,97 (Tabela
38).
127
Tabela 38 - Hospitais Gerais e Especializados (agudos), nº de Leitos SUS e Taxa de Leitos por mil
hab. para a população total e para a população usuária exclusiva do SUS, segundo Departamento
Regional de Saúde (DRS) do Estado de São Paulo – 2014.
Fonte: CNES/2014. Nota: com retirada dos hospitais e leitos de psiquiatria e de crônicos.
128
Gráfico 15 - Número de Equipes da Estratégia de Saúde da Família.
Estado de São Paulo – 1998, 2003, 2008, 2010 e 2014.
129
130
Atualmente a ESF paulista está com 4,7 mil equipes, com cobertura de 38% da população
(Tabela 39). De forma geral, existiu crescimento de 10% da cobertura no estado desde
2010 e todas as regiões registraram aumentos. No entanto, há grandes diferenças na
proporção da cobertura da ESF entre as regiões, variando de 325 a 94%.
Também é preciso salientar que como grande parte da população do estado possui
seguros e planos privados de saúde, parte da atenção básica de saúde ocorre no sistema
de saúde suplementar.
Finalmente, o SUS/SP possui grande quantidade de serviços de alta complexidade em
oncologia, cardiologia, nefrologia, neurologia, traumato-ortopedia, que são responsáveis
por atendimentos à população paulista e referência para outros estados e regiões do país.
Tabela 40 - Valores pagos ( R$ ) pelo SUS para o total de produção ambulatorial e hospitalar
segundo Departamentos Regionais de Saúde ( DRS ). Estado de São Paulo, 2010 e 2014.
131
Há que se registrar que os pagamentos de grande parte de serviços
de saúde relacionados com o SUS (hospitais, como as Santas Casas e
de Ensino), bem como aqueles referentes aos serviços da rede própria
municipal e estadual estão contratualizados segundo valores globais (tetos)
e, portanto, a produção também não representa os valores efetivamente
pagos aos serviços ou gestores. Além disso, estes valores não incluem o
pagamento da atenção básica, pois este tipo de atenção deixou de ter
seu valor registrado na produção desde que passou a ser pago per capita,
conforme as regras do Ministério da Saúde, ao instituir o Piso de Atenção
Básica – PAB. Assim sendo, sua apresentação aqui objetiva apenas apontar,
de forma complementar, a ampliação dos serviços de saúde prestados
para a população e seu registro nos sistemas de informação.
132
Tabela 41 - Internações e respectivo percentual segundo especialidade no SUS/SP – 2010 e 2014.
133
Tabela 42 - Internações no SUS/SP segundo especialidade e natureza do prestador – 2014.
Fonte: SIH/SUS.
Fonte: SIH/SUS.
134
Gráfico 16 - Produção de internações segundo
natureza do prestador. Estado de São Paulo, 2014.
Contratado
2.676
0,1%
Estadual
730.519
31,3%
Filantropico
1.102.299
47,2%
Municipal
501.702
21,5%
Fonte: SIH/SUS.
Contratado
83
0,04%
Estadual
77.741
40,4%
Filantropico
106.927
55,6%
Municipal
7.453
3,9%
Fonte: SIH/SUS.
135
O número absoluto de internações manteve- Foi também apresentado o indicador de
se praticamente o mesmo entre 2010 e internações por mil usuários exclusivos SUS
2014, mas as internações por mil habitantes tendo em vista a já citada cobertura do sistema
(população total) apresentaram discreta de saúde suplementar no estado e regiões,
redução no período de 2010 para 2014, e esta relação também se manteve muito
passando de 57 para 55 internações/mil hab. semelhante entre os dois anos considerados,
(redução de 3%). Embora existam grandes com redução discreta da média estadual (-0,3%)
diferenças entre as regiões, pode-se notar e aumento importante apenas na região de
também que a maioria delas teve redução das Piracicaba (10%), São José do Rio Preto (7%) e
internações/mil hab., exceto em três regiões Araçatuba (4%).
(Registro, Ribeirão Preto e São José do Rio
Preto), cujos valores positivos da taxa foram
muito discretos (Tabela 44).
Fonte: IBGE e SIHSUS - DATASUS/MS. Nota: Excluídas internações sem classificação de residência.
136
Outra característica específica e importante das internações
de obstetrícia do SUS/SP é a comparação da taxa de
cesáreas entre 2009 e 2013 por região, obtida pelo Sistema
de Informações dos Nascidos Vivos – SINASC, que inclui os
partos realizados na rede privada não vinculada ao SUS.
Existiu discreto aumento no número de nascidos vivos
entre os anos considerados, passando de 599 mil (2010) para
611 mil (2013). Verifica-se também o aumento de 7,6% da
taxa de cesárea, que passou de 58% a 62%. As maiores taxas
de cesárea nas regiões atingem valores superiores a 80% e
todas as regiões tiveram aumento da taxa de cesárea entre os
anos considerados, com variações positivas de 0,4% (Baixada
Santista) até 20% em São João da Boa Vista (Tabela 45).
Fonte: SINASC/SEADE.
Por outro lado, os partos realizados nos hospitais do SUS aumentaram no mesmo
período, passando de 348,9 mil (2010) para 352,7 mil. A taxa de cesárea no setor
público é mais baixa em 2014 (43,5%) que a taxa total do estado vista anteriormente
(61,9%). Entretanto, também se verifica um aumento de 7% na taxa de cesárea nos
hospitais do SUS, no período considerado. De todas as regiões, apenas Ribeirão Preto
apresentou queda da taxa de cesárea (Tabela 46).
137
Tabela 46 - Total de partos normais, cesáreas e Taxa de Cesárea SUS
segundo os DRS de residência – Estado de São Paulo – 2010 e 2014.
138
consultas/hab. em 2014. Esta evolução foi ocasionada
por considerável redução nas consultas básicas (-17%)
e praticamente todas as regiões tiveram redução do
indicador, exceto as três regiões acima referidas. Em
algumas regiões como no DRS de Bauru, a queda do
indicador de consultas básicas foi de 43% neste período.
Contudo, o indicador registra aumento de 13% nas
consultas especializadas/hab., e apenas Ribeirão Preto e
Franca apresentam queda neste indicador (Tabela 48).
139
Tabela 48 - Consultas Médicas Básicas e de Especialidades por habitante no
SUS/SP segundo os Departamentos Regionais de Saúde – DRS – 2010 – 2014.
140
Tabela 49 - Consultas Médicas Básicas Normais e de Urgência no SUS/SP
segundo os Departamentos Regionais de Saúde – DRS – 2010 - 2014.
141
As consultas médicas especializadas são ligeiramente menores, 7% para as consultas de
divididas no sistema de informação em especialidade normais e 12% para as consultas
consultas especializadas normais (agendadas de urgência (Tabela 52).
ou programadas) e de urgência (realizadas
Estudo que comparou os biênios 2002/2003
em unidades de urgência, como os pronto
a 2012/2013 já demonstrava a queda no
atendimentos, UPAS e pronto socorros).
número de consultas médicas básicas normais
Ambas as modalidades de consultas de (programadas) e aumento das consultas
especialidade apresentaram crescimento no médicas especializadas e de urgência20, fato
período de 2010 a 2014, com aumento maior agora confirmado para o quadriênio mais
das consultas especializadas de urgência, de recente.
16% (Tabela 51) e ocorreu em todas as regiões,
É preciso destacar que o cálculo de consultas
exceto Ribeirão Preto.
por habitante é subestimado no Estado ao se
As consultas médicas de especialidade normal utilizar apenas as consultas do SUS, pois existem
aumentaram 11% no estado e em muitas consultas realizadas no sistema de saúde
regiões, exceto Franca, Registro, Ribeirão Preto suplementar. O grande investimento realizado
e Sorocaba. em unidades especializadas pela Secretaria de
Estado da Saúde (os Ambulatórios Médicos de
Além de aumentarem mais no total do estado,
Especialidade – AME, entre outros) pode ter
as consultas médicas de urgência aumentaram
colaborado para o grande aumento verificado
em quase todas as regiões, exceto Marília,
nas consultas médicas especializadas normais.
Barretos e Araraquara.
Da mesma forma, o crescimento das consultas
O indicador de consultas médicas de de especialidade de urgência é coerente com
especialidade por mil habitantes também os investimentos realizados em unidades de
demonstra o aumento, embora em proporções pronto atendimento (AMAS e UPAS) no Estado
de São Paulo.
142
Tabela 52 - Consultas Médicas de Especialidade Normais e de Urgência por habitante
no SUS/SP segundo os Departamentos Regionais de Saúde – DRS – 2010 – 2014.
143
Tabela 53 - Valor pago (mil R$) pela produção ambulatorial por tipo de prestador
segundo subgrupo de procedimentos - Estado de São Paulo, 2014.
Fonte: SIA/SUS.
144
Tabela 54 - Proporção (%) da produção ambulatorial por tipo de prestador
segundo subgrupo de procedimentos - Estado de São Paulo, 2014.
Fonte: SIA/SUS.
145
Foto: Rubens Chiri
146
147
O ciclo de planejamento iniciado em 2012 e encerrado em 2015 priorizou,
como estratégia de aperfeiçoamento do acesso à atenção à saúde, a
estruturação de redes temáticas nas áreas materno-infantil, urgência e
emergência, doenças crônicas (entre estas a rede de oncologia), saúde da
pessoa com deficiência e atenção psicossocial. Priorizou-se ainda a atenção
básica mediante programas de qualificação, a exemplo dos “Articuladores”
(apoio técnico aos municípios realizado por técnicos da SES capacitados para
apoiar gestores e profissionais da Atenção Básica), repasses de recursos do
Fundo Estadual de Saúde para os Fundos Municipais de Saúde para reforma,
aquisição de equipamentos, construção de unidades básicas e custeio.
Este novo ciclo, que tem início em 2016, define novas perspectivas a partir da
avaliação do que foi alcançado e do que requer melhorias no que se refere ao
acesso e à qualidade da atenção à saúde, considerando, ainda, a adversidade
de uma crise econômica em curso, que deve afetar a disponibilidade de
aporte de recursos para a saúde no país, no estado e nos municípios.
O Eixo I foi completamente reestruturado, pensado para dar maior
organicidade à rede de atenção à saúde no âmbito regional e estadual.
Inicia-se pela Atenção Básica, cuja cobertura já é extensa em todo o estado,
com propostas de manutenção de programas considerados exitosos pelos
municípios e pela SES e aprimoramento de outros, a exemplo das estratégias
de qualificação por meio de repasses de recursos. Pode-se destacar a busca
de novos modelos organizativos, mais adequados à atenção às condições
crônicas de saúde, que englobam entre outras a gestação, viver com HIV e
doenças crônicas mais prevalentes como hipertensão e diabetes.
Complementa-se a rede de atenção por meio das ações especializadas
desenvolvidas por serviços próprios ou sob gestão municipal e estadual, que
constituem as referências pactuadas nas regiões de saúde e redes regionais
de atenção à saúde (RRAS). Busca-se avançar na contratualização de todos
os serviços próprios ou sob gestão estadual, com estabelecimento de metas
físicas, financeiras e qualitativas, monitoradas e ajustadas mediante resultados
obtidos e necessidades de saúde. A assistência farmacêutica compõe a rede
de atenção, desempenhando papel fundamental para garantia da assistência
à saúde, o que também ocorre em relação à produção e fornecimento de
insumos (medicamentos, soros, vacinas, sangue e hemocomponentes).
A rede de atenção à saúde deve ser regionalizada para melhor desempenho,
com suficiência na atenção básica, na média complexidade e em parte da
alta complexidade, composta por várias redes temáticas, respeitando os
territórios constituídos de forma bipartite, mediante arranjos organizativos
de ações e serviços de saúde de diferentes densidades tecnológicas e
igualmente importantes que, integrados por meio de sistemas de apoio
técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado
em um determinado território. Caracteriza-se pela formação de relações
horizontais organizadas, sistematizadas e reguladas entre a atenção básica e
os demais pontos de atenção do sistema de saúde.
148
Importante refletir que o SUS é tripartite e que os recursos são finitos,
portanto, embora cada gestor possa e deva contribuir com políticas e
estratégias próprias de seus governos no sentido da ampliação de acesso
a serviços de saúde e de qualificação da atenção, não se pode abandonar a
convergência de ações estratégicas com vistas à potencialização de resultados
e racionalidade da aplicação de recursos.
Os eixos do Plano são transversais e complementares, desse modo,
deve-se considerar que o alcance dos objetivos e metas propostos no Eixo
I está relacionado aos demais. A organização da rede de atenção envolve
o olhar para diferentes grupos populacionais (Eixo II), as necessidades de
serviços para a adequada vigilância em saúde (Eixo III), o fortalecimento da
gestão do SUS (Eixo IV), o aperfeiçoamento dos mecanismos e instâncias
de participação social (Eixo V), gestão de pessoas (Eixo VI), a avaliação de
incorporação de tecnologias bem como o desenvolvimento de pesquisas
(Eixo VII) e, finalmente, os impactos das mudanças climáticas, com ações de
mitigação e adaptação (Eixo VIII).
149
EIXO I - QUALIFICAÇÃO DO ACESSO E DA ATENÇÃO À SAÚDE
3- Linhas de Cuidado
3- Elaborar as Linhas de Cuidado
relacionadas à Saúde da Criança,
relacionadas à Saúde da Criança, à
à Saúde do Idoso e à Saúde
Saúde do Idoso e à Saúde Mental.
Mental elaboradas.
2- Desenvolver
estratégias com vistas
Número de municípios da região
à adoção de modelo de
Implantar projeto piloto em uma piloto que aderiram ao projeto /
atenção às condições
Região de Saúde. Número de municípios da região
crônicas de saúde no
de saúde escolhida x 100.
âmbito da Atenção
Básica.
150
DIRETRIZ 2 - APERFEIÇOAR O ACESSO À ATENÇÃO ESPECIALIZADA
À SAÚDE COM QUALIDADE E EQUIDADE
1- Número de instituições
participantes da estratégia
Santas Casas SUStentáveis com
1- Avaliar 100% da rede hospitalar
classificação de risco implantada
filantrópica inserida na estratégia
no pronto-socorro / Número
Santas Casas SUStentáveis.
de instituições participantes
da estratégia Santas Casas
SUStentáveis x 100.
2- Número de hospitais
2- 75% dos hospitais gerenciados por
gerenciados por OSS com TO
Organizações Sociais de Saúde (OSS)
acima ou igual a 80%/Número
com taxa de ocupação (TO) acima ou
total de hospitais gerenciados
igual a 80%.
por OSS x 100.
3- Número de hospitais da
1- Coordenar e melhorar 3- 80% dos hospitais gerais da administração direta com
o acesso e a eficiência da administração direta com taxa de TO acima ou igual a 60%/
atenção especializada à ocupação (TO) acima ou igual a 60%. Número total de hospitais da
saúde com qualidade e administração direta x 100.
equidade, contemplando
as diferentes realidades 4a- Número de mortes
regionais. 4a- Reduzir a taxa de mortalidade por revascularização nos
por revascularização para 5,5 nos Hospitais de Ensino/Número
Hospitais de Ensino no estado de total de procedimentos de
São Paulo. revascularização nos Hospitais
de Ensino x 100.
5- Número de vagas de
5- 80% dos AME com perda primária consultas disponibilizadas
abaixo de 8%. ocupadas/Número de vagas de
consultas disponibilizadas x 100.
151
1- Número de unidades
gerenciadas por Organizações
1- 100% das unidades gerenciadas
Sociais de Saúde (OSS) avaliadas
por Organizações Sociais de Saúde
trimestralmente/Número de
(OSS) avaliadas trimestralmente.
unidades gerenciadas por OSS
x100.
2- Número de unidades
da administração direta
2- 100% das unidades da
com avaliação do contrato
administração direta com pontuação
programa igual ou superior
igual ou superior a 80 pontos
a 80 pontos/Número total de
nas avaliações quadrimestrais do
unidades da administração
contrato programa.
direta com contrato programa
2- Aprimorar o controle e
implementado x 100.
a avaliação dos Contratos
de Gestão, Convênios e
3- Número de Hospitais
dos Contratos Programa.
de Ensino avaliados
3- 100% dos Hospitais de Ensino
quadrimestralmente/Número de
avaliados quadrimestralmente.
Hospitais de Ensino no estado
de São Paulo x 100.
4- Número de unidades
hospitalares participantes
da estratégia Santas Casas
4- 100% da rede hospitalar
SUStentáveis avaliadas
inserida na estratégia Santas
trimestralmente/Número
Casas SUStentáveis avaliada
de unidades hospitalares
trimestralmente.
participantes da estratégia
Santas Casas SUStentáveis x
100.
3- Desenvolver
estratégias para Implantar um projeto piloto de Número de municípios da região
aprimorar o acesso à modelo de atenção às condições piloto que aderiram ao projeto /
atenção especializada às crônicas em uma região de saúde Número de municípios da região
condições crônicas de prioritária (Vale do Jurumirim). de saúde x 100.
saúde.
152
DIRETRIZ 3 - APERFEIÇOAR A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA COMO PARTE INTEGRANTE DA
POLÍTICA ESTADUAL DE SAÚDE
1- Número de medicamentos
1- Promover o acesso a 100% dos disponibilizados no período/
medicamentos sob gestão estadual. Número total de medicamentos
padronizados x 100.
2- Qualificar os serviços de
2- Número de ações executadas/
Assistência Farmacêutica, em
Número de ações planejadas
articulação com os gestores
x100.
municipais.
153
DIRETRIZ 5 - ATENDER AS NECESSIDADES DE SANGUE E HEMOCOMPONENTES
2- Número de Universidades
2- Promover a integração ensino- Estaduais de Odontologia com
serviço em oito Universidades integração ensino-serviço/
Estaduais de Odontologia. Número de Universidades
Estaduais de Odontologia x 100.
154
155
156
157
Foto: Ken Chu
A elaboração de políticas de saúde deve considerar critérios
epidemiológicos que evidenciem a relevância social de uma
determinada área, bem como reconhecer necessidades específicas
de raça/etnia, ciclos de vida e de populações em situação de
desigualdade por fatores genéticos ou por condicionantes de exclusão
social, vulnerabilidade física ou psicossocial. A formulação de políticas
públicas e a organização do sistema de saúde devem produzir
respostas suficientes e qualificadas que reduzam iniquidades. O
Artigo 11 do Decreto 7.508/11, que regulamentou a Lei Federal 8.080,
define que “o acesso universal e igualitário às ações e aos serviços
de saúde será ordenado pela atenção primária e deve ser fundado
na avaliação da gravidade do risco individual e coletivo e no critério
cronológico, observadas as especificidades previstas para pessoas
com proteção especial, conforme legislação vigente”.
Para isto, é fundamental um processo de planejamento ascendente
e participativo, que configure as prioridades regionais no estado,
permeando as redes regionalizadas de atenção à saúde e redes
temáticas, sendo, portanto, indissociável do conjunto de objetivos e
metas definido no EIXO I - Qualificação do Acesso à Atenção à Saúde.
Entretanto, os demais Eixos do Plano também convergem para o
alcance dos objetivos e metas propostos, na medida em que são
transversais e complementares.
O Eixo II trata de evidenciar um conjunto de diretrizes e objetivos
contemplando programas e ações dirigidos a diferentes ciclos de vida
e a grupos populacionais com necessidades distintas e que devem
estar contemplados na rede de atenção à saúde, organizada a partir
da atenção básica, segundo princípios da integralidade e da equidade.
Importante novamente refletir que o SUS é tripartite e que os
recursos são finitos, portanto, embora cada gestor possa e deva
contribuir com políticas próprias de seus governos no sentido de
contemplar o desenvolvimento de programas e ações dirigidos
a grupos populacionais específicos, não se pode abandonar a
convergência de ações estratégicas com vistas a potencialização
de resultados e racionalidade na aplicação destes recursos. Cabe
ressaltar que os gestores precisam estar atentos a novas demandas
sociais que surgem e que são representadas nos diversos espaços de
participação, resultando em novas necessidades de saúde.
158
EIXO II - DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS E AÇÕES
PARA SEGMENTOS ESPECÍFICOS DA POPULAÇÃO
1- Número de óbitos de
1- Retomar a tendência de queda residentes com menos de
da mortalidade infantil em todo o um ano de idade/Número
estado (linha de base 2013 = 11,5). de nascidos vivos de mães
residentes x 1.000.
5-Implantar o monitoramento
5- Número de serviços próprios
previsto pela Resolução SS 42/2015,
monitorados conforme a
que trata sobre as boas práticas
Resolução SS 42/2015 /Número
do parto em 100% dos serviços
de serviços próprios x 100.
próprios.
159
1- Organizar a regulação dos casos
(Retinopatia da prematuridade,
retinoblastoma, catarata congênita
1- Regulação dos casos
e glaucoma congênito) por meio
organizada.
da Central de Regulação, com
identificação dos pontos de atenção
e fluxos estabelecidos.
1- Plano de enfrentamento
1- Elaborar e pactuar plano de
para redução da mortalidade
enfrentamento para redução da
materna no estado elaborado e
mortalidade materna no estado.
pactuado.
160
DIRETRIZ 2 - APRIMORAR A ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER
4- Implantar o monitoramento
4- Número de serviços próprios
previsto pela Resolução SS 42/2015,
2- Reduzir a mortalidade com monitoramento previsto na
que trata sobre as boas praticas do
materna. Resolução SS 42-2015/Número
parto e nascimento, em 100% dos
de serviços próprios x 100.
serviços próprios.
1- Número de exames
citopatológicos cérvico-vaginais
1- Atingir a cobertura para o
do colo do útero em mulheres
rastreamento do câncer de colo de
na faixa etária de 25 a 64 anos/
útero em 70% das mulheres na faixa
população feminina na faixa
3- Ampliar o acesso das etária de 25 a 64 anos.
etária de 25 a 64 anos, no
mulheres às ações de
mesmo local e ano/3.
prevenção, detecção
precoce e tratamento do
2- Número de mamografias para
câncer de colo de útero e
rastreamento realizadas em
de mama. 2- Atingir a cobertura para o
mulheres residentes na faixa
rastreamento do câncer de mama
etária de 50 a 69 anos no ano/
em 80% das mulheres na faixa etária
população feminina na mesma
de 50 a 69 anos.
faixa etária, no mesmo local e
ano/2.
4- Implantar ações
Implementar nos hospitais Pérola
para acolhimento das Número de serviços para
Byington e Leonor Mendes de
mulheres imigrantes atendimento ambulatorial às
Barros 2 serviços para atendimento
refugiadas em serviços mulheres imigrantes refugiadas
ambulatorial às mulheres imigrantes
ambulatoriais da rede implementado.
refugiadas.
própria.
161
DIRETRIZ 3 - APRIMORAR A ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL
4- Total de antecipação de
1- Desenvolver processo recurso de implantação e
de planejamento e de custeio de Residências
4- Apoiar financeiramente em
implementação da Rede Terapêuticas até a habilitação
parceria com os municípios
de Atenção Psicossocial por parte do Ministério da
a ampliação das Residências
(RAPS). Saúde /Total de solicitações
Terapêuticas (RT).
dos municípios em
territórios com processo de
desinstitucionalização x 100.
5- Apoiar tecnicamente os
Departamentos Regionais de Saúde
5- Total de ações de Educação
(DRS) por meio de estratégias
Permanente executadas nas
de educação permanente na
RAPS / Total de RAPS x 100.
implantação das RAPS no estado de
São Paulo.
1- Número de moradores
1- Desinstitucionalizar 100% dos desinstitucionalizados/Total
moradores de hospitais psiquiátricos de moradores de hospitais
3- Promover a no estado de São Paulo. psiquiátricos computados no
desinstitucionalização dos Censo de 2014 x100.
moradores de hospitais
psiquiátricos do estado 2- Implementar as comissões
de São Paulo. revisoras das internações 2- Número de comissões
involuntárias em 70% dos revisoras implantadas / Número
Departamentos Regionais de Saúde de DRS x 100.
(DRS).
162
DIRETRIZ 4 - APRIMORAR A ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
3- Aprimorar a política
pública intersetorial para Pactuar ações com as Secretarias Documento pactuado e
o cuidado de pessoas de Estado do Governo Estadual que publicado para a atenção
com o diagnóstico de tem interface com o tema, entre elas: integral à pessoa com
Transtorno do Espectro Educação, Desenvolvimento Social e Transtorno do Espectro do
do Autismo e seus Direitos da Pessoa com Deficiência. Autismo.
familiares.
4- Estabelecer a linha
de cuidado integral às
pessoas com Transtorno
Linha de Cuidado e seus pontos
do Espectro do Autismo Estabelecer o desenho da Linha de
de atenção pactuadosnas
no âmbito da Rede de Cuidado integral às pessoas com
Comissões Intergestores
Cuidado à Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo
Regionais (CIR) e aprovada em
Deficiência (RCPD) e Rede com definição dos pontos de
Comissão Intergestores Bipartite
de Atenção Psicossocial atenção.
(CIB).
(RAPS) nas 17 RRAS, da
atenção básica à média e
alta complexidade.
163
DIRETRIZ 4 - APRIMORAR A ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
164
DIRETRIZ 5 - APRIMORAR A ATENÇÃO À SAÚDE DA PESSOA IDOSA
1- Organizar e qualificar
a atenção à saúde
indígena em parceria
com o Distrito Sanitário Número de Regiões de Saúde
Elaborar Plano de Ação em 100%
Especial Indígena (DSEI) com Plano de Ação elaborado/
das Regiões de Saúde com aldeias
Litoral SUL e municípios, Número de Regiões de Saúde x
indígenas (n=7).
garantindo o acesso 100.
diferenciado, como
previsto na Política
Nacional.
2- Promover a articulação
intersetorial com
o Distrito Sanitário Número de óbitos infantis
Especial Indígena (DSEI) 100% dos óbitos infantis de indígenas residentes em aldeias
e municípios para o indígenas residentes em aldeia investigados/Número de óbitos
desenvolvimento de investigados. infantis indígenas residentes em
ações que visem a aldeias x 100.
redução da mortalidade
infantil.
165
DIRETRIZ 7 - APRIMORAR A ATENÇÃO À SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA
4- Desenvolver um sistema de
indicadores para monitoramento e
4- Sistema elaborado.
avaliação da Política de Atenção à
Saúde da População Negra.
5- Sensibilizar e capacitar
profissionais de saúde e gestores
5- Número de cursos de
no tema equidade em saúde e
capacitação realizados.
saúde da população negra em 15
Departamentos Regionais de Saúde.
166
DIRETRIZ 8 - INCENTIVAR E APOIAR A ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO
À SAÚDE DA POPULAÇÃO PRIVADA DE LIBERDADE
167
DIRETRIZ 10 - APRIMORAR A ATENÇÃO À SAÚDE DO ADOLESCENTE
1- Desenvolver a política
estadual de atenção Elaborar a política estadual de Política Estadual de Atenção à
às vítimas de violência atenção à violência sexual. Violência Sexual elaborada.
sexual.
168
169
170
171
O Sistema Único de Saúde, uma conquista do movimento social e da
reforma sanitária em particular, consolidado na Constituição Federal
de 1988, em seu artigo 196 estabelece que “a saúde é direito de todos
e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação” (BRASIL,1988).
A condição para a garantia da saúde definida no texto constitucional
passa pela implementação das políticas no campo da vigilância em
saúde, entre outras ações e políticas.
A vigilância em saúde constitui um processo contínuo e sistemático de
coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de informações
sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a
implementação de medidas de saúde pública, incluindo a regulação,
intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde,
para a proteção e promoção da saúde da população, prevenção e
controle de riscos, agravos e doenças (BRASIL, 2014).
Envolve ações voltadas para a saúde coletiva, com intervenções
individuais ou em grupo, prestadas por profissionais de saúde
alocados em serviços de atenção básica, em serviços de média e
alta complexidade, em nível ambulatorial, hospitalar e laboratorial
e/ou em serviços específicos de vigilância sanitária, epidemiológica,
ambiental e de saúde do trabalhador; tem por objetivo a observação e
análise permanentes da situação de saúde da população, articulando-
se em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes,
riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados
territórios, garantindo-se a integralidade da atenção, o que inclui
tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde
(BRASIL, 2010).
No estado de São Paulo, a Vigilância em Saúde é de competência da
Secretaria Estadual de Saúde, ainda que, devido à multicausalidades e
aos diversos fatores envolvidos nesta área, outras instituições possam
estar envolvidas na abordagem de ações relativas à vigilância em saúde.
O marco referencial é a Política Nacional de Vigilância em Saúde, que
caracteriza a mesma como uma atividade de Estado, e suas diretrizes
estão sintonizadas com as transições: epidemiológica, demográfica,
sócio-econômica e cultural e com o novo modelo organizacional do SUS
no estado, que enfatiza o papel da atenção básica como ordenadora
do sistema.
172
Devido às interfaces entre estes temas e aos desdobramentos
provocados por estas interfaces, espera-se que a gestão das ações
de vigilância em saúde estejam inseridas em um modelo matricial
que promova a sinergia entre elas e aumente a sua efetividade.
Para tanto, o modelo de gestão adotado para implementar as ações
pertinentes (1) enfatiza a visão sistêmica de vigilância em saúde
favorecendo a integração das atividades regionais, intersetoriais e
interinstitucionais, (2) incentiva a participação de pessoas e instituições,
(3) é operacionalizada por meio da celebração de pactos e elaboração
de consensos, e (4) desloca o foco de estruturas administrativas para
o foco em processos de trabalho e para resultados. Os objetivos e
metas são de governabilidade e execução do estado e o planejamento,
a execução e a avaliação das ações anuais serão realizados por meio
do mesmo processo integrador utilizado na CCD para a elaboração do
plano quadrienal.
O modelo adotado pressupõe interfaces com atividades assistenciais
prestadas no âmbito do SUS, tanto na atenção básica como nos níveis
secundário e terciário, extensivas ao setor privado. Atividades de
ensino e educação e de pesquisa e inovação devem ser desenvolvidas
tendo como referência a Vigilância em Saúde e a aplicabilidade destas
atividades no sistema de saúde. Os resultados esperados são o
desenvolvimento e a coordenação de modelos experimentais e criação
de algoritmos relativos à vigilância em saúde, caracterizando-os como
um centro de inteligência capaz de induzir políticas públicas.
O resultado esperado destas mudanças é o fortalecimento das ações
e serviços de vigilância em saúde no âmbito estadual, visando uma
resposta rápida, integrada, oportuna e resolutiva frente aos desafios
emergentes. O pano de fundo é uma mudança cultural que alavanque
a evolução de um modelo de atenção centrado em doenças agudas
para um modelo baseado na promoção intersetorial da saúde e na
integração dos serviços de saúde. Objetivamente, o que importa é o
impacto favorável das ações na saúde da população do estado.
173
EIXO III - VIGILÂNCIA EM SAÚDE
1- Implementar áreas de
1- Número de instituições da
desenvolvimento institucional
CCD e da SUCEN com área de
em 100% das instituições da
desenvolvimento institucional
Coordenadoria de Controle
implementada/Número de
de Doenças (CCD) e da
instituições da CCD e SUCEN x
2- Implantar Gestão da Superintendência de Controle de
100.
Qualidade em Vigilância Endemias (SUCEN).
em Saúde. 2- Implantar sistema de gestão
2- Número de instituições da
da qualidade em 100% das
CCD e SUCEN com gestão da
instituições da Coordenadoria de
qualidade implantada/Número
Controle de Doenças (CCD) e da
de instituições da CCD e SUCEN
Superintendência de Controle de
x 100.
Endemias (SUCEN).
4- Consolidar o processo
Reestruturar e organizar a Vigilância
de regionalização e Vigilância em Saúde
em Saúde na perspectiva das Redes
descentralização da reestruturada.
de Atenção à Saúde nos territórios.
Vigilância em Saúde.
174
DIRETRIZ 2 - FORTALECER O SISTEMA ESTADUAL DE VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA DE DOENÇAS E AGRAVOS TRANSMISSÍVEIS
3- Número de municípios
3- Apoiar ² 100% dos municípios apoiados que não alcançaram
que não atingiram a meta de 95% a cobertura vacinal de 95% da
de cobertura vacinal da Tríplice Viral tríplice viral / total de municípios
(SCR). do estado que não alcançaram
1- Aprimorar ações de 95% da triplice viral x 100.
vigilância, promoção e 4- Número de casos de
proteção às doenças meningite bacteriana
imunopreveníveis. confirmados por critério
4- Ampliar para 55% a identificação
laboratorial (cultura, PCR,
da etiologia dos casos notificados de
CIE, látex)/ Número de casos
meningite bacteriana.
de meningite bacteriana
confirmados x 100.
(Linha de base 50%).
2- Número de municípios
2- Incentivar e monitorar 100% dos
incentivados e monitorados
municípios do estado de São Paulo
para eliminação da transmissão
para eliminação da Transmissão
vertical do HIV/ Número de
Vertical do HIV.
municípios do estado x 100.
175
DIRETRIZ 2 - FORTALECER O SISTEMA ESTADUAL DE VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA DE DOENÇAS E AGRAVOS TRANSMISSÍVEIS
1- Monitorar: significa garantir a notificação de pelo menos 1 caso de Paralisia Flácida Aguda (PFA) em menores
de 15 anos por 100 mil habitantes por meio da sensibilização, orientação e estimulo á busca ativa e notificação.
2- Apoiar: realização de capacitações técnicas, produção e disponibilização de material técnico-científico e
orientação operacional e logística.
3- Acompanhar: resume todas as ações realizadas pelo programa da Hanseníase no estado, acompanhando
todos os municípios.
176
DIRETRIZ 3 - FORTALECER AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DAS DOENÇAS
TRANSMITIDAS POR VETORES E HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS
5- Número de epizootias
5- Investigar 100% das epizootias em
investigadas/Número de
primatas não humanos.
epizootias notificadas x 100.
6- Monitorar anualmente a
resistência de inseto transmissor
6- Número de municípios
de Dengue, Chikungunya e Zika aos
sentinela monitorados
inseticidas utilizados no controle
2- Apoiar ações de anualmente/Número de
químico em 100% dos municípios
prevenção e controle de municípios sentinela x 100.
sentinela. Linha de Base: 10
doenças vetoriais. municípios.
8- Número de municípios
8- Capacitar 100% dos municípios acima de 100 mil habitantes
acima de 100 mil habitantes para capacitados em planejamento e
planejamento e execução de ações execução de ações de educação,
de educação, comunicação e comunicação e mobilização
mobilização social para controle de social para controle de dengue/
dengue. Número de municípios acima de
100 mil hab. x 100.
177
DIRETRIZ 3 - FORTALECER AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DAS DOENÇAS
TRANSMITIDAS POR VETORES E HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS
1- Apoiar - Orientar a notificação imediata, auxiliar à distância ou in loco a condução da investigação oportuna
da FIE. Orientar quanto a importância da completitude da FIE, apoiar a interlocução com SUCEN, IAL.
2- Aprimorar - Definir fluxo de informação, distribuição de insumos, coleta e realização de exames em vetores e
reservatórios.
3- Efetividade - Coleta de alados no intradomicílio e no peridomicílio antes e depois da aplicação do inseticida.
4- Coordenar - Orientar a notificação imediata, conduzir a investigação rapidamente, preenchimento oportuno
da ficha padronizada; envio das amostras biológicas ao IAL central.
5- Apoiar - Induzir os municípios a propor ações de estímulo à notificação de insetos vetores, realizar identificação
e exames de triatomíneos, atender à notificação de triatomíneos e realizar controle químico, quando necessário.
178
DIRETRIZ 5 - APRIMORAR AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA DE
FATORES AMBIENTAIS DE RISCO E AGRAVOS À SAÚDE
1- Capacitar anualmente
100% dos grupos regionais de 1- Número de GVS e GVE
vigilância sanitária/GVS (N=28) capacitados anualmente para
e grupos regionais de vigilância desenvolver outras atividades
3- Implementar o epidemiológica/GVE (N=27) para de vigilância em saúde
desenvolvimento de desenvolver outras atividades de ambiental/55 x 100.
outras atividades de vigilância em saúde ambiental.
vigilância em saúde
ambiental.
2- Apoiar8 100% dos municípios
2- Número de municípios
prioritários7 para vigilância em saúde
apoiados/Número de municípios
da intoxicação por agrotóxicos.
prioritários x 100.
Linha de Base: 68 municípios.
179
DIRETRIZ 5 - APRIMORAR AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA DE
FATORES AMBIENTAIS DE RISCO E AGRAVOS À SAÚDE
180
DIRETRIZ 6 - APRIMORAR O SISTEMA ESTADUAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
PARA ATUAR NOS CONDICIONANTES E DETERMINANTES DA SAÚDE
1 - Fomentar a institucionalização da
1- Número de Núcleos de
Política de Segurança do Paciente
Segurança do Paciente
em 100% das unidades hospitalares
implantados nas UH por ano/
cadastradas no SIVISA. Linha de
Número de UH cadastradas no
Base: 878 Unidades Hospitalares
SIVISA x 100.
(UH).
2 - Percentual de investigação
de notificações de eventos
sentinelas relacionadas à
2 - Controlar o risco sanitário de
transfusão sanguínea em
100% das notificações de eventos
relação às notificações
sentinela relacionados à transfusão
recebidas.
sanguínea recebidas por ano do
(Número de notificações
quadriênio.
investigadas /Número de
notificações recebidas
anualmente ) x 100.
181
DIRETRIZ 6 - APRIMORAR O SISTEMA ESTADUAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
PARA ATUAR NOS CONDICIONANTES E DETERMINANTES DA SAÚDE
1- Número de estabelecimentos
pactuados que comercializam
1 - Controlar o risco sanitário
materiais de construção
de 100% dos locais de trabalho
com produtos com
priorizados pelo Programa de
amianto / Número total de
Vigilância à Saúde do Trabalhador
estabelecimentos inspecionados
Exposto ao Amianto.
que comercializam materiais de
construção x 100.
2 - Número de municípios
2 - Controlar o risco sanitário desenvolvendo ações para
de 100% dos municípios com controle do risco sanitário
locais de trabalho priorizado pelo em postos de combustíveis
Programa de Vigilância em Postos /Número de municípios
de Combustíveis. Linha de Base: 645 que pactuaram controlar o
municípios. risco sanitário em postos de
3- Controlar o risco combustíveis x 100.
sanitário relacionado aos
3 - Número de municípios
locais de trabalho.
3 - Controlar o risco sanitário de desenvolvendo ações para
100% dos municípios com locais de controle do risco sanitário na
trabalho priorizados pelo Programa cadeia produtiva de cana-de-
de Vigilância à Saúde do Trabalhador açúcar/Número de municípios
Canavieiro. Linha de Base: 142 que pactuaram controlar o risco
municípios. sanitário na cadeia produtiva de
cana-de-açúcar x 100.
4 - Número de municípios
4 - Controlar o risco sanitário de desenvolvendo ações de
100% dos municípios com locais de investigação de acidentes de
trabalho prioritários, responsáveis trabalho graves, fatais e em
pela ocorrência dos acidentes de menores de 18 anos /Número
trabalho graves, fatais e em menores de municípios que pactuaram
de 18 anos. Linha de Base: 645 investigação de acidentes de
municípios. trabalho graves, fatais e em
menores de 18 anos x 100
1 - Monitorar a eliminação da 1- Número de municípios sem
Capina Química (CQ) de 100% dos CQ/Número total de municípios
4- Controlar o risco municípios paulistas que a praticam. x100.
sanitário dos eventos 2 - Qualificar ¹ 100% das equipes
toxicológicos. 2- Número de equipes
municipais de Vigilância Sanitária
municipais qualificadas/645 x
para gerenciar riscos associados a
100.
agrotóxicos.
1- Equipes Municipais Qualificadas - são aquelas que dispõem de um conjunto de referenciais técnicas ao Sistema
Estadual de Vigilância Sanitária (Sevisa) e atributos próprios que as tornam aptas a exercer ações de controle de
risco sanitário com qualidade e efetividade.
182
DIRETRIZ 7 - APRIMORAR AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM
SAÚDE E ATENÇÃO INTEGRAL AO TRABALHADOR
1- Implantar Procedimento
Operacional Padrão (POP) para
1- Número de Grupo de
realizar investigação de óbitos
Vigilância com POP implantado
e tentativas de suicídios (TS)
/Número total de Grupo de
relacionados às intoxicações
Vigilância x100.
1- Coordenar o notificadas em 100% dos Grupos
Sistema Estadual de Regionais de Vigilância.
Toxicovigilância. 2- Apoiar a elaboração de planos de
ações estratégicas para o fomento
2- Número de RRAS apoiadas
da atenção Integral à saúde dos
para elaboração dos planos /
expostos e intoxicados em 100% das
Número total de RRAS x100.
redes regionais de atenção à saúde
(RRAS).
183
DIRETRIZ 9 - FORTALECER A REDE LABORATORIAL DE SAÚDE PÚBLICA
1-Modernizar a infraestrutura e o
1- Número de Centros
parque tecnológico dos 13 Centros
Laboratoriais modernizados/
Laboratoriais, atendendo as
Total de Centros Laboratoriais
prioridades estabelecidas junto as
(Instituto Central + 12 Regionais
Vigilâncias e identificadas no Plano
= 13 Centros) x 100.
1-Fortalecer e aprimorar de Regionalização.
a Rede de Laboratórios 2 - Número de sub-redes por
de Saúde Pública do 2 - Aprimorar¹ a estrutura das
agravos/programas prioritários
Instituto Adolfo Lutz. 10 sub-redes por agravos/
estruturadas e implantadas
programas prioritários (Influenza,
(Influenza, Dengue, Meningite,
Dengue, Meningite, Leishmaniose,
Leishmaniose, Esquistossomose,
Esquistossomose, Tuberculose,
Tuberculose, Febre Maculosa,
Febre Maculosa, DTHA , Proagua e
DTHA , Proagua e Programa
Programa Paulista )
Paulista)
2- Aprimorar a rede
Rede Estadual de Laboratórios
de laboratórios de Formalizar2 rede estadual de
de Diagnóstico de Raiva
diagnóstico para laboratórios de diagnóstico de raiva.
formalizada.
vigilância de raiva.
Ampliar em 40 % o desenvolvimento
3- Desenvolver pesquisas
de novas metodologias para
técnico-científicas para Número de metodologias
melhoria da qualidade diagnóstica e
a melhoria da qualidade validadas no quadriênio/
análise de produtos de interesse da
diagnóstica e análise de Número total de métodos
saúde pública.
produtos de interesse da validados até 2014 X 100.
Linha de Base: 20 metodologias
saúde pública.
validadas até 2014.
4- Promover o
Manter no mínimo dois Programas
desenvolvimento
de Bolsas de Pesquisa junto às Número de Programas de Bolsas
de conhecimentos
Instituições de Fomento a Ensino e de Pesquisas mantidos.
específicos na área de
Pesquisa.
Vigilância em Saúde.
184
DIRETRIZ 9 - FORTALECER A REDE LABORATORIAL DE SAÚDE PÚBLICA
185
186
187
A SES é responsável pela formulação e coordenação da Política
Estadual de Saúde, norteada pelos princípios doutrinários do SUS de
universalidade, equidade e integralidade, bem como de seus princípios
organizativos de regionalização, hierarquização, resolubilidade,
descentralização, participação social e complementaridade do setor
privado.
Ao gestor estadual compete a coordenação do SUS no âmbito
estadual e regional, devendo desenvolver processos de planejamento
ascendente e participativo com base nas necessidades de saúde, ações
de contratação de serviços, auditoria, monitoramento e avaliação de
serviços, do sistema de saúde e regulação compartilhada.
O gestor estadual deve ainda estimular mecanismos de gestão
solidária e cooperada, por compromissos assumidos nas Comissões
Intergestores Regionais – CIR e Comitês Gestores das Redes Regionais
de Atenção à Saúde - CG-Redes.
Cabe ressaltar que o Decreto Federal nº 7508/2011, que regulamentou
a Lei Federal 8080 quanto aos aspectos organizativos e de gestão do
SUS, define uma forma de contrato organizativo entre os três entes
federados no âmbito regional, que inclui desde o diagnóstico de
saúde à programação geral de ações e serviços de saúde e alocação
de recursos financeiros por região. Este contrato não avançou no
país, dada sua complexidade, que requer uma série de instrumentos
a começar pela identificação única dos usuários, desenvolvimento
de sistemas de informação para programação de ações e serviços,
metodologias de cálculo de alocação de recursos financeiros tripartite
por região, entre outros.
Observa-se ainda um aumento na judicialização da saúde por
inúmeros fatores: pressões por incorporação de novas tecnologias,
assimetria de informações entre diferentes grupos sociais, dificuldades
na gestão do sistema, entre outros.
Considerando as atribuições do gestor estadual e o contexto legal,
técnico, político e econômico (crise, que deve afetar a disponibilidade
de aporte de recursos para a saúde no país, no estado e nos municípios),
este novo ciclo de planejamento, que tem início em 2016, prevê
estratégias a partir da avaliação do que foi alcançado e do que requer
melhorias em termos do fortalecimento da capacidade de gestão do
SUS no estado.
188
É necessário aprimorar o processo de planejamento regional, com
definição de prioridades e melhor articulação da rede de atenção
à saúde, bem como fortalecer as instâncias colegiadas bipartite
regionais (CIR e CG Redes). Os Departamentos Regionais de Saúde –
DRS, instâncias regionais da SES, devem ser fortalecidos.
Os mecanismos de monitoramento, avaliação, comunicação e
regulação requerem aperfeiçoamento. Destaca-se o Programa “Saúde
em Ação”, cujo objetivo é fortalecer a gestão do SUS no estado, por
meio de obras, estudos, linhas de cuidado e outras ações. Prioriza
5 Regiões (Litoral Norte, Vale do Jurumirim, Vale do Ribeira, Itapeva
e Região Metropolitana de Campinas) por meio de empréstimo do
Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID. Entretanto, deve
gerar tecnologias de gestão passíveis de serem incorporadas em todo
o estado.
Na última década, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
(SES/SP) tem investido nos processos de regionalização, com o objetivo
de promover a equidade do acesso e a economia de escala, evitando
a fragmentação, os vazios assistenciais e a subutilização dos serviços
em seu território. Recentemente, o estado avançou nesta estratégia,
estruturando as Redes Regionais de Atenção à Saúde (RRAS), em
consonância com as diretrizes do MS sobre a estruturação de Redes
de Atenção em Saúde (RAS), respeitando a institucionalidade do SUS
no estado, que prevê sua divisão em regiões de saúde.
Destarte, o objetivo principal do Programa Saúde em Ação é
contribuir para a melhoria das condições de saúde da população do
estado de São Paulo, por meio da estruturação de serviços segundo
o modelo de redes regionais de saúde para ampliar o acesso, a
qualidade e a integralidade dos serviços, na construção de novos
equipamentos, estudos e propostas para o fortalecimento da gestão
regional e estadual, capacitando e qualificando principalmente as
áreas de gestão e da Atenção Básica.
Por último, cabe ressaltar a interdependência entre os objetivos e
metas dos 8 Eixos constitutivos do Plano estadual, onde é possível
perceber com clareza que não se faz gestão sem pessoas capacitadas
(Eixo VI) ou sem participação social (Eixo V), além do que, a gestão da
rede de atenção, envolve a qualificação do acesso de todos os pontos
de atenção que constituem esta rede (Eixos I e II).
189
EIXO IV - FORTALECIMENTO DA GESTÃO DO SUS NO ESTADO DE SÃO PAULO
6- Reformar/ampliar 52 Unidades
Básicas de Saúde (UBS), 6 CAPS, 2 6- Número de unidades
Departamentos Regionais de Saúde de saúde reformadas e/ou
e 1 AME, junto ao Programa Saúde ampliadas.
em Ação.
190
EIXO IV - FORTALECIMENTO DA GESTÃO DO SUS NO ESTADO DE SÃO PAULO
3- Expandir e modernizar
7- Reformar o hospital Panamericano
a rede de serviços de 7- Hospital Panamericano
para atendimento da rede de
saúde do estado de São reformado.
trauma.
Paulo.
4- Organizar medidas
em parceria com o Implantar nos 17 DRS referências Número de DRS com referência
Poder Judiciário visando técnicas para subsidiar o Poder implantada/Número de DRS x
fornecer subsídio técnico Judiciário na tomada de decisão. 100.
para as decisões judiciais.
191
DIRETRIZ 2 - FORTALECER A GESTÃO REGIONAL DA REDE DE ATENÇAO À SAÚDE
2- Implementar a regulação em
2- Regulação em 3 redes
3- Implementar a 3 redes assistenciais prioritárias
assistenciais prioritárias
regulação da rede (Oncologia, Materno-Infantil –
implantada.
regional de atenção à Cegonha e Urgência-Emergência).
saúde.
3- Número de leitos de
referência regional e estadual
3- Regular 100% dos leitos dos
sob gestão estadual regulados/
hospitais de referência regional e
Número de leitos e de referência
estadual sob gestão estadual.
regional e estadual sob gestão
estadual x 100.
1- Elaborar e acompanhar
o rol de indicadores de Publicar anualmente um rol de Um rol de indicadores publicado
saúde e de gestão do indicadores selecionados. por ano.
SUS/SP.
2- Aprimorar a análise
Publicar 12 artigos anuais (boletins
e a divulgação de Número de documentos
eletrônicos, documentos técnicos e
informações por publicados.
análises).
diferentes mídias.
192
DIRETRIZ 5 - DISSEMINAR E QUALIFICAR A POLÍTICA ESTADUAL DE HUMANIZAÇÃO
1- Promover processos
educativos e de apoio em
humanização por meio de
Realizar encontros e oficinas
encontros mensais para
mensais para promoção de
gestores e trabalhadores Número de encontros e oficinas
processos educativos e de apoio em
das 17 RRAS a partir realizados.
humanização, totalizando ao final do
das diretrizes e
quadriênio 48 encontros e oficinas.
dispositivos da Política
Nacional e Estadual de
Humanização.
2- Estimular a construção
de Planos Institucionais
de Humanização nas
unidades participantes Número de Planos Institucionais
60% das Unidades de Saúde da SES/
da Política Estadual de de Humanização construídos
SP participantes da Política Estadual
Humanização (PEH), e validados* / Número de
de Humanização (PEH) com Planos
visando a qualificação Unidades SES/SP participantes
Institucionais de Humanização
do cuidado, a da Política Estadual de
construídos e validados.
integralidade da atenção Humanização (PEH)** x 100.
à saúde da população
e a participação do
trabalhador em saúde.
3- Contribuir para a
qualificação de espaços 1- 80% dos DRS com Planos
1- Número de Planos Regionais
de discussões das Regionais de Humanização com foco
de Humanização / Número total
práticas em saúde no trabalho em rede construídos e
de DRS x 100. (***)
nas regiões do estado validados.
por meio da função
apoio, fortalecendo a
corresponsabilização 2- 80% dos DRS com Programa 2- Número de Articuladores de
nos processos de de Articulador de Humanização Humanização em DRS/Número
regionalização e implantado. total de DRS x 100.
articulação das redes
temáticas.
Número de unidades de saúde
4- Fortalecer e integrar 80% das unidades de saúde sob
sob gestão da SES/Número de
mecanismos de utilização gestão da SES/SP com utilização do
unidades de saúde sob gestão
da voz do usuário como Sistema Pesquisa de Satisfação de
da SES/SP que utilizam o sistema
ferramenta de gestão e acordo com a meta estabelecida pelo
Pesquisa de Satisfação de
forma de participação e Núcleo Técnico de Humanização
acordo com a meta estabelecida
controle social. (NTH).
pelo NTH**** x 100.
* Considera-se Plano Institucional de Humanização o conjunto de ações desenvolvidas a partir de análise dos
Formulários de Atividades de Humanização - FAH realizadas nas instituições.
** Consideram-se unidades participantes as unidades com adesão aos processos de apoio e formação da PEH.
*** Consideram-se Planos Regionais de Humanização o conjunto de ações desenvolvidas para Apoio Regional,
considerando: Redes Temáticas, Processos de Regionalização, Educação Permanente em Saúde, apoio a
municípios, na interface com demais atores do SUS.
**** Considera-se meta estabelecida o número de questionários definidos por cálculo estatístico baseado pela
produtividade de cada uma das áreas afins (ambulatório, internação e pronto socorro).
193
194
195
A participação da comunidade na saúde, preceito
constitucional, precisa ser proposta, estimulada e garantida
por todos os cidadãos. É extremamente necessário cultivá-
la nas questões que dizem respeito ao direito à vida e à
saúde. Cidadania e participação da comunidade são motivos
recorrentes na Constituição Federal (CF) e determinados no
campo da Saúde. Tudo começa pelo primeiro artigo da CF,
em seu parágrafo único: “Todo poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”.
A Lei 8.142/90 regulamenta a participação da comunidade na
gestão do SUS e cria duas instâncias colegiadas expressas,
Conferência de Saúde e Conselho de Saúde.
Diante destes preceitos constitucionais e legais, a
participação da comunidade se dá individualmente na
relação dos cidadãos com o SUS, em suas ações e serviços,
e coletivamente por meio de ações de proposição e controle
dentro do Conselho e da Conferência de Saúde. Os conselhos
são espaços públicos de composição plural e paritária
entre Estado e sociedade civil, de natureza deliberativa e
consultiva, cuja função é participar na formulação, controle
e execução das políticas públicas de saúde. Os Conselhos
são o principal canal de participação popular encontrado nas
três instâncias de governo. É preciso valorizar esse espaço
e é responsabilidade dos gestores do SUS garantir que a
discussão se dê na União, no Estado e no Município de forma
ampla, transparente e com planejamento ascendente, ou
seja, a partir das conferências e que dessas reflexões surjam
avaliações e propostas consistentes que se traduzam em
políticas públicas de saúde.
Por meio dos Conselhos de Saúde, os cidadãos podem
colaborar nas decisões do governo relacionadas à saúde e,
também, no planejamento, no orçamento, nas finanças e nas
ações de saúde em seu território de abrangência. A atuação
desses Conselhos é fundamental para o aperfeiçoamento da
democracia, bem como para a transparência e efetividade
das ações propostas.
196
EIXO V - FORTALECIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
E DO CONTROLE SOCIAL NA GESTÃO DO SUS
1-Garantir as condições
materiais, técnicas,
administrativas e
Número de reuniões anuais
financeiras para o Realizar reuniões regulares mensais.
realizadas.
funcionamento regular
do Conselho Estadual de
Saúde (CES).
2- Assegurar a realização
Realizar a Conferência Estadual de Conferência Estadual de Saúde
da Conferência Estadual
Saúde. realizada.
de Saúde.
3- Avaliar, monitorar
e emitir parecer da 100% do Plano Estadual de Saúde,
execução do Plano Programações Anuais de Saúde e Número de pareceres emitidos/
Estadual de Saúde (PES), Relatórios de Gestão acompanhados Número de instrumentos de
das Programações Anuais e aprovados com parecer, conforme planejamento apreciados x 100.
de Saúde (PAS) e dos normas e prazos legais.
Relatórios de Gestão.
4- Implementar a
Número de Conselhos
Política Estadual de
Municipais de Saúde com
Educação Permanente Capacitar 40% dos Conselhos
palestras e cursos ministrados/
para os Conselheiros Municipais de Saúde do estado de
Número de Conselhos
de Saúde com vistas São Paulo.
Municipais de Saúde no estado
ao fortalecimento da
de São Paulo x 100.
participação social.
5- Fortalecer os
Número de instrumentos de
instrumentos de Manter e aprimorar os instrumentos
comunicação atualizados/
comunicação para a de comunicação para a valorização
Número de instrumentos de
valorização e divulgação e divulgação das ações do CES e seu
comunicação utilizados pelo CES
das ações do CES e seu papel no SUS.
x 100.
papel no SUS.
197
198
199
Capacitação e Desenvolvimento de Pessoas tem como
perspectiva a valorização do trabalhador de saúde no
âmbito do SUS/São Paulo, criando condições para o
seu desenvolvimento pessoal e profissional, como
estratégia de manutenção da qualidade das ações de
saúde voltadas à população. Pressupõe a oferta de
diferentes estratégias de capacitação que proporcione o
desenvolvimento dos profissionais das esferas públicas
estaduais e municipais.
Acrescentam-se ações para a melhoria da qualidade
de vida e do ambiente profissional. Destacamos a
produção de conhecimento em gestão de pessoas e
atualização do quadro de RH da SES.
200
EIXO VI - CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
2- Ampliar a oferta
de vagas dos cursos
promovidos pelo
Grupo de Seleção e
Desenvolvimento de Número de vagas ofertadas por
Ampliar em 10% ao ano o número de
Recursos Humanos ano/Número de vagas previstas
vagas para os cursos EAD.
(GSDRH) e estimular por ano x 100.
parcerias para novos
projetos na modalidade
de Educação à Distância
(EAD).
4- Efetivar a formação
Oferecer 39 turmas do Programa de
técnica em saúde de Número de turmas realizadas/
Formação de Profissionais de Nível
nível médio por meio das Número de turmas previstas x
Médio para a Saúde (PROFAPS) no
Escolas Técnicas do SUS/ 100.
quadriênio.
SP – ETSUS/SP.
5- Elaborar projetos de
treinamento, voltados
a qualificação dos
trabalhadores do SUS/
Elaborar 08 projetos de treinamento Número de projetos de
SP, considerando
no quadriênio. treinamento elaborados.
quatro áreas: técnico-
administrativa,
assistência, gestão e
vigilância.
201
DIRETRIZ 2 - VALORIZAR OS RECURSOS HUMANOS DA SES/SP
1- Produzir conhecimento
que contribua para
Elaborar/Atualizar 04 (quatro) Número de Cartilhas Temáticas
a melhor gestão de
Cartilhas Temáticas no quadriênio. elaboradas/atualizadas.
Recursos Humanos no
âmbito do SUS/SP.
2- Revisar e atualizar os
quadros de Recursos
Humanos da SES/SP para
as áreas de assistência,
planejamento, vigilância 100% dos quadros de Recursos Quadros de Recursos Humanos
em saúde, inovação e Humanos da SES/SP revisados. revisados.
tecnologia, pesquisa e
gestão, de acordo com as
atuais funções da gestão
estadual.
202
203
204
205
Na área da Ciência, Tecnologia e Inovação
os maiores desafios são a elaboração e a
implementação de uma política de longo prazo
que permita ao desenvolvimento científico
e tecnológico alcançar a população e que,
efetivamente, tenha um impacto determinante na
melhoria das condições de vida da sociedade.
Esse é um processo que vem se aperfeiçoando
com o tempo e que, cada vez mais, tem como tema
principal maximizar os benefícios de saúde a serem
obtidos com os recursos disponíveis, assegurando
o acesso da população a tecnologias efetivas e
seguras, em condições de equidade.
Em linhas gerais, essa política atuará no fomento
à pesquisa em saúde, na avaliação de tecnologias e
na difusão do conhecimento, propondo estratégias
para estimular a cultura de utilização de evidências
científicas entre os gestores. Na avaliação de
tecnologias de saúde (ATS) deve ser adotada
como condição essencial para orientar a tomada
de decisão quanto à incorporação, exclusão ou
alteração de tecnologias no SUS. Além da avaliação
de eficácia, efetividade, segurança e custo, a ATS
deve considerar os impactos sociais, éticos e legais
associados ao uso de tecnologias.
A adoção de políticas de saúde também deve ter
como fundamento as evidências científicas que
indiquem as intervenções mais custo-efetivas para
responder a problemas de saúde prioritários.
206
EIXO VII - CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÕES EM SAÚDE
1- Número de chamadas
1- Abrir ou firmar duas chamadas
1- Apoiar o públicas abertas ou firmadas
públicas para o fomento de apoio à
desenvolvimento para o fomento de apoio à
agenda de prioridades de pesquisas
de pesquisas de agenda de prioridades de
para o SUS/SP.
interesse para o SUS/SP pesquisas para o SUS /SP.
contemplando os Eixos
Prioritários do Plano 2- Desenvolver projetos de pesquisa 2- Número de projetos de
Estadual de Saúde (PES). na área de saúde, nos institutos pesquisas desenvolvidos por
pertencentes à SES/SP. instituto.
2- Promover a
aproximação entre os
Realizar um seminário anual
Institutos de Pesquisa
envolvendo os Institutos de Pesquisa
da SES/SP e os gestores,
da SES/SP e os gestores do SUS/SP a Número de seminários
visando a aplicação de
fim de potencializar a aplicação dos realizados.
resultados de pesquisas
resultados das pesquisas visando ao
para o alcance das
alcance das diretrizes do PES.
diretrizes do Plano
Estadual de Saúde (PES).
4- Número de Pareceres
4- Elaborar no mínimo 20 Pareceres
Técnico Científicos (PTC) de
Técnico Científicos (PTC) de avaliação
avaliação tecnológica de saúde
tecnológica de saúde no quadriênio.
elaborados.
1- Constituir uma Secretaria
Técnica Executiva na SES/SP para
1- Secretaria Técnica Executiva
os NIT com capacidade de Gestão
constituída.
4- Fortalecer os Núcleos em Desenvolvimento de Ações
de Inovação Tecnológica Inovativas.
(NIT).
2- Desenvolver avaliação da evolução
2- Número e tipo de Indicadores
do grau de maturidade nas práticas e
criados.
processos de gestão de cada NIT.
207
DIRETRIZ 2 - DIFUSÃO E DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
1- Aprimorar e atualizar
a Biblioteca Virtual
em Saúde - BVS-Rede Renovar anualmente o acordo com a
de Informação e Bireme/Organização Panamericana
Acordo firmado.
Conhecimento e do Portal de Saúde (OPAS)/Organização
de Revistas Científicas da Mundial de Saúde (OMS).
SES/SP e do Boletim ITEC-
Saúde.
2- Apoiar a elaboração
de sínteses de evidências Número de sínteses de
Elaborar oito sínteses de evidências.
para a tomada de evidências elaboradas.
decisão.
2- Capacitar no mínimo um
profissional de cada NIT nas áreas de
Gestão de propriedade Intelectual e
Comercialização de Tecnologia.
1- Capacitar e aperfeiçoar
3- Capacitar no mínimo 80 Número de profissionais
profissionais de saúde
profissionais de saúde na área de capacitados por áreas
em áreas estratégicas
CT&I para elaboração de sínteses em estratégicas de Ciência,
de Ciência, Tecnologia e
evidencias. Tecnologia e Inovação (CT&I).
Inovação (CT&I).
4- Capacitar no mínimo 30
profissionais de saúde na área de
CT&I no Mestrado profissionalizante.
5- Capacitar no mínimo 60
profissionais de saúde na
área de CT&I no Programa de
Aprimoramento Profissional.
208
209
210
211
Atualmente crianças de 6 ou 7 anos já demonstram agudas
preocupações com a preservação ambiental. Os adolescentes e jovens
consideram estas questões como óbvias e obrigatórias para um futuro
menos sombrio. Para nós, adultos jovens e idosos, no entanto, esta
consciência e hábitos renovados não são tão naturais. Nós vivemos
outras décadas onde este desequilíbrio não era tão evidente.
O mesmo acontece com as políticas públicas que não viam esta
urgência de se adaptar as limitações de uma grave crise ambiental
planetária. Mesmo a política pública de saúde que sempre teves claras
as importantes interfaces com o saneamento básico, clima, agricultura
e com a diversidade dos biomas naturais, não tinha uma real dimensão
dos problemas que teríamos que enfrentar no presente e no futuro
próximo.
As causas para estas dificuldades globais são relativamente recentes.
Vêm do aceleramento das revoluções industriais iniciadas no começo do
século 19. Com o extraordinário desenvolvimento científico e técnico da
humanidade, avanços consideráveis aconteceram na qualidade de vida.
As populações dos países aumentaram explosivamente, o comércio,
o transporte, as comunicações mudaram de patamar. A agricultura
e pecuária ocuparam vastas áreas para alimentar muito mais bocas.
As necessidades de energia para movimentar toda esta engrenagem
não param de crescer. Neste momento nos socorrem novas formas
de usar os chamados combustíveis fósseis (carvão, gás e petróleo) que
significam uma mudança completa nas atividades econômicas e sociais
no mundo todo.
A pressão sobre os recursos naturais, minerais, vegetais e animais
passou para um nível nunca visto. E não havia uma consciência/
preocupação com uma possível finitude destes recursos. Pelo contrário,
tratava se de usá-los o máximo e chegar primeiro para usufruir destas
riquezas aparentemente inesgotáveis.
E isto aconteceu tanto nas formações capitalistas como nas socialistas.
Tanto nos países desenvolvidos como nos mais pobres, alguns deles
transformados em colônias exportadoras de recursos de toda sorte.
Foi só nos anos sessenta do século 20 que, técnicos, cientistas e
políticos passaram a insistir com mais vigor que estas posturas tinham
limites.
Vários estudos e publicações apareceram. Por exemplo, causou
grande impacto o livro Primavera Silenciosa de Rachel Carson em 1962.
Norte-americana, bióloga marinha e ambientalista estudiosa da vida
nos oceanos se voltou para o estudo do impacto do uso dos pesticidas
para aumentar a produção agrícola. Seu livro fala de uma primavera
sem vozes. Outrora as manhãs pulsavam com os tordos, pombos,
gaios, corruíras e dezenas de outros pássaros. Agora não havia
som algum. Apenas o silêncio sobre os campos, bosques, pântanos.
Até mesmo os riachos estavam sem vida. Nenhuma bruxaria tinha
silenciado o renascimento da vida nova num mundo alquebrado. As
212
próprias pessoas haviam se encarregado disto. Estamos numa rotina
de pesticidas. Os insetos se adaptam, forçando-nos a busca de novos
produtos cada vez mais potentes. A guerra química não tem fim e toda
vida sofre neste fogo cruzado. Raquel Carson morreu de câncer de
mama 18 meses após a publicação de Primavera Silenciosa.
Em 1972 a ONU realizou encontro sobre meio ambiente em
Estocolmo, Suécia. As preocupações maiores então eram a poluição e
sua repercussão na saúde humana e a pressão sobre a biodiversidade
com a extinção de muitas espécies.
Em 1992 a ONU conseguiu o maior encontro sobre políticas públicas
de sua história no Rio de Janeiro, Brasil. Três convenções mundiais foram
elaboradas: combate a desertificação, preservação da biodiversidade,
e mudanças climáticas. Foi exatamente este último item que viria
causar nas décadas seguintes uma total mudança nas preocupações
ambientais em todo planeta.
A Terra tem uma camada de atmosfera. Ao receber a energia dos raios
solares parte destes é refletida de volta para o espaço. Parte é retida no
solo e parte é retida pelos vários componentes da atmosfera criando
um fenômeno chamado efeito estufa que garante uma temperatura
dentro de limites relativamente confortáveis essenciais para existência
do milagre da vida.
No entanto atividades como o uso intenso de combustíveis fósseis,
o desmatamento, o uso de compostos de nitrogênio na agricultura, a
criação massiva de gado, o metano dos depósitos de lixo tem causado
alterações na composição da atmosfera protetora da vida. Estas
mudanças fazem com que mais energia do sol fique aqui e isto vem
elevando as nossas temperaturas médias mundiais anuais causando
o chamado aquecimento global. As evidências científicas mostram de
forma consistente que este fenômeno ganha força a partir de 1800 e
segue constante para patamares cada vez mais elevados.
Esta mudança climática já está alterando o equilíbrio de todos os
biomas, do mar às florestas, do Ártico às savanas africanas, com graves
consequências desde já para todas as formas de vida.
As mudanças do clima causam os mais dramáticos desequilíbrios,
porém estudos mostram que não é o único motivo. Em 2009 cientistas
mostraram que a pressão antropogênica sobre os recursos finitos
do planeta vão além das alterações climáticas. Também estão
acontecendo a acidificação dos oceanos, a agressão a camada de
ozônio, a contaminação por produtos químicos, o acúmulo de aerossóis
no ar, a interferência humana no ciclo de fósforo e nitrogênio, o uso
global da água doce, as mudanças no uso da terra (particularmente
desmatamento e criação de gado) e a erosão da biodiversidade com o
desparecimento de espécies numa velocidade 1000 vezes mais rápido
do que o normal.
213
Agora existe a consciência de que os recursos da Terra não são
infinitos e precisam ser administrados de maneira prudente para que
haja condições de vida para gerações futuras e para a manutenção da
riqueza da biodiversidade.
Os esforços da ONU neste sentido se repetem: Copenhagen/2010,
Rio mais 20, Paris/2015. Em setembro/2015 a assembleia geral da
ONU aprovou a Agenda 2030 com os 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ver na internet) com metas de políticas públicas para todas
as nações.
O Estado de São Paulo num esforço primeiro no Brasil aprovou em
dezembro/2010 sua Lei Estadual sobre Mudanças Climáticas. A lei é
conduzida por um conselho presidido pelo Governador e secretariado
pela Secretaria do Meio Ambiente. Todas as secretarias estaduais
devem, pela lei, incorporar nos seus programas a dimensão ambiental
e construir um plano setorial que deve ser apresentado no conselho
estadual da lei climática.
A Secretaria da Saúde através de várias de suas Coordenadorias
já vinha de certa forma trabalhando em medidas consideradas
de mitigação e adaptação as mudanças climáticas em suas metas
e programas. Servidores, por exemplo, do DOMA/CCD, CVS, vem
incorporando estas ações intersetoriais ativamente do seu dia a dia.
Agora após um esforço de reuniões, estudos e sugestão de centenas
de funcionários o Plano Estadual de Saúde 2016/19 formaliza esta
preocupação da SES.
As medidas de adaptação no reforço no controle de doenças afetadas
pela crise climática, na prevenção a desastres naturais, na resposta a
poluição do ar, ilhas de calor, ondas de frio/calor, respostas a crise
hídrica, estão acolhidas nos Eixos de 1 a 7 do PES.
Para as medidas de mitigação (preocupação com a redução das
emissões causadoras do aquecimento global e com a finitude dos
recursos naturais) foi criado um Eixo 8 específico. São medidas
visando consumo racional, descarbonização da matriz energética,
gerenciamento de gases de refrigeração, eficiência energética mas
principalmente um esforço de diálogo com o conjunto dos milhares
de trabalhadores da saúde que compõem o quadro da SES para
que com sua participação e ideias as políticas públicas sob nossa
responsabilidade possam dar sua contribuição neste que é o principal
desafio econômico, social e ambiental do século 21.
214
EIXO VIII - INTEGRAR A SES/SP NA POLÍTICA ESTADUAL
DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS / PEMC
215
216
1. Fundação SEADE. Mudanças nos componentes da dinâmica demográfica paulista. Boletim SP
Demográfico, nº 03, ano 12 – setembro de 2012. São Paulo.
2. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico. Síntese de indicadores sociais: uma análise
das condições de vida da população brasileira – 2014. Série Estudos e pesquisas. Informação
Demográfica e Sócioeconômica nº 34. Rio de Janeiro – 2014. Disponível em http://www.ibge.gov.
br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2014/
default.shtm
3. Brasil. Ministério da Saúde. Indicadores e Dados Básicos - Brasil - IDB – 2012. Disponível na
Internet em http://www.datasus.gov.br/ em Informações de Saúde, Indicadores de Saúde,
pesquisado em janeiro de 2015.
4. Mendes JDV; Bittar OJNV. Saúde Pública no Estado de São Paulo – informações com implicações
no planejamento de programas e serviços. Revista de Administração em Saúde - RAS – Edição
Especial (Suplemento) – Jan, 2010. P. 5-71. Disponível em: http://portal.saude.sp.gov.br/resources/
ses/perfil/gestor/homepage/revista-de-administracao-em-saude-edicao-especial/revista_
administracao_em_saude_edicao_especial.pdf
5. Mendes JDV. Internações de idosos no SUS/SP em 2010. Boletim Eletrônico do Grupo Técnico
de Avaliação e Informações de Saúde – GAIS. Ano 3. Número 8. setembro de 2011. Disponível em
http://portal.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/destaques/gais-informa/gais_jornal_8.
pdf
7. Mendes JDV, Cecilio MAM. Tendências Regionais da Mortalidade por Câncer no Estado de São
Paulo 2000 a 2010. Boletim Epidemiológico Paulista - BEPA 2012; 9(104):24-45. Disponível em
http://portal.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/profissional-da-saude/destaques//bepa_104_
gais_tendencias_regionais_de_ca.pdf
8. Mendes JDV. Mortalidade por doenças isquêmicas do coração no Estado de São Paulo. Boletim
Eletrônico do Grupo Técnico de Avaliação e Informações de Saúde – GAIS. Secretaria de Estado da
Saúde de São Paulo. Ano 6. Número 32. Junho de 2014.
9. FOSP (Fundação Oncocentro de São Paulo). Mortalidade por Câncer no Estado de São Paulo
1988 – 1998. Unidade de Epidemiologia/FOSP/Secretaria de Estado da Saúde – São Paulo. Agosto
de 2000. 39 p.
10. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Programa Nacional de Controle
do Tabagismo e Outros Fatores de Riscos de Câncer. 2ª Edição. 2003. http://www1.inca.gov.br/
tabagismo/frameset.asp?item=programa&link=programa_de_tabagismo.pdf.
11. Mendes JDV. Redução dos Homicídios no Estado de São Paulo. Boletim Epidemiológico Paulista
- Bepa 2010;7(78):1-10. Disponível em: http://portal.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/
homepage//gais-informa/reducaodoshomicidios.pdf
217
12. Mendes JDV. Mortalidade por acidentes de transporte no Estado de São Paulo em 2012. Boletim
Eletrônico do Grupo Técnico de Avaliação e Informações de Saúde – GAIS. Secretaria de Estado da
Saúde de São Paulo. Ano 6. Número 31. Maio de 2014. No prelo para publicação no portal da SES/
SP.
13. Mendes JDV. Mortalidade por causas externas no Estado de São Paulo em 2010. Boletim
Eletrônico do Grupo Técnico de Avaliação e Informações de Saúde – GAIS. Ano 4. Número 13. Abril
de 2012 Disponível em http://portal.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/profissional-da-saude/
destaques//gais_jornal_13.pdf
14. Mendes JDV. A redução da mortalidade infantil no estado de São Paulo. Boletim Epidemiológico
Paulista - Bepa 2009;6(69):1-11. Disponível em; http://www.cve.saude.sp.gov.br/agencia/bepa69_
gais.htm
15. Mendes JDV, Osiano VLRL. A Mortalidade Materna no Estado de São Paulo, Brasil. BEPA
2013;10(114):17-29. Disponível em http://portal.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/profissional-
da-saude/destaques//edicao_114_junho_mortalidade_materna.pdf
16. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo – SES/SP. Plano Estadual de Saúde – PES 2012 –
2015. Organizado por José Manoel de Camargo Teixeira [et al]. Análise Situacional – 4. Mortalidade
Materna. São Paulo: Secretaria da Saúde, 2012. 200 p. Disponível em http://www.saude.sp.gov.br/
resources/ses/perfil/gestor/documentos-de-planejamento-em-saude/plano-estadual-de-saude-
2012-2015-sessp/pes_2012_2015.pdf
17. Mendes JDV. Evolução das causas de internação de saúde mental no SUS do estado de São
Paulo. Boletim Eletrônico do Grupo Técnico de Avaliação e Informações de Saúde – GAIS. Secretaria
de Estado da Saúde. Ano 4. Número 17. Nov de 2012. Disponível em http://portal.saude.sp.gov.br/
resources/ses/perfil/profissional-da-saude/destaques//gais_jornal_17.pdf
18. Bittar OJNV, Mendes JDV, Magalhães A. Rede hospitalar em São Paulo – Brasil: mapear para
regular. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. 2011. Disponível em http://portal.saude.
sp.gov.br/resources/ses/perfil/profissional-da-saude/destaques//rede_hosp_est_sp_mapear_
para_regular.pdf
19. Mendes JDV, Cecilio MAM, Osiano VLRL. Hospitais de pequeno porte no SUS do estado de São
Paulo. Boletim Epidemiológico Paulista - BEPA 2014;11(128):25-40.
20. Mendes JDV. Evolução das consultas médicas no SUS/SP. Boletim Eletrônico do Grupo Técnico
de Avaliação e Informações de Saúde – GAIS. Secretaria de Estado da Saúde. Ano 6. Número 36.
Out de 2014. No prelo para publicação no portal da SES/SP.
21. Mendes, JDV; Bittar, OJNV. Saúde Pública no estado de São Paulo – informações com
implicações no planejamento de programas e serviços. Revista de Administração em Saúde -
RAS – Edição Especial (Suplemento) – Jan, 2010. P. 5-71. Disponível em http://portal.saude.sp.gov.
br/resources/ses/perfil/gestor/homepage/revista-de-administracao-em-saude-edicao-especial/
revista_administracao_em_saude_edicao_especial.pdf
218
219
220
221
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Esperança de Vida ao Nascer no Brasil e no estado de São Paulo, 1991, 2000, 2010 e
2013.
Tabela 2 - Municípios do estado de São Paulo segundo faixas populacionais – 2012.
Tabela 3 - População residente e número de municípios com IPRS nos grupos 4 e 5 (*), segundo
DRS da SES/SP, estado de São Paulo, 2008.
Tabela 4 - Óbitos e Coeficiente de Mortalidade (óbitos/100 mil hab.) por capítulo da CID-10 no
estado de São Paulo – 2010 a 2013.
Tabela 5 - Óbitos e Coeficiente de Mortalidade (óbitos/100 mil hab) por Sexo no estado de São
Paulo – 2013.
Tabela 6 - Óbitos e Coeficiente Bruto de Mortalidade (óbitos/100 mil hab) por tipo de Doença do
Aparelho Circulatório e Sexo – estado de São Paulo – 2013.
Tabela 7 - Óbitos e Coeficiente Bruto de Mortalidade (óbitos/100 mil hab) por tipo de Neoplasia e
Sexo – estado de São Paulo – 2013.
Tabela 8 - Óbitos e Coeficiente de Mortalidade (óbitos/100 mil hab.) por tipo de Doença do Aparelho
Respiratório e Sexo – estado de São Paulo – 2013.
Tabela 9 - Óbitos e Coeficiente Bruto de Mortalidade (óbitos/100 mil hab.) por tipo de Causa
Externa (lesões) e Sexo – estado de São Paulo – 2013.
Tabela 10 - Óbitos e Coeficiente de Mortalidade (óbitos/100 mil hab) por tipo de Doença do
Aparelho Digestivo e Sexo – estado de São Paulo – 2013.
Tabela 11 - Óbitos e Coeficiente de Mortalidade (óbitos/100 mil hab.) Sexo nas 30 principais causas
de morte (Lista BR da CID 10) – estado de São Paulo – 2013.
Tabela 12 - Óbitos de menores de um ano segundo as causas do Capítulo XVII -Malformações
congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas da CID-10 - estado de São Paulo – 2013.
Tabela 13 - Óbitos de menores de um ano segundo as causas do Capítulo XVI - Algumas afecções
originadas no período perinatal da CID-10 - estado de São Paulo – 2013.
Tabela 14 - Taxa de Mortalidade Infantil nos Departamentos Regionais de Saúde (DRS) da Secretaria
de Estado da Saúde - estado de São Paulo, 2000 – 2013.
Tabela 15 - Óbitos Maternos e Razão de Mortalidade Materna* segundo o Tipo de Causa Obstétrica.
Estado de São Paulo, 2000 e 2013.
Tabela 16 - Nº de Internações SUS e percentual segundo capítulos da Classificação Internacional
de Doenças (CID 10). Estado de São Paulo, 2010 e 2014.
Tabela 17 - Coeficiente de Internação (internações SUS por mil habitantes) para a população total
e a população usuária exclusiva SUS segundo principais capítulos da Classificação Internacional de
Doenças (CID 10). Estado de São Paulo, 2010 e 2014.
Tabela 18 - Valor Pago* (R$) por internações SUS e percentual segundo Capítulos da Classificação
Internacional de Doenças (CID 10). Estado de São Paulo, 2010 e 2014.
Tabela 19 - 40 Principais causas de internação SUS e valor pago em R$ de acordo com a Classificação
Internacional de Doenças (CID 10) (*). Estado de São Paulo – 2014.
222
Tabela 20 - 40 Principais causas de internação SUS (CID 10 *) no sexo masculino. Estado de São
Paulo – 2014.
Tabela 21 - 40 Principais causas de internação SUS (CID 10 *) no sexo feminino. Estado de São
Paulo – 2014.
Tabela 22 - Taxa de notificação de Casos de PFA de 2010 a 2014.
Tabela 23 - Cobertura e homogeneidade segundo vacina e ano. Estado de São Paulo – 2010 a 2014.
Tabela 24 - Distribuição proporcional da cobertura e homogeneidade da vacina Hepatite B em
menores de um ano. Estado de São Paulo, 2009-2014.
Tabela 25 - Número de infecções hospitalares notificadas no estado de São Paulo entre 2012 e
2013.
Tabela 26 - Distribuição dos casos de dengue nos dez municípios com maiores números de casos
em 2014.
Tabela 27 - Taxa de Investigação de Surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar, de
2010 a 2014.
Tabela 28 - Encerramento de casos novos de tuberculose segundo modalidade do tratamento.
Estado de São Paulo, 2013.
Tabela 29 - Leptospirose – Casos Confirmados, Coeficiente de Incidência, Número de Óbitos e
Letalidade – Estado de São Paulo – período de 2010 a 2014.
Tabela 30 - Distribuição do número de casos e óbitos de Hantavírus. Estado de São Paulo – 2010
a 2014.
Tabela 31 - Ocorrência de desastres1 e vítimas, estado de São Paulo, 2011 a 2015*
Tabela 32 - Quantitativo de notificações de suspeitas de reações adversas e queixas técnicas de
medicamentos recebidos pelo sistema de notificações Periweb por ano, de 2010 a 2014 – Centro
de Vigilância Sanitária/CCD/SES-SP, abril de 2015.
Tabela 33 - População Total e Beneficiária do Sistema da Saúde Suplementar segundo Departamento
Regional de Saúde (DRS) – Estado de São Paulo – 2014.
Tabela 34 - Tipos de Unidades de Saúde do SUS por Departamento Regional de Saúde – DRS da
Secretaria de Estado da Saúde, 2014.
Tabela 35 - Leitos SUS por tipo de especialidade. Estado de São Paulo, 2014.
Tabela 36 - Hospitais gerais e especializados (agudos) do SUS/SP, por porte, segundo Departamento
Regional de Saúde (DRS) – 2014.
Tabela 37 - Quantidade e percentual de Hospitais Gerais e Especializados (agudos) menores de
50 leitos no SUS, segundo Departamento Regional de Saúde (DRS) do Estado de São Paulo – 2014.
Tabela 38 - Hospitais Gerais e Especializados (agudos), nº de Leitos SUS e Taxa de Leitos por mil
hab. para a população total e para a população usuária exclusiva do SUS, segundo Departamento
Regional de Saúde (DRS) do Estado de São Paulo – 2014.
Tabela 39 - Equipes de Saúde da Família Implantadas e Cobertura Estimada. Estado de São Paulo,
2010 e 2014.
Tabela 40 - Valores pagos (R$) pelo SUS para o total de produção ambulatorial e hospitalar segundo
Departamentos Regionais de Saúde (DRS). Estado de São Paulo, 2010 e 2014.
223
Tabela 41 - Internações e respectivo percentual segundo especialidade no SUS/SP – 2010 e 2014.
Tabela 42 - Internações no SUS/SP segundo especialidade e natureza do prestador – 2014.
Tabela 43 - Internações de alta complexidade no SUS/SP segundo especialidade e natureza do
prestador – 2014.
Tabela 44 - Internações (por mil habitantes) segundo DRS de residência do paciente, estado de
São Paulo, 2010 e 2014.
Tabela 45 - Total de partos normais, cesáreas e Taxa de Cesárea segundo os DRS de residência.
Estado de São Paulo - 2009 e 2013.
Tabela 46 - Total de partos normais, cesáreas e Taxa de Cesárea SUS segundo os DRS de residência.
Estado de São Paulo – 2010 e 2014.
Tabela 47 - Consultas Médicas Básicas e de Especialidades no SUS/SP segundo os Departamentos
Regionais de Saúde – DRS – 2010 – 2014.
Tabela 48 - Consultas Médicas Básicas e de Especialidades por habitante no SUS/SP segundo os
Departamentos Regionais de Saúde – DRS – 2010 – 2014.
Tabela 49 - Consultas Médicas Básicas Normais e de Urgência no SUS/SP segundo os Departamentos
Regionais de Saúde – DRS – 2010 – 2014.
Tabela 50 - Consultas Médicas Básicas Normais e de Urgência por habitante no SUS/SP segundo
os Departamentos Regionais de Saúde – DRS – 2010 – 2014.
Tabela 51 - Consultas Médicas de Especialidade Normais e de Urgência no SUS/SP segundo os
Departamentos Regionais de Saúde – DRS – 2010 – 2014.
Tabela 52 - Consultas Médicas de Especialidade Normais e de Urgência por habitante no SUS/SP
segundo os Departamentos Regionais de Saúde – DRS – 2010 – 2014.
Tabela 53 - Valor pago (mil R$) pela produção ambulatorial por tipo de prestador segundo
subgrupo de procedimentos - estado de São Paulo, 2014.
Tabela 54 - Proporção (%) da produção ambulatorial por tipo de prestador segundo subgrupo de
procedimentos - estado de São Paulo, 2014.
224
LISTA DE QUADROS
225
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Coeficiente Bruto* de Mortalidade nos principais grupos da CID-10 – Estado de São
Paulo – 2000, 2010 e 2013.
Gráfico 2 - Principais Grupos de Mortalidade pela CID-10 para o sexo masculino no Estado de São
Paulo – 2013.
Gráfico 3 - Os Principais Grupos de Mortalidade pela CID-10 para o sexo feminino no Estado de
São Paulo – 2013.
Gráfico 4 - Coeficiente de mortalidade (óbitos/100 mil hab.) por Doença do Ap. Circulatório, por
sexo e faixa etária no Estado de São Paulo – 2013.
Gráfico 5 - Coeficiente de mortalidade (óbitos/100 mil hab) por Neoplasia, por sexo e faixa etária
no Estado de São Paulo – 2013.
Gráfico 6 - Coeficiente de mortalidade (óbitos/100 mil hab.) por Doença do Ap. Respiratório, por
sexo e faixa etária no Estado de São Paulo – 2013.
Gráfico 7 - Coeficiente de mortalidade (óbitos por 100 mil hab) por Causas Externas, por sexo e
faixa etária no Estado de São Paulo – 2013.
Gráfico 8 - Coeficiente de mortalidade (óbitos/100 mil hab) por Doença do Ap. Digestivo, por sexo
e faixa etária no Estado de São Paulo – 2013.
Gráfico 9 - Taxa de Mortalidade Infantil, Pós-neonatal e Neonatal Estado de São Paulo, 2004 –
2013.
Gráfico 10 - Causas (Cap. CID-10) dos óbitos de menores de 1 ano Estado de São Paulo – 2013.
Gráfico 11 - Razão de Mortalidade Materna (óbitos maternos/100 mil nascidos vivos). Estado de
São Paulo, 1960 a 2013 e Brasil, 1990 a 2012.
Gráfico 12 - Coeficiente de internações SUS (internações SUS por mil hab.) para a população total
segundo principais Capítulos da CID-10. Estado de São Paulo, 2001, 2010 e 2014.
Gráfico 13 - Número de notificação de violências no estado de São Paulo, segundo ano de
notificação, 2009 a 2014.
Gráfico 14 - Distribuição de municípios do estado de São Paulo que assumiram executar ações de
vigilância sanitária, por ano de mudança de sistema de pactuação.
Gráfico 15 - Número de Equipes da Estratégia de Saúde da Família. Estado de São Paulo – 1998,
2003, 2008, 2010 e 2014.
Gráfico 16 - Produção de internações segundo natureza do prestador. Estado de São Paulo, 2014.
Gráfico 17 - Produção de internações de alta complexidade segundo natureza do prestador.
Estado de São Paulo, 2014.
226
LISTA DE MAPAS
227
LISTA DE FIGURAS
228