Vibracoes em Motores Eletricos PDF
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VIBRAÇÕES EM MOTORES
ELÉTRICOS
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- O núcleo magnético formado por chapas finas de ferro magnético isoladas entre si,
mantidas bem apertadas umas às outras e aterrado à carcaça. O núcleo tem formato adequado
à montagem das bobinas e sua alta permeabilidade magnética, de 2000 a 6000 vezes maior do
que a do ar (µar, = 4π.10-7 [Henry/m]), permite altos níveis de campo magnético com
correntes baixas.
- Os enrolamentos, elementos básicos das máquinas elétricas, são grupos de bobinas
distribuídas estrategicamente nos núcleos magnéticos do estator e do rotor. Em alguns
rotores, barras de alumínio formão um enrolamento chamado gaiola de esquilo.
- A isolação elétrica entre as partes da máquinas: isolação entre as espiras de cada
bobina, entre as bobinas, e entre as bobinas e o núcleo. A isolação é um item crítico das
máquinas e o maior perigo é a elevação da temperatura.
Pequenos movimentos das espiras no núcleo ou transitórios na linha podem provocar
pontos de alta tensão com ruptura localizada do isolamento.
A fig. 1.1 mostra o esquema de máquinas simples onde as bobinas estatóricas ligadas
em série formam uma bobina única de N espiras e criando um par de pólos.
Para facilitar os comentários sobre os fenômenos magnéticos e suas associações com
a dinâmica elétricas, contém repassar rapidamente os fundamentos dos circuitos
eletromagnéticos. Para tal, será considerada uma máquina simples com um par de bobinas no
estator e um rotor tipo gaiola.
O torque nas máquinas elétricas é desenvolvido pela atração e repulsão entre os pólos
magnéticos do estator e rotor e pelas forças nos condutores do rotor.
As bobinas do estator e do rotor são distribuída de forma estratégica para criar pólos
magnéticos no estator e no rotor. A quantidade e o posicionamento dos pólos são
determinados de modo que a máquina execute bem o seu serviço. Eles estão localizados nas
superfícies externa do rotor e interna do estator, o mais próximo possível do gap de ar.
Para a máquina ter torque contínuo, o número de pólos do estator deve ser igual ao do rotor.
As máquinas são referenciadas pelo número de pólos, por exemplo: hidrogerador de 12 pares
de pólos, motor de 6 pólos etc.
Em algumas máquinas as bobinas do estator e do rotor são montadas em peças
magnéticas formando pólos salientes. A Fig. 1.2 mostra uma máquina com pólos salientes
cujas extremidades formam sapatas magnéticas que melhoram a distribuição do fluxo
magnético. As bobinas são montadas na cintura formada pelas sapatas. Máquinas dc e muitas
máquinas síncronas são do tipo pólos salientes.
Sob a ação destes dois torques, o rotor gira fazendo que o conjunto escovas-comutador
desenergize aquela bobina e excite a próxima. Com esta seqüência, o motor assume
movimento uniforme. A Fig. 1.3 mostra um esquema de um motor de corrente contínua.
O campo magnético criado no estator gira dentro da máquina ac e para usar a energia
deste campo, é colocado um rotor com seus próprios campos magnéticos dentro do estator.
Para que o torque da máquina seja contínuo, o rotor deve ter o mesmo número de
pólos do que o estator. Os rotores de máquinas ac podem ser cilíndricos ou de pólos salientes
e nos dois casos os pólos magnéticos são gerados por bobinas alimentadas por corrente
contínua. Entre os pólos magnéticos do estator e do rotor acontece efeitos de atração e
repulsão de modo que os campos magnéticos do rotor ficam acoplados ao campo girante do
estator. Com isto, o rotor gira junto o campo síncrono do estator.
Nas máquinas síncronas o rotor é alimentado com corrente dc, através de anéis
coletores. Nas máquinas síncronas brushless, além do enrolamento normal, o rotor tem um
gerador dc para alimentar as bobinas do rotor e um enrolamento tipo gaiola para a partida.
Os motores brushless partem como um motor indução.
A Fig. 1.4 mostra esquemas de máquinas síncronas.
Rotor de gaiola: o circuito retórico é formado por barras curtocircuitadas por anéis.
De construção simples e robusta tem baixo custo e é adequado para quase todos os tipos de
cargas.
Rotor bobinado: os terminais das bobinas do rotor são ligados a anéis coletores para
ligação com resistências externas que fecham o circuito rotórico. Nos rotores bobinados, as
resistências externas tem várias funções importantes:
1 - controlam as correntes do rotor regulando o torque;
2 - aumentam o torque de partida limitando a corrente;
3 - regulam a eficiência total do motor.
1.8 ESCORREGAMENTO
Para gerar potência mecânica, o motor assíncrono tem rotação menor do que a do
campo H mantendo um escorregamento magnético. Com isto, as correntes induzidas no rotor
circulam com freqüência igual àquela em que o campo corta os condutores do rotor. Daí, os
efeitos dinâmicos são gerados por três freqüências: a síncrona do campo, a de rotação do
rotor e a das correntes induzidas no rotor.
A diferença entre as velocidades síncrona n e nominal n, é o escorregamento e pode
ser expresso por Velocidade de Escorregamento dado em RPM, ou por fração ou
porcentagem da velocidade síncrona:
Posteriormente, será visto que estas alterações na corrente induzem oscilações nas forças
magnéticas dentro do motor; estas por sua vez interagem com a estrutura do motor elétrico,
que responde na forma de vibração mecânica.
Baseando-se nestas considerações, este curso mostrará, que a análise espectral da vibração
na carcaça ou mancais do motor e a análise espectral da corrente no estator são ferramentas
poderosas para um programa de manutenção preditiva de motores elétricos.
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Neste capítulo serão comentados sucintamente, os recursos de análise dos novos de sinais,
dinâmicos atualmente disponíveis no mercado.
2.1 INTRODUÇÃO
Os modernos analisadores de sinais são portáteis e tem um, dois ou quatro canais e diversos
tipos de entrada. a calibradas para sinais em tensão;
. b pré-amplificadores para acelerômetros piezo-elétricos;
. c conexão ICP para acelerômetros pré-amplificados, e
. d conexão para sondas de temperatura.
Na medida e análise de corrente elétrica, todo cuidado deve ser tomado para não
exceder o valor admissível de entrada permitido para o instrumento. O limite máximo deve
considerar uma margem de segurança para suportar picos e transitórios. O captador de
corrente deverá ter sistema de proteção para tensão máxima de saída, incluindo a proteção
típica para uso de Transformadores de Corrente.
Para executar estas funções, os analisadores tem suas funções básicas e uma coleção
de procedimentos opcionais que as complementam. As funções básicas são implementados
por software ou por hardware pelo fabricante do analisador e o usuário não tem acesso a eles.
Entre os diversos fabricantes percebe-se algumas diferenças na arquitetura interna, no
gerenciamento das informações e formas de memorizar as medições. A grande maioria dos
fabricantes fica empatados nos recursos de análise, na velocidade de cálculo e na quantidade
de memória.
O usuário fará sua opção baseado na facilidade de uso, portabilidade, confiabilidade,
softwares de apoio e resistência mecânica do analisador.
No. de amostras: A digitalização do sinal consiste em expressa-lo por uma coleção de pares
de valores – tempo e amplitude. O número de pares de valores deverá ser suficiente para
reproduzir o sinal inclusive as componentes de alta freqüência.
superior de freqüência, alto numero de linhas e uso de zoom para poder destacar os
indicativos destas modulações.
Trigger Externo: Os analisadores têm entrada para um sinal de trigger externo para
sincronizar o processo de cálculo com o sinal analisado. Este evento externo pode ser um
pulso elétrico qualquer, a passagem de uma chaveta ou um nível pré-determinado de vibração
ou de corrente. Combinando o trigger externo e com o tempo de aquisição, é possível analisar
apenas uma parte do ciclo da máquina ou processo em estudo.
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3.1 INTRODUÇÃO.
1- tem um campo magnético H que gira dentro do estator, em rotação síncrona com a
freqüência da rede (nS = fRede / pares de pólos) e se comporta como se fosse um rotor
verdadeiro.
2- o rotor girando dentro da máquina tem os problemas vibratórios normais de uma máquina
qualquer;
3- existe circulação de corrente pelos condutores do rotor elétrico criando forças magnéticas.
Se for uma máquina assíncrona, a corrente circula com a freqüência de escorregamento,
muito menor do que a rotação do rotor e do que a freqüência da rede.
Figura 3.1
Rotor Excêntrico
Rotores excêntricos produzem um Air Gap (Entre-Ferro) entre o rotor e o estator que induz à
vibração pulsante (normalmente entre 2 FL e o harmônico da velocidade de operação mais
próximo). Muitas vezes exige um zoom de espectro para separar 2 FL e Harmônicos da
velocidade de operação. Rotores excêntricos geram 2 FL cercado de bandas de Passagem de
Pólos (FP), bem como bandas laterais em volta da velocidade de operação. A própria FP
aparece em freqüência baixa (Freqüência de passagem de Pólo = Freqüência de
Escorregamento X No. de Pólos). Valores comuns de FP vão de aproximadamente 20 120
CPM (0,3 a 2,0 Hz).
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Figura 3.2
Problemas de Rotores
Anéis de Curto e/ou Barras de Rotor trincadas ou quebradas, Soldas ruins entre Barras e
Anéis em curto, ou Lâminas de Rotor Curto-Circuitadas, produzirão alta vibração na
velocidade de operação 1x com bandas laterais iguais à Freqüência de Passagem de pólo (FP)
ou 2X Freqüência de Sincronismo. Além disso, Barras de Rotor quebradas gerarão muitas
vezes bandas laterais (FP ou 2FS) em volta do terceiro, quarto e quinto harmônicos da
velocidade de operação. Barras do rotor frouxas são indicadas por bandas laterais de
espaçamento igual à 2X Freqüência da Linha (2 FL) em torno da freqüência dae Passagem de
Barras do Rotor (RBPF) e/ou seus Harmônicos (RBPF = No. de Barras X RPM). Muitas
vezes causará níveis altos em 2 X RBPF, com apenas uma pequena amplitude em 1 X RBPF.
Figura 3.6
Figura 3.7
Figura 3.8
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. Estatores Excêntricos (um motor excêntrico produz um air gap diferencial estacionário
entre o rotor e o estator);
. Quebra de Lâminas;
. Ferro solto.
Esses problemas têm as seguintes características:
1. Todos os problemas com o estator são gerados a alta vibração de 2X a freqüência de
linha, porem não necessariamente gera bandas laterais freqüência de passagem de pólos no
estator, não sendo então demodulada na velocidade de rotação nem na freqüência de
escorregamento.
Na fig. 3.9 o espectro mostra a alta amplitude de 0,230 in/sec em 7200 CPM excedendo a
Banda 3. Outro espectro coletado no mesmo dia define melhor o acontecido, fig. 3.10, o
espectro mostra altos níveis de 0,228 in/sec em 7200 CPM (2FL) e em 0,0044 in/sec a 2X
RPM. Também pode se notar a ausência de bandas laterais ao redor de 2X FL indicando o
problema com o estator.
2. Motores novos ou recondicionados não devem exceder picos de 0,05 in/sec e motores
já em serviços no devem superar 0,100 in/sec (para motores de 50 HP a 1000 HP) estas
amplitudes são especificas para 7200 CPM. Em motores de máquinas de precisão a amplitude
de 2 FL não deve exceder 0,25 in/sec.
3. Air Gap diferencial não deve exceder 5% para motores de indução e 10% para
motores síncronos. Se a amplitude de 2 FL cresce no tempo o motor deveria ser
inspecionado. Para achar a diferencial pode-se marcar um ponto no rotor e no estator (ambos
devem estar corretamente alinhados) e medir seu air gap, girando 45°, medindo-se novamente
a diferença do air gap. O próximo passo é girar novamente 45° e se o diferencial de air gap
varia mais de 5% o diferencial é causado por rotor excêntrico.
4. O ferro solto é devido à fragilidade ou folga do suporte do estator.
5. Lâminas de estator curto-circuitadas podem causar o aquecimento localizado irregular
no motor, produzindo vibração induzida termicamente que pode crescer significativamente ao
longo do tempo de operação.
No caso de um rotor excêntrico, o rotor não está centrado na linha de centro produzindo
um desigual air gap entre o rotor e o estator (é oposto ao air gap estacionário no caso do
estator excêntrico). Um rotor excêntrico pode ser causado por quebra das lâminas do rotor
causando aquecimento localizado, induzindo ao rotor se curvar ou simplesmente sair do seu
lugar.
Um rotor excêntrico tem as seguintes características:
1.·(Rotores excêntricos produzem vibração pulsante normalmente entre 2 FL e o
harmônico da velocidade de operação mais próximo). Muitas vezes exigem um zoom de
espectro para separar 2 FL e Harmônicos da velocidade de operação. (Freqüência de
passagem de Pólo = Freqüência de Escorregamento X No. de Pólos). Valores comuns de FP
vão de aproximadamente 20 120 CPM (0,3 a 2,0 Hz).
Num motor de 2 pólos a 3600 RPM, as bandas laterais estão juntas à freqüência de
escorregamento, enquanto que para um motor de 4 pólos as bandas laterais aparecerão em 4X
a freqüência de escorregamento. A figura 3.11 mostra um espectro indicando um problema
com um rotor excêntrico produzindo air gap variável. Primeiramente, na figura 3.11 aparece
uma alta amplitude de 0,295 in/sec com 0,162 in/sec em 7200 CPM. O zoom na figura 3.12
revela o alto nível de 0,166 in/sec em 7200 CPM, mostrando também as bandas laterais
indicando um motor excêntrico.
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3.13 3.14
3.15 3.16
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3.17
3.18
2. Motores novos ou recondicionados não devem exceder picos de 0,05 in/sec e motores
já em serviços não devem superar 0,100 in/sec (para motores de 50 HP a 1000 HP) estas
amplitudes são especificas para 7200 CPM sendo 2X a freqüência de linha.
3. Um motor excêntrico pode requerer ajuste nos mancais de rolamentos e uma
periodicidade de mesura da tolerância do air gap.
4. Num programa de manutenção preditiva quando um rotor excêntrico é indicado pelas
bandas laterais da passagem de pólos ao redor de 2FL, estas mostram também a linha de
tendência. Quando um pico em 2 FL exceder 0,100 in/sec, a linha de tendência mostrar
incremento notável na amplitude e nas bandas laterais muita maior atenção deveria ser dada,
particularmente se mais bandas laterais aparecerem ao redor de 2 FL. Se a amplitude em
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7200 CPM se mantém estáveis em outras inspeções, o dano está sendo superado até se as
amplitudes são quanto muito 0,175 in/sec em 7200 CPM. Em este caso é satisfatório só
continuar com a tendência. Porém ha diminuído a vida útil do motor.
5. Se um motor apresenta o rotor excêntrico à experiência tem mostrado freqüentemente
que o aumento da vibração é acompanhada do aumento da temperatura. Por exemplo, quando
um motor é ligado ele tem um nível de vibração de 0,10 in/sec, passados 10 minutos a
amplitude aumenta 0,14 in/sec, em 20 minutos a amplitude pode aumentar para 0,18 in/sec e
finalmente em 30 minutos de funcionamento é muito provável que seja ,25 in/sec o mais. Isto
pode ser causado por um aquecimento não uniforme no rotor.
Problemas que podem ser detectados com análise de vibrações são os seguintes:
. Quebra/Trinca das Barras do Rotor ou Anéis em Curto;
. Soldas ruins entre Barras do Rotor ou Anéis de Curto;
. Lâminas do Rotor Curto-Circuitadas;
. Folga/Abertura das Barras do Rotor não fazendo bom contato com os Anéis.
Este tipo de problemas tem as seguintes características:
1. Os problemas de quebra ou trinca das barras dos rotores , produzirão alta vibração na
velocidade de operação 1x RPM com bandas laterais iguais à Freqüência de Passagem de
pólo (FP). (em motores de 2 pólos, estas bandas laterais estão em 2X a freqüência de
escorregamento e para motor de 4 pólos é 4X a freqüência de escorregamento). A fig. 9
mostra um típico motor de 2 pólos com sérios problemas de rotor. Inicialmente em 30000
CPM as bandas de espectro mostram uma insinuação de sérios problemas, aparentemente
mostra folga mecânica tendo vários harmônicos na velocidade de rotação. As figuras de 3.14
a 3.16 revelam series de bandas laterais de passagem de pólos ao redor de 1X, 2X e 3X RPM
respectivamente. Estes espectros indicam problemas de quebra, trinca das barras dos rotores,
quebras dos anéis ou quebra curto nas barras dos rotores.
2. Na fig. 3.15 as bandas laterais de passagem de pólos ao redor de 1X RPM sugerem
quebra ou trinca das barras do rotor e/ou altas resistência das soldas podem produzir
harmônicos de bandas laterais em altas velocidades de rotação incluindo 2X, 3X, 4X e 5X
RPM. Em estes casos mais de uma barra do rotor deve estar danificado desde que tenhamos
mais de 1 pulso por revolução. A fig. 6 mostra um espectro com bandas laterais de passagem
de pólos ao redor dos múltiplos da velocidade de rotação. Neste caso a velocidade de rotação
é de 1176 RPM (a freqüência de escorregamento = 24 CPM). Sendo um motor de 6 pólos a
freqüência de passagem de pólos será de FP = 6X24 CPM = 144 CPM. Sendo este a espaço
de cada múltiplo de FP ao redor de 1X RPM até 5X RPM. Na inspeção a maquina apresentou
4 barras do rotor quebradas.
3. Barras do rotor frouxas são indicadas por bandas laterais de espaçamento igual à 2X
Freqüência da Linha (2 FL) em torno da freqüência dae Passagem de Barras do Rotor (RBPF)
e/ou seus Harmônicos (RBPF = No. de Barras X RPM). Muitas vezes causará níveis altos em
2 X RBPF, com apenas uma pequena amplitude em 1 X RBPF.
4. As amplitudes excedem 0,06 in/sec nas barras de freqüência de passagem de barras de
rotores (RBPF) ou em altos harmônicos (2 RBPF ou 3 RBPF). O espaçamento das bandas
laterais ao redor de RBPF e seus harmônicos são exatamente 2 FL.
As figuras 3.17 e 3.18 mostram um espectro de um motor confirmando que tem dois ou mais
barras de rotores abertas. Este motor tem 57 barras e opera a uma velocidade de 1793 RPM,
dando o RBPF fundamental em 102200 CPM. A forma de onda do espectro da figura 3.17
mostra uma amplitude de 0,008 in/sec em RBPF. Porém a historia em 2X RBPF é
completamente diferente. O zoom na fig 3.18 um excessivo em 0,340 in/sec em 2044380
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CPM, ou 2X RBPF (acima de 28 vezes mais que no RBPF). Se a altas freqüências são
coletadas fundamentais RBPF este tipo de problemas poderia ser perdido totalmente. A
fundamental indica altos níveis de 2X RBPF, que são acompanhadas por bandas laterais em
exatamente 7200 CPM (2 FL)
5. Ainda referente ao diagnostico, note que algumas amplitudes de RBPF ou seus
harmônicos não são altas. Ao contrario das bandas espaçadas em 2X linha de rede
(usualmente 7200 CPM). Essa “ordem” de freqüência inclui RBPF e exatamente 2FL
podendo indicar folga ou abertura das barras do rotor e/ou variável air gap.
6. O importante é detecção desse tipo de problemas e o controle de suas tendências antes
de tomar uma decisão apressada antes de uma revisão no motor.
A tendência não indica um crescimento substancial de perigo se não está mudando, até
mesmo com RBPF de 0,10 a 0,15 in/sec. Porém se a tendência indicar um incremento na taxa
de mudança de uma inspeção para outra, significa uma rápida deteriorização da condição.
7. No Programa de Monitoramento da Condição, é importante especificar dois pontos
para a detecção de problemas elétricos:
3.19
Motores elétricos inerentes tem vibrações devido a pulsos de torques criados por rotações dos
campos magnéticos energizados do estator de pólos. Normalmente, estas vibrações são
totalmente baixas e não um problema. Os pulsos de torque ocorrem em 2X a linha de rede.
Isto acontece desde que cada pólo de motor é essencialmente energizados 2X para cada ciclo
de corrente AC.
Estas vibrações são extremadamente raras exceto em esses casos onde níveis de baixas
vibrações são detectados em casos de máquinas ferramentas. Ou se esses pulsos de torques
existam a freqüência natural em máquinas ou estruturas que tem pulsos em 2X FL. Pulsos de
torque também podem excitar folgas das barras do rotor em freqüências de 2X, 3X e até 4X a
freqüência de pulsos de torque (ou 14400, 21600, e 28800 CPM)
A fig 3.20 é um tipico espectro com problemas de pulsos de torque.
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3.20
CENTRO MAGNÉTICO
magnético. As atrações magnéticas criam uma força axial tentando trazer o rotor de volta ao
centro magnético. Se a força externa que puxa o rotor para fora de seu centro magnético for
igual à atração exercida pelo estator, o rotor irá zumbir, ou seja, o campo magnético
temporariamente supera as forças externas e o rotor é alternadamente submetido a centragem
magnética e às forças externas.
.
Várias forças podem tirar o rotor de seu centro magnético:
As vibrações geradas aparecem em lX RPM axial, que por sua vez podem provocar
roçamentos se os mancais tiverem batentes para start-up. Pode também aparecer vibrações
axiais em 2x f rede e harmônicas.
Este problema pode ser detectado rodando o motor desacoplado e com um pedaço de
madeira empurra-se o eixo para seu centro magnético, tentando verificar se a vibração é
reduzida.
O termo single phasing é usado para definir que um motor trifásico está rodando
somente com duas fases.
O motor, se partir, irá alcançar sua rotação nominal com dificuldade e com muito
ruído devido ao desbalanceamento das forças magnéticas. Espectros do start-up normalmente
mostram altas amplitudes em lx e 2x RPM e em 2x rede e possivelmente, ressonâncias.
Neste capítulo serão vistos alguns testes para verificação das condições elétricas dos
motores elétricos e as técnicas de análise de corrente.
Os motores elétricos intensamente usados em todas industrias do mundo, tem
dificuldades peculiares para sua análise dinâmica. As forças de origens magnéticas e
mecânicas interagem com a dinâmica da estrutura do motor. Com isto, o comportamento
vibratório da estrutura é resultado de várias combinações, exigindo técnicas mais
aprimoradas para a análise.
Na análise de corrente, não existem as interações dinâmicas comuns na vibração.
Normalmente as medidas de corrente são mais limpas. A maioria dos problemas vibratórios
da máquina, e da vizinhança, não chegam a afetar a corrente, que é sensível aos problemas
elétricos do estator, do gap e do rotor e às variações dinâmicas da carga ou de algum
componente mecânico.
O melhor entendimento das fontes de excitação magnéticas nas máquinas elétricas
facilitará sua análise seja pela corrente ou pelas vibrações mecânicas.
A máquina elétrica é sujeita tanto a problemas elétricos como mecânicos, que podem
receber tratamentos diferenciados, muitas vezes por equipes diferentes.
É importante verificar no campo se os sintomas apresentados pelo motor elétrico são
de origem mecânica ou elétrica. Constatando a origem do problema, a ação corretiva pode ser
programada para ser realizada da forma rápida e eficaz. Alguns problemas mecânicos tem
manifestações complicadas levando a erros de análise. Mas, se forem corretamente
identificados, são corrigidos in locco com pequenas intervenções.
4.1. BATIMENTOS
Este teste, feito com instrumentos rápidos, consiste em cortar a alimentação do motor
enquanto ele estiver com carga. Se houver batimento, cortar quando a vibração estiver
passando por um máximo.
Se imediatamente após o corte, a vibração se alterar de modo significativo, o
problema é "elétrico".
Usando a Fig. 4.2, se a vibração cair de 10 para 2.5 [mm/s] no momento do corte,
2,5 [mm/sl é de origem mecânica e 7,5 [mm/s] de origem magnética. Usando um analisador
FFT rápido com recurso de cascata, a observação das componentes do espectro permite
separar problemas de desbalanceamento e de ressonância, Fig. 4.3 e 4.4.
4.1.3 ZUMBIDO
De modo geral, os motores elétricos tem alta confiabilidade e performance muito boa.
As perturbações elétricas nos motores podem ser conseqüência de problemas internos ou de
efeitos dinâmicos na rede externa que alimenta o motor. Vários fatores influentes foram
detectados em várias pesquisas tanto de usuários como de fabricantes de motores. Alguns
deles estão relacionados abaixo:
Depois de colocar o medidor ao redor de uma das 3 fases, (uma de cada vez), o analista deve
começar fazendo medidas ao redor la freqüência da linha de rêde FL utilizando o zoom para
buscar as bandas laterais de passagen de plos perto da linha de rêde, depois deve-se emplear
o filtro de passa alta e bsucar 2X as bandas laterais da freqüência da linha de ranhuras (Fag),
outro fator importante é o uso da escala logaritmica devido a importancia de ver as bandas de
freqüência.
Nota
Carga mínima 80%
Mínimo motor de 40 HP
FL = freqüência da linha de rede
Fp = freqüência de passagem de pólos
Fp = No. de pólos X freqüência de escorregamento(Fs)
Fs = Freqüência síncrona – Velocidade de Rotação
CAT No. = Ranking de severidade
Neste capítulo será feito um breve estudo sobre vibrações que ocorrem nas máquinas
elétricas devido a causas mecânicas, portanto independentes dos problemas elétricos ou
magnéticos.
OBSERVAÇOES:
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Por exemplo, quando acontece uma folga mecânica, a rigidez do sistema na direção
do movimento da vibração, muda de acordo com a própria amplitude do movimento. Isto faz
com que a vibração seja restringida em um dos extremos de seu percurso o aspecto visual
seria de uma senóide saturada em um extremo e o seu, espectro de freqüência terá um grande
número de harmônicas superiores, sub-harmônicas, e ordens fracionárias (1/2, 1 1/2 , 2 1/2
etc) dependendo do tipo de excitação.
Este tipo de deformação do sinal pode também aparecer quando a excitação se torna
mais forte, forçando a estrutura a maiores deformações e conseqüentemente atingindo
regimes de rigidez não linear. É o caso de um desalinhamento mais severo que gera vibrações
fortes em 2x, 3x e 4x RPM e que dependendo da rotação síncrona do motor, poderá ocorrer
batimento com a componente elétrica a 120 Hz. Neste exemplo, tem-se um batimento
truncado conforme mostrado na Fig. 5.1.
5.3 - MANCAIS
A maioria das máquinas elétricas usam rolamentos nos mancais. Nas grandes
máquinas, os mancais normalmente são de desligamento. A análise de vibração difere muito
para os dois casos.
As vibrações causadas pelos rolamentos se manifestam de início na região de alta
freqüência e depois, com a evolução dos defeitos, nas freqüências fundamentais dos
elementos internos.
As vibrações causadas pelos mancais de desligamento estão em faixas de freqüência
abaixo da rotação do rotor. Se a máquina for lenta, a medição das vibrações apresentar as
dificuldades inerentes às medidas de baixa freqüência.
3- Descargas elétricas através do rolamento devem ser evitadas a todo custo. Aterramento
mal feito, malhas de terra em blindagens de sensores e solda no rotor com terra na carcaça da
máquinas são fontes de descargas elétricas nos rolamentos.
4- Montagens e desmontagens são ameaças graves para os rolamentos que são muito frágeis
aos maus tratos. É comum danificar o rolamento durante a montagem ou desmontagem.
A construção dos rolamentos faz com que seu comportamento dinâmico seja bem
definido. Quando os rolamentos estão com defeitos, as vibrações geradas apresentam sinais
bem caracterizados tanto em aspecto e como em frequência. Pela rotação do rotor, geometria
e dimensões internas, as frequências fundamentais dos elementos dos rolamentos, gaiola,
elemento rolante, pistas interna e externas são calculadas sem dificuldades.
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Bibliografia
“Detection of Mulitple Cracked Rotor Bars On Induction Motors using Both vibration and
Motor Current Analysis”, Technical Associates of Charlotte.
Anexos
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ÍNDICE
CAPÍTULO I
1 - ROTEIRO SIMPLIFICADO PARA DIAGNÓSTICO ELÉTRICO
2 - DEFEITOS x ANORMALIDADES
CAPÍTULO II
1 - MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICA - AC
2 - CONTROLE DE DEFEITOS POR VIBRAÇÃO CONVENCIONAL
3 - CONTROLE DE DEFEITOS POR ESPECTRO DE CORRENTE
4 - PROCEDIMENTO PARA CONTROLE DE ANORMALIDADES
5 - DECAIMENTO VIBRATÓRIO
CAPÍTULO III
1 - MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA - DC
CAPÍTULO IV
1 - MOTORES DESBALANCEADOS
2 - CONFIGURAÇÃO PARA O MICROLOG COLETAR ESPECTRO DE
CORRENTE
3 - TABELA DE ANÁLISE DE CORRENTE - SEVERIDADE E
RECOMENDAÇÕES
4 - TABELA PARA DIAGNOSE DE MOTORES DE INDUÇÃO ATRAVÉS
DE VIBRAÇÃO
CAPÍTULO V
1- ESTATOR EXCÊNTRICO/ LÂMINAS EM CURTO/ FERRO SOLTO
2 - ROTOR EXCÊNTRICO
3 - PROBLEMA ROTOR
4 - HARMÔNICO NA REDE/ ALIMENTAÇÃO DISTORCIDA
5 - MOTORES SÍNCRONOS - BOBINA DO ESTATOR
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Capítulo I
ROTEIRO SIMPLIFICADO PARA DIAGNÓSTICO ELÉTRICO
A.1 - Defeitos:
Podem ser no Estatua:
• Desbalanceamento de Forças Magnéticas, Bobinas em curto, Cunha Solta,
Ovalização, etc.
A.2 - Anormalidades:
• Ressonância de carcaça, variação de GAP, Harmônicos de rede de
alimentação.
Podem ser do GAP de Ar (Entre-Ferro):
• Variação por excentricidades no rotor ou pela presença de forças externas.
TÉCNICAS UTILIZADAS: Envelope de Aceleração, Vibração Convencional e
Espectro de Corrente.
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Capítulo II
Exemplo de Resolução :
•A amplitude de “B” é
considerada apenas para a
Banda Lateral Inferior.
Cuidados no Diagnóstico :
• Máquinas com acionamento por correias e Agitadores.
Neste caso, sempre surgem grandes modulações (Bandas Laterais) em torno de 60
Hz., porém, não têm dependência com NFe.
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ESPECTRO DE CORRENTE
D = 20 x Log A [dB]
B
RANHURAS
1 x FR ⇒ ROTÓRICOS
2 x FR ⇒ ESTATÓRICOS
VIBRAÇÃO NO CENTRO
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Trata-se do seguinte :
Coloca-se o motor operando em condições normais de carga e rotação de
trabalho, conecta-se um medidor de vibração rápido num mancal do motor e
desliga-se a energia.
Caso o DECAIMENTO seja lento e gradual, podemos dizer que o DEFEITO
ou ANORMALIDADE é de origem mecânica, e isto faz sentido por relacionar a
vibração com forças rotacionais, na maioria das vezes Centrífugas, que por sua vez,
são proporcionais ao quadrado da rotação.
Caso o DECAIMENTO seja brusco, até um valor mínimo, podemos afirmar
que se trata de origem elétrica, a qual, foi eliminada com o corte de energia elétrica.
EXEMPLO :
Se um Motor vibra 10mm/s e ao cortar a energia, a vibração cai bruscamente para 3
mm/s, temos 7 mm/s relacionados com origem elétrica e 3 mm/s relacionado com
origem mecânica.
Capítulo III
⇒ Devemos lembrar que a resolução deve ser coerente com a rotação do motor,
pois, as vibrações citadas, podem ser acompanhadas de Bandas Laterais
(Modulações) da RPM fundamental do Motor, no instante da medição.
A severidade é grande quando, além da modulação, percebemos as harmônicas do
SCR.
Capítulo IV
57(60)
64(60)
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54 - 60 dB Boa Nenhuma
(2) - A componente
2FL + n.Fn +m.2. Fe (n= 1,2,..)
(m= 1,2,..)
é grande ?
(3) - Componente de Fn é
grande.
Capítulo V
ESTATOR EXCÊNTRICO, LÂMINAS EM CURTO E FERRO SOLTO
Problemas no estator
geram alta vibração a 2x
a frequência de linha
(FL). Excentricidade de
estator produz espaços
de ar irregular entre o
rotor e estator que
produz vibração
direcional. Espaçamento
diferen-cial de ar não
deverá exceder 5% para
motores de indução e
10% para motores
síncronos.Bases empen-
adas podem produzir um
estator excêntrico. Ferro
solto é devido a folga do
suporte de estator.
Lâminas do estator em
curto podem causar
aquecimento localizado
prejudicando o rotor.
Espectro de corrente
elétrica confirma
diagnóstico.
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R = 20 Log. A /B ( C )
R = Bom. se R > 40 dB
R = Alarme 1 - 35 a 40 dB ;
Alarme 2 - 30 a 35 dB.
R = Ruim, se R < 30 dB
OBS : Exceto Mancais de
bucha.
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28,5 29,3
30
21,8
25 19,4
20 17,1
12,9
15
10
5
0
<1 1a5 5.1 a 20 21 a 50 51 a 125 > 125
P o tência em HP
M édia Geral: 13,27 ano s
< 1HP
> 125HP
12,9 1 a 5HP
29,3
17,1
5.1 a 20HP
51 a 125HP
19,4
28,5 21 a 50HP
21,8
Média Geral: 13,27 anos
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Aplicação Indevida
Mão de Obra
13%
27%
Projeto
39% Operação Indevida
21%
29,4
30
25
18,3 M anut. Inadequada
17,2
20 P eças Defeituo sas
Inst./Testes
15 11,1
8,9 Operação Imp./Erro
10 M á A plicação
Trans./M an.Impró pio
5 0,6 0,6 Outro s
0
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Rotor
Diversos 10
Estator
12 37
Mancais
41
Rotor,Eixos,Acopl.
8% Enrolamentos
Diversos 26%
22%
Mancais
44%
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25
25
20 So brecarga
20 17 Lubrificação
Umidade
14
15 Falhas do s M ancais
10 Falta de Fase
10 Sujeira
5 5 Envelhecimento
4
5 Outro s
3
B arras Quebradas
2,5 2 Eixo
A nel Curto Quebrado
2 1,5 Núcleo
1,5 1 Desbalanceamento
1
0,5 A cessó rio s
1 0,5
Outro s
0,5
0
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20
16
B uchas
15 Ro lam.A nti-fricção
Vedação
8 Esco ra
10
6 Falta de Lubrificação
5
Sist.Lubrificação
3
5 1,4 1,6 Outro s
25 23
20 A terramento
Iso lespiras
15 Grampo de P ressão
Cunhas Fro uxas
10 Carcaça
4 Núcleo fro uxo
4 3
5 Outro s
1 1 1
0