A IMPORTANCIA DE FARMACOLOGIA PARA O ENFERMEIRO Cópia2

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A IMPORTANCIA DA FARMACOLOGIA NO

ENSINO DE ENFERMAGEM

THE IMPORTANCE OF TEACHING


PHARMACOLOGY IN NURSING

Enfª. Profª. MS. Maria Lucia Costa de Moura

Faculdade de Enfermagem Luiza de Marillac – São Camilo. Rio


de Janeiro

E-mail. [email protected]

Resumo: Esse estudo partiu de uma reflexão sobre a importância do ensino


e da aprendizagem de Farmacologia para a formação do acadêmico e futuro
profissional de uma equipe de enfermagem de unidade hospitalar.

Palavras chave: enfermagem; medicação; farmacologia;

Abstract: This study began with a reflection on the importance of teaching


and learning of pharmacology for the training of future academic and
professional nursing staff of a hospital

Keywords: nursing; medicine; pharmacology.


A IMPORTANCIA DA FARMACOLOGIA NO ENSINO DE
ENFERMAGEM

Apresentamos uma pequena abordagem sobre o ensino de farmacologia,


simplificando a linguagem, de cada aspecto e ações subsequentes da droga no
organismo assim como a importancia do estudo para o enfermeiro e sua equipe. Assim
como todas as disciplinas com suas teorias e tecnicas para o exericio da enfermagem, a
farmacologia tem um lugar de destaque, já que os resultados da interação das drogas
pode advir da relação entre o ensino da terapeutica aliada á profilaxia. Não se pode
frequentar uma instituição de saúde com o conhecimento geral das drogas baseado no
empirismo. Sabemos que administrar medicamentos consiste nas atribuições
desenvolvidas pela equipe de Enfermagem, que por lei assume o dever jurídico de
responder pelos procedimentos sempre que estes atos violem os direitos de terceiros, se
justificando negligencia, por isso exige técnica e cientificidade no fazer. Em algumas
instituições de saúde, a administração dos medicamentos é realizada pela equipe de
enfermagem, mas sendo supervisionados pelo enfermeiro. De qualquer maneira, o
enfermeiro será responsável, e essa responsabilidade não compreende apenas a
deliberação de ministrar a terapia medicamentosa. Administrar medicação é visto como
um processo que inclui várias etapas inter-relacionadas e abrange a prescrição do
profissional, a interpretação dessa prescrição e o entendimento da escrita, pois erros
básicos na leitura ou no manuscrito poderá influenciar o preparo da medicação,
viabilizando um perigo imediato na sua administração. E não podemos esquecer o
cliente e sua resposta a essa medicação. O Enfermeiro é responsável pelo conhecimento
dos efeitos de uma droga, pela administração correta, pelo controle da resposta do
cliente e pelo auxílio ao mesmo na autoadministração. Por isso ressaltamos a ansiedade
e apreensão dos acadêmicos de Enfermagem frente aos estágios curriculares em relação
à prática de administração de medicações. É nessa convivência durante o ensino clinico
que o docente supervisor poderá perceber o conhecimento técnico cientifico aprendido
na faculdade, e se foi realmente apreendido, observando suas habilidades e destrezas e a
confiança no seu fazer, já que será no âmbito hospitalar o palco onde serão os atores
principais durante um trimestre. É imprescindível que o acadêmico possa assimilar os
aspectos abrangentes no ensino da farmacologia, e que possa refletir o contexto em que
se encontra inserido, e a responsabilidade que lhe é conferida, associando a medicação à
patologia, durante o ensino da disciplina, principalmente a atuação de determinadas
drogas no organismo seus efeitos colaterais, sua ação adversa, e sua interação com
outros medicamentos. A prática não pode ser dispersa e esporádica, sem rumo, sem
método; ela precisa ser reconstruída teoricamente, para ser fonte de conhecimento e não
só de aplicação decorrente dele. Torna-se imprescindível a consulta aos livros e
apontamentos sempre que houver incertezas a respeito da posologia, a dose a dose
mínima e a dose máxima, e o que poderá acarretar. Entender o mecanismo intrínseco da
droga, conhecido como farmacodinâmica, seus efeitos bioquímicos e fisiológicos.
Perceber a importância da via de administração, que influencia diretamente a
biodisponibilidade, a quantidade de droga aplicada que chega ao seu local de ação e que
apresenta uma resposta farmacológica, entendendo também o mecanismo de excreção
dessas drogas. Parece complicado de inicio, mais se torna compreensível à medida que
se estuda, e percebe-se a melhora do paciente. Com o advento de novos medicamentos
no mercado farmacêutico, cada vez mais potentes em eficácia terapêutica e toxicidade, a
administração tornou-se um processo extremamente complexo, em que os
conhecimentos de anatomia, fisiologia e farmacologia são fundamentais para a
execução do procedimento com eficiência e segurança. Dessa forma, para assegurar o
sucesso da terapêutica, é preciso conhecer a ação dos medicamentos, monitorizar os
efeitos indesejados e evitar as interações medicamentosas, entre outros aspectos. É certo
que erros na medicação, e na administração, resultam danos irreparáveis aos pacientes,
caracterizando iatrogenias podendo haver uma variação de mal estar à
morbimortalidade. Sabemos que tais erros podem causar sensação de insegurança além
de colocar a instituição na mídia, perpassando pela responsabilidade civil do
enfermeiro. É necessário também um investimento maior na formação dos profissionais
de enfermagem visto que nas Instituições de saúde na sua maioria são os técnicos e
alguns auxiliares membros da equipe de enfermagem que administram as medicações
seguindo as prescrições, inclusive dos pacientes críticos. Percebe-se que a dicotomia
entre a teoria e prática, torna-se dual, a partir de um ensino de competência e qualidade,
acatando os valores éticos, e unindo a técnica e a cientificidade no ensino de
enfermagem. O mercado da saúde é competitivo e o conhecimento de farmacologia
como um todo, permitirá ao futuro enfermeiro entender com maior clareza, os efeitos
indesejáveis e os efeitos terapêuticos das drogas. Dessa maneira com uma compreensão
maior a respeito do medicamento alopático, e o papel do placebo voltamos ao passado
unindo o antigo e o contemporâneo, já que conhecemos o placebo como uma substancia
inativa, mas que lhe são atribuídas propriedades de cura.
Conclusão: Diante de tantas possibilidades, é importante que se compreenda a
farmacologia, como o principio da cura. Ou seja, a partir do paciente certo, hora certa,
medicamento certo, dose certa via certa. Essas certezas são imprescindíveis no exercício
de enfermagem, e ao lidar com as medicações. Novos tempos, novas tecnologias, novas
problemáticas, novos paradigmas. Uma única certeza nesse percurso é a competência,
dos docentes, o comprometimento do aluno, e a criação de estratégias educacionais,
para que se tenha a sensação do dever cumprido.

REFERENCIAS

1. DEMO, P. Educação e qualidade. Campinas: Papirus, 1996.

2. POTTER, P. A.; PERRY A. G. Grande Tratado de Enfermagem: clínica e


prática hospitalar. São Paulo: Santos, 2001.

3. SILVA, M T; SILVA, SRLPT. Cálculo e administração de medicamentos na


enfermagem. São Paulo: Editora Martinari; 2008

4. SECOLI SR. Terapia farmacológica e enfermagem: enfoque no paciente em


estado crítico. Prática Hospitalar. 2001;3(17):20-6

5. SHAPIRO AK.. The Placebo Effect in the History of Medical Treatment:


Implications for Psychiatry. Am. J. Psychiat. 1959;116:298-304.

6. KATZUNG BG. Farmacologia Básica & Clinica. Editora: McGraw-hill


Interamericana, 10ª Ed. Rio de Janeiro, 2010

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