Aprenda Como Fazer Uma Introdução
Aprenda Como Fazer Uma Introdução
Aprenda Como Fazer Uma Introdução
Todo
corretor que pega umaredação para analisar observa se ela é boa ou não logo pela introdução. Mas
afinal, como fazer uma boa introdução? Vejamos:
Ela precisa ser direta, simples e objetiva. Na teoria parece difícil, mas é mais simples do que parece.
Tenha em mente o seguinte:
1) Todo o texto gira em torno da introdução que você elaborou; é nessa introdução que vamos dizer do
que o texto vai falar.
Seguindo essa sugestão, garantimos nota no critério “Organicidade”. Esse critério é utilizado por todos os
corretores de redações, pois mede o quão organizado é o seu texto. Se você cuidar para que cada frase da
introdução seja explorada em um parágrafo, seu texto terá uma estrutura bem lógica e organizada.
Muito bem, agora que já aprendemos os 3 pontos básicos para criar uma introdução, podemos ver que é
muito importante ser objetivo na introdução, sem enrolar.
É bom ser direto ao ponto, sem dar voltas e voltas. Se o tema é sobre melancia, não comece falando sobre
beterraba. Precisamos ser fiéis ao tema, isso é bastante avaliado. Como já comentamos que o
desenvolvimento irá ser criado a partir do que você disse na introdução, é preciso construir uma
introdução bem focada no assunto do tema. É fácil de perceber se o texto vai ser fiel ou não lendo a
introdução do candidato.
Exemplo de uma boa introdução
Vamos mostrar na prática então como se faz uma introdução. Digamos que o tema seja “O chocolate no
mundo moderno” (mesmo tema abordado no artigo anterior).
Apenas relembrando, a introdução pode ser desenvolvida a partir da seguinte pergunta sobre o tema: “o
que eu penso sobre isso?”. Então, vamos respondê-la:
Eu penso que chocolate faz bem à humanidade. Só que não dá pra exagerar, pois pode acabar sendo
prejudicial.
Já que é isso o que eu penso sobre chocolate, minha introdução pode ser assim:
“Chocolate faz bem à humanidade. Porém, apesar de trazer benefícios, o seu consumo em excesso pode
trazer prejuízos“.
E está pronto. Se você perceber, ela está bem abrangente, mesmo sendo curta. Isso é o ideal.
O próximo passo seria começar o desenvolvimento, então no 1º parágrafo a gente diria por que chocolate
é bom; e no 2º parágrafo diríamos por que não podemos comer chocolate em excesso.
Repare que, por enquanto, na introdução, apenas afirmamos que chocolate faz bem. Ainda não
convencemos ninguém disso. E como convencer? Essa é justamente a tarefa do desenvolvimento.
Vamos falar dele depois com detalhes, apenas lembre da grande diferença que existe
entre introdução e desenvolvimento.
A introdução serve para apresentar o assunto que você vai abordar. O desenvolvimento serve para
explicar as afirmações que você fez na introdução. Isso vai ficar ainda mais claro no próximo exemplo:
Como fazer uma introdução ruim
Considerando o tema anterior sobre chocolate, digamos que um aluno tivesse elaborado essa introdução:
“Chocolate faz bem à humanidade, pois traz uma sensação de bem-estar. Porém, apesar de trazer
benefícios, o seu consumo em excesso pode trazer prejuízos, como o ganho de peso e a diabetes”.
Apesar de estar bem escrita, essa introdução é péssima, pois misturou desenvolvimento com
introdução (em vez de somente apresentar o assunto, essa introdução explicou e argumentou, o que é
tarefa do desenvolvimento).
Para ser coerente, esse aluno agora precisaria explicar no desenvolvimento o motivo do chocolate trazer
uma sensação de bem-estar, o motivo dele favorecer o ganho de peso e o motivo dele causar a diabetes. A
menos que o aluno esteja muito bem informado sobre o assunto (ou melhor, seja um especialista na área),
podemos considerar que ele não vai conseguir cumprir essa missão. O que aconteceria na prática é que
esse assunto de diabetes, por exemplo, provavelmente nunca mais seria mencionado no texto, e isso seria
um grande equívoco. Afinal, por que você apresentaria seu texto com algo que não vai falar? É como
dizer: “Tomates são azuis” e depois falar sobre molho de tomate, salada de tomate, sem nunca mais tocar
no assunto de tomates azuis. Alguém iria dizer: “Você não me convenceu que tomates são azuis!”.
Então a dica é simples: não dificulte a sua vida! Faça uma introdução simples, curta e objetiva,
mencionando algo que você sabe abordar e desenvolver depois. Introdução não é lugar para
argumentação, é para apresentação.
Causando uma boa impressão
Além de ter o poder de definir a organização do texto, a introdução pode causar uma primeira boa
impressão. Se ela estiver concisa, clara e organizada, o avaliador já vai ver seu texto com outros olhos,
pois vai pensar que você sabe o que está fazendo, que não apenas pegou um lápis e saiu riscando
loucamente no papel.
Então concentre-se nisso e passe a olhar a introdução de um jeito diferente; entenda o motivo dela existir
e e cumpra com seu papel, como ensinamos aqui. Esse tipo de detalhe faz toda a diferença na sua nota
final. Segredos como esse são o que fazem um texto tirar uma excelente nota, mesmo sem ser um artigo
extraordinário.
É possível pegar um texto simples, sem nada de excepcional, e fazê-lo tirar uma ótima nota, simplesmente
por ser construído nos padrões certos. A maioria das pessoas não faz isso. Como vimos naquele exemplo,
a introdução da grande maioria acaba explicando a si mesma, misturando desenvolvimento com
introdução. Depois não aborda os assuntos que mencionou, não organiza o texto conforme a introdução
foi construída.
É comum ver os candidatos se queixando que sua nota foi baixa, e não é por acaso! Lembre-se: existem
muitos critérios de correção em uma redação. A boa notícia é que a maioria deles são simples de se
obter, basta que você os conheça.
Agora você já aprendeu como fazer uma boa introdução. É importante que você veja nosso curso
completo de redação para praticar os exercícios e ter exemplos de boas introduções para se espelhar.
Próximo artigo:
Pense um pouco. Como os corretores avaliam uma redação? Milhares de pessoas escrevem sobre um
mesmo assunto, e não existe (ainda) um programa de computador que possa ler as redações e atribuir uma
nota para cada uma. Para agilizar o trabalho, geralmente uma redação é lida por somente duas ou, no
máximo, três pessoas. Como não é a mesma pessoa que lê todos os textos, é preciso definir uma
padronização na avaliação. Imagine se cada corretor desse a nota que quisesse, sem seguir critérios (lendo
a redação do início ao fim e atribuindo uma nota: x). Isso seria um caos, um sistema muito injusto.
Para garantir que todas as redações serão avaliadas da mesma forma, os corretores possuem uma espécie
de “check-list” para seguir (um conjunto de critérios que serão analisados separadamente). No final, a
soma das notas de cada critério irá resultar na sua nota final. Dessa forma, o processo fica mais objetivo,
pois é como se a redação fosse uma prova com várias questões.
Qual o segred o?
O segredo então é conhecer que questões são essas para respondê-las corretamente! Você precisa
construir sua redação atendendo a todos os critérios que serão cobrados pelos corretores. E a boa notícia é
que isso não é difícil. Infelizmente, os cursos de redação em geral não são focados nisso, eles perdem
muito tempo ensinando uma pilha de regras nada práticas, fazendo a redação parecer um bicho de sete
cabeças.
A equipe Redação sem Mistério resolveu elaborar um curso diferente. Utilizando uma linguagem fácil, as
aulas desse curso terão alguns diferenciais. O primeiro diferencial já foi mencionado aqui: ensinar a fazer
uma redação dentro dos critérios que são cobrados pelos avaliadores. Afinal, um curso não pode deixar
você com uma ideia abstrata sobre o assunto, permitindo que você faça a prova sem saber que nota vai
tirar. Um curso de redação precisa dar um norte muito claro daquilo que você precisa fazer, de maneira
que você termine a prova sabendo que seguiu e atendeu aos critérios que precisava. Para tanto, além de
ensinar esses detalhes, o curso precisa oferecer exercícios úteis para você desenvolver e aprimorar suas
técnicas.
Você que já leu alguns artigos de nosso site, sabe que a didática e a objetividade são nossos
diferenciais no ensino de redação. Para animar e motivar o seu estudo, criamos um curso em formato
de apostila em pdf organizada, dividida por capítulos. Confira alguns comentários enviados por e-mail e
pelo facebook:
“Muito boa-noite! Hoje é um dia muito especial, pois tive a felicidade de encontrara finalmente um
excelente curso de redação. Vou fazer uma afirmação absoluta. O curso de vocês é objetivo com
proposta de ensinar sem rodeios. Sem medo de errar. É o melhor curso de redação do Brasil. Eu irei
prestar concurso na área jurídica, mas em razão da qualidade do material e conteúdo apresentados
pelo curso, gostaria de adquirir todos os mateiras de vocês. Vocês vieram dar credibilidade aos
cursos de redação, pois tem muita picaretagem no mercado…” (Vilmo De Camargo)
Tema: É o assunto sobre o qual se escreve, ou seja, a idéia que será defendida ao longo
da dissertação. Deve-se ter o tema como um elemento abstrato. Nunca se refira a ele como
parte da dissertação.
Título: É uma expressão, geralmente curta e sem verbo, colocada antes da dissertação. Se
não houver verbo no título, não se usa ponto final. Não se deve pular linha depois do título. A
colocação de letras maiúsculas em todas as palavras, menos
artigos, preposições e conjunções, é facultativa.
Apesar de o título ser importante para uma dissertação, julgo ser também perigoso, pois, como
o estudante não está acostumado a dissertar, pode equivocar-se e dar um título que não
corresponda ao âmago da redação. Portanto acredito que o ideal seria colocar título apenas
quando o vestibular o exigir.
Não se esqueça, novamente, de que o desenvolvimento tem que ser condizente com a
introdução, estar em harmonia com ela, ou seja, se trabalhar com esse método, o
desenvolvimento deve conter apenas elementos contrários ao tema. Cuidado para não cair em
contradição. Se for, na introdução, favorável ao tema, apresente, no desenvolvimento, apenas
elementos favoráveis a ele; se for contrário, apresente apenas elementos contrários.
11) Paráfrase.
A maneira mais fácil de se elaborar a introdução é valendo-se da paráfrase, que consiste em
reescrever o tema, utilizando suas próprias palavras. Deve- se tomar o cuidado, para não
apenas se substituírem as palavras do tema por sinônimos, pois isso será demonstração de
falta de criatividade; o melhor é reestruturar totalmente o tema, realmente utilizando “SUAS”
palavras.
Observe o que traz o Michaelis – Moderno Dicionário da Língua Portuguesa, quanto à definição
da palavra paráfrase: Explicação ou tradução mais desenvolvida de um texto por meio de
palavras diferentes das nele empregadas. Portanto sua frase deve ser mais desenvolvida que a
frase apresentada como tema, e as palavras devem ser diferentes, e não sinônimas.
Nesse caso, utilizei circunstância de lugar (em nosso país) e de tempo (há tempos). Isso é só
para mostrar que é possível acrescentar circunstância diversas na introdução, não
necessariamente estas que aqui estão. Outro elemento com o qual se deve tomar muito
cuidado é o pronome se. Nesse caso, ele é partícula apassivadora, portanto o verbo deverá
concordar com o elemento que vier à frente (sing. ou pl.)
Cogita-se, com muita freqüência, de …
O mesmo raciocínio da anterior, agora com a circunstância de modo (com muita freqüência).
Muito se tem discutido, recentemente, acerca de …
Muito se debate, hoje em dia, …
Partícula apassivadora novamente. Cuidado com a concordância.
O (A) ….. é de fundamental importância em ….
É de fundamental importância o (a) ….
É indiscutível que … / É inegável que …
Muito se discute a importância de …
Comenta-se, com freqüência, a respeito de …
Não raro, toma-se conhecimento, por meio de …, de
Apesar de muitos acreditarem que …. (refutação)
Ao contrário do que muitos acreditam … (refutação)
Pode-se afirmar que, em razão de …( devido a, pelo ) …
Ao fazer uma análise da sociedade, busca-se descobrir as causas de ….
Talvez seja difícil dizer o motivo pelo qual …
Ao analisar o (a, os, as) … , é possível conhecer o (a, os, as) …. , pois …
Como fazer uma introdução de um trabalho
acadêmico
Você verá que é mais fácil conduzir o leitor ao longo do texto quando
você já sabe exatamente onde quer chegar.
1. Atraindo o Leitor
É fundamental atrair o interesse do leitor, informando que o trabalho
se refere a algo interessante. Entretanto, é importante evitar a
promessa de um tema interessante, e realizar a entrega de outro, em
particular algo entediante; ou não apresentar motivação para um tema
em comparação com o que as outras pessoas escrevem
normalmente.
2. Questionamento
A recomendação é informar ao leitor sobre o que realmente é o
trabalho acadêmico. Pense sobre isto como um ponto em julgamento,
onde é detalhado o “crime”, sendo identificado um “agressor” e a
promessa de oferecer um caso persuasivo.
O leitor deve ter uma idéia de uma questão de investigação clara, que
terá uma resposta razoavelmente satisfatória até o final do trabalho. A
questão pode tomar 2 parágrafos, no processo de fazer uma
introdução.
3. Antecedentes
É importante identificar os trabalhos prévios, que são fundamentais
para o entendimento da contribuição que este trabalho fará. O erro
chave a se evitar é discutir trabalhos que não são partes essenciais da
narrativa intelectual levando ao próprio trabalho.
4. Contribuições
Ao fazer uma introdução, recomenda-se descrever aproximadamente
3 contribuições que o trabalho acadêmico fará em relação aos
anteriores.
Este parágrafo pode ser o mais importante para convencer o leitor, o
editor e/ou o consultor ad hoc a não rejeitarem o trabalho. Uma grande
diferença entre isto e o parágrafo anterior da “questão” é que as
contribuições devem fazer sentido apenas à luz do trabalho anterior.
5. Organização
A organização do texto da introdução deve estar alinhada com as
outras partes do trabalho acadêmico. Evite escrever um esboço tão
genérico que poderia ser aplicado a qualquer trabalho. Ao invés,
customizar o roteiro para o projeto e possivelmente mencionar
“marcas”, que são problemas, soluções, resultados, entre outros, que
serão vistos no decorrer.
Todo texto para que seja considerado, de fato, bom e atraente precisa, sobretudo, de uma boa
abertura, de um começo cativante, criativo. Tais aspectos são determinantes para que o leitor se
prenda naquela leitura e se sinta interessado a seguir até o final do texto.
De tal modo que construir uma boa introdução para uma redação é fator indispensável para que
esta configure um texto sedutor e completo. Iniciar um texto se utilizando de expressões como
“hoje em dia”, “atualmente”, “antigamente”, “em tempos passados”, entre outras, pode torná-lo
pobre e pouco atraente.
Tese na abertura
Mais comum entre os estilos de dar início a uma boa redação, sobretudo em vestibulares e
concursos, a apresentação de tese consiste no escritor do texto expor o ponto de vista que virá a
ser exposto e sustentado perante argumentos durante o desenvolvimento econclusão da
redação.
Narrando um fato
Começar um texto dissertativo com a narração de um fato, acontecimento ou situação promove
a aproximação entre a realidade de quem está lendo com o tema discutido na redação. Ou seja,
isso fará com que a atenção do leitor seja despertada.