01 - Normalização em Instalações Elétricas
01 - Normalização em Instalações Elétricas
01 - Normalização em Instalações Elétricas
0) – 2001
Curso para treinamento a distância
sob supervisão do
Centro Tecnológico do Eldorado – CENTENE
IEA Editora
Belo Horizonte l MG l Brasil
www.iea-editora.com.br
[email protected]
Sumário
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.4 Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.5 Recapitulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.1
Introdução
O contínuo aperfeiçoamento dos materiais e equipa-
mentos elétricos, bem como as revisões das normas
que regem as instalações elétricas de baixa tensão no Bra-
sil, principalmente a NBR 5410, obrigam a uma permanente
atualização.
Este curso vai levar até você, em linguagem simples e
objetiva, as últimas informações relativas ao desenvolvi-
mento do projeto elétrico de um módulo residencial — des-
de os conceitos básicos até como dimensionar e especifi-
car seus componentes conforme as prescrições da NBR
5410 e regulamentos das empresas concessionárias de
energia.
A linha de exposição da matéria segue a ordem natural
dos acontecimentos. Inicia-se com o projeto arquitetônico
fornecido pelo cliente e, passo a passo, a instalação vai sen-
do implementada, até culminar com a lista dos materiais.
Esta lição, além de comentar a NBR 5410, traz a Portaria
27/2000 do INMETRO e um glossário de termos técnicos
(NBR IEC 50-826).
1.2
NBR 5410:
S em dispensar o respeito aos regulamentos dos ór-
gãos públicos, a NBR 5410 é de uso obrigatório no
projeto, execução, verificação final e manutenção das insta-
Comentários lações elétricas de baixa tensão, em:
µ edificações residenciais;
µ edificações comerciais;
µ estabelecimentos de uso público;
µ estabelecimentos industriais;
µ estabelecimentos agropecuários e hortigranjeiros;
µ trailers;
µ canteiros de obras, feiras, locais de exposições e outras
instalações temporárias.
para as quais fixa as condições a que devem satisfazer, a
fim de garantir o funcionamento adequado, a segurança de
pessoas e animais domésticos e a conservação dos bens.
Seu domínio de regulamentação, abrange as instalações
elétricas alimentadas a partir da origem com tensão:
– até 1000V em corrente alternada e frequência inferior a
400Hz;
– até 1500V em corrente contínua.
Aterramento
1.4
Glossário Aterramento funcional: aterramento de um ponto de um
sistema, de uma instalação ou de um equipamento, com fi-
(extraído do Vocabulário Eletrotécnico nalidade distinta da proteção contra choque elétrico.
Internacional (NBR IEC 50-826), que de-
fine termos relacionados a instalações Barramento de eqüipotencialidade funcional: condutor ou
permanentes ou temporárias de utiliza- barra ligada ao terminal de aterramento principal, com o ob-
ção de energia elétrica em edificações
para uso residencial, comercial, indus- jetivo de facilitar o aterramento funcional de equipamentos.
trial, em locais de afluência de público e Condutor de aterramento: condutor de proteção que liga
outros locais equivalentes)
o terminal ou barra de aterramento principal ao eletrodo de
aterramento.
Condutor de aterramento funcional: condutor utilizado pa-
ra a realização de um aterramento funcional.
Condutor de eqüipotencialidade: condutor de proteção
que assegura uma ligação eqüipotencial.
Condutor de eqüipotencialidade principal: condutor de
eqüipotencialidade usado na ligação eqüipotencial principal.
Condutor PEN: condutor aterrado que combina as funções
de condutor de proteção e de condutor neutro (a designa-
ção PEN resulta da combinação dos dois símbolos: PE, para
o condutor de proteção, e N, para o condutor neutro).
Condutor de proteção (símbolo PE): condutor prescrito
em certas medidas de proteção contra choques elétricos e
destinado a interligar eletricamente massas, elementos
condutores estranhos à instalação, terminal (ou barra) de
aterramento e/ou pontos de alimentação ligados à terra.
Condutor de proteção principal: condutor de proteção
que interliga o terminal (ou barra) de aterramento principal,
a um ou mais terminais (ou barras) de aterramento.
Condutor de proteção e de aterramento funcional: condu-
tor que combina as funções de aterramento de proteção
contra choque elétrico e de aterramento funcional.
Eletrodo de aterramento: condutor ou conjunto de condu-
tores enterrados no solo e eletricamente ligados à terra, pa-
ra fazer um aterramento.
Eletrodos de aterramento eletricamente independentes:
eletrodos de aterramento localizados a distâncias entre si
tais que, quando um deles é percorrido pela corrente máxi-
ma para ele prevista, a variação do potencial dos demais
não ultrapassa um valor especificado.
Capacitação de pessoas
Pessoa advertida: pessoa adequadamente informada, ou
supervisionada por pessoas qualificadas, para habilitá-la a
evitar os perigos e prevenir os riscos que o uso da eletrici-
dade possa criar.
Pessoa comum: pessoa que não é nem qualificada nem
advertida.
Pessoa qualificada: pessoa que tem conhecimento e ex-
periência suficientes para habilitá-la a evitar os perigos e
prevenir os riscos que o uso da eletricidade possa criar.
Choques elétricos
Barreira: elemento que assegura proteção contra contatos
diretos, em todas as direções habituais de acesso.
Choque elétrico: efeito patofisiológico que resulta da pas-
sagem de uma corrente elétrica, através de um corpo hu-
mano ou de um animal.
Contato direto: contato de pessoas ou animais com partes
vivas.
Contato indireto: contato de pessoas ou animais com uma
massa que ficou sob tensão em condições de falta.
Corrente de choque: corrente que atravessa o corpo de
uma pessoa ou animal, tendo características susceptíveis
de causar efeitos patofisiológicos.
Corrente diferencial-residual: soma algébrica dos valores
instantâneos das correntes que percorrem todos os conduto-
res vivos de um circuito, em dado ponto de uma instalação.
Circuitos elétricos
Capacidade de condução de corrente (de um condutor):
corrente máxima que pode ser conduzida continuamente
por um condutor, em condições especificadas, sem que a
sua temperatura em regime permanente ultrapasse um va-
lor especificado.
Circuito (elétrico de uma instalação): conjunto de compo-
nentes da instalação alimentados a partir de uma mesma
origem e protegidos contra sobrecorrentes pelos mesmos
dispositivos de proteção.
Circuito de distribuição (de uma edificação): circuito que
alimenta um ou mais quadros de distribuição.
Circuito terminal (de uma edificação): circuito ligado dire-
tamente a equipamentos de utilização e/ou a tomadas de
corrente.
Corrente convencional de atuação (de um dispositivo de
proteção): valor especificado de corrente que provoca a
atuação de um dispositivo de proteção, dentro de um tem-
po especificado (tempo convencional).
Corrente convencional de não atuação: valor especifica-
do de corrente que pode ser suportado por um dispositivo
de proteção, durante um tempo especificado (tempo con-
vencional), sem provocar sua atuação (para os dispositivos
Equipamentos
Dispositivo elétrico: equipamento destinado a ser ligado a
um circuito elétrico, com o objetivo de desempenhar uma
ou mais das seguintes funções: proteção, comando, con-
trole, conexão, seccionamento e manobra.
Equipamento elétrico: unidade funcional, completa e distin-
ta, que exerce uma ou mais funções elétricas relacionadas
com geração, conversão, transmissão, distribuição ou utili-
zação de energia elétrica, incluindo máquinas, transforma-
dores, dispositivos elétricos, aparelhos de medição, compo-
nentes de linhas elétricas e equipamentos de utilização.
Equipamento estacionário: equipamento fixo, ou equipa-
mento sem alça para transporte, com massa tal que não
possa ser movimentado facilmente.
Equipamento fixo: equipamento projetado para ser insta-
lado permanentemente em um lugar determinado.
Linhas elétricas
Bandeja: suporte de cabos constituído por uma base con-
tínua, com rebordos e sem cobertura (a bandeja pode ser
perfurada ou não).
Bloco alveolado: bloco de construção com um ou mais fu-
ros que, por justaposição, formam um ou mais condutos.
Seccionamento e comando
Comando funcional: ação destinada a garantir o desliga-
mento, a ligação ou a variação da alimentação de energia
elétrica de parte ou de toda a instalação, para sua operação
normal.
Controle: ação intencional sobre um elemento de instala-
ção elétrica, por meio de dispositivo adequado, para alcan-
çar um objetivo especificado.
Parada de emergência: seccionamento de emergência
destinado a parar um movimento que se tornou perigoso.
Seccionamento: ação destinada a cortar a alimentação de
toda ou de uma parte determinada de uma instalação elétri-
ca, separando-a de qualquer fonte de energia elétrica, por
razões de segurança.
Seccionamento de emergência: seccionamento para su-
primir, tão rapidamente quanto possível, uma alimentação
elétrica, a fim de eliminar um perigo que possa ter ocorrido
de forma imprevista.
Seccionamento para manutenção mecânica: ação desti-
nada a cortar a alimentação elétrica de um equipamento
como um todo, ou de partes dele, com o objetivo de evitar
acidentes, que não os devidos a choques elétricos ou a ar-
cos, quando da realização de trabalhos não elétricos no
equipamento.
Tensões
Tensão de contato: tensão que aparece entre partes si-
multaneamente acessíveis, quando de uma falha de isola-
mento (por convenção, este termo só é utilizado em relação
à proteção contra contatos indiretos) (em certos casos, o
valor da tensão de contato pode ser influenciado substanci-
almente pela impedância da pessoa em contato com essas
partes.
Tensão de contato limite convencional (símbolo UL): valor
máximo da tensão de contato que pode ser mantida indefini-
damente, em condições especificadas de influências exter-
nas.
Tensão de contato presumida: o mais alto valor da tensão
de contato que pode surgir na instalação elétrica, no caso
de se produzir uma falta de impedância desprezível.
Anotações
Respostas à Recapitulação
(a) sim; (b) não; (c) sim.