AREAL - Preparação - Exame 11º
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PLANO DE ESTUDOS
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poder prosseguir, Descartes tem de resolver este impasse e ultrapassar o solipsismo. Para tal, Descartes
tentar provar a existência de um Deus sumamente bom. O raciocínio que nos propõe é o seguinte:
Eu, sujeito pensante, erro e duvido. Errar e duvidar são sinais de imperfeição. Saber que sou
imperfeito implica ter em mim a ideia de um ser perfeito. De onde me terá vindo a ideia de um ser
mais perfeito do que eu? A causa desta ideia ou está em mim ou em algo distinto de mim. Sei que a
imperfeição não pode ser causa da perfeição. Assim, a causa da ideia de um ser perfeito não posso ser
eu, sujeito pensante, pois sou imperfeito; a causa da ideia de ser perfeito tem, pois, de proceder de
algo absolutamente perfeito e exterior a mim – Deus.
Se Deus é perfeito, então não pode ser enganador (um ser perfeito que fosse maldoso não seria
perfeito) e tem de, forçosamente, existir (um ser perfeito que não existisse não seria perfeito).
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Karl Popper foi um filósofo nascido na Áustria e naturalizado inglês. A sua indiscutível reputação como
pensador está, fundamentalmente, associada à sua filosofia da ciência. Neste campo, foi opositor feroz
da perspetiva indutivista, defendendo que a observação não é o ponto de partida da atividade científica,
que existem alternativas à indução e que o papel da experimentação é falsificar ou refutar hipóteses e
não confirmá-las.
34. Que diferença existe entre uma teoria falsificada e uma teoria falsificável?
Uma teoria falsificável ou refutável é uma teoria que tem a propriedade (uma importante propriedade,
na perspetiva de Popper) de poder ser sujeita a testes empíricos que a possam refutar. Uma teoria
falsificada ou refutada é uma teoria que já se provou ser falsa, isto é, que foi sujeita a testes e não
resistiu.
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eliminamos os erros e, assim, aproximamo-nos da verdade. Podemos estar seguros de alguma vez
termos alcançado a verdade? Não, mas, de eliminação de erro em eliminação de erro, caminhamos na
sua direção.
40. Qual é o padrão habitual de desenvolvimento de uma ciência, para Thomas Kuhn?
Para Thomas Kuhn, as transições em ciência acontecem segundo um processo cíclico, em que se
alternam três fases sucessivas: fase normal, fase crítica e fase revolucionária.
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48. O que significa dizer que os paradigmas são incomensuráveis entre si?
Ao dizer que são incomensuráveis, Kuhn pretende dizer que eles não são comparáveis, nem tão-pouco
podem servir de medida um para o outro, pois o novo paradigma não é melhor do que o anterior, é
apenas diferente. Os proponentes de paradigmas rivais praticam a sua atividade em mundos
completamente distintos, discordam sobre a lista de problemas a resolver e sobre os critérios a adotar e
comunicam de forma forçosamente parcial: termos idênticos ganham novos significados e novos termos
são adotados. A nova representação do real que o novo paradigma traz consigo não se acrescenta à
precedente, pelo contrário, substitui-a. O que antes se via como um coelho passa a ser visto como um
pato.
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Os critérios que Kuhn considera para avaliar uma teoria são de dois tipos: objetivos e subjetivos. Os
critérios objetivos são partilhados por toda a comunidade científica e são os seguintes: exatidão,
consistência, alcance, simplicidade e fecundidade. Os critérios subjetivos, dada a natureza humana dos
cientistas, também existem e devem ser considerados, pois, perante uma mesma realidade, a
interpretação e as convicções podem fazer dois cientistas trabalharem de maneira diversa e adotarem
paradigmas diferentes. Pelo facto de a escolha entre paradigmas estar sujeita a critérios subjetivos
relevantes, não é possível falar em objetividade em ciência. Esta posição foi alvo de duras críticas, tendo
sido frequentemente classificada como sendo, além do mais, contraditória.
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