A Afetividade e A Aquisicao de Uma Segunda Lingua

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A AFETIVIDADE E A AQUISIÇÃO DE UMA SEGUNDA LÍNGUA:

A TEORIA DE KRASHEN E A HIPÓTESE DO FILTRO AFETIVO:

Simone Francescon Cittolin - [email protected]

(Professora de Língua Inglesa do CEFET, unidade de Medianeira e da UNIPAR –


Universidade Paranaense)

Resumo: O lado afetivo da aquisição de uma língua atrai a cada dia mais a atenção de
pesquisadores. Resultados de pesquisas sobre a afetividade na aquisição de uma língua mostraram
relações substanciais entre variáveis afetivas e proficiência. Variáveis afetivas como motivação,
autoconfiança e ansiedade afetam a aquisição de uma segunda língua, tendo como efeito o aumento
ou a diminuição da penetração de qualquer insumo compreensível que é recebido. Krashen acredita
que professores podem fazer a diferença na motivação, nos níveis de ansiedade e na autoconfiança
do alunos através de um ensino afetivo, mantendo assim o filtro afetivo baixo. O ensino afetivo,
então, representa a esperança de aperfeiçoar as atitudes, a motivação, a autoconfiança e os níveis de
ansiedade, e conseqüentemente, o empenho tanto de alunos como de professores em fazer de uma
aula boa, uma aula ainda melhor.

Palavras-chave: motivação, atitude, ansiedade, afeto, aquisição

O lado afetivo da aquisição de uma língua tem atraído a cada dia mais a atenção de
pesquisadores nos últimos anos.(Hurd, 2002) Resultados de pesquisas com aprendizes universitários
de línguas no final dos anos 90 sobre a afetividade na aquisição de uma língua mostraram relações
substanciais entre variáveis afetivas e proficiência (Gardner, Tremblay e Masgoret, 1997) e
destacaram o papel interdependente que a línguística, a cognição e o afeto têm na aquisição de uma
segunda língua. (Yang, 1999) Essas pesquisas, na sua maioria, foram realizadas em contextos de
sala de aula.

O afeto, como é definido pelos psicólogos, refere-se a emoções "e a uma variedade
até mesmo mais ampla de fenômenos relacionados a emoções, estados de espírito, disposição e
preferências". (Arnold, 1999)

Dulay, Burt e Krashen afirmam que o afeto de um indivíduo com relação a algo, uma
ação ou uma situação em particular, se expressa através de como este algo, ação ou situação,
preenche as suas necessidades e objetivos, e através dos efeitos resultantes nas suas emoções.
Dentre as investigações realizadas no campo da aquisição de L2 e LE que
consideram o aluno, as suas diferenças individuais e a importância do domínio afetivo, o modelo de
Stephen Krashen ocupa um lugar proeminente. Especialista no campo da linguística, sua
reconhecida teoria de aquisição de segunda língua teve grande impacto em todas as áreas de
pesquisa e ensino de segunda língua desde os anos 80.

Segundo o pesquisador, a força motriz para a aquisição de uma língua é a capacidade


inata para adquirir línguas que todo ser humano dispõe e que governa e determina que forma
possível uma linguagem humana pode tomar. A exposição à língua aciona o LAD, que é o
Dispositivo para Aquisição de Línguas, e proporciona os detalhes da língua a serem aprendidos.
Krashen (1987) formula sua teoria de aquisição composta por cinco hipóteses: a distinção entre
aquisição e aprendizagem, a ordem natural, o monitor, o insumo e o filtro afetivo, sendo as duas
últimas hipóteses consideradas por ele como causativas para que a aquisição ocorra.

No que tange à distinção entre aquisição e aprendizagem, o autor acredita que a


aprendizagem é um processo consciente, é o saber a respeito de uma nova língua, é o conhecimento
formal gramatical do sistema lingüístico. Para ele, este conhecimento por si só não garante a
aquisição, o qual define como um processo subconsciente de assimilação natural, intuitivo, fruto de
interações em situações reais de convívio humano em que o aprendiz participa como sujeito ativo,
desenvolvendo habilidade prático-funcional sobre a língua. De acordo com Krashen, a
aprendizagem é menos importante que a aquisição.

Schutz (2002) cita como um exemplo clássico de aquisição os indivíduos que


residem no exterior durante um ano, atingindo um grau de fluência na língua estrangeira próximo
do da língua mãe, porém, na maioria dos casos, sem nenhum conhecimento a respeito do idioma.
Também cita como exemplo clássico de aprendizagem, os inúmeros graduados em letras, já
habilitados, porém ainda com extrema dificuldade em se comunicar na língua que teoricamente
poderiam ensinar.

A hipótese do monitor define a relação entre aquisição e aprendizagem. Os esforços


espontâneos e criativos de comunicação decorrentes de nossa capacidade natural de assimilar
línguas são policiados e disciplinados pelo conhecimento consciente das regras gramaticais dessa
língua e suas exceções. Os efeitos desse monitoramento sobre pessoas com diferentes características
de personalidade serão vários. Pessoas que tendem à introversão, à falta de autoconfiança, ou ao
perfeccionismo, poderão desenvolver um bloqueio que compromete a espontaneidade devido à
consciência da alta probabilidade de cometerem erros. Já as pessoas que tendem à extroversão,
pouco se beneficiarão da aprendizagem, uma vez que a função de monitoramento é quase
inoperante, pois está submetida a uma personalidade que se manifesta sem maior cautela.

Para Krashen (1987), professores deveriam almejar pessoas com um monitor ideal,
que “usam o monitor quando é apropriado e quando este não interfere na comunicação.” Eles não
usam seu conhecimento consciente da gramática em conversações normais, porém o usarão ao
escrever e planejar um discurso. Pessoas com um monitor ideal podem, portanto, usar sua
competência aprendida como um suplemento para sua competência adquirida.

A hipótese da ordem natural diz que a aquisição de estruturas gramaticais ocorre em


uma ordem previsível. Algumas estruturas gramaticais tendem a ser adquiridas cedo, outras mais
tarde, indiferentemente da língua nativa do falante. No entanto, isso não quer dizer, de acordo com
Krashen, que a gramática deve ser adquirida nesta ordem natural de aquisição. Na verdade, Krashen
rejeita seqüência gramatical quando o objetivo é aquisição de língua.

A hipótese do insumo, que é a amostra de linguagem oferecida ao aluno, é uma


tentativa de Krashen de explicar como um aprendiz adquire uma segunda língua e, portanto, esta
hipótese refere-se à aquisição e não à aprendizagem. De acordo com esta hipótese, o aprendiz
progride numa ordem natural quando recebe insumo na segunda língua que está um pouco além do
seu estágio atual de competência lingüística. Por exemplo, se um aprendiz está no estágio “i”, então
a aquisição ocorre quando ele é exposto a um insumo compreensível que pertence ao nível “i + 1”.
Esse insumo, além de compreensível, deve ser interessante, relevante, não seqüenciado
gramaticalmente, oferecido em quantidade suficiente e em ambiente que incentive os alunos a
sentir-se bem.

O pesquisador não acredita que apenas uma alta freqüência de exposição a certas
estruturas fará com que as mesmas sejam adquiridas mais rapidamente. Segundo ele,

“ o aluno só adquirirá o que estiver no ponto certo de seu desenvolvimento maturacional,


não importando a freqüência com que ele é exposto, e nem o grau de dificuldade envolvido. Assim,
as estruturas que esteja além de seu desenvolvimento serão apenas memorizadas, sem contudo,
serem integradas, o que significa uma não capacidade desse aluno de usá-las efetivamente.”
(Krashen, 1987)

Para Krashen, o filtro afetivo é o primeiro obstáculo com que o insumo se depara
antes de ser processado e internalizado. O filtro afetivo parte do processo interno no qual
configuram os estados emocionais, as atitudes, as necessidades, a motivação do aprendiz ao
aprender uma língua, e que regula e seleciona modelos de língua a serem aprendidos, a ordem de
prioridade na aquisição e a velocidade nesta aquisição.

A hipótese do filtro afetivo, portanto, incorpora a visão de Krashen de que um


número de variáveis afetivas tem um papel facilitador na aquisição de uma segunda língua. Estas
variáveis afetivas incluem: motivação, autoconfiança e ansiedade. Aprendizes motivados, confiantes
e com baixa ansiedade tendem a ser bem sucedidos no processo de aquisição de uma segunda
língua. Esses aprendizes teriam um baixo filtro afetivo e absorveriam insumo com muito mais
facilidade, enquanto que alunos tensos, ansiosos e com baixa estima, tenderiam a elevar o nível de
seu filtro afetivo e a formar um tipo de bloqueio mental, diminuindo, assim, sua capacidade de
absorção de insumo. Aqueles aprendizes cujas atitudes não são ideais com relação à aquisição de
uma segunda língua, não apenas tenderão a procurar menos insumo como terão um alto filtro
afetivo, e “mesmo que a mensagem seja entendida, impedirá que o insumo alcance a parte do
cérebro responsável pela aquisição de língua, ou o LAD (Dispositivo de Aquisição de Língua)”.
(Krashen, 1987).

A motivação é uma das mais importantes dentre as variáveis afetivas, pois ela é a
chave para a aprendizagem. Brown (1997) a encara, de uma maneira geral, como um impulso, uma
emoção ou um desejo interno que direciona uma pessoa para uma determinada ação e, portanto, se
percebemos um objetivo, e este objetivo é suficientemente atraente, ficaremos fortemente
motivados a fazer o que for necessário para alcançá-lo.

Os principais estudos sobre motivação na aquisição de uma segunda língua


emergiram dos interesses de Gardner, o qual apresenta distinção entre dois tipos de motivação: a
motivação integrativa, expressa pelo interesse do aprendiz em aprender uma segunda língua por ter
interesse pessoal e sincero nas pessoas e na cultura representadas pela outra língua; e a motivação
instrumental, expressa pelo interesse do aprendiz em aprender uma segunda língua em função das
vantagens práticas que se estabelecerão para aquele que a falar. Dulay, Burt e Krashen (1982) nos
trazem um terceiro tipo de motivação: a identificação com o grupo social. Nesta, os alunos desejam
não apenas uma participação social e cultural como na motivação integrativa, mas também desejam
tornar-se membros do grupo da nova língua.

Pesquisas apontaram que aprendizes com motivação integrativa mais alta recebiam melhor
as perguntas dos professores, respondiam voluntariamente à perguntas com mais freqüência, davam
respostas mais corretas e também recebiam reforços mais positivamente. Porém, apesar da
motivação integrativa ser considerada mais eficiente do que a instrumental, também se descobriu
que em países onde se tem pouco contato com falantes nativos, mas onde a língua é necessária para
negócios e objetivos profissionais, a motivação instrumental pode ser mais poderosa do que a
integrativa.

Para Gardner, o comportamento do próprio professor pode influenciar positiva ou


negativamente no desejo e na disposição do aprendiz para aprender e continuar aprendendo a
língua. Outros pesquisadores também ressaltam a importância do papel do professor na motivação
dos alunos e dizem que motivação é uma questão de atitude do professor. É de suma importância
que professores inspirem seus alunos para aprender, pois acreditam que o que melhor motiva o
aluno a aprender, continuar a aprender, perseverar e alcançar uma proficiência na língua alvo parece
ser uma experiência positiva com o processo de ensino. Nessa perspectiva, a motivação deveria ser
uma conseqüência em vez de uma causa do sucesso. E´ imperativo, portanto, que professores
descubram caminhos para motivar os alunos a agir de forma a alcançar seus objetivos, visto que
esses são seres humanos com necessidades.

A motivação pode ter várias fontes. Uma delas pode estar no próprio ato de aprender e,
nesse caso, o estímulo e a motivação seriam o interesse inato de aprender porque as situações de
aprendizagem são atrativos por si só. Outra fonte ainda seria o próprio aluno que “traz” consigo
motivação para a situação de aprendizagem e, finalmente, deve haver influências e incentivos
externos, como por exemplo, do grupo social e da família.

Como Mary Finocchario sugere, a motivação é um sentimento fundamentalmente


fomentado pelo professor na situação de aprendizagem. O momento da verdade, em que a
motivação começa a ser realçada, ocorre quando o professor fecha a porta da sala, cumprimenta
seus alunos com um sorriso acolhedor e caloroso, e passa a interagir com os alunos fazendo
comentários ou perguntas que expressam interesses pessoais.

Outra variável da afetividade, a atitude, segundo Gardner (1990) está enraizada no contexto
social e influencia a motivação que, por sua vez, influencia o desempenho em todos os contextos de
aquisição. A atitude é, portanto, um componente essencial da motivação. É difícil medir e superar as
variáveis do domínio afetivo, o que evidencia a intrincação entre elas.

Uma atitude é um estado mental organizado através de experiências vividas pela pessoa que
traz uma influência direta e dinâmica em sua resposta individual para todos os objetos e situações
com as quais está relacionada. As atitudes do aluno em relação aos falantes da língua alvo, à língua
alvo, ao professor, ao material didático e àmetodologia de ensino utilizados no curso, assim como à
aprendizagem de línguas estrangeiras em geral, atuam de forma favorável ou desfavorável no
processo de aprendizagem.

O professor, por sua vez, pode trabalhar para mudar as atitudes dos alunos, redirecionar
expectativas e substanciar ou alterar os preconceitos desses em relação ao estudo da língua. Brown
(1997) alerta os professores sobre a necessidade de estarem conscientes de que todos possuem
atitudes positivas e negativas e que as atitudes negativas podem ser transformadas, freqüentemente,
pela exposição à realidade, pois que geralmente emergem de estereótipos falsos.

Assim, a motivação do aluno para estudar uma língua será determinada por suas atitudes,
prontidão para se identificar com a cultura-alvo e pela orientação para com o processo de aprender
uma língua estrangeira.
Krashen (1987), MacIntyre e Gardner (1994), Aida (1994), Ehrman e Oxford (1995) e
Horwitz (1986, 2000) destacam o papel da ansiedade como preponderante no processo de
aprendizagem de línguas, e para a qual pesquisadores e educadores têm voltado cada vez mais a
atenção como “um dos mais importantes fatores a prever sucesso na língua estrangeira.”
(Onwuegbuzie, Baley e Daley, 2000).

Na opinião de Jersil (1978), a ansiedade que afeta a educação pode ser definida como um
estado de desordem e embaraço, uma espécie de perturbação, um sentimento difuso, indefinido,
geralmente inconsciente que causa no indivíduo uma reação desproporcional à sua causa. Talvez a
reação mais significativa seja a resistência que pode tomar várias formas, entre elas a recusa de
aprender algo, não ouvir, não entender, não lembrar, não tentar, não aceitar.

Scovel (1978) distingue dois tipos de ansiedade relacionadas à aprendizagem de línguas: a


ansiedade debilitante, que seria aquela que impede o aprendiz de ter um desempenho realmente de
acordo com a sua capacidade, e a ansiedade facilitadora, que poderia ser vista como uma “energia
positiva que motiva aprendizes” (Aida, 1994). Aprendizes com um elevado grau de proficiência e
autoconfiança tendem a possuir um maior grau de ansiedade facilitadora, enquanto que aprendizes
com baixo nível de proficiência e autoconfiança tendem a possuir um grau maior de ansiedade
debilitante. Scovel ainda propõe existir a ansiedade como uma característica da pessoa, que se
constituiria em um traço da personalidade do indivíduo e o estado ansioso, que se manifesta em
determinados momentos em resposta a determinadas circunstâncias. A ansiedade que acomete os
indivíduos em situações de aprendizagem de línguas seria uma combinação de ambas, ativada por
situações, tais como participação em sala de aula, falar em público e exames em geral, atuando
como causa, efeito ou ambas.

Na tentativa de elaborar um conceito de Ansiedade de Língua Estrangeira (ALE), Elaine K.


Horwitz, Jô Ann Cope Powell e Michael B. Horwitz partiram de um conceito geral de ansiedade
como sentimento subjetivo de tensão, apreensão e preocupação associada à ativação do sistema
nervoso, e propõe um conceito de Ansiedade de Língua Estrangeira que seria “um complexo de
percepções, crenças, sentimentos e comportamentos relacionados ao contexto de sala de aula de
língua estrangeira, ativados pela unicidade do processo de aprendizagem de uma segunda língua.”
(Nascente, 2000). Nesse complexo se destacariam três construtos que resumiriam os elementos
acima mencionados: a apreensão de comunicação, a ansiedade de testes e o medo da avaliação
negativa.
De acordo com MacCroskey (1984), apreensão de comunicação seria um nível de medo ou
ansiedade de um indivíduo associada a situações reais de comunicação, ou perspectivas de situações
de comunicação com um ou mais pessoas.

O segundo elemento da Ansiedade de Língua Estrangeira, a ansiedade de testes, é


apresentado como uma tendência a considerar alarmantes as conseqüências de um desempenho
inadequado ou não satisfatório numa situação de avaliação (Aida, 1994). Aida também aponta em
sua pesquisa que a ansiedade de testes ocorre quando aprendizes que tiveram um desempenho
insatisfatório no passado, desenvolvem pensamentos negativos durante as situações de avaliação,
temendo o fracasso.

Por fim, o medo da avaliação negativa, segundo as investigações de Aida, é definido


como apreensão, temor com relação à avaliação negativa de outros, isto é, de seus colegas e
principalmente de seu professor.

Pesquisas realizadas por Nascente (2000) confirmaram o que a bibliografia especializada já


propunha: que o construto do medo da avaliação negativa seria um dos fatores preponderantes na
Ansiedade de Língua Estrangeira e que este é uma espécie de síntese dos outros dois construtos
constituidores da ALE, a ansiedade de testes e a apreensão de comunicação.

Young (1991), em suas investigações, aponta que os três principais fatores geradores de
ansiedade anteriormente citados são acompanhados de outros fatores, tais como ansiedades
pessoais, crenças dos professores e dos alunos sobre como ensinar e aprender línguas, interação em
sala de aula, procedimentos de ensino e experiências de aprendizagem anteriores.

A Ansiedade de Língua Estrangeira constitui um elemento dificultador de


aprendizagem de língua estrangeira. No que se refere à superação da ALE, a conscientização, por
parte de professores e de instituições de línguas, de que esse problema existe e que tem
comprovadamente efeitos negativos tanto no processo quanto no produto da aprendizagem de
língua estrangeira é fundamental para que se busquem estratégias para aliviar a tensão de sala de
aula, tentando criar um ambiente de apoio e confiança que pode ajudar a reduzir os temores dos
aprendizes frente aos seus colegas e professores.

Krashen acredita que, para que o filtro afetivo seja mantido baixo, “ os aprendizes não
deveriam ser colocados na defensiva” e, portanto, professores podem fazer a diferença na
motivação, nos níveis de ansiedade e na autoconfiança do alunos, através de um ensino afetivo que
pode variar do tradicional e das metodologias centradas no aluno à estratégias de orientação
humanística. Charles Curran defende um conceito unificado de homem, e diz que fatores físicos,
intelectuais, psicológicos e emocionais influenciam na aquisição de uma língua. Afeto e uma
relação amigável entre professor e aluno proporcionam a estrutura necessária na qual o professor
tem um papel não-autoritário e não-diretivo, e as atividades são centradas no aluno.

O ensino afetivo, então, representa a esperança de aperfeiçoar as atitudes, a motivação, a


autoconfiança e os níveis de ansiedade, e conseqüentemente, o empenho tanto de alunos como de
professores em fazer de uma aula boa, uma aula ainda melhor.

“The best methods are therefore those that supply comprehensible input in low anxiety
situations, containing messages that students really want to hear. These methods do not
force early production in the second language, but allow students to produce when they are
“ready”, recognizing that improvement comes from supplying communicative and
comprehensible input, and not from forcing and correcting production. “ (Stephen
Krashen)

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