A Batalha Do Lys
A Batalha Do Lys
A Batalha Do Lys
GRANDE GUERRA
A BATALHA
DOLYS
(3.o MILHAR)
EDITORES
914/18H/ RENASCENÇA PORTUGUESA-PORTO
LUSO-BRASILIAN A - RIO DE JANEIRO
,
•
I
Direitos reservados
O CORPO DE EXÉRCITO PORTUGUÊS
NA GRANDE GUERRA
A BATALHA DO LYS
,
-
.
'
A BATALHA oo Lvs·
9 DE ABRIL DE 1918
•.
• I
EDITORES.
RENASCENÇA PORTUGUESA- PORTO
LUSO-B~ASILIANA - RIO DE JANE~O
'
•
...
...
•
'
,.
•
•
I - CAUSAS DA GUERRA
•
10 A Batalha do Lys
'
I - Causas da Guerra 11
•
I - Causas da Guerra 15
o e. E. P. NA GRANDE GuERRA.
•
'
II -A ORGANIZAÇÃO DO CORPO •
DE EXÉRCITO
,
' .
.
·A '
17 de Janeiro de 1917 era assinado o decreto
mandando organizar o corpo expedicionário
português, destinado a combater em França con-
tra a Alemanha.
A organização do corpo foL dificílima, não só
pela carência de material de toda a espécie, como
ainda, e principalmente, pela má vontade da gran-
de maioria. dos oficiais
. e praças
.
em intervir numa
guerra CUJ aS causas 1gnoravam.
A prirnitiva organização do corpo do exército ·
português, o C. E. P. como ab reviadamente pas-
sou a cha1nar-se, era a seguinte: '
Quartel general; .
Três brigadas de infantaria a dois regimentos,·
' Quatro grupos de metralhadoras a duas ba-
terias;
Quatro grupos de artilharia de tito tenso, a
três baterias; ' .
2
18 A Batalha do Lys
•
Três grupos de artilharia de tiro curvo, (obu-
zes), a duas baterias;
Um grupo de esquadrões de cavalaria;
Quatro companhias de sapadores mineiros;
Quatro secções divisionárias de pontes;
Uma secção de projectores de campanha;
Três secções de telegrafistas;
• Uma secção de telegrafia sem fios;
Uma coluna de munições; ·
Um trem de engenharia automóvel;
Cinco ambulâncias;
Três colunas de transporte deferidos;
Uma secção ·de higiene; _
Uma secção automóvel para transporte de
á~ua; , •
Três colunas de hospitalização;
Um comboio automóvel;
. Um trem de bagagens e víveres;
Três baterias de morteiros médios;
Seis baterias de mort~iros ligeiros.
-
II-A Organização do Corpo de Exército 19
J.º Batalhão-Infantaria 7
1. Regimento 2. 0 Batalhão-Infantaria 15
0
{3. 0 Batalhão~Infantaria 28
J.º Batalhão-/nfantaria · 22
2. Regimento 2. 0 Batalhão-Infantaria 21
0
{3.~ Batalhão-Infantaria 34
..
20 A Batalha do Lys
1 .,, Vl vil -g
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N ~ 0 0..
-----------------
Quartel General . . . . ~8 79 35 34 5 6 - - -
•
r·º
1.ª brigadafl. Reg~mento 78 2754 84 307 44 4 3 65 -
0
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Solípedes
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C1I
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- - -- - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - -
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(/)
o
Quartel General - Thérouanne . . . • 17 106 5 11 33 - 34 - - - ~
Q)
l.ª brigada de Infantaria (22-21-34-28) . 126 4268 80 44 91 28 387 3 117 8 ::l
N.
2.a briga.da de Infantaria (24-23-35-7). . 1231 4146 81 28 74110 365 7 82 - • Q)
"("')
3.a brigada de Infantaria (34-9-12-15). . ' 116 4456 62 36 70 10 304 6 166 1 Q)1
o
1. 0 e 2. 0 grupo de metralhadoras . . . 23 448 11 1 47 .::_ ·220 1 - - o.
Três baterias de morteiros ligeiros . 8 95 1 - - - 2- - - o
, Duas baterias de morteiros médios . . . . • . . 4 47 - - - - - -· - - ()
O •
Três grupos de artilharia de montanha a 3 baterias. 84 1897 14 129 533 - 1227 1 28- ....
'O
Duas companhias de Sapadores Mineiros . 15 572 3 10 29 61 - - 1 o
3 111 3 11 20 37 - - - o.
Uma secção de telegrafia por fios. .
Três. a111bulâncias . . . . . . . . .· 37 318 7 23 29 :1 74 l 2-
o
t'Il
Duas colunas de hospitalização . . . . .: 5 43 - - - - - - 1- ~
~
UrJJa coluna de transporte de feridos. . . . . 4 125 2 11 11 - 46 - 2- '"'
D.
Uma secção automóvel de transporte de feridos. ·- - - - - - - - - .....
o
- - - -· - - - - - - -- - - - -
Uma secção de combóio automóvel . . . . . - - -
Soma . . 565 16632 269 304 937 48 2757 19 398 10
'---' ' ~ .___,,_.. ..___,
17197 573 3742 417 10
22 A Batalha d~ Lys
1 comandante ;
1 segundo comandante;
1 ajudante;
2 adjuntos;
1 oficial de sinaleiros;
1 porta-bandeira;
-
' 1 chefe do serviço de saúde;
1 chçfe da secção veterinária ;
~ oficial de equipagens;
1 chefe do serviço postal;
.
1 adjunto do serviço postal .
1 Comandante
J. 2.° Comandante
1 Ajudante ·
1 Oficial de morteiros ligeirQs
1 Oficial de g:ís ·
1 Oficial de sinaleiros
1 Oficial de observadores
1 Oficial de sapadores
1 Oficial de pioneiros
1 Chefe do serviço de saúde.
'
'
24 A Batalha do Lys
.. .
III- Resumo dos Sucessos até 9 de Abril 25
naught.
Ein 2 de Julho ataque ao sector de Neuve
Ckapelle, no . momento em que o 7 rendia o 35,
tendo nós 9 mortos, 66 feridos ' e 15 prisioneiros;
dos feridos eram 3 oficiais.
Em 7 de Julho, o inimigo ataca os postos
Cadbury, Farm Corner, sendo repelido; ataca tam-
bêm Sketland e esquerda de ·Ferme du Bois com •
26 A Batalha do Lys
. f SS 1-lnfantaria 28-apoio-lnfantaria 34
Ferme du B ois\. SS 2 _ » 21 . » _ >> 22
•
Neuve Chapelle{~~ ~= : ~~}apoio lnf. 7 R.es.lnf.24
•
de Neuve Chapelle e direita de Chapigny, repeli-
dos. O inimigo penetra no sector da 2.ª Divisão,
à minha esquerda, e aprisiona-lhe 60 homens.
6 de 0arço - Raid inimigo sôbre Rape e
N euve Chapelle, repelido.
7 de Março - Raid inimigp sôbre Lansdonne.
Repelido pelo 15, que tem dois mortos e quinze
feridos.
9 de Março - Raid de infantaria 3q sôbre a
linha inimiga, aprisionando cinco soldados ale-
mães e material de guerra. Ficaram feridos o te-
nente Gonzaga e seis praças.
14 de Março - O inimigo ataca Boars Head;
repelido.
15 de Marco -Aumento considerável do bom-
~
bardeamento inimigo .
. 19 de M,.arço - Infantaíia 14 executa um raid..
fazendo três prisioneiros. '
20 de Março - A l.ª Divisão retira, ficando
apenas com um sector, Ferme da Bois.-Passo a
comandar a 2.ª Di-visão, que fica com as três Bri-
gadas na 1. a linha. . • •
Dispositivo do sector · português:
.
O Quartel General da 2.ª Divisão fica em
Lestrem.
28 de Março -Abatemos um Gota: fizemos
dois prisioneiros.
3 de Abril - Infantaria 2 executa um raid; ti-
vemos um oficial e treze pr~ças feridas.
III- Resumo dos Sucessos até 9 de Abril 31
•
{ .
'
•
l ...
' •
..
•
IV - DISPOSITIVO DA DIVISÃO
O C. E. P.
IV- Dispositivo da Divisão 33
34 A Batalha do Lys
•
IV- Dispositivo da Divisão 35
I'
V-ESTADO MORAL E MATERIAL
DA 2.ª DIVISÃO
..
'
V- Estado Moral e Material da 2.ª Divisão 39
5.ª » » »
6.a » » »
4 baterias de morteiros ligeiros
t.o, 3. 0 , 4. 0 , 5. 0 grupos d e metralhadoras
2.a, 4.a e 5.a baterias de morteiros médios
2.a bater~a de morteiros pesados
1. 0 , 3. 0 , 5.o, 6. 0 grupos de baterias de artilharia
La, 2.a e 3.a companhias de sapadores mineiros
Sub-secção de telegrafia sem fios
Ambulancias 1, 5 e 7;
Coluna de h.ospitalização 4;
Trem divisionário n.0 2;
Secção movei veterinária n. 0 2;
Coluna au tomóvel de transporte de feridos;
2.a Companhia divisionária de telegrafistas.
2.ª DIVIS ÃO
EFECTIVOS DE MOBILIZAÇÃO E PRESENTES
• DE MOBILIZAÇÃO PRESENTES
G. da Divisão . . . .
' 48 306 49 411
3.a B. de infan t. . . 168 4492 89 3590
4.a » » . . . 168 » 103 3167
5.a » » 168 » 104 2949
V - Estado Moral e Material da 2.ª Divisão 43
DE MOBILIZAÇÃO PRESENTES
- Pl{AÇAS OFICIAIS PRAÇAS
O FICIAIS
'
vam depauperados. Em toda a Divisão faltava
para G completo :
. ~ . .
37 ºlo dos oficiais.
24 º/o das praças.
Na infantaria a falta era de 42 ºlo nos oficiais e 28 º/0
nas praças.
Na artilharia:
34,4 ºI 0 nos oficiais.
· 13,2 010 nas praças.
C. E. P.
Q. G. Em 30-3-918.
L.a R,a L.a S.
SECRETO
• •
/
46 A Batalha do Lys
•
3 Bata lhões, dos quais tirando as guarnições e reservas
d e cada sector que são :
O Comandante da Divisão
(a) Gomes da Costa
General.
V- Estado Moral e Material da 2.ª Divisão 47
C. E. P.
Q. G. 2 Em 2-4-918.
..
1. R. l.a S.
N.0 315
URGENTE
OFICIAIS PRAÇAS
Q. G.
Bat. 1. n. 0 1 . . . 13 153
» n.º 2 . . . . . . 8· 605
~ n.º 5 . . . 21 723
> n. 0 11 . . . 16 667
17 653
"'
número muito reduzido atendendo a que ocupa um sector
cuja responsabilidade de defesa lhe pertence.
Não pode êste Comando tomar as providências conve-
nientes, 'flem deseja assumir a responsabilidade de deixar de
chamar mais uma vez a atenção de S. Ex.a o General Coman-
dante do C. E. P. sôbre ponto tão importante. Julgo êste es-
tado de excepcional gravidade, pelo que peço providências
urgentes.
O Comandante da Divisão,
(a) Gomes da Costa
General.
48 A E-atalha do Lys
C. E. P. •
Q. o. 2 Em 4-4-916
}.a R. 1.a S.
CONFIDENCIAL
O Comandante da -Divisão,
(a) Gomes da Costa
; General.
..
O General Gomes da Costa nas Trincheiras.
O C. E. P.
•
V-Estado Moral e Material da 2.a Divisão 49
. '
4
•
•
II - I.a DIVISÃO
1- Quartel General;
2 - Secção di visionária de observadores N. 0 1 (nas T.
N. E.);
3 - I.a Brigada d e infantaria (na 16.a divisão B. E. F.
sem a La B. M. L.)
4 -2.a Brigada de infantaria (na 14.a divisão B. E. F.
sem a 3.a B. M. L.;
5-3.a Brigada de infantaria;
6 - 1.ª Companhia divisionária telegrafista;
7-Sub-secção de telegrafia sem fios;
8-3.a Companhia de sapadores mineiros;
9 -4.a Companhia de sapadores mineiros;
10 -- 1. 0 Grupo de companhias de pioneiros;
11 -3. 0 Grupo d e baterias de artilharia;
•
..
'
52 A Batalha do Lys
1- Quartel General;
2 - Secção divisionária de observadores N. 0 2 (nas
T.N.E.);
3 - 4.a Brigada de Infantaria;
4- 5.a Brigada de Infantari~ ;
5 - 6.a Brigada de Infantaria ;
6- 2.a Companhia divisionária de telegrafistas;
'
VI - Ordem de Batalha do C. E. P. 53
O Comandaute do C. E. P.,
(a) Fernando Tamagnini
General.
VII- O SECTOR PORTUGUÊS
'
..
56 A Batalha do Lys
• '
58 A Batalha do Lys
Ração da reserva :
•
Carne . . . . . 454 gr.
Chá. . . . . . 18 gr.
Açúcar . . . . . . 57 gr.
..
VIII - O PLANO DE DEFESA
•
O C. E. P.
VIII - O Plano de Defesa 65
•
Comp unha-se de Village Line e da Linha do
Corpo. A Village Line ou Linha das aldeias, de-
via ser guarnecida pelas tropas do Corpo, inas
co1no o Corpo não possuia tropas algumas, foi-lhe
destinada a Reserva divisionária) ficando, por-
tanto, a Divisão, sem reserva. Aí tinha de aguen-
tar o inimigo, enquanto as outras tropas, que de-
via haver,-mas não havia,--à rectagua rda, pre-
paravam o contra-ataque.
Ficava a 2600-3000 metros à rectaguarda da
l.ª linha. Era constituída por grupos de obras, na
sua rnaioria ruínas de casas fortificadas, co1n abri-
gos sólidos e plataforn1as para morteiros e metra-
lhadoras, cercado tudo por rêde de arame: cada
grupo constituía utn centro de resisfência.
Entre os postos Chavattes e Scott, Angle e
Croix Barbée, deixaram-se aberturas para a passa-
getn dos contra-ataques, que as tropas do Corpo
deverian1 executar.
As posições de metralhadoras que flanquea-
varn as defesas de arame batiam os ca111inhos
que vinhan1 da frente, isto é, Rue du Bois, a Que-
ens fvtary Road, a Edward, a estrada La Bassée, a
Rugby, a Fauquissart, a Massclot e a Harlech.
Os postos que constituian1 esta linha eram:
Lavantie, Esquio, La Flioque, Pont du Hem, Rouge
Croix, Rue du Puis, Croix Barbée, S. Vast, Angle,
Grotto, Bones, Rags, Richebourg, Hunter, Scott,
Chavatles e Epinette.
Forn1a1n posições avançadas desta linha, os
4 5
•
66 A Batalha do Lys
,
-
68 A Batalha do Lys
...
VIII - O Plano de Defesa 69
70 A Batalha do Lys
..
•
•
IX-DETALHE DA DISTRIBUIÇÃO
DAS FÔRÇAS EM 9 DE ABRIL
•
1) Sector- Ferme du Bois
5.ª Brigada de Infantaria desde 6 de Abril
(9 Of. 55 pr.)
Q. O. Cense du Raux.
INFANTARIAS. S. 1 Infantaria iO (250 of. 577 praças).
Comando - Rue du Bois.
I.a linha Companhia da direita-3.a.
. Companhia. da esquerda- . 1.a.
Apoio 2.a Companhia}L· h B
. rn a .
4.ª Compan h ta
S. S. 2 Infantaria I 7 (30 of. 780 praças).
Comando -Lansdonne Post.
I.a linha Companhia da direita -4.a
Companhia da esquerda- La.
Apoio 2.a Companhia.
3.a Companhia Lansdonne Post.
APOIO DO SECTOR: Infantaria 4 (19 of. 660 praças).
Comando-Rue des Chavattes.
l.a Comp.anhia-R. du Bois.
2.a Comp. - R. des Chavattes.
IX - D etalhe das Fôrças em 9 de Abril 75
,
76 A Batalha do Lys
• .
Posições das N1etralhadoras:
S. 4. D. 70. 55.
s. 5. c. oo. 95.
s. 5. c. oo. ...95.
Morteiros Pezados 1 em S. 9. d. 36. 13.
I em S. 10. a. 50. 00.
Morteiros Ligeiros 5.a Bateria
Comando Richeburg S. Vast.
(5 of. 72 pr.)
7 morteiros na linha .
•
2) Sector-Neuve Chapelle
6.ª Brigada de Infantaria desde 7 de abril
Q. G. em Huit Maisons (13 oficiais e 17 praças)
INFANTARIA S. S. 1 Infa ntaria 1 (16 of. 678 praças).
Comando Curzon 'Post.
Companhia da direita, 3.a Companhia
1.a Linha Companhia do Centro, 4.a
Companhia
Companhia da Esquerda l.a_Companhia.
Apoio 2.a Companh ia.
s. s. 2 Infantaria 2 (21 of. 693 praças).
Comando - Wi nchester Post.
l .a Linha Companhia da Direita 2.a Cõmpanhia.
Companhia do Cen tro 3.a Companhia.
Companhia da Esquerda 4.a Companhia.
Apoio na Linha B) l .a Companhia.
Apoio do sector Infantaria 11 Comando-Grant
Road (18 of. 692 pr.).
l.a Companhia M. 28. a. 34. 6.
Apoio 2.a Comparihia na l .a B. do 88. "
3.a Companhia, S. Vast.
4.a Companhia, Pont du Hem
.. . .
IX - Detalhe das Fôrças em 9 de Abril 77
3) Sec~or-Fauquissart.
•
forçar o 8, que por seu turno recebeu outras
duas do 3.
Reserva do sector - Infantaria . 3 - Comando e ,.
duas Companhias em Lavantie.
Artilharia 6.a B. 0 A. Comando 6. 33. e 40. 70.
(24 of. 686 praças).
1.a Bat. M. 8'. C. 50. 10. com 5 peças.
2.a J?at. M. 6. a. 00. 42 com 6 peças.
3.a Bateria G. 35 C. 70. 10. a. M. 10. e.
com 6 peças.
4.a Bat. M. 9. d. 50. a. M. 5. 6. 70. iO.
Com 4 peças.
Metralhadoras pesadas Comando em Lavantie
• com 12 metralhadoras de M. 18. e. 93. 31.
a. N. 8 a 68. 31.
Morteiros pesados Comando em Lavantie com 1
morteiro n. 8 c. 13. 75.
1 morteiro n. 24 e. 47. 81.
Morteiros médios 4.a Bat. Comanqo em O. 33.
d. 80. 4. ~
Morteiros ligeiros Comando Lavantie (3 of. 58
praças).
A) Sector-Ferme du Bois
V Brigada de infantaria.
Q. G.
s. s. 2 s. s. 1
1.a Linha I.a Comp. 4.a Comp. 1.a Comp. 3.a Comp.
Linha B. 2.a comp. 3.a Comp. 1.a Comp. 3.a Comp.
Infantaria 17 Infantaria 10
Comando Lansdonne Post Comando Rue du Bois.
•
80 A Batalha do Lys
Apoio Infantaria 4.
Comando Rue des Chavattes
. . 1.a Comp. R. du Bois (juntos Sedone)
INFANTARIA 2.a Comp. R. des Chavattes
3.a Comp. Windy Corn.
4.a Comp. Rue du Bois
Reserva Infantaria 13
Comando -Ferme Senechal
1.a e 2.a Com p. Senechal
3.a Comp. - X 50. 70. 40.
4.a Comp. -- Lacouture
S.o O. B. A. Comando-X. 9 e 50. 50.
1.a Bat. 5 peças x 18. 8. 45. 75.
1 peça x. ·11. a. 30. 70. •
2.a Bat. 4 peças S. 7. e. 30. 70.
2 peças S. 7. d. 70. 60.
3 .a Bat. -! peças x. 5. e. 90. 40.
. i peça a nti Tank
,/ 4.a Bat. 3 pe ças x. 17 d. 95. 25.
Ob uzes 1 peça x. 23. C. 95. 35.
1.0 O. B. A. Comando 28 d. 60. 70.
1.a Bat. 4 peças M. 26 a. 90/80.
2 peças M. 26 C. 33. 93.
. .
2.a B;it. l necr1s R. 23 C. 95. 35.
1 peça M. 33: A. 90. ·20.
3.a Bat. 4 peças M. 26 C. 90. 75.
2 peças M. 32. A. 25. 43.
4.a Bat. 3 peças M. 25. B. 33. 56.
1 peçq M. 19 d. 65. 65.
Metralhadoras Pesadas Comando R. 15. C. 60.
75.
5. O. M. 9 peças de S. ~O. 60. 75. a. S. 10.
90. 50.
1.o O. M. Com~ndo R. 160 e. 70. 80.
3 peças de S. x. d. 70. 55. a. S. 10. a.
90. 50.
Continência à Bandeira.
o e. E. P. NA ouNoe oueRu.
IX - Detalhe das Fôrças em 9 de Abril 81
E) Sector-Neuve Chapelle .
•
VI Brigada de Infantaria •
. Q. O. Huit Maisons.
S. S. 2 s. s. 1
1.a Linha 3.a e., 2.a e., J.a e. l.a e., 4.a e., 3.a e.
Linha B 4.a comp . 2.a comp.
Infantaria 2 Infantaria 1
Comando Winchester Post Comando Curzon Post
Apoio Inf. 11
Com . Loretto Road.
1.a comp. M. 38. a. 346.
2.a comp. Linha d. e S. S. 2
3.a comp. S. Vast e Euston
4.a comp. Pont du Hem
Reserva Inf. 5
Comando
J.a 3.a e 4.a Pont du Hem
2.a comp. Riez Bailleul.
l .º O. B. A. Posições indicadas no Sector Ferme du
Bois
Comando R. 12 e. 60. 35.
l.a Bat. 2 peças M. 156. 10. 70.
1 peça M. 9. d. 50. 20.
1 peça M. 156 o. 5. 50.
1 peça M. 15 C. 80. 50.
2.a Bat. l peça M. 30. d. 95. 75.
1 peça M. 21. e. 05. 80.
'
• 1 peça M. 21. e. 65. 60 .
6
82 A Batalha do Lys
.. 9 metralhadoras de S. 5. a. 21.
20. A M. 35. a. 7 4'. 23.
3. O. M. Comando Belle Croie.
0
•
X - A ViDA · NAS TRINCHEIRAS
.A PRIMEIRA
.
impressão que se . tem quando se
penetra nas trincheiras é que é dificílimo
alguêm orientar-se naquele labirinto, sem pontos
de referência, a-pesar das taboletas com letreiros
pomposas tais como : Regent Street, Picantiri
Avenue, Winchester Road . ..
Uma vez dentro delas, só se vê céu por cima,
passadeiras por b~úxo e revestimentos, onde vamos
roçando os cotovelos, aos lados. E, no ·entanto,
passado algum tempo, a constante necessidade de
orientação, de vigilância, de defesa pessoal, faz
com que se conheçam essas trincheiras tão bem
como os dedos das mãos, com todas as suas ra-
·mificações, estrangu)amentos, pequenos declives,
poças de água, gravando-se tudo no cérebro por
forma a poder-se desenhar de cór todo o plano,
nu1n . pedaçô de papel. Até se conhecem os pontos
onde faltam travessas às passadeiras, essa inven-
ção genial sem a qual não se poderiam percorrer
'
•
•
X - A Vida nas Trincheiras 85
•
\
86 A Batalha do Lys
.
olhando para o céu, para a terra, para os taludes;
e sentimo-nos enterrar lentamente; procuramos
agarrar-nos ao revestimento e aí nos deixamos
ficar aos berros até que dois ou três bons. Sama-
ritanos do posto próximo, acudindo aos nossos
brados de desespêro, com algumas pranchas de
madeira e pás, nos venharn li bePtar, com ou sem
botas. E, ao chegar ao Comando do batalhão~ a
ira acun1ulada durante todo aquele tempo, explo-
de finalmente sôbre o pobre Major, por não ter
as passadeiras em bom estado.
O divertido, porêm, é se o boche, presumindo
uma situação ·destas, nos manda dois ou três shra-
pnells ou uma surriada de metralhadora: é entã:o
o momento de uma pessoa meditar nas tolices que
tem feito durante a vida, e de dar ao diabo as
idêas guerreiras que lhe enchiam o cérebro,
quando na Rua do Ouro.
No Comando do batalhão, após alguns baldes
de água nas botas, e de respirar um pouco, pre-
gunta-se pelas novidades do boche, e a seguir
toma-se o caminho, para a 1.ª linha, precedido
pelo ajudante do batalhão, «que sabe os cami-
nhos»: infelizmente, porêm, não sabe por vezes
grande cousa, e faz-nos passar por uma encruzi-
lhada sôbre a qual o boche lança regularmente
todas as 1nanhãs e todas as tardes a sua Canção
de Odio, sob a forma de shrapnells, pa doce espe-
rança de apanha r algum comandante de divisão
guiado convenientemente. Pouco antes da nossa
passagem , informa um comandante de companhia,
dois gambúsios tinha m ali recebido cada um seu
cahnante, que lhes concedia dois ou três meses de
descanço no hospital. .
Chegamos então ao Comando da companhia ;
é um buraco de 1,80 X 2,50 aberto num parapeito,
X - A Vida nas Trincheiras 87
'
X - A Vida nas Trincheiras 89
Rações e distribuições.
O batalhão que entra marcha para as trinchei-
ras ainda com noite: os pelotões distanciados
150-200 passos; cadência de ordinário; um oficial
na cauda·.
Chegada a testa de cada companhia a utn
ponto fixado pelo comandante do batalhão, diri-
ge-se para a trincheira de comunicação que vai
para a porção de frente a ocupar. O comanda nte
do batalhão que entra, de acôrdo con1 o que sai,
deve ter dado aos capitães instruções para o caso
de ataque durante a rendição. Como regra, unida-
des em movimento, rendidas ou que vão render,
apanhadas de surpresa por um bombardeamento,
ocupam a trincheira ou abrigo que lhes fica mais
perto, e estabelecen1 ligação com a fracção mais
próxin1a da prin1eira linha.
A rendição faz-se gradualmente, de forma a
não haver simultânea'tnente movimento em muitas
trincheiras.
Posto algum é desocupado sem estar estabele-
cida a guarnição que entra.
O pelotão que entra forma na .trincheira de
fiscalização: nomeiam-se as sentinelas que o sar-
gento e o cabo conduzen1 aos seus postos.
• O comandante do pelotão verifica se as ins-
truções foram transmitidas e compreendidas.
O comandante do pelotão que sai entre~ ao
que entr.a todas as instruçõe~ particulares, material
de trincheira, munições, very-líghts.
Rendida a companhia, o capitão comunica pelo
telefone ao comandante do batalhão, e êste, por
seu turno, à Brigada , e esta à Divisão.
Por cada sentinela forma-se um grupo de seis
soldados com um cabo ou sargento; de dia cada
grupo fornece un1 homem, de noite dois. O nú-
92 A Batalha do Lys ...
•
mero de grupos depende do terreno, facilidade de
observação, etc.
De dia e de noite, todos os homens da trin-
cheira de combate e um terço dos que estiverem
na trincheira de apoio, conservam postos os equi-
, pamentos de combate e as armas à mão.
Cada home1n tem fixado o seu lugar no para-
peito no caso de ataque, e não pode afastar-se
das proximidades do seu posto. As baionetas, du-
rante a noite, na trincheira do combate, estão
sempre armadas.
Todas as sentinelas são colocadas e rendidas
por um sargento.
E1n cada companhia há um oficial de dia, que
percorre constantemente a frente da sua com-
panhia.
Quando a l.ª linha dista mais de 150 metros
do -inimigo, estaóelecem-se na fren te dela durante
a noite, numa sapa ou cratéra, postos de escuta
formados por 3 soldados e 1 cabo : todos êstes
homens se conservam àlerta durante as duas ou
três horas do seu quarto.
O oficial de dia visita êstes postos duas ou
três vezes, pelo menos, durante a noite.
As metralhadoras, de noite, conservam-se car-
regadas nas suas posições; de dia retira m-se para
abrigos próximos; as guarnições estão sempre
próximo delas, e um homem de senti nela.
Os oficiais distribuem-se pela trincheira, .e nunca
se devem reunir, especialmente de noite ..
Todas as unidades, incluindo as reservas,
pegam em armas · e vão para as posições de
co1nbate uma hora antes de anoitecer e u1na hora
antes de amanhecer; chama-se a isto o a postos
da tarde e da manhã. ·
O armamento é inspeccionado duas vezes por
X ·- A Vida nas Trincheiras 93
• *
Uma hora antes do alvorecer pega toda a
gente em armas, nos seus lugares de combate: é
o a postos da manhã: ·1ança-se um olhar por
cima do parapeito, vendo-se a herva passar lenta-
mente de cinzento para verde, e ouvindo o asso-
biar das balas que os snipers inimigos nos man-
dam de quando em quando.
Até ao meio dia limpam-se as armas da ferru-
gem produzida pelo orvalho e com sacos cheios
concertam-se os lanços do parapeito que o boche
demoliu de noite. Depois do meio dia cada qual
deslisa sorrateira1nente para dentro do abrigo, ao
tempo que os artilheiros dos dois partidos enga-
jam o que êles chamam um duelo de artilharia.
A graça dêste duelo é que são os artilheiros que
{
9-! A Batalha do Lys
, " ~
o e. e. P. NA GRANDE Gu2Ru.
X - A Vida nas Trincheiras 97
..
X -- A Vida nas Trincheiras 99
•
-
102 A Batalha do Lys
•
104 A Batalha do Lys
..
•
'.
:: - A Vida nas Trinch~!;?.s 105
/
X - A Vida nas Trincheiras 111
•
- O nosso giniral ! aí vem o nosso giniral !
- Oh meu giniral, agora ganhei a Cruz de
Guerra? pois não?
E nunca me há 'de esquecer a impressão que
um dêstes pobres sêres me causou, quando, ao
pregar-lhe a Cruz na camisa da ambulância que
vestia, o pobre, não podendo mexer os braços,
ambos partidos, estendeu a cabeça e me beijou as
mãos ...
E outro, rpuito pequeno, a quem ao dar-lhe o
abraço que era costume meu dar àqueles que rece-
biam a Cruz de Guerra, me abraçou pela cintura
e aí ficou _prêso nun1a convulsão .. .
São verdadeiros tesouros, que ..não pode1nos
deixar de estimar e admirar depois de com êles
viver na guerra. E é por isso que natural e instin-
tivamente, os que como eu o compreendem põem
na continência, com que .à sua correspondem, um
respeito real e sincero, que está fóra dos nossos
hábitos.
E há resmungões no meio disto tudo, porque
o resmungar é uma paixão do soldado, ou por
outra uma distracção, quando tudo corre bem! Pelo
contrário, quando tudo vai mal, ninguêm res-
munga.
Ao terminarem um parapeito, com toda a per-
feição, a terra varrida à vassoura, os taludes bem
direitos, as arestas bem vivas, vem um morteiro
pesado e esmaga tudo.
O bom do gambúzio olha para a sua obra de
oito dias destruída, e resmunga:
- Bom, ámanhã cá temos o nosso Giniral a
dizer que não fizemos nada ...
-Ora, responde outro, isto é bom para não
engordarmos muito.
A noite é escura, o frio aperta, os hom ens
..
112 A Batalha do Lys
•
Revista passada pelo General Gomes da Costa.
o e. E. P. NA ORANoe GuERRA.
•
XI-A BATALHA
...
-
XI - A Batalha 115
O C. f!. P.
XI - A Batalha 129
.
Essa linha, porêm, não estava guarnecida!
A Brigada de reserva, que recebera às -5 a. m. -
ordem para a ocupar, não cumprira essa ordem e
andava a essa hora dispersa e em parte aniquila-
da pelo bombardeamento.
E os alemães, r~feitos da primeira hesitação,
penetram nela. A êsse tempo, porêm, já ·êles ti-
nham -tambêm penetrado pelos meus flancos, nos
pontos de junção da minha Divisão com as Divi-
sões inglesas e envolvia!ll as fôrças que, retirando
da frente, pretendiam estabelecer-se na Village Li-
. ne; prosseguindo, o inimigo atingiu os Quarteis
Gen.erais das Brigadas.
As 8 h. a. m. a Divisão 40, à minha esquerda,
informava-me de que o inimigo penetrára na sua
1.ª linha, e às 9,45m a. m. recebo comunicação de
que o inimigo, que penetrára entre o flanco di-
reito da Divisão 40 e o meu flanco esquerdo, su-
bia sôbre Lavantie.
Às 9,30 o batalhão da direita ao N. do Canal
de ~a Bassée diz ter perdido as 1.ª e 2.ª lin'has.
As 9,45 uma mensagem da Divisão 40 trazida
por um pombo correio informava-me que essa di-
visão ia retirar o seu flanco dire~to por estar a
esquerda portuguesa recuando; êste despacho não
trazi.a hora de expedição. -
As 10,30m recebo análoga coqtunicação da Bri-
gada 164 da Divisão 55 que se estendia à minha
direita.
Assim as Divisões em que os flancos da minha
se apoiavam retiravam para formarem flanco de-
fensivo, deixando aberturas por onde o inimigo
penetrou com mais facilidade · e lhe permitiu en-
volv~r a divisão portuguesa.
As . l O a. m. o capitão Mena regressa ao meu
Q. O. informando que o Q. G. da 5.ª B. I. conti-
XI - A Batalha. 131
'
XI -A Batalha 139
1. 0 G. B. A. - 4.ª Bateria:
Ás 4.15 começa o bombardeamento com o. te-
lefone cortado. Nevoeiro espêsso. Sem esperar pe-
didos ou ordens mandou fazer fogo de· S. O. S.
XI - A Batalha 143
XI -A Batalha 145
5. G B. A.-
0
· 2.ª bateria.
Nada adeanta.
3.º G. B. A.
Bombardeamento 4, 15 -Ligação cortada, ex-
cepto com o C. A. e 1.º G. B. A. Enviou ordem
escrita aos comandantes das baterias para ligarem
CO!Jl o 4'>atalhão e procederem em harmonia com
a situação. Mandou uma ordenança ao Grupo
inglês da direita, e agentes de ligação aos bata-
lhões; não deu resultado por não poderem passar
as ordenanças. .
As 5,30 conseguiu ligar com o batalhão da
esquerda por intern1edio do 1. 0 G. B. A., recebendo '
a seguinte indicação:
.: Por ordem do Comandante do batalhão, alto
fogo a Ferme du Bois II». ·
0
Estranhou, mas o 1. G. B. A. confirmou.
Transmitiu a indicação ao Comandante da 2.ª
bateria, e ordenou-lhe que comunicasse com os
batalhões. Esta bateria bate com 2 peças o s/ se-
ctor direito e com 4 o s/ sector esquerdo.
A 1.ª bateria recebeu idêntica indicação para
Ferme da Bois.. I, às 8,45 ; achou o caso estranho ...
Ás 9 a. m. constou-lhe estarem os Boches na
Village Line...
Ás 11 a. m. um oficial inglês diz que a infan-
taria inimiga às 8 a. m. se estendia de Princess
Road a Wisky Corner, ocupando a sede do bata·
lhão da esquerda.
Ás 11, soldados passam dizendo· tomadas as
linhas.
Ás 12, o comando é bombardeado, e retira
para o escalão da 1.ª bateria.
5. 0 G. B. A.
l.ª Bateria - S. O. S. logo no comêço do bom-
bardeámento. -Ás 8,45 cessou fogo, julga o Co-
•
148 A Batalha do Lys
}
QUADRõ: no .FOGO DE ARTILHARIA
'
Com. dos, G. Ten. cor. Morais Sarmento Maior Macedo Ten. cor. Neves e Castro Ten. cor. José Pacheco
Com.das Ba- :E"'e ·~ ~~ ~ 5: 1 8~ _g ~-,~- .S 1 co
=· 1 ...;:!!ú~.e~
E ~ ;:: !! ·;:: ~ .!!
etc:> Cl9CAI V)vt QCl9
·e; 1 c5. 1~ tCO tC'O - C: C'O O tCU -
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terias d "E -= .ê e .g ô. .:: =ã.i
. 1 g~ 1 >:~ ' 1 ~g, :::e ·= a:::a~~
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Baterias .. I. a 2.a 3.a 4.a 2.a 3.a 4.a I.a 2.a 3.a / 4.ª }.a 2.a 3.a 4.a
1 r.a
---- ------ - - -- -- __,
- - -- - - - - --- - -
Hora a que N. tha- H. Cha- s. s. 2 s. s. 2
com eçou a . pelle pelle f. Bois f.Bois
fazer fogo. ?
Hora a que
cessou o
4,45 4,45 5
- - - - - - -. -
. 1
-- -- --- - -,-
4,45 4,30 4,30 4,30 4,15 11,16 4,1'5 4,30 4,30 4,45 10? 4,30
1
- - - - ----
5
f. Bois
- ,-
fogo. ? 7,30 ? ? 10,30 10,35 12,30 9,30 11,15 11,30 11,30 11,30 1 8,45 2 ? ?
- - --- - - - - - - - - - -· - - -- - - - - - - - - - - -~- - -
9bate
--,--
Retira'd a. ? 10,30 IOr 11 10,45 10,45 12,55 10 11, 15 12,30 11,30 11,45 V. line 12 11,55 9,30
o 11
......
l.O
XI - A Batalha 151
V Brigada de infantaria
Perante a intensidade . do bombardeamento,
e desprovido de informações bastantes, o Co·
mandante da Brigada pelas 7,30 expede ordem aos
batalhões de , apoio e reserva (Inf. 4 e 13), para
reforçarem a frente .
•
152 A Batalha do Lys
XI - A Batalha 153
VI Brigada de infantaria
A 1.ª companhia de infantaria 1-esquerda do
S. S. 1- pediu S. O. S. às 4,10 a. m. por ver
'
XI - A Batalha 157
e) SECTOR DE FAUQUISSART
IV Brigada de infantaria
Logo no cotnêço do bombardeamento, esta
XI - A Batalha 159
'
-
160 A Batalha do Lys
•
XI -A Batalha 163
2. O. M. 1 secção Esquin
4. O. M. 1 secção La Flinq
3. O. M. f 1 secção Pont du Hem
1 secção Charter House
/ 1. O. M. 1 secção Croix Barbée
· l 1 secção Rouge Ctoix
5. O. M. { 1 secção Richebourg
· · 1 secção Chavattes-Epinette.
•
•
166 A Batalha do Lys
XI - A Batalha 167
•
• •
•
•
CORPO PORTUGUÊS
2.a DIVISÃO
lô
1
619 2 74 S. S. 2
254 161 401 Reserva
375 2 317
2.a B. 1'v1. L. . . 3
4.a B. M. L. . . 4
66
73
-
1 i6' ~ 1
66 Apoio
57 La Fosse
.
5.a B. M. L. . . 5 72 4 60 1 .. 12 Lavantie
6.a B. L. M.. . 3 651 2 55 1 10 F. du Bois
2.a B. M. M.. . 2 47 2 35 - 12 Lavantie
3.a B. M. Ivt . . 2 43 1 14 1 29 W. Corner
4.a B. M. M.. . 3 58 l 11 2 47 lavantie
5.a B. M. M .. . 4 50 2 'l 2 48 R. du Village
6.a B. Nl. M.. . 4 47 2 23 2 24 Lavantie
2.a B. M. P .. . 3 80 ·1 23 2 57 La Gorgue
I.o G. M. . . . lOj 190 4 6:3 6 127 La Fosse
1
170 A Batalha do Lys
RESUMO
'·
Q . G. D. . . . . 49 411 o 5
Infantaria . . . . 377 12275 237 5698
Morteiros . . . . 33 601 16 239
Me tralh. . . .. 48 1027 17 305 I•
Artilharia . . . . 112 2802 40 546
. Sap. e Pion ... 50 2064 15 262 '
..
•
' •
XII-CONCLUSÕES
portuguesa.
E é isto que é preciso rebater; é esta sus-
. peita que é indispensável ·repelir. A 2.ª Divisão
portuguesa, com os seus _7.500 homens perdidos,
dos quôis .327 oficiais, demon strot~ à evidência
que se ·bateu com bravura e com fionra, e que
se mais e melhor não fez, foi porque era huma-
narnente in1possíyel.
Entendeu natu raln1ente o govêrno ser neces-
sário saçrifiçar alguêm a êsse Moloch, chamado •
opinião pública, e, sem analizar as causas do de-
,sastre, s~m . preve.r às c-0nsequências do que ia
fazer, resolveu oferecer-me· em holocau,sto, cha-
mando-me a Lisboa, e enviando-me à Africa sob
o pretexto de terminar· ali uma campanha havia
muito conclu~·da; e ass~m, o gov.êrno amesquinhou
e aniquilou todo o esfôrço das Divisões portugue-
sas nesse longo e activíssimo período de Janeiro~ -
1917 a Junho 1918, quando o seu dever era re ..
constituir prontamente o Corpo português,
pondo-o em condições de prosseguir na guer-
ra . até ao fim, para · tirar dela o proveito a que
'lhe davam jús os sacrifícios feitos. ·
A guerra não era popular eth :Portugal, já o
dissemo.s·; e bem _se viu que o não .era; mas após
o 9 de abríl, se o govêrno ordenasse a marcha de
reforços. para a frente , não encontraria dificuldade
algu1na em os faze r marchar, porque a Nação por-
tuguesa. ainda hoje conserva dentro de si essa
O Presidente Dr. Bernardino Machado e o Dr. Afonso Costa
em Roquetozre.
o e. E. P. NA G RANDE OuenRA.
XII - Conclusões 177
C. E. P.
QUARTEL GENERAL
COMANDO
Estado Maior
.
Chefe. . . . . . Ten. Cor. C. E. M.- Matias de Castro
Informações
Cap . C. E. M. -- Vasco de Carvalho
Adjuntos. { Cap. C. E. M. - Guerreiro Telo
Serviço Telegráfico
Comando de engenharia
.
•
Comandante . . . Maj. Eng. - Celestino Regala
Comando de Artilharia .
Comandante . . . Cor. Art. - Coelho de Oliveira
Serviço Veterinário
Serviços Administrativos
•
Serviço de Polícia
Polícia de Trânsito
Adjunto do Ofi-
cial de Oás . . . Alf. Cav. -Neves Marçal
Oficial de Re-
clamaçôes. . . . Cap. Cav. - Gusmão Calheiros
Oficial de Sal-
vados . . . . . Alf. Cav. - Lopes Ribeiro
Oficial de Ex-
pedição de Baga-
gens e Registo de
Perdas . . . . · . Alf. Inf. - Nascimento e Silva
Escola Divisionária
Oficial divisio-
nário de Morteiros. Cap. Inf. - · Faúlho Rasoilo
Oficial de Agri-
cultura . . . . . Alf. Art. - Fialho Júnior
Serviço Postal
TROPAS DIVISIONÁRIAS
Quartel General
1.0 , 3. 0 , 4.o e 6.o Grupos de Metralhadoras Pesadas
1.0 , 2. 0 e 6.o Grupos de Artilharia
2.a, 4.a, 5.a e 6.a Baterias de Morteiros Médios
2.a Bateria de Morteiros Pesados
l .a, 2.a e 3.a Companhia de Sapadores Mineiros
2. 0 Grupo de Companhias de Pioneiros
2.a Companhia Divisionária de Telegrafistas
Ambulâncias n.0 1, 5 e 7 ·
Colunas de Hospitalização n.o 1 e 4
Trem Divisionário n.• 2
Secção Móvel Veterinária n.(; 2
Depósitos e Oficinas
Escola Divisionária
S. A. T. F. n.o 3, 4, 5 e 6
2.a DIVISÃO
..
XIII- Ordem de Batalha em 9 de Abril de 1918 183-
' COMANDO
Serviço de
saúde . . . . Chefe - Cap. - César Cid
'
Serviço Ve-
terinário . . . Chefe - Cap. Vet. - Gomes Pereira
Serviços Ad-
ministrativos . Cap. A. M. - Carvalho Massano
Serviço Pos-
tal . . . . . Alf. Equip. - Martins Torres
Assistência
Religiosa. · . . (Vago)
/. Bat. - 1. 14
li. Bat.-1. 9 •
III. Bat.-1. 12
IV. Bat. - !. 15
Serviços Adminis-
trativos. . . . . . Chefe -Cap. A. M.-Lima Barreto
Assistência Reli-
giosa. . . . . . . · Alf. Equip. - Ferreira de Lacerda
/. Bat.-1. 3
Comandante . . . Maj. Inf. - Campos Gusmão
XIII-Ordem de Batalha em 9 de Abril de 1918 185
II. Bat. - 1. 8
III. Bat. - 1. 29
t
JV. Bat. - !. 20
COMANDO
Serviços Adminis-
trativos . . . . . . Chefe - Cap. A. M. - Velhinho
Correia
Assistência Reli-
giosa. . . . Alf. Eq. - Pereira Ramalheira '
I. Bat. -!. 10
II. Bat. - !. 13
III. Bat. - I. 4
IV. Bat. - !. 17
• COMANDO
Serviços Adminis-
trativos. . . . . . Chefe-Cap. A. M. - Napoleão e
Castro
Assistência Reli-
giosa. . . . Alf. Eq. - Manuel Caetano .
•
XIII-Ordem de Batalha em 9 de Abril de 1918 187
!. Bat. !. 1
- 11. Bat. !. 2
III. Bat. I. 5
IV. Bat. /. 11
MORTEIROS DE TRINCHEIRA
METRALHADORAS PESADAS
].º Grupo
3.º Grupo
6.º Grupo
1. 0 Grupo .
2. 0 Grupo
3. 0 Grupo
6. 0 Grupo
..
Comandante . . Maj. Art. - Morais Súmento
..
XIII-Ordem de Batalha em 9 de Abril de 1918 189
ENGENHARIA
I
Teleg.
2.a C. D. T.
1. a Companhia
3.a Companhia
FORMAÇÕES SANITÁRIAS
-
Amb. n.o J. . Chefe - Cap. Méd. - Oliveira e
Castro
'
FORMAÇÕES VETEl<INÁRIAS 4
FORMAÇÕES ADMINISTRATIVAS
2.o Escalão
•
•
Grupo de Generais .
..../,.
·t·.
o e. E. P. NA GRANDE G u ERRA.
DOCUMENTOS.
'
196 A Batalha do Lys
Documentos 197
o
C. E. P.
I.a D. -Q. G. ..
I.a R. - 1.ª S.
Secreto
N. 0 1 Em 27 /2/917.
CIRCULAR
..
200 · A Batalha do Lys
Q. G. 1.a D.
1.º R. Em 8 de Julho de 1917.
•
Documentos 201
..
202 A Batalha do Lys
..
Documentos 203
o
1.ª D. - I.a R.
N.0 17- C. Em 13 de Julho de 1917
..
204 A Batalha do Lys
-
..
Documentos 205
O Comandante,
(a) Sá Cardoso,
Tenente-coronel.
o
I.a D.
CONFIDENCIAL
Em campanha - 30 de Julho de 1917
\
Documentos 207
Faltas e mortos . . . . 43
Oficiais de infantaria. • . . . . 2
Oficiais de metralhadoras 12
» de artilharia . 9
Sargentos de lnf. etc.. . . • 77
Praças . .
. . . . . . . . 1505
~ºº•o......
P .... .._...
' <--.. . . . . .
• e-·••.• ..., ... """.
.
~ c-•.-<o ..........._.... ••
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M..-1 •• ..,., 1, ,~....
Ô 4
o
.. ,,......
Bc$a,.lrifj-·•
- .....- •..,........
M e"'-"""'
+ ......._......
*""' __ . . . . _.
•r•-..·-
Documentos 209
Of. Pr.
(Tunelling Coy, S. M., H. S., Amb., etc.). 16 644
Convalescentes . . . . . . . . . 9 89
Amb. (doentes e feridos). . .. . . . 50 1:283
Escolas . . . . . . . . . . . . 7 81
Locais de reab. T. V. D. e outras situa-
ções (Tráfico, depósitos, etc.) . 16 585
Total. . . 98 2:682
Em conclusão:
Continua esta Divisão tendo necessidade urgente, de:
O Comandante da Divisão,
"
Gomes da Costa
General.
Documentos 2 11
C. E. P.
1.0 D. Q. G.
N.o Em campanha, 31 de J ulho de 1917
SECRETO
O Comandante da Divisão
Gomes da Costa
General "
Q.. O. -- 1.a D.
N.o 48 Em 19 de Agosto de 1917
CONFIDENCIAL
'
214 A Batalha do Lys
Gomes da Costa
. General
J.a D. - Q. G.
La Rep. - N. 0 53
CONFIDENCIAL Em 23 de Agosto de 1917.
•
Ao Snr. Chefe do Estado Maior do C. E. P.
•
Documentos 215
r· O Comandante da Divisão
Gomes da Costa _
General
\
O ·
I.a D. - Q. O.
1.a R. -- N.º 882 Em 24 de Agosto de 1917.
I
216 A Batalha do Lys
O Comandante da Divisão,
•
o
La D. - Q. G.
N.º 56. - I.a R. Em 26 de Agosto de 1917.
CONFIDENCIAL ,
•
.
218 A Batalha do Lys
•
•
•
Documentos 219
O Comandante da Divisão,
Gomes da Costa
J.a D. -Q. G.
N.0 78. - J.a R. Em 16 de Setembro de 1917.
CONFIDENCIAL
Gomes da Costa
General.
Documentos 221
Em 5 de Novembro de 1917.
Gomes da Costa, K. C. M. O.
General .
•
.
A sua carta. de hoje causou-me grande prazer, e em res-
posta devo agradecer-lhe P.essoalmente a V. Ex.a, ao seu E. M.
'
222 A Batalha do Lys
6-Novembro-917.
Comdy XI Corps.
C. E. P. - Q. G. 2..
l.a R-1.a S
CIRCULAR
•
Documentos 223
•
244 A Batalha do Lys
DISPOSIÇÕES E~PEÇIAIS
.
panhias, tanto de dia como de noite, e por fim por batalhões .
Exercícios de ligação.
24/3/1918.
Documentos 227
C. E. P.
Q. G.-2.a D.
R. S. 2. Em 25 de Março de 1918.
N.o 84
o
•
SOLDADOS:
(a) F. Tamagnini,
General.
o
C. E. P.
2.á D. -Q. G.
R. S. 2. Em 30 de Março de 1918.
N.0 608
A! Snr. Chefe do Estado Maior do C~rpo
-Nos O. M. faltam:
Oficiais . 26
Praças . - 194
-Nos O. B. A. faltam:
Oficiais . 61
Praças . 282
..
230 A Batalha do Lys
•
E pela parte que me compete, direi a V. Ex.a que não
posso corresponder, como é meu desejo, à confiança que em
mim se depositou confiando-me o Comando duma Divisão
quando nessa Divisão faltam 400 oficiais e 7.000 praças.
O Comandante da Divisão,
Gomes da Costa
General.
t
C. E. P. Em 26 de Março de 1918.
Q. G. 2.
l.ª R.-1.a s.
N.0 264 Ao Snr. Comandante da 3.a B. !.
SECRETO Ao Snr. Comandante da 4.a B. !.
Ao Snr.
Ao Snr.
..
Comandante da S.a B. ! .
Comandante da 6.a B. !. ~
Ao Snr.. Comandante de Art. Div.
\
(a) Carlos M . de Castro.
232 A Batalha do Lys
•
C. E. P.
Q. o. 2. Em 2 de Abril de 1918.
...
l.a Rep.-1.a S.
N. 0 305
O Comandante da Divisão,
Gomes d a Costa
General.
,
234 A Batalha do Lys
C. E. P.
Q. G. 2.
J.a R. - l.a S. f Em 4 de Abril de 1918
CONFIDENCIAL
N. 0 5
O Comandante da Divisão.
'
Na vespera do ataque fazia eu expedir às unidades da
minha Divisão a seguinte circular:
2.a Divisão
SOLDADOS!
1
C. E. P.
Q. G. 2.
CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS ·
A. -FORÇA DA DIVISÃO
D.-MODIFICAÇÕES POSTERIORES
•
'
240 A Batalha do Lys
II
'
A 2.a DIVISÃO ENCORPORADA NO XI CORPO
A.-DISPOSITIVO DA DIVISÃO
•
• Plalgsteet
C. - AS RESERVAS DIVISIONÁRIAS
E.-A SURPRESA
O .COMBATE DO DIA 9
•
rante algum tempo para o posto da T. S. F. onde novas mas
infrutíferas tentativas se fizeram para radiotelegrafar para as
Brigad<1s.
Imediatamente se puseram em acção outros meios, en-
viando-se ordenanças montadas e mQ.tociclistas para estabele-
cer as ligações e trazer noticias da situação. Algumtls não re-
gressavam e outros vinham dizer que era absolutamente im·
possível atravessar a barragem.
Às 5,30 enviava à 4.a B. I. o oficial às ordens, ·capitão
Freire Quaresma, que regrçssou às 7,30 com as seguintes in· 11
formações:
'Às 6,40 aproximadamente, nada havia de anormal na 1
esquerda e centro da frente da Brigada, faltando apenas notí-
cias da companhia da direita. p
«Por todos os motivos lhe parecia" que nada de anormal
se receava na frente, imaginando·se que o bombardeamento
tinha por fim abalar o moral das tropas estacionadas à reda·
guarda.>
«Às 6,40 todo o serviço de, secretaria se fazia com rela·
tiva regularidad~. >
Assim, continuava o Q. O. a admitir que não se tratava
de mais que um bombardeamento de represália, embora de
extrema violência, e que possivelmente teria sido acompa-
nhado de alguns raids, dos quais não havia por emquanto
notícias. O Comando voltou para o respectivo edificio, haven·
do a impressão de que o bombardeamento tinha abrandado
um pouco.
Ás 7,30 h. enviava o capitão Carteado Mena estabelecer
as ligações com os Q. O. das 5.a e 6.a B. I.
a) Flanco Direito
Às 9,30 h. o batalhão da direita ao Norte do Canal de
La Bassée comunica que perdeu as I .a e 2.a linhas e se está
sustentando na linha das aldeias.
Documentos - 249
b) Flanco esquerdo
Os telegramas recebidos depois das 9, e emitidos às 8,50
e 9 h. informam que o inimigo penetrou nos postos da 1.a li-
nha em N. 9. c. 8. 8. e N. 9. d. 6. 4. e em Dee Post (N. 3. d.),
fican_9o este ultimo à rectaguarda da B. Line, mostrando-se
assim que às 8,50 h. já o inimigo tinha feito brecha na di-
reita da divi8ão à nossa esquerda.
Destas Divisões tambêm se receberam noticias referentes
ao~ nossos próprios Hancos:
Telegrama expedido às 10, 20 h. diz que os portugueses
(no flanco direito) retiram para a linha das aldeias e que se
manteem na sua linha de resistencia.
Informação da esquerda diz que (às 9, 15 h.) os portugue-
·ses estão retirando no sector de Fauquissart.
C.-NOVAS INFORMAÇÕES
F.-MUDANÇA DO Q. O. 2
0.-ULTIMAS TENTATIVAS
CONCLUSÃO
• •
256 A Batalha do Lys
teiros foi o mais violento que Jamais se fez até então, se-
gundo o testemunho de oficiais ingleses que estiveram junto
das tropas portuguesas, e tinham comb11tido no Somme.
Entre as 7 e 8 ~· m. a 2.a linha começa a ceder.
Le Matin, 10 Abril.
A 9 de madrugada, após um intenso bombardeamento·
feito pelos alemães desde ·O canal de La Bassée até próximo
a Armentieres, a infanfaria inimiga atacou favorecida por um
espesso nevoeiro e conseguiu penetrar nas proximidades de
N. Chapelle, Fauquissart e ferme la Cardonniere. Após vio-
lento combate que durou todo o dia, o inimigo .conseguiu
desalojar o centro - os portugueses - e num dos flancos os
ingleses até à N. Lys entre Estaires e Bac-St.-Mane. Riche-
burg, S. Vast e Lavantie foram tomadas pelo inimigo. Given-
chy foi tomado pelos alemães, e depois retomado pela 55.
O mesmo, em outro ârtigo:
A frente de ataque' inimiga é marcada de N. S. S. por
Fleurbaix, Este de Lavantie, Neuve Chapelle, Richeburg
rAvoire, Violaisses, Givenchy.
Um espesso qevoeiro cobria toda a região quando termi-
nado o período de preparação da artilharia as Divisões ale-
mãs se lançaram ao ass~lto desta linha, guarnecida no centro·
pela Divisão portuguesa e nos flancos pelos ingleses.
Êste nevoeiro favoreceu o avanço inimigo, obstando à
observação e às barragens. Do primeiro impulso, o inimigo
penetrou na La linha nas proximidades de Neu_ve Chapelle~
Fauquis~art e ferme de la Cardonuiere.
Vigorosamente contra atacados, os alemães foram susti· J
dos nestes pon tos, mas no centro, lançando ataques sôbre ata-
ques, sem se ocupar das perdas elevadas que sofriam, conse-
guira m desalojar os pcrtugueses e ingleses até ao Lys, entre
Esta ires e Bac-Saint-Mane; ao mesmo tempo o inimigo pene-
tra ndo entre a esquerda da Divisão portuguesa e a direita ingle-
sa C!ltrava em Richeburg, S. Vast e [avantie; Givenchy é to-
mado pelos alemães mas pouco depois retomado pelos ingleses.
/
ÍNDICE DOS CAPÍTULOS
.
Pags.
I-
Causas da Guerra. . . . . . . . 9
II -
A Organização do Corpo de Exército . . . 17
III -
Resumo dos sucessos até 9 de Abril . 23
IV -
Dispositivo da Divisão ._ . . . . .
Estado moral e material da 2.a Divisão . .
V-
32
37
J
VI -
Ordem de batalha do Corpo Expedicionário
Português . . . · . . . . . . . . . 50 •
VII - O Sector P6rtuguês . . . . . . . . . 54
VIII - O Plano de defesa . . . · . . • . . 62
IX - Detalhe da distribuição das fôrças em 9 de
•• J Abril . . . . . . . . . . . . . . 74
X - A Vida nas trincheiras . . . . . . 84
XI - A Batalha . . . . . . . . 113
XII - Conclusões . . . . . . . . . . 171
XIII- Ordem de batalha em 9 .de Abril de 1918 . 179
Documentos . . . . . . . . . . . . . . 193
o
Do AUTOR - EM ELABORAÇÃO:
•
\
' .
•
'
' '
Pags.
Generais Tamagnini de Abreu, Haking e Gomes da
Costa . . . . . . . . . . . . . . . 17
De Sentinela nas Trincheiras . . . . . . . . 33
O General Gomes da Costa nas Trincheiras . . . 49
Grupo de oficiais à porta de uma ambulância da .r
Continencia à Bandeira . . . • . • . : . . 81
O General Gomes da Costa condecorando um bravo. 81
Nas Trincheiras. Sector de Neuve-Chapelle . . ·. 97
Rev~sta passada pelo General Gomes da Costa . . .· 113
Nas Trincheiras . . · . . . . . . . . . . . .. 129
1 - General Gomes da Costa, Comandante da 1·a.
Divisão do C. E. P.; 2-0eneral Horne, Coman·
dante do l.o· Exército inglês~ 3- General Nor-
ton de Matos, Ministro da Guerra; 4-General
Tamagnini de Abreu, Comandante do C. E. P. . 145
O Presidente Dr. Bernardino Machado passando re-
vista à guarda de honra apresentada pelo Ge-
neral Gomes da Costa . . . . . . . . . 161
O Presidente Dr. Bernardino Machado e o Dr. Afonso
Costa em Roquetoire . . . . . . . . . 177
Grupo de Generais. . . . . . . . . . . . 193
A «Quixote Company1> a caminho das Trincheiras. i93
MAPAS:
Situação das tropas da 2.a Divisão na manhã de 9
d e Abri 1 de 1918 . . .. • . . • . • • . 209
O Sector Português. . . : . . . . . . . . 225
O Ataque al emão de 8 a 18 de Abril. . • • • • 241
..
...
•
\
CORRECÇÃO IMPORTANTE
•
.'
. )
Pag. 179 - Chefe do E. M. - Major Vitorino Godinho
» 180 - Com. da art. - T. Coronel Verissimo d' Azevedo
» - - Chefe do Serv.0 Saude - T. Coronel Monterroso
» 183- Com. de Inf. 14 - Major Vale d' Andrade
» 184 - Com. da 4:ª B. I - T. Coronel Mardel Ferreira
> - - Com. de Inf. 12 - Capit~o Diniz
» 185 - Com. de Inf. 29 - Major Xavier da Costa
» 187 - Com. de Inf. 2 - Major Rocha
» - - Com. de Inf· 5-Major Oom do Vaie
» 188 - Com. do l.º G. B. A.-T. Coronel Neves e Castro
> - - Com. do 2. 0 -Major Macedo
0
> - - 5. em vez de 3. 0 -T. Coronel José Pacheco
J
....
• • •
...
ACABOU DE SE IMPRIMI~
- •
/
•
1416549
11
A
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10 LYS
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