Apresentação em Tema Turismo Ecológico No Município de Miguel Pereira
Apresentação em Tema Turismo Ecológico No Município de Miguel Pereira
Apresentação em Tema Turismo Ecológico No Município de Miguel Pereira
6 Miguel PereiraEstá em área de Mata Atlântica, tendo uma vasta fauna e flora; Suas
colinas suaves e suas montanhas azuladas abrigam cachoeiras admiráveis e rios de curso
sereno, com água cristalina e uma natureza exuberante;Uma cidade serrana por
excelência, é considerado um dos melhores climas do mundo por ter sua temperatura
média anual constante e chuvas bem distribuídas ao longo do ano.
15 Atividades externasNa parte externa da fazenda seria alocado um espaço para o lazer,
picnics, etc , os chamados “ BIERGARTEN” ou “ Parques Giros” para atrair não só turistas,
como a população local.Um espaço para redes “ REDÁRIO”, para momentos de
relaxamento.Destacando que a entrada na fazenda será gratuita e que as atividades nela
instaladas que serão cobradas.
18 Resultados esperados:
Tornar o município referência de atividades turísticas ecologicamente corretas;Trazer
empresas para o local, afim de investir no projeto;Aumentar a arrecadação do município,
através dos lucros obtidos com o projeto;Gerar empregos para a população;Reverter o
quadro de inutilização das antigas fazendas de café;
20 Referências: http://lagoaaventuras.com.br/atividades/arvorismo-alto/
A evolução histórica de Miguel Pereira acha-se ligada à de Vassouras e de Paty do Alferes, e à expansão
da cultura cafeeira no vale fluminense do rio Paraíba do Sul.
A ocupação da área de Miguel Pereira teve origem nas primeiras explorações que visavam transpor a
Serra do Mar, depois com a abertura feita por Garcia Rodrigues Paes do Caminho Novo do Tinguá, entre
o Rio de Janeiro e as Minas Gerais.
Os tropeiros que subiam o rio das Mortes em direção a Sacra Família do Tinguá (atualmente distrito do
município de Engenheiro Paulo de Fontrin), fixaram ponto de passagem em pequena várzea. Inicialmente
o local ficou conhecido como Barreiros ou Tejuco pois aí se atolavam as tropas de burros que percorriam
o Caminho Novo. Depois passou a se chamar Estiva, nome de uma trama de bambu que os tropeiros
usavam para colocar no caminhos dos burros para assim vencer a lama em sua jornada.
Algumas pequenas lavouras surgiram na região durante o século XVIII. Estas produziam açúcar ou, mais
frequentemente, gêneros alimentícios para consumo no Rio de Janeiro. Em 1770 foi fundada a fazenda
da Piedade de Vera Cruz que se tornaria importante como produtora de café na região. As terras do atual
município de Miguel Pereira eram então subordinadas administrativa e religiosamente à freguesia de
Nossa Senhora da Conceição do Alferes, atual Paty do Alferes.
As lavouras de café expandiram-se no inicio do século XIX, constituindo-se em fator de progresso e
acentuada dinamização da economia local. Esse surto de desenvolvimento motivou que a freguesia fosse
elevada ao posto de vila de Nossa Senhora da Paty do Alferes em 1820. Entretanto, logo depois, em
1837, a sede da vila foi transferida para a localidade de vila de Vassouras, voltando Paty do Alferes à
condição de freguesia. Em 1857, vila de Vassouras foi transformada em cidade e sede do município que
administrava as terras atuais de Miguel Pereira.
O desenvolvimento da região foi apenas nas fazendas de café, com praticamente nenhum
desenvolvimento urbano. Somente a partir da construção da capela do Santo Antônio em 1898, é que os
colonos de Estiva passam a erguer suas casas humildes e a formar um comércio incipiente em um núcleo
urbano, incentivando, dessa maneira, a chegada de novos moradores para o lugar.
Apesar de sofrer declínio econômico devido o esgotamento das terras com a exploração inadequada das
plantações de café, o desenvolvimento urbano é impulsionado no início do século XX, quando foi aberto
ramal auxiliar da estrada de ferro Leopoldina que, partindo de Japeri, na baixada Fluminense, atingia o rio
Paraíba do Sul na cidade de Paraíba do Sul. O eixo ferroviário estimulou o nascimento de povoações que,
em sua maioria, abrigavam os próprios trabalhadores da ferrovia. Este é o caso de Governador Portela,
onde parte das áreas urbanas eram de propriedade da Rede Ferroviária Federal - RFFSA, construindo
toda uma vila residencial destinada aos ferroviários. Esta característica é responsável pelo
desenvolvimento da sede distrital que ocorreria antes de Estiva, atual Miguel Pereira.
A urbanização das áreas adjacentes à estação de Estiva teria lugar a partir da década de 1930, quando
as qualidades do clima da região foram propagadas pelo médico e professor Miguel Pereira, que mais
tarde daria seu nome à cidade.
Desde então, a ocupação urbana teria como vetor principal o turismo de veraneio, que atraía e ainda atrai
a população da região metropolitana do Rio de Janeiro. O acesso original pela ferrovia seria substituído
na década de 50 por uma rodovia, cuja pavimentação posterior representou grande estímulo ao
desenvolvimento urbano e turístico da área.
Segundo a divisão administrativa de 1943, o município de Vassouras era formado por onze distritos,
dentre os quais os de Miguel Pereira, Governador Portela e Conrado. Em 1955, os dois primeiros distritos
foram desmembrados de Vassouras, a fim de formar o município de Miguel Pereira, que assim conquistou
a emancipação, por força da Lei nº 2.626, de 25 de outubro daquele ano, e foi instalado em 26 de julho de
1956. Em 1988, Conrado também foi anexado a Miguel Pereira.
Em seu território, no interior da Reserva Biológica do Tinguá, se encontram completamente abandonadas
as ruínas de pedra da igreja de Santana das Palmeiras, construída por Francisco Peixoto de Lacerda
Werneck, segundo barão do Paty do Alferes. Esse núcleo urbano, antes florescente, foi abandonado no
início do século XX.
História
PERÍODOS HISTÓRICOS
(Fontes: Jorge A. Ferreira; Carlos Latuff; Wanderley Duck; Zaidan; Última Hora, 1954; A
Careta, 1918; Arquivo do Estado de São Paulo; Max Vasconcellos, 1928; Mapa - acervo
GOVERNADOR PORTELLA
Município de Miguel Pereira, RJ
Linha Auxiliar - km 111,730 (1928) RJ-1303
Altitude: 634 m Inauguração: 28.03.1898
Uso atual: museu (2008) com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
HISTORICO DA LINHA: A chamada Linha Auxiliar foi construída pela E. F. Melhoramentos a partir de
1892 e em 1898 foi entregue o trecho entre Mangueira (onde essa linha e a do Centro se separam) e
Entre Rios (Três Rios). O traçado da serra, construído em livre aderência e com poucos túneis, foi
projetado por Paulo de Frontin, um dos incorporadores da estrada. Em 1903, a E. F. Melhoramentos foi
incorporada à E. F. Central do Brasil e passou a se chamar Linha Auxiliar. Ferrovias foram incorporadas a
ela, assim como ramais construídos, dando origem à Rede de Viação Fluminense, que tinha como tronco
a Linha Auxiliar, sendo tudo gerido pela Central. Na mesma época, o ramal de Porto Novo, que saía de
Entre Rios, teve a sua bitola estreitada para métrica e tornou-se a continuação da Linha Auxiliar até
Porto Novo, onde se entroncava com a Leopoldina. No final dos anos 1950, este antigo ramal foi
incorporado à E. F. Leopoldina e a Linha Auxiliar passou a terminar de novo em Três Rios, onde havia
baldeação. A linha, entre o início e a estação de Japeri, onde se encontra com a Linha do Centro pela
primeira vez, transformou-se em linha de trens de subúrbios, que operam até hoje; da mesma forma, a
linha se confunde com a Linha do Centro entre as estações de Paraíba do Sul e Três Rios, onde, devido à
diferença de bitolas entre as duas redes, existe bitola mista. Nos anos 60, toda a linha passou para a
Leopoldina. A linha da Auxiliar teve o traçado alterado nos anos 1970 quando boa parte dela foi usada
para a linha cargueira Japeri-Arará, entre Costa Barros e Japeri, ativa até hoje, bem como para trens
metropolitanos entre o Centro e Costa Barros. Entre Japeri e Três Rios, entretanto, a linha está
abandonada já desde 1996.
"Pára o trem em várias estações, Paes Leme, Sertão, Bonfim, Vera Cruz e Conrado
Niemeyer, até alcançar risonho centro de população, com aspectos de progresso,
Portella. Em Portella o viajante escolhe. Segue para Entre Rios, na composição
vinda de Belém, ou toma novo comboio, de máquina a gasolina, rumo de
Vassouras" (Revista Eu Sei Tudo, 02/1930).
Era, portanto, nesta estação que saía a linha para o ramal de Jacutinga, que
passava por Vassouras e chegava a Santa Rita do Jacutinga, já em Minas Gerais,
onde se encontrava com a Rede Mineira de Viação, linha da Barra.
Sobre esse comércio, foi entrevistado por Assunção o Sr. Alvino Baldez, agente de
estação no distrito de Conrado, em Miguel Pereira: durante muitos anos a minha
função foi fiscalizar os carregamentos vindos da cidade do Rio de Janeiro e baixada
fluminense para a nossa região. A minha função requeria muita atenção. Eu
examinava vagão por vagão, conferia a mercadoria e depois autorizava o
prosseguimento da viagem. E uma coisa que ainda está viva em minha memória, é
a capacidade dos vagões, naquela época, anos 1960. Cada vagão tinha uma
capacidade de carregar 30 toneladas. E um caminhão carregava 3 toneladas. Sendo
assim, se um trem subia a serra com 20 vagões dando um total de 600 toneladas,
para nós transportarmos a mesma quantidade por caminhão, seria necessário uma
caravana de 200 caminhões'" (Fim de linha - A extinção de ramais na Leopoldina,
1955-1974, Dilma Andrade de Paula, 2000).
ACIMA: Depósito de
locomotivas no pátio de Governador Portela, em 1930. Hoje já foi demolido. (Acervo Manoel Monachesi, foto de
9/1/1930). ABAIXO: No pátio de Governador Portela, carros e máquina a vapor da Leopoldina, em janeiro de
1972 - nessa época, já era a Leopoldina quem usava essa linha. A locomotiva já devia estar "encostada" ou
servindo apenas como manobreira (Acervo Marcelo Lordeiro).
GOVERNADOR PORTELLA
Município de Miguel Pereira, RJ
"Pára o trem em várias estações, Paes Leme, Sertão, Bonfim, Vera Cruz e Conrado
Niemeyer, até alcançar risonho centro de população, com aspectos de progresso, Portella.
Em Portella o viajante escolhe. Segue para Entre Rios, na composição vinda de Belém, ou
toma novo comboio, de máquina a gasolina, rumo de Vassouras" (Revista Eu Sei Tudo,
02/1930).
Era, portanto, nesta estação que saía a linha para o ramal de Jacutinga, que passava por
Vassouras e chegava a Santa Rita do Jacutinga, já em Minas Gerais, onde se encontrava
com a Rede Mineira de Viação, linha da Barra.
Em 1970, o ramal foi suprimido.
Segundo se informa, em 2008 o prédio da antiga estação servia hoje de museu, com o
acervo tendo vindo da estação de Miguel Pereira, esta transformada em supermercado.
Sobre esse comércio, foi entrevistado por Assunção o Sr. Alvino Baldez, agente de
estação no distrito de Conrado, em Miguel Pereira: durante muitos anos a minha função foi
fiscalizar os carregamentos vindos da cidade do Rio de Janeiro e baixada fluminense para
a nossa região. A minha função requeria muita atenção. Eu examinava vagão por vagão,
conferia a mercadoria e depois autorizava o prosseguimento da viagem. E uma coisa que
ainda está viva em minha memória, é a capacidade dos vagões, naquela época, anos
1960. Cada vagão tinha uma capacidade de carregar 30 toneladas. E um caminhão
carregava 3 toneladas. Sendo assim, se um trem subia a serra com 20 vagões dando um
total de 600 toneladas, para nós transportarmos a mesma quantidade por caminhão, seria
necessário uma caravana de 200 caminhões'" (Fim de linha - A extinção de ramais na
Leopoldina, 1955-1974, Dilma Andrade de Paula, 2000).
ACIMA: Mapa (parcial) do município de Miguel Pereira nos anos 1950. Notar o
entroncamento em Governador Portela. Desta estação, sai para oeste o ramal de
Jacutinga, seguindo para Vassouras (IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, vol.
VII, 1958). ABAIXO: Estação de Governador Portela, 1914: dia da inauguração do ramal
de Santa Rita do Jacutinga (Illustração Brasileira, 1/6/1914).
"Fiquei muito feliz em poder ver as fotos da estação de Governador Portela, pois foi lá que
meu bisavô trabalhou e contraiu tuberculose, vindo a falecer logo depois. Só ouvia minha
avó contar sobre a estação e ficava imaginando como seria naquele tempo. Vai aqui o
meu agradecimento por você ter me permitido viajar até os anos 1930, mesmo que por
breve momento, pois matei uma curiosidade de infância. Meu bisavô era agente noturno,
ficava na estação durante toda a madrugada e isso fez com que contraísse a doença fatal.
Minha avó, que hoje está com 89 anos, ainda tem lembranças daquele tempo e como sou
um viajante da imaginação, sempre imaginei como seria a estação tão falada por ela".
(Fontes: Hugo Caramuru; Marco Aurelio; Alexandre Rezende; Manoel Monachesi; Jorge
Alves Ferreira; Illustração Brasileira, 1914; O Estado de S. Paulo, 1939; A Careta, 1909;
Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928; IBGE: Enciclopédia dos
Municípios Brasileiros, 1958; Dilma Andrade de Paula: Fim de linha - A extinção de ramais
na Leopoldina, 1955-74, 2000; Eu Sei Tudo, 1930; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht).