Avaliação Na Educação Infantil
Avaliação Na Educação Infantil
Avaliação Na Educação Infantil
FACULDADE JARDINS
RESUMO
Avaliar é um ato que tem permitido amplo debate nos estudos da Educação. A avaliação
tem sido utilizada constantemente como uma forma do professor reafirmar a sua
autoridade em relação aos alunos, principalmente quando o comportamento dos mesmos
é adverso ao que o professor espera; dessa forma, transforma-se em um método que
penaliza o aluno, gerando assim, uma relação de incômodo entre os agentes que a
constituem. Neste artigo, busca-se pensar a avaliação dentro do espaço escolar da
Educação Infantil; compreendendo a sua importância para esse processo e afastando da
sua prática, a atitude errônea de considera-la como instrumento de medição e repressão
aos alunos. A avaliação na Educação Infantil pretenderá auxiliar o professor na
compreensão da cognição da criança, resultando em novas formas metodológicas para
desenvolver a aprendizagem dos pequenos. Este é um dos desafios dos profissionais da
Educação Infantil, desenvolver plenamente as crianças para que estas sintam-se como
parte do processo e dessa maneira, alcançar a criança a partir da consolidação de
experiências que exaltem a sua naturalidade e a coloquem em contato com o social.
Portanto, os métodos de aprendizagem nos primeiros anos de ensino, devem sair da zona
de conforto da tradição e estimular experiências que provoquem o amadurecimento
educativo e sociocultural das crianças. Assim, a atuação do profissional de Educação
Infantil será o ponto de partida para que as crianças sejam plenamente desenvolvidas e
que a avaliação cumpra o seu papel.
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Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Evangélica do Piauí – FAEPI. [email protected]
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Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Evangélica do Piauí – FAEPI.
[email protected]
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Graduanda em Ciências da Religião com ênfase em Pedagogia. Faculdade Evangélica do Piauí – FAEPI.
[email protected]
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Doutorando em Psicologia Social. Mestre em Administração. Pós-graduado em: MBA Gestão
Empresarial; MBA Recursos Humanos; Didática do Ensino Superior; MBA Finanças, Gestão Escolar e
Sexologia. Bacharel em Administração. Tecnólogo em Processos Gerenciais
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ABSTRATC
To evaluate is an act that has allowed ample debate in the studies of the Education. The
evaluation has been used constantly as a form of the professor to reaffirm its authority in
relation to the pupils, mainly when the behavior of the same ones is adverse what the
professor waits; of this form, it is changedded into a method that penaliza the pupil, thus
generating, a bother relation enters the agents who constitute it. In this article, one searchs
to inside think the evaluation of the pertaining to school space of the Infantile Education;
understanding its importance for this process and moving away from practical its, the
errônea attitude of considers it as instrument of measurement and repression to the pupils.
The evaluation in the Infantile Education will intend to assist the professor in the
understanding of the cognition of the child, resulting in new metodológicas forms to
develop the learning of the small ones. This is one of the challenges of the professionals
of the Infantile Education, to develop fully the children so that these are felt as this way
and party to suit, to reach the child from the consolidation of experiences that exaltem its
naturalness and they place it in contact with the social one. Therefore, the methods of
learning in the first years of education, must leave the comfort zone of the tradition and
stimulate experiences that provoke the educative and sociocultural matureness of the
children. Thus, the performance of the professional of Infantile Education will be the
starting point so that the children fully are developed and that the evaluation fulfills its
paper.
INTRODUÇÃO
Ao realizar uma busca rápida de significados para a palavra ‘avaliar’, eis uma
das definições que se pode encontrar: determinar o valor, o preço, a importância de
alguma coisa, reconhecer a grandeza, a intensidade, a força de; fixar aproximadamente
(Dicionário Online de Português).
Sendo assim, se observarmos as práticas pedagógicas, iremos notar que a
determinação de valor através do ato de avaliar, é o conceito mais utilizado em nossas
escolas e neste sentido, necessitamos avançar para entender a avaliação a partir da sua
importância para compreender o quanto o aluno absorveu do que lhe foi ensinado. Não
deve, portanto, ser uma atividade isolada, mas algo que acontece de maneira contínua.
Consequentemente, o ato de avaliar é de extrema relevância, pois quando bem
realizado, permitirá ao educador acompanhar o desenvolvimento da criança,
possibilitando rever as suas ações, mudar os objetivos propostos e assim, ampliar as suas
formas de trabalho; tornando o aluno, o centro da prática pedagógica.
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Esse quadro de caos não gerava preocupações para as mães, pois o importante
era prover o sustento da família e com o tempo, muitas mulheres passaram a abandonar
seus filhos, dando margem para o surgimento de locais que ‘cuidavam’ dessas crianças,
essas instituições filantrópicas se transformaram em lugares importantes socialmente,
pois retirou das ruas as crianças abandonadas. As creches, escolas maternais e jardins de
infância tiveram, somente no seu início, o objetivo assistencialista, cujo enfoque era a
guarda, higiene, alimentação e os cuidados físicos das crianças (PASCHOAL &
MACHADO, 2009, p. 81).
No início do século XX, a Escola Nova confere novo ânimo para a Educação
Infantil, as necessidades das crianças são repensadas e novos caminhos para esse nível de
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ensino são postos em evidência e muitos estudiosos acabam por se dedicar a essa
modalidade, transformando a realidade das crianças que já frequentavam os Jardins de
Infância.
Figuras como Maria Montessori (1870-1952), que estabeleceu uma relação
íntima entre ‘teoria e prática’ e o respeito à criança; Rosa Agazzi (1866-1951) e Carolina
Agazzi (1870-1945) que através dos princípios defendidos por Froebel, criaram um
método próprio que considerava a utilização de exercícios práticos para a aprendizagem
das crianças; além de Ovide Decroly (1871-1932) e a pedagogia baseada em ‘centros de
interesse’ e Celestin Freinet (1896-1966) com a utilização de ‘imprensa’ e ‘texto livre’,
mudaram radicalmente a forma de tratar as crianças nos espaços de educação infantil.
No Brasil, diferente dos países europeus, as instituições que mais perduraram
para essa faixa etária, foram as creches, que por sua vez, tinham caráter exclusivamente
assistencialista, considerando esse ponto, consideramos relevante tratar da trajetória dessa
modalidade de ensino a partir da sua especificidade.
intervém no mundo ao seu redor e aprende com ele e para ele. Por essa razão, as Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica afirmam que:
modalidade, deve ser oferecido por meio da ludicidade desde que proporcionadas através
de situação orientadas. A respeito disso, diz que:
4.1 Observação
esses por sua vez, resultam num constante reinventar. Assim, a mediação é importante
para que a aprendizagem se efetive.
didáticos que se estendem por um longo tempo e em vários espaços escolares, de caráter
processual e visando, sempre, a melhoria do objeto avaliado” (HOFFMANN, 2012, p.
13).
Além da observação, o professor pode confeccionar relatórios das suas
mediações e catalogar portfólios, tanto o primeiro como o segundo culminam na
observação atenta do professor acerca dos procedimentos utilizados pelos alunos para
alcançar o objetivo pretendido.
Quando o (a) professor (a) faz o registro de suas observações, ele (a)
pensa o que registrar e analisa aquilo que observou. A escrita é uma das
formas privilegiadas de representação da nossa realidade, nos obriga a
reorganizar nosso pensamento e nos estimula a refletir sobre o que está
sendo representado. O registro também é importante como
documentação da história/processo do trabalho e do desenvolvimento
da criança (LOPES; MENDES; FARIA, 2006, p. 22).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ao adentrar a escola, é isso que elas esperam; ainda que a educação formal seja para elas
algo desconhecido inicialmente.
Características como: criatividade, diversão e relevância com a realidade;
devem se fazer presente também quando o assunto é avaliação. Quando o professor
desconsidera a avaliação como um processo que depende da realidade da criança e seus
anseios diante da aprendizagem, que ela ocorre continuamente e portanto, pode ser
considerada durante todo decorrer da vida escolar, não é possível alcançar o fundamental
para que a aprendizagem ocorra efetivamente, ou seja, faz-se necessário considerar em
primeiro lugar a criança como ser ativo que tem pontos fortes que cooperam para a sua
evolução.
Consequentemente, o educador que se especializa em Educação Infantil
necessita compreender o seu papel diante dessa criança que traz diversas curiosidades
diante da vida escolar em seu primeiro contato com a instituição escola. Neste ponto os
métodos a serem utilizados são extremamente importantes, pois eles devem prever
aspectos diferenciais e estratégias pertinentes para que cada indivíduo que compõe aquela
realidade efetivamente aprenda. Em suma, mais do que avaliar, a escola tem que estar
preparada para ser um ambiente de qualidade para que o aprendizado aconteça, contudo
é importante observar que:
Qualidade não é ‘algo dado’, não existe ‘em si’, remetendo a questão
axiológica, ou seja, dos valores de quem produz a análise de qualidade.
A emergência de critérios de avaliação não se dá de modo dissociado
das posições, crenças, visão de mundo e práticas sociais de quem os
concebe. É um conceito que nasce da perspectiva filosófica, social,
política de quem faz o julgamento e dela é expressão. Portanto, os
enfoques e critérios assumidos em um processo avaliativo revelam as
opções axiológicas dos que dele participam. (SOUSA, 1997, p. 267).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KUHLMANN JR., Moisés. O jardim de infância e a educação das crianças pobres: final
do século XIX, início do século XX. In: MONARCHA, Carlos, (Org.). Educação da
infância brasileira: 1875-1983. Campinas, SP: Autores Associados, 2001. (Coleção
educação contemporânea).
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SILVA, Juliana Pereira da. URT, Sonia da Cunha. Educação Infantil e Avaliação: uma
ação mediadora. Nuances: Estudos sobre Educação. Presidente Prudente, SP, v. 25, n. 3,
p. 56-78, set./dez. 2014. Disponível em
<http://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/view/3038/2706> Acesso em 02
Abr. 2017.