A Influência Da Política de Recompensas Sobre Os Colaboradores
A Influência Da Política de Recompensas Sobre Os Colaboradores
A Influência Da Política de Recompensas Sobre Os Colaboradores
CENTRO SOCIOECONÔMICO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO
FLORIANÓPOLIS
2017
LARA AMABILE MARTINS
LETÍCIA PELENTIR MISTURINI
Florianópolis
2017
Ficha de identificação da obra elaborada pelas autoras, através do Programa de Geração
Automática da Biblioteca Universitária da UFSC.
Inclui referências.
Este Trabalho de Curso foi julgado adequado e aprovado na sua forma final pela
Coordenadoria Trabalho de Curso do Departamento de Ciências da Administração da
Universidade Federal de Santa Catarina.
________________________
Prof. Dr. Martin de La Martinière Petroll
Coordenador de TC
Banca Examinadora:
________________________
Prof. Dr. Raphael Schlickmann
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Profa. Dra. Márcia Barros de Sales
Universidade Federal de Santa Catarina
________________________
Vinícius Santos, nosso contato e facilitador dentro da empresa pesquisada. Obrigada por
acreditar e confiar no nosso trabalho e nos ajudar durante a elaboração deste;
Empresa Insight, por possibilitar a realização deste TC e por, tão respeitosamente, abrir suas
portas para nós;
Professor Dr. Marcos Dalmau por ter nos orientado e ajudado a colocar no papel as ideias que
tínhamos na cabeça;
Professor Dr. Raphael Schlikmann, nosso coorientador que nos apoiou no momento que mais
precisamos e foi muito atencioso conosco.
Este trabalho trata sobre política de recompensas, mais especificamente como benefícios e
incentivos influenciam os colaboradores e qual o objetivo das organizações em oferecê-las.
Pessoas são um quesito de competitividade, ter e reter talentos é um assunto moderno e atual
que precisa ser pesquisado. Recompensa é visto como uma maneira de retribuir o trabalhador
pelo esforço que ele despende no trabalho, tentando também motivá-lo, fazendo a empresa sair
do patamar de ver o funcionário como um recurso que gera gastos e passar a entendê-lo como
um dos alicerces imprescindíveis para o sucesso da organização. Com isso em mente o
problema de pesquisa a ser respondido foi: a política de recompensas de uma empresa de
tecnologia de Florianópolis está alcançando os objetivos propostos? Para respondê-la foi
realizada uma pesquisa qualitativa e quantitativa em uma empresa de tecnologia da cidade de
Florianópolis. A coleta de dados foi realizada com o gestor de recursos humanos e com os
colaboradores através de entrevistas e de questionário. Foram levantados aspectos interessantes
sobre a satisfação e a influência das recompensas no comportamento e desempenho dos
colaboradores. A análise dos dados coletados permitiu verificar que a política de recompensas
da empresa em estudo alcança seus objetivos de atrair novos talentos, reter pessoas e promover
a saúde e felicidade dos seus colaboradores.
This paper deals with rewards policy, more specifically how benefits and incentives could to
influence workers and what is the purpose of organizations in offering them. People are a matter
of competitiveness, having and retaining talent is a modern and current subject that needs to be
researched. Reward is seen as a way of repaying the worker for the effort he or she expends in
the job, also trying to motivate him, causing the company to get out of the way of seeing the
employee as a resource that generates expenses and to come to understand it as one of the
foundations essential for the success of the organization. With this in mind the research problem
to be answered was: the rewards policy of a Florianopolis technology company is achieving the
proposed objectives? In order to answer it, a qualitative and quantitative research was carried
out at a technology company in the city of Florianópolis. Data collection was carried out with
the human resources manager and with the employees through interviews and a questionnaire.
Interesting aspects were raised about satisfaction and the influence of rewards on employee
behavior and performance. The analysis of the data collected allowed us to check that the
rewards policy of the company under study achieves its objectives of attracting new talent,
retaining people and promoting the health and happiness of its employees.
1 INTRODUÇÃO
vida dos cidadãos. Para exemplificar o quanto a atividade profissional ocupa espaço no tempo
das pessoas, seguem algumas pesquisas sobre o assunto nos próximos parágrafos.
De acordo com uma pesquisa de 2013, realizada pela Right Management1 com 325
trabalhadores americanos, elencou-se que cerca de 67% alegam estar passando mais tempo no
trabalho do que no ano de 2008. Apesar de a pesquisa ser com trabalhadores americanos, é
inegável que o trabalho está em posição de importância para os cidadãos, além de que ocupa
grande parte do dia das pessoas, sendo onde os trabalhadores passam a maior parte do seu
tempo.
Quando se olha para as horas dispensadas pelos indivíduos para o trabalho, percebe-se
que a maior parte do dia está dedicada para o exercício da atividade de sustento, sendo que se
passam mais horas trabalhando que as horas previstas em lei para isso. Segundo pesquisa
realizada pela Regus2 com mais de doze mil trabalhadores, cerca de 38% dos empregados no
mundo trabalham até onze horas por dia. Só no Brasil, essa mesma pesquisa observou que
aproximadamente 46% das pessoas passam até onze horas no exercício da profissão, portanto,
a maioria. Percebe-se que cada vez mais os trabalhadores estão despendendo mais horas de
trabalho, seja pela concorrência, pela necessidade, pela vontade ou gosto do trabalho.
Além disso, o tempo despendido para se chegar ao trabalho é grande, pois, de acordo
com pesquisa da Firjan3 (2005), o tempo gasto no trânsito para chegar no trabalho aumentou
em quase todas as regiões do Brasil. Só para se ter uma ideia, no Rio de Janeiro são mais ou
menos duas horas e vinte e um minutos gastos no trânsito para chegar ao local de serviço,
enquanto que em São Paulo são duas horas e doze minutos. Aqui se confere que além das horas
de trabalho, ainda existem as horas que os funcionários não passam efetivamente no trabalho,
porém, estão usando o tempo para o trabalho: como o tempo despendido para se arrumar ou o
tempo no trânsito para chegar ao trabalho. É uma realidade em, principalmente, cidades
grandes, a dificuldade do trânsito, pela baixa qualidade de mobilidade desses centros, fazendo
com que os colaboradores tenham que despender tempo significativo até chegar ao serviço. Em
1
Quanto tempo você passa no trabalho? Disponível em: <http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/quanto-
tempo-voce-passa-no-trabalho/82404/> Acesso em 25 abr 2017.
2
VERUSKA DONATO. Quase metade dos brasileiros trabalha até onze horas por dia. <http://g1.globo.com/jornal-
hoje/noticia/2011/12/quase-metade-dos-brasileiros-trabalha-ate-onze-horas-por-dia.html> Acesso em 25 abr 2017.
Horas Trabalhadas Em Cada País. Disponível em: <http://www.forbes.com.br/fotos/2015/11/quantas-horas-as-pessoas-
trabalham-em-cada-pais/#foto2> Acesso em 25 abr 2017.
3
JORNAL NACIONAL. Tempo gasto no trânsito pelos trabalhadores aumenta em 35 regiões. Disponível em:
<http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/09/tempo-gasto-no-transito-pelos-trabalhadores-aumenta-em-
35-regioes.html> Acesso em 25 abr 2017.
18
relação a este último ponto, empresas já estão se movimentando para melhorar isso, através de
contratação de ônibus terceirizados para o transporte de colaboradores que morem mais longe
do local de trabalho ou até mesmo o home office.
Ainda pode-se falar de algo muito importante e que é consequência da modernização: a
dificuldade de desvinculação do trabalho nas horas livres por causa da tecnologia. Nas
pesquisas citadas nesta parte deste trabalho e experiências pessoais, percebe-se um padrão para
explicar o porquê de tanto tempo gasto no trabalho: a concorrência (entre colegas e entre
empresas), a necessidade de estar sempre disponível para a organização que trabalha (caso não
esteja, pode demonstrar que o trabalhador não tem tanta motivação ou não dá tanta atenção
como deveria à empresa), a utilização de dispositivos que estão conectados à internet e que
trazem fácil acesso aos e-mails, redes corporativas e telefonemas para resolver os problemas
que surgem no ambiente de trabalho, necessidade de atenção constante ao que acontece no
mundo (informações muitas vezes são necessárias para a tomada de decisão, então, estar ciente
dos acontecimentos é imprescindível).
Se por um lado o trabalhador faz muitos sacrifícios para o seu trabalho e gasta a maior
parte de seu tempo e energia no serviço, por outro lado, a área de Gestão de Pessoas precisa
lidar com as mudanças constantes no mercado de trabalho e nas interações entre empresa e
colaboradores. Além disso, se vive na Gestão de Pessoas a era do “potencial humano”. Entende-
se o potencial humano como o desenvolvimento do potencial dos colaboradores, de forma a
maximizar o que estes podem entregar para as organizações, buscando, assim, motivar e reter
talentos na organização. Além disso, potencial humano tem a ver com o que é pouco explorado
no que diz respeito às características e habilidades que as pessoas possuem e que podem
significar muito em relação ao trabalho, ou seja, possuir uma boa qualidade de vida no emprego
e ainda desenvolver atributos essenciais para realizá-lo de maneira muito melhor caso não
tivesse essa qualidade presente no ambiente do serviço. E é aqui, por causa de muitos dos
motivos citados, que a política de recompensas entra.
A política de recompensas é uma maneira de mostrar que os funcionários são
importantes para a organização e dar reconhecimento pelo trabalho feito, assim, tentando reter
os talentos, os quais são fundamentais para o desenvolvimento da empresa. Dessa forma, pode-
se inferir que recompensas é um dos grandes desafios da área de Recursos Humanos. Ainda
mais, recompensa é um ponto estratégico para a organização e, como a Gestão de Pessoas tem
19
essa necessidade de ser estratégica, a política implementada pode conferir uma maneira
interessante de ser competitiva no mercado corporativo e de trabalho.
Com todo o exposto, chegou-se ao seguinte problema que se pretende responder com a
pesquisa: A política de recompensas de uma empresa de tecnologia de Florianópolis está
alcançando os objetivos propostos?
1.1 OBJETIVOS
1.2 JUSTIFICATIVA
Tal pesquisa justifica-se por sua relevância, visto que de acordo com Gonçalves, Corrêa
e Santos (2016), o volume de publicações especificamente sobre o assunto de 2004 a 2014 foi
20
de 101 documentos entre artigos, dissertações e teses de acesso gratuito. Portanto, trata-se de
um assunto que vem ganhando destaque, principalmente por sua característica mais complexa
por se tratar da relação de pessoas com o ambiente de trabalho. As recompensas oferecidas aos
colaboradores não são mais vistas como técnicas operacionais, pois o fator humano torna a
aplicação de recompensas em uma empresa algo complexo e que requer dedicação ao ser
implantado. É preciso observação para identificar o que os colaboradores desejam, um processo
criterioso para definir as regras de recompensas e um sistema justo de avaliação de desempenho
onde se basear para distribuir as recompensas. Dessa forma, ampliar o estudo na área possibilita
a maior divulgação de conhecimento sobre o assunto e incentiva a criação de métodos de
recompensas, pelas próprias empresas, que alinhe os objetivos do negócio com incentivos à
motivação dos funcionários.
Contudo, ainda segundo os autores, há uma leve desaceleração nas publicações a
respeito do tema nos últimos anos. Tal brecha incentiva que pesquisas sejam feitas para
averiguar o estado atual das linhas de estudo sobre o assunto e quais recompensas as empresas
vêm adotando para estimular seus colaboradores. A contribuição do estudo se deve também por
analisar um lado pouco explorado: a influência das recompensas como um fator que pressiona
negativamente o colaborador, que o faz se sentir obrigado a produzir mais como forma de
compensar a empresa pelas recompensas oferecidas, assim como o contrário também pode ser
verdade. É importante aos empresários saberem mediar entre a produtividade e o bem-estar de
seus colaboradores, dessa forma, a pesquisa contribuirá para a formação desses profissionais,
ficando disponibilizada no meio acadêmico para consulta.
A pesquisa possui viabilidade devido ao acesso a uma empresa de tecnologia de
Florianópolis que desde o início abriu as portas e se dispôs a contribuir no que fosse necessário.
O acesso ao acervo da biblioteca e a artigos online também possibilitaram criar um
embasamento teórico fundamental para a pesquisa, sem o qual não seria possível a análise da
política de recompensas da empresa analisada. A empresa em estudo terá total acesso a
pesquisa, o que contribuirá com melhorias para sua política de recompensas ao utilizar-se das
informações levantadas e colhidas.
21
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo serão apresentados os conceitos que fundamentam a análise dos dados
coletados na empresa em pesquisa. Serão abordados como temas a gestão de pessoas, a
motivação e as recompensas que se dividem em incentivos, benefícios e remuneração. Para
tanto, contou-se com o estudo de obras literárias que deram suporte para o aprendizado e o
desenvolvimento da pesquisa, cujos principais autores se destacam: Antonio Carlos Gil (2001),
Scott Snell & George Bohlander (2010) e Pierre Marras (2007).
De vários nomes, tais como Gestão de Pessoal e Gestão de Recursos Humanos, a área
de Gestão de Pessoas (GP), como é mais recentemente chamada (CHIAVENATO, 2010), foi
originalmente criada para “prestar serviços à própria empresa para suprir suas necessidades
operacionais e, também, para atender a suas exigências legais” (MARRAS, 2007, p 12).
A área de Gestão de Pessoas, por muitas vezes, é confundida como sendo apenas uma
área suporte para a empresa como um todo, justamente por ter sido criada para prestar serviços
de apoio, como higiene, segurança no trabalho e treinamento. Dessa forma, Marras (2007)
demonstra os fatores que são mais atrelados à Gestão de Pessoas e que ainda fazem a GP ser
vista de maneira simplificada, são eles:
1. Ideia de que o setor foi implementado nas organizações em grande parte apenas para
suprir necessidades de prestação de serviços, tais como refeitório, ambulatório,
treinamento, segurança no trabalho e pagamento de salários;
2. Visualização da área como uma apoiadora dos funcionários na empresa no que tange ao
conforto e defesa de interesses, por causa da visão citada no item 1;
3. Afirmação de que a empresa é uma família para os funcionários;
4. Benefícios monetários como um extra de salário visto como melhorador da qualidade
de vida destes;
5. Políticas, normas e procedimentos para a execução das funções, e
6. Gerente de GP tido como o advogado de interesses dos colaboradores da empresa
perante aos altos cargos da organização.
22
Esses pontos citados pelo referido autor, são interessantes para perceber como o
conhecimento do que a Gestão de Pessoas faz é limitado. Primeiramente, o setor não é apenas
e somente para determinados funcionários, mas sim, deve ser considerado um instrumento
fundamental para toda a organização, ainda mais quando se discute o fato de pessoas serem um
dos alicerces mais importantes das organizações. A GP não pode se limitar a ser somente o
local de construção de normas, contudo, deve ser o ambiente que propicia a expansão da cultura
e motivação do pessoal interno.
Percebe-se através do levantamento do autor citado que a área de Gestão de Pessoas
ainda não é bem distinguida entre suas funções tradicionais e operacionais e entre os trabalhos
estratégicos que realiza, até mesmo porque, apesar de ter se adaptado e evoluído, a GP ainda
guarda as funções que inicialmente foi criada para fazer, já que, a área,
(...) praticando uma gestão operacional, nunca deixou de ser uma área
prestadora de serviços, mas de serviços de interesse da própria
organização, para garantir o fluxo de atividades que lhe garantam o lucro
desejado, ou, então, para atender certas exigências legais (MARRAS,
2007, p. 14).
Ainda de acordo com esse pensamento do autor citado, percebe-se que o setor se
encontra, atualmente, na estrutura organizacional em duas posições como função de staff e
também responsabilidade de linha (MARRAS, 2007). Sobre a posição de responsabilidade, esta
é onde se encontra a liderança, o comando e resultados. Quanto à função de staff, se destaca
neste quesito o auxílio, recomendações e planejamento. Ou ainda, nas palavras do autor, “uma
responsabilidade de linha, pois se espera que o manager da empresa responda diretamente pela
administração de suas equipes de trabalho; e uma função de staff, pois cabe à área de RH
estabelecer diretrizes, normas e critérios de como administrar as pessoas” (MARRAS, 2016, p.
39). Contudo, as pessoas são um dos ativos mais importantes das organizações. Tendo em vista
que empresas são formadas por seres humanos e são estes que as fazem funcionar, a GP
compreende que esse ativo é de grande importância para a competitividade, e assim, evolui para
fazer parte da estratégia das empresas.
Aqui se pode colocar uma crítica à área de Gestão de Pessoas, apesar do que foi
comentado, não possuir efetivamente, em muitos dos casos de gestão, uma posição de
importância nos organogramas e, consequentemente, na realidade das organizações. Marras
(2007) coloca esse, porém perfeitamente, analisando que, como a GP não é uma área
fornecedora de lucros, mas sim um setor que gera despesas, portanto, indo no caminho contrário
23
do objetivo das empresas de gerar lucro aos acionistas, então, a GP não recebe a devida atenção.
Já que se vive numa era de maximização de lucros, é interessante que, para poder ser percebida
de forma diferente, precisa ultrapassar o limite do operacional e “mostrar-se como uma área
que aporte efetivamente resultados positivos para a organização em termos de lucratividade”
(MARRAS, 2007, p. 16).
Na condição de o lucro ser imprescindível para que empresas continuem a trabalhar,
pessoas são essenciais para que, antes de tudo, existem empresas. Possuir uma área de GP
estruturada e que funcione além do operacional, pode trazer muitos benefícios. Por isso, de
acordo com Marras (2007), a área de Gestão de Pessoas deve ser tratada como estratégica, assim
como as outras e, portanto, deve cuidar dos verdadeiros interesses dos que compõem a
organização.
Apesar das dificuldades, a Gestão de Pessoas está, lentamente, passando por
transformações para se tornar mais adequada ao atual ambiente das empresas. Existem várias
organizações que estão lidando com essa área de maneira diferenciada, tentando privilegiá-la
e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos colaboradores e trazer novas
ferramentas de gestão para tornar a produtividade maior, além de inovadoras formas de gerir
pessoas. Isto posto, tenta, então, alcançar novos patamares para o setor, buscando até mesmo
conhecimentos de ciências sociais e psicologia para melhor entender e lidar com as pessoas da
organização.
Agora, passando a entender melhor a nova forma que o setor de Gestão de Pessoas
administra os desafios atuais, temos a posição trazida por Chiavenato (2015) onde o mesmo
explica o dilema entre tratar as pessoas da organização como recursos ou como parceiros,
buscando o significado que o nome da área possui em relação a isso, ou seja, Recursos Humanos
ou Gestão de Pessoas, respectivamente. Em suas palavras, diz que “Como recursos, eles são
padronizados, uniformes, inertes e precisam ser administrados, o que envolve planejamento,
organização, direção e controle das atividades, já́ que são considerados sujeitos passivos da
ação organizacional” (CHIAVENATO, 2015, p. 2). A questão levantada nesse sentido, é sobre
24
o fato de tratar pessoas como “recursos produtivos das organizações: os chamados recursos
humanos” (CHIAVENATO, 2015, p. 3), ou seja, estes são ferramentas para produzir produtos
e serviços, e assim, gerar lucro para os acionistas. Nesse sentido, é necessário usar o máximo
dos trabalhadores para alcançar esses objetivos, já que os mesmos, quando olhamos dessa forma
e segundo o citado autor, são simplesmente patrimônio físico incluídos na contabilidade.
Como se é sabido, no modelo taylorista, “atomizar as tarefas e separar a concepção da
execução, limita a contribuição de seres humanos inteligentes e dotados de vontade ao mero
exercício de uma função simples e repetitiva” (ANDRADE, 1991). Isso significa que todo
potencial humano é subvalorizado pelas atividades repetitivas e alienadas do processo de
produção do produto.
Quanto as pessoas são observadas pelo outro lada da moeda, ou seja, como parceiros,
então,
Para completar, o mesmo autor também coloca este esquema da figura 2 que demonstra
a evolução gradativa do setor:
2.2 MOTIVAÇÃO
Mas é possível que um gerente consiga motivar seus colaboradores? A resposta a essa
pergunta, segundo Gil (2001) é positiva e deve iniciar com a identificação de quem está
motivado e de quem não está. Através da observação de pequenos gestos - como expressões
solícitas, sorrisos, postura, olhar confiante ou disperso, inclinação do corpo como demonstração
de interesse, aparência desalinhada, espontaneidade para dar opinião, entre outros - e do local
de trabalho, como a mesa ocupada pelo colaborador, pode-se identificar quem está e quem não
está motivado. O próximo passo, ainda de acordo com Gil (2001) é identificar as necessidades
dos colaboradores e satisfazê-las as incorporando nas tarefas de trabalho. A possibilidade de
conseguir alcançar um objetivo desejado é o que gera motivação. Apesar de parecer simples,
identificar quais as necessidades das pessoas não é uma tarefa fácil. É algo muito subjetivo e
característico, que muda de pessoa para pessoa e de momentos para momentos em uma mesma
pessoa.
A teoria da hierarquia de necessidades de Abraham Maslow traz algumas dessas
necessidades divididas em cinco grupos: a) fisiológicas: necessidades de sobrevivência como
abrigo, alimentação e vestimenta; b) segurança: sentir-se seguro e ter as necessidades
fisiológicas satisfeitas, está ligado a ter emprego e moradia; c) sociais: interações sociais e
aceitação perante um grupo; d) estima: amor próprio e reconhecimento de outras pessoas; e)
auto realização: atingir o máximo de seu potencial humano (GIL, 2001, p. 205-206).
Gil (2001) recomenda algumas atitudes gerais que podem contribuir para um gerente
motivar seus colaboradores: a) valorize as pessoas: um gerente pode adotar um estilo de gerir
que se encaixe melhor com cada colaborador da equipe e não deve nunca eleger favoritos; b)
reconheça os avanços: o feedback é um importante motivador, assim como o apoio do gerente,
desde um simples gesto apreciando um avanço de metas até uma conversa sobre os erros e
melhorias que podem ser feitas; c) encoraje iniciativas: favorecer um ambiente aberto para
sugestões dos colaboradores; d) ofereça incentivos: privilégios e presentes motivam mais do
que incentivos financeiros; e) enriqueça as funções: formar equipes que realizam uma tarefa
por completo dará uma maior satisfação do que dividir a tarefa em partes e delegá-las
individualmente; f) delegue autoridade: identificar as pessoas que se especializaram em
determinadas tarefas e colocá-las em posição de comando, delegando responsabilidade e
também autoridade; g) faça avaliações: são fonte de informações a respeito do desempenho e
da motivação do colaborador, possibilitam identificar os sinais de desmotivação e tomar
29
2.3 RECOMPENSAS
2.3.1 Remuneração
2.3.2 Benefícios
2.3.3 Incentivos
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 PESQUISA
Quanto a natureza do trabalho, classifica-se como uma pesquisa aplicada que é aquela
onde “tem como característica fundamental o interesse na aplicação, utilização e consequências
práticas dos conhecimentos” (BARROS; LEHFELD, 2007, p. 27). A fundamentação teórica
servirá de base para compreender como as recompensas influenciam os colaboradores, para isso
será feita uma pesquisa em uma empresa de tecnologia de Florianópolis. De modo a preservar
a identidade da empresa, a mesma solicitou a não divulgação de seu nome, portanto, este
trabalho irá tratá-la como “Insight”.
Em relação ao objetivo do trabalho foi realizada uma pesquisa descritiva para levantar
dados e informações sobre a percepção dos colaboradores acerca da política de recompensas e
para isso serão usadas técnicas bem específicas que serão vistas a seguir. A preferência por uma
pesquisa descritiva se justifica por se tratar da “descrição das características de determinada
população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. (...) e uma de suas
características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de
dados” (Gil, 2011, p. 28).
3.2 ABORDAGEM
Não foi feita uma delimitação de amostra para a realização da pesquisa. O questionário
foi enviado para todo o quadro de colaboradores da Insight, que é constituído por 116
trabalhadores. Dessa maneira, a intenção é realizar um censo, que, de acordo com Prodanov e
Freitas (2013), diz respeito a aplicar uma pesquisa com toda a população. População por sua
vez é “um conjunto definido de elementos que possuem determinadas características.
Comumente fala-se de população como referência ao total de habitantes de determinado lugar”
(GIL, 2011).
análise de dados secundários, dado que a Insight preferiu não mostrar documentos da instituição
para esta pesquisa.
Para iniciar a coleta de dados, primeiramente foi realizada uma entrevista informal com
o Guardião da Cultura para o delineamento do perfil da organização, coletando-se informações
sobre a história da empresa. Segundo Gil (2011, p. 111), a entrevista informal “tem como
objetivo básico a coleta de dados. O que se pretende com entrevistas desse tipo é a obtenção de
uma visão geral do problema pesquisado”. Essa entrevista aconteceu sem roteiro e como uma
conversa, para que o gestor ficasse à vontade para desenvolver as informações pertinentes à
história da empresa e dar um apanhado geral sobre o ambiente de trabalho.
Em outra reunião, se sucedeu uma segunda entrevista. Nesta ocasião, o caráter foi de
entrevista não diretiva (encontrada no apêndice A). Segundo Richardson (2010, p. 210), esse
tipo de entrevista “permite ao entrevistado desenvolver suas opiniões e informações da maneira
que ele estimar conveniente. O entrevistador desempenha apenas funções de orientação”. No
caso, o Guardião da Cultura foi entrevistado seguindo um roteiro de temas a serem discutidos
a respeito da política de recompensas, com o objetivo de coletar dados sobre quais as
recompensas oferecidas aos funcionários, como estas funcionam, para quem são direcionadas,
temporalidade delas e qual a intenção dos gestores em oferecê-las. Com o consentimento do
entrevistado, este segundo momento foi gravado através de gravador de celular, a fim de
transcrever as informações recolhidas e, assim, descrever como a política de recompensas
funciona na organização trabalhada. Ainda, os dados e as informações adquiridas ajudaram a
entender e conhecer a política de recompensas aplicada, além de serem a base de conhecimento
para a formulação do questionário, o qual foi aplicado aos funcionários da empresa.
Tanto as duas entrevistas quanto o questionário podem ser consultados nos apêndices
A, B e C respectivamente. O questionário é uma técnica onde se aplicam questões objetivas
com a intenção de se obter informações sobre sentimentos, valores, crenças, expectativas,
temores, entre outros (BARROS; LEHFELD, 2007). Em relação a este, a entrevista dirigida e
a fundamentação teórica serviram de apoio fundamental para a formulação das perguntas,
elencando-se o que era necessário perguntar e entender dos colaboradores. Este quesito foi o
início do entendimento da percepção dos colaboradores sobre a política de recompensas, sendo
que as questões tentam retirar o máximo de informações dos trabalhadores a respeito do que
eles pensam sobre esta, para assim, analisar como é a percepção dos funcionários e se as
recompensas estão surtindo o efeito desejado neles.
Direcionando mais para a estrutura, a escala utilizada nas perguntas fechadas foi a escala
Likert, uma das mais tradicionais na coleta de dados. Citando Nogueira, temos que a escala
Likert:
reais. Para aqueles que quisessem participar do sorteio, foi solicitado que preenchessem seu e-
mail no início do questionário, já que era necessário deixar um contato para que se soubesse
quem é o ganhador. Ao final do período de coleta de respostas, o sorteio foi realizado de maneira
online pelo site sorteador.com.br, o qual seleciona o vencedor de forma aleatória.
De modo a deixar mais claro os sujeitos envolvidos neste trabalho e que foram
necessários para a coleta de dados, elaborou-se o quadro 1 seguinte.
O quadro 1 tem o objetivo de mostrar de forma clara quais foram os sujeitos integrantes
e essenciais para cada objetivo específico. Pode-se verificar que o Guardião da Cultura tem
grande importância no trabalho, já que o mesmo vai fornecer as informações essenciais para a
formulação de perguntas, além de que tende a direcionar o trabalho de acordo com os dados e
informações que passar. Ele está presente nas duas primeiras etapas, sendo estas decisivas para
a coleta de dados com os colaboradores de maneira geral. A terceira etapa é focada nos
colaboradores, pois estes precisam ser pesquisados e são a parte mais fundamental do trabalho
para atingir o objetivo geral. Por penúltimo, ambos são elencados para atingir o objetivo
específico final, pois neste é necessário realizar análises e cruzamento de dados dos dois lados
para conseguir verificar a percepção dos funcionários.
O quadro 2 a seguir exibe a forma de coleta de dados que será usada em cada objetivo
específico e sujeito.
42
Para atingir cada objetivo, irá se utilizar de vários métodos. O quadro 2 expõe que nos
dois primeiros objetivos a entrevista direta é ponto central da coleta de dados, enquanto que
para reunir dados dos colaboradores o questionário será o método utilizado. A análise e
cruzamento de dados será realizada no objetivo destacado como ‘d’, pois neste ponto é
necessário verificar o efeito que a política de recompensas traz e, portanto, é mais efetivo fazer
cruzamento de informações e dados, além de examinar cada variável presente no questionário.
Depois dos passos descritos, segue a fase de análise dos dados.
A seguir os dados foram analisados em conjunto, relacionados entre si, realizando cruzamentos
de dados e informações, e tiveram de destacar os pontos fortes e fracos do método de
recompensa adotado pela empresa de tecnologia em relação a sua influência sobre os
colaboradores.
44
4 ANÁLISE DE DADOS
Nestlé, Fini Guloseimas, Cecrisa, Parati e Samsung. A empresa ainda atua na alimentação de
um blog dedicado a disseminar conteúdo sobre trade marketing com vídeos, ebooks e artigos,
e ainda realiza um evento anual com palestras sobre estratégias e gestão de trade marketing.
Com um crescimento vertiginoso no faturamento, segundo dados do seu próprio site, a
empresa vem crescendo mais de 100% ao ano nos últimos seis anos. Em 2014, o crescimento
do faturamento foi de 152% e em 2015 de 158%. Crescimento esse não apenas econômico, mas
também em estrutura, confirmada pela mudança para uma sede de cinco andares, pela abertura
de uma filial em São Paulo, e pela recente contratação de cinquenta funcionários.
A Insight não é só reconhecida pelo rápido crescimento e pelas pesquisas e
disseminação de informações na área de trade marketing, como também pela gestão de pessoas
e política de recompensas. Em 2016, a Great Place to Work (GPTW) Brasil, conhecida por
avaliar a gestão de empresas de diversos setores e países, concedeu duas premiações à Insight:
primeiro lugar na categoria de melhor empresa de pequeno porte para se trabalhar no segmento
de tecnologia da informação do país; e o primeiro lugar como melhor empresa de pequeno porte
para se trabalhar em Santa Catarina (Great Place to Work, site, 2017).
O incentivo a criatividade, a transparência de comunicação e a sua estrutura
horizontalizada fizeram com que a Insight fosse reconhecida nacionalmente como uma das
melhores empresas para se trabalhar. Nos tópicos seguintes serão descritos e analisados os
benefícios, os incentivos e o plano de remuneração que fazem parte da política de recompensas
da Insight.
Graças a estes esforços, pode-se afirmar que os valores da Insight estão bastante fortes
na memória e ações dos colaboradores. Os gestores buscam levar para o dia-a-dia a importância
que os colaboradores têm em relação a perpetuação da cultura no ambiente interno. Para isso,
foi criado grupos de discussão para determinados assuntos, dessa forma, os trabalhadores estão
envolvidos com as decisões e estão ajudando a manter a cultura e comportamentos desejados
fortificados. Isso também quer dizer que quando há um problema, muitas vezes, a solução deste
é criada pelos próprios colaboradores, os quais se juntam nestes grupos de discussão e procuram
por soluções adequadas à situação proposta. Portanto, as pessoas que trabalham na Insight têm
grande importância nas decisões da organização, provando que a empresa leva em consideração
a voz de seus colaboradores e se importa com o que eles pensam. Um dos valores da Insight é
a empatia, então, a empresa vê como muito importante se colocar no lugar do outro antes de
julgar o comportamento.
É importante constatar que desde quando os colaboradores entram na organização eles
recebem as informações que precisam e são colocados perante a cultura organizacional. Dessa
forma, os novos colaboradores passam por um processo de “onboarding”, onde estes são
apresentados à cultura, valores, missão, visão, passam pelos setores existentes e conhecem os
colegas, direitos e deveres, além dos benefícios e recompensas que receberá.
Boa parte das decisões são tomadas em conjunto, entretanto, existem decisões que
demandam a intervenção apenas do gestor. Quando isso se faz necessário, as decisões do gestor
devem levar em consideração o bem-estar dos colaboradores e da empresa, portanto, existe
preocupação com as pessoas até mesmo quando a tomada de decisão ocorre no tipo Top Down.
Mesmo assim, é preciso entender que a Insight tem um modelo horizontal também na tomada
de decisões, porém, existem certos momentos em que a decisão cabe especialmente ao gestor.
As decisões colaborativas ocorrem em diversos momentos e, então, acontecem debates entre a
equipe para a resolução dos problemas.
Tudo isso torna o relacionamento interno muito forte e promove a visão humana das
pessoas para os seus colegas. Isso é um fator muito importante quando se fala de recompensas,
pois a maneira como as pessoas são tratadas dentro da organização trazer sentimentos de
pertencimento, motivação e justiça, devido ao esforço despendido para a realização do trabalho.
48
A Insight conta com horário flexível para o trabalho dos colaboradores. O tempo total é
de oito horas diárias (de segunda a sexta) e estas podem ser divididas conforme o desejo do
colaborador, ou seja, pode entrar na empresa e sair a hora que achar melhor. Para que não vire
uma bagunça, é preciso acordar os horários com o gestor responsável da sua área, mas nada que
atrapalhe a escolha do trabalhador.
Ainda é possível fazer um intervalo de até duas horas para almoço. O intervalo oficial é
de uma hora de almoço para quem trabalha um período de oito horas, entretanto, esse período
pode ser estendido para duas horas, com a indicação da empresa para que este seja o máximo
de intervalo entre os turnos. Mesmo assim, se o trabalhador tem algum compromisso e precisa
usar mais de duas horas, ele pode, desde que converse antes com o seu gestor.
A empresa fica bastante tempo aberta para que os colaboradores possam usufruir desse
horário flexível. Portanto, abre às sete horas da manhã e fecha às vinte e duas horas da noite.
Assim, cada trabalhador pode fazer o seu horário de trabalho em um espaço de tempo que
propicia isso a ocorrer.
É preciso notar que existem alguns cargos que precisam trabalhar no horário comercial
e, então, não podem ter horário flexível, como é o caso das áreas de suporte e relacionamento,
comercial e novos negócios.
É possível fazer horas extras para converter como folga. Horas extras, na Insight, não
são convertidas em acréscimo no salário, apenas em folga. Se o trabalhador quiser, pode
trabalhar no sábado para fazer essas horas a mais, mas apenas se for uma vontade dele, pois não
é cobrado de ninguém a realização dessas horas extras. É possível fazer também, no máximo,
duas horas extras por dia, com um teto de vinte horas extras mensais, que são contabilizadas no
banco de horas da empresa.
O único caso em que as horas a mais são convertidas em dinheiro é quando surge algum
imprevisto e o trabalhador é chamado na empresa e acaba por cumprir mais de duas horas,
sendo assim, ele é recompensado com dinheiro.
Quando for compensar as horas extras, é possível tirar a folga em qualquer dia da
semana, de acordo com o desejo do colaborador. O horário flexível é ofertado de modo a trazer
uma qualidade de vida para os trabalhadores e atrair e reter talentos. Este é um fator fundamental
para empresas de tecnologia, pois acaba sendo uma característica desse setor.
50
Para além dos benefícios espontâneos citados anteriormente, ainda existem alguns
incentivos e ações planejados especialmente como forma de recompensar o colaborador.
Primeiramente, é preciso falar sobre os benefícios legais, aqueles amparados por lei.
Neste caso, se tem o salário, vale alimentação, vale transporte, plano de saúde e odontológico.
Nenhum desses benefícios é descontado da folha de pagamento dos funcionários, assim, existe
um certo valor para balizar o quanto se é gasto. A empresa conta com o valor padrão (um valor
‘x’)4 para cada colaborador, sendo este o mesmo para todos os cargos, sem distinção. O
funcionário pode usar esta quantidade ‘x’ como preferir, isto é, se quiser contratar o plano de
saúde mais caro disponível pode, daí o que acontece é que terá de escolher outros benefícios
com preços mais baratos, como, por exemplo, o plano odontológico, pois as escolhas do
funcionário terão que caber dentro deste valor pré-estipulado, assim, não tem nenhuma
cobrança a mais pelo fato de colaborador optar por algo mais caro. O único custo que não pode
ser mexido é o vale refeição, porque para este existe um acordo com o sindicato dos
trabalhadores, já estabelecendo um valor único e fixo diário.
Há um estímulo a mais para quem opta pelo transporte público no seu vale transporte.
Para esta situação, é pago um valor a mais, sem descontar esse acréscimo do valor ‘x’, de forma
a motivar o uso do transporte coletivo, até mesmo porque ajuda a destrancar o estacionamento
da empresa. Obviamente, o montante pago é de acordo com a tarifa do ônibus, pois se tem tarifa
normal (para locomoção dentro da cidade) e intermunicipal.
Em relação aos benefícios espontâneos, a Insight disponibiliza várias formas de
recompensar os seus colaboradores. Esses benefícios são oferecidos pensando no bem-estar
dos funcionários, bem como para suprir gargalos da vida, isto é, recompensar as pessoas para
preencher lacunas de necessidades da vida social e da saúde.
Esses benefícios espontâneos são oferecidos por meio de um programa de
desenvolvimento chamado de “Envolvimento” e que contempla ações de saúde, bem-estar e
diversão. Alguns desses programas acontecem no ambiente de trabalho, mas a maioria é feito
fora da empresa, através de parcerias da Insight com outras empresas que fornecem as
atividades.
4
A Insight preferiu não divulgar a quantidade monetária deste conjunto de benefícios, portanto, irá se chamar este
de “valor x”.
52
maduros o suficiente para procurar o colega e dar o seu retorno sobre o comportamento do
outro, seja este construtivo ou elogio.
O processo informal pode acontecer de qualquer cargo, de qualquer pessoa, sem a
necessidade de passar oficialmente por um superior. Como especificado anteriormente, a
comunicação e a cultura são horizontais, o que proporciona o entendimento de que todos têm a
mesma importância dentro da organização, levando as pessoas a se verem como iguais, e isso
facilita muito esse processo de feedback informal, para que um não tenham receio de falar com
o outro ou se sinta inibido de conversar por ter um cargo mais baixo que o colega.
Acontecem momentos em que é necessária a mediação de um gestor, mas são para casos
mais específicos, como quando um colaborador não aceita o ponto de vista do outro, porém,
estes momentos são raros de acontecer. Na maioria das vezes, o feedback é de funcionário para
funcionário.
Conjuntamente com o informal, se dispõe do processo de feedback formal. O formal é
intermediado pelo Recursos Humanos da Insight e se sucede por meio da Avaliação de
Desempenho. Ela ocorre a cada seis meses e contempla os valores da empresa (integridade,
garra, música, empatia, evolução, eu sendo eu, ser envolvido), condições de trabalho e
capacidades do colaborador. O resultado dessa avaliação, vale lembrar, é levado em
consideração para a Participação dos Lucros e Resultados. Essa avaliação é anônima e cada
funcionário pode avaliar quem quiser, não sendo necessariamente colegas da mesma área
(porque existe muito inter-relacionamento de áreas), avaliando, no mínimo, quatro pessoas. A
auto avaliação também é cobrada na Avaliação de Desempenho da Insight.
A Avaliação de Desempenho é um momento de reflexão para as pessoas da Insight, pois
nela são colocados muitos retornos de comportamentos e melhorias. Após a análise da
Avaliação, o feedback é repassado para cada colaborador e, junto com isso, vem a formulação
de soluções para o que é preciso ser melhorado nas pessoas.
Baseado nos resultados, cria-se o chamado ‘plano de voo’, que nada mais é do que uma
proposta, um esquema com ações de melhoria para o que foi apontado na Avaliação, é um plano
de desenvolvimento individual. Por exemplo, caso seja apontado que determinado colaborador
teve dificuldade de se comunicar, então ele pode colocar nesse plano uma solução que é fazer
curso de oratória. Dado isso, a Insight pode ajudar no pagamento desse curso com uma
porcentagem do preço ou até mesmo, se estiver dentro do orçamento, pode arcar com o custo
total. Para tanto, a empresa leva em consideração o desempenho do trabalhador, pois vê que
54
quem tem os melhores resultados merece ajuda de custo para realizar outras atividades. O papel
de acompanhar esses planos de voo é do gestor de cada área, e é realizada uma reunião
quinzenal entre gestor e colaborador para fazer esse acompanhamento.
Verifica-se mais um tipo de feedback formal, porém, este é para ouvir os colaboradores.
Uma vez por mês é lançada uma pesquisa na qual os funcionários dão nota para o seu nível de
felicidade na empresa durante o mês que passou. Aqui também existe a oportunidade de propor,
dar sugestões, explicar o que não gostou que aconteceu, enfim, pode se abrir sobre o
relacionamento e sentimento que possui sobre a empresa com a própria empresa.
Tem-se também o “gift work”, onde se é dado recompensas para boas atitudes
individuais.
Ademais, são disponibilizados café e bolacha de manhã e na parte da tarde, todos os
dias, são oferecidas frutas, no momento conhecido com a hora da fruta e que começa às três
horas. Assim, há o incentivo para que as pessoas comam alimentos saudáveis. São vários os
tipos de frutas oferecidas para os funcionários. Além disso, o refeitório fica aberto o dia todo,
para que os funcionários possam aproveitar e realizar as suas refeições neste local ou armazenar
alimentos que trazem de casa.
4.4.1 Perfil
Gráfico 1 - Gênero
Gráfico 2 - Idade
No gráfico 2, pode-se perceber que a idade é um fator do qual se pode tirar grande
proveito, afinal, as preferências e prioridades podem mudar conforme a faixa etária de cada
indivíduo. No caso da empresa Insight, se observa que a maioria dos colaboradores, no geral,
se enquadram em idades de faixas jovens, muito provavelmente porque a empresa é da área de
tecnologia e este setor possui esse tipo de característica.
Em relação aos colaboradores que responderam o questionário, a maioria fica entre as
faixas de 25 a 29 (42,2%) anos e 20 a 24 anos (28,9%), pois somadas as porcentagens se tem
71,1% das respostas. Destaca-se também as idades entre 30 e 34 anos, com 20%.
Gráfico 4 - Filhos
Gráfico 5 - Formação
Sobre o tempo de casa, 60% dos respondentes estão na empresa há menos de um ano
como aponta o gráfico 6. A empresa Insight está em crescimento, por isso vem contratando
vários funcionários nos últimos tempos, o que dá um porquê de ter colaboradores novos como
boa parte dos respondentes. Em 2008 foi o ano de fundação da empresa, portanto, o tempo
máximo de empresa seria de nove anos, entretanto, não houveram respondentes com mais de
seis anos de empresa. No mais, entre 1 a 3 anos e entre 4 a 6 anos estão representados por 31,1%
e 8,9%, respectivamente.
Gráfico 7 - Departamento
A partir deste ponto irá seguir a análise propriamente dita sobre a influência, percepção
e satisfação que os colaboradores da empresa Insight apresentam sobre a política de
recompensas oferecida. No gráfico 8, abaixo, se encontram as porcentagens de satisfação dos
colaboradores da Insight sobre alguns aspectos da política de recompensas.
O salário é uma das recompensas consideradas neste trabalho. Para tanto, é relevante
notar o que cada departamento tem de opinião sobre o assunto. As áreas mais satisfeitas com a
política salarial, de acordo com o gráfico 9 (salário base, vale transporte, vale alimentação, valor
62
As respostas foram agrupadas em seis categorias de acordo com o seu conteúdo, são
elas: diferencial, melhoria, satisfação, flexibilidade, clareza e dedicação, como mostra o quadro
3.
Seis respondentes mostraram-se satisfeitos com a política de recompensas como um
todo, destacando a variedade das recompensas e a preocupação da Insight com a felicidade e
bem-estar dos colaboradores.
Quatro respondentes associaram a política de recompensas da Insight como um
diferencial no mercado de trabalho. Os benefícios e incentivos oferecidos são vistos como um
meio de competir com outras empresas por melhores profissionais. Além disso, para esses
colaboradores, a política de recompensas é vista como uma forma de reconhecimento pelo seu
trabalho.
A flexibilidade de poder escolher de quais benefícios usufruir foi lembrada por dois
colaboradores, que destacaram a comodidade de poder redistribuir os benefícios mensalmente
de acordo com sua própria vontade e da diversidade das recompensas da Insight em relação às
oferecidas pelas empresas de mesmo setor.
Em relação a clareza, não há concordância sobre a divulgação da política de
recompensas. Percebe-se que há dúvidas a respeito da política salarial em específico, como
66
Os tipos de benefícios e a quantidade desses benefícios que podem ser escolhidos por
mês foram alocadas como totalmente satisfeitos por grande parte dos respondentes, como
mostra o gráfico 12 abaixo:
satisfeitos e 11% são pouco satisfeitos, enquanto que a temporalidade em que ocorrem as
atividades é visto por 58% como totalmente satisfatório e 38% como muito satisfeito.
Segundo o gráfico 13, se pode inferir que os funcionários da empresa Insight são sim
influenciados pelos benefícios que recebem. Isso significa que é possível moldar
comportamentos e trazer mais motivação no trabalho de acordo com o que é oferecido aos
colaboradores. Isso também reforça a importância que as recompensas têm para a pessoas,
demonstrando que estas provocam estímulos nos colaboradores. Juntando as opções influencia
totalmente e influencia bastante já se obtém o valor convincente de 88,9% das respostas. Nota-
se ainda que não houve nenhuma resposta no quesito ‘não influencia em nada’. Mesmo a opção
pouco influencia, que obteve 11,1%, sinaliza que, apesar de não influenciar muito o
desempenho do colaborador, ainda assim, provoca algum estímulo nas atividades realizadas,
pois pode intervir em algo do comportamento.
68
no que tange a comunicação com os superiores, provando que a hierarquia horizontal consegue
entregar esse tipo de resultado e, assim, promover um ambiente de trabalho mais igualitário. A
cultura pesa consideravelmente na opinião que as pessoas possuem e os resultados demonstram
que, como afirmado, a cultura organizacional intervém, positivamente para promover
comunicação, interação e resolução de problemas na empresa Insight.
se, ainda no gráfico 17, que apenas 9% considera que esses atrativos não influenciam
positivamente para promover descanso e, consequentemente, melhorar o desempenho no
trabalho. Portanto, a grande maioria acredita que os meios de diversão geram influência no
desempenho do trabalho de forma positiva, pois ajudam no descanso do colaborador e a
proporcionar relaxamento. Entretanto, quando o assunto é se esses benefícios do ambiente
provocam distração e desconcentração é marcante a divisão de respostas obtidas: 27% e 16%
dizem que influencia totalmente e influencia muito, respectivamente, porém 31% afirmam que
influencia pouco e 27% sente que não há influência dos meios citados em causar distrações.
Quanto aos incentivos, se pode inferir, de acordo com o gráfico 21, que 40% dos
respondentes afirma está muito satisfeito em relação ao auxílio que a empresa Insight dá para
melhorar os pontos fracos. Isso diz respeito à avaliação de desempenho da empresa, pois a
avaliação é uma forma de recompensar os colaboradores, oferecendo feedback para incentivar
pontos fortes e melhorar pontos fracos do comportamento e desempenho, de modo a
desenvolver as pessoas profissionalmente e pessoalmente. Apesar de a maioria concordar que
a empresa consegue ajudar de forma satisfatória a desenvolver pontos fracos, 24% vê o
contrário disso, dizendo que se sentem pouco satisfeitos.
78
com o gráfico 22, a maioria (51,5%) acham muito satisfatório a forma como o cálculo é feito,
porém, 31,1% estão pouco satisfeitos e 4.4% se sentem totalmente insatisfeitos.
O tempo de casa é outro fator que compõe a PLR, onde é preciso que o colaborador
tenha pelo menos 3 anos e meio de empresa para que esse fator gere retorno considerável. É
um tempo consideravelmente curto, porém é a realidade de apenas 8,9% dos respondentes de
acordo com o Gráfico 6. O salário base é o terceiro fator que compõe a PLR e será melhor
analisado no tópico seguinte.
Segundo o gráfico 25, para 46,7% há muita satisfação na forma como se pode escolher
a divisão os benefícios que irão compor o valor x, ao mesmo passo que 42,2% se sentem
totalmente satisfeitos com relação a isso. Relembrando, o valor x é um determinado valor
monetário disponível para os colaboradores escolherem, como desejarem, o plano de saúde,
plano odontológico, dentre outros.
82
A idade é um fator interessante de cruzar com a perspectiva que o pessoal possui sobre
o valor x suprir as necessidades, ou seja, a satisfação que os colaboradores têm sobre esse fator.
No gráfico 27, destacam-se, como os que mais acham útil o valor x as idades de mais de 40
anos (100%) e a de 25 a 29 anos (95%). A faixa etária menos contente são as de 35 a 39 anos
(67%) e de 30 a 34 anos (44%).
Ao final do questionário, foram feitas nove perguntas bastante diretas e com opções de
sim ou não. Estas geraram dados interessante para analisar a política de recompensas na
empresa Insight e, principalmente, para perceber se os objetivos da empresa em oferecê-las
estão surtindo o efeito desejado. A começar por uma visão geral, é perceptível que os
colaboradores são bastante positivos em relação às recompensas e se sentem agraciados por
elas, como mostra a Tabela 1 abaixo:
84
importância que as pessoas têm dentro da empresa. Para além disso, esse objetivo é, de fato,
humano, pois está preocupado com o ser humano também e não apenas com o funcionário que
trabalha e deve trazer resultados. Sendo assim, a maior parte dos trabalhadores da empresa
Insight, 89% das respostas, afirma que sim, as recompensas oferecidas contribuem para a saúde
dentro e fora do ambiente de trabalho. Já para 98%, as recompensas ajudam e contribuem para
o bem-estar e felicidade pessoal.
Essa tabela 1 é um representativo de que os objetivos que a empresa Insight têm em
oferecer recompensas aos seus colaboradores são atingidos, até mesmo porque a grande maioria
dos respondentes está de acordo com o que a empresa prega em sua política.
Ademais, é essencial poder analisar se, com o que é recebido como recompensas, os
colaboradores se sentem obrigados a retribuir. Para tanto, foi questionado se o funcionário
acredita que as recompensas oferecidas exigem como resposta maior dedicação no trabalho,
como resposta 67% afirma que sim, contra 33% que afirma que não. Na questão que pergunta
se o colaborador se sente influenciado a se dedicar a fazer um melhor trabalho devido às
recompensas oferecidas, novamente se obteve 67% como sim e 33% como não.
O salário base é considerado abaixo ou na média do oferecido pelo mercado, o que faz
com que alguns dos respondentes vejam os benefícios, os incentivos e a remuneração extra
como uma compensação. O salário base é ainda um dos três fatores que compõem o cálculo da
PLR e como já analisado no tópico anterior, gera insatisfação como os outros dois fatores. A
remuneração extra não faz parte de todos os setores da Insight, mas é vista com bons olhos por
ser um complemento do salário base, mesmo suas metas sendo pouco claras. Um dos
88
respondentes sugeriu ainda que as horas extras fossem pagas como remuneração extra ao invés
de serem trocadas por dias de folga.
12% dos respondentes consideram as metas pouco ou nada claras de acordo com o
Gráfico 29. Esses dados são corroborados com as respostas das perguntas abertas, que afirmam
considerarem as metas pouco definidas, com critérios desestimulantes e difíceis de serem
atingidas.
89
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
algo que os trabalhadores querem e a empresa também ganha ofertando benefícios. É um ganha-
ganha para os dois lados. Mas deve-se ter em mente que este é o caso da empresa Insight,
podendo ter significativas mudanças em outras organizações, afinal, tudo isso depende da
cultura e da forma como as pessoas são tratadas dentro da empresa.
O ambiente e o clima são os pontos fortes da empresa Insight, pois desenvolvem uma
atmosfera de pertencimento e conforto aos colaboradores. Os benefícios são o segundo ponto
que alcançaram maiores resultados positivos na pesquisa, porém, é preciso se atentar para a
divulgação dos benefícios, o que se espera com eles, o quanto a empresa se dedica a trazê-lo e
o quanto é importante que quem se inscreva realmente participe. Os pontos negativos
encontrados dizem respeito ao incentivo PLR, onde a insatisfação se dá pela forma como ele é
calculado e à remuneração. A prática de aliar salários menores quando o colaborador dispõe de
remuneração extra é comum no mundo empresarial, porém não houve relação entre a
insatisfação da remuneração (salário base) com os departamentos que oferecem a remuneração
extra: comercial, suporte e relacionamento e novos negócios. Portanto, a insatisfação salarial
diz respeito também aos departamentos que não possuem remuneração extra. Lembrando que
foram dados levantados que chamam a atenção, porém não possuem um número significativo
que o classifique como rejeição dos respondentes.
Interessante destacar que os pontos positivos se relacionam com as recompensas não-
financeiras e os pontos negativos com as recompensas financeiras. Como apresentado na
fundamentação, Snell e Bohlander (2010) acreditam que os benefícios podem ser vistos pelos
colaboradores como um direito e não mais como de caráter motivacional. As recompensas
financeiras como são mais bem quantificáveis, estão mais propensas a esse tipo de pensamento
por parte dos colaboradores. Acredita-se que esse pensamento trazido pelos autores é
encontrado no que diz respeito ao PLR da Insight já que o salário base não se configura como
recompensa.
Quando se fala no objetivo da Insight em manter a saúde e felicidade do seu pessoal, é
algo muito cativante, pois é humano e, diretamente, não traz benefícios para a organização, até
porque isso é algo para os colaboradores, uma preocupação para com eles. Entretanto, com o
passar do tempo, esse tipo de objetivo pode proporcionar muito ganho para a Insight, é um
pensamento de longo prazo que afeta indiretamente, pois os funcionários estando mais felizes
eles estarão mais motivados, eles mantendo a saúde em dia significa menos afastamentos do
serviço. É bem perceptível pelos benefícios espontâneos à disposição dos colaboradores que a
91
empresa realmente busca preencher lacunas da vida social das pessoas e tenta promover melhor
qualidade de vida, especialmente para a saúde, pois possuem desde a ginástica laboral que é
realizada dentro do ambiente de trabalho até benefícios que o colaborador pode escolher:
acupuntura, academia, nutricionista, plano de saúde, plano odontológico, yoga, pilates,
massagem, dentre outros.
Não se pode esquecer que tudo o que cerca o funcionário pode ser um atrativo para a
sua motivação. As recompensas não vêm apenas pelos benefícios espontâneos oferecidos, mas
também pelo ambiente de trabalho, feedback, tratamento humano e respeitoso, empatia, bons
equipamentos de trabalho, ambiente de trabalho limpo e confortável, entre tantos outros. Nisso
a empresa Insight pode-se dizer campeã, pois possui estrutura privilegiada para os seus
colaboradores, proporcionando, inclusive, meios de diversão durante o trabalho.
Óbvio, o que precisa ser entregue, deve ser entregue, porém, poder ofertar um ambiente
descontraído, amigo, sincero, humano e acolhedor, é uma grande recompensa pelo esforço que
os colaboradores despendem no dia-a-dia. Tudo isso proporciona percepção de justiça e
pertencimento, sentimentos importantes para ter uma vida profissional saudável.
A pesquisa comprova a importância da política de recompensas e a influência no
desempenho dos colaboradores. Sendo assim, é inegável que, no ambiente competitivo atual,
empresas criem maneiras para se destacar. As pessoas são o maior patrimônio das organizações
e é um desafio aprender a gerenciá-las e motivá-las.
Para finalizar este trabalho, cita-se uma parte marcante da entrevista com o Guardião de
Cultura da empresa, onde ele menciona que cada pessoa vai trazer algo de diferente para dentro
da empresa: “(...) eu gosto de falar que a Insight é um caldeirão, um caldo de comida ali. Cada
pessoa que está entrando (...) vai botar um pouquinho do seu tempero nesse caldo. O importante
é a gente avaliar se o tempero vai destoar muito do que era ou se vai manter esse homogêneo.
O fato é que nunca vai ser igual antes” (SANTOS, 2017). E é assim que a empresa vê os seus
colaboradores, de forma humana, sabendo que cada um vai complementá-la ao seu modo e isso
é muito importante para o crescimento da organização.
Para trabalhos futuros sugere-se a realização da pesquisa em empresas que não possuem
políticas de recompensas bem definidas, objetivando assim a comparação entre duas realidades
distintas. Interessante ao comparar essas duas realidades, em averiguar a distância entre o as
teorias trazidas pela literatura e o que é realizado na prática, tanto nas empresas que aplicam
política de recompensas, quanto nos modelos mais tradicionais.
92
REFERÊNCIAS
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metodologia científica. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. XV, 158 p.
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GILL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
GONÇALVES, W. A.; CORRÊA, D. A.; SANTOS, N. C. D. O Sistema de Remuneração e
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93
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PERRARO, J.; VIEIRA, A. C. P.; FREIRE, P. S.; ZILLI, J. C.; VOLPATO, D. Gestão de
pessoas e o processo de estimular e motivar os funcionários: estudo de caso do setor
metalúrgico. Pensamento & Realidade, v. 31, n. 2, p. 51-68, 2016.
RICHARDSON, Roberto Jarry; et al. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo:
Atlas, 2010.
Santos. Vinícius. Entrevista concedida a Lara Amabile Martins e Leticia Pelentir Misturini.
Florianópolis. 28 jun. 2017.
SIQUEIRA NETO, José Francisco. O poder normativo da justiça do trabalho e seu contexto.
Revista do Advogado, ano 33 nº 121, nov. 2013, p. 152-158.
VERUSKA DONATO. Quase metade dos brasileiros trabalha até onze horas por dia.
<http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2011/12/quase-metade-dos-brasileiros-trabalha-ate-
onze-horas-por-dia.html> Acesso em 25 abr 2017.
Lara e Leticia: Precisamos saber todos os tipos de recompensas que vocês oferecem.
Vinícius: Falando de recompensas a gente tem além do salário: vale alimentação que é padrão,
vale refeição, vale transporte, plano de saúde, plano odontológico. E nenhum desses benefícios
é descontado da folha, aqueles 6% que geralmente tem do vale transporte não são descontados.
Como forma de apoio ao pessoal usar o vale transporte, a gente o nosso quadro de benefícios
que é um valor X, e se a pessoa opta por usar o vale transporte, é pago um valor a mais, não
entra dentro daquela porcentagem, aquele valor X. Então tem um aditivo ao vale transporte. Por
que disso? A gente sabe que usar o vale transporte auxilia muito o pessoal aqui, questão de
estacionamento, questão de se locomover melhor e às vezes com o carro você pega muita fila.
Então tem alguns incentivos quanto a isso. Dentro desses benefícios, o único que é mais
quadradinho é o vale refeição que a gente tem através do sindicato, do acordo coletivo que a
gente dá o valor fixo diário de vale refeição.
Lara e Leticia: Esses benefícios que você falou primeiro são os benefícios legais que vocês têm
que dar?
Vinícius: São, são os legais. E tem os benefícios que a empresa dá pensando no bem-estar
espontâneo do colaborador. A gente tem os programas de desenvolvimento com ações de
relacionamento, saúde e bem-estar. A gente tem agora um total de nove programas de
envolvimento que tentam preencher lacunas, digamos assim, na vida social e na saúde do
colaborador. A gente tem yoga uma vez por semana; pilates uma vez por semana; academia
todo dia.
Lara e Leticia: São parcerias que vocês fazem com outras empresas.
Vinícius: Sim, com outros fornecedores. E tem também o último que é o airsoft, igual o
paintball só que sem a tinta. Esses programas, acho que são nove ou dez, não lembro agora de
cabeça, todo colaborador tem direito de escolher até 2. Então alguns programas são de menos
frequência como é o caso do kart e do airsoft, uma vez por mês. E outros são com maior
frequência, como é a academia.
Lara e Leticia: E o colaborador escolhe esses dois por mês que ele participar. Um mês ele
escolhe dois, outro mês ele escolhe mais dois.
Vinícius: Ele pode participar do mesmo. Ele pode escolher até dois, se ele quiser escolher um,
beleza, se não quiser escolher nenhum, tranquilo também. Isso é uma vantagem que ele tem. A
96
única coisa que a empresa tem mesmo, não sei se entra bem como uma cobrança, mas a gente
gosta que ele use o programa, a gente pede que ele vá, porque a empresa já está
disponibilizando. E isso não entra em folha, tá? A gente faz o pagamento direto com o
fornecedor. Não tem nenhum custo para o colaborador. É um benefício, só que não daqueles
legais. E dentro dos benefícios legais ele ainda pode escolher, se ele quiser ter toda a
porcentagem que ele ganha dentro do vale refeição ele pode. Se ele quiser contratar o plano
mais caro de saúde ele também pode. Então vai depender da vontade dele.
Lara e Leticia: No caso desses que são legais, vocês não cobram a mais se ele escolher o plano
de saúde mais caro.
Vinícius: Não, não tem nenhuma cobrança a mais. Ele é descontado direto daquele valor que
ele tem.
por causa do pensamento dos diretores, sócios. E todo mundo conhece o que a gente quer aqui
na Insight, seja a dona Bete que faz o cafezinho até o CEO da empresa que é o Rodrigo. Então
a gente tem essa unificação bem forte. Temos uns problemas, tá? Como já falei, tem pessoas
que às vezes assim (...) eu gosto de falar que é a nostalgia do crescimento. Se tu olhar um ano
atrás, um ano e meio tinha 50-60 pessoas e hoje já estamos em 120, dobrou. Então tem aquela
nostalgia de “Ah, gostava de quando a empresa era toda em um andar só, quando podia
cumprimentar todo mundo, quando se conhecia todo mundo”. são as dores do crescimento,
como falei, uma empresa nunca vai ser igual ao dia anterior. Sempre está andando para a frente,
é um caminho único.
Lara e Leticia: Tem que criar soluções para continuar indo no caminho certo.
Vinícius: E a gente tem se dado bem, a gente criou vários ritos de cultura para manter esse clima
legal.
Lara e Leticia: E vocês tem alguma coisa escrita sobre esse tipo de política?
Vinícius: A gente não tem. O que tá na moda agora é o “Culture Code” - Código de Cultura,
mas a gente não tem isso. A gente tem os nossos valores muito fortes que foram revisados agora
por um grupo de colaboradores. O que a gente tenta trazer para a realidade é que o trabalhador
também é responsável por manter isso, então a gente criou grupos de debate para determinados
assuntos. Ah, a gente está com um problema de sobrecarga e centralização de gestão, a gente
monta um grupo para debater aquele assunto e encontrar uma solução. Então quando tem um
problema dentro da Insight, a maioria das vezes é resolvido, não digo resolvido, a solução é
criada pelos próprios colaboradores.
Lara e Leticia: Então dá para dizer que os colaboradores têm uma certa influência nas decisões
da empresa?
Vinícius: Claro, total. Apesar de, claro, o aval dos gestores e sócios são imprescindíveis para o
negócio funcionar.
Lara e Leticia: Eles ajudam a criar, mas quem toma a decisão final através do que eles passam
vocês.
Vinícius: Isso. A maioria das decisões aqui é tomada em conjunto. Até isso gera muita polêmica
as vezes: em que momento a gente precisa ser top down (aquela decisão que vem de cima pra
baixo - Apesar da nossa organização ser muito horizontal né, tem aquelas decisões que cabem
ao gestor e eu não vejo isso como um problema porque o gestor está preparado para tomar a
melhor decisão em nome do time. Esse é um dos principais pontos do cargo de gestor, tem que
estar apto. Então quando toma uma decisão é pensando no bem do time e da empresa e outras
vezes são decisões colaborativas, onde a gente senta, debate o assunto e traz a tona a raiz do
problema
Lara e Leticia: E o contato de funcionários do mais baixo escalão até diretores, gerentes. Tem
incentivo de contato entre essas pessoas?
Vinícius: É como eu te falei é bem aberto, bem tranquilo. Só vai depender da agenda do pessoal.
Por exemplo, às vezes vem um gestor para falar comigo, mas eu não tenho tempo para falar
com ele no momento. Poxa, marca lá na minha agenda. Então é muito amplo, eu tenho poder
para falar com qualquer pessoa aqui dentro como qualquer outro funcionário desde que haja
tempo, eu acho que é a coisa mais preciosa dentro da empresa.
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Lara e Leticia: E essa parte informal de feedback pode acontecer de qualquer cargo? Não precisa
ser um gestor para falar com outro?
Vinícius: Não. Até em alguns momentos a gente tem uma mediação do gestor. Vamos supor,
eu tive um problema com a Leticia no dia a dia de trabalho ali. Eu fui falar com ela - claro, isso
é difícil de acontecer aqui, mas já ocorreu - e ela não aceitou meu ponto de vista, achou que eu
tava errado também. Aí sim entra a figura do gestor, para mediar isso, entender e resolver o
problema. Então a gente tem ali um processo que eu já te falei que é informal, não é estruturado,
mas acontece bastante, as pessoas trocam bastante informação. E o RH ajuda às vezes como
facilitador, onde entra aí os processos formais de feedback. Tem um maior que ocorre a cada
seis meses que é a avaliação de desempenho. Onde é feita de forma anônima e a gente avalia
todas as capacidades e condições de trabalho do colaborador, baseado nos nossos valores, são
sete valores. Então a gente tem ali uma árvore para cada habilidade. Eu posso avaliar qualquer
pessoa da empresa: meu gestor, eu posso avaliar todo mundo. E no final a gente tem uma
conversa ali sobre aquilo. É de forma anônima então quem faz a conversa tanto sobre os pontos
positivos quanto negativos, porque é legal também dar feedback pra uma coisa legal, positiva.
As pessoas têm uma visão pro negócio do feedback muito negativa, mas não é.
Lara e Leticia: Você pode avaliar quem você quiser, não precisa ser da sua área?
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Vinícius: Não precisa ser da minha área. Claro que a gente acaba avaliando as pessoas mais
próximas, mas a avaliação é bem legal dentro dessa parte. Porque se eu não tenho condições
para avaliar algumas daquelas árvores, eu vou lá e coloco a minha nota neutra naquele ponto e
avalio só questão de relacionamento, então a gente não trabalha no mesmo setor, mas se
relaciona. Então eu não consigo dizer se ela entrega, como questão de desempenho.
Lara e Leticia: E o que vocês fazem para melhorar isso nas pessoas?
Vinícius: Já chego lá. Aí no último momento é quando a pessoa é referência naquele
comportamento, quando ela é referência naquilo que faz. E aí depois tem a avaliação qualitativa,
quando eu deixo pontos a melhorar para ele e pontos que ele já é bom. Então digamos, positivo
e negativo da pessoa. Nos pontos a melhorar eu digo “olha comunicação não é tão legal, acho
que poderia fazer tal coisa”, ou pode ser um fato “olha, tal dia com tal pessoa eu vi que vc foi
grosso” - um exemplo aqui, também n ocorre muito. “talvez não seja a melhor condição de tu
tratar uma pessoa.” Porque a gente entende que essa parte ajuda a pessoa a refletir. Então
quando a gente tá avaliando tem que ter a empatia de apontar: causa, consequência e possível
solução. E aí a gente chega na solução, o plano de voo da pessoa. Baseado no score dela para
cada árvore de valor ali, de avaliação, ela pode desenvolver o plano de voo. O plano de voo é o
plano de desenvolvimento individual (pdi). Então ela vai fazer um curso por exemplo de
oratória porque ela tá com um problema de comunicação.
Lara e Leticia: Eu queria saber aqui, em relação ao refeitório. Como é que funciona? As pessoas
se servem aqui ou vocês oferecem refeições? Que tipos de alimentos vocês tem?
Vinícius: A gente oferece café e bolacha de manhã para o pessoal, mas de tarde tem a hora da
fruta. Então todo dia, das 3 até durar o estoque tem fruta para o pessoal consumir aqui em cima.
Varia muito, todo dia são dois tipos de fruta diferentes. Fora isso, o pessoal pede comida aqui
na empresa para almoçar, então esse ambiente aqui, o refeitório é usado pelo pessoal pra isso,
mas fora isso a gente não oferece nenhuma outra refeição não, tirando nos momentos de
descontração, alguma reunião que a gente precisa comprar um coffe break ou um happy hour,
aí sim.
Lara e Leticia: E em relação ao salário, achei interessante que vocês olham também em relação
ao salário para dar a porcentagem. Quanto mais alto o salário menor é participação?
Vinícius: Mais ele ganha, porque é o nível de responsabilidade maior, tem mais competências
então a gente vê que aquele cara teve uma responsabilidade maior para atingir aquela meta.
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Lara e Leticia: Então desde quando entra já ganha em porcentagens menores ne?
Vinícius: Vamos supor, se tu entrar uma semana antes da divisão dos lucros, tu já ganha uma
pequena porcentagem. Não, acho que tem um mínimo, acho que um mês, não lembro. Mas eu
me lembro que quando eu entrei, foi tipo 3 meses depois teve a divisão de resultado e eu já
ganhei uma porcentagenzinha pequena.
Lara e Leticia: E vocês tem de quanto em quanto tempo essa divisão de porcentagem.
Vinícius: Duas vezes por ano, cada semestre.
Lara e Leticia: Ah, vocês aceitam então fazer uma hora extra.
Vinícius: Aceitamos, a gente tem um banco de horas para isso.
Lara e Leticia: Então pode entrar a hora que quiser e sair a hora que quiser.
Vinícius: Isso. Dependendo do setor, alguns setores ali como o suporte dependem do horário
comercial que é das 8 às 7 da noite. Fora isso não temos nenhum perrengue no horário de almoço
no mínimo 1 hora que daí também é por convenção né. A gente precisa disso.
Vinícius: 8 horas direto não. Tem que ter ali a pausa de 6 horas para o almoço. Ou se passar de
6 horas no mínimo 15 minutos. Mas fora isso é 8 horas com intervalo de no mínimo 1 hora. A
gente também que o pessoal faça no máximo 2 horas, mas as vezes tu tem um compromisso
“ah eu vou levar o carro pra arrumar e vou fazer um pouquinho mais de duas horas”. Não tem
problema.
Lara e Leticia: Mas isso tudo tem que ser conversado com antecedência.
Vinícius: Isso. Essa eu diria que é a parte mais chatinha porque tu tem que adequar com o teu
gestor esses pequenos detalhes. Fora isso não temos nenhum outro problema com horário não.
O horário é bem legal.
Lara e Leticia: E quanto ao local de trabalho. A pessoa quer vir trabalhar aqui fora...
Vinícius: Não tem problema. Ela pode usar qualquer instalação da empresa para trabalhar,
qualquer lugar mesmo. Temos as salas de reuniões, temos alguns casulos para a pessoa ficar
mais sossegada se precisar de mais silêncio. De boas, não tem nenhum problema.
Lara e Leticia: Em relação assim a jogos, vocês tem as músicas também, como é que funciona.
Vinícius: É liberado em qualquer momento do dia com bom senso. “Poxa tô estressado, não tô
conseguindo pensar, vou lá jogar uma sinuca uns 15 minutos”. Não tem problema. A gente sabe
que pessoas são muito variáveis de humor. Então a gente tenta deixar elas o mais livre possível
com consciência, com responsabilidade para ela performar. Então se ela tá estressada ela não
vai conseguir ter a mesma entrega. Então vem, joga um videogame, toca um violão.
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*Obrigatório
E-MAIL
_____________________________ INFORME APENAS SE QUISER PARTICIPAR DO SORTEIO
Gênero *
Masculino Feminino
Idade *
Menos de 19 anos de 30 a 34 anos
de 20 a 24 anos de 35 a 39 anos
de 25 a 29 anos Mais de 40 anos
Estado Civil *
Solteiro(a) Divorciado(a) ou Separado(a)
Casado(a) Judicialmente
Viúvo(a)
Possui filhos? *
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POLÍTICA DE RECOMPENSAS
A política de recompensas envolve desde os BENEFÍCIOS LEGAIS e OBRIGATÓRIOS, até os
BENEFÍCIOS ESPONTÂNEOS, portanto, salário, vale refeição, plano de saúde, plano odontológico,
ambiente de trabalho, ginástica laboral, participação nos lucros e resultados, bonificações, Programa de
Envolvimento (yoga, dança, pilates, academia, acupuntura, massagem, nutricionista, kart, cinema,
airsoft) e qualquer outro benefício oferecido pela Insight, entram nesta categoria.
BENEFÍCIOS
Inclui-se aqui os BENEFÍCIOS ESPONTÂNEOS oferecidos pela Insight, como o ‘Programa de
Envolvimento’: Yoga (uma vez por semana); Aula de Dança; Pilates (uma vez por semana); Academia
(todos os dias); Acupuntura; Massagem; Nutricionista; Kart (uma vez por mês); Cinema (dois ingressos
por mês); e Airsoft (uma vez por mês).
FEEDBACK
Considerado como um benefício, esta categoria tratará do dar e receber Feedback, incluindo todas as
formas como o Feedback é praticado na Insight, seja por meio da Avaliação de Desempenho, de
Feedbacks programados ou informais; incentivo para que ocorram Feedbacks entre os colegas;
facilidade e abertura sua e dos seus colegas para dar e receber Feedback.
Você procura expor sua opinião para os colegas sobre um comportamento que tenha considerado
inadequado? *
Sim Não Às vezes
Você procura expor sua opinião para os colegas sobre um comportamento que tenha considerado
admirável? *
Sim Não Às vezes
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AMBIENTE DE TRABALHO
No ambiente de trabalho se leva em consideração tudo o que cerca o colaborador: a convivência com os
colegas e superiores, equipamentos de trabalho, ambiente físico, divisão físico entre setores, ruídos e
barulhos, puffs, videogames, televisão, sinuca, instrumentos de música, cozinha/refeitório, sacada, sofás,
liberdade de parar e relaxar durante o expediente, dentre outros.
HORÁRIO FLEXÍVEL
Liberdade para chegar e sair a hora que quiser, desde que respeitando as 8 horas diárias de trabalho e o
mínimo de 1 hora de almoço.
Os desencontros de horários influenciam em gerar conflitos (resolução de problemas, projetos,
reuniões, etc.)? *
Influenciam totalmente Influenciam pouco
Influenciam muito Não Influenciam em Nada
INCENTIVO
Os planos de incentivos contribuem na divulgação dos objetivos da empresa já que são eles que quando
atingidos liberam as recompensas financeiras e não financeiras. Na Insight os incentivos oferecidos são
bônus, plano de vôo, participação nos lucros e resultados, remunerações extras em alguns departamentos
mediante atingimento de metas.
Comprometimento da empresa no
desenvolvimento das habilidades do
colaborador
Qual seu nível de satisfação em relação a forma como é feito o cálculo do PLR *
Totalmente Insatisfeito(a) Muito Satisfeito(a)
Pouco Satisfeito(a) Totalmente Satisfeito(a)
REMUNERAÇÃO
A política salarial da Insight é formada pelo salário base, valor X , vale transporte, vale alimentação e
todos os incentivos e benefícios financeiros oferecidos. O VALOR X é aquele em que o colaborador
possui liberdade para personalizar com os benefícios que desejar, como os tipos de plano odontológico
e de saúde por exemplo.
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Qual o nível de influência que a política salarial tem na sua motivação para desempenhar suas
atividades de trabalho *
Influencia Totalmente Influencia Pouco
Influencia Bastante Não influencia em nada
Você se sente satisfeito com a forma de escolher os benefícios que você usufruirá no valor X? *
Totalmente Satisfeito Pouco Satisfeito
Muito Satisfeito Totalmente Insatisfeito
REMUNERAÇÃO EXTRA
Alguns departamentos da Insight trabalham com remunerações extras mediante atingimento de metas
estabelecidas.
Qual seu nível de satisfação em relação a clareza das metas para receber a remuneração extra? *
Totalmente Satisfeito(a) Totalmente Insatisfeito(a)
Muito Satisfeito(a) Não se aplica ao meu departamento
Pouco Satisfeito(a)
Qual o nível de influência da remuneração extra no seu desempenho para atingir a meta? *
Influencia Totalmente Não influencia em nada
Influencia Bastante Não se aplica ao meu departamento
Influencia Pouco
SIM NÃO