Revisão de Pensão Alim. Com Tutela Antecipada

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Marcus Vinicius Ginez da Silva

Advogado – OAB-PR.30.664
Rua Minas Gerais, 297 - 9º Andar-Sala 94 – Ed. Palácio do Comércio Fone/Fax (43)321-3562 / 344-2184/ 9101-6361.
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Londrina-Pr.
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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE SANTA MARIA DE JETIBÁ -
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.

A.O., brasileiro, casado, eletricista, com endereço situado na Av. (xxx), centro, Santa Maria de
Jetibá, Estado do Espírito Santo, através de seu Advogado e Procurador "in fine" , assinado,
Dr. MARCELO SANTOS LEITE, inscrito na OAB/Es sob o nº5.356, com endereço profissional
situado na Av. Frederico Grulke nº 1247, centro, Santa Maria de Jetibá, Estado do Espírito Santo,
vem com o devido acato e respeito à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos
Artigos, 400 e 401 do Código Civil, combinado com os Artigos 13 e 15 da Lei nº 5.478/68,
Artigo 273 do Código de Processo Civil e demais disposições legais aplicáveis à espécie, propor
a presente:

AÇÃO DE REVISÃO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA.

Contra: G.R.K., brasileira, divorciada, doméstica, residente e domiciliada no Bairro (xxx),


Santa Maria de Jetibá, Estado do Espírito Santo, por si e representando sua filha R.O., brasileira,
menor, diante dos substratos fáticos, jurídicos e probatórios, a seguir aduzidos:

I - OS FATOS:

Em sede de Ação de Alimentos, sob n.º (xxx)/94, neste Honrado Juízo, e Escrivania o 3º
Ofício, foi homologado acordo de pensão alimentícia a filha menor da Requerida, respondendo o
pai, ora Requerente com 60% do Salário Mínimo Nacional, importância esta destinada à criação e
educação da filha do casal (doc 03).

Durante todo este tempo o Requerente recolheu regularmente os valores relativos a tal
porcentagem salarial, o que fez depositando em conta corrente particular da Requerida, e quando,
mantinha a condição de Servidor Público Municipal, tal importância, vinha descontado
diretamente em folha de pagamento.

O valor pago pelo Requerente nunca foi pago diretamente à filha dos litigantes, menor
beneficiária da pensão alimentícia.

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Entretanto, como demonstraremos a seguir, o valor com que o Requerente vem contribuindo
mensalmente tornou-se excessivamente superior às suas possibilidades econômicas, razão pela
qual intenta a presente Revisão.

II - DAS NECESSIDADES DA MENOR:

O Requerente é alimentante da menor R.O., atualmente com 14 (catorze) anos de idade.

Dita alimentada estuda em escola pública, não havendo gastos com mensalidade escolar, já que o
Requerente, sempre ajudou nesta despesa, quando solicitado.

Reside com sua genitora, em um bom imóvel urbano, situado no Bairro Vila Nova, nesta Cidade,
adquirido também com o esforço do Requerido, não havendo, portanto despesas com aluguel por
parte de sua genitora.

A alimentada sempre se mostrou uma adolescente feliz, com boas amizades. Nunca teve grandes
ambições ou caprichos.

Não possuem qualquer tipo de doença que requeira tratamento médico ostensivo, ou gastos com
medicamentos.

Não freqüentam nenhum curso particular. Também não freqüentam ambientes de lazer caros ou
refinados.

A despesa de moradia, não existe, e as contas de água e de luz, certamente são de baixíssimos
custos.

Ou seja, é uma adolescente bastante simples, de despesas comedidas que se resumem,


praticamente, à alimentação e vestuário.

III - DA POSSIBILIDADE FINANCEIRA DO REQUERENTE:

O Requerente é pessoa pobre, que vive humildemente numa casa alugada, o que restará
devidamente comprovado no decorrer desta demanda.

O salário mensal do Requerente é de R$ 412,90 (quatrocentos e doze Reais noventa centavos)


laborando como motorista junto à Firma Maconsil Material de Construção Ltda, com endereço
situado na Av. Frederico Grulke Nº 433, centro, Santa Maria de Jetibá, Estado do Espírito Santo,
conforme cópia da Carteira de Trabalho e Previdência Social (doc. anexo).

O valor que aufere mensalmente mal cobre as despesas domésticas.

Reside em imóvel alugado, onde paga por mês, o valor de R$ 100,00(cem Reais), além da conta
de água e luz.
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Além disso, o Requerente, após a dissolução da sociedade de fato que mantinha com a
Requerida, constituiu nova família, sendo o único responsável pelos gastos desta.

A nova família do Requerente é composta de sua esposa, três filhos, todos menores impúberes,
sem falar que sua referida esposa, está no sexto mês de gestação, o que certamente aumentará
ainda mais os gastos do Requerido (documentos anexos), sendo humanamente impossível, que
uma pessoa com uma renda mensal líquida, no valor de R$ 412,90 (quatrocentos e doze Reais
noventa centavos), suporte pagar ainda o percentual de 60 % (sessenta por cento) de um Salário
Mínimo mensal, sem ter que passar por privações.

É importante verificar que as despesas do Requerente são as mínimas de qualquer cidadão, não
havendo nenhum luxo ou extravagância, mesmo porque, com o desconto de 60 % (sessenta por
cento) de um Salário Mínimo mensal, o que equivale o valor de R$ 108,00 (cento e oito Reais), o
valor percebido mensalmente pelo Requerente é de R$ 304,90 (trezentos e quatro Reais noventa
centavos).

Veja Excelência, com o valor remanescente, após o desconto da pensão alimentícia, tem o
Requerente que sobreviver com a importância mensal de R$ 304,90 (trezentos e quatro Reais
noventa centavos), que é utilizada para pagar, aluguel, alimentação, vestuário, saúde, dentre
outras.

Em sua nova família, somente o Requerente é que trabalha, já que, sua esposa, tem que cuidar de
seus 3 (três) filhos menores, não podendo assim, ajudar o Requerente.

IV - DAS MUDANÇAS NA POLÍTICA ECONÔMICA BRASILEIRA:

A pensão alimentícia de 60% do Salário Mínimo Nacional foi estipulada quando da realização de
acordo feito na já referenciada Ação de Alimentos, em 07 de março do ano de 1995.

Naquela época a situação econômico-financeira brasileira era bastante diferente da atual. Houve
sensível queda dos padrões econômicos nos lares pátrios, e com o Requerente não foi diferente.

Após vários planos econômicos, variações cambias, mudanças no Governo, a situação


econômica do Requerente sofreu sensível abalo.

Sendo trabalhador assalariado, seus rendimentos não acompanharam as variações da moeda,


havendo desarmonia entre o salário percebido pelo Requerente e as despesas básicas mensais.

O Requerente nunca buscou esquivar-se dos deveres de alimentante, mas sua situação financeira
chegou a ponto insuportável, sendo impossível continuar arcando com 60% (sessenta por cento)
do Salário Mínimo Nacional.

Desta forma, é com muito pesar que o Requerente utiliza-se da via judicial para obter a redução
de seu encargo, mas não há outro meio senão fazê-lo.
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V - DO DIREITO:

O pedido do Requerente está amparado pela lei 5.478/68, que dispõe sobre alimentos.

Diz o § 1º do art. 13 da referida lei:

Os alimentos provisórios fixados na inicial poderão ser revistos a qualquer tempo, se houver
modificação na situação financeira das partes, mas o pedido será sempre processado em apartado.
(sublinhamos)

Em favor do Requerente há ainda o art. 15 da mesma lei:

A decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado e pode a qualquer tempo ser revista
em face de modificação da situação financeira dos interessados.

Portanto, plenamente possível a revisão do quantum, ante a ausência de coisa julgada material.

Este dispositivo deve ser conjugado com o que dispõe o art. 401 do Código Civil Brasileiro:

Se fixados os alimentos sobrevier mudança na fortuna de quem os supre, ou de quem os recebe,


poderá o interessado reclamar do juiz conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou
agravação do encargo.

A decisão que estipula os alimentos tem, segundo Yussef Said Cahali, implícita a cláusula rebus
sic stantibus: O respectivo quantum tem como pressuposto a permanência das condições de
possibilidade e necessidade que o determinara (Dos Alimentos, 2ª ed., 2ª tiragem, RT, pág. 699).

De acordo com o estabelecido no art. 15 da Lei nº 5.478/68, onde reza que caberá revisão de
alimentos quando a situação financeira dos interessados for alterada, encontra a presente ação
respaldo legal, reforçado pacificamente pela doutrina, senão vejamos:

"O que se nota é que uma relação jurídica continuativa, dá suporte material a ação de alimentos,
ou seja, uma relação jurídica em que a situação fatíca sofre alterações com o passar dos tempos.

Deste modo, quando se diz que "inexiste" coisa julgada material nas ações de alimentos, faz-se
referência apenas ao "quantum" fixado na decisão, pois, se resultar alterada faticamente a
situação das partes pode se alterar os valores da obrigaçào alimentar."
( Dos alimentos, Yussef Said Cahali, pg. 701, in fine).

No presente caso, impõe-se a redução da pensão alimentar a fim de haja real possibilidade do
Requerente efetuar tais pagamentos sem comprometer demasiadamente seu sustento próprio.

Imprescindível observar ainda que o binômio possibilidade/necessidade, ensejador da redução


alimentícia e estampado no artigo 400 do Código Civil Brasileiro está devidamente caracterizado,
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vez que o Requerente tem salário mensal de R$ 412,90 (quatrocentos e doze Reais noventa
centavos), o que aufere apenas de uma fonte de trabalho, conforme amplamente explanado nesta
peça exordial.

Para ilustrar colhe a decisão da 4ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, em


acórdão da lavra do Des. Ronald Accioly em que ficou assentada:
REVISIONAL DE ALIMENTOS - Deficiência na situação econômica - Possibilidade de REDUÇÃO da PENSÃO ALIMENTÍCIA - ART. 400/CC
Relator: Carlos Prudêncio
Tribunal: TJ/SC
Demonstrando o alimentante a impossibilidade do cumprimento da obrigação assumida em acordo de separação judicial, ocasionada por situação econômico-financeira
deficiente afetadora de sua empresa e, levando-se em conta que a ex-esposa passou a exercer trabalho remunerado, além de outros elementos de provas constantes nos
autos, a ação revisional de alimentos deve ser procedente a fim de estabelecer um tratamento equânime entre as partes, porquanto deve sempre se ter em vista o binômio
necessidade/possibilidade na relação alimentícia. (TJ/SC - Ap. Cível n. 96.000512-9 - Comarca de Laguna - Ac. unân. - 1a. Câm. Cív. - Rel: Des. Carlos Prudêncio -
Fonte: DJSC, 26.09.96, pág. 12).

Além de todos os pontos levantados o Requerente constituiu nova família, fato que rechaça a
possibilidade de redução dos valores recolhidos:
ALIMENTOS - REVISIONAL - REDUÇÃO ante a constituição de nova FAMÍLIA - Admissibilidade
Relator: Pedro Manoel Abreu
Tribunal: TJ/SC
Alimentos. Revisional. Filhos menores. Redução pretendida pelo devedor, por ter constituído novo encargo alimentar. Superveniência de nova pensão, a ser paga a filho
havido de nova relação. Comprometimento de parcela expressiva dos seus rendimentos. Redução parcial confirmada.
Conforme tem orientado a doutrina e a jurisprudência, com a formação de nova família acarretadora de outros encargos, pode o prestador de alimentos rever o nível dos
mesmos, desde que se tornem insuportáveis frente às novas obrigações, para evitar-se situação de iniqüidade em prejuízo dos filhos advindos da nova relação. (TJ/SC -
Ap. Cível n. 88.087520-1 - 50.740 - Comarca de Itajaí - Ac. unân.- 4a. Câm. Cív.- Rel: Des. Pedro Manoel Abreu - Fonte: DJSC, 30.05.97, pág. 22).

A necessidade de reduzir os alimentos está estampada nesta inicial e seus comprovantes


devidamente anexados.

Requer a redução dos alimentos de 60% para 30% do Salário Mínimo Mensal do Requerente,
valor justo e adequado às reais possibilidades e necessidades das partes.

VI - DO DEVER DE ALIMENTAR:

É importante ressaltar que em momento algum o Requerente negou o pagamento da pensão à


filha menor, tendo sempre cumprido sua obrigação de pai.

O que não aceita é o fato de a Requerida apoderar-se injustamente da pensão destinada à filha,
sustentando-se às custas do trabalhador que é o Requerente.

Também não pode concordar com o desconto de 60% (sessenta por cento) do Salário Mínimo
mensal, que vem descontado de seus rendimentos líquidos, uma vez que seu salário é insuficiente
para lhe proporcionar uma vida digna.
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Se o valor a ser pago não sofrer redução o Requerente enfrentará sérias dificuldades, uma vez
que o salário que ganha não é suficiente para cobrir todas as despesas que tem com sua atual
família, e ainda com a pensão que oferece à sua filha.

Oportuno registrar, que conforme informações chegadas ao conhecimento do Requerente, a


Requerida não trabalha, por pura desídia e falta de vontade, pois é pessoa jovem e saudável.
Utiliza-se de parte do dinheiro que é descontado mensalmente do Requerente, junto à Firma em
que trabalha, para prover suas despesas pessoais, ao invés de repassar o montante integral à sua
filha, legítima beneficiária da pensão alimentícia.

Outrossim, esquece a Requerida, que o dever de alimentar é recíproco, e não só do dever do


Requerente, que atualmente está passando por enormes dificuldades, ao contrário da Requerida,
que sempre é vista em festas e bailes da região, comprovando que leva uma vida confortável, sem
maiores preocupações.

VIII - DA TUTELA ANTECIPADA:

O Código de Processo Civil, no art. 273, instituiu a tutela antecipada, nos termos:

O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar total ou parcialmente, os efeitos da tutela


pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da
verossimilhança das alegações e:
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação.

O Requerente pretende ver os alimentos que oferece à sua filha de nome R.O. , reduzidos de
60% para 30%, do Salário Mínimo Nacional, valor suficiente para a mantença da filha da
Requerida, ora alimentada.

Pleiteia tal redução em função de não haver condições de arcar com tal encargo na sua
integralidade, sem prejuízo do seu sustento e sua nova família, conforme restou provado pela
prova documental que segue anexa.

As provas exigidas pelo citado artigo estão devidamente representadas pela cópia da CTPS do
Requerente, onde verificamos ser a remuneração mensal do mesmo R$ R$ 412,90 (quatrocentos e
doze Reais noventa centavos).

No decorrer da presente demanda, trará prova inequívoca de suas alegações, e inúmeros


comprovantes de despesas do Requerente, todos válidos e recentes, que consomem praticamente
todo o salário do Requerente.

Diante dos fatos trazidos nesta Revisão não há meios de o Requerente continuar contribuindo
com a porcentagem anteriormente estipulada, uma vez que houve significativa mudança em suas
condições econômicas, bem como constituição de nova família.

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É conveniente ressaltar que a não redução dos alimentos importará em prejuízo para a nova
família do Requerente, pois atualmente passam por dificuldades financeiras que certamente serão
agravadas, caso continue a pagar a pensão alimentícia no percentual de 60% do Salário Mínimo
Nacional, sua renda.

A concessão da tutela antecipada faz-se necessária e conveniente ante o caráter de urgência de tal
medida.

Estando presentes todos os requisitos ensejadores da redução por liminar, é justa sua
determinação por Vossa Excelência.
TUTELA ANTECIPATÓRIA - REDUÇÃO de ALIMENTOS - Requisitos - ART. 273/CPC
Relator: Paulo Herdt
Tribunal: TJ/RS
A antecipação da tutela em ação de redução de alimentos deve atender aos pressupostos da regra geral do art. 273 do CPC, no sentido de exigir-se prova que convença
da verossimilhança, pena de indeferimento. Decisão indeferitória mantida. (TJ/RS - Ag. de Instrumento n. 596074039 - 7a. Câm. Cív. - Rel: Des. Paulo Heerdt - j. em
26.06.96 - Fonte: DJRS, 05.09.96, pág. 18).

13043755 - ALIMENTOS - REVISÃO - TUTELA ANTECIPADA - Decisão que, antecipando a tutela em revisional de alimentos, reduz a quantia devida - Ato judicial
reformado por acórdão, que, desconstituindo a tutela, tem efeito ex tunc, não se podendo considerar como devidos, no interregno, apenas o valor concedido na aludida
tutela antecipada, mas sim o valor que vinha sendo pago - Decisão que endente que deve prevalecer a redução até a data do acórdão, incorreta - Eventual inserção de
quantias pagas que deve ser examinada a requerimento do devedor, quando intimado para pagar - Recurso provido. (TJSP - AI 140.143-4 - São Paulo - 10ª CDPriv. -
Rel. Des. Marcondes Machado - J. 14.03.2000 - v.u.)

50010005 - AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO ORDINÁRIA DE REVISÃO DE ALIMENTOS - PENSÃO FIXADA, EM FAVOR DA MULHER E DOS
FILHOS, HÁ MAIS DE 10 ANOS - PEDIDO DE PERMANÊNCIA DE PENSIONAMENTO NEGADO - INCOMPROVAÇÃO DO BINÔMIO
NECESSIDADE/POSSIBILIDADE - DECISÃO SINGULAR MANTIDA - RECURSO IMPROVIDO, EM SINTONIA MINISTERIAL - É de manter-se decisão
singular que, em revisão de alimentos, outorga tutela antecipada para reduzir pensionamento de 30% para 15% do salário do alimentante, considerando sua nova prole.
A Agravante, funcionária pública, não comprovou a necessidade. Desprovimento recursal. (TJMT - AI 8.967 - Classe II - 15 - Várzea Grande - 3ª C.Cív. - Rel. Des.
Wandyr Clait Duarte - J. 16.12.1998)

IX - DO PEDIDO:

Diante do exposto requer:

a) o deferimento, em caráter de urgência, de liminar inaudita altera parte, para, atendendo desde
logo o pedido do Requerente, sejam reduzidos os alimentos pagos à sua filha no equivalente a
30% do Salário Mínimo Nacional;

b) seja oficiado a Maconsil Material de Construção Ltda, com endereço situado na Av. Frederico
Grulke Nº 433, centro, Santa Maria de Jetibá, Estado do Espírito Santo, empresa da qual o
Requerente é funcionário, para que proceda à retificação do desconto em folha de pagamento,
alterando-o para 60% do Salário Mínimo Nacional;
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c) a citação da Requerida no endereço preambular para, querendo, apresentar defesa no prazo


legal, sob pena de confissão e revelia;

d) a produção de todas as provas documentais que ora juntas e por aquelas que poderá juntar
oportunamente, e testemunhais, cujo rol anexará oportunamente;

e) a intervenção do Ministério Público;

f) ao final ver declarada a procedência do pedido, reduzindo o encargo alimentar para 60% do
Salário Mínimo Nacional;

g) seja a Requerida condenada ao pagamento das custas e honorários advocatícios a ser arbitrado
por Vossa Excelência;

h) a gratuidade das custas processuais pelo benefício da justiça gratuita, fundada no que dispõe o
artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal e o art. 4º da Lei n.º 1.060/50;

X-VALOR DA CAUSA:

Dá à presente demanda o valor de R$ 100,00(Cem Reais).

Nestes Termos,
Respeitosamente,
Pede Deferimento.

Santa Maria de Jetibá/ES 14/Agosto/2001.

MARCELO SANTOS LEITE


A D V O G A D O
OAB/ES 5.356
Data de Cadastro:

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