Resumo Porque Os Policiais Se Matam

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Pontos para Slide

Porque os policiais se matam?

 Problemas familiares; stress no ambiente de trabalho; transferências de locais


de trabalho; problemas financeiros
 Filiação religiosa, baixo nível de sociabilidade, problema de pesadelo e sono,
problemas burocráticos com seus direitos.

Os riscos de suicídios são ocasionados por quais motivos?

 Problemas familiares, stress, depressão entre outros motivos internos e


pessoais (estatísticas)

Quais os tipos de suicídios mais frequentes?

 O envenenamento, o enforcamento e o uso de armas de fogo são os métodos


mais comuns de suicídio global.
Quais as principais causas? – problemas familiares, patente, financeiros?!

Você acredita que as condições de trabalham influenciam no índice de suicídio?

Você conhece alguém que já se suicidou?

Em sua opinião, o que pode melhorar em relação ao seu trabalho?

Como ajudar alguém que está passando por isso?

A população feminina em relação a masculina, é relevante?

Você acredita que a cor/cultura influencia?

Você se sente reconhecido pelo seu trabalho?

Vocês conhecem o Grupo de Atendimento aos Familiares de Policiais Militares


Falecidos (GAFPMF)?
Em algumas pesquisas feitas em estados com altos índices de suicídio com policiais
a patente (posto ou graduação) é relevante quanto ao número. Foram entrevistados
224 policiais militares.

TENTOU SUÍCIDIO

- Soldados 5%

-Cabo 41%

-Sargento 50%

-Subtenente 5%

-Aspirante 0%

- Tenente 0%

- Capitão 0%

- Major 0%

O perfil do policial suicida na PMERJ, reconstituído a partir das autópsias


psicossociais. Qual o perfil dos policias suicidas:

> Ser homem, casado, com filhos e evangélico.

> A maioria dos policiais mortos por suicídio fazia exercícios físicos; não fumavam e
consumiam bebida alcoólica.

> Alguns suicidas utilizaram serviços médicos antes da morte. O serviço psiquiátrico
é um recurso pouco usado pelo policial militar.

> Não há concentração de mortes por suicídio nos diferentes batalhões.

> A maioria dos casos policiais suicidas são de praças.

> Os policiais suicidas tinham ocupação remunerada fora da PMERJ. A atividade


principal era a segurança privada.

> A maioria parte dos mortos por suicídio declarou satisfação em trabalhar na PMERJ.

> E os principais problemas de saúde dos policiais suicidas: diabetes, gastrite,


problemas psiquiátricos (depressão e alteração de humor) e consumo de drogas.
O planejamento em relação ao suicídio não é um critério, a maioria dos policiais
suicidas cometem o ato por impulso, porem “avisam” com comportamentos e atitudes
incomuns.

A vida social dos policiais militares, portanto, ajuda a compreender as tentativas de


suicídio na amostra de pesquisas: as pessoas mais isoladas são as que mais tentam.
Indicadores de depressão e ansiedade são critérios relevantes para a tentativa e o
ato do suicídio. A Vulnerabilidade ao comportamento suicida entre policiais militares
de alguns estados do Brasil está associada aos seguintes fatores de risco:

Mitos sobre o suicídio.


• Fácil acesso aos meios letais disponíveis.
• Péssimas condições de trabalho: escala de trabalho, horas extras e transferência de
unidades “bico”.
• Abuso de autoridade.
• Punições institucionais: prisões por agressões não letais (verbais).
• Exposição contínua à violência (letal e não letal).
• Perdas de colegas e amigos de trabalho.
• Isolamento social.
• E baixa confiança interpessoal.

Alguns fatores são altamente relevantes para a vitimização do suicídio A primeira é


quando o policial passa por uma readaptação após uma perfuração por arma de fogo,
vindo a trabalhar interno, mas não perde o porte de arma (APTO B). A segunda é
quando o policial é alvejado por arma de fogo e se torna incapaz de trabalhar no
policiamento de ruas. A terceira situação, que faz parte da rotina de trabalho da
PMERJ, é quando o policial está em tratamento psiquiátrico.

 Algumas políticas de assistência à saúde mental:


- Política das melhorias da infraestrutura das unidades;
- Política de atenção ao policial em situações de risco e traumática;
-Investimento na imagem social relacionamento institucional;
- Incentivo a gestão humanizada;
- Política de formação e treinamento.

 Os aspectos que podem ser identificados como indicadores de aumento do


risco para o suicídio na população policial militar são:
• Aflição rotineira/ prolongada.
• Constante percepção de risco.
• Medo constante.
• Agitação psicomotora.
• Sudorese intensa frente às situações inesperadas, mas de baixo risco objetivo.
• Exposição deliberada em situações de risco (treinamentos e atuações com grande
sofrimento, atividades inusitadas, provocações).
• Sensação de cansaço prolongado.
• Desmotivação.
• Falta de perspectivas no serviço.

Prevenção:

Primaria
As medidas de prevenção primária visam abranger toda a população de policiais. A
importância das medidas de prevenção primária é definida, por ações de promoção
geral da saúde, tanto no plano físico, quanto no plano psíquico.

Para promover a prevenção primária, sugerimos alguns dos fatores de proteção que
podem ser trabalhados com os três públicos de referência mencionados antes. São
eles:

• Estimular e contribuir com o convívio social através das confraternizações de fim de


ano, comemoração dos aniversariantes do mês, bem como a festa da família,
proporcionando que os familiares possam se aproximar do convívio profissional do
policial.

• Promover a qualidade de vida, estimulando a prática de atividades físicas regulares


e com acompanhamento dos profissionais de educação física presente nas unidades.

• Buscar o apoio da capelania, a fim de aproximar a religiosidade do convívio policial.

• Elaborar e/ou apoiar programas de conscientização, informação e sensibilização


sobre o tema suicídio, seu impacto e como enfrentá-lo em todos os níveis hierárquicos
da corporação. É importante priorizar as orientações aos comandantes de companhia
e chefes de seção no que concerne ao modo de proceder e encaminhar o policial em
caso de suspeição de ideação.

• Realizar ciclos de palestras que sensibilizem como a qualidade de vida melhora o


ambiente do trabalho.

• Abordar a temática da saúde mental em todos os níveis da formação policial.

• Elaborar encontros temáticos por área, trazendo temas relacionados à qualidade de


vida no trabalho, saúde mental entre outros.

• Criar um espaço destinado a ouvir o policial. É preciso ter no comando um espaço


que o policial possa se sentir seguro para conversar e ou contar seus problemas.
Segundarias:

As medidas de prevenção secundária visam atingir aos grupos que já se encontram


em situação de risco para o comportamento suicida. Neste ponto é importante estar
atento para fatores como alcoolismo, uso excessivo de substâncias entorpecentes,
problemas familiares (separação, mortes na família, dificuldades financeiras etc.),
problemas no ambiente profissional (morte de colegas de trabalho, situações de
estresse excessivo) e alterações comportamentais (insônia, agressividade, fúria etc.).
Dentre os mecanismos de proteção secundária para os três grupos de policiais,
propomos:

• Programa de acompanhamento psicológico regular para policiais que estejam


presos no UP/PMERJ ou que estejam respondendo processo. Estes dois pontos se
mostraram como fatores de risco chave para esses policiais,

• Programa de acompanhamento jurídico da PMERJ para auxiliar no amparo dos


policiais expostos a situação acima descrita,

• Estar atento às punições institucionais autoritárias, especificamente nas prisões e


transferências de batalhões ou unidades,

• Organização de uma rede de cuidados com fluxo assistencial que permita o


diagnóstico precoce dos policiais em situação de risco. Nesta rede de cuidado, todo
o corpo policial, e não somente o corpo médico, pode sinalizar a mudança de
comportamento ou a preocupação com o colega e, com isso, facilitar seu
encaminhamento para um profissional de saúde.

Terciaria:

A prevenção terciária visa atender aos policiais que tenham comunicado ideação
suicida ou tentado suicídio a prevenção a este grupo é dedicado a esses policiais.
Para lidar com este grupo, propomos
as seguintes ações:

• Perceber o comportamento suicida como problema que abrange todo o trabalho


policial, isto é, deixar de recorrer apenas ao processo de psiquiatrização e ao uso de
medicamentos. É de suma importância estudar medidas que possam melhorar a
qualidade de vida e amenizar o sofrimento do policial,

• Realizar aproximações com a família do policial. É importante que o comandante


esteja ciente da vida pessoal do policial, como também a família participe mais da
vida profissional do policial,

• Controlar práticas entre os colegas que promovam alguma forma de bullying com os
policiais que tenham passado pelo problema. Sendo este um dos temas que pode ser
trabalhado nas palestras e ou encontros temáticos,
Commented [MN1]:
• Atenção a procedimentos como a cautela da arma. Commented [MN2R1]: Estas são orientações voltadas
para os oficiais de saúde e comandantes. Neste caso não
acho q seja necessário informa-los sobre isso

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