Resumo Direito Civil Sucessões 2017 1
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I - DA SUCESSÃO EM GERAL
1.5 – CLASSIFICAÇÃO
- Quanto à fonte de que deriva:
a) testamentária: oriunda de testamento válido ou de codicilo.
Vigora em nosso ordenamento jurídico o sistema da liberdade de
testar limitada, por meio do qual se o testador tiver herdeiros
necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge sucessíveis - art.
1845, CC), só poderá dispor de metade da herança. Assim, o
patrimônio do de cujus é dividido em duas partes: legítima (ou
reserva dos herdeiros necessários) e porção disponível;
§3°).
- Os demais co-herdeiros têm direito de preferência, tendo em
vista que, até a partilha, existe um condomínio indivisível (Arts.
1.794 e 1.795, CC/2002).
- Segundo noticia MHD, inexiste consenso na doutrina e na
jurisprudência a respeito da necessidade da anuência dos
demais herdeiros para que haja a cessão do quinhão hereditário
de um deles a terceiros.
- Qualquer dos co-herdeiros pode reclamar a universalidade da
herança ao terceiro, que indevidamente a possua, não podendo
este opor-lhe, em exceção, o caráter parcial do seu direito nos
bens da sucessão. Este direito não é personalíssimo, razão pela
qual pode o cessionário se valer do mesmo.
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Essa expressão "salvo disposição em contrário" se refere ao destino dos bens, e
não ao prazo de espera de 4 (quatro) anos, contado da abertura da sucessão. Esta
ação não pode ser proposta. pelo ofendido, ao qual é assegurado o direito de
deserdar o ofensor.
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2 - INDIGNIDADE
2.1 - Conceito - "Pena civil que priva do direito à herança não só o
herdeiro, bem como o legatário que cometeu atos criminosos ou
reprováveis, taxativamente enumerados em lei, contra a vida, a
honra e a liberdade do de cujus" (MHD), ou de certas pessoas de sua
família (Código Civil/2002).
2.2 - Causas:
Classificação:
- Quanto à forma:
a) tácita - quando resulta tão-somente de atos próprios da qualidade
de herdeiro. Não exprimem aceitação da herança os atos oficiosos,
como o funeral do finado, os meramente conservatórios ou os de
administração e guarda provisória. Não importa igualmente aceitação
a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos demais co-
herdeiros;
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Requisitos:
- capacidade jurídica do renunciante: exige-se, inclusive, a
capacidade para alienar;
OBS: Segundo MHD, a pessoa casada pode renunciar à herança ou
legado independentemente de prévio consentimento do cônjuge.
Entretanto, Amoldo Wald e Sílvio Rodrigues têm entendimento em
sentido contrário.
- O mandatário, para renunciar à herança pelo mandante,
necessita de poderes especiais e expressos. O representante
legal do menor, por sua vez, necessita de autorização judicial.
Efeitos:
- o renunciante é tratado como se nunca houvesse sido chamado à
sucessão;
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12 - HERANCA JACENTE
Conceito: É aquela relativamente à qual não há herdeiro legítimo ou
testamentário notoriamente conhecido.
Casos:
Não havendo testamento: se o falecido não deixar herdeiros
legítimos notoriamente conhecidos;
13 - HERANÇA VACANTE
Conceito: "É a que não foi disputada, com êxito, por qualquer
herdeiro e que, judicialmente, foi proclamada de ninguém" (SR).
OBS:
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Efeitos:
1 - cessação dos deveres do curador;
2 - afastamento da sucessão legítima dos colaterais que não tenham
se habilitado até a declaração de vacância;
3 - entrega dos bens vagos ao Município, Distrito Federal ou União,
conforme o caso;
4 - com a transferência definitiva do domínio dos bens vagos ao
Poder Público, deve este aplicá-los em fundações destinadas a
desenvolver o ensino universitário.
14 - PETICÃO DE HERANCA
Conceito: É a ação que cabe ao herdeiro para demandar o
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Regras:
- Ainda que exercida por um só herdeiro, essa ação pode
compreender a totalidade dos bens hereditários.
- O possuidor da herança está obrigado à restituição dos bens do
acervo, fixando-lhe a responsabilidade segundo a sua posse (de
boa ou de má-fé).
- A partir da citação, a responsabilidade do possuidor se há de
aferir pelas regras concernentes à posse de má-fé e à mora. A
esse respeito, vide o estudo da posse na parte relativa ao
Direito das Coisas.
- O herdeiro pode demandar os bens da herança, mesmo em
poder de terceiros, sem prejuízo da responsabilidade do
possuidor originário pelo valor dos bens alienados. Entretanto,
são eficazes as alienações feitas a título oneroso, pelo herdeiro
aparente a terceiro de boa-fé.
- O prazo para ajuizamento da ação de petição de herança é de
10 (dez) anos, a contar da abertura da sucessão.
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2- DESCENDENTES
- São os que primeiro são chamados a suceder o de cujus.
Entretanto; os descendentes podem concorrer à herança com o
cônjuge ou companheiro sobrevivente, conforme regras adiante
consignadas.
- Os filhos sucedem por cabeça (recebem quinhões iguais), e os
outros descendentes, por cabeça ou por estirpe (o quinhão do pré-
morto é dividido entre seus herdeiros), conforme se achem, ou não,
no mesmo grau.
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3 - ASCENDENTES
- Os de grau mais próximo excluem os de grau mais remoto, sem
distinção de linhas (linha paterna e linha materna).
4 - CÔNJUGE
- Conforme já antecipado, o cônjuge herda ab intestato,
independentemente da sua meação - que não é objeto da herança
deixada pelo falecido, em concurso com descendentes e ascendentes
e, não havendo nenhum deles, sozinho.
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LEGISLAÇÃO ANTERIOR AO
CC/02
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5 - COMPANHEIRO
- Primeiramente, a sucessão do companheiro foi disciplinada pelo
Código Civil (art. 1.790) em local bastante distante dos
dispositivos que tratam da ordem da vocação hereditária.
- Essa impropriedade técnica só se justifica pelo fato de que o
projeto original não se referia ao companheiro, tendo sido o
assunto disciplinado, em local impróprio, pelo Congresso
Nacional.
- Melhor seria que tivesse sido disciplinado em conjunto com a
ordem da vocação hereditária e os herdeiros nela incluídos
expressamente pelo Código Civil/2002.
- O companheiro, para herdar, deverá estar convivendo com o
falecido ao tempo da abertura da sucessão (requisito implícito),
sendo que essa herança não prejudicará seu eventual direito à
meação dos bens que se comuniquem (a comunhão parcial é a
regra).
- O companheiro concorre com os descendentes, os ascendentes
e os colaterais do de cujus, ao contrário do que ocorria
anteriormente.
- Com efeito, antes do Código de 2002, o companheiro só
sucedia em não havendo descendentes nem ascendentes
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11.7 - COLATERAIS
Requisitos:
I - haver o representado falecido antes do de cujus, sido declarado
ausente (nos casos em que se admite a abertura da sucessão
definitiva) ou declarado indigno;
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- DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
1 - TESTAMENTO
Conceito - É o ato revogável pelo qual alguém, de conformidade com
a lei, dispõe, no todo ou em parte, do seu patrimônio, para depois de
sua morte. Pode, entretanto, conter disposições de caráter
extrapatrimonial ou mesmo limitar-se a elas.
Caracteres:
I - revogável;
II - unilateral e personalíssimo;
III - gratuito, admitindo a instituição de encargo;
IV - solene;
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5 - DESERDACÃO
Requisitos:
1 - existência de testamento válido;
2 - declaração expressa de causa;
3 - comprovação da veracidade da causa alegada pelo testador, por
parte do herdeiro excluído ou daquele a quem aproveite a
deserdação. Sujeita-se ao prazo decadencial de 04 anos, contados da
data da abertura do testamento (art. 1.965, parágrafo único,
CC/2002). Não se provando a causa invocada para a deserdação, é
nula a instituição, e nulas as disposições, que prejudiquem a legítima
do deserdado;
4 - existência de herdeiro necessário. É que, para excluir da sucessão
o companheiro ou parentes colaterais, basta que o testador disponha
do seu patrimônio, sem os contemplar.
Casos:
1 - casos de indignidade, qualquer que seja o herdeiro necessário;
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Efeitos:
1 - o deserdado, com a abertura da sucessão, adquire o domínio e a
posse da herança; com a publicação do testamento, passa a ter
propriedade resolúvel;
2 - não provado o motivo determinante da deserdação, o testamento
produzirá efeitos em tudo o que não prejudique a legítima do
herdeiro necessário;
3 - necessidade de preservar a herança durante a ação movida pelo
beneficiário da deserdação para provar a sua causa geradora,
nomeando-se depositário judicial;
4 - os descendentes do deserdado o representam, como se ele fosse
morto. Esse é o entendimento majoritário.
7 - SUBSTIUIÇÕES
Regras:
I - o substituto fica sujeito ao encargo ou condição impostos ao
substituído, quando não for diversa a intenção manifestada pelo
testador, ou não resultar outra coisa da natureza da condição, ou do
encargo;
II - é lícito substituir muitas pessoas a uma só, ou vice-versa;
III - o substituto deve ter capacidade para ser instituído em primeiro
grau;
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Espécies:
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Regras específicas:
a) o fiduciário tem a propriedade da herança ou legado, mas restrita
e resolúvel;
b) o fiduciário é obrigado a proceder ao inventário dos bens
gravados, e, se lhe exigir o fideicomissário, a prestar caução de
restituí-los;
c) se o fideicomissário aceitar a herança ou o legado, terá direito à
parte que, ao fiduciário, em qualquer tempo acrescer;
d) o fideicomissário responde pelos encargos da herança que ainda
restarem quando vier à sucessão;
e) são nulos os fideicomissos além do segundo grau;
f) a nulidade da substituição ilegal não prejudica à instituição, que
valerá sem o encargo resolutório.
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Consequências do acréscimo:
I - transmissão aos coerdeiros ou co-legatários beneficiados das
vantagens que deveriam caber ao que deixou de herdar;
II - transmissão aos beneficiados das obrigações e encargos que
oneravam o quinhão do que deixou de herdar;
III - impossibilidade de o beneficiário do acréscimo repudiá-lo
separadamente da herança ou legado que lhe caiba, salvo se o
acréscimo comportar encargos especiais impostos pelo testador;
nesse caso, uma vez repudiado, reverte o acréscimo para a pessoa
a favor de quem os encargos foram instituídos.
9 - DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS
- Regras interpretativas:
a) Quando a cláusula testamentária for suscetível de interpretações
diferentes, prevalecerá a que melhor assegure a observância da
vontade do testador. Sílvio Rodrigues e Carlos Roberto Gonçalves
entendem que o juiz não pode recorrer a outras fontes, que não o
próprio testamento. Já Maria Helena Diniz tem entendimento diverso,
admitindo a pesquisa a elementos extrínsecos ao instrumento formal
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do testamento.
b) A disposição geral em favor dos pobres, dos estabelecimentos
particulares de caridade, ou dos de assistência pública, entender-se-á
relativa aos pobres do lugar do domicílio do testador ao tempo de sua
morte, ou dos estabelecimentos aí sitos, salvo se manifestamente
constar que tinha em mente beneficiar os de outra localidade. Nestes
casos, as instituições particulares preferirão sempre às públicas.
c) Se o testamento designar dois ou mais herdeiros, sem discriminar
a parte de cada um, partilhar-se-á por igual, entre todos, a porção
disponível do testador.
d) Se o testador nomear certos herdeiros individualmente e outros
coletivamente, a herança será dividida em tantas cotas quantos
forem os indivíduos e os grupos designados.
e) Se forem determinadas as cotas de cada herdeiro, e não
absorverem toda a herança, o remanescente pertencerá aos
herdeiros legítimos, segundo a ordem da vocação hereditária.
f) Se forem determinados os quinhões de uns e não os dos outros
herdeiros, distribuir-se-á por igual a estes últimos o que restar,
depois de completas as porções hereditárias dos primeiros.
g) Dispondo o testador que não caiba ao herdeiro instituído certo e
determinado objeto, dentre os da herança, tocará ele aos herdeiros
legítimos.
- Regras proibitivas:
a) Tem-se por não escrita a designação do tempo em que deva
começar ou cessar o direito do herdeiro, salvo nas disposições
fideicomissárias (proibição de instituição de herdeiro a termo). Aplica-
se somente ao herdeiro, não se estendendo ao legatário. Não invalida
o testamento; nem anula a disposição; acarreta apenas a ineficácia
do termo.
b) É nula a disposição que:
- institua herdeiro, ou legatário, sob condição captatória de que este
disponha, também por testamento, em benefício do testador, ou de
terceiro;
- se refira a pessoa incerta, cuja identidade se não possa averiguar;
- favoreça pessoa incerta, cometendo a determinação de sua
identidade a terceiro, salvo no caso do art. 1.901, I, CC/2002;
- deixe a arbítrio do herdeiro, ou de outrem, fixar o valor do legado,
salvo no caso do art. 1.901, II, CC/2002;
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10 - FORMAS DE TESTAMENTO
10.1 - DISPOSIÇÕES GERAIS
Como já foi dito, o testamento é ato solene,
devendo ser confeccionado com observância das formalidades legais,
vigentes ao tempo de sua elaboração (ato jurídico perfeito), sob pena
de nulidade.
Nosso ordenamento jurídico admite apenas
seis formas de testamento, sendo três delas ordinárias (testamento
público, testamento cerrado e testamento particular), e outras três
especiais (testamento marítimo, aeronáutico e militar).
É proibido o testamento conjuntivo (ou de
mão comum aquele que contém disposições de última vontade feitas
por mais de uma pessoa, no mesmo instrumento), seja ele
simultâneo (aquele em que dois testadores beneficiam, através do
mesmo instrumento uma terceira pessoa), recíproco (aquele em que
dois testadores, num mesmo instrumento beneficiam-se
mutuamente, instituindo herdeiro o que sobreviver) ou correspectivo
(aquele em que dois testadores, num mesmo instrumento, efetuam
disposições testamentárias em retribuição de outras
correspondentes).
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Formas:
I - Na presença de duas, ou três testemunhas, se o testador não
puder, ou não souber assinar, caso em que assinará por ele uma
delas. Se o testador pertencer a corpo ou seção de corpo destacado,
o testamento será escrito pelo respectivo comandante, ainda que de
graduação ou posto inferior. Se o testador estiver em tratamento no
hospital, o testamento será escrito pelo respectivo oficial de saúde,
ou pelo diretor do estabelecimento. Se o testador for o oficial mais
graduado, o testamento será escrito por aquele que o substituir.
Corresponde ao testamento público.
II – Se o testador souber escrever, poderá fazer o testamento de seu
punho, contanto que o date e assine por extenso, e o apresente
aberto ou cerrado, na presença de duas testemunhas ao auditor, ou
ao oficial de patente, que lhe faça as vezes neste mister. O auditor,
ou oficial, a quem o testamento se apresente, notará, em qualquer
parte dele, o lugar, dia, mês e ano, em que lhe for apresentado. Esta
nota será assinada por ele e pelas ditas testemunhas. Corresponde
ao testamento cerrado.
III - Nuncupativo - As mesmas pessoas, estando empenhadas em
combate, ou feridas, podem testar oralmente, confiando a sua última
vontade a duas testemunhas.
Caducidade:
I - quando o testador, após o testamento, estiver 90 dias seguidos,
em lugar onde possa testar na forma ordinária, salvo se esse
testamento for elaborado sob a forma que se assemelha ao
testamento cerrado;
II - no caso do testamento nuncupativo, se o testador não morrer na
guerra, ou convalescer do ferimento.
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11 - CODICILO
Conceito - É o ato de última vontade, pelo qual o disponente faz
disposições especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de pouca
monta a certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente,
aos pobres de certo lugar, assim como lega móveis, roupas ou jóias,
de pouco valor, de seu uso pessoal. Pelo codicilo ainda se afigura
possível nomear e substituir testamenteiros.
12 - LEGADO
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Caducidade:
I - modificação substancial do bem legado;
II - alienação voluntária da coisa legada, por qualquer título;
III - perecimento ou evicção da coisa legada;
IV - indignidade do legatário;
V - premoriência do legatário;
VI - renúncia do legado pelo legatário;
VII - falecimento do legatário antes do implemento da condição
suspensiva;
VIII - incapacidade ou falta de legitimação do legatário para receber
o legado.
Espécies:
I - expressa - quando o testamento revogatório se referir
expressamente ao revogado, retirando-lhe a eficácia, total ou
parcialmente;
II - tácita - quando o testamento posterior não contém cláusula
revogatória expressa e é, total ou parcialmente, incompatível com o
anterior; quando o testamento cerrado aparecer aberto ou dilacerado
pelo próprio testador, ou por terceiro com o seu consentimento;
III - presumida, legal ou rompimento - superveniência de
descendente sucessível ao testador, que o não tinha, ou não o
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BIBLIOGRAFIA
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