Projeto Caldeira
Projeto Caldeira
Projeto Caldeira
Andrea Mecca
Jonas Franceschi
1
ÍNDICE
2
4.1. Coeficiente de Transferência de Calor por Convecção no Interior dos Tubos ..... 23
4.2. Coeficiente de Transferência de Calor por Radiação .............................................. 24
4.3. Resistência Térmica Devido a Incrustações .............................................................. 25
4.4. Resistência Térmica Devido a Transferência de Calor por Condução .................. 25
4.5. Coeficiente de Transferência de Calor por Convecção na Parte Externa dos
Tubos ............................................................................................................................ 26
4.6. Coeficiente Global de Transferência de Calor ......................................................... 26
5. TROCADOR DE CALOR E ESTRUTURA DA CALDEIRA .................................... 27
5.1. Trocador de calor ........................................................................................................ 27
5.1.1. Energia Disponível. ........................................................................................... 27
5.1.2. Média logarítmica das diferenças de temperatura MLDT ............................... 27
5.1.3. Área superficial de troca de calor ..................................................................... 28
5.1.4. Diâmetro do casco ............................................................................................. 28
5.1.5. Número de tubos ................................................................................................ 29
5.2. Estrutural da caldeira ................................................................................................. 29
5.2.1. Espessura do casco ............................................................................................ 29
5.2.2. Espessura do espelho ......................................................................................... 30
5.2.3. Espessura da câmara de combustão ................................................................. 31
5.3. Construção ................................................................................................................... 31
5.3.1. Fixação dos tubos .............................................................................................. 31
5.3.2. Soldagens ........................................................................................................... 31
5.3.3. Isolamento térmico ............................................................................................ 32
5.3.4. Acabamento superficial ..................................................................................... 32
5.4. Acessórios ..................................................................................................................... 32
5.4.1. Queimador ......................................................................................................... 33
5.4.2. Bomba de alimentação ...................................................................................... 33
5.4.3. Válvula de segurança ........................................................................................ 33
5.4.4. Manômetro ......................................................................................................... 33
5.4.5. Controle do nível de água .................................................................................. 34
5.4.6. Purgador ............................................................................................................ 34
5.5. Sistema de Exaustão de gases ..................................................................................... 34
5.5.1. Perda de Carga na Chaminé ............................................................................. 35
5.5.2. Potencia do Ventilador ...................................................................................... 35
6. INSTALAÇÃO E INSPEÇÃO DE SEGURANÇA ....................................................... 37
3
6.1. Instalação ..................................................................................................................... 37
6.1.1. Pressões de projeto ............................................................................................. 37
6.1.2. PMTA ................................................................................................................. 37
6.1.3. Teste hidrostático ............................................................................................... 38
6.1.4. Placa de identificação ........................................................................................ 38
6.2. Inspeção ........................................................................................................................ 39
6.3. Segurança na Operação de Caldeiras........................................................................ 40
7. CONCLUSÕES ................................................................................................................ 42
Referências bibliográficas ...................................................................................................... 43
APENDICES ........................................................................................................................... 45
APÊNDICE A - MEMORIAL DE CÁLCULOS
APÊNDICE B – DETALHAMENTO DO PROJETO DA CALDEIRA
ANEXOS
ANEXO A – COMBUSTÍVEL
ANEXO B – MATERIAL DOS TUBOS
ANEXO C – MATERIAL DO CASCO
ANEXO D – MATERIAL DA CÂMARA DE COMBUSTÃO
ANEXO E – QUEIMADOR
ANEXO F – BOMBA
ANEXO G – MANÔMETRO
ANEXO H – PURGADOR
ANEXO I – VÁLVULA DE SEGURANÇA
ANEXO J – ISOLAMENTO TÉRMICO
ANEXO K - VENTILADOR
4
ÍNDICE DE FIGURAS
5
1. INTRODUÇÃO
As caldeiras flamotubulares (ver Fig. 1.1) são construídas de forma que a água
circule ao redor de diversos tubos, montados entre espelhos, na forma de um único feixe
tubular (BAZZO, 1992). Os gases de combustão circulam pelo interior dos tubos na direção
da chaminé, onde são lançados ao ambiente. Este tipo de caldeira é utilizado para unidades
geradoras de energia de pequeno/médio porte, sendo que as de grande porte são representadas
por caldeiras aquotubulares.
6
Para início de projeto, será considerado que a caldeira operará no estado do Rio
Grande do Sul, Brasil, sendo que a empresa SULGÁS fornecerá o combustível (gás natural).
Foi considerado que o vapor retorna para bombeamento como condensado a uma temperatura
de 60 ºC. A pressão absoluta de operação da caldeira é de 10 bar, com um fluxo mássico de
vapor saturado de 3 t/h.
1.1. Objetivos
7
2. DIMENSIONAMENTO DA CALDEIRA
̇ ̇ ( ) (2. 1)
Onde:
• ̇ É a energia absorvida pela caldeira (kW);
• ̇ é o fluxo total de vapor que deixa a caldeira no valor de 0,8333 kg/s;
• hs é a entalpia de saída no valor de 2738 kJ/kg;
• he é a entalpia de entrada no valor de 252 kJ/kg;
O valor encontrado através da Eq. (2.1) foi de 2072 kW.
8
2.2. Energia Disponível na Câmara de Combustão
̇
̇ (2.2)
2.3. Combustível
̇
̇ (2.3)
9
Onde ̇ é a vazão mássica de combustível em kg/s. tendo como resultado obtido uma vazão
de 0,05 kg/s de combustível. (249,5 Nm³/h)
̇
̅ (2.4)
Figura 2.1 - Cargas térmicas volumétricas indicadas para algumas fornalhas em operação e adaptadas
com paredes d’água (BAZZO, 1992).
10
2.6. Vazão Mássica de Ar
( ) (2.5)
Onde:
• Mtar é a massa teórica de ar em kgar/kgcb;
• C é a quantidade de carbono, H de hidrogênio, O de oxigênio e S de enxofre.
Como somente metano e etano reagirão com o ar na combustão, a quantidade de
oxigênio e enxofre é igual a zero, e a quantidade de C e H é, respectivamente, 0,7523 e
0,2477. Resolvendo-se a Eq. (2.5), obteve-se um valor de 17,15 kgar/kgcb.
Para garantir uma combustão completa, utiliza-se excesso de ar, porém este
excesso aumenta as perdas por calor sensível nos gases de combustão. Considerando um
excesso de ar de 20%, calcula-se a massa real de ar através da Eq. (2.6):
(2.6)
Onde MarR é a massa real de ar em kgar/kgcb e Ea é o excesso de ar, considerado como sendo
20%. Para a Eq. (2.6), obteve-se um valor de 20,58 kgar/kgcb.
Por fim, pode-se calcular a vazão mássica de ar através da Eq. (2.7):
̇ ̇ (2.7)
11
2.7. Vazão Mássica de Gases de Combustão
(2.8)
Onde:
(2.9)
(2.10)
Onde Uar é a umidade do ar, que foi atribuída como sendo 0,013 kgH2O/kgar. Através da Eq.
(2.10), obteve-se um valor de 2,44 kgH2O/kgcb.
(2.11)
12
( ) (2.12)
Onde MgR é a massa real dos gases de combustão no valor de 21,81 kggases/kgcb.
Assim, através da Eq. (2.13), calcula-se a vazão mássica dos gases de combustão:
̇ ̇ (2.13)
(2.14)
(2.15)
( )
(2.16)
13
Para o O2, utiliza-se a Eq. (2.17):
( )
(2.17)
14
3. CÂMARA DE COMBUSTÃO
15
3.1. Simulação Computacional
16
3.1.3. Modelo de Turbulência k-ε
O modelo k-ε é um dos mais utilizados e indicados para casos de engenharia,
sendo um dos modelos que utiliza o conceito de viscosidade turbulenta para modelar o tensor
de tensões de Reynolds (LAUNDER e SHARMA, 1972). Este modelo necessita somente de
duas equações para resolver o problema das tensões de Reynolds, porém, apresenta limitações
em alguns casos, já que não é recomendado para casos onde haja escoamentos rotacionais
(swirl), pois a simplificação de viscosidade turbulenta deixa de ser válida (ANSYS INC.
2004).
17
3.2. Modelagem da Câmara de Combustão
3.2.1. Malha
A geometria da câmara de combustão foi criada em CAD e importada para o
ICEM (Ansys) para gerar a malha da câmara de combustão. As superfícies de entrada de
combustível, ar, saída de gases e paredes foram identificadas para que depois fossem
reconhecidas no CFX. A malha foi criada utilizando-se tetras e prismas (para melhor
acomodação dos elementos nas paredes), obtendo-se um total de 1826485. A Fig. 3.1
apresenta a malha criada.
18
Paredes: as paredes foram divididas em duas partes. Primeiro a parede na parte
frontal da caldeira, a qual foi especificada como sendo adiabática; as demais paredes foram
ajustadas com temperatura prescrita, sendo esta a temperatura de saturação da água no valor
de 180 ºC. As paredes ainda contam com uma emissividade de 0,5.
Saída: foi atribuída uma pressão estática de 0 Pa.
O modelo de radiação utilizado foi o WSGG e o modelo de combustão o EDM
com Finite Rate Chemistry.
3.2.3. Resultados
Após as condições de contorno estabelecidas, o problema segue o “Solver”, o qual
resolve todas as equações do problema até que as mesmas atinjam a convergência solicitada,
neste caso erro igual ou inferior a 10-6. Após concluído o processo de simulação foi gerado
um arquivo resultado, o qual foi analisado no “Post”.
Através da Fig. 3.2, indica o campo de temperaturas obtido no interior da câmara
de combustão:
19
A Fig. (3.3) exibe a formação de CO (monóxido de carbono) no interior da
câmara.
Com a Fig. 4.3, percebe-se que o CO não é totalmente convertido em CO2 dentro
da câmara, o que demonstra que a combustão foi incompleta. Isto pode ser devido às
velocidades que foram atribuídas nas entradas de ar e combustível, e também à geometria.
Melhorias quanto a isso, poderiam ser feitas reduzindo estas velocidades e aumentando o
número de entradas de combustível.
A Fig. 3.4 exibe o campo de formação de CO2.
20
Observando a figura, nota-se que a formação de CO2 inicia-se no final da câmara,
quando ocorre a combustão do CO. Através da Fig. 4.5, pode-se observar a formação do NOx.
Observa-se que o NOx inicia sua formação próxima a região central da câmara,
estendendo-se até o final da mesma. É importante destacar que a formação de NOx é
prejudicial ao meio ambiente, portanto, deve-se sempre tentar reduzir ao máximo a emissão
deste componente.
Com o resultado obtido, através da “Function Calculator”, também foi possível
obter os seguintes dados:
21
Tabela 3.1 – Frações de componentes.
22
4. TRANSFERÊNCIA DE CALOR
̅̅̅̅
̅ (4.1)
23
Onde Nu é o número de Nusselt, adimensional, hi é o coeficiente de transferência de calor por
convecção no interior dos tubos em W/m²K, k é a condutividade térmica em W/mK e di é o
diâmetro interno em m.
Para a determinação do Nu é necessário determinar o tipo de escoamento, laminar
ou turbulento, através do numero de Reynolds.
(4.2)
̅̅̅̅ ⁄ (4.3)
Onde ̅̅̅̅ representa o número de Nusselt médio interno e representa o número de Prandlt,
e tem o valor de 0,726 para o , Obtendo pela Eq. (5.3) ̅̅̅̅ igual a 11,58
Com a aplicação da Eq. (5.1) foi possível determinar o ̅ obtendo-se um valor de.
̅
( )( ) (4.3)
24
Onde: hr é o coeficiente de transferência de calor por radiação em W/m²K, ε é a
emissividade, considerada como 0,5; σ é a constante de Stefan-Boltzmann, com o valor de
5,67 E-8 W/m²K4, Tg,m é a temperatura média dos gases de combustão, sendo de 985 K e T∞ é
a temperatura da água, com o valor de 453 K. Com esses valores, obteve-se um valor de
.
( ⁄ )
(4.4)
Onde Rcond é a resistência térmica por condução em m²K/W, são os raios externo e
interno em m, respectivamente, e kaço é a condutividade térmica do material dos tubos, que foi
considerado como sendo ASTM-A138, com uma condutividade térmica de 44,6 W/mK. O
valor obtido para esta resistência foi de .
25
4.5. Coeficiente de Transferência de Calor por Convecção na Parte Externa dos Tubos
A transferência de calor na parte externa dos tubos ocorre das superfícies externas
dos mesmos para a água. Este caso é especial, pois ocorre mudança de fase, de líquido para
vapor. O coeficiente de transferência de calor por convecção de acordo com Incropera et al.
(2008), pode ser determinado pela Eq. (5.6):
( ) ( )
̅ [ ] (4.6)
Onde C é uma constante adimensional, que para cilindros horizontais possui o valor de 0,62;
kv é a condutividade térmica do vapor, que vale 0,0331 W/mK, ρv é a densidade do vapor
saturado que equivale a 5,25 kg/m³, ρl é a densidade do líquido, no valor de 887 kg/m³, g é a
aceleração da gravidade, de 9,8 m/s², hfg representa o calor latente de vaporização, possuindo
o valor de 2024 kJ/kg, cp,v é o calor específico do vapor, de 2,56 kJ/kgK, ∆Teé o excesso de
temperatura no valor de 520 ºC , μv representa a viscosidade do vapor, no valor de 14,85 . 10-6
Ns/m² e D é o diâmetro externo do tubo, no valor de 0,0508 m. Os valores das propriedades
termofísicas foram retirados da Tabela A. 6 do Incropera et al. (2008).
( ⁄ )
(4.7)
( )
26
5. TROCADOR DE CALOR E ESTRUTURA DA CALDEIRA
Existem muitas formas de trocadores de calor, sendo que para a geração de vapor
o mais comumente utilizado é o trocador de casco e tubos.
Devido à possibilidade de ter todas as temperaturas definidas, será utilizado o
método das médias logarítmicas de diferença de temperatura (MLDT). A seguir serão
apresentados os cálculos de dimensionamento de um trocador de casco e tubos para o gerador
de vapor a ser projetado. O roteiro de cálculo abaixo descrito esta baseado nas obras de
(KAKAÇ, 2002) (TELLES, 2007) e (INCROPERA 2008).
( ) ( )
( ) (5.1)
( ⁄ )
( )
27
do fluido frio na entrada em K e Tf,sai é a temperatura do fluido frio na saída em K.
(KACAÇ,2002).
As temperaturas de projeto são: Tq,emt = 1498.01 K, que é a temperatura dos gases
de combustão obtida na simulação;Tq,sai = 473 K que é a temperatura de saída dos gases
arbitrada para que não haja a condensação do vapor d’água contido nos gases no interior da
chaminé, Tf,sai= 453 K que é a temperatura de vapor saturado a 10 bar e Tf,ent de 333 K que é a
temperatura do vapor condensado que retorna para a caldeira. O resultado obtido foi:
̇
(5.2)
28
1/ 2
CL A f ( PR )d1
Dc 0,637 (5.3)
CTP L
(5.4)
pr
t c (5.5)
SE 0,6 p
29
eficiência da solda é estimada em 0,8. Com estes valores, chegou-se a uma espessura de
parede de t = 8,58 cm, sendo utilizada para construção a mais próxima comercialmente
encontrada, que é de 3/8 pol.
Fr G p
Tf (5.6)
3 nS
sendo o Tf a espessura do espelho em mm, Fr é um coeficiente numérico que para tubos retos
vale 0,8; G é o diâmetro médio do espelho em cm, p é a pressão de projeto, S é a tensão
admissível do material que é de 5957 kgf/cm2 e n é o fator que depende do arranjo de tubos,
para matriz triangular pode ser usado.
(( )
) (5.7)
Assim foi encontrado n igual 0,42. Substituindo os valores na Eq. (5.6) a espessura do
espelho necessária para resistir à flexão encontrada é 6,26 cm. A espessura para resistir à
tensão de cisalhamento nos espelhos é dada por.
(5.8)
( )
30
(do = 5,08cm), portanto serão utilizadas chapas comerciais com 3 pol de espessura que
equivale a 76,3mm, os espelhos após a preparação terão a espessura de 70mm.
5.3. Construção
5.3.2. Soldagens
É obrigatório que todas as soldas de emenda de chapas no casco e nos tampos dos
vasos de pressão sejam de topo, com penetração total, e de tipos facilmente radiografáveis.
Estes requisitos das soldas na parede de pressão são uma exigência geral de todas as normas
(TELLES, 2007). Dependendo da espessura da chapa, o chanfro para a soldagem pode ser
feito por ambos os lados ou por um só. Os chanfros de preparação das bordas das chapas
serão em V são mais fáceis de fazer do que os chanfros em U, embora resultem em maior
quantidade de solda depositada e maiores distorções. A quantidade de solda requerida por um
chanfro em V duplo é metade da correspondente ao chanfro em V simples. De modo geral, as
31
soldas assimétricas (por um lado só, ou com chanfro assimétrico) produzem maiores tensões e
distorções do que as soldas simétricas. Geralmente para espessuras até 19 mm adota-se o
chanfro em V simples.
O processo de soldagem utilizado para a união das partes da caldeira será o MIG-
MAG sendo que o procedimento utilizado será a soldagem de topo com penetração total e
ângulos que variam de 30, 45 ou 60º conforme a espessura das chapas a serem soldadas.
5.4. Acessórios
32
5.4.1. Queimador
O queimador foi selecionado diretamente do catálogo do fabricante, sendo da
marca Riello Burners, o qual atende a demanda energética do projeto. O modelo selecionado é
a RS1200/E-EV BLU, que tem capacidade necessária . Maiores detalhes podem ser vistos no
Anexo E.
5.4.4. Manômetro
O manômetro é um instrumento indispensável para o funcionamento da caldeira,
pois este faz a leitura e a indicação da pressão interna da mesma e segundo a norma vigente,
ele deve estar instalado em um lugar em que possa ser facilmente observado. O manômetro
escolhido foi da marca IOPE série 617 de 150 mm que consta no Anexo G.
33
5.4.5. Controle do nível de água
Para evitar o superaquecimento da caldeira é muito importante o controle do nível
da água. O sistema baseia-se na instalação de eletrodos para o monitoramento do nível da
água, que tem por objetivo mantê-la no nível correto, acima do banco de tubos e abaixo do
nível de vapor, que é a faixa segura de operação.
Serão utilizados três eletrodos que funcionam em três faixas, instalados um mais
profundo que o outro, marcando a altura do nível d’ água interno; quando o nível acusar que a
água baixou além do segundo eletrodo, automaticamente a bomba de alimentação é ligada,
desligando quando a água atingir o terceiro eletrodo, e se caso o nível continuar a baixar, é
disparado automaticamente um sinal sonoro para evidenciar que a caldeira está em risco de
superaquecimento. Além deste sistema de monitoramento eletrônico do nível d’água, também
será instalado um indicador de nível onde o operador poderá ver o nível d’ água da caldeira.
5.4.6. Purgador
A válvula de purga tem por finalidade fazer a purga dos resíduos sólidos, que por
decantação se depositam no fundo da caldeira, sendo instaladas no fundo da mesma. Elas
podem ser automáticas ou manuais. A válvula escolhida para o projeto é da marca SPIRAX
SARCO modelo TD50 que opera até 42 bar. Maiores detalhes podem ser vistos no Anexo H.
(5.9)
( )
(5.10)
34
(5.11)
(5.12)
(5.13)
(5.14)
̇
(5.15)
35
Onde P é a potencia do ventilador em W, ̇ é o fluxo de massa em kg/s, e é
o rendimento do ventilador, são a perda de carga total em Pa e a densidade do
fluido em kg/m3 respectivamente.
A seleção de um ventilador comercial foi da marca CENTRIFUGAL FAN –
Ventiladores centrífugos, modelo VTI-350 mais dados pode ser encontrada no anexo K.
36
6. INSTALAÇÃO E INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
6.1. Instalação
A caldeira foi projetada para ser utilizada num sistema de calefação onde a sua
instalação deve ser feita em ambiente separado do ambiente de circulação de pessoas, com
identificação denominada “Área da Caldeira”, pois somente pessoas treinadas devem ter
acesso à mesma. A instalação da caldeira e de todos os equipamentos necessários para o seu
funcionamento será feita em um local separado do ponto consumidor que deverá ser arejado e
dispor de pelo menos duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas. Para evitar que o
possível vazamento de gases da combustão ou vapor possam causar danos.
6.1.2. PMTA
A pressão máxima de trabalho admissível (PMTA) é o maior valor permissível
para pressão medida no topo do vaso na sua posição normal de trabalho, sendo que a PMTA é
usualmente empregada para a pressão de abertura das válvulas de segurança. Assim, a PMTA
deste projeto será calculada através da Eq.(6.1).
37
S * E *e
PMTA (6.1)
R 0,6e
Onde S é a tensão admissível do material que para este caso é de 5957 kgf/cm2, e é a
espessura para pressão interna, que é de 0.953 cm, R é o raio do casco de 130 cm. Desta forma
a PMTA para este projeto será de 34,78 kgf/cm², como pode ser observado, muito acima da
pressão de uso da caldeira (máx. 10kgf/cm2), o que garante segurança na operação.
Fabricante;
Número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
Ano de fabricação;
Pressão máxima de trabalho admissível;
Pressão de teste hidrostático;
Capacidade de produção de vapor;
Área da superfície de aquecimento;
Código de projeto e ano de edição.
38
A figura a seguir mostra a placa de identificação da caldeira com as informações
necessárias.
6.2. Inspeção
39
Sempre que a caldeira for danificada por acidente ou outra ocorrência capaz de
comprometer sua segurança;
Quando a caldeira for submetida à alteração ou reparo importante capaz de alterar suas
condições de segurança;
Antes de a caldeira ser recolocada em funcionamento, quando permanecer inativa por
mais de 6 (seis) meses;
Quando houver mudança de local de instalação da caldeira.
As inspeções de segurança devem ser realizadas por profissionais habilitados
conforme descrito na NR13.
Os resultados de inspeções são lavrados no "Relatório de Inspeção” devendo
conter os resultados e providencias quando necessárias.
40
Nunca ligar uma caldeira a um sistema de vapor antes de atingir a pressão maior que a
do sistema;
Nunca alterar a pressão de disparo de uma válvula além da PMTA da caldeira;
Não permitir que pessoas não habilitadas operem a caldeira;
Nunca efetuar reparos no equipamento sem autorização expressa do responsável;
Nunca acender o queimador com o calor da fornalha, para não causar retrocesso de
chama;
Sempre admitir a possibilidade de ocorrer uma emergência;
Sempre verificar o nível de água pelo visor direto, evitar confiar em visores
automáticos, eles podem provocar erros;
Quando uma válvula de segurança apresentar problemas, exija a presença da
assistência técnica do equipamento;
Sempre obedecer às normas de segurança;
Em caso de dúvidas, consultar um elemento autorizado.
41
7. CONCLUSÕES
42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KAKAÇ, S. e HONGTAN, L., 2002. “Heat Exchangers: Selection, Rating, and Thermal
Design”, 2 ed., Boca Raton: CRC Press.
http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE52160012BE523AF2F12D7/nr_13.pdf
acessdo em 26/11/2013.
43
SPALDING, D. B., 1977. “Development of the Eddy-Break-Up Model of Turbulent
Combustion”, 16th Symposiun (Int.) on Combustion, The Combustion Institute, Pittsburgh.
TELLES, P. C. da S., 2007. “Vasos de Pressão”, 2 ed., Rio de Janeiro: LTC – Livros
Técnicos e Científicos, Editora S. A.
44
APENDICES
45
APENDICE A - MEMORIAL DE CÁLCULOS
46
APENDICE B – DETALHAMENTO DO PROJETO DA CALDEIRA
47
ANEXOS
48
ANEXO A – COMBUSTÍVEL
49
ANEXO B – MATERIAL DOS TUBOS
50
ANEXO C – MATERIAL DO CASCO
51
ANEXO D – MATERIAL DA CÂMARA DE COMBUSTÃO
52
ANEXO E – QUEIMADOR
53
ANEXO F – BOMBA
54
ANEXO G – MANÔMETRO
55
ANEXO H – PURGADOR
56
ANEXO I – VÁLVULA DE SEGURANÇA
57
ANEXO J – ISOLAMENTO TÉRMICO
58
ANEXO K - VENTILADOR
59