Caderno de Orientacoes Historias Rimadas 20150212160733 PDF
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HISTÓRIAS
RIMADAS
1| HISTÓRIAS RIMADAS
E m primeiro lugar, ouvir histórias lidas por um adulto é, sem dúvida, um momento prazeroso para
as crianças. Nas escolas, essa situação deveria se repetir com frequência, porque vincula as crianças a
conhecimentos e comportamentos importantes para a sua formação leitora e escritora. As crianças percebem
e valorizam o fato de alguém reservar, periodicamente, um tempo especial para se dedicar completamente
Ver: a elas, sob a mediação da literatura. Elas sentem prazer em acompanhar a narração de um acontecimento
Caderno de
estudos e procuram, na própria linguagem, pistas para melhor compreender cada evento. Aprendem a confiar na
palavra, à medida que descobrem indícios que lhes permitem realizar antecipações e levantar hipóteses
sobre o acontecimento narrado. Experimentam, enfim, o poder das palavras intencionalmente ordenadas
para comunicar algo.
Por isso, muitas instituições já incluíram em suas rotinas a leitura diária de uma história. As crianças
costumam aguardar com ansiedade e grande expectativa esse momento, pois sabem que, naquela hora,
outra realidade se instaura: a voz do professor adquire outro ritmo e entonação, as palavras pronunciadas
de um jeito especial passeiam no imaginário de cada ouvinte e as ilustrações guardadas nas páginas dos
livros revelam detalhes nunca imaginados.
Essas histórias, também chamadas de contos versificados (escritos em verso) ou prosa poética (narrativa
com elementos poéticos), conservam características próprias a mais de um gênero textual. Algumas se
parecem com parlendas, outras se assemelham mais a um poema narrativo, e há as que se pareçam com
contos breves. Nesse terreno, não há necessidade de muita precisão. O importante é o professor reconhecer
elementos que tornam essas histórias essenciais na rotina da escola.
Sabemos que, para contar uma história, é necessário, resumidamente, narrar um acontecimento, por
mínimo que seja, num tempo e num espaço, envolvendo personagens que se relacionam entre si. Sabemos
São ingredientes que, sem dúvida, despertam o apetite do pequeno leitor. Perceber certa linearidade (início,
meio e fim) no que está sendo narrado provoca conforto e orienta a escuta. Identificar, no modo como algo
está sendo narrado, certa cadência e uma semelhança sonora entre palavras também estimula, integra e
guia. As histórias rimadas conservam a propriedade de se manterem vivas na memória das crianças porque
contêm elementos reiterativos que intensificam o que se quer comunicar. A reiteração se dá, em muitos casos,
não apenas na repetição de termos idênticos, como também na utilização de um vocabulário pertencente a um
mesmo campo semântico, ou seja, a um determinado grupo de palavras. Há histórias que destacam a presença
de animais, outras optam por personagens encantados, e outras por mencionar elementos da natureza.
O fato de serem breves e possuírem uma estrutura fixa facilita a memorização. É comum as crianças desejarem
que o professor repita a leitura dessas histórias para se certificarem de que suas hipóteses sobre o som e o
sentido apreendidos durante a leitura são verdadeiras. É também muito comum desejarem contar, elas pró-
prias, a história ouvida, na tentativa de concretizar o máximo possível aquela experiência cheia de significados.
Esses desejos tão comuns só confirmam a importância dessas histórias no dia a dia das crianças.
s dois livros indicados para este Caderno contêm histórias rimadas que certamente encantarão as
crianças, não só por seu teor poético, mas também pelo delicado fio que conduz as narrativas.
Texto e ilustração dialogam perfeitamente neste livro, como indica a sua epígrafe:
“Em cada página/ trate de olhar/ há um segredo/ pra você achar”.
Trata-se de um livro em que a ilustração tem o importante papel de ajudar a descobrir o que se está buscando.
Isso dá lugar a uma atividade de denominação dos objetos ilustrados e de busca por sua localização que
ajuda na aprendizagem do vocabulário.
O convite a um olhar mais demorado não aparece à toa. Em cada página as ilustrações escondem personagens
clássicos dos contos de fadas, como O Pequeno Polegar, Cinderela e João e Maria, entre outros. Os perso-
nagens são citados no final e no início dos versos que se sucedem ao longo do texto. Esse encadeamento é
um recurso poético explorado ao longo de toda a obra: “A velha cozinheira acendeu a vela e eu vejo a tal da
Cinderela/ Cinderela espana os babadinhos e eu vejo os três ursinhos”.
Um leitor atento pode se perguntar: se há personagens tradicionais dos contos de fadas apresentados em
versos rimados, é uma história ou um poema? A resposta não exclui nem um, nem outro: trata-se de um
conto versificado, uma história rimada ou uma prosa poética.
Num espaço visivelmente campestre (o pomar do título), os personagens dos contos de fadas se encontram
em locais inusitados, sem lógica aparente, exceto no caso dos três ursinhos e do neném. Há um pequeno
enredo envolvendo principalmente esses quatro personagens e, para compreendê-lo, não basta ler o texto, é
preciso também observar atentamente as imagens. Podemos resumi-lo da seguinte maneira: o neném cochila
num cestinho, pendurado em uma árvore. Em determinado momento, a corda que o prende ao tronco se
solta, levando-o para um riacho. Três ursinhos, caçando no local, avistam o cestinho e salvam o neném. No
final, todos os personagens dos contos de fadas citados ao longo do texto e representados nas ilustrações se
encontram para um piquenique nesse ambiente campestre.
Guiada pelo voo de um chapéu, a leitura deste livro flui e surpreende. Essa premiada narrativa poética
recorre à linguagem das parlendas, explorando o recurso da repetição e do encadeamento. O teor poético
não se limita às rimas no final de cada verso, pois está também na brincadeira com as palavras e com o
O voo do chapéu é a linha que costura a narrativa e desencadeia acontecimentos inesperados. O principal
deles, que encaminha o leitor para a finalização da viagem, é a abertura de uma gaiola. O pássaro que dali
sai dá continuidade ao voo poético: parte ao encontro de seus filhotes passarinhos e juntos cantam e
fazem festa, reapresentando alguns dos personagens citados no início da narrativa. Nessa cantoria final,
um viva especial é dado ao tico-tico, que resolve fazer ninho no chapéu, pondo fim ao voo e dando um
ponto final ao texto.
1. Encadeamento que consiste na reaparição da última palavra de um verso no início do verso seguinte e
que permite ao leitor antecipar o conteúdo do texto. Exemplo: “Pêssego, pera, ameixa no pomar/ e eu vejo o
Pequeno Polegar/ Pequeno Polegar está na prateleira/ E eu vejo a velha cozinheira”.
2. Versos curtos e rimados que conferem um ritmo próprio à leitura. Exemplo: “Fiz voar o meu chapéu/
acertei no coronel”.
3. Presença de personagens ao longo do texto, desencadeadores de ações inusitadas. Exemplo: “João e Maria
rolaram a ladeira/ e eu vejo a Bruxa Feiticeira/ A Bruxa Feiticeira? Ai, meu Deus, me ajude... / e eu vejo meu
amigo Robin Hood”.
4. Ideia de tempo expressa na sucessão de acontecimentos interligados. Exemplo:
“Cacique chamou Peri/ que pescava lambari/ Lambari fugiu ligeiro/ Nem esperou marinheiro”.
5. Delimitação de espaço, tanto nas informações contidas no texto quanto nas ilustrações. Em ambos os
casos, o cenário é predominantemente campestre: pomar, riacho, morro, cachoeira etc.
6. Um acontecimento principal, gerador de um pequeno conflito a ser solucionado ao término da narrativa.
No caso de Pêssego, pera, ameixa no pomar, o principal evento é o fato de o cestinho com o neném, preso ao
tronco da árvore, soltar-se e ser salvo pelos três ursinhos. No caso de Fiz voar o meu chapéu, esse aconteci-
mento é menos explícito, pois predomina o teor poético do texto. No entanto, a abertura da gaiola que libera
o passarinho desencadeia ações que retomam os personagens citados no início do texto e, de certa forma,
configuram um desenlace com o pouso do pássaro no chapéu.
As ilustrações têm padrões bem distintos. Pêssego, pera, ameixa no pomar traz desenhos contornados por
uma moldura, a mesma que acompanha o texto, e predominam os traços delicados e os detalhes. Fiz voar o
meu chapéu traz ilustrações espalhadas ao longo das páginas, com recortes geométricos que servem de fundo
para imagens variadas, com traços mais grossos e densos que dividem o espaço de uma mesma página.
Por fim, outra diferença é o ritmo das narrativas. Em Pêssego, pera, ameixa no pomar, a apresentação dos
personagens e suas ações se dá sempre a partir da expressão “eu vejo”, revelando o predomínio da imagem
que se descortina no presente. Nessa obra, o convite a um olhar atento e demorado combina com o ritmo
pausado da narrativa. Já em Fiz voar o meu chapéu prevalecem os verbos no passado, que indicam uma
sucessão de ações – fugiu, despencou, espalhou – e pedem um movimento mais rápido do olhar. Com ritmos
distintos, ambas as obras envolvem o leitor e o fazem seguir o fio da história, seja guiado pelo voo atrapa-
lhado do chapéu, seja pelo doce embalo do neném no cestinho.
As atividades desenvolvidas aqui são referência para a exploração de livros com histórias rimadas. O livro
Pêssego, pera, ameixa no pomar serviu de referência para a elaboração das propostas apresentadas a seguir.
Contudo, você pode experimentar o mesmo tipo de atividade com outras histórias que possuam estrutura
semelhante. Este Caderno é um convite para que você coloque em jogo seus conhecimentos, ampliando-os
com as sugestões apresentadas. É por essa razão que já indicamos neste texto outro livro que compõe o
acervo enviado junto com o material. Bom trabalho!
Lembrete
Sabemos que, quando gostam de uma história, as crianças pedem para que ela seja lida e relida
diversas vezes. Por isso, não hesite em contar várias vezes a mesma história. A formação de
futuros leitores se dará no equilíbrio de experiências em que eles possam ler e escutar histó-
rias por puro prazer – desfrutando de literatura de qualidade – com outros momentos em que
possam aprofundar conhecimentos sobre o texto. Portanto, o desafio está em não transformar
a leitura de histórias em uma atividade mecânica. Assim, procure garantir a leitura por prazer,
de maneira independente das atividades com foco no texto. Este Caderno de orientações apre-
senta um roteiro de trabalho que não deve ser escolarizado, mas, ao contrário, servir de instru-
mento para que as crianças façam uma viagem pelo mundo da literatura e do conhecimento.
Atividade 1
Roteiro de trabalho
Preparação
Ler o livro para conhecer a história e preparar a leitura em voz alta. Observar as ilustrações, identificando
onde aparecem os personagens, para ajudar as crianças, caso seja necessário.
Mostrar as ilustrações e deixar que as crianças comentem sobre os personagens que aparecem. Caso alguma
criança reconheça algum deles, você pode dizer: “Será que essa Cinderela é a mesma que aparece no conto da
Cinderela? Vamos ler o livro para saber?”
Fazer a primeira leitura sem interrupções, de modo que sejam evidenciados o ritmo da leitura, as rimas e as
palavras que se repetem.
Deixar que as crianças comentem a história e destaquem o que lhes chamou a atenção.
Conversar com elas sobre semelhanças e diferenças entre essa e outras histórias que conhecem, chaman-
do a atenção para a quantidade de texto por página (duas linhas) e para a sonoridade das palavras (rimas).
O que as crianças
podem pensar, Ler para as crianças a informação da página 3: “Em cada página – trate de olhar – há um segredo para você
dizer e fazer.
achar”, e propor que encontrem o segredo de cada página. Para isso, reler a história, parando a cada página
Encontrar
personagens para que as crianças encontrem os personagens nas ilustrações, considerando o que o texto diz. Nesse
na ilustração.
momento, aproxime o livro das crianças, para que elas possam observar de perto as ilustrações.
Perguntar às crianças, a cada página, se conhecem os personagens de outras histórias que já ouviram,
Relacionar os
personagens do deixando à disposição, se possível, livros que tenham as histórias em que eles apareçam.
livro com
outras histórias.
O que as crianças podem aprender
Ao conversar com as crianças sobre as semelhanças e diferenças da história lida com outras conhecidas,
possibilita-se tanto que essa história se abra a outras histórias conhecidas ou por conhecer, como também
que as crianças possam perceber as características das histórias rimadas e apreciar o jogo com as palavras.
Ao propor que as crianças encontrem o personagem que está escondido nas ilustrações, favorece-se que
elas relacionem o texto às ilustrações.
Ao propor que as crianças conversem sobre os personagens conhecidos que aparecem nessa história,
contribui-se para que elas estabeleçam relações com outros livros e histórias conhecidos.
Você também pode ler para as crianças as outras histórias em que os personagens desse livro aparecem.
Caso você não tenha essas histórias na sua instituição, pode procurar na internet.
Atividade 2
Ordenar as ilustrações
professor divide a sala em grupos e entrega cartelas com ilustrações
da história Pêssego, pera e ameixa no pomar, pedindo que as
crianças as organizem na ordem da narrativa, como está no livro.
Roteiro de trabalho
Preparação
Separar, para cada grupo, um conjunto de cartelas com as ilustrações da história.
Deixar que as crianças falem e, depois de um tempo, se for preciso, você pode oferecer a ajuda das ilustrações
do livro para retomar a sequência correta.
O que as crianças
podem pensar,
dizer e fazer.
Ordenar as ilustrações
Dividir as crianças em grupos, entregar um conjunto de cartelas com as ilustrações e pedir que ordenem
segundo a sequência essas cartelas conforme a sequência narrativa da história. Você pode dizer: “Cada grupo vai receber as cartelas
da narrativa.
com as ilustrações dessa história, mas estão fora de ordem e vocês devem organizá-las”.
Circular entre os grupos, intervindo e ajudando as crianças a retomarem a sequência da narrativa. Você
pode ajudá-las fazendo referência à sequência dos personagens que recordaram.
Propor aos grupos, depois de terminarem de ordenar as cartelas, que recontem a história, verificando
Recontar a história
e verificar se ordenaram se a sequência das ilustrações está certa. Para isso, você pode pedir que um grupo comece contando a partir
as ilustrações na
sequência certa. da primeira ilustração selecionada, e depois os outros grupos dão sequência à narração. Estimular, sempre
que for preciso, a retomada de memória da sequência da narrativa. Caso as crianças fiquem em dúvida, você
pode pegar o livro para que elas verifiquem se as cartelas estão na ordem correta.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode sugerir
apenas que, coletivamente, recontem a história usando como referência as ilustrações do livro.
Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode pedir que elas
ordenem as ilustrações e depois escolham uma para substituir por texto.
Ao pedir que as crianças recontem a história verificando se está correta a sequência da narrativa, favorece-se
que recuperem o texto de memória com apoio da ilustração.
Entregar às crianças algumas cartelas com ilustrações que são da história e outras que não são (as intrusas),
pedindo a elas que identifiquem quais ilustrações não pertencem ao conto.
Propor que as crianças desenhem a sequência de ilustrações da história e depois escolham algumas ilus-
trações para substituir por texto.
Atividade 3
Roteiro de trabalho
Preparação
Preparar, para cada grupo de crianças, tiras com os nomes dos seguintes personagens, escritos em letras
de imprensa maiúsculas: BRUXA FEITICEIRA, PEQUENO POLEGAR, PASTORA, CINDERELA, JOÃO,
MARIA e TRÊS URSINHOS. Separar cartelas com ilustração dos quatro primeiros nomes.
Pedir que falem devagar para que você possa escrevê-los na lousa.
O que as crianças
podem pensar,
dizer e fazer.
Escrever os nomes, colocando em uma coluna os que têm uma palavra (como PASTORA), e na outra,
Identificar nomes
em uma lista e os que possuem duas palavras (como PEQUENO POLEGAR).
diferenciar nomes
com uma ou duas
palavras. Considerar que o nome Robin Hood não é da nossa língua e informar às crianças. Faça um destaque nele
para que elas não o utilizem durante a atividade.
Ler os nomes que escreveu e pedir que digam onde elas acham que está escrito CINDERELA e por
quê. Você pode dizer: “Aqui escrevi os nomes de todos os personagens que vocês me ditaram. Onde vocês
acham que está escrito CINDERELA? Como fizeram para descobrir?”
Deixar que elas digam suas respostas incentivando que justifiquem suas estratégias e identifiquem que os
nomes estão divididos em duas listas, uma de nomes com uma palavra e outra de nomes com duas palavras,
e também percebendo indícios como, por exemplo, a primeira ou a última letra.
Entregar as cartelas com as ilustrações e propor que identifiquem quais são os personagens.
Identificar personagens
na ilustração.
Entregar as tiras com os nomes dos personagens e explicar a proposta: “Vocês receberam tiras com os
Ler nomes de
personagens e nomes dos personagens da história e cartelas com ilustração de alguns desses personagens. A proposta é que
relacionar
com ilustrações. vocês leiam os nomes nas tiras, relacionem os nomes com as cartelas e indiquem aqueles que não podem ser
relacionados com as cartelas.”
Circular entre grupos e observar as estratégias utilizadas para corresponder imagens com os nomes e
encontrar os nomes intrusos.
Escolher algumas crianças para socializar as estratégias que utilizaram para ler os nomes.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode fazer a primeira corres-
pondência coletivamente, utilizando o nome do Pequeno Polegar. Assim, os nomes restantes terão letras
iniciais diferentes.
Se o desafio proposto parecer muito fácil para algumas crianças, você pode entregar tiras a mais, com nomes
de personagens que não aparecem na história (os intrusos) como, por exemplo, RAPUNZEL e LOBO MAU.
Ao propor que as crianças socializem as estratégias que utilizaram para conseguir ler as tiras, favorece-se que
ampliem e se apropriem de estratégias de leitura.
Atividade 4
Roteiro de trabalho
Preparação
Para essa atividade você vai precisar preparar, para cada grupo, um conjunto de tiras com as linhas da história.
Também será necessário escrever na lousa as cinco primeiras linhas da história (em letras de impren-
sa maiúsculas), organizando-as de forma que os nomes dos personagens fiquem um abaixo do outro.
Segue um exemplo:
Escrever mais uma linha da história, ler para as crianças as duas últimas linhas, pedindo que identifiquem
a repetição do nome dos personagens no texto.
Propor que observem como as linhas vão ficando quando colocamos os nomes dos personagens um
embaixo do outro. Deixar que falem livremente e comentar que, se fizerem esse mesmo exemplo com as
outras linhas da história, poderão observar que as linhas sempre vão ter essa forma.
Retomar oralmente com as crianças, com o auxílio das ilustrações, quais são as outras linhas da história.
Retomar a
sequência da
história de
memória, ler os Dividir as crianças em grupos e entregar um conjunto de tiras com todas as linhas da história, para
nomes dos
personagens
que elas coloquem na ordem certa, tal como você escreveu na lousa: os nomes dos personagens um
no texto e embaixo do outro.
ordenar tiras.
Comentar que terão a oportunidade de observar como fica o formato do texto da história quando
organizado a partir da repetição dos nomes dos personagens no texto.
Ajudar as crianças nos grupos, retomando a sequência dos personagens na história quando for necessário
e auxiliando-as a encontrar pistas para a leitura dos nomes dos personagens.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto se mostre muito difícil, você pode entregar uma folha com a história escrita em
linhas, tal como fez na lousa, mas com os nomes de alguns personagens em branco, para que elas tenham
de preencher. Para auxiliá-las na escrita, você pode escrever na mesma folha, fora de ordem, os nomes
dos personagens.
Se o desafio proposto parecer muito fácil, você pode preparar as tiras com os nomes dos personagens
lacunados, para que, além de terem de ordená-las, também escrevam os nomes.
Ao propor que as crianças organizem as linhas colocando nomes iguais um embaixo do outro, favorece-se
que elas observem a repetição dos nomes no texto.
Atividade 5
Fazer o mesmo com as duas linhas seguintes da história. Informar que as palavras rimadas têm ter-
Ler reconhecendo
a semelhança minações parecidas e por isso se parecem quando falamos. Proponha que as crianças leiam em voz alta as
sonora.
duas linhas que estão na lousa, enquanto você aponta as palavras para que percebam a semelhança sonora.
Ler em voz alta e pausadamente as duas próximas linhas e pedir que as crianças encontrem as palavras
Identificar as
palavras que que rimam.
rimam no texto.
Escrever na lousa a dupla de palavras que rimam. Lançar questões que ajudem as crianças a fazer uso dos
indícios gráficos para reconhecer a rima. Você pode dizer: “Vocês me disseram que as palavras que rimam
são VELA e CINDERELA. Vou escrever essas palavras aqui na lousa. Vamos ver no que elas são parecidas?”
Dividir as crianças em duplas e entregar a folha com a história. Propor que circulem as palavras que
rimam. Você pode dizer: “Vocês receberam uma folha com parte da história Pêssego, pera, ameixa no pomar.
Vou ler com vocês o que está escrito. Agora, a proposta é que vocês leiam as linhas da história e identifiquem
quais são as palavras que rimam, circulando-as, tal como fizemos aqui na lousa”.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade esteja muito difícil, você pode realizar somente a primeira parte da
história em que identificam as rimas nas linhas que você escreveu na lousa.
Se o desafio proposto parecer muito fácil, você pode entregar o texto da história com algumas palavras que
rimam lacunadas para que as crianças escrevam.
Ao propor que as crianças circulem as rimas do texto, favorece-se que identifiquem rimas.
Atividade 6
Propor que elas digam outras palavras que rimem com essas. Você pode dizer: “Vocês me disseram que
as palavras que rimam são POLEGAR e POMAR. Já vimos que elas rimam porque têm letras iguais no final
e por isso fazem o mesmo som. Quem consegue me dizer outra palavra que rime com essas para colocar
nessa lista?”
Escrever palavras
Escrever as palavras que as crianças forem dizendo, destacando as terminações iguais entre elas.
que rimam.
Combinar com as crianças que depois você colocará essa lista de palavras que rimam no mural, para que
possam usá-la em outros momentos. Guardar a lista.
Dividir as crianças em duplas, entregar papel e lápis e propor que escrevam uma lista com a maior quan-
tidade de palavras rimadas que conseguirem lembrar. Dizer a elas que podem escrever as palavras que
conhecem da história, as palavras que falaram hoje e outras que lembrarem.
Circular entre as duplas e auxiliar aquelas que necessitarem, fazendo perguntas que ajudem as crian-
ças a pensar sobre a escrita das palavras e a semelhança na grafia entre elas. Por exemplo: “Vocês estão
escrevendo uma palavra que rima com esta que está escrita aqui, o que elas devem ter de parecido? Então, que
letras vocês devem utilizar para escrever essa parte?”
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade esteja muito difícil para algumas crianças, você pode apenas realizar a
primeira parte da atividade e ainda oferecer algumas palavras que você tenha escolhido para que elas digam
quais rimam com as palavras dessa história.
Se o desafio proposto parecer muito fácil para algumas crianças, você pode sugerir que elas escolham algumas
duplas de palavras que rimam na história para, em duplas, escrevê-las com letras móveis.
Ao pedir que escrevam uma lista de palavras que rimam, favorece-se que pensem sobre as características
das rimas e sobre como se escreve.
Atividade 7
Roteiro de trabalho
Preparação
Para essa atividade, você vai precisar escrever a história na lousa (ou em um papel grande). Use letras
de imprensa maiúsculas e agrupe as linhas conforme as rimas, tal como fez na atividade 5 deste Caderno.
Pedir que elas identifiquem e digam onde estão escritos os nomes dos personagens nas linhas,
conforme leem juntas, e circulem cada um deles.
Propor que as crianças troquem os nomes dos personagens por outros que rimem com aqueles. Você
Criar palavras
que rimem. pode dizer: “Já observamos que esses nomes se repetem na história e que eles rimam com outras palavras.
Vamos trocar esses nomes por outros que também rimem”. Para ajudar, você pode sugerir que, se preci-
sarem, elas podem consultar a lista de palavras rimadas que está no mural.
Ler a primeira frase e perguntar: “Qual nome podemos colocar no lugar de Pequeno Polegar? Quem
sabe algum?” Se as crianças inicialmente tiverem dificuldades, você pode sugerir: “Podemos colocar
Maria? E Osmar? Por quê?” Ler as linhas com o novo nome.
Combinar que você vai escrever em um papel essa nova versão da história que elas criaram para colocar
no mural.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor
que elas primeiro identifiquem, em uma lista de nomes previamente elaborada por você, quais deles rimam
com os nomes dos personagens da história, para só depois trocá-los.
Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode sugerir que elas
troquem os nomes dos personagens entregando uma folha com o texto da história e com lacunas nos
lugares dos nomes dos personagens para que as crianças escrevam.
Ao convidar as crianças a trocar os nomes dos personagens do texto, garantindo que as rimas continuem,
favorece-se que criem palavras que rimem considerando sua sonoridade e grafia.
Atividade 8
Roteiro de trabalho
Preparação
Marcar nas frases da história as linhas que você vai ler e as que as crianças lerão. Organizar cantos com diferentes
jogos para as crianças que não realizarão a atividade com você nesse dia.
Explicar às crianças, já no pequeno grupo, que elas lerão com você o livro Pêssego, pera, ameixa no pomar.
Você pode dizer: “Hoje vamos ler juntos esse livro; eu leio uma linha e vocês leem outra”.
Combinar que as crianças lerão uma de cada vez. “Eu vou ler a primeira linha dessa página, e um de vocês lê a
segunda, depois eu leio novamente a primeira linha da página seguinte e outra criança lê a linha seguinte. Vamos
assim até o final do livro, sempre na mesma ordem, ou seja, primeiro eu, depois vocês, e assim por diante”.
O que as crianças
podem pensar,
dizer e fazer.
Conversar sobre os recursos que elas têm para ler o texto. Você pode dizer: “Se vocês não souberem alguma
Relacionar
informações sobre parte do texto, como podem fazer para lembrar?” Nesse momento, ajude-as a recordar o que elas já sabem sobre
a estrutura do texto
e a relação a estrutura do texto e a relação entre texto e ilustração.
texto-ilustração
para ler.
Iniciar a leitura da primeira linha e indicar onde a primeira criança deve ler. Seguir com essa orientação
Ler partes
da história. durante toda a atividade.
Lembrar a cada criança que ela deve ficar atenta à leitura do professor e à dos colegas para poder realizar a dela.
Possíveis adaptações
Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode sugerir que
acompanhem a leitura realizada por você e deixem para ler em voz alta só as partes que se repetem na história:
“E eu vejo” e os nomes dos personagens.
Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode sugerir que elas
dividam os turnos das leituras entre si. Nesse caso, você não participa da atividade lendo as primeiras li-
nhas, mas apenas acompanhando os grupos para ajudá-los na organização da leitura.
Ao propor que as crianças se alternem para ler as linhas da história, possibilita-se que elas aprendam a
controlar a sua vez de ler e permaneçam atentas à leitura do professor.
TRILHAS
Iniciativa:
Instituto Natura
Ministério da Educação/ Secretaria da Educação Básica
Realização:
Programa Crer para Ver, Instituto Natura
Desenvolvimento:
Comunidade Educativa Cedac
Ficha Técnica
Programa Crer para Ver, Instituto Natura Equipe da Gerência de Educação e Sociedade, Instituto Natura:
Coordenação: Maria Lucia Guardia, Lilia Asuca Sumiya, Maria Eugênia Franco,
Maria Lucia Guardia Fabiana Shiroma, Eliane Santos, Isabel Ferreira, Luara Maranhão,
Marcio Picolo
Comunidade Educativa Cedac
Coordenação: Edição de texto:
Beatriz Cardoso e Tereza Perez Marco Antonio Araujo
C122 Caderno de orientações : histórias rimadas. – São Paulo, SP : Ministério da Educação, 2011.
24 p. : il. ; 28 cm. – (Trilhas ; v. 11)
ISBN 978-85-7783-073-2
CDU 372.41
CDD 372.4
“ESTE CADERNO TEM OS DIREITOS RESERVADOS E NÃO PODE SER COPIADO OU REPRODUZIDO, PARCIAL OU
TOTALMENTE, SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO PROGRAMA CRER PARA VER, DO INSTITUTO NATURA,
COMUNIDADE EDUCATIVA CEDAC E DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.”
esde 1995, a NATURA desenvolve o Programa Crer para Ver, que tem o objetivo de contribuir
para a melhoria da qualidade da educação pública do Brasil. No contexto desse programa,
o Instituto Natura desenvolveu, em parceria com a Comunidade Educativa CEDAC, Organização da
Sociedade Civil de Interesse Público, o projeto TRILHAS, que visa orientar e instrumentalizar os
professores e diretores de escolas para o trabalho com os alunos de 6 anos, com foco no desenvolvimento
de competências e habilidades de leitura e escrita.
O Ministério da Educação (MEC), desejando implementar uma política pública, concluiu que a
metodologia e a estratégia desenvolvidas pelo projeto TRILHAS, assim como os materiais e publicações
concebidos e produzidos por esse projeto, são particularmente especiais e compatíveis com as diretrizes
do MEC.
Este material contribui para ampliar o universo cultural de alunos e professores, por meio do acesso à
leitura de obras da literatura infantil. A escolha da leitura como o principal tema do projeto justifica-se
por ser uma estratégia mundialmente reconhecida como determinante para a aprendizagem e melhoria
do desempenho escolar ao longo de toda a vida do estudante.
Com o objetivo de promover a qualidade da educação nas escolas públicas do país, o MEC apoia e
distribui o conjunto de materiais do TRILHAS, que visa contribuir para o desenvolvimento da leitura,
escrita e oralidade dos alunos de 6 anos de idade.
Esperamos que você possa utilizá-lo da melhor forma para que a melhoria da educação pública seja
concretizada em nosso país.